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DINÂMICA URBANA DE TEFÉ-AM: POLARIZAÇÃO NO OESTE DA CALHA DO RIO SOLIMÕES-AMAZONAS

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Academic year: 2019

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DINÂMICA URBANA DE TEFÉ-AM: POLARIZAÇÃO NO OESTE DA

CALHA DO RIO SOLIMÕES-AMAZONAS

Eubia Andréa RODRIGUES Mestranda em Geografia pela Universidade Federal do Amazonas. eandrea@uea.edu.br

Cristovão de Souza PESSOA Graduando em Geografia pela Universidade do Estado do Amazonas.

csp.geo@uea.edu.br

Máximo Alfonso Rodrigues BILACRÊS Graduando em Geografia pela Universidade do Estado do Amazonas maximobillacres@gmail.com

Resumo

Considerando variáveis como: demografia, economia e ambiente aliados à dimensão territorial do Brasil e as suas particularidades regionais, percebe-se a complexidade e dificuldade para uma única categorização para as cidades. A pesquisa aborda um estudo sobre a rede urbana analisando as propostas institucionais, para a categorização das cidades dentro da hierarquia urbana do Amazonas. Tem o propósito de explicitar a funcionalidade que Tefé exerce na rede urbana, para ser caracterizada como “cidade média de responsabilidade territorial”, proposta pelos pesquisadores do NEPECAB (Núcleo de Estudos e Pesquisa das Cidades na Amazônia Brasileira), que se contrapõe com as proposta estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e pela Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias, em escala nacional. Surge a proposta do NEPECAB para as cidades do Amazonas, apresentando Tefé-AM como um “nó” importante na rede, em decorrência de sua funcionalidade. Ao considerar a variável economia, pretendemos definir a função de Tefé, dentro da rede urbana do Amazonas, fazendo uma descrição de sua economia, identificando os reflexos espaciais que a cidade exerce na região oeste da calha do médio Solimões-Amazonas, além de propor uma nova tipologia ou consolidar o que já se produziu para Tefé.

Palavras-chave: Rede Urbana. Cidade. Tefé. Funcionalidade.

Abstract

URBAN DINAMIC IN TEFÉ-AM: POLARIZATION IN THE WEST OF SOLIMÕES RIVER CHANNEL – AMAZONS

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characterized as “medium city with territorial responsibility” suggested by NEPECAB researchers (Núcleo de Estudos e Pesquisa das Cidades na Amazônia Brasileira), which is against the established suggestions made by IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) and by RPCM (Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias), in national scale. Then, NEPECAB suggests a new propose to the Amazons cities presenting Tefé as an important “noodle” in the net because of its functionality. In regarding to the economy, we intent to define Tefé, among the Amazons urban net, producing a description of its economy, identifying the spatial reflections that the city has on the west region of Medium Solimões channel. Besides, we also intent to suggest a new classification or to agree with the information already available to Tefé.

Key-Words: Urban net. City. Tefé. Funcionality. IBGE - Brazilian Institute of geography and Statistics RPCM - Net of Researchers for Medium Cities

1 – Introdução

Estudos recentes, sobre a rede urbana do Amazonas, classificaram Tefé como cidade média e a tipificaram como de “responsabilidade territorial”(Schor e Costa, 2007:13). Esta classificação rompe com os critérios estabelecidos pelo IBGE que classifica as cidades brasileiras a partir do número da população. Pelo IBGE são consideradas cidades médias as que apresentam uma variação de 100.001 à 500.000 habitantes. Além da capital (Manaus) nenhuma outra cidade do Amazonas apresentava, até 2007, um número superior a 100.000 habitantes (Oliveira e Schor, 2007:09). Assim sendo, com a classificação do IBGE, no estado do Amazonas não existiriam cidades médias, porém várias cidades, em especial aquelas localizadas ao longo da calha dos rios que, exercem função de cidade média (SPOSITO, 2001:54). Como captar estas cidades que exercem função de cidades médias no Amazonas é um desafio ao estudo da geografia urbana e de rede urbana.

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não madeireiros até o cálculo do custo de vida nas cidades. Os dados foram coletados em campo e nas diversas bases de dados disponíveis. Foram sistematizados mapas temáticos para cada uma das variáveis, totalizando 150 mapas, que permitiram visualizar a dinâmica da rede urbana. A partir da análise dos dados e dos mapas construiu-se uma tipologia para as cidades na calha: cidades de responsabilidade territorial (pequenas ou médias); cidades de dinâmica econômica externa (pequenas ou médias); cidades intermediárias (médias) e cidades especiais (pequenas). É desta análise que a cidade de Tefé foi classificada como cidade média de Responsabilidade Territorial.

