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Na época patriarcal, Deus manifestou a sua mensagem de duas formas:

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Academic year: 2022

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1 Cânon ou Escrituras Canônicas - É a coleção de livros que foram divinamente inspirados por Deus, que hoje constituem a Bíblia.

Cânon tem origem na palavra grega, e significa "Vara reta de medir", mas no sentido religioso tem como significado, "Aquilo que serve de norma", regra (Gl. 6:16; 2Co. 1:13-15).

A Bíblia como Cânon Sagrado, é a norma ou, regra de fé e prática de todos os cristãos. São chamados de canônicos para diferenciá-los dos livros apócrifos, contidos na Bíblia Católica. O nome cânon foi primeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por Orígenes em (185-254 d.C.).

1.1 - O Cânon do Antigo Testamento

Na época patriarcal, Deus manifestou a sua mensagem de duas formas:

a) Escrita;

b) Oralmente.

A arqueologia tem provado, através de suas descobertas que séculos antes de Moisés, a escrita já era conhecida na palestina. O cânon do AT como temos atualmente ficou completo desde o tempo de Esdras, após 445 a.C..

Os Judeus o dividem em 3 partes, citado pelo próprio Jesus em Lc. 24:44,( Lei, Profeta e Salmos).

O cânon hebraico tem uma divisão diferente da nossa, que consistem em 24 livros em vez de 39, isso porque é considerado um só livro, cada grupo dos seguintes:

a) Os dois de Samuel;

b) Os dois de Reis;

c) Os dois de Crônicas;

d) Esdras e Neemias

A divisão em 39 livros que hoje temos em nossas Bíblias vem da Septuaginta, através da vulgata latina.

A Septuaginta foi a primeira das traduções escritas feitas do Hebraico para o grego, cerca de 285 a.C.

1.1.1 - A formação do cânon do AT

A formação do cânon do Antigo Testamento engloba um período aproximadamente 1.046 anos, de Moisés a Esdras. As primeiras palavras do Pentateuco escritas por Moisés ocorreram por volta de 1491 a.C. Esdras começou a escrever por volta de 445 a.C. Apesar de Esdras não ter sido o último escritor na formação do cânon do A.T; coube a ele na qualidade de escriba e sacerdote, reunir os rolos canônicos, que se encerram no seu tempo. Os últimos escritores foram Neemias e Malaquias.

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2 1.1.2 - Data do reconhecimento e fixação do cânon do Antigo Testamento

Ocorreu em 90 d.C. Em Jâmnia, próximo a moderna Jope, em Israel, os rabinos, num concílio sob a presidência de Johanam Benzakai, reconheceram e fixaram o Cânon do Antigo Testamento, apesar de muitos debates para a aprovação de certos livros principalmente os "Salmos", mas a aprovação acabou acontecendo.

É bom notar que o trabalho desse concílio era apenas ratificar aquilo que já era aceito por todos os Judeus através de séculos. Jâmnia, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C; tornou-se a sede do Sinédrio. (O Supremo Tribunal dos Judeus).

1.1.3 - Livros desaparecidos do Antigo Testamento

É digno de notar que a Bíblia faz referências a livros até agora desaparecidos, veja:

a) Números 21:14 - Livro das Guerras do Senhor;

b) Josué 10:13 - Livros dos Justos;

c) II Samuel 1:18 - Livro dos Justos;

d) I Reis 11:41 - Livro da História de Salomão;

e) I Crônicas 27:24; 29:29 - Crônicas do Rei Davi;

f) II Crônicas 9:29 - Livro da História de Natã, o profeta, e na profecia de Aias.

Estes são casos cujo segredo só Deus conhece. Talvez um dia eles venham à luz como aconteceu com os manuscritos de Qümram encontrado no Mar Morto em 1947.

1.2 - O Cânon Do Novo Testamento

Composto por 27 livros, o cânon do Novo Testamento, teve sua formação completa em um período bem menor que o cânon do Velho Testamento, bastou apenas duas gerações: quase 100 anos, para que ele fosse completo.

No ano 100 d.C. O Novo Testamento, escrito por homens inspirados por Deus, assim como o Antigo Testamento, estava completo. O que demorou foi o reconhecimento canônico, isto motivado pelo cuidado e zelo das Igrejas de então que exigiam provas concludentes da inspiração divina de cada um desses livros.

O surgimento de livros heréticos com pretensão de autoridade apostólica serviu para retardar por quase 300 anos o reconhecimento e a fixação do cânon do Novo Testamento. Muitos livros antes de serem finalmente reconhecidos como canônicos, sofreram severos debates, principalmente as epístolas de Pedro, João, Judas e Apocalipse. Isso demonstra o cuidado e a responsabilidade que estava sobre a Igreja. Antes do ano 400 d.C., todos os livros eram aceitos.

Em 367 d.C, Atanásio, patriarca de Alexandria, publicou uma lista dos 27 livros canônicos, os mesmos que hoje possuímos; Esta lista foi aceita pelo concilio de Hipona (África), em 393.

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3 Isso ocorreu no III Concílio de Cartago, em 397 d.C. Nessa ocasião, foi definitivamente reconhecido e fixado o cânon do Novo Testamento. Como se vê, houve um amadurecimento de 400 anos. O total correto é de 1142 anos, para a formação de ambos os testamentos (1046 +96). Devemos levar em conta que a cronologia Bíblica é sempre aproximada, pois os povos orientais não tinham um sistema fixo de computação e datas.

