Dossiê Mulher. Organizadores: Ten. Cel. PM Mário Sérgio de Brito Duarte Ten. Cel. PM Robson Rodrigues da Silva Andréia Soares Pinto

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Dossiê Mulher

2 Organizadores:

Ten. Cel. PM Mário Sérgio de Brito Duarte Ten. Cel. PM Robson Rodrigues da Silva

Andréia Soares Pinto

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Dossiê Mulher

Sérgio Cabral Filho Governador

Dr. José Mariano Beltrame

Secretário de Estado de Segurança Ten. Cel. PM Mário Sérgio de Brito Duarte Diretor-Presidente do ISP

Como citar este relatório:

DUARTE, Mário Sérgio de B. & PINTO, Andréia Soares

Dossiê Mulher. Arquivo disponível em www.isp.rj.gov.br, Rio de Janeiro: ISP, 2008

Contatos:

isp@isp.rj.gov.br www.isp.rj.gov.br Organizadores:

Ten. Cel. PM Mário Sérgio de Brito Duarte Ten. Cel. PM Robson Rodrigues da Silva Andréia Soares Pinto

Equipe:

Adeline Rosette Emmanuel Rapizo

Leonardo de Carvalho Silva Renato Coelho Dirk

Thatiane C. Coelho Bittencourt

Assessoria de Comunicação:

Renata Sá Fortes Leitão de Oliveira Carolina Boechat

Débora Agualuza

Assessoria de Informática:

José Renato Biral Belarmino Diagramação:

Kelson Moreira

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Sumário

Apresentação ... 04

Notas Metodológicas ... 05

Delitos contra a Mulher ... 06

Ameaça ... 07

Ameaça - Lei 11.340/06 ... 13

Atentado Violento ao Pudor (AVP) ... 15

Estupro ... 21

Homicídio Doloso ... 27

Lesão Corporal Dolosa ... 33

Lesão Corporal Dolosa - Violência Doméstica ... 39

Conclusão ... 44

Delegacias de Atendimento à Mulher ... 45

Relação de Áreas Integradas de Segurança Pública ... 46

Mapa das AISP - Estado do Rio de Janeiro ... 50

Mapa das AISP - Município do Rio de Janeiro ... 51

Circunscrição das DEAM - Estado do Rio de Janeiro ... 52

Circunscrição das DEAM - Município do Rio de Janeiro ... 53

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E

sta nova versão do Dossiê Mulher apresenta as informações consolidadas sobre a violência contra a mulher no estado do Rio de Janeiro, para o ano de 2007. Em agosto de 2007 uma versão com dados parciais traçou um panorama dos sete primeiros meses do ano, além dos dados completos de 2006.

A iniciativa do Instituto de Segurança Pública em abordar o tema da violência contra a mulher divulgando os dados ofi ciais do Estado teve início em 2005, com análises referentes aos anos de 2004 e 2005. A partir daí foram feitas atualizações periódicas desses dados em caráter anual, seguindo, primeiramente, as diretrizes da Secretaria de Estado de Segurança - SESEG, em incentivar uma política de transparência e de qualidade dos dados sobre segurança pública no Estado e, posteriormente, a lei estadual 4.785, publicada em junho de 2006, referente à elaboração e divulgação de estatísticas sobre a violência contra a mulher.

Tais medidas corroboram cada vez mais para a continuidade e valorização deste trabalho.

A apresentação desse estudo, no entanto, não se limita a uma simples análise quantitativa das vítimas, mas também em sua evolução no decorrer dos anos com os desdobramentos legais e implementação de políticas públicas específi cas à população feminina. Um exemplo deste tipo de análise é a especifi cação adotada para os casos de ameaça provenientes de violência doméstica ou familiar sob o título “Ameaça - Lei 11.340/06”, que é abordada de forma detalhada neste trabalho, assim como já acontece com o delito lesão corporal dolosa proveniente de violência doméstica. Tais detalhamentos demonstram

a maior atenção dispendida aos casos de violência doméstica e ao tratamento diferenciado dado a este tipo de ocorrência no momento do registro nas delegacias, tanto nas especializadas (DEAM) quanto nas tradicionais. Assim, o que era tratado e entitulado como um delito comum a ambos os sexos, passa agora a compor um universo mais restrito, onde as mulheres são as principais vítimas.

Como salienta a Drª. Lana Lage em seu texto de introdução na última versão desse estudo: “a publicação desses dados se reveste de um caráter particular nesse momento em que uma nova lei – a Lei 11.340/2006 ou Lei Maria da Penha – foi recentemente publicada com o objetivo de corrigir a banalização [da] violência contra a mulher”. Com a Lei Maria da Penha, tais delitos deixam de ser considerados de menor potencial ofensivo (com pena máxima não superior a dois anos, cujas penas se revertiam, geralmente, no pagamento de cestas básicas), e passam a integrar delitos do Código Penal, sob a competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, criados com a função de processar e julgar tais crimes.