O termo responsabilidade territorial aplicado à cidade indica uma dinâmica particular na rede urbana. É através desta cidade que um determinado trecho da rede urbana é mantido coeso e a vida da e na cidade é preservada. A idéia de que uma cidade tem responsabilidade (funcional, infra-estrutural, étnica, ética) sobre um determinado território (geográfico e político) merece um aprofundamento teórico e metodológico. Neste sentido, procuraremos tecer, neste artigo, algumas considerações sobre a rede urbana do rio Solimões, da qual Tefé faz parte, visando compreender a funcionalidade, em especial da rede comercial (produção e circulação de mercadorias), que esta cidade exerce no médio Solimões. Com estas reflexões busca-se aprofundar as discussões sobre rede urbana e cidades médias no Amazonas, na Amazônia e no Brasil.

2 – A rede urbana do médio Solimões

Lefebvre (1999), no livro, “A cidade do capital”, descreve que cidade surge a partir da própria divisão do trabalho, e da intensificação desta, uma vez que no campo existem as relações de produção. Em contradição às relações desenvolvidas social e economicamente no campo, nas cidades estas ralações resultam das transformações do espaço, e tornam-se visíveis em conseqüência da produção e reprodução da modernidade. Nas sociedades contemporâneas, a força e a divisão do trabalho são responsáveis pela consolidação das relações, tipicamente urbanas, diferindo das relações do campo. Quando se analisa a relação cidade e campo no interior do Amazonas, em áreas na qual o acesso é feito predominantemente por via fluvial, as distinções entre ambas são menos visíveis e a própria definição do que é cidade, além da definição jurídica, modifica-se.

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Neste sentido as cidades da Amazônia por surgirem dispersas e isoladas, se apreciadas na escala nacional, aparecem como pequenos pontos em um universo verde. Uma imagem que, se observada em escala inadequada, pode confundir o observador, levando-o a considerá-las como pontos soltos no território. Entretanto essas cidades estabelecem uma intrincada rede urbana que vai para além da imagem dentrítica (CORREA, 2001:22), em que normalmente se tem da rede urbana na Amazônia.“[..] essa rede dentrítica constitui-se em um meio através do qual a hinterlândia da cidade primaz é drenada em seus diversos recursos, estabelecendo um dependência externa” (2001:22).

As cidades do Amazonas em particular, não fogem a regra, se articulam de acordo com a função e produção desenvolvidas, fazendo com que cada espaço, de acordo com a sua função ou até mesmo produção, esteja ligado a outro, em decorrência da dependência que exerce entre si, surgindo assim uma grande rede. É necessário entender este processo, porque a rede torna todo o espaço integrado e desigual na lógica da globalização, mas interdependente. Neste sentido, as cidades permanecem integradas com estruturas socioeconômicas distintas se compararmos, por exemplo, as cidades latinas americanas às cidades dos Estados Unidos (Roberts, 2005), ou seja, dentro de um contexto regional, no caso do continente americano, as cidades latino-americanas aparecem homogêneas, em comparação as cidades estadunidenses e canadenses, por apresentarem características socioeconômicas parecidas.. Se comparadas em um contexto latino americano, apresentam diferenças ou funções que as tornam diferentes. São essas funções as responsáveis pela integração do espaço latino americano.

É Interessante entender que as cidades nem sempre apresentam, a mesma importância ao longo de sua existência, ou seja, a importância das cidades está relacionada à função que ocupa no espaço urbano, principalmente, em se tratando do crescimento e da decadência econômica.

Celso Furtado nos a ajuda entender esse processo, no seu livro “Formação Econômica do Brasil”, quando descreve que a economia brasileira foi desenvolvida em torno dos “ciclos econômicos” em espaços que denomina de “ilhas”, ou seja, as cidades originaram-se a partir das relações econômicas que se desenvolveram em função de uma atividade produtiva (ciclo), em lugares distintos (ilhas), exemplificando a organização do espaço urbano brasileiro (2004:35).

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desenvolveu no Brasil, tornou-se um espaço propício para o desenvolvimento da atividade (Nordeste), e todo o processo econômico articulou-se em torno do produto. Neste caso, a ilha seria o nordeste produtor de açúcar, e as outras atividades seriam consideradas secundárias, em relação à produção açucareira. Temos também, a mineração no Sudeste e Centro-Oeste, a borracha na Amazônia, o café no Sudeste.

