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Concepções prévias dos alunos sobre o tema energia atrelado a tríade Ciência, Tecnologia e Sociedade

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Academic year: 2020

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doi.org/10.26843/rencima eISSN: 2179-426X

CONCEPÇÕES PRÉVIAS DOS ALUNOS SOBRE O TEMA ENERGIA

ATRELADO A TRÍADE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE

STUDENT’S PREVIOUS CONCEPTIONS ABOUT ENERGY TROUGH SCIENCE, TECHNOLOGY AND SOCIETY

Heloiza Salvador

Instituto Federal do Paraná – Campus Paranaguá, heloizasalvador@gmail.com http://orcid.org/0000-0001-5975-4219

Caroline Dorada Pereira Portela

Instituto Federal do Paraná – Campus Paranaguá, Caroline.portela@ifpr.edu.br http://orcid.org/0000-0002-8086-0726

Resumo

Os estudos acerca da tríade Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) vêm ganhando espaço no meio científico escolar, neste sentido, essa abordagem propicia um ensino-aprendizagem interdisciplinar, oportunizando aos estudantes uma visão crítica e social dos temas científicos e tecnológicos. Assim, a energia está relacionada com diversos aspectos relevantes da sociedade e dessa forma recebe um destaque no ensino de ciências e suas tecnologias. Assim, esta pesquisa tem por objetivo estudar e compreender as concepções prévias apresentadas por alunos do ensino médio acerca da tríade CTS e como eles a relacionam com assuntos presentes em seu cotidiano, mais especificamente sobre a temática energia. Para isso, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa com aplicação de um questionário aberto para uma turma do primeiro ano do ensino médio. A partir da análise de conteúdo de Bardin (2008), as respostas dos alunos foram classificadas em categorias com embasamento teórico nas obras de Bazzo et al (2003) e Bucussi (2007). Ao final, concluiu-se que a abordagem CTS é pouco presente na escola e que os alunos não conseguem relacioná-la com temas cotidianos mantendo uma linha de raciocínio condizente.

Palavras-chave: CTS. Energia. Interdisciplinar. Concepções prévias. Abstract

Studies about the Science, Technology and Society (STS) triad have been gaining ground in the school scientific environment. In this sense, this approach provides an interdisciplinary teaching learning, providing students with a critical and social view of

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scientific and technological themes. Thus, energy is related to several relevant aspects of society and thus receives prominence in science education and its technologies. Thus, this research aims to study and understand the previous conceptions presented by high school students about the STS triad and how they relate it to issues present in their daily lives, more specifically about the energy theme. For this, a qualitative research was developed with the application of an open questionnaire to a class of the first year of high school. From the content analysis of Bardin (2008), students' answers were classified into categories with theoretical basis in the works of Bazzo et al (2003) and Bucussi (2007). In the end, it was concluded that the STS approach is not very present in the school and that the students cannot relate it to everyday subjects maintaining a consistent line of reasoning.

Keywords: STS. Energy. Interdisciplinary. Previous concepts.

Introdução

O tema energia está presente em nosso dia a dia, também sendo frequentemente citado em pesquisas científicas, obtendo um destaque no ensino de Ciências e suas Tecnologias. Tal visibilidade nos dá a falsa sensação de que o conceito energia é um assunto trivial para os alunos, que eles compreendem com certa facilidade o consumo, as transformações e os tipos de energia.

Entretanto, nos esquecemos que energia vai muito além destas questões. O ensino e a compreensão deste tema envolvem questões tecnológicas, econômicas, políticas, sociais, culturais e ambientais (BERNARDO, 2008, p. 70). Nesse sentido, é importante que o ensino de Ciências contribua para a qualidade da tomada de decisão dos estudantes. Visando alcançar tais objetivos, é necessário que o docente invista em práticas pedagógicas pelo viés da Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), articulando as questões curriculares e cotidianas aos preceitos das questões científicas, tecnológicas e sociais (PEZARINI; MACIEL, 2018), proporcionando ao estudante métodos para que ele consiga compreender e entender a Ciência e a Tecnologia ao nosso redor, bem como discutir e se posicionar diante a sociedade.

