É trabalho pioneiro.
Prestação de serviços com tradição de confiabilidade.
Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examina- doras em sua tarefa árdua de não cometer injustiças.
Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o es- tudante em seu processo de aprendizagem.
Selecionará 150 alunos para o curso de Administração de Empresas e 50 para o curso de Administração Pública, por meio de três provas: Raciocínio Matemático (peso 2 – duas horas), Português (peso 1 – uma hora) e Redação (peso 1 – uma hora e meia).
Em cada prova o candidato recebe uma nota de zero a dez. É desclassificado aquele que tem zero em qualquer das provas.
As notas são matematicamente padronizadas por prova.
A classificação final é feita da seguinte forma: (média aritmética das notas padronizadas da 1 ª fase) ⋅ 0,25 + (média ponderada das notas padronizadas da 2 ª fase) ⋅ 0,75.
ANGLO O RESOLVE
A PROVA
DA 2ª FASE
DA GV
Raciocínio Matemático
a) Uma urna contém 5 bolinhas numeradas de 1 a 5. Uma bolinha é sorteada, tem observado seu número, e é recolocada na urna. Em seguida, uma segunda bolinha é sorteada e tem observado seu número. Qual a probabilidade de que a soma dos números sorteados seja superior a 7?
b) Uma urna contém n bolinhas numeradas de 1 a n. Sorteando-se duas bolinhas sucessivamente com reposição, e observando-se os números do 1ºe do 2ºsorteio, quantos resultados são possíveis?
Qual seria a resposta se não houvesse reposição?
a) Do enunciado temos:
n(E) = 5 ⋅5 = 25 (espaço amostral) Evento A: soma maior que 7.
A = {(3, 5), (4, 4), (4, 5), (5, 3), (5, 4), (5, 5)}
n(A) = 6
Resposta:
b) Se sortearmos 2 bolinhas:
• com reposição: n ⋅n = n2 Resposta: n2
• sem reposição: n(n – 1) = n2– n Resposta: n2– n
Numa pequena ilha, há 100 pessoas que trabalham na única empresa ali existente. Seus salários (em moeda local) têm a seguinte distribuição de freqüências:
a) Qual a média dos salários das 100 pessoas?
b) Qual a variância dos salários? Qual o desvio padrão dos salários?
a) Indicando a média desses salários por s–, temos:
Resposta: $90,00
b)
Var(s) = 900($)2
O desvio padrão é dado por ; logo,σ= 30($) Resposta: Variância dos salários: 900,00 ($)2
Desvio padrão: 30,00($)
Um banco capta dinheiro de aplicadores, pagando a eles uma taxa anual de juros igual a i. O prazo das aplicações é de 1 ano.
O dinheiro captado é emprestado a empresas, por 1 ano, à taxa de 20% ao ano.
Sabe-se que o dinheiro captado é dado por C = 5000 ⋅i unidades monetárias.
σ= Var s( )
Var s( )= ( – ) + ( – ) + ( – )
+ +
30 90 50 60 90 100 10 90 150 30 60 10
2 2 2
s= + +
+ + =
⋅ ⋅ ⋅
30 50 60 100 10 150
30 60 10 90
Salários Freqüência
$50,00 30
$100,00 60
$150,00 10
6 25
∴ P A = n A = ( ) n E( )
( ) 6 25
QUESTÃO 01
QUESTÃO 02
QUESTÃO 03 RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
Desprezando-se outros custos:
a) Qual o lucro do banco, se a taxa i for igual a 5% ao ano?
b) Qual a taxa i que dá ao banco o máximo lucro?
