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GIANE ANTÔNIA BORGES SILVEIRA AVALIAÇÃO IN VITRO DA INFILTRAÇÃO MARGINAL EM TRÊS MATERIAIS SELADORES PROVISÓRIOS

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO

IN VITRO

DA INFILTRAÇÃO MARGINAL

EM TRÊS MATERIAIS SELADORES PROVISÓRIOS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS FACULDADE DE ODONTOLOGIA

BELO HORIZONTE 2003

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GIANE ANTÔNIA BORGES SILVEIRA

AVALIAÇÃO

IN VITRO

DA INFILTRAÇÃO

MARGINAL EM TRÊS MATERIAIS

SELADORES PROVISÓRIOS

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito à obtenção do título de Mestre em Clínicas Odontológicas.

Área de concentração: Endodontia. Orientador: Prof. Dr. Eduardo Nunes

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS FACULDADE DE ODONTOLOGIA

BELO HORIZONTE 2003

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GIANE ANTÔNIA BORGES SILVEIRA

AVALIAÇÃO IN VITRO DA INFILTRAÇÃO MARGINAL EM TRÊS MATERIAIS SELADORES PROVISÓRIOS

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em Clínicas Odontológicas, com ênfase em Endodontia

Belo Horizonte, 2003

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao Giovanni, a Laura, ao José Gonçalves e a Edna pela ajuda, apoio e compreensão durante todo o curso. A vocês todo o meu carinho

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AGRADECIMENTOS

A DEUS,

energia vital em toda a sua plenitude em meu ser, sem o qual nada seria.

Ao professor Dr. EDUARDO NUNES,

a orientação segura, apoio, atenção, paciência, amizade que foram de extrema valia para o meu crescimento.

Ao professor Dr. FRANK FERREIRA SILVEIRA,

pela sabedoria, experiência profissional, dedicação e incentivo à

aprendizagem que contribuíram enormemente nesta minha caminhada.

Ao professor Dr. ROBERVAL DE ALMEIDA CRUZ,

pelo profissionalismo, dedicação, carinho, amizade e apoio, simplesmente inesquecíveis.

À FAPEMIG (Fundo de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais)

pela bolsa concedida sem a qual este trabalho não seria possível

Ao CETEC (Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais)

pela atenção carinhosa e contribuição para elaboração deste estudo, especialmente ao professor Mário Lúcio Tallarico, a professora Margarete Spangler, ao Rondinele Luis e Elaine dos Reis

À minha mãe LAURA MARTINS QUEIROZ BORGES,

que sempre amparou-me trazendo consigo lições de amor, vida, determinação e luta.

Ao meu pai JOSÉ GONÇALVES BORGES,

mesmo na ausência física, a lembrança de sua pessoa tão especial é sempre marcante na minha caminhada.

(6)

Ao meu marido GIOVANNI GIORGE DA SILVEIRA,

que compartilhou cada momento deste mestrado, oferecendo-me sempre compreensão, amor e carinho.

As minhas amigas EDNA, DENISE e SIMONE,

que me acolheram em seu lar com tanto amor e dedicação.

À ROSANA e REGILENA (biblioteca PUC-MINAS); DENISE e SÔNIA (biblioteca CRO-MG) pela grande ajuda na preparação deste estudo.

À WEILA, FÁTIMA, SILVÂNIA e ANGÉLICA pela dedicação, disponibilidade e amizade.

Aos mestres da Universidade de Itaúna em especial os professores Aldo Scianni, Winstor Guimarães, Euler Dutra, Gil Moreira Filho, Gilberto Rachid, Sônia Mendes, Marcelo Garcia, Sandra, Oteir, Elton, Veridiano, Marcos, Franscico, José Claúdio, Miamoto, Marcos, Claúdia Nakandacari, Irineu de Macedo, Rodrigo Carregal, Júlio Celso, Delmo, Osvaldo,

Ricardo, Marcílio Moreira, Marlúcio, Aires, Alexandre, Mário Sérgio, Gil Moreira, Juraci Silveira, Atílio, Afonso Fabiano

pelo empenho na arte de ensinar.

Aos meus amigos do mestrado: MARIA RITA, VÂNIA, NELSON e KARLA pelo convívio agradável durante todo esse tempo compartilhando idéias, pensamentos, sonhos e emoções.

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SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE TABELAS LISTA DE GRÁFICOS LISTA DE ABREVISTURAS RESUMO 1. INTRODUÇÃO... 13 2. REVISÃO DA LITERATURA... 17

2.1 Materiais seladores provisórios ... 17

2.1.1 Materiais à base de óxido de zinco e eugenol ... 17

2.1.2 Materiais seladores à base de óxido de zinco sem eugenol ... 31 2.1.3 Resina fotopolimerizável ... 44 2.2 Corantes ... 55 2.3 Ciclagem térmica... 59 2.4 Impermeabilização dentária... 63 3. PROPOSIÇÃO... 68 4. MATERIAL E MÉTODOS... 70

4.1 Preparo das amostras ... 70

4.2 Preparo químico-mecânico dos dentes ... 71

4.3 Corante... 72

4.4 Divisão das amostras em grupos ... 73

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4.6 Ciclagens térmicas ... 76

4.7 Seccionamento das amostras ... 77

4.8 Método de identificação do íon níquel ... 78

4.9 Análise microscópica ... 79

5. RESULTADOS... 81

5.1 Três materiais restauradores em dois períodos de avaliação ... 81 6. DISCUSSÃO... 90 7. CONCLUSÕES... 101 8. ABSTRACT... 103 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 105 ANEXOS... 114

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Materiais seladores provisórios utilizados ... 74

Figura 2 Impermeabilização das amostras ... 75

Figura 3 Recipiente contendo a solução sulfato de níquel a 5% ... 76

Figura 4 Disco diamantado... 78

Figura 5 Corantes ... 78

Figura 6 Lupa estereomicroscópica... 79

Figura 7 IRM três dias ... 85

Figura 8 IRM 14 dias ... 85

Figura 9 Coltosol 3 dias ... 86

Figura 10 Coltosol 14 dias ... 86

Figura 11 Bioplic três dias ... 87

Figura 12 Bioplic 14 dias ... 87

Figura 13 Controle negativo ... 88

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Medidas descritivas e comparativas entre os três materiais quanto à medida de infiltração do corante, por tempo ... 82 Tabela 2 Medidas descritivas e comparativas entre os dois tempos

quanto à medida de infiltração do corante, por material restaurador provisório ... 83

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Comparação das médias da medida da profundidade de infiltração ... 83 Gráfico 2 Comparação das médias da medida da profundidade de

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

# Número

% Por cento

µ Micro

µm Micrometro

CPC Comprimento de patência do canal CT Comprimento de trabalho

g/ml Grama por mililitro I Iodo (Radioisótopo) IKI Iodo-potássio

IRM Material Restaurador Temporário M1 Lima de memória um

M2 Lima de memória dois MO Mésio oclusal

MEV Microscopia eletrônica de varredura ml Mililitro

mm Milímetro nm Nanômetro

ºC Grau Celsius

pH Potencial hidrogeniônico SCR Sistema de canais radiculares x Vezes

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RESUMO

A utilização de materiais seladores que não permitam a percolação marginal é de fundamental importância para prevenir a contaminação do sistema de canais radiculares. Neste trabalho, estudou-se in vitro a infiltração marginal proporcionada por três materiais seladores temporários (IRM, Coltosol e Bioplic). Setenta e dois pré-molares unirradiculados extraídos humanos por indicação ortodôntica, foram selecionados e divididos em seis grupos de 10 espécimes cada (sendo um espécime para cada grupo controle negativo e um espécime para o controle positivo). Após acesso coronário convencional os dentes foram instrumentados, sendo colocado, no interior de cada canal radicular, um cone de papel absorvente com a solução alcoólica de dimetilglioxima a 1% e, na câmara pulpar, uma bolinha de algodão com a mesma substância. Os dentes, com os materiais seladores testados, foram imersos em solução de sulfato de níquel a 5% em intervalos de três e 14 dias. Após serem submetidos a ciclagens térmicas (5, 37 e 60 ºC), foram clivados no sentido mésio-distal e os resultados observados pela coloração vermelha (formação do complexo ni-dimetilglioxima) na bolinha de algodão, medida em lupa estereomicroscópia e avaliados utilizando-se o teste de Kruskal-Wallis. Concluiu-se que, nos dois intervalos de tempo, o IRM apresentou os piores resultados, não havendo diferenças estatisticamente significante entre o Coltosol e o Bioplic.