Logo, a perspectiva CTS torna-se uma alternativa para o ensino do tema energia, facilitando o ensino-aprendizagem deste conceito. Fornecer aos alunos os conceitos e assuntos relacionados à temática energia com base no enfoque CTS contribui para a sua aprendizagem, para a tomada de decisões perante situações sociais e ambientais, e desperta o interesse para a construção da Ciência e da Tecnologia como forma de evolução e progresso do que já existe.

Diante disso, o problema de pesquisa deste artigo é identificar de que maneira os estudantes estabelecem ligações entre a Ciência, Tecnologia e Sociedade, e de que

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forma eles relacionam os assuntos presentes em nosso dia a dia, neste caso a energia, com a tríade CTS.

No intuito de estudar e compreender as relações que os alunos estabelecem, aplicou-se um questionário contendo onze questões de cunho dissertativo, dentre as quais foram abordados os seus conceitos pré-estabelecidos para a definição de Ciência, Tecnologia e Sociedade, bem como sobre o tema energia. Em outras questões, buscou-se que os alunos estabelecesbuscou-sem relações entre a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade com o assunto energia, e também, a relação da tríade com tema estudado.

Para o diagnóstico das questões, utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin (2008), realizando uma classificação das respostas dos estudantes a posteriori. Observou-se que em grande parte dos questionários as respostas emergem do material empírico utilizado, Bazzo et al (2003) e Bucussi (2007), efetuando a partir da categorização comparações com o material empírico, obtendo uma análise minuciosa e baseada em pressupostos teóricos.

Objetivos

O ensino de energia por meio do enfoque CTS tem como objetivo promover a motivação dos estudantes na busca de informação sobre as ciências e as tecnologias da vida moderna, permitindo que eles a analisem e avaliem, reflitam sobre essa informação e definam os valores implicados nela e tomem decisões a respeito, sabendo que sua decisão final está totalmente baseada em seus valores (BAZZO et al, 2003). Assim, objetiva-se proporcionar uma formação científica que promova capacidades, competências, atitudes e valores essenciais para se viver em sociedade (RIBEIRO; COLHEIRINHAS; GENOVESE, 2016), dessa forma, este trabalho tem como objetivos:

Objetivo geral

• Identificar de que maneira os alunos relacionam o tema energia à tríade CTS;

Objetivos específicos

• Descobrir de que forma os alunos compreendem a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade;

• Identificar de que forma os alunos estabelecem relações entre a Ciência, Tecnologia e Sociedade;

• Conhecer as concepções estabelecidas pelos alunos ao tema energia;

• Investigar como os estudantes relacionam energia & Ciência, energia & Tecnologia e energia & Sociedade.

O ensino de CTS

O ensino de Física por meio de conceitos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) é uma prática pouco difundida no Brasil. Sendo assim, a busca por um referencial teórico

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se torna um tanto quanto limitada, seja pelo tema em si ou pelo fato de que a maioria dos trabalhos nesta área se trata de relatos de experiência.

Dessa forma, a revisão de literatura foi realizada com um limite temporal de dez anos, entre os anos de 2008 a 2018, nas atas dos principais eventos de popularização de ensino e pesquisa em ensino de Física, sendo: Simpósio Nacional de Ensino de Física (SNEF); Encontro de Pesquisa em Ensino de Física (EPEF) e no Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências (ENPEC).

Para a realização deste tipo de levantamento, é preciso definir algumas palavras-chaves e condições para que o trabalho seja incluído na revisão de literatura. Dentre esses requisitos, o primeiro critério foi que as palavras CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) ou CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente) estivessem presentes nas palavras-chave, o critério secundário foi a leitura do resumo do artigo para verificar se o tema energia se fazia presente. A princípio, havia preferência por trabalhos que realizassem uma pesquisa acerca do assunto, mas ao decorrer da busca, também foram selecionados e incluídos na revisão de literatura os que se tratavam de relatos de experiência e de estudos bibliográficos.

Pode-se justificar a carência em pesquisa da perspectiva CTS em sala de aula devido às dificuldades encontradas pelos professores, na maioria das vezes impasses em despertar o interesse pela ciência em classe (PANSERA; NETTO, 2017, p. 1). Atualmente os Parâmetros Nacionais Curriculares (PCN) possuem como objetivo:

[...] discutir a condição do aprendizado, nos diferentes contextos e condições de trabalho das escolas brasileiras, de forma a responder às transformações sociais e culturais da sociedade contemporânea, levando em conta as leis e diretrizes que redirecionam a educação básica, tendo como foco levar essa informação ao professor, ao coordenador ou dirigente escolar do ensino médio e aos responsáveis pelas redes de educação básica e pela formação profissional permanente dos seus professores. (BRASIL, 2002).

