- Escola Superior de Tecnologia e
Gestão de Beja
MATERIAS
DE
CONSTRUÇÃO
APOIO À DISCIPLINA
Eng. Civil, 2º Ano
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Materiais de Construção Pedro Lança
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Materiais de Construção Pedro Lança
•
“Uma
falta de controlo da qualidade
durante a
construção e a existência de
planos inadequados
de
inspecção
e
manutenção
da durabilidade durante a
vida de serviço das estruturas
também tem uma
contribuição importante para esta situação.”
•
" … Tudo isto faz que o betão, e em especial o betão
armado, seja um material muito vulnerável e pouco
estável; a sua duração não será provavelmente muito
longa.“
Eng. Sousa Coutinho
"O fabrico e as propriedades do betão"
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Materiais de Construção Pedro Lança
DURABILIDADE
•meio ambiente•agentes agressores
•protecção
VERIFICAÇÃO
em SERVIÇO
• controlo de tensões edeformações • estabilidade • solo-estrutura
DIMENSIONAMENTO à ROTURA
δ
f x F
≤
R/
δ
r
DESEMPENHO
VIDA ÚTIL
(Adaptado de Ripper, 1997)
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Materiais de Construção Pedro Lança
>
Vida útil, o que é? Há vida inútil? Em Marte?
•
Na fase de projecto de uma determinada estrutura e com
base nas solicitações do tipo mecânico e ambiental a que
estará sujeita, são definidos os requisitos de segurança e
funcionalidade.
•
Vida útil
da estrutura será então o período de tempo durante
o qual a estrutura satisfaz esses requisitos de segurança, de
funcionalidade e estéticos, sem custos de manutenção não
previstos, isto é, o período de tempo durante o qual o
desempenho da estrutura é satisfatório (superior ao mínimo
aceitável)
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Materiais de Construção Pedro Lança
>
Vida útil e vida residual
(Coutinho, 1998)
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Materiais de Construção Pedro Lança
>
Nível de qualidade ao longo do tempo:
(Mansos, 2003)
-
trabalhos de conservação
, os que
pretendem repor a qualidade inicial da
construção, sendo a sua extensão
correspondente ao vector designado
pela letra
A
indicada na figura.
-
trabalhos de reabilitação
os que
pretendem repor a qualidade
regulamentar equivalente da
construção, sendo a sua extensão
correspondente ao vector da letra
B
indicada na figura.
-
trabalhos de renovação
os que
pretendem introduzir ganhos na
qualidade e melhoramentos funcionais
de uso da construção realizando,
sendo a sua extensão correspondente
à letra
C
indicada na figura como grau
de melhoria funcional e orgânica
conseguida.
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Materiais de Construção Pedro Lança
>
Características fundamentais do
betão como material de construção:
1. Resistência à acção das forças a que está sujeita;
2. Resistência às acções ambientais com a passagem
do tempo, ou durabilidade.
(Fonte: Martini)
(Costa, 2005)
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Materiais de Construção Pedro Lança
>
No início da utilização do betão armado:
•
Betões e ligantes de baixas resistências
•
Peças com maiores dimensões
•
Maiores dosagens de cimento
•
Espessuras de recobrimento elevadas
•
Colocação do betão mais cuidada
Maior
durabilidade
das
armaduras
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Materiais de Construção Pedro Lança
Evolução das resistências médias à
compressão do betão aos 28 dias fabricado
com cimento portland
(Coutinho, 1998)
Curva tensão-extensão de dois
tipos de aços diferentes
(Aço macio)
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Materiais de Construção Pedro Lança
>
Utilização actual do betão armado
•
Conhecimento propriedades
•
Métodos de cálculo
Diminuição
da secção
resistente
•
Aumento da quantidade de
armadura
•
Dificuldade passagem e
acomodação do betão fresco
•
Utilização de sobre dosagens
de água
Betão mais
poroso
•
Recobrimento mais pequeno
•
Construções de betão
pré-esforçado, com secções
mais reduzidas e com o aço
sujeito a tensões mais
elevadas
Betão armado
mais sensível
a fenómenos
de corrosão
1. Deficiente
protecção natural
das armaduras
pela elevada
alcalinidade do
betão envolvente
2. O betão
envelhece
3. Necessidade de
manutenção da
estrutura
Conceito de
DURABILIDADE
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Materiais de Construção Pedro Lança
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Materiais de Construção
Pedro Lança
CONTROLO DA PRODUÇÃO:
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Materiais de Construção
Pedro Lança
CONTROLO DE CONFORMIDADE:
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Pedro Lança
CONTROLO DE CONFORMIDADE:
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Pedro Lança
CONTROLO DE CONFORMIDADE:
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Pedro Lança
CONTROLO DE CONFORMIDADE:
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Pedro Lança
CONTROLO DE CONFORMIDADE:
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Materiais de Construção
Pedro Lança
CLASSES DE EXPOSIÇÃO:
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CLASSES DE EXPOSIÇÃO:
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Pedro Lança
CLASSES DE EXPOSIÇÃO:
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Materiais de Construção
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CLASSES DE EXPOSIÇÃO:
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Quadro F.1
(ENV 206)– Valores limite para a composição e para as propriedades do betão
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Quadro 2/DNA (ENV 206) – Classes de teor de cloretos do betão
TEOR DE CLORETOS vs
TIPO DE BETÂO e EXPOSIÇÃO AMBIENTAL
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Materiais de Construção Pedro Lança
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A composição de um betão, para atender às exigências de durabilidade,
deverá ser estudada cuidadosamente, em obediência aos seguintes
parâmetros, quantificando em conformidade com as classes de exposição
ambiental:
• Razão Água/cimento
• Dosagem de cimento
• Teor de ar no betão fresco
• Tipo de cimento
• Classes de resistência
• Permeabilidade
• Recobrimento
Os valores da razão A/C máxima e da dosagem C mínima referem-se aos
ligantes definidos na norma NP 2064. Ao empregar adições (pozolanas ou
outras adições com propriedades hidráulicas latentes), os valores referidos
na norma NP ENV 206 deverão ser convenientemente modificados,
conforme o que for estabelecido nas normas nacionais.