O lucro é dado por:
L = 5000 ⋅i ⋅1,2 – 5000 ⋅i (1 + i) L = 5000 ⋅i ⋅[1,2 – (1 + i)]
L = 5000 ⋅i ⋅(0,2 – i)
a) Com i = 5%, temos L = 5000 ⋅0,05 ⋅(0,2 – 0,05) L = 37,50
Resposta: 37,50 unidades monetárias b) L = 5000 ⋅i (0,2 – i)
L = – 5000 i2+ 1000 i L é máximo para:
Resposta: 10%
a) Esboce o gráfico da função f(x) = x2– 3|x| + 2.
b) Qual o domínio da função f(x) = .
a) Com x 0, temos f(x) = x2– 3x + 2. Os zeros positivos de f são os números 1 e 2. O ponto de míni- mo de f, com x 0, é dado pelo ponto
Sendo f(x) = x2– 3|x| + 2, com x ∈IR, temos que f(–x) = f(x). Portanto, o gráfico de f é uma curva simétrica em relação ao eixo das ordenadas.
Resposta:
f (x)
2
x – 1 2
4 1
1 3 2
1 , –4
.
x
x x
– –
1 2 2 3 +1 i0 0 0 2
2 0 1
= + , = ,
QUESTÃO 04 RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
L
Lmáx
i0 0,2 i
0
f (x)
2
x 2
1
1 –1
–2
– 1 4 – 3
2 , –1
4 3 2, 0
b) Sendo f uma função real de variável real, devemos ter:
Como os zeros de 2x2– 3x + 1 são os números 1 e podemos escrever:
0 e x ≠1 2 x – 1 0 e x ≠1 x e x ≠1
Resposta: {x ∈IR / x e x ≠1}
a) Represente os pontos (x, y) do plano cartesiano que satisfazem a relação |3x – 2y| = 6
b) Qual a área da figura determinada pelos pontos (x, y) do plano cartesiano que satisfazem simul- taneamente as relações:
3x – 2y = 6 a) |3x – 2y| = 6 ou
3x – 2y = – 6 Representação gráfica:
Resposta:
b) Os pontos do plano cartesiano que satisfazem simul- taneamente as relações x2+ y29 e x + y 3 estão representados na figura pelo segmento circular som- breado.
A área pedida é
Resposta: 9 2 unidades de área 4
( – )π
9 2
4 ( – )π π⋅3 ⋅ ⋅
4 1 2 3 3
2
– ,ou seja, y 3
x – 2 2
– 3 0 y
3
x – 2 2
– 3 0
x y
x y
2 2 9
3 + +
1 2 1
2 1 2x –1
x
x x
– ( – ) ( – )
1
2 1 1 0
1 2, x
x x
– –
1
2 2 3 1 0
+
QUESTÃO 05
RESOLUÇÃO:
y 3
x 3 0
a) Resolva a equação log (x – 2) + log (x + 2) = 2 b) Quais as raízes da equação xlog x= 100 x?
a) Com x – 2 0 e x + 2 0, isto é, com x 2, temos:
log(x – 2) + log(x + 2) = 2 log[(x – 2) (x + 2)] = log 100 log(x2– 4) = log 100 x2– 4 = 100 x2= 104
x = ou x =
Com a condição x 2, temos x = . Resposta:
b) Com x 0 e log x = t (10t= x), temos:
xlog x= 100 x ⇔(10t)t= 102⋅10t 10t2= 102 + t
t2= 2 + t t2– t – 2 = 0
Resolvendo essa equação, obtemos:
t = 2 ou t = –1 t = 2 ⇒x = 102 t = –1 ⇒x = 10–1
Resposta: As raízes são 100 e
a) No plano cartesiano, qual o gráfico dos pontos (x, y) que satisfazem a relação x2– y2= 0?
b) No plano cartesiano, qual a equação da circunferência de raio 3, com centro pertencente à reta x – y = 0 e tangente à reta 3x + 4y = 0?
a) Da relação x2– y2= 0, temos que (x + y) ⋅(x – y) = 0, ou seja, x – y = 0 ou x + y = 0.
Essas equações representam, respectivamente, a bissetriz do 1ºe 3ºquadrantes e a bissetriz do 2ºe 4ºquadrantes.