Neste contexto, o ensino nas escolas por meio de uma perspectiva CTS e/ou CTSA se faz tão importante; fornecer aos professores capacitação para que possam compreender as mudanças sociais decorrentes da Ciência e da Tecnologia, que possuam subsídios para repassar esse conhecimento aos alunos; fornecer instrumentos para que os alunos produzam C&T e discussões para que compreendam os meios social e ambiental envolvidos.

Mas antes que os alunos produzam Ciência, eles precisam compreender a Ciência. Nesse sentido, essa revisão de literatura busca entender o ensino de energia por meio da perspectiva CTS, reconhecer metodologias de ensino, buscar apoio nas legislações de educação brasileira, e instigar os alunos a compreenderem a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade como uma tríade, que possui ligações diretas entre si.

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Braga e Senra (2010) propõem uma reflexão acerca do ensino de Física atual: “como formar um cidadão pronto para participar dos acontecimentos atuais, se a realidade da sala de aula não permite que o aluno pense e reflita sobre situações reais?”. Os autores utilizaram questões dissertativas e objetivas para avaliar a concepção de energia apresentada pelos estudantes. A partir de uma análise quantitativa, subdividindo em categorias, variáveis para cada pergunta. Para compreender o mundo do estudante, o ensino da Física precisa debruçar-se sobre esse mundo, aproximar o interesse dos alunos, a proposta curricular e a prática pedagógica (LIMA; TEIXEIRA1, 2008 apud BRAGA; SENRA, 2010, p. 3).

Na tentativa de se aproximar do mundo em que os estudantes habitam, a temática energia é utilizada como forma de promover e reconhecer a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade. O inverso pode ser feito também, utilizar as interações CTS como aspecto para o ensino de energia ou de qualquer outro campo da Ciência (LOPES; CARVALHO, 2011, p. 6).

Com intuito de fornecer autonomia aos estudantes, possibilitando que eles possuam conhecimento dos prós e contras do avanço tecnológico, Chagas e Penha (2017) realizaram uma sequência de ensino amparados pelos pressupostos da alfabetização científica e do movimento CTS. Além de realizarem uma discussão teórica sobre a inserção da alfabetização científica e do movimento CTS, os autores desenvolveram suas intervenções apresentando um texto para os alunos, propiciando que a partir do texto eles elaborassem uma espécie de teatro, promovendo discussões entre si e seus colegas.

Com a finalidade de pesquisar quais as percepções que os estudantes carregam acerca da temática energia após a utilização do enfoque CTS nas aulas de Física, Pansera e Netto (2017) desenvolveram uma sequência de encontros, 15 no total, e apresentaram um recorte dos resultados gerais neste artigo. A proposta foi que os alunos tirassem fotos do que eles entendem por energia e as suas justificativas para tais. Para analisar os resultados, os autores se basearam em sete dos nove critérios utilizados por Castro e Mortale2 (2012) apud Pansera e Netto (2017). Grande parte dos estudantes apresentou uma visão distorcida da temática energia e produziu relações apenas do tipo, Ciência e Tecnologia ou Ciência e Sociedade.

A partir deste levantamento de literatura, podemos perceber que há distintas maneiras de relacionar CTS à energia, com possibilidades de metodologias e análises, obtendo resultados que ressaltam a importância da divulgação científica.

Articulação entre CTS e Energia

1 LIMA, A. R. F.; TEIXEIRA, F. M. Atividade Interdisciplinar no Ensino de Ciências.

Tecnologia & Cultura. Ano 10, n.12, p.7-16, jan/jun.2008

2CASTRO, L.P.S.; MORTALE, T.A.B. Energia: levantamento de concepções alternativas.

114p. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2012.

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A presente pesquisa trata-se de um estudo de caso com análise qualitativa, realizado em um colégio da rede estadual de ensino do litoral paranaense, em uma turma do 1º ano do ensino médio. O estudo de caso é caracterizado como uma teoria indutiva, explicitando que cada caso é uma experiência única, não podendo ser generalizado e obtendo a extensão da teoria alcançada. O propósito desse estudo incide naquilo que ele tem de único, de particular, mesmo que posteriormente venham a verificar certas semelhanças com outros casos e situações; se trata de um estudo singular (LÜDKE, 1986).

