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"Tratar a Hipertensão em 2015: Factos e Mitos" E na prática clínica?

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Academic year: 2022

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(1)

"Tratar a Hipertensão em 2015:

Factos e Mitos"

E na prática clínica?

Rui Cernadas, 2015

(2)

“... Considerando toda a população portuguesa, 57,4% dos doentes

hipertensos se encontram controlados...”

“... Dos doentes

hipertensos tratados,

apenas 55% se encontram controlados...”

“... um controlo rigoroso e eficaz da PA deverá

manter-se como objectivo prioritário dos profissionais de saúde...”

(3)

PREVENÇÃO PRIMÁRIA: INSUCESSO

Prof. Josep Redon (Univ. Valência):

Tem sido um insucesso porque “os médicos sobrestimam o grau de risco e subestimam o

sucesso do tratamento, o que leva à inércia da terapêutica e à baixa adesão do doente”

“Existe uma diferença perigosa entre as

guidelines e a realidade clínica.”

Setembro 2009

(4)

“De todas as coisas que possas usar,

a tua expressão é, seguramente,

a mais importante.”

(John Ruskin)

(5)

Motivo de Urgência

9/Out/012, 9H30:

» “Sensação estranha em torno do lábio superior e do olho esquerdo, desde a véspera, ao fim da tarde”;

» Ligeiro desvio da comissura labial durante o acto de barbear;

» Secura ocular, à esquerda.

Referencia ao S.U. – H. Gaia

Referenciado a Neurologia – SU:

- Apirético;

- PA 144/94 mm Hg;

- Glicemia 88 mg/dl;

- Consciente e orientado, sem alterações do equilíbrio;

- Otoscopia normal bilateralmente;

Paralisia facial periférica?

(6)

IDENTIFICAÇÃO

Homem, 58 anos de idade, casado

Natural e residente na Praia da Aguda Pescador artesanal marítimo

Hábitos tabágicos mantidos IMC: 25,2

Perímetro abdominal: 97

(7)

Outros Elementos

Utente inscrito desde 1993

2-3 consultas programadas/ano (média) Consumidor moderado de cerveja

2 filhos (emigrantes) Mulher, peixeira

Trabalhou de 1984 – 91 na pesca lon- gínqua (bacalhau)

(8)

Antecedentes

Fractura de Colles à direita (2000)

Fractura de 2 arcos costais (E), (1998) Tuberculose pulmonar (1993-95)

Pneumonia lobar à direita (1983) Apendicectomia (1969)

(9)

“1ª CONSULTA”... 11/Out/012

Carta de Neurologia:

“...com base no exame neurológico, confirma-se o diagnóstico de paralisia facial.”

“...Deverá ser submetido a programa de fisioterapia.”

Sem medicação.

(10)

Avaliação clínica... 11/Out/012

Doente muito ansioso Cefaleias difusas

PA 148/93 mm Hg (sentado) PR 76 ppm, amplo e rítmico

Referencia a epistáxis em meados de Janeiro/012, auto-limitada

(11)

Plano de actuação... 11/Out/012

Requisição de fisioterapia Inicia “AAS” 150 mg/dia

Dieta hipossalina e reforço hídrico com

“água”

Reavaliação tensional diária na USF

Aguda e próxima consulta em 18/Outº

(12)

Lewington et al. Lancet 2002;360:1903–13

0 2 4 8

115/75 135/85 155/95 175/105

6

PAS / PAD (mmHg)

*Indivíduos com idade entre 40–69 anos 2 X risco

4 X risco

8 X risco

1 X risco

O Risco de Mortalidade CV duplica por cada 20/10 mmHg de aumento da PAS/PAD*

(13)

Risco Global

Relação entre Pressão Arterial e Risco Vascular

É Necessário Estimar o Risco Antes de Decidir a Intervenção Terapêutica?