Unitermos: Seladores temporários, Infiltração marginal, Endodontia, IRM, Coltosol, Bioplic.

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FICHA CATALOGRÁFICA

Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Silveira, Giane Antônia Borges

S587a Avaliação in vitro da infiltração marginal em três materiais seladores provisórios / Giane Antônia Borges Silveira. – Belo Horizonte, 2003.

120f. : il.

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Nunes.

Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Faculdade de Odontologia.

Bibliografia.

1. Endodontia. 2. Infiltração dentária. 3. Materiais seladores do canal radicular. 4. Canal radicular – Tratamento. I. Nunes, Eduardo. II. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Faculdade de

Odontologia. III. Título.

CDU: 616.314.18 Bibliotecária – Marlene de C. Silva Santisteban – CRB 6/1434

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1

INTRODUÇÃO

Modernas técnicas e materiais de melhor qualidade proporcionaram um ganho de qualidade e maior rapidez nas conclusões dos tratamentos odontológicos. Um material selador provisório ideal deve possuir algumas propriedades como: adequado selamento da interface junção material restaurador-dente, bom selamento do material contra porosidade, variação dimensional próxima àquela do elemento dentário, boa resistência à abrasão e à compressão, facilidade de inserção e remoção, compatibilidade com as drogas usadas, ser estético, rápido endurecimento, insolubilidade em saliva, custo acessível, não interferir na efetividade dos materiais seladores definitivos e possuir boa atividade antibacteriana (PINHEIRO et al.,1997). Em síntese, a utilização de uma restauração provisória deve ser capaz de evitar a contaminação do sistema de canais radiculares (SCR) por microrganismos e fluidos orais, assim como, prevenir a passagem do curativo de demora para a cavidade bucal (WEINE, 1976; BLANEY et al., 1981; BOBOTIS et al., 1989; NOGUERA & McDONALD, 1990; DEVEAUX et al., 1982).

A microinfiltração ou infiltração marginal consiste na passagem de fluidos da cavidade bucal para o interior da cavidade pulpar via interface material/dente, sendo que estes fluidos podem conter microrganismos, toxinas, substâncias químicas-moléculas e íons (OLIVEIRA, 2001).

Trabalhos de pesquisa realizados com o objetivo de encontrar um material restaurador provisório eficiente demonstraram que a microinfiltração foi

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uma ocorrência freqüente, mesmo quando se variavam os diferentes tipos de materiais seladores, tais como: cimento de óxido de zinco e eugenol e derivados (BLANEY et al., 1981; ANDERSON et al., 1989; NOGUERA & McDONALD,1990), Lumicon (DIEP et al., 1982; HOLLAND et al., 1992), Cimpat (PAULA, 1994; HOLLAND et al., 1992; SOUZA et al., 1994), Cavit (BRAMANTE et al., 1977; ORAHOOD et al., 1986, TURNER et al., 1990), cimento de fosfato de zinco (CHOHAYEB & BASSIOUNY, 1985; McLNERNEY & ZILLICH, 1992; PARRIS & KAPSIMALIS, 1960), TERM (MELTON et al., 1990; TEPLITSKY & MEIMARIS, 1988), Coltosol (PAULA et al., 1994; FIDEL et al., 1991; SOUZA et al., 1994).

Ao longo dos anos, a capacidade seladora dos materiais restauradores provisórios tem sido testada por diversos métodos de investigação, incluindo corantes (DIEP et al., 1982; LEAL & SIMÕES FILHO, 1984; CHOHAYEB & BASSIOUNY, 1985; TEPLITSKY & MEIMARIS, 1988), radioisótopos (HOLLAND et al., 1976; BRAMANTE et al., 1977; TODD & HARRISON, 1979), microrganismos (BLANEY et al., 1981), auto-radiografia (MADISON et al., 1987), filtragem de fluidos (ANDERSON et al., 1990), identificação de íons e processos histoquímicos (PÉCORA & ROSELINO, 1982; CRUZ FILHO & PÉCORA, 1990).

Em vários estudos, com o objetivo de simular uma situação clínica, as amostras foram submetidas a termociclagens, devido ao fato das variações térmicas poderem provocar alterações dimensionais no material selador (GILLES et al., 1975; HOLLAND et al.,1976; DIEP et al.,1982; TAMSE et al.,

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1982; CRIM & GARCIA GODOY, 1987; TEPLITSKY & MEIMARIS, 1988; BARKHORDAR & STARK, 1990; DEVEAUX et al, 1999; MAYER & EICKHOLZ, 1997; PINHEIRO et al., 1997; URANGA et al., 1999, IDA et al., 2002).

Materiais seladores que apresentem praticidade na sua manipulação e facilidade de inserção, como os cimentos à base de óxido de zinco sem eugenol (Coltosol) e cimentos fotopolimerizáveis (Bioplic) têm despertado um grande interesse entre os cirurgiões-dentistas. Sob o ponto de vista clínico, o Coltosol e o Bioplic levam vantagem em relação ao IRM, por dispensarem a espatulação, tornando a aplicabilidade daqueles mais fácil, rápida e prática que este.

A proposição deste trabalho foi avaliar a infiltração na porção coronária em dentes extraídos, proporcionada pela visualização da formação de um complexo Ni-dimetilglioxima (contato do corante dimetilglioxima a 1% e sulfato de níquel a 5%) nos três materiais seladores provisórios (IRM, Coltosol e Bioplic) utilizados em dois intervalos de tempo (três e 14 dias).

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Materiais seladores provisórios

Vários estudos foram realizados visando obter materiais restauradores que minimizassem a infiltração marginal impedindo, assim, a penetração de fluidos do meio oral para a cavidade ou da cavidade para o meio bucal, fato este de fundamental importância para o almejado sucesso na terapia endodôntica. Sendo assim, para alcançar um menor grau de infiltração marginal, os pesquisadores vêm, ao longo do tempo, testando novas composições de materiais restauradores provisórios e seus diferentes métodos de utilização (DIEP et al., 1982; PÉCORA & ROSELINO, 1982).

2.1.1 Materiais à base de óxido de zinco e eugenol

BRAMANTE et al. (1977) avaliaram a eficiência seladora do IRM, óxido de zinco e eugenol, Propulpan, Proviplast, Cavit Rosa, Cavit Branco e Ciprospad. Estes materiais seladores foram aplicados em cavidades endodônticas padronizadas de 90 pré-molares humanos extraídos, sendo que uma bolinha de algodão foi colocada na câmara pulpar, antes que ocorresse o selamento cavitário. Após o selamento da cavidade, toda a superfície do dente, com exceção da abertura coronária, foi isolada pela aplicação de três camadas de esmalte, e os dentes imersos em solução de iodeto de sódio. Foram seccionados longitudinalmente para a avaliação da infiltração marginal e os

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resultados foram tabulados e analisados estatisticamente. Deste trabalho foram tiradas as seguintes conclusões: o material selador provisório deve apresentar espessura adequada para impedir a contaminação por infiltração através de sua massa; o Cavit Rosa ou Branco quando manipulados com água pioram suas propriedades de selamento; os materiais que proporcionaram melhor vedamento marginal em ordem decrescente foram o Propulpan, IRM, óxido de zinco e eugenol, Ciprospad, Proviplast, Cavit Rosa e Cavit Branco.

Ainda em 1977, MAROSKY et al. compararam in vitro seis marcas comerciais de materiais (cimento de fosfato de zinco, cimento de óxido de zinco e eugenol, IRM, Durelon, Cavit, Temp-Seal) usados como restauradores temporários entre as sessões de tratamento endodôntico. Para visualização da infiltração, foi utilizado o corante cloreto de cálcio-45 em intervalos de três a 10 dias. Foi observado que com o passar dos dias e com o aumento da temperatura a infiltração aumentava, assim como nenhum material foi capaz de selar verdadeiramente o acesso cavitário. Dos materiais testados, os dois pré-misturados, Cavit e Temp-Seal, mostraram os melhores resultados, seguidos por cimento de óxido de zinco e eugenol, cimento de fosfato de zinco, IRM e Durelon.

