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COBERTURAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ARQUITETURA E URBANISMO TECNOLOGIA DA EDIFICACAO I. Professor Anderson Claro

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

ARQUITETURA E URBANISMO TECNOLOGIA DA EDIFICACAO I

Professor Anderson Claro

GRADUANDOS: CRISTIANE LIBERALI, FERNANDO FLESCH E SAMARA REGINA DE MATOS

COBERTURAS

Florianópolis, 11 de dezembro de 2013.

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2 Índice

1. Definição...5

2. Tipos ...6

2.1. Lajes ...6

2.1.1. Laje Maciça ...6

2.1.2. Laje Mista...6

2.1.3. Laje Nervurada...6

2.1.4. Laje Grelha...6

2.1.5. Laje Dupla...6

2.1.6. Laje em Placas...6

2.1.7. Vigotas...7

2.1.8. Laje Plissada...7

2.1.9. Impermeabilização das Lajes...9

2.1.10. Materiais...10

2.2. Telhado Inclinado ...11

2.2.1. Telha Portuguesa...12

2.2.2. Telha Romana...13

2.2.3. Telha Americana...14

2.2.4. Telha Francesa...16

2.2.5. Telha Italiana...17

2.2.6. Telha Germânica...18

2.2.7. Telha Uruguaia...19

2.2.8. Telha Holandesa...20

2.2.9. Telha Colonial...21

2.2.10. Telha Plan...23

2.2.11. Telha Cumeeira...23

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2.2.12. Telha Esmaltada...24

2.3. Telhado Verde...24

2.4.Coberturas com Membrana ...26

2.5. Coberturas tipo Casca ...33

3. Materiais Alternativos ...40

4. Referências ...41

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4 COBERTURAS

O presente trabalho tem como objetivo apresentar conceitos e diferentes tipos de cobertura, buscando auxiliar o arquiteto a solucionar questões estruturais e de solução ambiental e estética dentro de um projeto.

1. Definição:

Coberturas são elementos utilizados para abrigar espaços internos de uma edificação. Devem ser estruturadas de forma a vencer os vãos e suportar seu peso próprio além de outras cargas incidentes. São estruturas que se definem pela forma, observando as características de função e estilo arquitetônico das edificações, protegendo-a da radiação solar, proporcionando conforto térmico, controlando a entrada de água (neve, intempéries e outros elementos externos) escoando-a com um sistema de calhas, caracterizando também a iluminação e a ventilação do espaço interno.

Em um projeto o ideal é que se alcancem as seguintes funções se tratando de coberturas:

- funções utilitárias: impermeabilidade, leveza, isolamento térmico e acústico;

- funções estéticas: forma e aspecto harmônico com a linha arquitetônica, dimensão dos elementos, textura e coloração;

- funções econômicas: custo da solução adotada, durabilidade e fácil conservação dos elementos.

Na hora de projetar uma cobertura alguns aspectos devem ser considerados para que se obtenha uma cobertura ideal como os fatores climáticos (frio, calor, chuva, vento, neve, granizo, etc.), que determinam os detalhes das coberturas, conforme as necessidades de cada edificação. Outro aspecto muito importante e que sempre deve ser pensado em uma cobertura é o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de captação, proteção e escoamento das águas.

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5 2. TIPOS

2.1. LAJES

As lajes são estruturas destinadas a servirem de cobertura, forro ou piso para uma edificação.

2.1.1. Laje Maciça: constituídas de concreto armado ou protendido, são mais finas ou espessas. Sua altura pode ser dimensionada através da fórmula h≥L/45, onde L é o maior dos menores vãos. Quanto maior for sua altura possibilita vãos maiores.

2.1.2 Laje Mista: constituídas por nervuras, intercaladas com blocos cerâmicos ou de concreto capazes de resistir a os esforços de compressão oriundos da flexão.

2.1.3.. Laje Nervurada: constituídas por nervuras e entre elas são colocados elementos inertes para preencher o vazio entre as nervuras, como: blocos cerâmicos, isopor, papelão, madeira.