No caso do Amazonas as atividades produtivas diferentes entre si, mesmo que pequenas, estavam ou estão localizadas em diversas cidades, fazendo com que cada cidade se especialize em uma determinada produção, por exemplo, Coari produz o petróleo, Autazes produz leite, Itacoatiara produz grãos.

Tefé, até a década de 1980, foi grande produtora de farinha de mandioca, no estado, conhecida como farinha do Uarini, em conseqüência da cidade do Uarini pertencer à jurisdição de Tefé. Depois que a cidade de Uarini foi elevada à categoria de município, Tefé, além de perder possessões territoriais, perdeu também na produção da farinha, entretanto a comercialização do produto ainda é feita via Tefé, que tem como um dos maiores compradores do produto na região, o senhor Roberval Takafaz, que revende para Manaus.

No estado do Amazonas, apesar de não possuir uma intensa área específica de produção, Tefé possui uma característica que fortalece sua função, além de servir de entreposto comercial entre as cidades ao seu entorno e Manaus, mantém uma ligação muito estreita com grandes centros comerciais do Brasil. Esta característica fortalece sua função na rede urbana do estado.

Considerando que a urbanização no Brasil está atrelada ao surgimento dos ciclos econômicos, percebemos que a formação, a permanência ou o desaparecimento de algumas cidades brasileiras é conseqüência da produção no espaço em que ocorreu e/ou ocorre continuidade ou descontinuidade da utilização do solo.

Na Amazônia, as cidades surgiram de formas distintas, contudo sua permanência e/ou desaparecimento não difere do que ocorreu no restante do Brasil, considerando que existe uma grande contradição na forma de assentamento comparado a diferentes épocas econômicas.

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principalmente para Manaus, em conseqüência da crise provocada pela queda da produção da borracha. Neste caso, a descontinuidade da utilização do solo e a migração, foram responsáveis pelo desaparecimento da cidade. Segundo Leonard (1999), a origem de uma cidade relaciona-se também às questões econômicas da época da colonização européia na região.

Portanto, o processo está relacionado à diferenciação existente entre as cidades que surgiram durante a mercantilização européia e as que se originaram a partir da expansão da fronteira contemporânea. É interessante destacar que, tanto as cidades coloniais quanto as contemporâneas, resultaram da política voltada para a utilização dos recursos naturais. Diferente do que ocorreu no sul e sudeste do Brasil, na região Amazônica a agricultura comercial não propiciou a expansão do capitalismo..

Desta forma a urbanização da Amazônia está diretamente, ligada à exploração dos recursos naturais, das migrações dirigidas em conseqüência da política voltada para a integração da região no contexto nacional, além do desenvolvimento proposto a partir dos grandes projetos agropecuários, minerais e, principalmente, abertura de estradas para interligação.

Inicialmente os núcleos urbanos foram surgindo a partir da exploração, das drogas do sertão, particularmente na região da calha do Rio Solimões e Rio Negro, por onde eram realizados os “descimentos” para a captura da mão-de-obra indígena para a exploração dos produtos. O processo de urbanização de Tefé começou nesta época com o surgimento da vila da Missão (Pessoa, 2004:21) Em 1688 já se havia fundado a Missão de Santa Teresa D’Ávila dos Axiuaris pelo Padre Samuel Fritz. No lugar que hoje é a comunidade da Missão. Pela falta de segurança o lugar foi transferido, pelo missionário carmelita frei André da Costa para a área que hoje está assentada a cidade de Tefé. Foram aí desenvolvidas atividades que, inicialmente foram estruturando o espaço, como a escola da Missão, as olarias, além das atividades agrícolas de subsistência.

No século XIX, com o florescimento da produção da borracha surgiram alguns núcleos e outros desenvolveram-se, propiciando uma nova estrutura urbana e consolidando as funções das cidades na hierarquia urbana do Amazonas. Tefé não se sobressaiu em conseqüência da produção, uma vez que no município havia pouca área produtora.

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ocupação ao longo das rodovias que foram implantadas, ligadas aos projetos governamentais para desenvolvimento e ocupação na região.

Somente na década de 1960, com a implantação da Zona Franca de Manaus, que o estado viu florescer sua economia. O processo de industrialização implantado influenciou apenas a estrutura urbana da cidade de Manaus que recebeu um contingente populacional muito elevado, proveniente não só do interior do estado como também de outras regiões do Brasil e de outros países, provocando um adensamento urbano na capital. Tefé foi se adaptando a essa nova estrutura urbana, causada pela industrialização. Sua participação neste processo foi de fornecer mão-de-obra para o mercado e de tornar-se grande consumidora dos produtos do Pólo Industrial de Manaus.

