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CAPITAL REAL I FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO

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REGULAMENTO DE GESTÃO

CAPITAL REAL I – FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO

A autorização do fundo significa que a CMVM considera a sua constituição conforme com a legislação aplicável, mas não envolve da sua parte qualquer garantia ou responsabilidade quanto à suficiência, veracidade, objectividade ou actualidade da informação prestada pela entidade gestora neste regulamento de gestão, nem qualquer juízo sobre a qualidade dos valores que integram o património do fundo.

24 de Outubro de 2007

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CAPÍTULO I

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O FUNDO, A SOCIEDADE GESTORA E OUTRAS ENTIDADES

1. O Fundo

1.1. A denominação do Fundo é CAPITAL REAL I – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado, adiante designado apenas por Fundo.

1.2. O Fundo constitui-se como um Fundo de Investimento Imobiliário Fechado colocado por subscrição particular, constituído de harmonia com o regime previsto no número 2 do artº 48º do Regime Jurídico dos Fundos de Investimento Imobiliário.

1.3. O Fundo constitui-se por um prazo inicial de 5 anos, contados a partir de 16 de Junho de 2006 e. pode ser prorrogado uma ou mais vezes, por períodos não superiores ao inicial, desde que obtida autorização da CMVM e deliberação favorável da Assembleia de Participantes.

1.4. O Fundo tem 1 participante.

1.5. O capital do Fundo é de € 5.000.000 (cinco milhões de euros), representado por 1.000.000 de unidades de participação com o valor unitário inicial de € 5 (cinco euros).

1.6. Mediante autorização prévia da CMVM e de deliberação favorável por parte da Assembleia de Participantes podem ser realizados aumentos e reduções do capital do Fundo, nos termos do disposto na secção 4 do Capítulo III do presente Regulamento, e do Decreto-Lei n.º 13/2005, de 7 de Janeiro.

1.7. A redução de capital do Fundo apenas se pode verificar em caso de reembolso das unidades de participação dos Participantes que se tenham manifestado contra a prorrogação da duração do Fundo e em casos excepcionais, devidamente justificados pela Sociedade Gestora.

2. A Sociedade Gestora

2.1. A administração, gestão e representação do Fundo cabe à Fibeira Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., com sede na Praça Duque de Saldanha, 1 – 11º, em Lisboa, adiante designada apenas por Sociedade Gestora, por mandato dos investidores, que se considera atribuído por simples subscrição das unidades de participação e se mantém enquanto essa participação subsistir.

2.2. A Sociedade Gestora é uma sociedade anónima cujo capital social, integralmente subscrito e realizado, é de € 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil euros), o qual é maioritariamente detido pela Fibeira – SGPS, S.A.

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2.3. A Sociedade Gestora constituiu-se em 30 de Julho de 1987 e encontra-se registada na CMVM como intermediário financeiro autorizado sob o número 237.

2.4. Membros dos órgãos sociais da Sociedade Gestora:

Mesa da Assembleia Geral:

Presidente

Dr. António Manuel Figueiredo Carvalho Secretário

Maria Amélia Ramos Pereira

Conselho de Administração:

Presidente

Eng. Armando Gertrudes Martins Vogais

Eng. Jerónimo Buxo Rijo

D. Maria da Conceição Tavares Cardoso

Fiscal Único:

Efectivo

Sousa Santos & Associados – SROC, SROC n.º 152, representada pelo Dr. José Sousa Santos, ROC n.º 804

Suplente

Dr. José Manuel Parada Ramos, ROC nº 1121

2.5. Principais funções exercidas pelos membros dos órgãos de administração fora da Sociedade Gestora:

Eng. Armando Martins

Presidente do Conselho de Administração das seguintes empresas:

Fibeira – SGPS, S.A.

Portas de Alcântara, S.A.

Real Tejo, S.A.

Luna Tejo, S.A.

Imofrança, S.A.

Mavifa, S.A.

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Torre da Cidade, S.A.

Imosal, S.A.

Imosalgest, S.A.

Promoparques, S.A.

Afer, S.A.

Fibeira Engenharia, S.A.

Selectiva Hotéis, S.A.

Lusosinal Edição e Comunicação, S.A.

Lignum, Investimentos Turísticos da Madeira, S.A.

Espaço Dois Mil e Duzentos, Sociedade Imobiliária, S.A.

Simurex – Sociedade Imobiliária, S.A.