2.1.4. Laje Grelha: constituídas por nervuras, que se distancia mais que um metro uma da outra. Nesse caso os vazios não precisam ser preenchidos, lhe dando um aspecto de grelha. Consegue cobrir maiores vãos com maior capacidade de carga. As vigas podem ser colocadas tanto de forma paralela como oblíqua. As grelhas oblíquas são muito utilizadas como teto em teatros e auditórios.

2.1.5 Laje Dupla: utilizadas para melhorar o conforto acústico e térmico. Cobre vãos relativamente grandes e com grande capacidade de carga.

2.1.6 Laje em Placas (alveolar): constituídas de concreto armada ou protendido, apresentando formas variadas diferenciando-se aapenas pela forma dos alvéolos e dos encaixes. Possui grande capacidade de carga e podem alcançar vãos relativamente grandes.

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6 2.1.7 Vigotas: podem ser de concreto armado, concreto protendido e armaduras em

treliça.

2.1.8 Laje Plissada: são constituídas por uma combinação de viga transversal e longitudinal, o que as torna muito resistentes. São as mais empregadas como cobertura. Pode adquirir diversos formatos, inclusive circulares.

Entre as lajes apresentadas encontramos muitos exemplos da utilização da laje plissada como cobertura.

Catedral de Nossa Senhora da Aparecida, Cascavel- PR.

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Templo Ecumenico da UFSC, Florianópolis –SC

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8 2.1.9.IMPERMEABILIZAÇÃO DAS LAJES

Lajes de cobertura, calhas, telhados são diretamente expostos à incidência das ações climáticas, por isso devem ser impermeabilizadas. A impermeabilização das lajes requer produtos que além de impedir a passagem da água, acompanhe as movimentações da estrutura, que ocorrem devido a dilatação provocada pelas variações de temperatura, e além disso ainda pode auxiliar no conforto térmico.

Qualquer falha na impermeabilização DA cobertura pode gerar: infiltração de água;

corrosão das armaduras e comprometimento da estrutura; desplacamento de revestimentos e pintura; comprometimento das instalações elétricas.

A impermeabilização pode variar de acordo com o uso da laje, se possui trafego de pessoas ou não. Existem diversos matérias e técnicas para impermeabilizar, mas antes de aplica- los é necessário tomar alguns cuidados específicos:

 O local deverá estar limpo, livre de substâncias e partículas soltas (como poeira), sem trincas, sem empoçamento. Caso necessário lavar o local, é recomendado que utilize um jato de água e esperar pelo menos 48 horas após a limpeza para iniciar a impermeabilização.

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 Os cantos e arestas devem ser arredondados, para isso pode-se fazer o abaulamento utilizando argamassa. Esse procedimento requer pelo menos sete dias para a cura (do cimento). Existem alguns materiais alternativos, como uma fita adesiva especial que garante liberação imediata após a aplicação, pois não necessita secagem.

 Recomenda-se também, se necessário, reforçar as tubulações.

2.1.10. Materiais:

Mantas Asfáticas: As impermeabilizações têm como função garantir a estanqueidade das coberturas ( terraço, varanda, pátio de estacionamento, cobertura de subsolo, etc)

Membranas Líquidas: As Membranas Líquidas são moldadas in loco, pois durante a aplicação elas se ajustam perfeitamente à superfície em tratamento, permitindo uma impermeabilização sem falhas. Também são ideais para impermeabilização de coberturas com muitas interferências e com geometria complexa, de difícil acesso. A aplicação pode ser feita com o auxílio de rolo, trincha e também por pistola de ar. Não é necessário o uso de maçarico à base de GLP.

Mantas de PVC: Uma cobertura eficiente e confiável deve proteger pessoas, bens e até mesmo a edificação das intempéries do ambiente, chuvas, raios solares, variações de temperatura e muito mais.

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2.2. TELHADOS INCLINADOS

No desenvolvimento do projeto de coberturas inclinadas, diversas questões devem ser consideradas, sendo que todas essas questões se interligam:

• Volumetria desejada – ou seja, altura da cobertura e inclinações desejadas;

• Em função da decisão volumétrica define-se o tipo de telha – diferentes tipos de telhas aceitam diferentes tipos de inclinação;

• Em função do tipo de telha e dos vãos que se deve cobrir será definida a estrutura da cobertura, que pode ser composta por menor número de elementos e por elementos mais esbeltos, quanto menor for o peso.