Atualmente, para atuar juntamente com o Pólo Industrial de Manaus, em favor da economia do estado, este vem investindo no campo da ciência e tecnologia, para a utilização dos recursos dentro do paradigma da sustentabilidade.

3 - Historiografia de Tefé.

As cidades que surgiram nos séculos XVII e XVIII estão ligadas diretamente à exploração dos recursos naturais e marcaram um período de conflitos entre portugueses e espanhóis, que disputavam o domínio das terras que haviam conquistado. E no Amazonas as cidades instalaram-se ao longo das margens dos rios, com uma característica própria, em conseqüência da hidrografia na região, facilitando a circulação dos produtos e apreensão da mão-de-obra indígena.

Tefé surgiu desse embate em 1688 quando, o Padre Samuel Fritz, a serviço da Espanha, fundou as primeiras missões instituídas pelo processo de evangelização, em particular a missão Santa Teresa D’Ávila dos Auxiaris, que recebeu este nome em homenagem a Santa Teresa D’Ávila que pertencia a congregação Carmelita da qual o padre era membro, logo seria expulso pelos portugueses vindos do Grão –Pará que, desrespeitando o Tratado de Tordesilhas, subiram o Rio Solimões-Amazonas e travaram uma violenta batalha contra os espanhóis (Pessoa, 2004).

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da cidade em decorrência de suas duas principais construções, igreja e o casarão que serviu, durante o século XX, de colégio interno para os moradores da cidade, sob a gestão dos padres espiritanos (Pessoa, 2004).

Em 1712, sob orientação do governo português e evitando novos conflitos com os espanhóis, Frei André da Costa subiu o rio e encontrou o lago em cuja margem direita, fixou-se com fixou-seus peregrinos, índios e brancos.

Mesmo com a assinatura do Tratado de Madri, Tefé tornou-se alvo de discussão sobre os limites das terras entre Portugal e Espanha. Somente em 1755, foi elevada á categoria de vila, por Portugal, com o nome de Vila de Ega, sob a jurisdição da Capitania de São José do Rio Negro. A discussão sobre os limites das terras dos espanhóis continuaria com o envio de uma expedição espanhola demarcadora comandada por D. Francisco de Requeña, que ocupou o Solimões até a Vila de Ega. Somente em 1787, o português Lobo d’Almada assume a capitania de São José do Rio Negro e expulsa os espanhóis. Em 1833, por ocasião da divisão territorial, o governo da província do Pará obtém o controle de Ega, ignora a denominação Vila de Ega e restitui o nome de Tefé. Em 1855, com a prosperidade da vila, tornou-se o porto mais movimentado do Médio e Alto Solimões-Amazonas. Assim pôde ser elevada à categoria de cidade, a partir daí, sofreu grandes perdas territoriais (Pessoa, 2004), pois até o momento, o município de Ega, era sem dúvida um dos maiores da Capitania, tinha 500.000km², tendo limites o rio Purus pela margem esquerda e o rio Solimões subindo pelo Paraná do Copeá, atingindo o rio Castanha, lago do Anamã, subindo pelo Coraci, até o rio Japurá, subindo este rio pela margem esquerda até Pedreiras, limites com o Peru e Colômbia, na cabeceira do Japurá (Pessoa, 2004:19-29).

Com esse pequeno histórico, é possível identificar a origem da cidade, de acordo com o que Victor Leonard, aponta como processo de continuidade, e não “arruinamento”, como o descrito sobre Santo Elias do Jaú/Airão (1999:104). A cidade de Tefé cresceu às margens esquerda do lago com o mesmo nome, uma vez que a população que habitava a missão de Santa Teresa D’Ávida dos Auxiaris, às margens do rio Solimões, foi transferida para local citado, em conseqüência das invasões espanholas, não em detrimento da produção econômica, como ocorreu em Santo Elias do Jaú/Airão, que se estruturou socioeconomicamente, e que mais tarde, com a crise da produção da borracha foi arruinada, em conseqüência do fracasso econômico e da migração da população

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pertence a zona rural do município, ligada à sede por uma estrada e pode ser vista por quem chega de barco à Tefé, é uma comunidade viva, diferente do que ocorreu com Santo Elias do Jaú/Airão, que hoje é denominada de Velho Airão e guarda somente as ruínas de um passado de glória.