BLANEY et al. (1981) relataram que o IRM, foi o selador que mostrou maior eficácia quando usou o microrganismo Proteus-vulgaris. Para tal conclusão utilizaram 55 dentes molares humanos extraídos, os quais tiveram sua câmara pulpar exposta. Os dentes foram fixados em um tubo de resina acrílica e divididos em grupos, sendo que um dos grupos de dentes teve a

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câmara pulpar preenchida com uma bolinha de algodão embebida com paramonoclorofenol canforado e em seguida restaurada com Cavit e IRM e o outro grupo recebeu bolinha de algodão embebida com solução salina sendo também restaurada com Cavit e IRM. Verificaram que a utilização de IRM impregnado com paramonoclorofenol canforado apresentava-se mais eficiente quanto à infiltração de bactérias do que o uso do IRM sobre o algodão impregnado com solução salina. A utilização de Cavit sobre o algodão com paramonoclorofenol canforado era mais eficiente que o uso deste material sobre o algodão impregnado em solução salina. A observação destes fatos permitiu aos autores salientar a necessidade de colocação de medicação na câmara pulpar com o intuito de impedir a passagem de bactérias da cavidade bucal para o interior dos canais radiculares.

O comportamento do IRM como agente selador também foi analisado por BERNSTEIN & TODD (1982) que o compararam o Cavit, óxido de zinco e eugenol e amálgama, em quarenta dentes humanos unirradiculados que foram preparados para receber os materiais seladores testados em cavidades padronizadas com 6mm de profundidade. Os dentes foram divididos em quatro grupos de 10 espécimes e em cada grupo cinco dentes tomavam presa por cinco minutos e os outros cinco dentes por 24 horas. Depois de decorrido o tempo de presa, os dentes foram transferidos para uma solução a 0,15 de corante rodamina B por 24 horas e posteriormente seccionados com disco de diamante a 1, 3 e 5mm da abertura coronária. Os autores concluíram que o IRM mostrou significativamente mais infiltração do que o Cavit, óxido de zinco e eugenol e amálgama quando o tempo de presa foi de cinco minutos. Os

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padrões de infiltração do IRM não foram estatisticamente diferentes dos outros materiais quando o tempo de presa deste foi de 24 horas. Os outros materiais testados tiveram níveis de infiltração similares, após os tempos de presa de cinco minutos e 24 horas. Esses autores discorrem que o IRM pode promover um bom selamento do acesso endodôntico quando o profissional o manipula e o insere adequadamente na cavidade permitindo o tempo de presa necessário.

DIEP et al. (1982), avaliando a capacidade seladora de alguns materiais restauradores temporários, constataram que o Lumicom foi um selador mais eficiente que o Cavit R, sendo que este por sua vez apresentou melhor selamento que o óxido de zinco/eugenol. Para tal trabalho selecionaram 54 pré-molares superiores extraídos, que após a abertura coronária tiveram suas câmaras pulpares limpas seguindo todos os princípios recomendados para o tratamento endodôntico. Os dentes foram impermeabilizados com uma camada de Araldite e depois com uma camada de esmalte para unha, respeitando os 3mm do ângulo cavo superficial. Uma bolinha de algodão foi depositada no assoalho da câmara pulpar de modo que 5mm da cavidade fossem preenchidos com material restaurador provisório. Após o preenchimento das cavidades, os dentes foram imersos em solução corante azul de metileno a 2% solubilizado em saliva artificial e mantidos a uma temperatura de 37°C por 24 horas. Três sessões de ciclagens térmicas, de 5°C, 37°C e 60°C, com cinco minutos cada ciclo, durante 30 minutos, foram realizadas. Em seguida, os dentes foram seccionados (Micrótomo Browll) e a coloração observada macroscópica e microscopicamente, sendo então, mensurada. Os resultados coletados foram submetidos à análise estatística,

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seguindo o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, evidenciando que a ordem dos materiais do mais eficiente para o menos foi: Lumicon, Cavit R, óxido de zinco e eugenol, ZOE, IRM, Fynal. Entre Lumicon e Cavit R não se detectou diferença estatisticamente significante, mas, entre Lumicon e os derivados de óxido de zinco e eugenol (ZOE, IRM, Fynal) e entre o Cavit R e o os derivados de óxido de zinco e eugenol (ZOE, IRM, Fynal) houve diferença estatisticamente significante.

CHOHAYEB & BASSIOUNY (1985) avaliaram a capacidade seladora de resina composta com Cavit, óxido de zinco e eugenol, cimento de fosfato de zinco, Adaptic,e resina composta Aurafil. Foram utilizados 50 dentes humanos recém-extraídos divididos em cinco grupos com 10 dentes cada. Após a realização do acesso cavitário e da instrumentação dos canais radiculares, foi colocada na câmara pulpar uma bolinha de algodão e, sobre esta, um dos materiais testados. Os dentes foram colocados em solução corante azul de metileno e submetidos a termociclagem por 40 vezes. A avaliação dos resultados permite relatar que o Cavit apresentou melhor eficácia seladora, seguido pelo Adaptic, e Aurafil, sendo que os cimentos óxido de zinco e eugenol e de fosfato de zinco, demonstraram os maiores graus de infiltração marginal.

FRIEDMAN et al. (1986) avaliaram a capacidade seladora de quatro materiais restauradores temporários através de infiltração de radiossódio na câmara pulpar de 40 dentes extraídos. Os resultados encontrados demonstraram melhor desempenho dos materiais à base de óxido de zinco e

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eugenol (IRM, OZE) em relação aos materiais à base de cálcio e fosfato (Cavidentin, Cavit-G).

Em 1988, PASHLEY et al. avaliaram as propriedades seladoras do cimento de óxido de zinco regular e reforçado da guta-percha, Cavit-G e cimento de policarboxilato de zinco com variações na proporção pó-líquido sugerida pelos fabricantes. Selecionaram 66 dentes molares humanos que tiveram cavidades classe I preparadas para receberem os materiais seladores testados. O método utilizado para avaliação da infiltração foi a filtragem de fluidos. As amostras foram submetidas a 500 ciclos em dois banhos de água a 4°C e 55°C com intervalo de dois minutos entre cada banho, após uma semana de armazenagem. A partir dos resultados, os autores concluíram que as propriedades seladoras dos materiais testados são modificadas quando a proporção pó-líquido é alterada. Segundo eles, a maior fluidez do material pode ser a responsável por uma melhor adaptação às margens da cavidade. Como o cimento de óxido de zinco e o IRM tendem a infiltrar mais com o aumento de tempo, acreditam que outros materiais com melhores propriedades devam ser desenvolvidos com o propósito de melhor vedamento.

A influência do curativo de demora na capacidade seladora de alguns materiais usados em restaurações temporárias foi avaliada por ROCHA & SOARES (1988). Os autores avaliaram 250 dentes pré-molares superiores, restaurados com Lumicon, Cavit R, OZE, Proviplast e IRM que foram colocados sobre curativos de demora (PMCC, tricresol-formalina, otosporin, hidróxido de cálcio com propilenoglicol). Para cada material foi estabelecido um grupo

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controle, no qual apenas algodão seco foi utilizado. As cavidades foram limpas e os dentes secos e impermeabilizados em toda a superfície externa, permanecendo livre a área da restauração e, aproximadamente, 1mm ao seu redor. As restaurações foram realizadas de acordo com as recomendações do fabricante, com espessura de 5mm. Os dentes foram imersos em saliva artificial com solução azul de metileno a 2% e submetidos a ciclagem térmica por 72 horas. Após adequada remoção da impermeabilização os dentes foram seccionados no sentido vestíbulo palatino e avaliados por meio de escores que variaram de 0 a 3. Os autores concluíram que os curativos de demora utilizados não tiveram influência sobre o selamento proporcionado pelos materiais testados. Concluíram, também, que o Lumicon apresentou melhor desempenho, seguido de Cavit R, OZE, Proviplast e IRM.

HAGEMEIER et al. (1990) avaliaram a microinfiltração de 60 molares que tiveram restaurações temporárias com cinco materiais: TERM, Cavit, IRM, Ketac-Silver e combinação de IRM e Cavit. As amostras foram submetidas a ciclagem térmica (6ºC e 60ºC com intervalo de 30 segundos) por 24 horas em água destilada e impermeabilizadas com cera e duas camadas de esmalte para unhas, permanecendo livre a área da restauração e 1mm em torno desta. As amostras foram imersas em azul de metileno por quatro horas, lavadas em água corrente e seccionadas no sentido vestíbulo lingual. As superfícies seccionadas foram pintadas com esmalte para unhas para prevenir a desidratação. Três escores foram estabelecidos para observar o grau de microinfiltração ao longo da interface dente / restauração. Os autores

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concluíram que o TERM, Cavit e a combinação IRM / Cavit não apresentaram infiltração e de forma significantemente menor que o IRM e Ketac Silver.