TIPOS DE TELHAS:

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11 2.2.1.TELHA PORTUGUESA

A Telha Portuguesa é o resultado da evolução da antiga e tradicional telha colonial.

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12 Composta por uma única peça, tornou-se mais econômica com apenas 17 unidades por m2.

Seu design com encaixes modernos e sofisticados, permite maior estabilidade sobre o ripamento melhorando consideravelmente a qualidade técnica do produto.

- Cobertura:

17 peças por m2. - Medidas:

38cm x 20cm de largura.

- Peso Médio:

2,6 Kg por peça.

44,2 Kg por m2. - Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. Mínimo de 35%

2.2.2.TELHA ROMANA

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13 A Telha Romana é o resultado da evolução da antiga telha plan, que por sua vez já havia sido criada como variação estética da tradicional telha colonial.

Composta por uma única peça, tornou-se mais econômica com apenas 16 unidades por m2.

Seu design com encaixes modernos e sofisticados, permite maior estabilidade sobre o ripamento melhorando consideravelmente a qualidade técnica do produto.

Especificações Técnicas:

- Cobertura:

16 peças por m2. - Medidas:

40cm x 21cm de largura.

- Peso Médio:

2,70 Kg por peça.

43,2 Kg por m2. - Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. Mínimo de 35%

2.2.3.TELHA AMERICANA

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14 A Telha Americana é o resultado da evolução da telha portuguesa, a qual já é um resultado da grande evolução da antiga e tradicional telha colonial.

Composta por uma única peça, tornou-se mais econômica com apenas 12 unidades por m2.

Seu design com encaixes modernos e sofisticados, permite maior estabilidade sobre o ripamento melhorando consideravelmente a qualidade técnica do produto.

Especificações Técnicas:

- Cobertura:

12 peças por m2 - Medidas:

43cm x 26cm de largura - Peso Médio:

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15 3,00 Kg por peça.

36,00 Kg por m2 - Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. Mínimo de 35%

2.2.4.TELHA FRANCESA

A Telha Francesa vem sendo utilizada no Brasil há mais de trezentos anos. Começou a ser fabricada quando os ceramistas da época perceberam que o modelo utilizado pelos franceses, de forma quadrada e composto de uma só peça, algumas reentrâncias e pequena saliência para fixação, podia cobrir um m2 com apenas 16 unidades.

Muito menos do que as telhas coloniais, necessárias 24 unidades por m2.

Todavia, as Telhas Francesas quase planas, sem o canal profundo característico das telhas coloniais, exigia um grande aumento na inclinação do telhado, ou seja, um caimento de no mínimo 45% ou mais, dependendo da extensão do pano.

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16 Ganhava-se muito no custo das telhas, porém gastava-se muito mais na estrutura de madeira. O que vinha a ser um ótimo negócio, pois na época, a abundante Peroba Rosa era vendida a um preço muito barato.

Especificações Técnicas:

- Cobertura:

16 peças por m2. - Medidas:

38cm x 24cm largura.

- Peso Médio:

2,80 Kg por peça.

44,8 Kg por m2. - Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. Mínima de 45%.

2.2.5.TELHA ITALIANA

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17 A telha Italiana muito pouco difere da sua parente Portuguesa. Principalmente depois do telhado acabado. O seu diferencial fica por conta das cavidades de encaixe e de seu tamanho um pouco maior. Trata-se de um tipo de telha projetada para ter excelência no design que agrada a todos que contemplam a obra acabada. Uma bela telha, produzida com avançada tecnologia, argilas rigorosamente selecionadas e uma queima controlada eletronicamente, proporcionando alta resistência e homogeneidade de cores ao seu telhado. Esta telha pode ser encontrada em dezenas de cores esmaltadas ou mescladas naturalmente.

- Cobertura:

13,5 peças por m2. - Medidas:

43,5 x 25,4 cm - Peso Médio:

3,3 Kg por peça.

- Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. Mínima de 30%.