Diferente do que aconteceu com o processo de colonização do Amazonas no século XVII, pelos europeus, o colonialismo interno (brasileiro) foi responsável pela expansão das fronteiras na Amazônia, e abriu espaço para urbanização em favor das novas formas de produção e utilização do solo, além dos novos migrantes, responsáveis pela miscelânea cultural existente e pela nova estruturação espacial.

Esta expansão de fronteira está relacionada à forma de como foi articulada a economia no Brasil. Já descrita anteriormente, a economia brasileira, se propagou em torno dos ciclos econômicos, que divergiram no tempo e espaço, mas espacialmente os lugares mantiveram-se interligados social e economicamente, não integrados, em conseqüência da produção desenvolvida. Sejam eles rurais ou urbanos.

O processo de integração foi bem mais articulado nas regiões, centro sul e nordeste, brasileiras. Em conseqüência da facilidade do fluxo de mercadorias e pessoas, as cidades mantinham e mantêm integradas a um contexto intra e inter regional. Diferente do que ocorreu e ocorre na Amazônia, em que não é percebível esta integração. É perceptível isto nas áreas que estão no eixo Belém /Manaus, mas não quer dizer que as cidades não estejam interligadas. A questão é que umas cidades apresentam um crescimento impulsionado pela cidade primaz (Correa, 2006), devido a proximidade, tornando os laços mercantis mais estreitos, como é ocaso de Manaus com as cidades ao seu entorno e, Manaus e Tefé. Algumas teorias foram formuladas para explicar a estrutura do espaço urbano, uma vez que está diretamente ligada ao sistema capitalista como a Teoria dos lugares centrais, descrita por Christaller (1966:230), a teoria do desenvolvimento desigual capitalista de Harvey (1973:366).

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O espaço urbano que surge como resultado da fragmentação e da articulação desenvolvidas no cotidiano das cidades implica, não somente, na relação de produção, como também na própria estruturação e mecanismos sociais em que a sociedade se apóia. Desta forma o espaço urbano tem uma dimensão simbólica. E mesmo fragmentado e articulado, é percebível uma organização em rede muito heterogênea.

Neste sentido, a organização do espaço urbano molda-se a partir da diferenciação ou diversificação das cidades em conseqüência das funções, dimensões e relações entre as variáveis: economia, demografia, ambiente, fatores que definem as desigualdades que tipificam a importância das cidades e sua categorização dentro da hierarquia urbana.

Muito embora, as cidades apresentem uma origem diferenciada, que vai determinar sua posição ou importância na rede urbana, é o seu grau de funcionalidade e de articulação que implica na hierarquização urbana. Pressupõe-se que mesmo com toda a autonomia que a cidade tenha, existe uma força de comando: existem aquelas que mandam e aquelas que obedecem (Santos e Silveira, 2008).

Dentro desta perspectiva, a hierarquia urbana define a organização do espaço em rede, onde percebemos a presença de centros urbanos (pequenos, médios e grandes) e “cidade primaz” (Correa,1989:22) como área de maior articulação, produção, circulação e, principalmente, concentração populacional.

Roberto Lobato Correa, em seu livro “Estudo sobre rede urbana”, de acordo com a forma espacial, apresenta dois tipos de rede urbana, uma simples e outra complexa. As redes urbanas complexas apresentam vários centros comandados por uma cidade regional importante, densamente povoada, com uma economia urbano-industrial mais efervescente, em torno de um centro industrial antigo (Correa, 1989:55).

A primeira está relacionada a uma organização onde o centro, ou a “cidade primaz” exerce uma maior influência sobre as demais (1989:22).

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conjunto da rede, correspondendo R$ 16,5 mil ao centro, Manaus, e R$ 4,8 mil aos demais municípios (IBGE, 2007).

As redes urbanas assumem um papel de transformação social, que contribuem com o desenvolvimento de uma região/estado, permitindo dessa maneira, estabelecer um compromisso de participação na comunidade e uma cultura de confiança. É necessário estabelecer uma sinergia, na definição das funções que as cidades desempenham.

A rede urbana da Amazônia evoluiu de acordo com os projetos geopolíticos dos diferentes regimes governamentais e as lógicas geográficas dos vários ciclos comerciais associados com a extração dos recursos naturais (Browder e Godfrey, 2006), principalmente na região do baixo rio Amazonas, este processo não se aplicou à Tefé..