Neste sentido, a publicação do Dossiê Mulher desempenha importante papel informativo e analítico não só da violência infringida às mulheres no estado do Rio de Janeiro, mas também das mudanças ocorridas com a implementação de leis e políticas de prevenção e do maior rigor na aplicação das penas. O Dossiê, dessa forma, ajuda no mapeamento da violência contra a mulher no estado do Rio de Janeiro, facilitando políticas públicas mais efi cientes de repressão aos crimes contra a mulher.

Apresentação

ANDRÉIA SOARES PINTO Gerente de Pesquisa do Instituto de Segurança Pública

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Notas Metodológicas

A

s informações divulgadas neste estudo têm como fonte os registros de ocorrência das Delegacias de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, compilados, a partir de 2005, pelo Grupo Executivo do Programa Delegacia Legal através do Sistema de Controle Operacional (SCO).

Este estudo tem como objetivo traçar um diagnóstico dos principais crimes relacionados à violência contra a mulher.

Para tanto, foram selecionados quatro títulos relacionados a crimes contra a pessoa e crimes contra os costumes, que acreditamos melhor ilustrar os tipos de violência dos quais as mulheres são vítimas mais freqüentemente, e o homicídio doloso por ser o mais grave crime contra a pessoa. Os títulos selecionados foram: estupro, atentado violento ao pudor, ameaça e lesão corporal dolosa. O ano de referência deste estudo é 2007.

A análise dos dados leva em consideração o número total de vítimas ao invés do número de registros, o que pode representar um número maior que o total de ocorrências registradas, já que uma mesma ocorrência (ou RO) pode apresentar mais de uma vítima.

O Dossiê Mulher apresenta a série histórica de cada delito analisado, mostrando sua evolução anual e, num segundo momento, faz uma análise estratifi cada por sexo das vítimas, mostrando o percentual total de homens e mulheres atingidos por esses crimes, com exceção do crime de estupro, constituído exclusivamente por vítimas do sexo feminino (Art. 123 do Código Penal). Além disso, procurou-se dar enfoque a aspectos específi cos presentes nos crimes contra vítimas do sexo feminino, tais como: idade, cor, estado civil, provável relação entre autor/acusado e vítima.

Desse modo, tais informações permitiram traçar um perfi l das mulheres vítimas.

Os dados também foram estratifi cados segundo as AISP

- Áreas Integradas de Segurança Pública, possibilitando um olhar sobre locais que concentraram os maiores números de vítimas. Para uma análise complementar, nesta nova edição do Dossiê Mulher com dados de 2007, foram apresentados também os totais de mulheres vítimas por AISP no ano anterior, o que permite observar a evolução de cada AISP em relação aos delitos observados.

De forma ainda mais específica, foram produzidos também mapas temáticos mostrando a freqüência de ocorrências segundo as circunscrições das Delegacias de Polícia (DP). A relação das AISP discriminadas por delegacias, bairros e municípios é apresentada em anexo para consultas.

Por fi m, vale a pena ressaltar que o esforço em trabalhar tais dados com recortes cada vez mais específi cos tem limitações com relação à qualidade das informações, devido ao percentual signifi cativo de casos com ausência de dados (variáveis com campos em branco). Em relação ao homicídio doloso, por exemplo, a falta de dados está relacionada ao momento do registro, quando, na maioria das vezes, não é possível obter informações como idade, escolaridade ou estado civil da vítima e autoria do crime. Por outro lado, observa-se em alguns casos que a ‘não informação’ diz respeito a uma perda na qualidade da mesma, como por exemplo, o aumento do percentual ‘não informação’ no total de vítimas por sexo em todos os delitos observados, a partir do ano de 2004.

A iniciativa do ISP em abordar o tema da violência contra a mulher divulgando os dados ofi ciais do Estado teve início em 2005 com análises referentes aos anos de 2004 e 2005.

A atualização desses dados dá continuidade à política de transparência e a qualidade dos dados adotada pela Secretaria de Estado de Segurança Rio de Janeiro.