Eng. Jerónimo Rijo

Vogal do Conselho de Administração das seguintes empresas:

Fibeira – SGPS, S.A.

Portas de Alcântara, S.A.

Luna Tejo, S.A.

Imosal, S.A.

Imosalgest, S.A.

Lignum, Investimentos Turísticos da Madeira, S.A.

Fibeira Engenharia, S.A.

Torre da Cidade, S.A.

Mavifa, S.A.

Portas de Alcântara, S.A.

Imofrança, S.A.

Simurex – Sociedade Imobiliária, S.A.

D. Conceição Cardoso

Vogal do Conselho de Administração das seguintes empresas:

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Fibeira – SGPS, S.A.

Portas de Alcântara, S.A.

Real Tejo, S.A.

Luna Tejo, S.A.

Imosal, S.A.

Imosalgest, S.A.

Promoparques, S.A.

Fibeira Engenharia, S.A.

Selectiva Hotéis, S.A.

Lusosinal Edição e Comunicação, S.A.

Torre da Cidade, S.A.

Mavifa, S.A.

Simurex – Sociedade Imobiliária, S.A.

2.6. A Sociedade Gestora tem, igualmente, a seu cargo a gestão do Fundo Multiusos Oriente – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado

2.7. Como responsável pela administração do Fundo, compete à Sociedade Gestora adquirir, construir, arrendar, transaccionar e valorizar bens imóveis e comprar, vender, subscrever, trocar ou receber quaisquer valores mobiliários, salvo as restrições impostas pela lei e pelo presente Regulamento, e, em geral, praticar todos os demais actos e operações inerentes à correcta administração do Fundo.

No âmbito da sua competência, cabe em especial à Sociedade Gestora:

a) Seleccionar os valores que devem constituir o Fundo;

b) Celebrar os negócios jurídicos e realizar todas as operações necessárias à execução da política de investimentos e exercer os direitos directa ou indirectamente relacionados com os valores do Fundo;

c) Efectuar as operações adequadas à execução da política de distribuição de resultados;

d) Emitir, em ligação com o Depositário, as unidades de participação e autorizar o seu reembolso;

e) Determinar o valor patrimonial das unidades de participação;

f) Manter em ordem as contas do Fundo;

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g) Dar cumprimento aos deveres de informação estabelecidos por lei e no presente Regulamento.

2.8. No exercício das suas funções, a Sociedade Gestora observará escrupulosamente os condicionalismos legais, regulamentos e instruções em vigor, nomeadamente os que se referem às operações especialmente vedadas.

3. O Depositário

3.1. A Entidade Depositária dos valores mobiliários do Fundo é a Caixa Económica Montepio Geral, com sede na Rua Áurea, n.º 219, em Lisboa.

3.2. No âmbito das suas funções, compete à Entidade Depositária:

a) Assumir uma função de vigilância e garantir perante os Participantes o cumprimento da lei e do Regulamento do Fundo, especialmente no que se refere à política de investimentos e ao cálculo do valor patrimonial das unidades de participação;

b) Pagar aos Participantes a sua quota-parte dos resultados do Fundo;

c) Executar as instruções da Sociedade Gestora, salvo se forem contrárias à lei ou ao Regulamento;

d) Receber em depósito ou inscrever em registo os valores mobiliários do Fundo;

e) Assegurar o reembolso aos Participantes dos pedidos de resgate das unidades de participação que ocorram nas condições mencionadas no ponto 4 do Capítulo III do presente Regulamento;

f) Proceder ao registo das unidades de participação representativas do Fundo não integradas em sistema centralizado.

3.3. A Sociedade Gestora e a Entidade Depositária respondem solidariamente perante os Participantes pelo cumprimento das obrigações contraídas nos termos da lei e do presente Regulamento.

4. Entidade Colocadora

A comercialização das unidades de participação do Fundo é feita pela Fibeira Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliários, S.A. na sua sede, sita na Praça Duque de Saldanha, nº 1 -11º andar, em Lisboa.

5. Os Peritos Avaliadores

5.1. Os imóveis do Fundo devem ser avaliados por, pelo menos, dois peritos avaliadores independentes nas seguintes situações:

a) Previamente à sua aquisição e alienação;

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b) Previamente ao desenvolvimento de projectos de construção, por forma, designadamente, a determinar o valor do imóvel a construir;

c) Sempre que ocorram circunstâncias susceptíveis de induzir alterações significativas no valor do imóvel;

d) Com uma periodicidade mínima de dois anos.

