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Criatividade. Um guia prático e divertido

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Academic year: 2022

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C riatividade

Um guia prático

e divertido

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JOHN CLEESE

C riatividade

Um guia prático e divertido

Tradução de

SUSANA SOUSA E SILVA

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Índice

Introdução 9

A Mentalidade Criativa 17 Cérebro de Lebre, Mente de Tartaruga 39

Conselhos e Sugestões 75

«Escrevam sobre o que conhecem» 79 Em busca de inspiração 81 Dar o salto imaginativo 83 Não desistir 86 Lidar com contratempos 89 Enfrentar o pânico logo 92 O pensamento acompanha a disposição 97 Os perigos do excesso de confiança 99 Testar a ideia 101 Matar os favoritos 104 Pedir uma segunda opinião 106

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I n t r o d u ç ã o

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criatividade entendo sim- plesmente novas formas de pensar sobre as coisas.

A maioria das pessoas relaciona a cria- tividade exclusivamente com as artes, ou seja, a música, a pintura, o teatro, o cinema, a dança, a escultura, etc., etc.

Não é verdade. A criatividade está pre- sente em todos os domínios da vida, da ciência aos negócios ou ao desporto.

Por

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Sempre que inventamos uma maneira mais adequada de fazer algo, estamos a ser criativos.

Outro mito é o de que a criatividade é inata. Também não é verdade. Todos podemos ser criativos.

Quando frequentei a escola, no final da década de 1940 e na seguinte, nunca ouvi um professor mencionar a palavra

« criatividade». Extraordinário, não é?

Diga-se, porém, que isso se explica em parte pelo facto de eu ter escolhido o ramo das ciências — os meus exames de con clusão do ensino secundário foram nas disciplinas de Matemática, Física e Química —, o que, naturalmente, não me deixava muito espaço para ser cria- tivo.

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13 C r i a t i v i d a d e

É preciso saber muito sobre ciência antes de pensar em abordá-la de forma criativa.

Mais tarde, fui estudar Direito para Cam- bridge. Não se pode dizer que seja uma área que prima pela criatividade. Tudo o que nos pedem é que saibamos em que categoria determinados factos devem ser enquadrados.

Seja como for, não obstante as minhas áreas de estudo, é manifesto que nenhum responsável pelo sistema educativo britâ- nico mostrou ser sen sível à necessidade de ensinar a criatividade.

E a criatividade pode, de facto, ser ensi- nada. Ou, em rigor, é possível ensinar as pessoas a criarem as circunstâncias que lhes permitirão tornarem-se cria- tivas.

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É este o tema deste pequeno livro.

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A M e n t a l i d a d e

C r i a t i v a

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para mim uma surpresa descobrir que era dotado de alguma criatividade. Estudava em Cambridge, onde conhecera um grupo de pessoas muito simpáticas que frequentavam um pequeno clube, perto da minha resi dência, ligado a uma associação chamada «Foot- lights*». No palco do clube, montavam

* O Cambridge University Footlights Dramatic Club (ou, simples- mente, Footlights) é um clube de teatro amador fundado em Cam- bridge, em 1883, e dirigido por estudantes da Universidade de Cambridge. (N. da T.)

Foi

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espectáculos compostos de pequenas rábulas, monólogos e números musicais.

Não foi o desejo de fazer parte do mundo artístico que me levou à Footlights. Longe disso! Eu ia ser advogado! Entrei para o clube, porque os seus membros eram a malta mais simpática que eu conhecia em Cambridge. Eram óptima companhia

— como não podia deixar de ser, pois, cada uma à sua maneira, eram pessoas divertidas —, além de formarem uma mescla interessante de classes sociais e interesses académicos. Por algum motivo

— talvez por terem sentido de humor —, não eram emproados, nem exibicionistas, nem gabarolas.