Portanto o gráfico dos pontos (x, y) que satisfazem no plano a relação x2– y2= 0 é:
Resposta: y
0 x 45º 45º
y
0 x 45º 45º
45º 45º 1
10
{ }
2 262 26 – 2 26 2 26
QUESTÃO 06
QUESTÃO 07 RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
b) Do enunciado, temos a figura:
Como o centro C pertence à reta x – y = 0, devemos ter C (x, x).
A distância do ponto C(x, x) à reta 3x + 4y = 0 é igual a 3.
Assim, . Portanto |7x| = 15, ou seja, .
Logo, temos duas circunferências que satisfazem o enunciado, e suas equações são:
Resposta:
Um investidor aplicou R$ 5 000,00 a juros simples, à taxa de 40% ao ano.
a) Qual o montante, se o prazo da aplicação for de 5 meses?
b) Qual o gráfico do montante em função do prazo n da aplicação, expresso em trimestres?
a) Com juros simples, a taxa de 40% ao ano corresponde a isto é, no prazo de 5 meses.
Aplicando-se R$ 5 000,00 nessas condições, o montante é M = 5 000 + de 5 000.
∴ M = 5833,33 Resposta: R$ 5833,33
b) Com juros simples, a taxa de 40% ao ano corresponde a isto é, 10% ao trimestre.
Após n trimestres, o montante será M = 5 000 + n ⋅(10%) ⋅5 000 M = 5 000 + 500n (R$) Resposta:
No conjunto dos números complexos:
a) Resolva a equação z4= 1
b) Obtenha o número z, tal que z ⋅(1 + i) = 3 – i, onde i é a unidade imaginária.
a) (z2)2– 12= 0 (z2– 1) (z2+ 1) = 0 (z2– 12) (z2– i2) = 0
(z – 1) (z + 1) (z – i) (z + i) = 0 z = 1, ou z = –1, ou z = i, ou z = –i Resposta: S = {1, –1, i, –i}
M
0 1 n
5000 5500
1 4⋅40%,
50 3 % 50
3 % 5
12⋅40%,
x+ y e x y
+ +
=
+
15 = 7
15
7 9 15
7
15
7 9
2 2 2 2
– – .
x+ y e x y
+ +
=
+
15 = 7
15
7 9 15
7
15
7 9
2 2 2 2
– – .
x= – 15 ou x= 7
15 7
|3 4 |
3 4
2 2 3
⋅ + ⋅
+ =
x x
3 C
x – y = 0 3 x + 4 y = 0
QUESTÃO 08
QUESTÃO 09 RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
b)
Resposta: 1 – 2i
a) Para que valores de m, a equação na incógnita x, 2 sen x – 1 = 3 m admite solução?
b) Dois lados de um triângulo medem 10 cm cada um. Qual a medida do ângulo formado por esses lados, de modo que resulte em um triângulo de área máxima?
a) Temos que 2 sen x – 1 = 3 m, ou seja, sen x = Devemos ter: –1 sen x 1.
Assim, – 1 1, ou seja, – 2 3 m + 1 2.
Logo, –1 m Resposta: –1 m
b) Do enunciado, temos a figura onde αé a medida do ângulo formado pelos lados de medida 10 cm:
Sendo S a área do triângulo, temos que S = ⋅10 ⋅10 ⋅senα. Para que S seja máxima, devemos ter senα= 1. Portanto α= 90º.
Resposta: 90º
1 2
10 α 10
1 3 1 3
3 1
2 m+
3 1
2 m+ .
z i
= 2 4 2 –
z i i i
= 3 3 i + 1
2
2 2
– –
–
z i
i i
= i + ⋅ 3 1
1 1
– –
–
z i
= i + 3 1 –
QUESTÃO 10
RESOLUÇÃO:
Língua Portuguesa
Leia com atenção o texto abaixo. Depois, responda às perguntas a seguir.
Um cachorro de maus bofes acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.
Para que furtaria eu esse osso — ela — se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quan- to um pedaço de pau?
Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou levá-la aos tribunais.