5.2. Os peritos responsáveis pelas avaliações dos imóveis que constituem o património do Fundo são os seguintes:

António Antunes Marques (Eng.º) – Inscrito na CMVM – registo Nº AVFII/03/042;

Benege – Serviços de Engenharia e Avaliações, Lda. – Inscrita na CMVM – registo Nº AVFII/03/006;

CB Richard Ellis – Consultoria e Avaliação de Imóveis Unipessoal, Lda. – Inscrita na CMVM – registo Nº AVFII/06/001;

CPU – Consultores de Avaliação, Lda. – Inscrita na CMVM – registo Nº AVFII/03/014;

Cunhal & Wakefield – Consultoria Imobiliária, Unipessoal, Lda. – Inscrita na CMVM – registo Nº AVFII/06/007;

Imolive – Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA – Inscrita na CMVM – registo Nº AVFII/05/007;

Phimo Avaliação II – Consultores de Avaliação, SA – Inscrita na CMVM – registo Nº AVFII/04/002;

Prime Yeld – Consultadoria e Avaliação Imobiliária, Lda. – Inscrita na CMVM – registo Nº AVFII/05/013;

PVW – Price, Value and Worth – Avaliação Imobiliária, Lda. – Inscrita na CMVM – registo Nº AVFII/03/050;

Worx Consultadoria, Lda. – Inscrita na CMVM – registo Nº AVFII/06/005;

6. Auditor do Fundo

O Auditor do Fundo é Sousa Santos & Associados – SROC, inscrita na CMVM sob o nº 9005.

CAPÍTULO II

POLÍTICA DE INVESTIMENTO DO PATRIMÓNIO DO FUNDO E POLÍTICA DE RENDIMENTOS

1. Política de investimento

1.1. Política de investimento do Fundo

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1.1.1. O objectivo do investimento do Fundo é o de alcançar, numa perspectiva de longo prazo, a maximização do valor do seu património líquido, através da constituição e gestão de uma carteira composta por um conjunto diversificado de activos, predominantemente imobiliários, nos termos e segundo as regras previstas no presente Regulamento.

1.1.2. Nesse sentido, o Fundo investirá em imóveis, em liquidez, em unidades de participação de outros fundos de investimento imobiliários e em participações em sociedades imobiliárias, decidindo a Sociedade Gestora, em cada momento, dentro dos limites impostos pela lei, a proporção ideal entre esses investimentos.

1.1.3. O Fundo investirá em imóveis com a finalidade de compra e venda, desenvolvimento de projectos de construção e arrendamento, podendo os imóveis integrar o património do Fundo em direito de propriedade, de superfície, ou através de outros direitos com conteúdo equivalente, devendo encontrar-se livres de ónus ou encargos que dificultem excessivamente a sua alienação.

1.1.4. Considera-se como constituindo liquidez, para efeitos do presente Regulamento, numerário, depósitos bancários, certificados de depósito, unidades de participação de fundos de tesouraria e valores mobiliários emitidos ou garantidos por um Estado- membro da União Europeia com prazo de vencimento residual inferior a 12 meses.

1.1.5. O Fundo realizará uma política de aplicações em valores imobiliários diversificada pelos sectores do mercado de serviços, comércio, indústria, habitação e lazer, devendo os mesmos encontrar-se localizados em Portugal.

1.1.6. O Fundo privilegiará, no que respeita a investimentos com o fim de arrendamento o uso para comércio e serviços de grandes entidades públicas ou privadas, e, no que respeita a investimentos para desenvolvimento de projectos destinados à venda as operações de requalificação de imóveis de elevado valor patrimonial destinados a habitação, hotelaria e lazer.

1.2. Parâmetros de referência do mercado imobiliário

1.2.1. Na gestão do Fundo serão utilizados como parâmetros de referência da valorização da respectiva carteira de investimentos um conjunto de índices publicados pelas principais mediadoras nacionais e ainda os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística e pelo Investment Property Databank (IPD).

