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Análise de modelos do Unified Power Flow Controller (UPFC) para simulação de fluxo de potência

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Análise de modelos do Unified Power Flow

Controller (UPFC) para simulação de fluxo de

potência

Stanley Eidi Tokuno, Luiz Cera Zanetta Junior

POLI-USP, Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétrica, Av. prof. Luciano Gualberto 158 tr 3 - CEP 05508-900 - São Paulo, SP

Resumo O trabalho trata do UPFC (Unified Power Flow Controller), que corresponde a um dos mais promissores dispositivos FACTS de última geração, pois apresenta a capacidade de controle independente de todos os parâmetros básicos do sistema elétrico de potência (tensão, impedância e ângulo de fase). Com base nos modelos já propostos para representação deste equipamento em regime permanente, é realizada análise e proposta de um modelo que permite uma abordagem prática, para simulação do UPFC em softwares de fluxo de potência comerciais que não possuem modelos dedicados para este dispositivo, utilizando a biblioteca de modelos disponíveis. São revisitados os conceitos associados ao UPFC, com apresentação dos modelos analisados e seus respectivos parâmetros. Por fim são apresentados os resultados de simulação em regime permanente considerando três diferentes modelos propostos.

Palavras-chaves Sistemas de Potência, FACTS, UPFC, VSC.

I.INTRODUÇÃO

O conceito de dispositivos FACTS (Flexible AC Transmission System), foi apresentado em 1988 por Hingorani [1], onde o autor previa a evolução dos dispositivos de eletrônica de potência e a expansão da sua aplicação nos sistemas elétricos, permitindo o controle dinâmico dos parâmetros de ângulo de fase, tensões e impedâncias, em substituição aos controles eletromecânicos, citando também a utilização desta tecnologia para integração das gerações eólicas e fotovoltaicas.

Após o surgimento do conceito de FACTS, o desenvolvimento dos dispositivos semicondutores de potência, permitiu a evolução destes equipamentos que permitem controlar os parâmetros do sistema elétrico, podendo ser classificados em quatro gerações [11].

Atualmente, a tecnologia FACTS já é uma realidade no sistema elétrico, surgindo como alternativa para sua expansão, elevando a capacidade de transmissão, além de proporcionar ganhos de estabilidade, confiabilidade e flexibilidade operativa. Esta tecnologia também ganha importância frente às dificuldades observadas para a construção de novas linhas de transmissão, usinas e subestações, devido às questões técnicas e ambientais associadas à execução estas obras.

TABELA I.GERAÇÕES DE DISPOSITIVOS FACTS FONTE:(PEREIRA,2008, P.23).

Fase Dispositivos FACTS

1.ª geração TSC : Thyristor Switched Capacitor TCR : Thyristor Controlled Reactor SC: Series Capacitors

2.ª geração

SVC: Static Var Compensator TCSC: Thyristor Controlled Series Capacitor TCVR: Thyristor Controlled Voltage Regulator TCPAR: Thyristor Controlled Phase Angle Regulator

3.ª Geração SSSC: Static Synchronous Series Compensator STATCOM: Static Synchronous Compensator

4.ª geração UPFC : Unified Power Flow Controller

II.UNIFIED POWER FLOW CONTROLLER (UPFC) O conceito do Unified Power Flow Controller (UPFC) foi proposto em1992 por L. Gyugyi [2].

O UPFC pode controlar em tempo real e com variação instantânea, o fluxo de potência ativa, fluxo de potência reativa e tensão no sistema, que correspondem aos parâmetros básicos do sistema elétrico. Estes parâmetros são controlados de maneira independente, possibilitando uma grande flexibilidade no controle operativo do sistema no qual este equipamento está inserido [8].

(2)

Fig. 1. Sistema simplificado com duas máquinas: (a) Sistema de duas máquinas; (b) fasores de tensão; (c) potência ativa e reativa versus ângulo;

(d) potência reativa versus potência ativa. Fonte: (CIGRÉ TASK FORCE 14.27, 2000, p.22)

O sistema mostra os limites de transmissão de potência ativa e reativa do sistema em função da variação do módulo das tensões Vs e Vr, e do ângulo δ, além da relação entre a

transmissão de potência ativa e reativa.