E assim fez.
Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça. O gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para isso doze urubus de papo vazio.
Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com razões muito irmãs das do cordeirinho que o lobo em tempos comeu.
Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença:
Ou entrega o osso já e já, ou condenamos você à morte!
A ré tremeu: não havia escapatória!... Osso não tinha e não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia entregá-la em pagamento do que não furtara.
Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, reservou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes famintos, a título de custas…
(Monteiro Lobato. Fábulas e Histórias Diversas) Questões de 1 a 10, baseadas no texto.
O que significa de maus bofes, na primeira linha do texto?
Significa de má índole, com más intenções, mau-caráter, espírito de porco.
a) Dê o superlativo absoluto sintético de pobre, em suas duas formas possíveis.
b) Numa dessas formas, o superlativo absoluto sintético de pobre assume característica latina. Ofe- reça dois outros exemplos em que, de acordo com a norma culta, isso ocorra.
a) Pobríssimo e paupérrimo.
b) O superlativo paupérrimo tem a característica apontada na questão por ser construído a partir do radical latino pauper (pobre). O mesmo se pode observar em celebérrimo (muito célebre), macérrimo (muito magro).
Poderiam ser citados outros casos em que, apesar do sufixo -íssimo, o radical se mantém igual- mente na forma latina, como ocorre em fidelíssimo (muito fiel), nobílissimo (muito nobre).
Ao gado formado de vacas, chamamos vacum. Aponte cada um dos adjetivos utilizados para desig- nar o gado formado de:
a) cabras;
b) ovelhas.
a) Os dicionários registram três adjetivos relativos a cabra:
• Caprum ou caprino, derivados diretamente do latim capra.
• Cabrum.
b) O gado formado de ovelhas pode ser:
• Ovelhum e ovino, a segunda forma mais comum.
Observe-se o exemplo de Afonso Arinos proposto no Novo Dicionário Aurélio — século XXI: “O gado ovelhum e caprum é de 145 cabeças, não se incluindo nesse número a criação dos colonos.”
Do texto, transcreva quatro palavras nas quais ocorram diferentes dígrafos.
cachorro: ch cordeirinho: nh ovelhinha: lh queixou-se: qu osso: ss
Dígrafo: Duas letras que, juntas, representam um único fonema.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 01
peso: 5%
QUESTÃO 02
peso: 10%
QUESTÃO 03
peso: 5%
QUESTÃO 04
peso: 5%
No texto, encontramos o seguinte período: “ — Para que furtaria eu esse osso — ela — se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?” Nesse período, teria sido possível escrever Por que em vez de Para que. Isso teria provocado sentido diferente à frase? Explique.
Sim. A expressão para que indica finalidade. A ovelha está, por meio de uma pergunta retórica, explorando o argumento de que o osso não teria nenhuma utilidade para um animal herbívoro. A expressão por que indica causa, ou seja, motivação. Seu emprego, no texto, exploraria o argumento de que uma ovelha não teria motivos para furtar um osso.
Observe o período “Para que furtaria eu esse osso — ela — se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?”. A respeito dele, pede-se:
a) O segmento para mim está próximo da palavra osso. Pelo sentido, porém, percebe-se que sua relação imediata não se faz com essa palavra, mas com outra. Diga com qual palavra ela se rela- ciona e explique.
b) Explique a função da palavra ela.
a) O segmento para mim, sob o ponto de vista sintático, está associado ao verbo vale. Sob o ponto de vista semântico, refere-se à ovelha, indicando a personagem em relação à qual se apli- ca o juízo de valor expresso pelo verbo.
b) A palavra ela é uma indicação do narrador para deixar claro que a frase reproduzida em discurso direto deve ser atribuída à ovelha. Ou seja, equivale à oração intercalada disse ela, com omissão do verbo.
A sentença a que a ovelha é condenada só se concretiza realmente no último parágrafo. No entanto, ao longo do texto, o narrador vai, aos poucos, oferecendo indícios de que isso ocorreria. Aponte pelo menos dois desses indícios e explique-os.