Ainda quanto à proporção de pó/líquido, LEE et al. (1993) compararam o selamento de três materiais Caviton, Cavit e IRM em duas proporções pó-líquido, 6g/ml e 2g/ml. Padronizaram o acesso endodôntico em 140 molares humanos, extraídos, com coroas sem cáries e restaurações. Após a remoção dos tecidos pulpares, as câmaras foram secas e preenchidas com algodão de forma que o material restaurador provisório pudesse ocupar 4mm em profundidade. Os dentes foram divididos, aleatoriamente, em seis grupos: quatro experimentais e dois controles (positivo e negativo). Cada grupo experimental contou com 25 dentes, sendo o grupo I selado com Caviton, o II com Cavit, o III com IRM (proporção pó-líquido 6g/ml) e o IV com IRM (proporção pó-líquido 2g/ml). Os grupos controle contaram com 20 dentes cada, sendo que no positivo nenhum material selador foi colocado na cavidade preparada e no negativo as coroas permaneceram intactas. A microinfiltração foi observada, usando-se a penetração de fucsina básica após termociclagem de 5°C a 55°C por 30 segundos cada. Cortes longitudinais, realizados no sentido vestíbulo lingual, permitiram a visualização da penetração do corante. Os dados obtidos foram submetidos à análise pelo método de Kruskal-Wallis. Observaram que Caviton promoveu melhor selamento que o Cavit e o IRM. Uma significativa diferença estatística foi observada entre a microinfiltração ocorrida nos grupos II, III e IV. Com relação às duas proporções pó-líquido, 6 g/ml e 2 g/ml, não houve diferença estatisticamente significante.

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COLLESI et al. (1994) se propuseram a verificar a eficácia de dois materiais seladores temporários, Temp-bond e Provy divididos em quatro grupos de 20 dentes cada. Após o preparo do acesso endodôntico procedeu-se uma irrigação abundante com água destilada com subseqüente secagem dos mesmos. Impermeabilização com duas camadas de Araldite e duas de esmalte para unhas foi realizada na superfície externa dos dentes até 1ml do ângulo cavo-superficial. Compactaram bolinhas de algodão na câmara pulpar de todos os dentes e logo em seguida os grupos foram divididos quanto ao material selador utilizado: grupo I - Temp-bond; grupo II - uma camada de guta-percha e Temp-bond; grupo III - Provy, grupo IV - uma camada de guta-percha e Provy. Todas as amostras foram seladas tendo 6mm de espessura de material restaurador, manipulado conforme recomendações dos fabricantes. Posteriormente ao selamento os dentes foram imersos em corante azul de metileno a 25% por sete dias, em uma temperatura de 37ºC e seccionados longitudinalmente. Após a observação da infiltração com lupa, os resultados foram tabulados e submetidos à teste estatístico. Os autores constataram que não existiu diferença estatisticamente significante quando comparados os grupos entre si, e que a utilização isolada dos cimentos provisórios Temp-bond e Provy, pode ser indicada como material de selamento entre sessões endodônticas de maneira satisfatória, porém a associação desses cimentos com guta-percha demonstrou resultados superiores aos valores obtidos quando foram utilizados isoladamente.

Nesse mesmo ano (1994) KAZEMI et al. avaliaram a estabilidade marginal e a permeabilidade de três materiais seladores temporários: IRM e

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Cavit e o Tempit. Acesso cavitário foi realizado em oitenta molares extraídos que após receberam uma bolinha de algodão e um dos materiais seladores supra citados, foi submetido à imersão em solução corante azul de metileno por seis dias, termociclagem e seccionamento. Num segundo experimento, foram avaliados tubos de vidros estandardizados que foram preenchidos com uma bolinha de algodão e um dos materiais restauradores testados para uma melhor verificação da penetração do corante, no interior do corpo dos materiais. Os resultados obtidos permitiram concluir que o Cavit foi o material selador temporário que desempenhou melhor capacidade seladora enquanto o Tempit e o IRM os piores resultados.

PISANO et al. (1998) avaliaram o comportamento do Cavit, IRM e Super-EBA como materiais seladores temporários adaptados na entrada de canais radiculares em setenta e quatro dentes unirradiculados extraídos, para prevenir a microinfiltração coronária. Após a instrumentação e obturação dos canais destes dentes, foram removidos 3,5mm de guta-percha do terço coronário do canal radicular e substituído por um dos três materiais em teste. A infiltração foi avaliada pelo método de penetração bacteriana e ao final de 90 dias, 15% das cavidades preenchidas com Cavit e 35% com IRM e Super-EBA permitiram infiltração. Os canais selados com um material restaurador infiltraram significativamente menos do que os canais que não tiveram este selamento.

BARTHEL et al. (1999) verificaram a capacidade de prevenção à infiltração bacteriana de alguns materiais seladores, enquanto aguardava-se

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para receber uma restauração definitiva. Utilizaram 103 dentes unirradiculados que foram divididos, aleatoriamente, em cinco grupos com 20 amostras cada. O grupo 1 foi selado com um material selador denominado Cavit; o grupo 2 com IRM; o grupo 3 com cimento de ionômero de vidro; o grupo 4 com dupla camada, sendo uma camada de Cavit e outra com cimento de ionômero de vidro; o grupo 5 com IRM-cimento de ionômero de vidro. Observaram que os grupos selados com Cavit, IRM, Cavit-cimento de ionômero de vidro apresentaram significativamente maior número de infiltração bacteriana do que os grupos selados com cimento de ionômero de vidro e IRM, cimento de ionômero de vidro. Foi verificada infiltração bacteriana em 12 dias nos grupos 1 (Cavit), 2 (IRM), 3 (cimento de ionômero de vidro) e 4 (Cavit- cimento de ionômero de vidro), somente o grupo 5 selado com IRM + cimento de ionômero de vidro foram capazes de resistirem à infiltração por tempo superior a 30 dias.

GEKELMAN et al. (1999) realizaram um estudo sobre microinfiltração utilizando o corante azul de metileno após termociclagem em restaurações executadas com quatro materiais de restauração provisória distintos: IRM (grupo I); guta-percha e Cimpat (grupo II); Cimpat (grupo III); Cimpat e IRM (grupo IV), em quarenta dentes molares divididos em quatro grupos de 10 elementos cada. Os espécimes foram incluídos em gesso e longitudinalmente desgastados em recortador de gesso. Seqüencialmente, foi mensurada a infiltração linear do corante e os resultados mostraram que a microinfiltração foi em média 95,5% para o grupo I; 34,10% para o grupo II; 25,34% para o grupo III; e 50,11% para o grupo IV.

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PAI et al. (1999) avaliaram a microinfiltração entre materiais colocados em diferentes tempos e áreas: entre o material restaurador e a parede da cavidade; entre o material adicional colocado mais tarde para consertar uma segunda abertura dentro do primeiro material restaurador e dentro do próprio material restaurador original; e entre o material colocado em segundo lugar e a parede da cavidade. As cavidades de acesso endodôntico foram padronizadas em 120 coroas não cariadas e não restauradas de molares humanos extraídos. Estes dentes foram divididos em dois grupos A e B, sendo que o A recebeu como material restaurador primário IRM e o B amálgama. Os dentes do grupo A e B foram divididos aleatoriamente em três grupos (A1, A2,

A3, B1, B2, B3) experimentais e outros quatro molares foram controle. As

cavidades foram restauradas com IRM e amálgama como material primário restaurador e após 14 dias a metade dessas restaurações era removida e o espaço preenchido com um material restaurador secundário IRM, Caviton ou um selamento duplo de Caviton e IRM. O grupo A1 foi selado inicialmente com

IRM e secundariamente com Caviton; A2 com IRM e IRM; A3 IRM e duplo

selamento de Caviton e IRM; B1 com amálgama e Caviton; B2 amálgama e

IRM; B3 com amálgama e duplo selamento de Caviton e IRM. A infiltração foi

medida através da penetração de fucsina básica, após exposição à ciclagem térmica (50C e 550C por 100 ciclos) e seccionamento dos dentes. Tendo-se o auxílio de um estereomicroscópio os dados foram analisados estatisticamente e os resultados indicaram menos microinfiltração entre os materiais restauradores primários e secundários, colocados em diferentes períodos do

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que a microinfiltração entre os materiais restauradores primários e o acesso da cavidade da parede sem considerar o tipo de material restaurador utilizado.