Sendo assim, para a elaboração desta pesquisa, são necessárias que sejam definidas metodologias capazes de fornecer aos alunos subsídios para que os mesmos consigam estabelecer as relações esperadas. Nesse sentido, a proposta metodológica está pautada nos preceitos CTS, promovendo a reflexão sobre os impactos do desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia na Sociedade.

Como instrumento de pesquisa, foi elaborado um questionário aberto para identificar quais são as concepções prévias dos alunos, pois, “é a partir do conhecimento que o aluno traz para a sala de aula que ele procura entender o que professor está explicando ou perguntando” (CARVALHO, 2013, p. 6).

Desta maneira, para compreender uma abordagem interdisciplinar, se faz presente o uso das questões sociocientíficas (QSC), incluindo discussões, controvérsias ou temas diretamente relacionados aos conhecimentos científicos e/ou tecnológicos que possuem impactos na Sociedade. Os questionários foram aplicados em sala de aula, como forma de prevenção para que eles não fizessem uso da internet ao responder as questões, o que acarretaria em resultados que não representam a realidade social e escolar do indivíduo.

Sendo caracterizada como uma pesquisa de cunho qualitativa, na qual o ambiente natural escolar é a fonte direta de dados e o pesquisador seu principal instrumento, possibilitando um contato direto do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada (LÜDKE, 1986).

Para a análise dos questionários, foi utilizada a Análise de Conteúdo de Bardin (2008). Essa análise pode ser dividida em três etapas, sendo a primeira a pré-análise; a segunda etapa é a exploração do material e a terceira fase é o tratamento dos resultados e interpretação.

Para realizar a pré-análise é necessário que essa etapa contenha quatro fases, começando pela escolha dos documentos; a preparação dos materiais; a realização de uma leitura flutuante, onde a leitura vai se tornando mais precisa, em função de hipóteses emergentes, da projeção de teorias e da possível aplicação de técnicas utilizadas sobre materiais análogos (BARDIN, 2008, p. 122) e; a referenciação dos índices e elaboração de indicadores, o que significa que quanto mais um termo for citado nas respostas dos

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questionários, mais importância ele tem para grande parte das investigações dos alunos participantes.

Na prática da segunda fase, ocorre a análise propriamente dita, onde são definidas as unidades de registro (palavras, conjunto de palavras ou temas) que guiam o pesquisador na busca das informações contidas em seu material. Em seguida, é necessário que se faça uma categorização das respostas obtidas, sendo classificadas a posteriori, onde a partir das respostas dos alunos serão estabelecidos critérios que agrupem os termos citados. A categorização a posteriori foi utilizada pois grande parte dos questionários apresentaram respostas que emergem do material empírico: Bazzo et al (2003) e Bucussi (2007).

Análise e discussão dos resultados

Nesta seção serão apresentados os resultados de nove questionários analisados. Os questionários foram elaborados a partir dos objetivos desta pesquisa, contendo onze perguntas de cunho dissertativo. A análise foi baseada a partir da Análise de Conteúdo de Bardin (2008), onde as categorias a posteriori foram comparadas e embasadas nas obras de Bazzo et al (2003) e Bucussi (2007).

A categorização a posteriori foi realizada a partir das respostas dos alunos, ou seja, quanto mais uma palavra se fazia presente nas respostas dos estudantes, essa palavra se tornava uma categoria. A fim de obter uma melhor visualização, para cada categoria foi utilizada uma cor que a caracterizava, possibilitando assim uma leitura visual dos questionários, facilitando a análise dos mesmos.

É possível observar que os alunos identificam os saberes científicos com base nas suas experiências cotidianas, dentro e fora da sala de aula. Essa percepção é muito apontada na análise de todas as questões, grande parte das respostas é baseada no saber do senso comum, e quando possui algum embasamento teórico, não foge do que é ensinado pelos professores.

Sendo assim, a concepção dos alunos sobre a área da Ciência é um tanto quanto vaga. Dos noves questionários analisados, seis descrevem a Ciência como o estudo de todas as coisas, mas a pergunta que fica para nós pesquisadores é como interpretar “todas as coisas”? Em algumas respostas, o “todas as coisas” foi limitado dentro da ciência que é disciplina escolar, obtendo uma ligação com o estudo do corpo humano, da natureza e do planeta; também foi limitado a disciplinas como a Física e a Química.