1.3. Limites legais ao investimento

1.3.1. Os limites legais que disciplinam a composição do património do Fundo são os seguintes:

a) O valor dos imóveis e de outros activos equiparáveis não pode representar menos de 75% do activo total do Fundo;

b) O valor das unidades de participação de outros fundos de investimento imobiliário não pode exceder 25% do activo total do Fundo

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2. Derivados, reportes e empréstimos

2.1. A Sociedade Gestora poderá utilizar instrumentos financeiros derivados para a cobertura do risco cambial e de taxa de juro proveniente do património do Fundo. São admissíveis os instrumentos financeiros derivados transaccionados em mercados regulamentados ou fora deles e cujo activo subjacente e maturidade correspondam à natureza dos activos e passivos detidos pelo Fundo.

2.2. A exposição resultante aos activos subjacentes dos instrumentos financeiros derivados não poderá ser superior ao valor do património líquido do Fundo. Sempre que sejam utilizados instrumentos financeiros derivados transaccionados fora de mercado regulamentado, o Fundo não poderá, relativamente a cada contraparte, apresentar uma exposição superior a um terço do seu património.

2.3. A Sociedade Gestora poderá contrair empréstimos, por conta do Fundo, até ao limite de 75% do valor do seu activo total, podendo, para tal, onerar por qualquer forma os seus valores, conforme o disposto no Decreto-Lei n.º 13/2005, de 7 de Janeiro.

3. Valorização dos activos

3.1. Momento de referência da valorização

3.1.1. O momento do dia relevante para efeitos da valorização dos activos que integram o património do Fundo, para efeitos internos, corresponde às 10 horas do dia útil a que disser respeito. O valor da unidade de participação será divulgado mensalmente, com referência ao último dia útil de cada mês

3.2. Regras de valorimetria e cálculo do valor da UP

3.2.1. O valor da unidade de participação do Fundo é apurado pela divisão do valor líquido global do Fundo pelo número de unidades de participação emitidas.

3.2.2. O valor líquido global do Fundo é apurado deduzindo ao somatório dos valores que integram o seu património o montante de comissões e encargos apurados até essa data.

3.2.3. O património do Fundo é valorizado em observância das disposições legais e regulamentares aplicáveis e os activos imobiliários ou equiparados devem ser avaliados por, pelo menos, dois dos peritos avaliadores com periodicidade bienal e previamente à sua aquisição, alienação ou desenvolvimento de projectos de construção.

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3.2.4. Os imóveis acabados são valorizados no intervalo compreendido entre o respectivo valor de aquisição e a média simples do valor atribuído pelos respectivos peritos avaliadores nas avaliações efectuadas.

3.2.5. Os imóveis adquiridos em regime de compropriedade são inscritos no activo do Fundo na proporção da parte por este adquirida, respeitando a regra constante do número anterior.

3.2.6. Os imóveis adquiridos em regime de permuta são avaliados no activo do Fundo pelo seu valor de mercado, devendo a responsabilidade decorrente da contrapartida respectiva, inscrita no passivo do Fundo, ser registada ao seu preço de custo ou de construção.

3.2.7. Os projectos de construção são valorizados de acordo com o custo integral incorrido até à data da valorização e devem ser reavaliados sempre que o auto de medição da situação da obra, elaborado pela empresa de fiscalização, apresentar uma incorporação de valor superior a 10% relativamente ao anterior.

3.2.8. As participações em sociedades imobiliárias são inscritas no activo do Fundo na proporção da parte de capital por este adquirida e são valorizadas nos termos previstos em regulamento da CMVM e, salvo quando deste resulte diferentemente, por aplicação dos princípios definidos nos números anteriores.

3.2.9. As unidades de participação de fundos de investimento são avaliadas ao último valor divulgado ao mercado, pela respectiva entidade gestora, excepto no caso de unidades de participação admitidas à negociação em mercados regulamentados às quais se aplica o disposto no número seguinte

3.2.10. Os restantes valores mobiliários são valorizados ao preço de fecho do mercado mais representativo e com mais liquidez onde os valores se encontram admitidos à negociação, ou, na sua falta, de acordo com o disposto nos artigos 3º e 5º do Regulamento da CMVM nº 12/2003, com as devidas adaptações.

4. Comissões e encargos a suportar pelo Fundo

4.1. Comissão de gestão

Pelo exercício da sua actividade, a Sociedade Gestora cobrará mensalmente uma comissão de gestão anual de 1,8% (um vírgula oito por cento), calculada diariamente sobre o valor do património líquido do Fundo e constante de documento emitido no primeiro dia útil posterior ao termo do período a que respeita com liquidação financeira nos trinta dias subsequentes.