ANDRÉIA SOARES PINTO Gerente de Pesquisa do Instituto de Segurança Pública

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Gráfi co 1 - Mulheres Vítimas de Atentado Violento ao Pudor, Ameaça e Lesão Corporal Dolosa, em relação ao Total de Vítinas do Estado do Rio de Janeiro - 2002 a 2007 (valores percentuais)

Delitos contra a Mulher

Tabela 1 - Vítimas de Atentado Violento ao Pudor, Ameaça e Lesão Corporal Dolosa

Total de Vítimas e Percentual de Mulheres Vítimas no Estado do Rio de Janeiro - 2007 (valores absolutos)

Fonte: GEPDLBL

No ano de 2007 foram contabilizadas 1.846 vítimas de atentado violento ao pudor (AVP), 62.606 vítimas de ameça e 73.908 vítimas de lesão corporal dolosa. Destes totais, os percentuais de mulheres vítimas foram, respectivamente, 70,7%, 62,4% e 61,6%, ou seja, mais da metade das vítimas desses três de delitos eram mulheres.

Observando os percentuais de mulheres vítimas, nos três delitos analisados, no período de 2002 a 2007, constata-se que em 2007 houve aumento quanto a participação de mulheres vítimas nos seus totais. No entanto, entre 2005 e 2006, este mesmo percentual para lesão corporal dolosa havia apresentado queda signifi cativa, passando de 63,4% para 58,0%.

Já entre mulheres vítimas de AVP, a tendência de queda foi constatada desde 2002. O delito ameaça manteve-se estável no intervalo desses seis últimos anos para as vítimas do sexo feminino, fi cando entre os 62,0% e 63,0%, com poucas variações.

Delito Total de Vítimas % de Mulheres Vítimas

Atentado Violento ao Pudor 1.846 70,7

Ameaça 62.606 62,4

Lesão Corporal Dolosa 73.908 61,6

Fonte: ASPLAN E GEPDLBL

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

AVP 72,4 72,4 72,1 68,9 66,2 70,7

Lesão Dolosa 62,8 61,5 61,5 63,4 58,0 61,6

Ameaça 63,1 62,4 62,6 62,3 61,2 62,4

2002 2003 2004 2005 2006 2007

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Ameaça

Quadro 1 - Série Histórica de Ameaça no Estado do Rio de Janeiro Valores Absolutos e Taxa Anual por 100 mil habitantes

Segundo a Lei 11.340/2006, a ameaça é entendida como uma forma de violência psicológica, como uma conduta que tente causar dano emocional, diminuição da auto-estima, prejuízo e perturbação do pleno desenvolvimento, ou que vise degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e decisões de um indivíduo.

A ameaça é considerada, em muitos casos de violência contra a mulher, como a primeira forma de agressão, podendo ser sucedida pela agressão física.

Sendo assim, o delito ameaça torna-se um importante instrumento de medida para analisar a atitude por parte das vítimas em buscar ajuda antes que as ameaças sofridas tornem-se violências físicas.

Em 2007, o total de vítimas de ameaça no estado do Rio de Janeiro foi de 62.606, o que representou um aumento de 806 vítimas (mais 1,3%) com relação ao ano anterior, como demonstra o Quadro 1.

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Taxa

Anual 1999 3.021 2.951 3.383 3.016 2.930 3.056 3.094 3.073 3.301 3.428 3.553 3.532 38.338 274,7 2000 3.334 4.143 4.033 3.896 3.822 3.688 3.803 4.482 4.233 5.107 4.332 4.343 49.216 346,5 2001 4.714 4.338 5.226 4.971 4.642 4.659 4.565 4.835 4.895 5.437 4.852 4.989 58.123 402,2 2002 5.370 4.819 5.326 5.652 5.697 5.004 4.998 5.763 5.296 6.525 5.984 5.797 66.231 450,5 2003 6.127 6.047 5.793 5.626 5.436 5.666 5.571 5.288 5.825 5.704 6.042 6.347 69.472 464,4 2004 6.270 5.156 5.887 5.443 5.443 5.028 4.979 5.414 5.465 5.307 5.366 5.585 65.343 429,3 2005 5.920 4.768 5.885 5.808 5.404 5.280 4.872 5.894 5.010 5.713 5.157 5.210 64.921 419,2 2006 6.001 5.595 5.580 5.106 4.950 5.007 4.850 5.463 5.075 5.122 4.572 4.479 61.800 392,2 2007 5.359 5.048 5.978 5.385 4.754 4.788 4.880 5.080 5.349 5.567 5.109 5.309 62.606 400,4

536.050 Total Geral

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O percentual entre homens e mulheres vítimas de ameaça, entretanto, não foi alterou nos seis últimos anos. Em 2007, dentre as vítimas de ameaça registradas, 62,4% pertenciam ao sexo feminino. Comparado a 2002 a diferença foi de apenas menos 0,7%, como se observa no Gráfi co 2. Observa-se também que, o percentual de “não informado” aumentou de 1,6%, em 2002, para 4,7% em 2007.