É interessante analisar a maneira como esses alunos caracterizam a Ciência no dia a dia, pois percebeu-se que novamente “todas as coisas” foi apontada em grande parte dos questionários. Pode-se entender essa resposta como uma falta de conhecimento acerca do assunto ou como uma forma mais geral do aluno se expressar. Em outros questionários novamente se fez presente o uso das disciplinas escolares como forma de justificativa e exemplo, entendendo-se que é de fato o lugar onde eles aprendem a Ciência.

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Em um dos questionários, a ciência foi definida como “estudo de seres e coisas, que descobre coisas novas através de fatos conseguidos por meio de observação” (Aluno 6). Essa resposta, segundo Bazzo et al (2003), pode ser incluída dentro da tradição do empirismo clássico, em que é possível construir enunciados gerais e hipotéticos acerca de uma evidência empírica, partindo de um conjunto limitado de evidências constituídas por enunciados particulares de observação.

A partir da construção desses enunciados, é possível que se crie uma sistematização sobre tal conceito, possibilitando que outras pessoas que tenham interesse em verificar esse conceito possam realizar os mesmos passos dos cientistas e chegar aos mesmos resultados. Além disso, é possível a partir dessa sistematização construir uma Tecnologia.

Definir Tecnologia pode ser um tanto quanto difícil, esse termo possui vários enquadramentos, não podendo ser caracterizado apenas com um olhar. Quando os alunos são perguntados sobre o que é Tecnologia, facilmente eles já a empregam em seu dia a dia. Isso ocorre porque grande parte dos alunos tem a Tecnologia em suas mãos, mas nunca se pergunta sobre o real significado dela, atrelando-a diretamente a sua aplicabilidade. Destaca-se, no Quadro 1, duas definições empregadas pelos alunos para a Tecnologia, onde apesar de ser entendida além da sua aplicabilidade, os alunos utilizam a aplicabilidade no dia a dia para complementar suas respostas.

Quadro 1 - Respostas dos alunos sobre o que é Tecnologia.

Aluno 4

Tecnologia pra mim e [sic] o desenvolvimento do ser humano e um meio de facilitar varias [sic] coisas tipo o celular faz com que a

gente se comunique com pessoas que podem estar a quilometros [sic] de distancia [sic] de você.

Aluno 6 Tecnologia são os avanços que a ciência proporciona, facilitando a realização de algumas tarefas.

A resposta do Aluno 6 apresenta um ponto de vista muito comum dentro e fora da comunidade científica. Definir que a Tecnologia é o avanço que a Ciência proporciona pode ser entendido como a conceituação de Tecnologia a partir de uma Ciência aplicada, sendo, portanto, a Tecnologia redutível à Ciência (BAZZO et al, 2003).

Outros questionários apresentaram o conceito Tecnologia diretamente como sua aplicabilidade, citando exemplos de equipamentos eletrônicos presentes em seu dia a dia, explicitando a facilidade que tais aparelhos trazem para sua vida cotidiana. “Podemos definir tentativamente a tecnologia como uma coleção de sistemas projetados para realizar algumas funções” (BAZZO et al, 2003). A partir dessa afirmação, entende-se que

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a definição de Tecnologia não pode ser completamente dissociada de sua aplicabilidade, onde a Tecnologia seria um fenômeno dado, algo concreto, a prática da Tecnologia.

A filosofia da Tecnologia humanista também se fez presente em um questionário, onde o aluno a definiu como “uma coisa legal mas também ruim” (Aluno 3). Assim, o aluno propôs uma consideração sobre a utilização da Tecnologia, para que não se fique sedento a ela. A Tecnologia não é um modelo a ser imitado e sim um tema para uma reflexão de índole mais externa, crítica e interpretativa (BAZZO et al, 2003).

Se as questões acerca da Ciência e da Tecnologia possuem uma certa complexidade para a sua análise e interpretação, qualquer tentativa de fazer com que as questões sobre a Sociedade sejam sucintas e mais simples é em vão. Sabe-se que os avanços científicos e tecnológicos têm grande implicação na Sociedade. Partindo de outra análise, é possível dizer que a sociedade é subcategorizada como uma comunidade científica ou tecnológica.