4.2. Comissão de depósito

Pelo exercício da sua actividade, a Entidade Depositária cobrará trimestralmente uma comissão de depósito anual de 0,2% (zero vírgula dois por cento), calculada diariamente sobre

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o valor do património líquido do Fundo e constante de documento emitido no primeiro dia útil posterior ao termo do período a que respeita com liquidação financeira nos trinta dias subsequentes.

4.3. Outros encargos do Fundo

4.3.1. Para além da comissão de gestão e da comissão de depósito, constituem ainda encargos do Fundo todas as despesas, encargos e responsabilidades relativas ou decorrentes de:

a) Aquisições, alienações, construções e arrendamentos de imóveis efectuadas por conta do Fundo;

b) Aquisições e alienações de valores mobiliários efectuadas por conta do Fundo;

c) Administração dos activos integrados no património do Fundo;

d) Concepção e execução de projectos de desenvolvimento imobiliário.

4.3.2. O título exemplificativo, podem ser enumerados alguns desses encargos:

a) Despesas notariais e de registo predial;

b) Quaisquer impostos ou taxas devidos pelo Fundo;

c) Custas judiciais referentes a processos em que o Fundo esteja envolvido, bem como as despesas com honorários de advogados e solicitadores;

d) Comissões de mediação imobiliária, desde que concretizado o negócio;

e) Encargos com a manutenção e/ou benfeitorias de bens detidos pelo Fundo;

f) Encargos referentes a avaliações realizadas por conta do Fundo a bens propriedade do Fundo ou que venham a ser por este adquiridos;

g) Taxas de supervisão.

h) Encargos com a administração dos imóveis detidos pelo Fundo;

i) Encargos com publicações obrigatórias por conta do Fundo.

5. Regras de determinação dos resultados do Fundo e da sua afectação

5.1. Os resultados do Fundo são determinados de acordo com as regras estabelecidas no Plano de Contas para os Fundos de Investimento Imobiliário e regulamentação complementar emitida pela CMVM.

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6. Política de rendimentos

6.1. Sendo um Fundo de Capitalização, a política de rendimentos privilegiará a sua não distribuição, podendo a Sociedade Gestora, contudo, proceder periodicamente à sua distribuição tendo presente os interesses do Fundo e dos seus Participantes.

6.2. A deliberação da distribuição de rendimentos será tomada em Assembleia de Participantes, sob proposta da Sociedade Gestora, por 50% mais um dos votos correspondentes à totalidade do capital do Fundo.

CAPÍTULO III

UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO E CONDIÇÕES DE SUBSCRIÇÃO E RESGATE

1. Características gerais das unidades de participação

1.1. O Fundo constitui-se como um património autónomo pertencente, no regime especial de comunhão regulada pelo Decreto-Lei n.º 13/2005, de 7 de Janeiro, a uma pluralidade de pessoas singulares ou colectivas, designadas por Participantes, sendo que cada Participante é titular de participações de igual valor unitário, denominadas de unidades de participação.

1.2. As unidades de participação adoptam a forma escritural.

2. Valor da unidade de participação

2.1. As unidades de participação têm um valor unitário inicial de subscrição correspondente a € 5 (cinco euros).

2.2. Tratando-se de um Fundo Fechado, as subscrições de novas unidades de participação apenas podem ser realizadas em aumentos de capital, nos termos do disposto no Capítulo IX do presente Regulamento.

2.3. O valor da unidade de participação, para efeitos de reembolso, corresponderá ao seu valor patrimonial conhecido e divulgado findo o prazo de 30 dias de calendário subsequentes à deliberação em Assembleia de Participantes da prorrogação da duração do Fundo, nos termos previstos na secção 4 do Capítulo III e no Capítulo IX, ambos do presente Regulamento.

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3. Condições de subscrição

3.1. O período inicial de subscrição decorrerá dentro do prazo de 90 dias subsequentes à recepção da notificação de autorização para a constituição do Fundo, a ser emitida pela CMVM.

3.2. A liquidação financeira das subscrições ocorrerá no primeiro dia útil subsequente ao final do período de subscrição. As importâncias entregues no momento da liquidação financeira são imputadas ao Fundo nessa data e emitidas as respectivas unidades de participação.

4. Condições de reembolso

4.1. No caso de se verificar uma prorrogação do prazo do Fundo, os participantes que tenham manifestado, por escrito, estarem contra a prorrogação, têm a possibilidade de efectuar um pedido de reembolso das unidades de participação de que sejam titulares.

