CONSIDERAÇÕES SOBRE A ELABORAÇÃO
DE ROTEIRO PARA ENTREVISTA
SEMI-ESTRUTURADA
Eduardo José Manzini UNESP – Campus de Marília
Apresentado por:
Neusa Aparecida Mendes Bonato
OBJETIVO
SOBRE A ENTREVISTA
Como um instrumento ou método de coleta de informações, a entrevista é um instrumento utilizado nas pesquisas em Educação, Psicologia e Sociologia, que podem ser didaticamente divididas, em três grupos:
• questões relacionadas ao planejamento da coleta de informações
• questões sobre variáveis que afetam os dados de coleta e futura análise
PLANEJAMENTO
VARIÁVEIS, TRATAMENTO E ANÁLISE
influência do entrevistador na produção do discurso do entrevistado e nos seus processos de raciocínio e de memória;
Para que serve um Roteiro de Entrevista?
Sua função principal é auxiliar o pesquisador a conduzir a entrevista para o objetivo pretendido, além de, segundo a concepção do autor, ter outras funções como:
auxiliar o pesquisador a se organizar antes e no momento da entrevista;
auxiliar, indiretamente, o entrevistado a fornecer a informação de forma mais precisa e com maior facilidade.
CUIDADOS COM A LINGUAGEM
PROBLEMAS FREQUENTEMENTE
CONSTATADO EM ROTEIROS
• uso de palavras que lhe são próprias
(pesquisador), jargão técnico;
• fazer uma pergunta única para investigar um conceito complexo.
Investigar conceitos pode ser uma tarefa difícil se o roteiro não estiver claro e preciso, com perguntas redigidas de forma simples e direta.
CUIDADOS COM A FORMA DAS
PERGUNTAS
Uma boa maneira de perguntar é ser direto e simples. A clareza do roteiro dependerá da forma como as perguntas são redigidas.
• Não utilizar na redação da perguntas palavras ou frases não específicas ou vagas.
• Tamanho da pergunta.
• Ao fazer as perguntas e ao redigir o roteiro, deve-se fazer uma análise das dificuldades de elaboração mental a que o entrevistado está sujeito. Simples mudanças na forma de se perguntar pode deixar o entrevistado mais a vontade para responder a indagação, sem demonstrar que estamos interessados em altas elucubrações conceituais.
CUIDADOS COM A SEQÜÊNCIA DE
PERGUNTAS
• Obedecer uma ordem de dificuldades de
respostas: das mais fáceis para as mais difíceis de serem respondidas;
• Fazer blocos temáticos de perguntas que objetivam o mesmo assunto;
ADEQUAÇÃO DOROTEIRO
Adequação do roteiro é a submissão do roteiro
para entrevista à apreciação externa, através de dois procedimentos comumente utilizados:
SUGESTÕES PARA ANÁLISE DO
ROTEIRO PARA ENTREVISTA
FORMA DAS PERGUNTAS
Ao fazer perguntas usou jargão? Usou expressões coloquiais?
Usou palavras técnicas que não familiares à
população da pesquisa?
Usou palavras e frases vagas?
Fez perguntas com múltipla finalidade? Fez perguntas manipulativas?
Usou ênfase adequada ou inadequada no tom de
voz?
Fez uso de palavras ou frases emocionais?
A extensão das perguntas permitiu compreensão
SEQÜÊNCIA DAS PERGUNTAS
Seguiu estritamente a seqüência das
perguntas que estava no roteiro?
A seqüência das perguntas obedeceu a
uma ordem por agrupamentos ou temas?
Indicou ao entrevistado as mudanças de
temas?
Seguiu uma seqüência de perguntas por
ABRANGÊNCIA DO FENÔMENO
ESTUDADO
Todas as perguntas do roteiro foram
feitas durante a coleta?
Fez perguntas complementares? Essas
perguntas deveriam fazer parte do roteiro
original?