Em grande parte dos questionários a Sociedade é entendida como o meio em que vivemos, ou, o local em que vivemos; alguns complementam informando que também pode ser explicada como um grupo de pessoas que convivem entre si; ainda estreitam esse conceito para as interações verbais, estabelecendo relações interpessoais.

Para Luhmann3 (1996) apud Bazzo et al (2003) a Sociedade faz parte de um conjunto de sistemas sociais, onde é definida como o sistema social mais amplo de todas as ações possíveis de mútua comunicação. A base para esse sistema é a capacidade de comunicação entre os ausentes, seus limites se encontram onde acaba sua capacidade de acesso a outro e a compreensibilidade de comunicação. Sendo assim, quando os alunos estreitam suas definições, chegam ao conceito que Luhmann define e que Bazzo et al (2003) complementa, informando que atualmente esse é o único sistema de Sociedade que existe.

Ciência, Tecnologia e Sociedade é um campo de estudo que está em constante desenvolvimento, atualmente ganhando um grande destaque na pesquisa em ensino e educação. Os alunos, em grande parte, conseguiram estabelecer uma relação CTS; outros conseguiram estabelecer somente a relação C&T e alguns ainda não estabeleceram nenhum tipo de ligação entre a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade.

Nos estudos CTS há uma concepção clássica dessas relações, sendo essa essencialista e triunfalista, que pode ser resumida em uma equação chamada de “modelo linear de desenvolvimento”, no qual + Ciência = + Tecnologia = + riqueza = + bem-estar social (BAZZO et al, 2003). Essa concepção clássica ficou evidente em quatro dos nove questionários, sendo as respostas apresentadas no Quadro 2.

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Quadro 2: Respostas dos alunos sobre a relação CTS. Aluno 1 [...] com a ciência obtemos a tecnologia que através dela

podemos socializar mais facilmente.

Aluno 2 [...] a ciência nos possibilita saber de uma forma mais

aprofundada sobre tudo e sociedade evolui de forma mais rápida com o auxílio e o avanço da ciência e tecnologia.

Aluno 8 [...] com o avanço da tecnologia, avança a ciência para ser passado para a sociedade.

Aluno 9 [...] com o avanço dessas coisas torna a convivência na sociedade mais fácil.

Essa concepção é muito frequente no mundo acadêmico e em meios de publicação, a partir dela podemos estabelecer uma reflexão sobre a divulgação científica em sala de aula. Sendo uma imagem tradicional da tríade e que possui grande propagação, entende-se que apesar de escassa, existe algum tipo de espaço em sala de aula que trate da divulgação científica, que estude e proporcione discussões entre os estudantes sobre a Ciência, a Tecnologia e a Sociedade.

Quando dizemos escassa, é pelo fato de que apesar dessa concepção ter sido citada nos questionários, apareceu apenas em quatro dos nove alunos participantes da pesquisa, e por se tratar de um tema tão importante que precisa ser melhor estudado, esse número ainda é considerado pequeno; tendo em vista que três questionários não apresentaram nenhum tipo de ligação entre a tríade.

A mudança científico-tecnológica é um fator determinante e principal que contribui para modelar nossa maneira de se comportar na sociedade (BAZZO et al, 2003). Citada em apenas um questionário, a Ciência e a Tecnologia podem ser entendidas como produtos a serviço da Sociedade, que promovem tais mudanças de comportamento, sem um pensamento crítico e social por parte dos usuários.

Em apenas um questionário, a definição sobre os estudos CTS mais aceita hoje em dia foi apresentada.

[...] Os estudos CTS buscam compreender a dimensão social da ciência e da tecnologia, tanto desde o ponto de vista de seus antecedentes socias como de suas consequências sociais e ambientais, ou seja, tanto no que diz respeito aos fatores de natureza social, política ou econômica que modulam a mudança científico-tecnológica [...] (BAZZO et al, 2003, p.125).

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Como objetivo principal desta pesquisa, buscamos identificar de que maneira os alunos se posicionam diante de situações cotidianas a partir de seus conhecimentos científicos e tecnológicos. Sendo assim, o tema energia foi utilizado como uma ferramenta para essa pesquisa, mas para que pudéssemos identificar o modo como eles se posicionam sobre esse tema, primeiramente buscou-se compreender o que eles entendem como energia.