Considerando agora a inclusão no sistema de uma fonte Vpq

cujo módulo da tensão varia de 0 a 0,5 pu e ângulo ρ de 0° a 360°:

Fig. 2. Sistema de duas máquinas com a fonte Vpq representando o UPFC Fonte: (CIGRÉ TASK FORCE 14.27, 2000, p.23)

Nestas condições a tensão aplicada no terminal da linha corresponde a Vs+Vpq, ou seja, variações no módulo e

ângulo da tensão Vpq alteram as potências ativa e reativa

transmitidas pela linha representada através da impedância X.

Os gráficos a seguir mostram as regiões de controle do UPFC representado pela fonte Vpq com variação do módulo e

ângulo da tensão série aplicada ao sistema.

A área no interior dos círculos corresponde a possíveis pontos de operação do sistema para cada valor do ângulo δ.

Observamos a ampliação dos possíveis pontos de operação quando comparado ao sistema sem a inserção da fonte Vpq,

que corresponde às linhas pontilhadas nos gráficos.

Fig. 3. Regiões de controle do sistema com o UPFC Fonte: (CIGRÉ TASK FORCE 14.27, 2000, p.24).

Já em 1992, quando da apresentação do conceito do UPFC [2], também foi apresentada sua implementação através de dois conversores tipo fonte de tensão, acoplados através de um link DC (back-to-back). Estes conversores estariam conectados ao sistema através de dois transformadores, um em série e outro em derivação.

Fig. 4. Diagrama esquemático do UPFC Fonte: (SADIKOVIC, 2003, p.2)

O ramo série do UPFC é responsável pelo controle do fluxo de potência ativa e reativa através da variação do módulo de ângulo da tensão gerada pelo conversor série e inserida no sistema através do transformador série. A potência ativa necessária para este conversor é fornecida pelo conversor shunt através do link DC, sendo absorvida pelo ramo shunt do UPFC.

Deste modo, com exceção das perdas nos transformadores de acoplamento e nos conversores, a potência ativa no ramo shunt é igual à potência ativa no ramo série do UPFC, sendo esta a principal relação entre as grandezas envolvidas neste equipamento FACTS.

O ramo shunt, além de fornecer a potência ativa ao conversor série, mantendo constante a tensão DC no capacitor de acoplamento, também absorve ou gera potência reativa, efetuando o controle de tensão na barra i de conexão do UPFC.

A operação do ramo shunt corresponde à característica de operação do STATCOM [5, 6, 9].

0 1 2

0 1 2

0 90 180

Qs, Qr P

δ

P Qs, Qr

(a)

(b)

(d)

δ

Vs Vr

Vx

Vs = Vr = V

(c) 𝑃𝑃=𝑉𝑉

2

𝑋𝑋 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠δ

𝑄𝑄𝑠𝑠=𝑄𝑄𝑄𝑄=𝑉𝑉

2

𝑋𝑋 (1− 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑠𝑠δ)

0 0.5 1

0 0.5 1

Qs,Qr

P

0<δ<90

Vpq

Ppq

δ

Vs Vr

Vx

ρ

Lado shunt Transformador Lado série

série

Transformador shunt

(3)

III.MODELOS DO UPFC EM REGIME PERMANENTE

Em função do potencial de controle do UPFC sobre os parâmetros básicos do sistema elétrico, passaram a ser desenvolvidos modelos para regime permanente, dinâmico, transitórios e de controle para simulação do impacto e resposta do UPFC quando inserido em grandes sistemas. A seguir são apresentados alguns dos principais modelos desenvolvidos para simulação de fluxo de potência em regime permanente.

a) Modelo com barra de carga e gerador (PQ+PV)

Em 1996, foi apresentado por Nabavi-Niaki e Iravani [3], um dos primeiros modelos para simulação do UPFC em regime permanente e dinâmica.

Como já citado anteriormente, desprezando as perdas do UPFC, o equipamento não absorve ou gera potência para o sistema ao qual está conectado.