2.2.6.TELHA GERMÂNICA

A telha Germânica possui um seleto grupo de apreciadores. Trata-se de uma telha nobre de origem mista de vários países germânicos. Da França à Hungria, da Holanda à Romênia, a antiga e nobre arte das telhas coloridas imperam ainda hoje. Sedutoras e resistentes, as telhas envernizadas passaram a recobrir não só as grandes mansões, mas também edifícios importantes bem como igrejas, castelos e sofisticados prédios públicos.

As telhas germânicas se adaptam a telhados de grande inclinação (aprox. 45 a 80%), constituindo num dos mais belos materiais de cobertura, tanto por seu colorido quanto por detalhes como espessura e formato.

Esta telha poderá ser encontrada em dezenas de cores esmaltadas e em

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18 diferentes tonalidades naturais.

- Cobertura:

33 peças por m2. - Medidas:

36x18,5 cm - Peso Médio:

1,5 Kg por peça.

- Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. Mínima de 45%.

2.2.7.TELHA URUGUAIA

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19 Com design totalmente distinto dos modelos tradicionais, a telha Uruguaia segue um modelo mais americanizado de cobertura, possuindo linhas retas.

Características da Telha Uruguaia:

- Cobertura:

46 telhas por m² - Medidas:

28x19,5 cm - Peso Médio:

1 Kg por peça.

- Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. Mínima de 45%.

2.2.8.TELHA HOLANDESA

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20 Possui design Europeu e ondulações suaves, além de encaixe perfeito, o que permite uma melhor integração em qualquer tipo de paisagem, constituindo um elemento de alto valor decorativo.

Características da Telha Holandesa:

- Cobertura:

17 peças por m2. - Medidas:

41x24 cm - Peso Médio:

2,5 Kg por peça.

- Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. O ideal é variar de 30% a 45%.

2.2. 9.TELHA COLONIAL

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21 O próprio nome explica sua origem. Telha de canal profundo, com ótima vazão de águas pluviais, composto por duas partes iguais separadas, denominadas: capas e bicas.

Design simples, encaixes tolerantes, aceita tranquilamente qualquer tipo de mão de obra, mesmo sem qualquer especialização.

Especificações Técnicas:

- Cobertura:

24 peças por m2. - Medidas:

48cm x 20cm x 15cm (comprimento x largura ponta sup. x largura ponta inf.).

- Peso Médio:

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22 2,50 Kg por peça.

60 Kg por m2. - Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. Mínimo de 35%.

2.2.10.TELHA PLAN:

A telha de cerâmica modelo plan apresenta design simples e enxuto, facilitando o encaixa sobre o ripamento, diminuindo assim o tempo da obra. Além disso, proporciona um ótimo isolamento térmico. Esse tipo de telha caracteriza- se por apresentar a capa com largura ligeiramente inferior ao canal, que apresenta forma reta, também é conhecida como Colonial Quadrada.

- Cobertura:

26 peças por m2.

- Medidas:

48x16 cm - Peso Médio:

2,3 Kg por peça.

- Inclinação:

Variável de acordo com a extensão do pano. Mínima de 35%

2.2.11.TELHA CUMEEIRA

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23 Para instalação das cumeeiras é conveniente planejar previamente a colocação das mesmas, a fim de evitar cortes e obter o melhor acabamento estético. A cumeeira deve ser assentada com argamassa de cimento, porém, recomenda-se colocar as cumeeiras ainda sem argamassa na sua posição definitiva para conferir a correta distribuição das mesmas.

É muito importante que no emboço da cumeeira a argamassa utilizada fique protegida pela mesma (a argamassa não deve ficar exposta aos agentes atmosféricos, como sol e chuva).

Na construção de linhas de cumeeira é necessário colocar as peças de maneira que se assegure a proteção contra chuvas e ventos fortes. É fundamental manter o alinhamento da linha de cumeeira, e elas devem ser sobrepostas em no mínimo 7cm.

2.2.12.Telhas esmaltadas:

O grande avanço tecnológico dos sistemas poliéster, permitiu que vários modelos de telhas de barro pudessem receber um tratamento especial nas mais diversas cores, que são as telhas esmaltadas.

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24 Esse tratamento traz pontos negativos e positivos em relação à eficiência da telha.