TRAVASSOS et al. (2001) com o objetivo de avaliar a capacidade de vedamento marginal de alguns materiais seladores temporários, bem como estabelecer uma classificação de eficiência entre eles, analisaram cinqüenta dentes incisivos inferiores. Os espécimes foram divididos em cinco grupos de 10 elementos cada e restaurados com óxido de zinco e eugenol (Grupo 1); Cavitec (Grupo 2); IRM (Grupo 3); Resina composta híbrida - Suprafill (Grupo 4) e Vitremer (Grupo 5). Após termociclagem (125 ciclos térmicos de 5o-55oC), os corpos de prova foram imersos em fucsina básica a 0,5% por 24 horas, sendo posteriormente lavados em água e seccionados com disco diamantado para verificar o grau de infiltração marginal através de valores numéricos: 0, 1, 2, 3 e 4. Os dados obtidos foram tabulados e analisados, demonstrando diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, sendo que a ordem do selador mais eficiente para o menos, foi a seguinte: Vitremer, Suprafill, IRM, Cavitec e óxido de zinco e eugenol.

Em 2002, TEWARI et al. avaliaram o tempo necessário para que ocorresse a infiltração coronária de dois materiais restauradores provisórios utilizados em Endodontia: Kalzinol e cimento de óxido de zinco. Selecionaram oitenta molares humanos extraídos, que tiveram acesso coronário confeccionado, conteúdo da câmara pulpar removido, e um pedaço de algodão adaptado de forma a permitir que um espaço de 4 a 5mm fosse ocupado com o material selador utilizado. As amostras foram divididas em dois grupos com 40

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dentes que foram selados coronariamente, impermeabilizados, imersos em corante azul de metileno a 2% e avaliados em quatro intervalos de tempo (um, dois, quatro e sete dias). Os resultados demonstraram uma diferença estatística entre os grupos no primeiro e segundo dia, revelando melhor vedamento com Kalzinol; no quarto dia não houve diferença entre os grupos; porém, no sétimo dia ambos os grupos mostraram-se completamente infiltrados. Observaram que nenhum dos materiais foi capaz de manter um vedamento eficiente, sugerindo assim, que um tratamento definitivo seja realizado o mais rapidamente possível.

SILVA et al. (2003), com o objetivo de avaliarem a capacidade de vedamento marginal de alguns materiais seladores temporários e estabelecer uma classificação de eficiência entre eles, realizaram abertura coronária em cinqüenta incisivos inferiores íntegros recém-extraídos que, após serem instrumentados, tiveram um pedaço de algodão adaptado na embocadura do canal. A impermeabilização da superfície externa dos dentes foi realizada com uma camada de etilcianoacrilato - Super Bonder. As amostras foram divididas em cinco grupos de 10 cada e restauradas com óxido de zinco e eugenol (grupo 1); Cavitec (grupo 2); IRM (grupo 3); resina composta hídrida - suprafill (grupo 4) e Vitremer (grupo 5). Após termociclagem (125 ciclos), imergiu-se os corpos-de-prova em fucsina básica de 0,5% por 24 horas, sendo posteriormente seccionados para verificar o grau de infiltração marginal, determinada em escores. Os dados obtidos mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, tendo os grupos 5 e 4 apresentados a maior capacidade de selamento. Os materiais foram

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classificados em ordem decrescente de eficiência: Vitremer, Suprafil, IRM, Cavitec e ôxido de zinco e eugenol.

2.1.2 Materiais seladores à base de óxido de zinco sem eugenol

Com o objetivo de avaliar o material restaurador temporário Cavit, WEBBER et al. (1978) utilizou 40 dentes extraídos, nos quais foram preparadas cavidades de acesso endodôntico. Após serem impermeabilizadas, a metade das amostras receberam uma bolinha de algodão seca na câmara pulpar, enquanto a outra metade, uma bolinha de algodão umedecida com paramonoclorofenol canforado. As cavidades foram seladas com Cavit em uma espessura mínima de 5mm e depois imersas em solução de azul de metileno a 10%, permanecendo nesta solução por 48 horas a uma temperatura de 37ºC. Para avaliação da infiltração do corante os dentes foram seccionados no sentido mésio-distal e os resultados mostraram que na interface dente/restauração, a infiltração foi a mesma observada na porosidade do material. A observação com microscópio eletrônico de varredura evidenciou que os constituintes do Cavit não foram bem misturados, aumentando provavelmente a sua permeabilidade.

Em 1983, COSTA observou que dentre os materiais analisados em seus trabalhos, o Coltosol foi o selador mais eficiente para prevenir a infiltração, quando comparado ao Cavit, sendo que a guta-percha e o Pulpo San não demonstraram resultados satisfatórios.

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ESBERARD et al. (1986) avaliaram a infiltração marginal de 200 dentes pré-molares superiores e inferiores divididos em 10 grupos de 20 espécimes cada. Procedeu-se à impermeabilização externa à superfície do dente com dupla camada de esmalte, e internamente, a cavidade preparada foi selada com uma bolinha de algodão seguida de um dos cimentos selecionados. Os cimentos utilizados foram óxido de zinco e eugenol, fosfato de zinco, Pulpo San, guta-percha, Lumicon, Cavit R, Cavit W, IRM, Coltosol e Cimpat Rose, cuidando-se para que a manipulação de todos os materiais obedecesse as recomendações dos seus fabricantes. Após o selamento das cavidades os dentes foram imersos no corante rodamina B a 2% permanecendo por sete dias a uma temperatura de 37ºC. Os dentes foram lavados em água corrente, seccionados longitudinalmente e analisados com uma Lupa Biocular Karl Zeiss (aumento de 40 vezes) em escores pré-estabelecidos. A eficácia dos cimentos foi tabulada em ordem decrescente da seguinte forma: Lumicon, óxido de zinco e eugenol, Cimpat Rose, Coltosol, Pulpo San, Cavit R, Cavit W, fosfato de zinco, IRM, guta-percha. Outra constatação é que a profundidade da cavidade e espessura da massa do selador são fatores importantes para um correto selamento.

TURNER et al. (1990) avaliaram a microinfiltração de sete materiais restauradores temporários usados para vedar acessos preparados em dentes restaurados com amálgama. Setenta molares humanos extraídos tiveram suas câmaras pulpares abertas e polpas removidas. Uma cavidade de classe I foi confeccionada em cada coroa, e em seguida duas camadas de Copalite foi aplicada, antes que a mesma fosse totalmente preenchida com amálgama. Os

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dentes foram colocados em uma solução de Ringer e ácido sódio a 2% por uma semana. Um acesso cavitário foi realizado dentro da restauração de amálgama para que comportasse um pedaço de algodão e 4mm de material selador temporário. As amostras foram divididas em sete grupos com 10 elementos cada, que receberam os seguintes seladores: Cavit, Cavit G, IRM, TERM, cimento de fosfato de zinco, cimento policarboxilato, cimento de ionômero de vidro. As amostras foram novamente imersas em solução de Ringer e ácido sódio a 2% e estocadas em frascos a 37ºC em estufa. As medidas de infiltração foram realizadas em cinco intervalos de tempo: 15 minutos, uma hora, 24 horas, uma semana e duas semanas. As medidas de infiltração foram verificadas e submetidas à análise estatística. Os resultados foram tabulados demonstrando que Cavit, Cavit G, IRM, TERM e cimento de ionômero de vidro promoveram um excelente selamento, não havendo microinfiltração na interface amálgama-material temporário. Entretanto o cimento de fosfato de zinco e o cimento policarboxilato promoveram bom vedamento apenas nos 15 minutos iniciais, após este período possibilitou a visualização de infiltração na interface amálgama-material temporário em todas as amostras. No período de uma semana, o cimento policarboxilato exibiu extensa microinfiltração.

FIDEL et al. (1991) analisaram in vivo o comportamento de três materiais seladores provisórios que selaram 232 dentes permanentes (pré-molares e (pré-molares) no período de sete dias. Os dados coletados permitiam atribuir valores segundo escores de 0 a 4, concluindo que o Cavit e o Coltosol

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apresentaram-se superiores ao cimento de óxido de zinco e eugenol, em relação à resistência mecânica com cimentos que tomam presa por hidratação.