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Para relações a/c baixas
(
≈
0,20 a 0,38)
, possíveis devido
ao uso de super plastificantes, o volume de capilares é
muito reduzido, resultando numa pasta de cimento muito
densa (pouco porosa).
Para relações a/c
superiores a cerca de 0,38
todo o
cimento hidrata transformando-se em gel cujo volume não
preenche todo o espaço livre. A porosidade, após a
hidratação final, será tanto maior quanto a relação a/c.
O volume de poros capilares aumenta muito a partir da
relação a/c
0,4 a 0,5
e uma cura inadequada pode levar a
uma hidratação incompleta agravando o volume dos
poros e a aderência aos inertes.
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Materiais de Construção Pedro Lança
Cura de um betão (exemplo)
(Coutinho, 1998)
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Diferença entre permeabilidade e porosidade
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Grânulos de cimento Portland – 1h de hidratação
(Fonte: ACS)
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Grânulos de cimento Portland – 4h de hidratação
(Fonte: ACS)
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Grânulos de cimento Portland – 5h de hidratação
(Fonte: ACS)
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(Fonte: ACS)
Grânulos de cimento Portland – 18 h de hidratação
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(Fonte: Gomes e Pereira, UBI)
Zona de interface pasta-agregado
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Segundo a NP ENV 196-4, e tendo em vista a
diversidade de aplicações:
• CE I – cimento Portland simples;
• CE II – cimento Portland composto;
• CE III – cimento de alto forno;
• CE IV – cimento pozolânico.
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Materiais de Construção Pedro Lança
O cimento do
tipo I
confere boa protecção contra a
corrosão das armaduras, dada a sua
maior reserva
alcalina
(protecção adicional contra a carbonatação).
Os cimentos compostos
(tipo II)
apresentam
maior
resistência às acções químicas
(ataque pelos sulfatos,
por ácidos e reacções álcali-agregado) e maior resistência
à penetração de cloretos.
adicionado ao clínquer a escória
granulada
de alto forno (LNEC E-375), a pozolana natural
(NP 4220), as
cinzas volantes (NP EN 450) e o filler (LNEC E-377)
Se
ambiente
é
muito agressivo
a utilização de
cimento
tipo IV
poderá ser mais indicado, também preferível se os
agregados forem siliciosos reactivos com os álcalis.
• CE I – cimento Portland simples; • CE II – cimento Portland
composto;
• CE III – cimento de alto forno; • CE IV – cimento pozolânico.
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Escória de alto forno
Cal
Cinzas volantes
Clinquer de cimento Portland
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40
M
ateriais
d
e Con
strução
Pe
dro Lanç
a
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Materiais de Construção Pedro Lança
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Materiais de Construção Pedro Lança
INTRODUÇÃO À DETERIORAÇÃO
DO BETÃO ARMADO
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Materiais de Construção Pedro Lança
>
Mecanismos de deterioração
(básicos)
•
Deterioração Física
- Acções indirectas (deformações ou deslocamentos
impostos)
- Temperatura
- Água (humidade, chuva, gelo/degelo)
- Poluição
•
Deterioração Química
(betão)
- CO
2
- Carbonatação
- Cloretos
- Sulfatos - Reacções expansivas com o cimento
- Álcális - Reacções expansivas com os inertes
•
Deterioração por Corrosão
(armaduras)
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Materiais de Construção Pedro Lança
>
Mecanismos de deterioração
(básicos)
•
Corrosão das Armaduras
•
Ataque Químico
•
ácidos, sais e águas puras
•
sulfatos
•
álcalis
(Coutinho, 2001)
(FASE)
(Gomes, 2005)
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Materiais de Construção Pedro Lança
Num betão
totalmente
saturado de água
não
haverá carbonatação,
pois a difusão do CO
2é conseguida através
dos poros do betão.
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Materiais de Construção Pedro Lança
>
Frente de carbonatação
[indicador da fenolftaleína]
(Coutinho, 1998)
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Materiais de Construção
Pedro Lança
BIBLIOGRAFIA (I)
PUBLICAÇÕES
>
Chubb, Mike. Bridge Engineering.
Research Activities
. Power
Point. WS atkins
>
Costa, Douglas C.
PCC2540 – Durabilidade
. Apresentação em
PowerPoint. 2005
>
Coutinho, Joana Sousa.
Durabilidade
. Ataque por sulfatos
. FEUP,
2001.
>
Gomes, J.P. Castro; Pereira, C. Gonilho.
Introdução ao Estudo e
Caracterização da Microestrutura do Cimento e Betão
. Grupo de
Construção, DEC, Universidade da Beira Interior. Apoio ao
mestrado de estruturas, geotecnica e fundações da Universidade
do Minho, 2005. Gomes,
>
Castro.
Corrosão
–
Degradação das Armaduras
. Apoio ao
mestrado de estruturas, geotecnica e fundações da Universidade
do Minho, 2005.
>
Lança, Pedro; Mesquita, Carlos.
Relatório Oz n.º 416
. 2002a.
>
Lança, Pedro; Mesquita, Carlos.
Relatório Oz n.º 439
. 2002b.
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Materiais de Construção Pedro Lança