Sugerimos fazer link ao seguinte site e visualizar o post “ Aplicação de tinta e/ou líquidos impermeabilizantes sobre as telhas - vantagens e desvantagens.”:

http://lavatelhas.blogspot.com.br/

2.3. TELHADO VERDE

Telhado verde, cobertura verde ou jardim suspenso é um sistema construtivo que consiste em uma cobertura vegetal feita com grama ou plantas e pode ser instalada em lajes ou sobre telhados convencionais e proporcionam conforto térmico e acústico nos ambientes internos. Através da impermeabilização e drenagem da cobertura dos edifícios, cria-se condições para a execução do telhado verde.

Ceotto (2006) destaca dados importantes sobre o impacto da construção civil no meio ambiente: “a construção e reforma dos edifícios produzem anualmente perto de 400 kg por habitante, volume quase igual ao do lixo urbano”, referindo-se aos resíduos gerados pela população.

Para minimizar esses efeitos e compensar o meio ambiente o telhado verde é uma solução eficiente que está sendo adotada em muitas partes do mundo, principalmente na Europa, como um meio de minimizar os impactos impostos pela impermeabilização das grandes cidades.

Na construção de telhados verdes há a necessidade do cálculo estrutural, pois embora o sistema seja considerado leve ainda existe uma sobrecarga na estrutura, da impermeabilização da laje e de um sistema de drenagem adequado.

Os jardins suspensos ajudam a reduzir a temperatura interna dos ambientes, fazendo com que haja maior economia. Sobre o tipo de vegetação, dá-se preferência a plantas locais mais resistentes à chuva e à estiagem e que exijam pouca rega e poda.

Plantas de porte baixo e crescimento lento também podem facilitar a manutenção, que é parecida com a de um jardim comum.

O telhado verde é composto por 5 camadas, conforme descritas na figura a seguir:

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25 Os tipos de telhados verdes dependem do tipo de laje na qual serão instalados, que podem ser extensivas, intensivas e semi-intensivas.

Vantagens do telhado verde:

- Criação de novas áreas verdes, principalmente em regiões de alta urbanização;

- Diminuição da poluição ambiental;

- Ampliação do conforto acústico no edifício que recebe o telhado verde;

- Melhorias nas condições térmicas internas do edifício;

- Aumento da umidade relativa do ar nas áreas próximas ao telhado verde;

- Melhora o aspecto visual, através do paisagismo, da edificação.

Desvantagens do telhado verde:

- Custo de implantação do sistema e sua devida manutenção;

- Caso o sistema não seja aplicado de forma correta, pode gerar infiltração de água e umidade dentro do edifício.

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26 2.4. COBERTURAS COM MEMBRANAS

Desde a pré-história, as estruturas de membrana estiveram presentes como uma opção construtiva. Vestígios de construções com ossos, madeiras e peles foram encontrados em escavações arqueológicas, o que nos mostra que é de fato algo antigo.

Apesar disso, somente no século XX este tipo de cobertura vai ter uma melhoria em sua tecnologia construtiva (com o desenvolvimento de materiais mais resistentes), alcançando níveis aceitáveis de resistência, durabilidade e estabilidade. Isso faz com que as estruturas tensionadas passem de pequenas estruturas a mega-estruturas, que é o caso do aeroporto de Denver, que além de ser grande, é um exemplo de estrutura de membrana permanente.

Damos o nome de “coberturas tensionadas” às estruturas compostas por membranas, nas quais atuam somente esforços normais de tração. Como as membranas apresentam uma espessura muito fina, elas não apresentam resistência aos esforços de flexão ou compressão.

Uma das vantagens de se usar uma estrutura tensionada de membrana é que ela cobrir grandes vãos sem muitos apoios intermediários. Além disso, há uma certa facilidade em se desmontar e se reciclar essas estruturas. Também é possível trazer o uso de uma iluminação natural através de membranas translúcidas. As membranas também se apresentam como elementos muito leves que podem variar a forma e a geometria, sendo um material muito flexível, ideal para um uso amplo que respeite os princípios projetivos. Possuem um custo relativamente elevado, mas pela sua praticidade em dobrar, desmontar e transportar, são muito vantajosas para determinados casos.