Fig. 5. Representação unifilar do UPFC Fonte: (IRAVANI; NABAVI-NIAKI, 1996, p.1939)

Considerando que o UPFC opera no controle de tensão, fluxo de potência ativa e reativa de seu ponto de conexão, é proposto o modelo abaixo para os estudos em regime permanente:

Fig. 6. Modelo de UPFC (PQ-PV) proposto por Nabavi-Niaki e Iravani Fonte: (IRAVANI; NABAVI-NIAKI, 1996, p.1939)

O modelo considera como barra de entrada do UPFC uma barra de carga do tipo PQ, com carga de potência ativa Pe e

potência reativa Qe, que corresponde à potência na linha

controlada pelo UPFC. A barra de saída é adotada como sendo uma barra de geração do tipo PV, com injeção de potência ativa Ps e tensão Vs.

Adotando a potência de carga Pe igual à potência de injeção Ps, é mantida a relação de potências do UPFC ideal.

Este modelo, apesar da sua simplicidade, apresenta restrições [5], pois é válido somente nos casos em que o UPFC opera simultaneamente no controle de tensão, potência ativa e reativa. Caso o equipamento não esteja operando no controle

de uma destas variáveis, o modelo passa a não ser válido, sendo de difícil aplicação.

Outro ponto é que a representação poderá desconectar dois sistemas entre as barras de entrada e saída, levando a não convergência do fluxo de potência.

b) Modelo de injeção de potências (PIM - Power Injection Model)

Em 1997, foi apresentado por Noroozian [4], o modelo de injeção de potências para representação do UPFC em regime permanente. Inicialmente, é considerado um conversor série conectado entre as barras i e j, representado pela fonte Vs e

reatância Xs:

Fig. 7. Representação do conversor série Fonte: (NOROOZIAN et al., 1997, p.1630)

A fonte Vs controla o ângulo e magnitude da tensão 𝑉𝑉′�𝑖 :

𝑉𝑉�𝑠=𝑄𝑄𝑉𝑉�𝑖𝑠𝑠𝑗γ

onde r corresponde à variação de módulo, com 0 < r < rmax

e γ representa a variação de ângulo com 0 < γ < 2π.

Substituindo a fonte de tensão por uma fonte de corrente em paralelo com a reatância Xs, temos:

Fig. 8. Substituição da fonte de tensão pela fonte de corrente Fonte: (NOROOZIAN et al., 1997, p.1630)

Considerando as potências nas barras i e j, sendo a potência

ativa absorvida pelo conversor shunt transferida ao conversor série através do link DC, de acordo com o princípio de operação do UPFC, é possível obter o modelo equivalente do UPFC, representado pela injeção de potências nas barras de entrada e saída:

Fig. 9. Modelo de injeção de potências (PIM) do UPFC Fonte: (NOROOZIAN et al., 1997, p.1631)

Onde:

𝑃𝑃𝑠𝑖=−𝑃𝑃𝑠𝑗= 𝑄𝑄

1

𝑋𝑋𝑠𝑠𝑉𝑉𝑖𝑉𝑉𝑗𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠�θ𝑖− θ𝑗+γ�

Sistema de potência

UPFC

Pe Qe

Ps

Sistema de potência

Pe, Qe Ps, Vs

(4)

𝑄𝑄𝑠𝑖=𝑄𝑄

1

𝑋𝑋𝑠𝑉𝑉𝑖 2𝑐𝑐𝑐𝑐𝑠𝑠γ

𝑄𝑄𝑠𝑗= −𝑄𝑄

1

𝑋𝑋𝑠 𝑉𝑉𝑖𝑉𝑉𝑗𝑐𝑐𝑐𝑐𝑠𝑠�θ𝑖− θ𝑗+γ�

c) Modelo de transformador ideal e reatância shunt

No trabalho apresentado pelo CIGRÉ em 1999 [6], foi considerado como modelo aproximado do UPFC, um transformador defasador com relação complexa representando o ramo série, e uma barra PV como representação do ramo shunt, realizando o controle de tensão que pode ser efetuado pelo UPFC.