CHAIN & PRATES (1992) estudaram setenta e cinco pré-molares superiores que tiveram acessos coronários selados com cinco materiais restauradores temporários utilizados em endodontia, avaliando a sua capacidade de resistir à microinfiltração. Os dentes foram divididos em grupos de 15 espécimes cada. No primeiro grupo (A), Cavit foi inserido nas cavidades de acesso, no segundo grupo (B) IRM, no terceiro grupo (C) Fermit, no quarto grupo (D) Ketac-Fill e, por fim, no grupo (E) as cavidades foram restauradas com Cimpat. Os dentes foram impermeabilizados com cera pegajosa e cobertos inteiramente com esmalte para unhas exceto na área da restauração e 1mm aquém da interface dente-restauração. Em seguida, as coroas foram imersas em solução de azul de metileno a 0,5% e submetidos à ciclagem térmica. Neste procedimento, os dentes foram retirados da solução a 37°C e mergulhados em outra à temperatura de 5°C por cinco minutos. A seguir foram levados para uma solução a 60°C por mais cinco minutos e retornaram à solução a 37°C. Estes ciclos térmicos foram realizados a cada oito horas, totalizando sete vezes. Os autores utilizaram escores que variavam de 0 a 3 para verificar a taxa de microinfiltração na interface dente-restauração. Os resultados obtidos mostraram desempenho melhor do Cimpat que não apresentou infiltração significante, enquanto Fermit e Cavit tiveram muitas amostras com grau 3 (máximo) de infiltração. IRM e Ketac-Fill mostraram severa microinfiltração.

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HOLLAND et al. (1992) se propuseram analisar a propriedade seladora de alguns materiais obturadores temporários, empregando-se ou não o vácuo antes de mergulhar os espécimes em estudo na solução aquosa de azul de metileno a 2%. Selecionaram 120 dentes humanos unirradiculados extraídos cujas coroas e a parte mais apical dos dentes foram eliminados, de modo a obter um espécime com 10mm de comprimento. Cavidades padronizadas foram preparadas e preenchidas com óxido de zinco e eugenol, guta-percha, Zoecim, Lumicon e Cimpat. Foram submetidos a termociclagem com temperaturas de 10ºC e 70ºC por 60 segundos em cada associação. Após sete dias, metade dos espécimes foi mergulhada em solução de azul de metileno a 2%, e a outra metade na solução traçadora sob o vácuo. As infiltrações ocorridas foram dimensionadas e submetidas à análise estatística, a qual revelou que o emprego do vácuo determina mais eficiente análise da qualidade do selamento marginal. Verificaram que houve diferença significativa entre os materiais e entre os procedimentos utilizando-se o vácuo ou não e entre a interação material x procedimento. Observaram também que Lumicom e Cimpat foram os materiais mais eficientes no selamento, não existindo diferença significativa entre eles.

MIRANDA et al. (1994) encontraram os melhores resultados em amostras seladas com Cimpat, Petralit e Pulpo San, seguidos em ordem de eficácia pelo Coltosol, Cavit, IRM e guta-percha. A verificação desses dados ocorreu após a observação da infiltração do corante azul de metileno a 2% nas restaurações, que foram seccionadas ao término de cada intervalo de tempo, sendo nesse caso, em quatro períodos (quatro, sete, 14 e 28 dias).

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PAULA et al. (1994) avaliaram o grau de infiltração de quatro tipos de materiais seladores provisórios frente à rodamina B a 0,2%, através da ciclagem térmica (6ºC, 37ºC, 45º) por 24 horas. Foram utilizados 20 dentes caninos superiores humanos, recém extraídos e divididos em quatro grupos (I, II, III e IV) com cinco dentes cada. Os cimentos provisórios usados na pesquisa foram Coltosol (grupo I), Cimpat (grupo II), Pulpo San (grupo III) e Cavit B (grupo IV). Após a avaliação do grau de infiltração, observaram que todos os materiais seladores provisórios permitiram a penetração do corante, sendo que o Pulpo San apresentou os melhores resultados como barreira à microinfiltração, enquanto o Coltosol e o Cavit B apresentaram infiltração moderada, tendo sido constatado os maiores índices de infiltração quando se utilizou o Cimpat.

SOUSA et al. (1994) compararam in vitro a infiltração marginal de seis materiais seladores provisórios. Procedeu-se a abertura coronária de 60 pré-molares inferiores, que foram secos e impermeabilizados com Araldite e esmalte de unha, respeitando os 3mm da cavidade preparada. Após a adaptação de uma bolinha de algodão na câmara pulpar, as amostras foram seladas com um dos seguintes materiais: Cimpat B, Cimpat R, Coltosol, Restemp, JMG e Zoecim. Os 60 dentes foram divididos em seis grupos com 10 espécimes cada, sendo que decorridos 20 minutos após preenchimento das cavidades, seguiu-se à imersão dos mesmos em saliva artificial contendo solução corante de azul de metileno a 2% a 37ºC por 24 horas. Três sessões de ciclagens térmicas de 5ºC e 60ºC com cinco minutos em cada ciclo, durante 30 minutos foram realizadas, antes que as amostras fossem seccionadas para

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a avaliação da infiltração. Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística, verificando que nenhum dos materiais testados impediu a infiltração marginal e que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos.

Em 1995, PAMEIJER & WENDT avaliaram as propriedades seladoras de seis materiais dentários. O estudo foi dividido em 12 grupos, seis experimentais e seis para controle, com 10 dentes cada um e em todos os dentes foram realizados preparos cavitários classe V com aproximadamente 2mm de comprimento e 3mm de profundidade. Nos seis grupos experimentais foi utilizada resina composta TPH sem agente de união e, em seguida, removida até a metade da profundidade da cavidade. Os dentes foram, então, restaurados com os seguintes materiais: grupo A - IRM misturado mecanicamente; grupo B - Ketac-Fill; grupo C - amálgama; grupo D - Prisma Universal Bond 3 foi aplicado como agente dentinário e a cavidade restaurada com resina composta TPH; grupo E - agente cimentante híbrido experimental; grupo F - IRM misturado manualmente. Os grupos controle tiveram as cavidades preenchidas com os mesmos materiais sem a base de resina composta TPH. Os dentes foram submetidos à termociclagem em corante fucsina básica a 0,5% em temperaturas de 5°C e 55°C totalizando 500 ciclos em um intervalo de tempo de 10 segundos. Para avaliar o grau de penetração do corante foram estabelecidos escores de 0 a 3. O IRM apresentou a maior infiltração e a resina composta TPH, a mínima. A utilização do óxido de zinco e eugenol como selador de superfície é questionável, segundo os autores acima citados.

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CRUZ FILHO et al. (1996), avaliaram in vitro a estabilidade dimensional de alguns cimentos seladores provisórios à base de materiais sintéticos - Cavit, Cimpat, Coltosol, Lumicon,Cavitec,Sermit (com e sem aplicação de verniz). Para tal, usaram o método químico, onde foi empregada uma solução indicadora de sulfato de níquel a 5% e uma solução reveladora de dimetilglioxima a 1% que, ao reagirem entre si, formam o complexo níquel-dimetilglioxima (C8H1N4Ni04) de colaboração avermelhada. Utilizaram-se 70 dentes caninos superiores nos quais, após a cirurgia de acesso ao canal radicular, colocou-se o selamento duplo com os materiais testados. Os dentes foram instrumentados e impermeabilizados com cianoacrilato e divididos em sete grupos de dez, um para cada material selador. Concluíram que nenhum dos materiais seladores provisórios testados impediu a infiltração marginal quando submetidos á ciclagem térmica e que não houve diferença estatística significante entre os materiais analisados.

PINHEIRO et al. (1997) realizaram um trabalho com o propósito de avaliar a infiltração marginal de alguns materiais restauradores provisórios (Cavit, Cimpat, Temporary Filling, Coltosol, óxido de zinco e eugenol, Pulpo San, fosfato de zinco, IRM, Vidrion C e Poli), empregando o corante azul de metileno a 2% e termociclagem. Com dados obtidos a partir do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, a ordem crescente de infiltração verificada foi: Temporary Filling e Cavit, Cimpat, Pulpo San, óxido de zinco e eugenol e Poli, Vidrion C, Coltosol, fosfato de zinco, IRM.