Segundo Bucussi (2007) a concepção sobre o conceito de energia não é muito clara, sendo associada a um modelo conceitual compartilhado pela comunidade científica, onde este modelo não é imutável, estático, ele evolui, passa por reelaborações. Por um lado, se não for encontrado facilidade para definir o que é energia, possui-se condições de estabelecer o que não é energia e a partir disso compreender os conceitos pré-estabelecidos pelos estudantes.

Dentre as mais variadas definições estabelecidas pelos alunos, algumas se referem ao que Bucussi (2007) define como “Energia como vida, ou com algumas manifestações específicas dos seres vivos” (BUCUSSI, 2007), onde o conceito energia é empregado num contexto que se refere à vida ou a algumas emoções que caracterizam uma metáfora que é válida se for explicitamente identificada como metáfora.

A associação energia-força é uma das menos presentes entre os estudantes. O que pode ocasionar essa confusão de conceitos é que a própria história da Ciência mostra que durante muito tempo o termo força foi usado pra denominar o que hoje chamamos de energia (BUCUSSI, 2007). É necessário dar oportunidade aos estudantes para que eles possam refletir sobre a indispensável diferenciação dos dois conceitos.

A partir de Bucussi (2007), apenas duas categorias citadas pelos alunos fazem parte da construção do conceito de energia, sendo elas os tipos de energia e a eletricidade. Dentro da categoria “os tipos de energia”, foram citadas desde as fontes de geração de energia (térmica, solar e nuclear) até o próprio conceito de energia explicado pela Física (cinética e potencial).

Entretanto, além dessa visão não ter um caráter qualitativo e descritivo do conceito, tal abordagem limita o aluno a construir sua própria visão sobre o conceito. Sem a necessária reflexão aprofundada, ficam sujeitos a uma provável utilização de diferentes concepções alternativas que acabarão por construir um obstáculo para o uso adequado do saber científico (BUCUSSI, 2007).

Nesse sentido, compreender as concepções prévias que os estudantes carregam sobre o conceito energia atrelado a tríade CTS se faz importante. É a partir dessas concepções que os professores poderão identificar novas metodologias e sequências de ensino, para que o aluno tenha uma visão além, compreendendo os impactos sociais e tecnológicos que o saber científico proporciona.

Para os estudantes, a percepção da ligação entre Ciência e energia, em sua grande parte, é dada como a energia sendo um produto da Ciência, ou seja, a Ciência

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descobriu e desenvolveu tudo o que se sabe de energia. Trazendo para uma análise a partir do texto de Bazzo et al (2003), essa ligação que os alunos estabelecem pode ser categorizada como um pensamento do método científico, onde um algoritmo ou procedimento regulamentado é capaz de avaliar a aceitabilidade para enunciados gerais. Porém, segundo Bucussi (2007), o conceito energia não é definido como um enunciado geral, e muito dificilmente é definido como uma ciência de verdade única.

Tal percepção pode ser justificada a partir da análise das respostas sobre o que os alunos entendem por energia. Na referida análise, constatou-se que eles definem energia a partir da sua vivência em sala de aula, em grande parte relacionando às disciplinas ministradas. Essas concepções não são errôneas, mas também não podem ser consideradas como uma Ciência de verdade única.

Quando solicitados para estabelecer uma relação entre a Tecnologia e a energia, os estudantes afirmaram que a Tecnologia é produzida e mantida pela energia. Entende-se essa percepção quando o termo Tecnologia é atribuído aquilo que os alunos possuem contato direto no dia a dia, como os celulares e computadores. Em apenas dois questionários a energia foi vista como um produto da Tecnologia, onde o respondente citou que a energia é estudada pela Ciência, que por sua vez é a base para construção de novas Tecnologias.

Uma vez que a energia está inserida no dia a dia da Sociedade, tal relação estabelecida pelos alunos é totalmente imbricada na Tecnologia como um produto da Sociedade, algo que está a serviço de todos para que as tarefas diárias sejam realizadas com mais facilidade.

Ao estabelecer uma análise dessas três relações em conjunto, é possível identificar a percepção que os alunos carregam sobre a tríade CTS e o tema energia. Para melhor visualização, apresenta-se um diagrama (Figura 1) no qual as concepções dos alunos são sintetizadas e apresentadas.