Fig. 10. Modelo do UPFC com transformador defasador e barra PV Fonte: (CIGRÈ TASK FORCE 38.01.08, 1999, p.75)

No modelo apresentado, o transformador ideal não gera ou absorve reativos, sendo esta uma das alternativas para operação do UPFC. Deste modo, para representação deste modo de controle, é citada a possibilidade de inclusão de um reator ou capacitor série.

O modelo com representação do ramo série do UPFC através do transformador defasador, foi apresentado novamente em [10], porém com a representação do ramo shunt através de uma reatância variável.

Fig. 11. Modelo do UPFC com transformador defasador e reatância variável Fonte: (AN; CONDREN; GEDRA, 2007, p.70)

Neste modelo temos:

T é a relação de transformação (real)

φ é a defasagem angular do transformador

ρ é a susceptância shunt

A relação do transformador defasador ideal pode ser escrita:

T

�= T ejφ

A relação de potências na entrada e saída do UPFC é dada por:

Pi = Po

Qo = Qi + |𝑇�2||𝑉𝑉𝑐𝑐����2|ρ

Ou seja, o modelo apresentado conserva potência ativa e consome ou gera potência reativa, correspondendo às relações no UPFC.

d) Modelo de transformador defasador e compensador estático (PST - Phase Shifter Transformer + SVC - Static Var Compensator)

Com base no modelo do UPFC proposto em [10], com representação do ramo série do UPFC através do transformador defasador ideal e do ramo shunt através de uma reatância variável, é proposto neste trabalho, o modelo considerando também a impedância do X do transformador:

Fig. 12. Modelo do UPFC com transformador defasador com impedância e reatância variável

Realizando o equacionamento através da representação por quadripolos do modelo

�𝑉𝑉𝐼�𝚤 𝚤

��=�𝑗1ρ 01� �𝑇

� 0

0 1/𝑇�∗� �

1 𝑗𝑥

0 1� �𝑉𝑉

𝑜 � 𝐼� �𝑜

é obtida relação entre as potências de entrada e saída do modelo:

𝑆�𝚤= 𝑆̅𝑜 + ρ𝑥 |𝑇�|2�𝑉𝑉�𝑜∗𝐼� −𝑜 𝑉𝑉�𝑜 𝐼�𝑜∗�+

+𝑗�−ρ |𝑉𝑉�𝑜|2|𝑇�|2 −(ρ𝑥2|𝑇�|2 |𝐼�𝑜|2) + (𝑥 |𝐼�𝑜|2 )�

Observamos que o modelo conserva potência ativa e consome ou gera potência reativa, conforme característica do UPFC.

IV.ANÁLISEDEMODELOSDOUPFCEMREGIME PERMANENTE

Com base nos modelos de UPFC em regime permanente apresentados, foram realizadas simulações utilizando o programa de Análise de Redes Elétricas (ANAREDE) que compõe o pacote de softwares do CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica).

O pacote de softwares do CEPEL corresponde aos programas utilizados para estudos e análises referentes ao Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo adotado pelos diversos agentes do setor elétrico brasileiro (geradoras, transmissoras e distribuidoras).

Utilizando os modelos de equipamentos disponíveis no ANAREDE, foram realizadas simulações com inclusão dos modelos do UPFC em um sistema real de 138 kV.

(5)

Fig. 13. Diagrama unifilar das linhas de 138 kV com a inserção do UPFC

O programa ANAREDE possui modelos para compensadores estáticos (SVC - Static VAr Compensator) e transformador defasador com controle de potência ativa ou corrente, não dispondo de modelo dedicado à representação do UPFC. Considerando as funcionalidades do programa, o modelo com barra de carga e gerador (PQ+PV) [3] (que representa o UPFC através de uma barra de carga do tipo PQ na entrada e a barra de saída como sendo uma barra de geração do tipo PV), assim como o modelo de injeção de potências (PIM) [4] (representando o UPFC através da injeção de potências ativa e reativa nas barras de entrada e saída, conectadas através da reatância do transformador série), são facilmente inseridos no programa. Entretanto, o modelo de injeção de potências, utilizado em algoritmos de cálculo, apresenta dificuldades para representação direta, que corresponde ao ajuste desejado nos casos de simulação, sendo necessário um processo iterativo para cálculo dos respectivos valores que representem o ponto de operação.