As perguntas permitiram abranger o
DESENVOLVENDO UMA NOVA
FORMA PARA AVALIAR ROTEIROS
Fazer uma análise das ações verbais que estão expressas nas perguntas do roteiro, sendo utilizada por vários pesquisadores como embasamento teórico para a construção de categorias de análise ou unidades de análise em que lidam com interação verbal.
CONCLUINDO...
A entrevista requer uma série de cuidados anteriores à coleta propriamente dita;
A ENTREVISTA EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL:
QUESTÕES METODOLÓGICAS
INTRODUÇÃO
A produção do conhecimento científico e sua validade metodológica têm sido alvo de preocupações dos pesquisadores em Educação Especial, devido ao crescimento vertiginoso da área a partir da década de 70.
OBJETIVO
PARTICIPANTES DA PESQUISA
Professores de Educação Especial 23 professores
habilitados nas quatro Categorias de deficiência (auditiva, mental, física e visual)
Alunos de Educação Especial 44 (total)
Área de deficiência mental 12 alunos
Área de deficiência auditiva 11 alunos
Área de deficiência visual 11 alunos
Área de deficiência física 10 alunos
LOCAL DA REALIZAÇÃO DA
PESQUISA
Sala de Recursos e Classe Especial da rede
pública de ensino estadual de Marília
CUIDADOS METODOLÓGICOS
Elaboração das questões;
Planejamento adequado para a coleta de dados; Participação de consultores para análise temática e a relação com os objetivos da pesquisa;
Desenvolvimento de projeto piloto, para análise da clareza e objetividade das questões;
Análise dos dados provenientes das entrevistas do projeto-piloto e alterações de algumas questões;
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS COM OS
PROFESSORES
CONJUNTO DE CATEGORIAS
RA – resposta adequada
D – direta; I – indireta; P – parcial RI – resposta inadequada
PE – pede esclarecimento sobre a pergunta EP – esclarece pergunta do entrevistador
ENTREVISTADO
ANÁLISE DOS DADOS
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS
REALIZADAS COM OS ALUNOS
A figura de categorias foi parcialmente mantida, já que algumas categorias não foram necessárias. Também foi incluída uma nova categoria ficando da seguinte forma:
RA – resposta adequada
D – direta; I – indireta; P – parcial RI – resposta inadequada
NR – não respondeu ENTREVISTADO
ANÁLISE DOS DADOS
A análise das interações, por sujeito, demonstra que as entrevistas foram conduzidas de forma adequada, com um roteiro bem delineado e com a intervenção precisa do entrevistador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A entrevista caracteriza-se como importante estratégia para a coleta de dados de pesquisa cientifica, pois, nos permite conhecer a subjetividade humana. Porém, não podemos desconsiderar os mecanismos que podem alterar a sua dinâmica interferindo, inclusive, o conteúdo das respostas dos entrevistados.
REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES
SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL DIANTE DA
INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM
NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NA
ESCOLA COMUM
WANDERLEIA AZEVEDO MEDEIROS
Orientadora: Prof. Dra. Maria Luisa Sprovieri Ribeiro
Faculdade de Educação – USP
PROBLEMÁTICA
CENÁRIO DA PESQUISA
A pesquisa foi desenvolvida no NPI –
Núcleo Pedagógico Integrado (Escola
de Aplicação da Universidade Federal
do Pará), que atende a:
Educação Infantil;
SUJEITOS DA PESQUISA
ABORDAGEM METODOLÓGICA
PESQUISA QUALITATIVA (Estudo de
Caso), desenvolvida em duas fases:
1ª fase: pesquisa bibliográfica e
documental; compreendendo
levantamento de dados e análise;
2ª fase: estudo de campo, dividido em
ETAPAS – ESTUDO DE CAMPO
Apresentação do projeto de pesquisa aos
professores;
Observação da atuação dos professores;
Participação do cotidiano escolar dos
professores;
Entrevistas individuais (roteiro
MINHAS DÚVIDAS
Não faz citação sobre projeto/entrevista-piloto??? Há a necessidade de citar no trabalho se o roteiro
foi submetido a juizes externos??
Dúvidas quanto ao levantamento das categorias