Gráfi co 2 - Vítimas de Ameaça por Sexo

no Estado do Rio de Janeiro - 2002 a 2007 (valores percentuais)

Gráfi co 3 - Mulheres Vítimas de Ameaça no Estado do Rio de Janeiro - 2002 a 2007 (valores absolutos e diferenças percentuais)

Assim, o delito de ameaça no Rio de Janeiro tem as mulheres como principais vítimas. O Gráfi co 3 demonstra a progressão do total de mulheres vítimas de ameaça entre 2002 e 2007.

35,2 35,7 35,1 34,0 33,3 32,9

63,1 62,4 62,6 62,3 61,2 62,4

1,6 1,9 2,3 3,7 5,5 4,7

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0

2002 2003 2004 2005 2006 2007

Homem Mulher Não informado

41.803 43.345

40.910 40.465

37.847 39.038

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007

-5,6%

-1,1%

-6,5%

3,7%

3,1%

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Quadro 2 - Ranking de AISP segundo Número de Mulheres Vítimas de Ameaça

no Estado do Rio de Janeiro - 2006

Entre 2006 e 2007, o número de mulheres vítimas de ameaça teve um aumento de 3,1%, após um intervalo de três anos (2003 a 2006) apresentando tendência de queda. A diferença percentual entre 2003, ano com maior número de mulheres vítimas nos seis últimos anos, e 2007, foi de menos 9,9%.

Os quadros acima traz a relação de AISP (Áreas Integradas de Segurança Pública), ordenadas de forma decrescente pelo número de vítimas de ameaça do sexo feminino no ano de 2006 e 2007. As AISP destacadas em azul representam as áreas que contam com Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher - DEAM. Observa-se que, em 2007, dentre as dez AISP com maiores números de mulheres vítimas de ameaça, seis referem-se a áreas onde a DEAM está localizada fi sicamente.

As AISP 20 e 07 mantiveram os maiores totais nos dois últimos anos. A AISP 20 abrange os municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, e a AISP 7 se refere ao município de São Gonçalo. A AISP 15, que abrange o município de Duque de Caxias, registrou um aumento de 570 vítimas de ameaça em 2007, número que representa um aumento de aproximadamente 30%, se comparado com o ano anterior.

Acredita-se, assim, que as constantes campanhas de esclarecimento e apoio às mulheres vítimas de violência têm incentivado a procura pelas Delegacias Especializadas para registrarem esses delitos.

Fonte: GEPDLBL

Quadro 3 - Ranking de AISP segundo Número de Mulheres Vítimas de Ameaça

Fonte: GEPDLBL

1º lugar AISP20 2897 2º lugar AISP07 2657 3º lugar AISP09 2135 4º lugar AISP39 2044 5º lugar AISP12 2000 6º lugar AISP15 1884 7º lugar AISP25 1436 8º lugar AISP14 1398 9º lugar AISP08 1328 10º lugar AISP24 1275 11º lugar AISP18 1233 12º lugar AISP28 1187 13º lugar AISP11 1118 14º lugar AISP03 1023 15º lugar AISP21 1014 16º lugar AISP27 1014 17º lugar AISP10 1009 18º lugar AISP40 919 19º lugar AISP32 867 20º lugar AISP35 820

21º lugar AISP33 778 22º lugar AISP16 749 23º lugar AISP31 660 24º lugar AISP06 599 25º lugar AISP38 587 26º lugar AISP34 586 27º lugar AISP37 573 28º lugar AISP30 464 29º lugar AISP02 387 30º lugar AISP29 350 31º lugar AISP22 348 32º lugar AISP19 341 33º lugar AISP36 332 34º lugar AISP26 327 35º lugar AISP17 299 36º lugar AISP01 296 37º lugar AISP23 268 38º lugar AISP05 262 39º lugar AISP13 251 40º lugar AISP04 132 Total 37.847

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Mapa 1 - Número de Mulheres Vítimas de Ameaça segundo Circunscrições das Delegacias de Polícia Civil Município do Rio de Janeiro - 2007 (valores absolutos)

O Mapa 1 traz a distribuição do número de mulheres vítimas de ameaça no município do Rio de Janeiro, segundo a circunscrição (área de abrangência) da Delegacia onde ocorreu o fato. Observa-se maior número de vítimas na área da 35^a DP, que abrange os bairros de Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Santíssimo e Senador Vasconcelos, pertencente à AISP 39 (ver relação de delegacias, municípios, bairro e AISP no anexo “Relação de AISP”). Em seguida, vem a área da 36^a DP (AISP 27), que abrange os bairros de Paciência, Santa Cruz e Sepetiba. As duas áreas contam com Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM) em suas circunscrições. Através do mapa 1 pode-se dizer que, a zona Oeste é a região que concentrou o maior número de mulheres vítimas de ameaça em toda a Capital do Rio de Janeiro, no ano de 2007.