Encontramos grande utilização de estruturas tensionadas para o sombreamento e proteção de grandes espaços abertos ao ar livre, na cobertura de estádios esportivos, em abrigos para eventos temporários (como na SEPEX da UFSC), construções permanentes de grande porte (aeroportos, estações, hangares), decorações internas de shoppings e festas.

Podemos classificar as estruturas tensionadas em três grupos principais:

- Estruturas tensionadas de membrana

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27 Estruturas tensionadas de membrana. Pela própria forma, membranas delgadas e flexíveis auxiliam na aplicação da tração, e agem simultaneamente como estrutura e cobertura.

- Estruturas de membrana protendida por cabos. Neste caso uma malha estrutural ajuda nos esforços de tração, suportando e transmitindo as forças da parte não estrutural dos elementos de cobertura, que atuam separados, como as lâminas de vidro, acrílico, placas de madeira, ou materiais semelhantes.

- Estruturas pneumáticas. Neste caso a membrana mantém sua forma é sustentada pela pressão interna. Dividem-se em membranas infláveis e membranas suportadas pelo ar.

Alguns exemplos não somente usados como coberturas: bolhas de sabão, bola de futebol, balões de ar, dirigíveis.

Estruturas pneumáticas podem ser executadas de duas formas: através de um sistema de pressão interna ou pela utilização de membrana com parede dupla. O caso de um sistema de pressão interna apresenta algumas desvantagens, como um gasto muito maior de energia devido ao funcionamento do compressor. Além disso, a circulação interna do ar pode provocar certo desconforto às pessoas que estiverem usufruindo do espaço. As membranas de parede dupla já não apresentam esses problemas e são bastante flexíveis, apesar de possuírem um custo maior.

Estruturas tensionadas pelo mundo:

Aeroporto de Denver – CO (US)

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29 O aeroporto de Denver (Colorado – USA) foi projetado pelo escritório Fentress Bradburn Architects e calculado por Horst Berger. Coberto por membranas tensionadas de fibra de vidro revestida com PTFE, a estrutura remete às montanhas rochosas, cenário do próprio estado do Colorado. Para garantir o conforto térmico e acústico, foram instaladas paredes duplas de membrana com estruturas pneumáticas no interior, evitando assim as baixas temperaturas e os ruídos das aeronaves.

Domo do Milênio – Londres, Inglaterra

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Situado em Greenwich, o Domo do Milênio apresenta estrutura tensionada sustentada por cabos de aço, sendo semelhante a um prato invertido. Projeto de Richard Rogers.

Allianz Arena – München, Alemanha

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31 O estádio possui perto de 3000 painéis de ar feitos com o ETFE, insuflados com pressão constante de ar. O sistema é sustentado por 350 pequenas vigas ligadas à estrutura das

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32 paredes verticais em concreto armado. Especificamente, falando da cobertura, esta é formada por 48 vigas treliçadas metálicas posicionadas radialmente.

Olympiapark – München, Alemanha

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33 Também situado em Munique, o Olympia Park é uma referência para as estruturas tensionadas. Construído em 1972, projetado por Gunther Behnisch e Frei Otto.

2.5. COBERTURAS TIPO CASCA

A estrutura em casca é um tipo de estrutura laminar cuja sua superfície média não é plana. Podemos defini-la como um elemento superficial com curvas, em que o carregamento pode se apresentar ao longo, normal ou inclinado à superfície. O mais comum que encontramos são as cascas cilíndricas e as abóbadas. Por serem curvos, sempre estão próximos do comportamento dos arcos, sendo resistentes à compressão. Reagem às cargas distribuídas através de esforços solicitantes predominantemente de tração e compressão. Geralmente encontramos cascas em concreto armado.

Estruturas em casca pelo mundo:

Igreja São Francisco de Assis – Belo Horizonte (MG)

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35 Planetário da UFSC – Florianópolis (SC)

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36 Pantheon – Roma, Itália

Anfiteatro da Universidade de Urbana, IL (USA)

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38 Ópera de Sydney – Austrália

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40 3. MATERIAIS ALTERNATIVOS

Telhas feitas com garrafa pet.