Já o modelo com barra de carga e gerador (PQ+PV) é válido somente para o modo de operação simultânea do controle de tensão e potências ativa e reativa, além de realizar a desconexão das barras de entrada e saída do UPFC.

Considerando o modelo do UPFC representado através de um transformador defasador ideal associado a um ramo shunt, apresentado pelo CIGRÉ [6] e por Seungwon An [10], observamos a facilidade de representação no programa, devido à existência do modelo para transformador defasador e respectivos controles que realizam a variação automática de fase destes transformadores para controle de corrente ou potência ativa durante a execução do fluxo de potência. O modelo do UPFC com representação do transformador defasador, sua respectiva impedância série e compensador estático (PST+SVC), também pode ser modelado através dos componentes existentes no ANAREDE.

Os modelos de injeção de potências (PIM) (Noroozian [4]) e com barra de carga e gerador (PQ+PV) (Nabavi-Niaki e Iravani [3]), também podem ser facilmente representados no ANAREDE, considerando as restrições descritas anteriormente.

Fig. 14. Modelos do UPFC no ANAREDE: (a) Modelo de transformador defasador e compensador estático (PST+SVC); (b) Modelo com barra de carga e gerador (PQ+PV); (c) Modelo de injeção de potências (PIM)

Utilizando a base de dados de fluxo de potência do Sistema Interligado Nacional, foi realizada a inserção dos modelos do UPFC em regime permanente para uma linha de transmissão de 138 kV. Inicialmente foram realizadas simulações utilizando os modelos (PQ+PV), (PIM) e (PST+SVC), obtendo os parâmetros para o modelo (PIM) a partir das simulações realizadas com o modelo (PST+SVC), conforme equações apresentadas anteriormente.

A seguir são apresentados os resultados de tensões e fluxos de potência nas barras de entrada e saída do UPFC (com inclusão da barra intermediária no caso do modelo PST+SVC). Adota-se a representação utilizada no ANAREDE, com sinal positivo para potências saindo da barra e sinal negativo para potências entrando na barra em análise.

TABELA II.RESULTADOS DE SIMULAÇÃO UTILIZANDO OS MODELOS DE UPFC

NO ANAREDE

Através dos resultados de simulação obtidos, podemos observar a equivalência entre os modelos de UPFC utilizados. O modelo de UPFC utilizando o transformador defasador em série com sua respectiva impedância e compensador estático de reativos como ramo shunt (PST+SVC), apresenta a vantagem de possibilitar a partir dos resultados obtidos com este modelo, efetuar o cálculo das potências do modelo de

subestação 1

Disjuntor Aberto

Disjuntor Fechado subestação 2

linha 1

linha

2

linha

3

linha

4

subestação 3

subestação 4

UPF

C

(a)

(b)

(c)

barra tensão [pu] ângulo [graus] fluxo ativo [MW] fluxo reativo [MW] entrada 1.049 -32.6 -95.5 93.6 intermediária 0.954 -22.6 -95.5 7.3

saída 0.97 -29.7 95.5 -19.4

entrada 1.049 -32.6 -95.5 93.5

intermediária - - -

-saída 0.971 -29.7 95.5 -19.2 entrada 1.049 -32.6 -95.5 93.6

intermediária - - -

-saída 0.97 -29.7 95.4 -19.5

Modelo (PST+SVC)

Modelo (PIM)

(6)

injeção de potências (PIM) equivalente, sendo este o modelo mais amplamente utilizado para inserção em algoritmos de cálculo.

V.CONCLUSÕES

Neste trabalho foi apresentada uma revisão do conceito do Unified Power Flow Controller (UPFC), que corresponde a um dos mais promissores dispositivos da chamada quarta geração de dispositivos FACTS.