Há algumas passagens do texto que antecipam a condenação da ovelha, entre elas:
• “Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada (...)” — este fragmento atesta que o júri não aceitou os argumentos da ovelha, pois os urubus tinham interesse em condená-la à morte, para assim saciar sua gula.
• “A ré tremeu: não havia escapatória!...” — este excerto comprova que a ovelha sabia que não havia como escapar à condenação dos “doze urubus de papo vazio”.
No início, o narrador utiliza verbos no pretérito perfeito do indicativo. Em certo momento, passa a utilizar o presente do indicativo. Esse recurso produz efeito na narrativa? Explique.
O uso das formas verbais no presente do indicativo (Comparece, Fala e Defende) cria a im- pressão de que o relato é simultâneo ao momento em que a ovelha faz sua defesa. Esse efeito de pre- sentificação do discurso da ré é uma forma de valorizar a pobre ovelhinha, na medida em que seus argumentos são apresentados à maneira de um discurso direto, com a vivacidade que é típica desse modo de narrar.
O adjetivo referente ao substantivo Espanha assume, por vezes, forma latina que pode ser notada em sua grafia. No texto lido, ocorre fenômeno semelhante com uma palavra. Identifique-a e expli- que esse fenômeno.
O adjetivo referente ao substantivo Espanha é hispano, que apresenta em sua grafia o h, pertencente ao latim. No texto, ocorre fenômeno semelhante com a palavra herbívoro, adjetivo relativo a ervas, do latim herba.
Explique o significado das expressões sublinhadas no seguinte fragmento do texto: “Defende-se de forma cabal, com razões muito irmãs das do cordeirinho que o lobo em tempos comeu”.
O adjetivo cabal assume no texto o significado de definitivo, irrefutável. Quanto à expressão muito irmãs, pode ser traduzida por semelhantes, parecidas. Em relação ao segmento cordei- rinho que o lobo em tempos comeu, trata-se de uma referência à fábula O lobo e o cordeiro, em que o primeiro acusa o segundo de estar sujando a água. Embora o cordeiro argumente que está bebendo da água que, no curso do rio, já passou pelo lobo, este não acata o argumento e devora-o.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 05
peso: 10%
QUESTÃO 06
peso: 10%
QUESTÃO 07
peso: 10%
QUESTÃO 08
peso: 5%
QUESTÃO 09
peso: 5%
QUESTÃO 10
peso: 10%
Leia atentamente a seguinte frase extraída do texto: “Ou entrega o osso já e já, ou condenamos você à morte!”. Poder-se-ia dispensar uma das formas já dessa frase sem alterar-lhe o sentido? Explique.
Não. A palavra já, no fragmento, é empregada como recurso enfático, realçando a idéia de que o osso deveria ser entregue naquele momento (já), somente naquele momento (e já), sob pena de a ovelha ser condenada à morte. Em síntese, já, sozinho, é menos enfático do que associado a e já.
Dê o plural de:
a) gavião-de-penacho;
b) espostejou-a.
a) Nos compostos nos quais haja preposição, apenas o primeiro elemento da palavra varia.
Logo, gavião-de-penacho no plural é gaviões-de-penacho.
b) O plural do verbo e do pronome em espostejou-a é espostejaram-nas.
O que significa, no texto, a forma verbal espostejou? Explique o processo de formação desse verbo.
O verbo espostejar significa cortar em postas. Foi formado a partir da base posta. A ela foi agregado primeiro o sufixo -ejar, formador de verbo, donde postejar por derivação sufixal. A esse verbo, por fim, agregou-se o prefixo -es (que dá idéia de reforço), formando-se por derivação prefixal espostejar.
Como se pode deduzir do texto, a palavra urubu não tem acento gráfico. A palavra baú, também ter- minada em u, tem acento agudo. Explique a razão dessa diferença.
Em urubu, não se usa o acento por se tratar de uma palavra oxítona terminada na vogal U.