Fonte: GEPDLBL

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Mapa 2 - Número de Mulheres Vítimas de Ameaça segundo Circunscrições das Delegacias de Polícia Estado do Rio de Janeiro - 2007 (valores absolutos)

Com relação ao restante do Estado, representado no Mapa 2, nota-se que a área de circunscrição da 59ª DP, correspondente aos bairros do centro do município de Duque de Caxias, é a que apresenta o maior número de vítimas de ameaça registrado. Em seguida estão as circunscrições das 52ª DP (bairros do Centro de Nova Iguaçu), 54ª DP (município de Belford Roxo), 64ª DP (município de São João do Meriti) e 72ª DP (bairro do Centro em São Gonçalo). Dentre as áreas destacadas acima, a única que não possui DEAM é a pertencente ao município de São João do Meriti.

Fonte: GEPDLBL

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Per fi l das Vítimas

Gráfi co 4 - Perfi l de Mulheres Vítimas de Ameaça no Estado do Rio de Janeiro - 2007 (valores percentuais)

Segundo o perfi l das mulheres vítimas de ameaça, observa-se que 56,9% tinham idade entre 25 a 44 anos, sendo que 32,6% do total de vítimas tinha entre 25 e 34 anos. Mais da metade das vítimas (51,1%) eram brancas e solteiras (50,5%).

Gráfi co 5 - Provável Relação entre Mulher Vítima e Acusado de Ameaça no Estado do Rio de Janeiro - 2007 (valores percentuais)

Quase a metade das mulheres vítimas de ameaça (46,1%) tinham como provável autor (acusado) o companheiro ou ex-companheiro e 10,3% sofreram ameaças de pessoas próximas (pais, padrastos e parentes).

Esses dados ajudam a visualizar melhor o contexto das acusações e a sinalizar para possíveis casos de violência doméstica, já que a maioria das ameaças foram praticadas por pessoas que tinham ou tiveram relações amorosas com as vítimas ou por parentes, que somam juntas 56,4%. Tal percentual aumenta se observarmos o total de prováveis autores conhecidos das vítimas, chegando a 70,7%, ou seja, a vítima é ameaçada, na maioria absoluta dos casos, por alguém próximo a ela.

Fonte: GEPDLBL Fonte: GEPDLBL

3,8 15,6

32,624,3 17,0

4,4 2,2

51,1 35,1

11,5 2,2

31,7 10,2

50,5

4,3 3,3 0 0,1

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

17anosoumenos 18-24anos 25-34anos 35-44anos 45-59anos 60anosoumais Seminformação Branca Parda Preta Outras Nãoinformado Casado(a)/Vivejunto Separado(a) Solteiro(a) Viúvo(a) Nãoinformado

N = 39.038 vítimas

46,1

9,0 14,3

9,8 13,3

6,1 0 1,3

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Ex-ou Companheiro Pais/Padrastos Parente Conhecido Outros Nenhuma Nãoinformado

N = 39.038 vítimas

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Do total de vítimas de ameaça registrado no ano de 2007 (62.606 vítimas), 25,9% (16.203 vítimas) foram classifi cadas de acordo com situações previstas na nova lei 11.340, chamada de “Lei Maria da Penha”, ou seja, em situações provenientes de violência familiar ou doméstica.

Ameaça - Lei 11.340/06

Em 2007, o título Ameaça passou a apresentar um detalhamento para destacar os casos referentes aos delitos previstos na Lei 11.340 de 2006, sobre a redução e prevenção da violência doméstica. Desta forma, assim como ocorre com o título Lesão Corporal Dolosa, apresenta-se, aqui, uma análise complementar sobre esta especifi cação dos registros de vítimas de ameaça.

Fonte: GEPDLBL

Gráfi co 6 - Percentual de Vítimas de Ameaça proveniente de Violência Doméstica, segundo o Total de Vítimas de Ameaça no Estado do Rio de Janeiro - 2007

Gráfi co 7 - Percentual de Mulheres Vítimas de Ameaça proveniente de Violência Doméstica segundo o Total de Mulheres Vítimas de Ameaça no Estado do Rio de Janeiro - 2007

Considerando somente o universo de mulheres vítimas de ameça (39.038 vítimas), observa-se que 38,6% destas (15.083 vítimas) sofreram violência familiar ou doméstica.