É pertinente destacar que a expansão urbana da Amazônia está atrelada, inicialmente, ao período colonial após a fundação da cidade de Belém e as vilas missionárias do século XVII; do período mercantil da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, no final do século XVII; da explosão da borracha, entre 1850 e 1920; dos projetos agropecuários, minerais e de colonização, além da industrialização, no século XX (Browder e Godfrey, 2006). Em decorrência deste processo, aliado às flutuações demográficas, os níveis de hierarquia urbana na Amazônia, e particularmente, no Amazonas, vão se adaptando às novas formas de produção e utilização do solo, surgindo, sempre uma nova configuração espacial.

Dentro da metodologia apresentada por Correa, verificamos que a rede urbana do Amazonas apresenta uma característica dentrítica porque tem:

“A presença de uma cidade primaz localizada excentricamente à hinterlândia, geralmente junto à embocadura de um rio navegável. Esta cidade antecede geneticamente a ocupação da área à retaguarda e a criação de outros centros da rede, tornando-se a porta de entrada e saída de sua hinterlândia (2006:22).”

É importante destacar Manaus com esta característica de cidade primaz, para o Amazonas porque desde meados do século XIX, teve uma importância na região, aliada a produção da borracha, derivada do leite da seringa (hervea brasiliensis). Mesmo durante o período áureo, seguido da decadência, a cidade conseguiu se firmar como um centro importante, isso também, em conseqüência da localização da capital, papel tirado de Barcelos, no período de ocupação /colonização do estado.

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Nenhuma outra cidade conseguiu se fortalecer política, social e economicamente mais que Manaus. O que ocorreu foi uma definição de papel, determinando a função de cada cidade na rede. Isso não implica que a rede urbana não está sujeita às mudanças, uma vez que, a organização espacial constitui-se em uma dimensão de totalidade social, que por sua vez pode ser periodizada. Não esquecendo que em um contexto microrregional, as cidades do Amazonas, como Tefé, Tabatinga, Parintins, Itacoatiara exercem uma influência muito forte em suas áreas, tendo uma característica de cidade primaz.

Santos diz que cada lugar, cada região apresenta uma realidade sócio espacial que resulta de uma combinação singular de variáveis que datam de idades diferentes: é o que ele denomina tempo espacial próprio de cada lugar( Santos e Silveira,2008 ).

A rede urbana está sujeita as transformações e mudanças, e isso ocorre em períodos curtos e longos, além de ocorrerem no espaço.

A organização do espaço em rede é muito recente, e diríamos complexas. Os lugares apresentam particularidades espaciais e sócio-econômicas diversas, mas que está vinculado ao processo de urbanização que são responsáveis pelas mudanças comportamentais na sociedade.

4 Rede Urbana do Amazonas e a funcionalidade de Tefé

Descrito anteriormente, o Amazonas apresenta uma “rede urbana dentrítica” (Correa, 1989:22), ou seja, apresenta Manaus como o centro difusor do desenvolvimento, que se articula com todas as outras cidades do estado, não só pelo dinamismo econômico, como também, pelo fluxo de informação. É percebido que a relação que Manaus mantém com as cidades ao seu entorno (Manacapuru, Iranduba, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Novo Airão) é mais estreita, comparadas com as cidades a montante do rio Solimões-Amazonas, mas nem por isso se pode negar a importância das cidades a oeste do Médio e Alto Solimões-Amazonas, para a rede urbana do estado.

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Nesta perspectiva, o NEPECAB vem realizando estudos e pesquisas que fomentam uma análise mais coerente acerca de uma tipologia, dentro da realidade amazonense, para a categorização das cidades do estado.

Esses estudos têm como base, não só a demografia, mas principalmente, a funcionalidade das cidades dentro da rede. Até 2000, o IBGE, identificava cinco cidades médias no Amazonas (Parintins, Tabatinga, Manacapuru, Coari e Tefé). Após 2000, estas cidades foram consideradas apenas cidades pequenas e permanecendo apenas Manaus como cidade grande (Schor e Costa, 2007:14).

De acordo com a tipologia proposta, Tefé é caracterizada como “cidade média de responsabilidade territorial”, assim como Tabatinga, Manacapuru, Parintins e Itacoatiara, porque segundo Schor e Costa,

“... exercem uma função na rede que vai além de suas características em si, pois detém uma responsabilidade territorial que a torna um nódulo importante internamente na rede. Exerce diversas funções urbanas e contem arranjos institucionais que são importantes não só para o município, mas para as cidades ao seu redor. A importância territorial da cidades tem origem no desenvolvimento histórico-geográfico que constitui a rede urbana da região. O desenvolvimento econômico desta cidade tende a agregar valor na região. Ainda nesta tipologia deve-se incluir a variável ‘de fronteira’ pois a dinâmica das cidades localizadas na fronteira as diferem das demais, tanto em termos de perfil urbano principalmente devido ao papel exercido pelas forças armadas quanto com relação as rede que se estabelecem (2007, 13 )”.