As oxítonas só se acentuam quando são terminadas em:
A
E seguidas ou não de s O
EM com mais de uma sílaba ENS
Já em baú, embora também seja oxítona terminada na vogal U, utiliza-se o acento em razão de essa vogal formar hiato com a sílaba anterior e encontrar-se sozinha.
Por que, no texto, o narrador usa o pretérito mais-que-perfeito do indicativo furtara?
O pretérito mais-que-perfeito do indicativo situa um fato no passado anterior a outro também já no passado.
No texto, furtara indica que esse evento ocorreu em momento anterior ao do julgamento, em que a ovelha foi condenada.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
QUESTÃO 11
peso: 5%
QUESTÃO 12
peso: 5%
QUESTÃO 13
peso: 5%
QUESTÃO 14
peso: 5%
QUESTÃO 15
peso: 5%
Redação
INSTRUÇÕES Esta prova é constituída de apenas um texto.
Com base nele:
• Dê um título sugestivo à sua redação.
• Redija um texto a partir das idéias apresentadas. Defenda os seus pontos de vista utilizando-se de argumentação lógica.
Na avaliação da sua redação, serão ponderados,
• A correta expressão em língua portuguesa.
• A clareza, a concisão e a coerência na exposição do pensamento.
• Sua capacidade de argumentar logicamente em defesa de seus pontos de vista.
• Seu nível de atualização e informação.
• A originalidade na abordagem do tema.
A Banca aceitará qualquer posicionamento ideológico do examinando.
Evite “fazer rascunho” e “passar a limpo” para não perder tempo.
A redação pode ser escrita a lápis.
Atenção para escrever com letra bem legível.
TEMA
“Pobre nem sempre tem fome. Mas geralmente tem medo. A vulnerabilidade é “a companheira cons- tante da privação material e humana”, diz esta semana o Banco Mundial, em seu último relatório sobre o desenvolvimento do planeta. “Os pobres vivem em aglomerações urbanas superpovoadas onde chuvas fortes podem levar embora suas casas. Têm empregos precários, no setor formal ou informal. Estão sob maior risco de doenças como malária e tuberculose. E sob ameaça de prisão arbitrária ou maus tratos pelas autoridades locais. E eles — principalmente as mulheres — estão sempre sob o perigo de serem vítimas de violência ou de crime”.
A definição é muito convincente. Sobretudo num dia que começou com a conversa entre dois garis, ouvida por acaso nas ruas do Rio de Janeiro. “Tem horas?” perguntou um deles. “Não. Desisti de reló- gio. Cada vez que eu compro um, vem o cara de revólver e leva”, o outro respondeu, sem parar de var- rer, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Ele não sabia, mas era personagem de Criando Instituições para o Mercado, o recado dos economistas para 2002. Em seus estudos preliminares eles já recomendavam no ano passado que “redes de segurança fossem concebidas para proteger a acu- mulação de bens” pelas pessoas mais pobres”.
O problema era político — Marcos de Sá Corrêa — no.com.br — 24/09/2001
ANÁLISE DA PROVA
A partir da definição apresentada — a vulnerabilidade é a companheira constante da privação material e humana —, uma leitura atenta do texto revelaria que aquelas pessoas privadas dos recursos materiais e humanos são as mais vulneráveis às mazelas que acompanham o viver contemporâneo.
O aluno de percepção mais acurada notaria que entre pobre e indigente há uma importante dis- tinção: pobres têm parcos recursos, moradias indecentes, empregos de segunda classe, porém são cata- logados, possuem documentação e algum papel social. Indigentes, que no Brasil atingem a assombrosa marca de 50 milhões, segundo o BID, são aqueles que não possuem nenhum desses atributos, enquadran- do-se na humilhante categoria dos “abaixo da linha de pobreza”.