Fonte: GEPDLBL

74,1%

25,9%

Total de Vítimas de Ameaça por Outras Causas Total de Vitimas de Ameaça por Violência Doméstica N = 62.606 vítimas

61,4%

38,6%

Mulheres Vítimas de Ameaça por Outras Causas Mulheres Vitimas de Ameaça por Violência Doméstica N = 39.038

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Selecionando, agora, somente o universo de vítimas de ameaça proveniente de violência familiar ou doméstica em 2007, nota-se que, das 16.203 vítimas registradas, 93% eram do sexo feminino.

Gráfi co 8 - Percentual de Vítimas de Ameaça proveniente de Violência Doméstica por Sexo no Estado do Rio de Janeiro - 2007

Quadro 4 - Ranking de AISP segundo Número de Mulheres Vítimas de Ameaça Proveniente de Violência Familiar ou Doméstica no Estado do Rio de Janeiro - 2007

Dentre as Áreas Integradas de Segurança Pública com maior número de mulheres vítimas de ameaça - violência doméstica estão: a AISP 20 (circunscrição:

municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis), a AISP 07 (referente ao município de São Gonçalo), a AISP 15 (circunscrição: município de Duque de Caxias), a AISP 12 (circunscrição: municípios de Niterói e Maricá) e a AISP 39 (circunscrição Rio de Janeiro: bairros de Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Santíssimo, Senador Vasconcelos, B. de Guaratiba, Guaratiba e Pedra de Guaratiba). Dentre as dez AISP com maior número de vítimas em 2007, sete têm Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAM).

Fonte: GEPDLBL

3,9%

93,1%

3,0%

Homem Mulher Não Informado

Fonte: GEPDLBL

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Quadro 5 - Série Histórica de Atentado Violento ao Pudor no Estado do Rio de Janeiro (valores absolutos e taxa anual por 100 mil habitantes)

O ano de 2007 quando comparado ao de 2006 apresentou uma redução de 4,0% ou de menos 76 vítimas de atentado violento ao pudor. A média mensal alcançou o número de 154 vítimas, o que representa uma média diária de 5 vítimas.

Atentado Violento ao Pudor

O atentado violento ao pudor é um crime contra a liberdade sexual (Código Penal, capítulo I do título VI), pertencente à categoria de crimes contra os costumes. De acordo com a defi nição do Código Penal, o atentado violento ao pudor ocorre quando há o constrangimento de alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal (art.214). Assim como o estupro, a pena para este delito é de reclusão de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Taxa Anual

1991 35 31 36 27 53 36 35 36 50 46 43 45 473 3,7

1992 42 53 52 49 38 66 53 43 55 48 43 48 590 4,6

1993 71 56 57 37 46 50 62 59 48 49 39 44 618 4,7

1994 65 43 62 45 45 46 42 53 50 49 60 52 612 4,6

1995 55 37 51 39 53 59 71 60 56 53 50 52 636 4,8

1996 61 49 67 66 61 53 84 56 66 74 69 65 771 5,7

1997 63 57 78 100 73 62 45 56 72 72 77 79 834 6,1

1998 97 70 91 86 62 86 75 118 103 107 116 115 1.126 8,1

1999 138 112 141 118 113 100 94 119 132 114 116 128 1.425 10,0

2000 106 102 120 88 92 95 101 131 106 134 111 99 1.285 8,9

2001 160 125 152 127 120 152 131 133 164 178 187 141 1.770 12,1

2002 144 117 110 154 131 138 142 152 151 157 122 117 1.635 10,9

2003 149 121 152 131 123 110 115 119 135 126 139 140 1.560 10,3

2004 151 107 165 155 118 133 127 159 154 155 161 158 1.743 11,3

2005 204 153 199 181 185 165 140 178 219 198 173 154 2.149 13,7

2006 179 157 169 133 145 169 169 158 145 174 160 164 1.922 12,0

2007 179 136 157 133 131 135 154 149 164 169 182 157 1.846 11,7

20.995 Total Geral

(16)

Gráfi co 9 - Vítimas de Atentado Violento ao Pudor por Sexo no Estado do Rio de Janeiro - 2002 a 2007 (valores percentuais)

Em 2007, o número de mulheres vítimas de atentado violento ao pudor representou cerca de três quartos do total registrado, contabilizando 70,7% das vítimas.

Gráfi co 10 - Mulheres Vítimas de Atentado Violento ao Pudor

no Estado do Rio de Janeiro - 2002 a 2007 (valores absolutos e diferenças percentuais)

O ano de 2006 registrou uma queda de 208 mulheres vítimas de atentado violento ao pudor em relação ao ano de 2005. Isto representou uma queda percentual de 14,1%. Porém, o ano de 2007 registrou um aumento de 34 vítimas ou de 2,7%.