Portanto o presente artigo, vem esclarecer a importância econômica que a cidade de Tefé exerce na região, a partir de estudos histórico-geográfícos existentes, para posteriormente, apresentar, através de uma pesquisa mais consistente, dados que venham contribuir com o NEPECAB, para fortalecer a proposta ou se criar uma nova tipologia.

Localização do município de Tefé em relação ao estado do Amazonas

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seu entorno (2008:67). Tefé apresenta essas características, sobressaindo-se na região oeste da calha do médio Solimões-Amazonas.

O Amazonas dentre as Unidades Federativas do Brasil é a que possui a maior extensão territorial e abriga 62 municípios, dentre os quais se destaca Tefé, localizada a 5 21” 2’ de Latitude Sul e 64 40” 2’ de Longitude Oeste, na Macrorregião do Triângulo Jutaí/Juruá/Solimões ,com uma área, aproximada, de 23.704 Km², Acessível à todos os municípios vizinhos por via fluvial, possui uma hidrografia muito rica. A cidade é banhada pelo Lago de Tefé, que recebe águas do rio com o mesmo nome, o qual exerce grande importância na região. A hidrografia é responsável pela interligação e integração da cidade com as cidades vizinhas e a capital (Manaus) tornando-se assim, do ponto de vista geográfico, uma área estratégica nesta região.

Os municípios vizinhos estão ligados diretamente à cidade, devido ao setor terciário da economia. Tefé sempre serviu como entreposto comercial, já que esta é sua principal atividade econômica. Esta característica remonta desde o período de colonização da Amazônia, em que esta área servia de troca entre os produtos manufaturados europeus pelas chamadas “drogas do sertão”. Diante desta questão, a atividade comercial só tem se intensificado e o lago serve como escoadouro de produtos entre Tefé, os municípios vizinhos e a capital do estado, através do seu principal rio Solimões/Amazonas.

Com uma população aproximada de 62.920 mil habitantes distribuída entre as zonas rural e urbana. Na área urbana a população enfrenta todos os tipos de problemas sócio-ambientais, pois cresce desordenadamente sem nenhuma infra-estrutura prejudicando os ambientes naturais existentes. Observou-se, nos últimos anos, um crescente aumento da população no município, inicialmente, em decorrência do transporte de petróleo extraído da bacia do Urucu, que era feito via rio Tefé até chegar à confluência do rio Solimões, com destino à Manaus. Neste período várias empresas se instalaram na cidade para a contratação de mão-de-obra para o Urucu, com isso tivemos a migração de trabalhadores oriundos de vários lugares do Estado.

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Houve expansão da área urbana, com a construção de toda estrutura militar, além da vila, para abrigar as famílias dos militares. Com esse processo, verificou-se uma mudança de comportamento da população tefeense, através da uma assimilação e adaptação de culturas

Esse processo migratório ocasionou o aumento do espaço urbano de Tefé em conseqüência da função que a cidade exerce nesta área do Médio Solimões-Amazonas, caracterizada como um pólo, ou simplesmente um “nó”, da rede urbana do Amazonas. A expansão da cidade e de suas áreas de influência ocasionou uma mudança que passou de lugares e de padrões de vida predominantemente rurais para predominantemente urbanos.

Atualmente, não somente o grande número das pessoas que vivem em cidades ou em suas adjacências, mas segmentos inteiros da população são completamente dominados pelos valores, expectativas e estilo de vida urbano. Mesmo com toda a dificuldade em se explicar a expansão territorial e a definição de fronteiras no Amazonas, esta situação é visível. Percebe-se uma organização complexa do espaço em rede, que podemos definir como rede urbana do Amazonas.

O espaço urbano é constituído por diferentes usos da terra, e não possui existência autônoma, porque nele se realizam uma ou mais funções. Isto não se trata somente da questão fundiária (Corrêa, 1989). A partir da sua utilização e das atividades desenvolvidas, analisadas suas funções e articulações o espaço poderá ou não incluir-se na rede urbana. Para Roberto Lobato Corrêa a rede urbana é uma forma espacial através da qual as funções urbanas se realizam. A função e relação que cada “nó” da rede exerce no espaço (comercialização, produção, prestação de serviços, etc.) irá caracterizá-la em cidade pequena, média, grande e de responsabilidade territorial (ReCiMe- NEPECAB) descartando a classificação proposta pelo IBGE, onde o contingente populacional é prioridade.