Para ser admitido na Footlights era pre- ciso escrever qualquer coisa. Inventei algumas rábulas e fui aceite. Conforme

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vim a descobrir, todos os meses o grupo organizava os chamados smokers — ver- são abreviada de smoking concerts*, uma expressão fora de moda. Tratava-se de um espectáculo levado à cena na sala da Footlights e no qual participavam todos os membros da associação. Como tínha- mos de nos levantar para apresentar o nosso número, interessava-nos criar um ambiente amistoso e agradável, o cená- rio perfeito para quem se estreava na representação.

E foi durante o processo de escrita des- sas rábulas — o primeiro trabalho imagi- nativo que fiz de forma consciente — que

* Smoking concerts — espectáculos muito populares na época vito- riana, durante os quais o público, constituído exclusivamente por homens, conversava sobre temas políticos enquanto fumava e ouvia música ao vivo. O modelo de espectáculo tornou-se obsoleto, mas a designação manteve-se e continua a ser usada para designar espectá- culos de variedades organizados por estudantes, sobretudo em Oxford e Cambridge. (N. da T.)

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percebi que conseguia ser «criativo». Por outras palavras, se escrevesse um texto num pedaço de papel e o representasse, conseguia fazer o público rir. E o impor- tante aqui é que… eu estava a escre- ver originais. (Não digo que não fosse influenciado por muitas outras pessoas e programas de comédia que adorava

— em particular The Goon Show* —, mas o que estava no papel era… meu.)

Então, comecei a tomar consciência de outro aspecto interessante. E muito estra- nho também.

Quando escrevia à noite, sozinho, mui- tas vezes ficava encalhado e a dar vol- tas à cabeça, sentado à minha pequena

* The Goon Show, programa de comédia radiofónico produzido e emitido pelo BBC Home Service, entre 1951 e 1960, protagonizado por Spike Milligan, Peter Sellers, Harry Secombe e Michael Bentine.

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secretária. Invariavelmente, acabava por desistir e ir para a cama.

Na manhã seguinte, acordava, preparava um café e sentava-me à secretária; sen- tava-me e, quase imediatamente, a solu- ção para o problema que me apo quentara na noite anterior… tornava-se óbvia!

E com tal clareza que eu não conseguia entender como podia ter-me escapado na véspera. Mas escapara, de facto.

Foi assim que comecei a aperceber-me de que, se trabalhasse antes de me deitar, acabava muitas vezes por ter uma ideia criativa durante a noite e solucionar o problema que tinha em mãos. Era uma espécie de presente, uma recompensa por todo o meu esforço para resolver o quebra-cabeças. Comecei a pen- sar para comigo: «Só pode ser porque

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enquanto estou a dormir, a minha mente continua a trabalhar de maneira a dar- -me a resposta de manhã.»

Foi uma tomada de consciência muito estranha. Para mim, pensar sempre fora sinónimo de franzir muito o sobrolho e de um esforço tremendo.

Ainda não me refizera desta surpresa quando aconteceu outra coisa.

Por vezes, colaborava com o meu amigo Graham Chapman, com quem tinha escrito uma paródia de um sermão da Igreja Anglicana. (Na época, Graham e eu vivíamos obcecados com a ideia de fazer humor a partir de cenas da Bíblia, de tal maneira que alguém que entrasse no meu quarto e visse uma Versão Auto- rizada em cima da secretária, dizia:

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«Oh! Estiveste a escrever rábulas outra vez.»)

Graham e eu considerávamos que o texto estava bastante bom. Por isso, fiquei tremendamente atrapalhado quando descobri que o tinha perdido. Sabia que Graham ficaria furioso e então, depois de desistir de tentar encontrá-lo, sentei-me e reescrevi-o todo de memória. De facto, foi mais fácil do que eu esperava.

Acabei por encontrar o texto original e, por curiosidade, decidi aferir quão fiel fora a minha memória quando o reescre- vera. Estranhamente, descobri que a ver- são redigida de memória era melhor do que a que Graham e eu tínhamos escrito.

Fiquei desconcertado.

Referências

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