Quando se fala que a Bíblia foi escrita em um período de 1600 anos, nota-se que os 400 anos de período Inter-bíblico, ocorrido entre os dois testamentos estão incluídos.

1.3 - Os Livros Apócrifos

A palavra “Apócrifo” significa, literalmente, “escondido”, isto em referência a livros que tratavam de coisas secretas, misteriosas, ocultas. No sentido religioso o termo significa “não genuíno”, “espúrio”.

As Bíblias católicas contêm um total de 73 livros, ou seja, sete livros a mais, além de 4 acréscimos , ou apêndices, incluídos nos livros canônicos, acrescentando, assim, ao todo, 11 escritos apócrifos.

A inclusão destes livros ao cânon sagrado ocorreu em 18 de abril de 1546, no Concílio de Trento, realizado pela Igreja Católica.

Antes do concilio de Trento, a Igreja romana tinha um total de 14 livros apócrifos, ou seja, 10 livros e 4 acréscimos. Após este concílio ele passou a aceitar os livros que hoje fazem parte de suas Bíblias.

1.3.1 - Livros Apócrifos mantidos

Na Bíblia católica existem 7 Livros Apócrifos aceitos após o concílio de Trento, são eles:

a) Tobias;

b) Judite;

c) Sabedoria de Salomão;

d) Eclesiástico;

e) Baruque;

f) I Macabeus;

g) II Macabeus.

1.3.2 - Os acréscimos

Os acréscimos aos livros canônicos aceito pelos Católicos romanos são:

a) Ester – 10:4; 16:24;

b) Daniel- 3:24-90 - Cântico dos três filhos santos;

c) Daniel 13 - História de Suzana;

d) Daniel 14 - Bel e o Dragão.

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4 1.3.3 - Os rejeitados

Os livros rejeitados são:

a) 3 Esdras b) 4 Esdras

c) Oração e Manasséis

Os livros apócrifos, de 3 e 4 Esdras são assim chamados porque na edição católica, o livro de Esdras é chamado de 1 Esdras e o de Neemias de 2 Esdras. A Igreja Ortodoxa Grega mantém os livros e acréscimos até hoje.

1.3.4 - Interesse pelos Apócrifos

A aprovação dos livros apócrifos pela Igreja romana tinha o propósito de combater o movimento de reforma protestante, que começava a varrer as heresias praticadas pelos romanistas. Nesta época os protestantes combatiam valentemente as doutrinas de purgatório, a oração pelos mortos, a salvação mediante as obras, etc. A Igreja Romana só encontrava apoio nos livros apócrifos e, por isso os aprovou como canônicos.

Os debates para aprovação dos apócrifos motivaram os ataques dos dominicanos contra os franciscanos e um verdadeiro clima de guerra foi criado no meio dela. Segundo o Cardeal Pallavacini em sua "História Eclesiástica", declara que em pleno concílio, 40 bispos dos 49 presentes, travaram luta corporal entre si, agarrados as barbas e batinas uns dos outros. Foi neste ambiente "espiritual" que os apócrifos foram aprovados.

A primeira edição da Bíblia romana com os livros apócrifos ocorreu em 1592, com autorização do Papa Clemente VIII. Os reformadores protestantes chegaram a publicar a Bíblia com os Apócrifos, colocando-os entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, não como livros inspirados, mas pelo valor histórico e literário que possuem.

A famosa versão inglesa de King James de 1611 ainda os conservou.

Após 1.629, os evangélicos os omitiram de vez, com a finalidade de evitar que o povo simples "que nem sabe discernir entre um livro canônico e um apócrifo, acabasse sendo enganado".

Tirando os apócrifos, as Bíblias católicas são iguais às editadas pelos evangélicos, exceto na linguagem e estilo, pertencentes a cada tradução.

1.3.5 - O porquê da não Aceitação dos Apócrifos

Vejamos alguns dos motivos que levaram a não aceitação dos Apócrifos pelos evangélicos:

 Eles foram escritos no período inter-bíblico, (entre Malaquias e Mateus), num total de 400 anos.

Nesta época a revelação divina havia cessado e Deus durante esse período, cessou por completo a sua comunicação com o homem. Isso elimina a possibilidade de terem sido inspirados por Deus;

Flávio Josefo, historiador judeu, os rejeitou por completo;

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5 repudiou;

 Agostinho, Atanásio, Jerônimo, Julio Africano e outros homens de grande valor entre a Igreja primitiva, opuseram-se a eles na qualidade e livros inspirados;

 Estes livros apareceram pela primeira vez na Septuaginta, (tradução do Antigo Testamento, feita do hebraico para o grego). Em 170 d.C., a Bíblia foi traduzida para o latim. O Velho Testamento foi traduzido do grego da Septuaginta e não do hebraico. Jerônimo quando traduziu a Vulgata no início do século V (405 d.C.), iniciou os apócrifos oriundos da Septuaginta, através da antiga versão latina de 170, porque isso lhe foi ordenado, porém recomendou que estes livros não poderiam servir como base doutrinária.

Referências

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