Foram apresentados alguns dos modelos propostos para representação deste dispositivo em regime permanente, com desenvolvimento do modelo de transformador ideal e reatância shunt variável [10], para representação através de um transformador defasador em série com sua respectiva impedância e compensador estático de reativos como ramo shunt (PST+SVC). O modelo permite uma abordagem prática para simulação do UPFC em programas de fluxo de potência utilizando os modelos de equipamentos disponíveis, tendo sido realizada a comparação deste modelo com o modelo de injeção de potências (PIM), amplamente utilizado em algoritmos de cálculo, e modelo com barra de carga e gerador (PQ+PV), tendo sido obtidos os parâmetros para cálculo das potências do modelo PIM através dos valores do caso de fluxo de potência convergido utilizando o modelo PST+SVC. Os resultados demonstraram a equivalência entre os modelos propostos, além da facilidade para simulação do UPFC em softwares de fluxo de potência comerciais utilizando os modelos de transformadores, reatância shunt e compensador estático disponíveis na biblioteca de modelos destes aplicativos.

VI.REFERÊNCIAS

[1] HINGORANI, N. G. Power Electronics in Electric Utilities: Role of Power Electronics in Future Power Systems. PROCEEDINGS OF THE IEEE, IEEE, v.76, n.4, p.481-482, 1988.

[2] GYUGYI, L. Unified power flow control concept for flexible AC transmission systems. Generation, Transmission and Distribution, IEE Proceedings C, IEE, v.139, n.4, p.323-331, 1992.

[3] IRAVANI, M.; NABAVI-NIAKI, A. Steady-State and Dynamic Models of Unified Power Flow Controller (UPFC) for Power System Studies. IEEE Transactions on Power Systems, IEEE, v.11, n.4, p.1937-1943, 1996.

[4] NOROOZIAN et al. Use of UPFC for Optimal Power Flow Control. IEEE Transactions on Power Delivery, IEEE, v.12, n.4, p.1629-1634, 1997.

[5] ACHA, E.; FUERTE-ESQUIVEL, C. Unified Power Flow Controller: a Critical Comparison of Newton-Raphson UPFC Algorithms in Power Flow Studies. IEEE Proc.-Gener. Transm. Distrib., IEEE, v.144, n.5, p.437-444, 1997.

[6] CIGRÈ TASK FORCE 38.01.08 Modeling of Power Electronics Equipment (FACTS) in Load Flow and Stability Programs. France: Cigré, 1999. 105p.

[7] CIGRÉ TASK FORCE 14.27 Unified Power Flow Controller (UPFC). France: Cigré , 2000. 110p.

[8] ARNEZ, R. L. V.; ZANETTA, L. C. Unified Power Flow Controller (UPFC): its versatility in handling power flow and interaction with the network. Transmission and Distribution Conference and Exhibition , Asia Pacific, v.2, n.0, p.1338-1343, 2002.

[9] SADIKOVIC, R. Power Flow Control with UPFC, Technical Report. Power Systems & High Voltage Laboratories (EEH), Zurich, v.0, n.0, p.1-20, 2003. Disponível em:

http://www.eeh.ee.ethz.ch/uploads/tx_ethpublications/power_flow_control_upfc.pdf

[10] AN, S.; CONDREN, J.; GEDRA, T. W. An Ideal Transformer UPFC Model, OPF First-Order Sensitivities, and Application to Screening for Optimal UPFC Locations. IEEE TRANSACTIONS ON POWER SYSTEMS, IEEE, v.22, n.1, p.68-75, 2007.

[11] ARA, A. L.; KAZEMI, A.; NIAKI, S. N. Modelling of Optimal Unified Power Flow Controller (OUPFC) for optimal steady-state performance of power systems. Energy Conversion and Management, ECM, v.52, n.2, p.1325-1333, 2011.

[12] PEREIRA, M.; ZANETTA, L. C. A current based model for load flow studies with UPFC. IEEE Transactions on Power Systems, IEEE, v.28, n.2, p.677-682, 2013.

Imagem

Fig. 2. Sistema de duas máquinas com a fonte Vpq representando o UPFC  Fonte: (CIGRÉ TASK FORCE 14.27, 2000, p.23)
Fig. 8. Substituição da fonte de tensão pela fonte de corrente  Fonte: (NOROOZIAN et al., 1997, p.1630)
Fig. 11. Modelo do UPFC com transformador defasador e reatância variável  Fonte: (AN; CONDREN; GEDRA, 2007, p.70)
Fig. 13. Diagrama unifilar das linhas de 138 kV com a inserção do UPFC

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