4.2. O pedido de reembolso deverá ser realizado no prazo de 30 dias subsequentes à deliberação em Assembleia de Participantes da prorrogação da duração do Fundo.

4.3. A Sociedade Gestora deverá proceder à liquidação financeira dos reembolsos solicitados no prazo de 90 dias a contar da data de recepção desses pedidos, podendo este prazo ser alargado para 1 ano sempre que para o efeito se verifique a necessidade de proceder à alienação de imóveis.

4.4. Não será cobrada aos Participantes qualquer comissão de reembolso.

CAPÍTULO IV

DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS PARTICIPANTES

1.1. A subscrição de unidades de participação do Fundo obriga os participantes à aceitação do presente Regulamento e confere à Sociedade Gestora os poderes necessários para realizar os actos de administração do Fundo.

1.2. Os participantes adquirem o direito a:

a) Obter o Regulamento do Fundo junto da Sociedade Gestora e da Entidade Depositária;

b) Uma quota-parte do produto da liquidação, em caso de dissolução do Fundo, na proporção das unidades de participação detidas;

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c) Informação detalhada acerca do património do Fundo e evolução do mesmo, através do relatório da sua actividade elaborado nos termos da lei;

d) Consultar os documentos de prestação de contas do Fundo, os quais serão enviados sem encargos aos participantes que os requeiram;

e) Ser ressarcidos pela Sociedade Gestora dos prejuízos sofridos sempre que, em consequência de erros imputáveis àquela incorridos no processo de valorização e divulgação da unidade de participação, a diferença entre o valor que deveria ter sido apurado de acordo com as normas aplicáveis e o valor efectivamente utilizado nas subscrições e resgates seja igual ou superior a 0,5% do valor da unidade de participação, sem prejuízo do exercício do direito de indemnização que lhe seja reconhecido, nos termos gerais de direito.

1.3. Da Assembleia de Participantes

a) Os detentores das unidades de participação podem reunir-se em Assembleia de Participantes, correspondendo um voto a cada uma das unidades de participação emitidas.

b) Compete à Sociedade Gestora a convocação da Assembleia de Participantes, por aviso publicado com um mínimo de trinta dias de antecedência, no sistema de divulgação da informação da CMVM ou, em alternativa, por notificação, por meio de carta enviada a cada um dos Participantes.

c) A Assembleia de Participantes pode deliberar, em primeira convocatória, desde que estejam presentes ou representados Participantes que detenham, pelo menos, dois terços das unidades de participação do Fundo e, em segunda convocatória, qualquer que seja o número de unidades de participação representado.

d) As deliberações serão tomadas quando aprovadas por maioria simples de votos representados na Assembleia de Participantes.

CAPÍTULO V

DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

1. Valor da unidade de participação

1.1. O valor da unidade de participação será divulgado mensalmente, com referência ao último dia útil de cada mês, nos termos legalmente estabelecidos.

1.2. Essa divulgação será efectuada no sistema de difusão da CMVM.

2. Consulta da carteira do Fundo

2.1. A Sociedade Gestora efectuará a publicação mensal, com referência ao último dia do mês imediatamente anterior, da discriminação dos valores que integram o Fundo, bem

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como o respectivo valor líquido global e o número de unidades de participação em circulação.

2.2. Essa divulgação será efectuada no sistema de difusão da CMVM.

3. Documentação do Fundo

3.1. O presente Regulamento encontra-se disponível nas instalações da Sociedade Gestora e nas instalações da Entidade Depositária.

3.2. No caso dos documentos de prestação de contas do Fundo, a Sociedade Gestora efectua a publicação, nos dois meses seguintes à data de encerramento das suas contas, de aviso com menção de que aqueles documentos se encontram à disposição do público na sede da Sociedade Gestora e nos balcões da Entidade Depositária. Os referidos documentos de prestação de contas compreendem o relatório de gestão, as contas e o relatório de auditoria ou parecer do auditor do Fundo. Essa divulgação será efectuada no sistema de difusão da CMVM

CAPÍTULO VI

CONTAS DOS FUNDOS

As contas do Fundo são organizadas de acordo com as normas legais e regulamentares aplicáveis, sendo encerradas anualmente com referência a 31 de Dezembro e disponibilizadas para consulta dos Participantes, nos dois meses seguintes à data da sua realização, nas instalações da Sociedade Gestora e da Entidade Depositária, sendo enviados sem encargos aos Participantes que o requeiram.