Pode-se dizer que nos dias atuais, a nova realidade traz consigo uma enorme renovação na organização geográfica da sociedade, apoiada nas relações e conteúdos novos do mundo globalizado (Moreira, 2006). Diante disso, a proposta elaborada pelo NEPECAB, em relação à cidade de Tefé, como “cidade de responsabilidade territorial” a consolida como cidade média, no contexto amazônico, em conformidade com as funções que esta desenvolve (comercialização de produtos rurais, produtos industrializados, venda varejista, prestação de serviços diversos, etc.).

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manufaturados das metrópoles (Moreira, 2006). Esta função se intensificou com o advento do capitalismo industrial e financeiro, pois surgiram novos produtos, já industrializados, que são consumidos pelas cidades menores, que não dispõe desses produtos, além dos serviços públicos e/ou privados bancários, que se concentram na área urbana de Tefé.

Observa-se uma organização espacial em rede, aonde esta vai mudando a forma e o conteúdo dos espaços. Uma vez que muda o conteúdo – já que ele é produto da história, e a história mudando, muda com ela tudo que produz -, o espaço geográfico muda igualmente de forma. A forma que nele tinha importância principal no passado, já não a tem do mesmo modo e grau na organização, no presente (Moreira, 2006).

Com a organização em rede, as cidades se convertem em “nós”. Diante de um espaço transformado numa grande rede de nodosidade, Tefé exerce a função, de integrar os lugares cada vez mais articulados em rede. Esta organização em rede, só tem elevado o nível de urbanização, no Amazonas, já que as características do espaço geográfico tornam o Estado e a sociedade civil interdependentes, ocasionando a urbanização do espaço social e do espaço territorial (Becker, 1990).

Percebe-se que a concepção de “conexidade” analisada por Vidal de la Blache se encaixa nesta nova organização do espaço em conformidade com a urbanização. Para explicar as relações dos agrupamentos humanos com o seu meio ambiente, ele desenvolveu as noções de “meio” e “gênero de vida”, onde os elementos do “gênero de vida” (habitação, alimentação, produção, técnica de trabalho, etc.) contribuem para expressar as relações do homem com seu entorno (Silva e Galeno, 2004).

Ao nível de Amazonas, esta conexidade é primordial devido suas características físicas, já que as vilas, que deram origem às cidades, surgiram às margens do rio principaL e afluentes, distantes do grande centro regional, mas que no período colonial se destacaram como fortificações militares e missões religiosas, além de tornarem-se grandes entrepostos comerciais, em conseqüência da produção extrativa (castanha-do-Brasil, óleos vegetais, tartaruga, pirarucu, peixe-boi, borracha,..) e a partir daí verifica-se sua importância estratégica para a organização em rede.

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produtos importados, que são comercializados com as cidades ao seu entorno. No entanto, algumas cidades já possuem uma ligação maior com Manaus, devido aos meios de transporte, que facilitam este estreitamento (Uarini, Alvarães, Fonte Boa). Outras cidades ainda têm Tefé com centro difusor de mercadorias, transformando-a no principal “nó” desta rede urbana, ou caracterizando-a como uma “cidade média de responsabilidade territorial”.

5 - Considerações finais

Há a necessidade em definir uma tipologia e a hierarquização urbana para as cidades do Amazonas, condizente com as características específicas do espaço, analisando as particularidades e funcionalidades existentes. Os estudos já realizados e propostas apresentadas (NEPECAB) só confirmam a complexidade de uma definição única para todo o espaço brasileiro. Logicamente, que não se pode deixar de lado os estudos e pesquisas realizadas por outras instituições, pois servem de base a serem confrontados com outros para, a partir daí, identificar a categorização das cidades do Amazonas.

O estudo sobre a variável econômica do município de Tefé é só um dos vários arranjos institucionais que servem como base para a elaboração de uma tipologia específica para a rede urbana do estado, e visa contribuir para identificar a funcionalidade do município na rede, além de aperfeiçoar outros estudos já feitos.

Entretanto, ainda são necessários estudos sobre as cidades do Amazonas, a partir de quem vivencia o lugar e a análise de todas as suas peculiaridades, para contrapô-los com os estudos existentes, fazendo uma ressalva de que os resultados das pesquisas sejam efetivamente de qualidades, para posteriormente confrontar os dados e consolidar a proposta do NEPECAB, ou de se pensar em outra tipologia para as “cidades médias de responsabilidade territorial”, para o Amazonas.

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Referências

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