Fonte: ASPLAN E GEPDLBL Fonte: ASPLAN E GEPDLBL

26,8 26,5 24,3

19,8 21,8

19,1

72,4 72,4 72,1

68,9 66,2 70,7

0,9 1,1 3,6

11,4 12,0 10,2

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0

2002 2003 2004 2005 2006 2007

Homem Mulher Não informado

1.185 1.129

1.257

1.480

1.272 1.306

0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600

2002 2003 2004 2005 2006 2007

11,3%

17,7%

-14,1%

-4,7%

2,7%

(17)

Quadro 7 - Ranking de AISP segundo Número de Vítimas de Atentado Violento ao Pudor

As Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP) com maior número de vítimas de atentado violento ao pudor são:

a AISP 20 (circunscrição: Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis), a AISP 15 (circunscrição: Duque de Caxias) e a AISP 39 (circunscrição - Município do Rio de Janeiro: bairros de Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Santíssimo, Senador Vasconcelos, Barra de Guaratiba, Guaratiba e Pedra de Guaratiba). Porém, apesar de ocupar o primeiro lugar no ranking, a AISP 20 teve uma redução de 23 vítimas em 2007, quando comparado a 2006, o que representou uma queda de 18,3%.

Fonte: GEPDLBL

Quadro 6 - Ranking de AISP segundo Número de Vítimas de Atentado Violento ao Pudor

Fonte: GEPDLBL

21º lugar AISP37 27 22º lugar AISP26 23 23º lugar AISP11 21 24º lugar AISP16 19 25º lugar AISP31 19 26º lugar AISP38 17 27º lugar AISP34 15

28º lugar AISP01 13 29º lugar AISP04 13 30º lugar AISP06 12 31º lugar AISP05 11 32º lugar AISP29 11 33º lugar AISP23 10 34º lugar AISP30 8 35º lugar AISP13 8 36º lugar AISP22 6 37º lugar AISP02 6 38º lugar AISP36 6 39º lugar AISP19 5 40º lugar AISP17 5 Total 1.306

(18)

Mapa 3 - Mulheres Vítimas de Atentado Violento ao Pudor segundo Circunscrições das Delegacias de Polícia Município do Rio de Janeiro - 2007 (valores absolutos)

Com relação à distribuição por DP, observa-se que as áreas das 35ª e 36ª DP concentram os maiores números de mulheres vítimas de atentado violento ao pudor, em 2007, seguidas pelas 32ª DP (AISP 18) e 34ª DP (AISP 14).

Fonte: GEPDLBL

(19)

Mapa 4 - Mulheres Vítimas de Atentado Violento ao Pudor segundo Circunscrições das Delegacias de Polícia Estado do Rio de Janeiro - 2007 - (valores absolutos)

Com relação ao restante do Estado, representado no mapa 4, nota-se que as circunscrições da 59ª DP (bairros do centro do município de Duque de Caxias), da 54ª DP (município de Belford Roxo) e da 64ª DP (município de São João do Meriti) apresentaram o maior número de mulheres vítimas de atentado violento ao pudor em 2007. Em seguida vieram as áreas das 52ª e 58ª DP, referentes aos distritos do Centro, Posse, Austin, Miguel Couto, Vila Cava e Tinguá, pertencentes ao município de Nova Iguaçu; e a área da 93ª DP, referente ao município de Volta Redonda. Dentre as áreas destacadas acima, a única que não possui DEAM é a pertencente ao município de São João do Meriti.

Fonte: GEPDLBL

(20)

Per fi l das Vítimas

Gráfi co 11 - Perfi l de Mulheres Vítimas de Atentado Violento ao Pudor no Estado do Rio de Janeiro - 2007 (valores percentuais)

Gráfi co 12 - Provável Relação entre Vítima e Acusado de Atentado Violento ao Pudor no Estado do Rio de Janeiro - 2007 - (valores percentuais)

Nota-se também, que as vítimas conheciam os acusados (companheiros, ex-companheiros, pais/padrastos, parentes, conhecidos e outros tipos de relações) em 61,1% dos casos de atentado violento ao pudor. Em 28,6% dos casos a relação era de parentesco, ou seja, o acusado era pai/padrasto ou parente da vítima.

No ano de 2007, as vítimas mulheres de atentado violento ao pudor no estado do Rio de Janeiro eram, em sua maioria, de cor parda ou preta (53,6%) e solteiras (75,3%). Vale ressaltar o percentual de crianças vitimizadas com idade até 11 anos, que representaram 42,5%. Quando incorpora a faixa entre 12 e 17 anos, a percentagem sobe para 64,7%.