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BONETTI FILHO et al. (1998) analisaram comparativamente a capacidade seladora de cinco cimentos provisórios através da infiltração do corante azul de metileno, em ambiente normal e sob vácuo. Utilizaram 100 dentes pré-molares divididos em 10 grupos, com cavidades padronizadas e seladas. Os dentes ficaram imersos no corante por 24 horas, em ambas as condições, permitindo, então, as análises da infiltração. Foi constatado que a espessura do cimento provisório deve ser de uma profundidade razoável para um bom selamento; que o emprego do vácuo não alterou a classificação dos cimentos, não havendo diferença de infiltração com e sem vácuo apenas quantitativamente; que a ordem do melhor selador para o menos eficiente com e sem vácuo foi: Lumicom, Coltosol, Pulpo San, IRM e Zoecim.

Ainda em 1998, LEONARDO & LEAL preconizaram que após a colocação da medicação intracanal, a cavidade coronária deve ser preenchida com um cimento selador provisório, sendo que a sua eficácia está relacionada com o número de paredes presentes no elemento dentário. Quando a cavidade apresentar-se com todas as paredes, pode-se utilizar o Coltosol, Cimpat ou Lumicom, caso haja a perda de uma parede, é recomendado a utilização de um selamento duplo com os cimentos citados acrescidos de um dos seguintes cimentos: óxido de zinco + acetato de zinco, Zoecim, Pulpo-San ou IRM.

BORGES et al. (2000) selecionaram trinta e dois molares que foram divididos aleatoriamente em dois grupos para serem selados com Coltosol e o Tempit (resina temporária fotopolimerizável). Os dentes foram submetidos a termociclagem, impermeabilização e imersão em azul de metileno a 2%

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durante 60 horas em uma temperatura de 37ºC. Posteriormente foram incluídos em gesso e desgastados longitudinalmente por aferição da infiltração linear do corante. Os resultados mostraram que a microinfiltração alcançou a média de 31,95% para o grupo 1 selado com Coltosol e de 67,87% para o grupo 2 selado com Tempit. A análise estatística detectou diferença significante ao nível de 1%, permitindo concluir que o Coltosol foi mais eficaz em conter a microinfiltração cervical marginal.

CARVAZAM et al. (2000) utilizaram 300 molares humanos extraídos os quais foram restaurados, temporariamente, com 15 materiais diferentes. As amostras foram divididas em 15 grupos experimentais de 20 espécimes cada, sendo feito um selamento até o limite do ângulo cavo-superficial com os seguintes materiais: Durelon, IRM, Pulpo San, percha (Hygienic), guta-percha (Odaahcan), óxido de zinco e eugenol, cimento de fosfato de zinco, ionômero de vidro, Cavit G, Cavit R, Cavit B, Cimpat B, Cimpat R, Lumicon, Coltosol. Todas as amostras foram impermeabilizadas, deixando-se exposta a superfície externa dos materiais de selamento e, posteriormente, mergulhados em solução de azul de metileno a 1%, por sete dias. A infiltração marginal foi medida por meio de escores, sendo que as maiores infiltrações de corante foram observadas no cimento de fosfato de zinco, seguido em ordem decrescente pela guta-percha e IRM; o Cimpat demonstrou a melhor capacidade de vedamento marginal, seguido pelo Lumicon e Coltosol.

FIDEL et al. (2000) utilizando o corante rodamina B a 2% avaliaram a infiltração em nove grupos de cimentos restauradores provisórios: Grupo I -

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Pulpo-San; Grupo II - Po-li; Grupo III - Coltosol; Grupo IV - cimento de zinco; Grupo V - Cimpat; Grupo VI - Lee Smith; Grupo VII - Cavit B; Grupo VIII - Ci-Riv; Grupo IX - Vidrion-R. Os espécimes foram imersos em solução de rodamina B a 0,2%, levados a temperatura de 37°C em câmara umidificadora e ciclagem térmica por 24 horas com temperatura de 37°C a 45°C. Foram secos após 24 horas, seccionados no sentido longitudinal e analisados com lupa (aumento de 10X). Verificaram uma grande presença do corante nas amostras, permitindo concluir que nenhum material apresentou efeito para o selamento hermético da cavidade.

UÇTASLI & TINAZ (2000) avaliaram a infiltração do corante azul de metileno a 2% em 50 incisivos e 50 molares divididos em cinco grupos restaurados com os seguintes materiais temporários: Coltosol, Algenol, IRM, Fermit, Fermit N. Após um intervalo de imersão de 24 horas, todos os dentes foram seccionados longitudinalmente e a profundidade de penetração de corante observada segundo escores. Verificaram que o Coltosol foi o selador que apresentou menor infiltração, embora os outros seladores não tenham exibido valores exagerados de infiltração.

BARROSO et al. (2001) avaliaram a estabilidade dimensional de três materiais seladores provisórios utilizados entre sessões de tratamento endodôntico. Para tal, confeccionaram três grupos de dez corpos de prova (recipientes) cada com os seguintes cimentos: Cimpat, Coltosol, Citodur. Foi realizada a medição de cada corpo de prova em altura e largura, calculando-se o volume inicial. Em seguida os corpos de prova foram colocados em estufa a

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37ºC e imersos em solução fisiológica, simulando as condições de 100% de umidade da cavidade oral, por 48 horas. Procedeu-se à secagem dos corpos de prova e novo cálculo do volume de cada corpo. Subtraíram-se os dados obtidos após a imersão dos obtidos anteriormente com o objetivo de verificar se havia diferença ou não em todos os critérios. Foi observado que houve diferença entre os dados iniciais e os finais do estudo, constatando-se que ocorreu expansão do material após a imersão em soro a 37ºC, em todos os critérios avaliados. Os resultados obtidos foram submetidos ao teste de Kruskall-Wallis. Observaram que o material restaurador Coltosol expandiu 61,82% do volume inicial, que o Cimpat 53,36% e o Citodur 36% de expansão.

OLIVEIRA (2001) avaliou in vitro a infiltração marginal de sete materiais seladores provisórios utilizados em Endodontia: Dentalville, Cavit, Citodur, 3MF2000, Coltosol, Cimpat e guta-percha + Super Bonder. Utilizou 82 dentes caninos unirradiculados humanos, de estoque, sem lesão cariosa e com ápices formados, divididos em sete grupos com 10 dentes cada e dois grupos com seis dentes cada para controle positivo e negativo. Os dentes foram instrumentados à 1mm do ápice radicular com lima endodôntica do tipo Kerr. No interior de cada canal radicular, foi colocado um cone de papel absorvente, impregnado com a solução alcoólica de dimetiglioxima a 1%. Uma bolinha de algodão também impregnada com solução alcoólica de dimetiglioxima a 1% foi colocada na câmara pulpar e logo em seguida um dos materiais restauradores provisórios com uma espessura de 2,5mm. Os dentes foram imersos em solução sulfato de níquel a 5% e submetidos à ciclagem térmica (5ºC, 37ºC e 55ºC) durante 72 horas. Após lavagem dos dentes em água corrente por duas

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horas, foram seccionados longitudinalmente no sentido vestíbulo-lingual. Uma lupa binocular Karl Zeiss, com aumento de 40X permitiu a melhor visualização da coloração vermelha caracterizando a infiltração revelada pela formação do complexo Ni-dimetilglioxina. A análise de infiltração foi possível em função da profundidade em que ocorreu a coloração avermelhada tanto nas bolinhas de algodão quanto nos cones de papéis, medidas estas, padronizadas seguindo escores. Verificou-se que todos os cimentos testados permitiram a infiltração marginal na interface cimento/tecido dental e que dos cimentos testados o Cimpat e Coltosol apresentaram as maiores infiltrações sendo apresentado em ordem decrescente de infiltração Coltosol e 3MF2000; Cavit W; Citodur e Dentalville; Dentalville; guta-percha associada a Super Bonder.

Cientes que poucos trabalhos in vivo avaliaram materiais seladores frente a microinfiltração coronária, GADÊ NETO et al. (2003) se propuseram testar um material selador definitivo e dois provisórios em dentes de cães. Realizaram acessos coronários conservadores em oito dentes e obturação com guta-percha e cimento Endométhazone. Após a obturação removeu-se dois milímetros de guta-percha da entrada dos canais e inseriram os seladores: a) Cavit nos dois milímetros da entrada dos canais + resina Z.250; b) Cavit em toda câmara pulpar; c) Coltosol em toda câmara pulpar; d) Cavit apenas nos dois milímetros da entrada dos canais; e) Coltosol apenas nos dois milímetros da entrada dos canais. Como controle positivo um dente foi obturado com guta-percha e cimento, sem selamento coronário. Após 92 dias de exposição dos materiais ao meio oral, o cão foi sacrificado, os dentes extraídos foram imersos em nanquim, submetidos ao vácuo e deixados no corante por sete dias. Em

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seguida foram diafanizados e analisados em lupa esterioscópica. Os resultados mostraram penetração do corante no controle positivo e naqueles selados apenas com 2mm de Cavit ou Coltosol na entrada dos canais e que a quantidade de material selador interfere na microinfiltração coronária. Este trabalho credenciou dentes de cães como bons modelos para avaliação in vivo

de materiais seladores quanto a microinfiltração coronária.