Lewington S et al. Lancet 2002; 360: 1903

(14)

Estratificação do risco cardiovascular absoluto acrescido a 10 anos

NOC DGS 2013 (ESH/ESC Guidelines. European Heart Journal (2007) 28, 1462-1536)

Estratificação do Risco CV

(15)
(16)

Consulta em 18/Out/012

Manteve PA entre 141 – 153 e 90 – 98 Fisioterapia agendada para 9/Nov

Mantém cefaleias e paralisia facial

Pedido ECG, Rx torax, análises e função tiroideia, ECO renal e abdominal

Inicia losartan 50 mg/dia Mantém “AAS”

(17)

Consulta em 11/Nov/012 (1)

PA 151/94 mm Hg Mantém peso

Melhoria, mas sem desaparecimento de cefaleias Sem alteração das características da paralisia facial Menos ansioso

ECG – normal

Rx torax – sobreponível a anterior (2010); imagens de condensação compatíveis com história clínica e sem evidência de actividade actual

Eco’s renal e abdominal – normais (um quisto renal de 9 mm à dirª)

(18)

Consulta em 11/Nov/012 (2)

TSH, T4 livre e T3, normais Glicose jejum, 84

K, 4.4

Trigl. 123, CT 204, HDL 46 Creatinina, 0.8

Sedimento urinário, normal

(19)

Quais os factores que determinam estratégia terapêutica?

Factores de risco para doença cardiovascular

Lesões de órgão-alvo

Condições clínicas associadas Valores tensionais à partida Resposta terapêutica

(20)
(21)

Decisão 11/Nov/012

Mantém terapêutica com losartan, com 100 mg Suspende “AAS”

Inicia fluvastatina (40 mg/dia)

Treino de medidas de reabilitação Reforço de medidas dietéticas

Refere auto-medicação com ibuprofeno em SOS

(22)

PRIMEIRAS DÚVIDAS

Relativamente à continuidade do anti- agregante plaquetário?

Sobretudo por também ter optado por um ARA II...

Ser mais agressivo nas dosagens da estatina?

Associar 2º anti-HT? Optar por uma associação fixa?

(23)

As Normas da DGS favorecem as associações

(24)

Iniciar a terapêutica da hipertensão em monoterapia, associação livre ou em associação fixa?

Os hipertensos que iniciaram a terapêutica com associações fixas

apresentam 53% mais de probalidade de obter o controlo tensional no primeiro ano, do que os hipertensos que iniciaram a terapêutica com monoterapias ou associações livres.

Apesar de registarem valores iniciais mais elevados de pressão arterial, os hipertensos que iniciaram o tratamento com associações fixas,

atingiram um melhor controlo tensional que os doentes medicados com monoterapias ou associações livres.

A utilização de associações fixas como terapêutica inicial da hipertensão melhora o controlo

tensional e reduz os eventos cardiovasculares desde o primeiro ano de tratamento.

Egan BM, Bandyopadhyay D, Shaftman SR, Wagner CS, Zhao Y, Yu-Isenberg KS. Hypertension. 2012;59:1124-1131

(25)

Consulta em 19/Dez/012

Teve 2ª consulta com Fisiatra que lhe terá dito “ter tido uma coisinha ligeira”...

Mantem fisioterapia, mas está claramente melhor (quase s/ desvio da comissura labial)

PA 150/96 mm Hg

Passa à associação fixa

perindopril 10/amlodipina 5

(26)

Que estratégia terapêutica escolher para tratar a hipertensão arterial?

ESH/ESC Guidelines. European Heart Journal 2013

Perindopril/Amlodipina

Outros anti-hipertensores

(27)
(28)

Dahlöf B, et al. Lancet. 2005;366:895-906 Versusatenolol/tiazida

Protecção Cardio e Cerebrovascular demonstrada

Associação Fixa PERINDOPRIL/AMLODIPINA

(29)

Consulta em 25/Jan/013

Teve alta por Fisioterapia, ainda em finais de Dez.

Sem défices aparentes Sente-se bem

PA 132/86 mm Hg

Medição mensal de PA na USF

(30)

Consulta em 26/Out/013

PA 130/82 mm Hg

Análises (28/09/012):

CT 168, HDL 63, Trgl 108 Mantém IMC 25

Mantém programa de vigilância tensional

Mantém assoc. fixa perindopril 10+amlodipina 5 e fluvastatina 40 mg

(31)

Eficácia em diferentes tipos de hipertensos

Hatala et al. ESH 2010

Associação Fixa PERINDOPRIL/AMLODIPINA

(32)

In patients at high CV risk without HF,

ACE inhibitors reduced all-cause mortality and the rate of CV events (MI, stroke, HF),

while ARBs only reduced stroke.

Perindopril was the most protective treatment for at-risk patients.

(33)

Referências

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