Fonte: GEPDLBL

Fonte: GEPDLBL 13,0

29,521,7

10,5 9,6

4,0 2,3 0,8 8,6 39,6

13,4

0,2 6,7 6,6 3,2 75,3

0,8 14,1 40,2

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

0-5anos 6-11anos 12-17anos 18-24anos 25-34anos 35-44anos 45-59anos 60anosoumais Seminformação Branca Parda Preta Outras Nãoinformado Casado(a)/Vivejunto Separado(a) Solteiro(a) Viúvo(a) Nãoinformado

N = 1.306 vítimas

6,4 10,2 13,6 12,5

28,5 18,4 10,5

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Ex-ou Companheiro Pais/Padrastos Parente Conhecido Outros Nenhuma Nãoinformado

N = 1.306 vítimas

(21)

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Taxa Anual

1991 62 80 73 71 78 86 69 78 104 77 75 99 952 7,4

1992 75 80 95 77 94 103 76 90 81 61 78 83 993 7,7

1993 97 109 79 103 81 78 83 88 62 91 79 76 1.026 7,8

1994 87 72 100 89 77 77 79 75 75 75 78 77 961 7,3

1995 87 78 104 82 83 81 107 89 96 104 91 91 1.093 8,2

1996 85 91 86 90 79 79 69 79 113 100 92 99 1.062 7,9

1997 113 108 98 121 102 83 116 98 104 113 112 119 1.287 9,4

1998 148 115 150 133 126 113 113 130 130 104 105 126 1.493 10,7

1999 131 150 164 124 117 144 139 110 145 102 124 121 1.571 11,1

2000 126 141 114 114 111 106 83 110 98 106 97 92 1.298 9,0

2001 101 116 148 123 115 131 98 128 97 129 105 92 1.383 9,4

2002 83 102 129 124 110 96 96 110 79 100 85 78 1.192 8,0

2003 96 100 84 84 66 88 73 86 82 84 93 81 1.017 6,7

2004 95 92 93 84 77 83 68 117 128 117 119 101 1.174 7,6

2005 130 107 118 108 120 117 106 118 137 133 94 128 1.416 9,0

2006 132 113 112 89 109 109 103 105 106 103 97 100 1.278 8,0

2007 134 92 132 116 126 120 84 111 128 116 107 110 1.376 8,7

20.572 Total Geral

Quadro 8 - Série Histórica de Estupro no Estado do Rio de Janeiro (valores absolutos e taxa anual por 100 mil habitantes)

Estupro

O estupro é um crime contra a liberdade sexual (capítulo I do título VI), pertencente à categoria de crimes contra os costumes. Segundo a defi nição do Código Penal, o estupro ocorre quando existe o constrangimento da mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça (art.123). A pena para este delito é de reclusão de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

Fonte: ASPLAN E GEPDL

O ano de 2007 registrou 1.376 vítimas de estupro no estado do Rio de Janeiro. Este número signifi ca um aumento de 7,7% ou de 98 vítimas em relação ao ano de 2006, e representa uma média mensal de 115 vítimas, alcançando, aproximadamente, 4 vítimas por dia. A cada 100 mil habitantes, 8,7 mulheres foram vitimizadas no ano de 2007.

Ocorrências que exigem exame de corpo de delito: Estupro / Atentado violento ao pudor

Após o registro da ocorrência em uma DEAM ou Delegacia Policial, a vítima deve ser encaminhada ao Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito, sendo orientada a não se tocar e não se lavar antes do exame pericial. Deve também ser orientada a, imediatamente após o exame, procurar um serviço de saúde para detectar possíveis doenças sexualmente transmissíveis (sífi lis, gonorréia, AIDS, hepatite e outras), bem como se prevenir de uma gravidez indesejada. Deve ainda ser orientada para procurar um Centro de Atendimento para receber apoio psicossocial e jurídico. A mulher deve ser informada que, se fi car grávida, estará amparada pela lei para procurar, se esse for o seu desejo, um serviço de abortamento em unidade pública de saúde autorizada a realizá-lo.

Informações relevantes

(22)

Gráfi co 13 - Vítimas de Estupro no Estado do Rio de Janeiro - 2002 a 2007 (valores absolutos e diferenças percentuais)

Depois de uma queda de 9,7% de vítimas de estupro em 2006, o ano de 2007 registrou aumento de 7,7%, apesar de não ser da mesma magnitude dos anos de 2004 e 2005.

No quadro a seguir observa-se o total de vítimas de estupro por AISP, nos anos de 2006 e 2007.

1.192

1.017

1.174

1.416

1.278 1.376

0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600

2002 2003 2004 2005 2006 2007

15,4%

20,6%

-9,7%

-14,7%

7,7%