O relatório do Banco Mundial, tomado como base para falar dos pobres (não dos indigentes), desta- ca os seguintes aspectos:
♦ as precárias condições de vida impostas às camadas mais desprotegidas, habitantes dos centros urbanos;
♦ o desemprego estrutural, que acaba empurrando os mais desprotegidos para o mercado infor- mal de subempregos;
♦ a falta de assistência médico-sanitária, responsável pela proliferação de doenças;
♦ o despreparo dos órgãos responsáveis pelo policiamento, a segurança e a justiça, que costumam agir com truculência, quando os envolvidos nos episódios são pessoas da camada social mais baixa;
♦ a violência que vitima os mais pobres, principalmente as mulheres.
Aprofundando um pouco mais a análise, o aluno poderia perceber o insólito que permeia o diálogo reproduzido no texto, em que dois garis (funcionários de pouca qualificação) vêem com aparente natu- ralidade a condição em que se encontram: estão impotentes diante da crescente violência urbana que os impede até de possuir pequenos bens, como um relógio de pulso.
A leitura atenta, finalmente, aponta para uma conclusão: embora os fatos sejam evidentes e ape- sar da advertência dos economistas, estamos às portas do segundo ano do novo milênio e ainda não fomos capazes de implementar políticas sociais que assegurem a “acumulação de bens”, não da elite, historicamente acumuladora, mas dos pobres, detentores de ínfimos bens e que, neste mundo globa- lizado, continuam sendo a maioria da população.
A análise da temática permitiria, também, algumas ressalvas:
♦ à proposição inicial — “Pobre nem sempre tem fome. Mas geralmente tem medo” —, poder-se-ia contrapor o argumento de que o medo é companheiro constante dos que já experimentaram, direta e/ou indiretamente, a privação: de trabalho, de abrigo, de saúde, de liberdade, de integri- dade e até de comida, sim; ou seja, provavelmente, tem mais medo de sofrer privações quem já as sofreu;
♦ pode parecer ilógico pretender proteger bens acumulados pelos mais pobres (lógica ou ética do mercado), quando estes não têm protegida a própria vida (lógica ou ética humana).
Comentário
Uma prova bem elaborada, confirmando a proposta da GV em relação ao Raciocínio Matemático, com questões de enunciados claros e precisos.
A Banca Examinadora procurou direcionar a prova para o candidato que tem aptidão em manejar dados e definições, empregando linguagem compatível com a área.
O vestibular de Língua Portuguesa da FGV tem certas particularidades difíceis de entender.
Quem lê as instruções sobre a prova, publicadas no Manual do Candidato, espera questões simi- lares às de número 5, 6, 7, 8, 10, 11 e 15. Para respondê-las, não basta a simples memorização de dados, mas a competência de depreender relações e decifrar os significados delas decorrentes.
Nesse caso, fica evidente a aproximação entre o projeto do exame e sua execução.
Difícil, ou melhor, impossível é crer que, sob as mesmas instruções, a prova contenha questões como as de número 2, 3, 4, 9, 12, 13 e 14. A resolução dessa outra parte não requer nada mais que a memo- rização de palavras ou expressões descontextualizadas. Nada que um dicionário não resolva.
Uma curiosidade, para dizer o mínimo, é que a prova, na abertura, vincula ao texto as dez pri- meiras questões, das quais algumas nem de longe têm a ver com ele. E, para piorar, há questões, não incluídas entre as dez, cuja resolução não pode prescindir da leitura do mesmo texto.
Fiel a um modelo, a FGV convida o candidato a desenvolver um tema extraído de um único texto.
Essa opção, por si só, não resulta em defeito: texto claro, tema explícito, posicionamento definido, argumentos convincentes.
Considerando-se que “dissertação” é um discurso democrático, esta prova abre espaço também para se contestar o ponto de vista “pobre é capaz de acumular bens”.
Matemática
Língua Portuguesa
Redação
Incidência
1 Assunto
Nº DE QUESTÕES 2
Estatística Funções Geometria Analítica Juros Logaritmos Números Complexos Probabilidade Trigonometria