O uso de garrafas PET em tapetes, bases de pufes, luminárias e sistemas de aquecimento solar já é conhecido. Pois no segmento de materiais de construção, o tal polietieleno tereftalato também vem ganhando destaque. Em Manaus, o engenheiro eletrônico Luiz Antônio Pereira Formariz começou a investir na resina, tradicionalmente usadas em embalagens de refrigerante e água mineral, para fazer telhas. Assim, fundou a empresa Telhas Leve. O custo do metro quadrado do produto é de R$ 39, duas vezes mais alto que o da telha convencional de barro, que gira em torno de R$ 19. Mas, de acordo com Formariz, devido à sua leveza, o gasto com a estrutura do telhado custa R$

15, um quarto do preço da tradicional, que é de R$ 70 em média. As telhas de PET podem ainda ser encontradas em diferentes cores, como azul, amarela e vermelha. A marrom-cerâmica reproduz fielmente o tom das peças de barro. E a durabilidade do produto pode ser até cinco vezes maior. Além disso, Formariz destaca a importância que o produto traz ao meio ambiente.

“Hoje em dia, devido a popularização do consumo de refrigerantes embalados em garrafas de PET, a telha plástica tornou-se também uma grave ameaça ao meio ambiente, pois, após o consumo do conteúdo dessas garrafas, elas se transformam em lixo, causando poluições que afetam drasticamente o meio ambiente. Com a reciclagem do PET, existe a possibilidade de controlar esse problema, pois o material poderá ser transformado em outros produtos de grande utilidade e necessidades básicas para as pessoas”, explica o engenheiro.

A coleta das garrafas PET é feita por cooperativas e associações de catadores de lixo. A reciclagem do material, segundo o engenheiro, além de poder contribuir para uma possível fonte de renda para famílias pobres ou desempregadas, reduz os de custos de fabricação dos produtos. Por ser um material que depende apenas de coleta, reciclagem, e dos devidos tratamentos de preparação, o plástico implica num preço um pouco menor do que se fosse comprado novo.

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41 4. REFERÊNCIAS

DI PIETRO, João. Eduardo. Análise Qualitativa das Estruturas. Departamento de Arquitetura e Urbanismo, UFSC, Florianópolis, 2000 (apostila).

LAJOTEIRO. Disponível em http://www.lajoteiro.com.br/telha-francesa/ Acesso em 20/11/2013.

JOTA, Fabiano de Oliveira; PORTO, Cláudia Estrela. "A Evolução das Membranas".SILKA.

Disponível em: http://bra.sika.com/pt/solutions_products/02/02a015.html Acesso em 29/11/2013.

WEBER. Disponível em: http://www.weber.com.br/impermeabilizar-e-tratar-umidade/o-guia- weber/solucoes-construtivas/impermeabilizar-e-eliminar-umidades/como-impermeabilizar- lajes-de-coberturas.html Acesso em 02/12/2013.

ARQ UFMG. Disponível em

http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/19_arquitetos_familia/ideias/impermeabilizacao_de_laje s.pdf Acesso em 05/12/2013.

http://monteirotelhas.com.br/telhas.html

http://www.totaltelhas.com/produtos/telha-esmaltada http://www.cecc.eng.ufmg.br/trabalhos/pg2/73.pdf http://www.civil.ist.utl.pt/~joaof/tc-

cor/19%20Revestimentos%20de%20coberturas%20inclinadas%20-

%2019%C2%AA%20e%2020%C2%AA%20aulas%20te%C3%B3ricas%20-%20COR.pdf http://www.lajoteiro.com.br/telha-francesa/

http://lavatelhas.blogspot.com.br/ fazer link telha esmaltada desvantagens de.wikipedia.org

www.commons.wikimedia.org www.allianz-arena.de -

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42 www.pt.wikiarquitectura.com -

www.insideevs.com

www.topsecretwriters.com www.commons.wikimedia.org sinaisreais.blogspot.com www.techne.pini.com.br

http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/169/artigo286820-1.aspx

www.metalica.com.br/tensoestrutura-cobertura-de-estruturas-de-membrana-tensionada http://telhasepedras1464.blogspot.com.br/2012/12/tipos-de-telhas.html

casa.abril.com.br/materia/29-modelos-de-telhas-de-varios-tipos-de-materiais#14

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Referências

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