2.1.3 Resina fotopolimerizável

TEPLITSKY & MEIMARIS (1988) comparam a efetividade de selamento do Cavit e TERM em cavidade de acesso endodôntico. Quarenta e oito dentes humanos extraídos (dezesseis anteriores, dezesseis pré-molares, dezesseis molares) foram divididos em quatro grupos de doze, sendo que os grupos 1 e 3 receberam o Cavit como material selador e os grupos 2 e 4 TERM. As amostras foram imersas em solução corante azul de metileno a 10% por sete dias e submetidas a termociclagens em temperaturas de 4ºC e 60ºC por uma hora cada. Decorrido o tempo experimental, as amostras foram seccionadas longitudinalmente e avaliadas utilizando-se lupa estereomicroscópica. A análise dos resultados revelou que o Cavit manteve selamento marginal eficaz em 91,7% dos dentes enquanto TERM manteve apenas 33,3%. Observaram que a ciclagem térmica não afetou a efetividade seladora do Cavit, porém o contrário correu com o TERM.

NOGUERA e McDONALD (1990) compararam in vitro a capacidade de vedamento marginal dos seguintes materiais seladores provisórios: Cavit,

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Cavit-G, Cavit-W, IRM-Caps com TERM, TERM, Hard-TERM e Dentemp. Cavidades de acesso foram preparadas de forma padronizada em 144 dentes humanos extraídos que foram divididos, aleatoriamente, em sete grupos, com 20 dentes cada. As cavidades foram secas com ar e cobertas parcialmente com pedaços de algodão de forma que 5mm, medidos com sonda periodontal, fossem preenchidos com material temporário, previamente manuseado conforme as recomendações dos fabricantes. Os dentes receberam uma camada de esmalte de unha transparente e outra camada de esmalte, de cores diferentes, de modo que podiam ser reconhecidos após os ciclos térmicos. Os dentes foram colocados em solução salina a 37ºC, por duas horas, e em seguida submetidos às termociclagens (temperaturas variando de 5ºe 55ºC) por um período de sete dias e corados com nitrato de prata. O grupo controle positivo teve o mesmo tratamento descrito acima, exceto a colocação de material temporário no acesso da cavidade. No grupo controle negativo, as coroas se mantiveram intactas e receberam uma cobertura de esmalte incolor. Suas raízes foram cobertas com esmalte colorido e imersas por duas vezes em cera fundida. Os dentes foram seccionados no sentido longitudinal de modo que se pudesse medir e registrar na superfície do material a maior profundidade de penetração do corante. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Duncan. O TERM apresentou o menor valor de infiltração e o Hard-TERM a maior infiltração na interface dente- restauração. O Cavit foi o material que teve a maior infiltração em si próprio. TERM, Cavit, Cavit-G, Cavit-W, Dentemp, IRM-Caps, Hard-TERM, constituem a ordem decrescente de materiais que proporcionaram melhor vedamento marginal.

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Em 1993, BECKHAM et al. verificaram a capacidade seladora de três materiais restauradores provisórios em setenta dentes extraídos divididos aleatoriamente em quatro grupos. Os grupos 1, 2 e 3 formavam os grupos experimentais com 20 dentes cada e o grupo 4 com 10 dentes consistia no grupo controle, sendo cinco amostras para o controle positivo e cinco para o controle negativo. Após a obturação dos condutos as amostras do grupo 1 receberam uma cobertura de selante dentinário; o grupo 2 foi coberto com uma camada de 2mm de espessura de cimento de ionômero de vidro e o grupo 3 uma camada de 2mm de TERM. As amostras do grupo controle (4) não contaram com barreira sobre a guta-percha e os do controle negativo tiveram uma camada de esmalte para unhas colocada sobre a obturação, mas não nas paredes do acesso coronário. Os grupos experimentais foram subdivididos em subgrupos A e B, sendo que as amostras do subgrupo A permaneceram no umedecedor por oito horas a 37ºC. O selamento coronário foi removido e os dentes cobertos com duas camadas de esmalte para unhas e uma de cera, exceto na cavidade de acesso. As amostras foram imersas em solução corante azul de metileno a 2% por 15 minutos e depois colocadas em câmara de vácuo para eliminação de ar. As amostras do subgrupo B foram colocadas no umedecedor por 24 horas, o selamento coronário removido e a impermeabilização similar a do subgrupo A. Os dentes foram imersos em saliva artificial por uma semana a 37ºC e logo transferidos para a solução azul de metileno. As amostras dos controles positivo e negativo foram colocadas no umedecedor por 24 horas e receberam o mesmo tratamento do subgrupo A. Transcorrido o período necessário para a realização do experimento, os dentes

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foram seccionados no sentido vestíbulo-lingual para que ocorresse a medição da penetração do corante através da utilização de um microscópio com aumento de 7X com calibrador digital. Pôde-se observar que o grupo 2B revelou maior infiltração, seguido pelos grupos 2A, 3A, 3B, 1B e 1A.

Ainda em 1993, HANSEN & MONTGOMERY, usaram um fluido filtrado como mecanismo para comparar a microinfiltração de materiais restauradores temporários em Endodontia em suas várias espessuras. Selecionaram 44 dentes molares inferiores extraídos que foram divididos em quatro grupos de 10 dentes cada e um grupo controle com quatro dentes. Do grupo 1 até o 4 foram submetidos à colocação de materiais restauradores (TERM e IRM) na espessura de 1, 2, 3 até 4mm respectivamente. Antes do selamento colocaram guta-percha para uniformizar a espessura de material restaurador. Realizaram termociclagem a qual foi acompanhada por cinco semanas e, a infiltração observada em intervalos de uma a 24 horas em uma, três e cinco semanas. As amostras receberam guta-percha sendo que dos grupos, dois foram selados com 4mm de material restaurador temporário TERM e outros dois com 4mm de IRM. O controle positivo recebeu 4mm de espessura de IRM ou guta-percha e foi mensurado apenas em 24 horas. Observaram que não houve diferença estatisticamente significante nos valores de infiltração em alguns grupos sobre tempo ou espessura. O grupo controle mostrou- se com maior infiltração que os demais grupos. TERM manteve um menor selamento a 1, 2, e 3mm de espessura e, em 4mm mostrou melhor tolerância clínica.

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ANDRADE et al. (1996) avaliaram a capacidade seladora do Clip, comparando-a a do Cimpat B e a do cimento de óxido de zinco e eugenol. Foram empregados 36 dentes pré-molares humanos superiores extraídos, que foram submetidos à abertura coronária. Suas câmaras pulpares foram preenchidas com um pedaço de algodão, simulando um curativo de demora, e seladas com os materiais acima citados. Os dentes foram impermeabilizados com três camadas de esmalte para unhas, exceto próximo ao ângulo cavo superficial e logo depois imersos em corante azul de metileno a 0,5% diluído em saliva artificial, onde permanecerão por 24 horas a 37ºC. Duas ciclagens térmicas de 30 minutos cada, com temperaturas variando de 5ºe 60ºC, foram realizadas. Após secção longitudinal, no sentido vestíbulo-lingual dos dentes, as microinfiltrações foram medidas e avaliadas nos materiais seladores, sendo os resultados tabulados e submetidos à análise estatística pelo método não paramétrico de Kruskal-Wallis. A partir dos resultados obtidos, observou-se que o material restaurador Clip obteve, estatisticamente, maior eficácia que o Cimpat B e o óxido de zinco e eugenol. Embora o Cimpat B tenha apresentado resultados superiores aos do óxido de zinco e eugenol não houve significância estatística.

A interferência das medicações usadas no interior dos canais radiculares na capacidade de selamento de materiais restauradores provisórios foi avaliada por BARKHORDAR et al. (1997). Em 90 molares humanos extraídos, realizaram acessos coronários e limpeza dos canais com uma lima tipo K n° 25. Os dentes foram separados aleatoriamente em três grupos de 30 dentes cada, no grupo A, um algodão seco foi colocado na câmara pulpar; no

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