CAPÍTULO VII

CONDIÇÕES DE LIQUIDAÇÃO DO FUNDO E DE SUSPENSÃO DA EMISSÃO E DO RESGATE DE UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO

1. Liquidação do Fundo

1.1. A liquidação do Fundo ocorrerá nos casos estabelecidos na lei e ainda por decisão da Sociedade Gestora, sempre que o interesse dos Participantes o recomende.

1.2. Em caso de liquidação, a Sociedade Gestora procederá, de imediato, à comunicação do facto à CMVM e à respectiva publicação, nos termos legalmente estabelecidos, indicando o prazo previsto para o termo do processo de liquidação.

2. Suspensão da emissão e do resgate das unidades de participação Não aplicável.

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CAPÍTULO VIII REGIME FISCAL

1. Fiscalidade aplicável ao Fundo

1.1. Os rendimentos obtidos pelo Fundo têm o seguinte regime fiscal:

a) Tratando-se de rendimentos prediais, há lugar a tributação, autonomamente, à taxa de 20%, que incide sobre os rendimentos líquidos dos encargos de conservação e manutenção efectivamente suportados;

b) Tratando-se de mais-valias prediais, há lugar a tributação, autonomamente, à taxa de 25%, que incide sobre 50% da diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias realizadas, apuradas de acordo com o Código do IRS;

c) Tratando-se de outros rendimentos, a tributação efectua-se nos seguintes moldes:

Mais-valias obtidas com valores mobiliários: há lugar a tributação, autonomamente, à taxa de 10%, nas mesmas condições em que se verificaria se desses rendimentos fossem titulares pessoas singulares residentes em território português, incidindo a taxa de imposto sobre a diferença positiva entre as mais-valias e as menos-valias obtidas em cada ano;

Rendimentos, que não sejam mais-valias, obtidos em território português:

há lugar a tributação, autonomamente, por retenção na fonte como se de pessoas singulares residentes em território português se tratasse ou, relativamente a rendimentos não sujeitos a retenção na fonte, autonomamente à taxa de 25% incidente sobre o respectivo valor líquido obtido em cada ano;

Rendimentos, que não sejam mais-valias, obtidos fora do território português: há lugar a tributação, autonomamente, à taxa de 20%, tratando-se de rendimentos de títulos de dívida e de rendimentos provenientes de fundos de investimento, e à taxa de 25% nos restantes casos, incidente sobre o respectivo valor líquido obtido em cada ano.

2. Fiscalidade aplicável ao participante

2.1. Pessoas singulares

2.1.1 Os rendimentos respeitantes a unidades de participação do Fundo, obtidos por via do resgate ou da distribuição, encontram-se isentos de tributação em sede de IRS desde que o titular de tais unidades de participação seja um sujeito passivo de IRS e esses rendimentos sejam obtidos fora do âmbito de uma actividade comercial, industrial ou agrícola.

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2.1.2 Assim, os investidores que sejam pessoas singulares, residentes ou não em território português, estão isentos de IRS relativamente aos rendimentos respeitantes a unidades de participação do Fundo, podendo porém, os respectivos titulares, residentes em território português, englobá-los para efeitos desse imposto, caso em que o imposto retido ou devido na esfera do Fundo assume a natureza de imposto por conta.

2.2. Pessoas colectivas

2.2.1. Se o investidor for uma pessoa colectiva, residente em território português, os rendimentos respeitantes a unidades de participação do Fundo, obtidos por via do resgate ou da distribuição, não se encontram sujeitos a retenção na fonte, devendo ser considerados no âmbito dos seus proveitos e ganhos tributáveis, para efeitos de IRC. O imposto pago pelo Fundo assume a natureza de imposto por conta, devendo o investidor deduzir a parte proporcional desse montante, correspondente às unidades de participação detidas, ao IRC a pagar no final do ano. Igual tratamento terão os sujeitos passivos de IRS que obtenham tais rendimentos no âmbito de uma actividade comercial, industrial ou agrícola.

2.2.2. Caso o titular dos rendimentos seja uma entidade isenta de IRC, existe direito à restituição, pela Sociedade Gestora e por conta do Fundo, do montante de imposto retido ou devido correspondente aos rendimentos das unidades de participação que aquelas entidades tenham subscrito.

Referências

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