A partir da análise dos questionários, percebeu-se que os alunos encontraram uma certa dificuldade para sintetizar seus pensamentos e conhecimentos ao responder as perguntas. Este diagrama, apresentado na Figura 1, foi elaborado a partir das respostas dos nove questionários e a partir deles pode-se destacar alguns pontos que chamam atenção:

 A energia é redutível à Ciência;

 A energia está a serviço da Tecnologia e da Sociedade, logo a Tecnologia e a Sociedade são redutíveis à Ciência;

 A comunidade científica é uma Sociedade, portanto a Sociedade produz Ciência;  A Ciência é redutível à Sociedade.

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Figura 1 - Diagrama produzido a partir da análise dos questionários.

Fonte: Autoria própria (2020).

Observa-se que os alunos atribuem duas funções à Sociedade, primeiramente como usuária da Tecnologia e da energia, e em seguida, como promotora das novas Ciências. A partir dessa atribuição, conclui-se que a relação estabelecida pelos alunos produz um processo cíclico, em que Ciência, Tecnologia e Sociedade estão diretamente associados e dependem um do outro para a evolução.

Por fim, reitera-se que a compreensão dos estudantes é semelhante ao modelo linear de desenvolvimento, onde o bem-estar humanidade depende do financiamento da Ciência básica e da produção de novas Tecnologias. O crescimento econômico e o progresso social viriam por consequência.

Considerações finais

Nem todas as questões foram respondidas pelos participantes da pesquisa, e em grande parte dos questionários, a pergunta que carregava consigo o objetivo principal da pesquisa foi rejeitada. Portanto, não foi possível fazer nenhuma análise com relação a essa pergunta, sendo necessário corresponder ao objetivo principal da pesquisa a partir das respostas das questões anteriores, com uma análise mais minuciosa e interpretativa, relacionando as respostas e chegando a uma definição mais precisa.

Foram habituais e contundentes os questionários que afirmam que os progressos sociais são altamente dependentes da ação incisiva da Tecnologia. Esse discurso pode ser compreendido quando grande parte dos argumentos enaltecem a Tecnologia, tendo em vista sua posição como criadora de condições materiais para a subsistência humana (BAZZO, 2002). Porém, pode ser questionado quando os estudantes afirmam que a base

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para a Tecnologia é a energia, em especial a elétrica, mas tratam tanto a energia quanto a Tecnologia como produtos da Ciência (produzida por uma Sociedade).

Conclui-se que os alunos estabeleceram uma ligação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade que foi amplamente divulgada, e que possui fortes embasamentos teóricos para que a relação fosse mantida por séculos no meio científico, obtendo sua desmistificação somente neste século. Entretanto, quando eles tentaram relacionar a tríade CTS com o tema energia as respostas ficaram mais confusas, apresentando controvérsias entre elas.

Nesse sentido, é fundamental que haja uma diversidade de perspectivas educacionais em sala de aula para abordar a tríade CTS e temas que estão imbricados nela (STRIEDER, 2012). A diversidade de pesquisas educacionais para as relações CTS já vem sendo apontada por pesquisadores da área, sendo necessária que se tenha uma ampla divulgação dessas pesquisas e metodologias, para além do meio científico, proporcionando formação continuada para os professores sobre essa área, sendo imprescindível para que se formem novos pesquisadores (alunos e professores).

É importante ressaltar que todas as análises foram realizadas a partir dos trabalhos de Bazzo et al (2003) e Bucussi (2007), obtendo uma limitação de autores e materiais para a realização da mesma. Destaca-se também, que a presente análise não tem como objetivo classificar as concepções prévias dos alunos como certas ou erradas, mas sim entender a maneira como eles relacionam e compreendem tais conceitos para buscar pressupostos teóricos para o embasamento dessas definições. A partir dessa pesquisa é possível pensar novas metodologias de ensino para que os alunos sejam membros ativos da sociedade e até mesmo da comunidade científica.

Ainda, é necessário promover discussões em sala de aula sobre temas que estão completamente imersos em nossa sociedade, incentivando-os a buscar embasamentos teóricos e científicos para formarem suas opiniões e se posicionarem diante a Sociedade. A divulgação científica em sala de aula proporciona uma visão para além dos conceitos, permite que o estudante tenha conhecimentos que emergem da sala de aula e são estudados e aplicados em outras dimensões.

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Imagem

Figura 1 - Diagrama produzido a partir da análise dos questionários.

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