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FAMIG - FACULDADE MINAS GERAIS GUILHERME SILVA MARCONDES A LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR E O AUMENTO DE ALÍQUOTAS DE IMPOSTOS

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FAMIG - FACULDADE MINAS GERAIS

GUILHERME SILVA MARCONDES

A LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR E O AUMENTO DE ALÍQUOTAS DE IMPOSTOS

Belo Horizonte 2019

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GUILHERME SILVA MARCONDES

A LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR E O AUMENTO DE ALÍQUOTAS DE IMPOSTOS

Monografia apresentada como pré-requisito para a conclusão do curso de Direito da Universidade de Minas Gerais.

Belo Horizonte 2019

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GUILHERME SILVA MARCONDES

A LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR E O AUMENTO DE ALÍQUOTAS DE IMPOSTOS

Monografia apresentada como pré-requisito para a conclusão do curso de Direito da Universidade de Minas Gerais.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________

Prof: Alexandre Lima FAMIG

__________________________________

Prof:

___________________________________

Prof:

Belo Horizonte, ____ de Julho de 2019

(4)

RESUMO

O presente estudo visa discorrer sobre o tributo no ordenamento jurídico brasileiro, suas teorias de classificações, e as peculiaridades de cada um dos tributos. Visto que a classificação exata do termo “tributo” há divergências entre a doutrina. O estudo optou por utilizar a definição do Art. 145 da Republica Federativa do Brasil de 1988, que também e a definição mais aceita atualmente. Também sobre tributo foi esclarecido à competência de cada ente federativo e seu devido poder em cada tributo nomeado na CR/88. Assim objetivando o contato com as alíquotas de alguns tributos, e progressividade, se as alíquotas aplicadas nos dias de hoje necessitam de inovações legislativas para o seu melhor funcionamento. Por fim foi analisado sobre a “Guerra Fiscal” um problema dos estados e municípios nos dias de hoje, sobre bitributação devidamente ilegal contada em lei suprema, e se a necessidade de uma reforma tributária atual, para as devidas regularidades. Sendo assim, o devido estudo teve como pesquisa bibliográfica, base doutrinária, súmulas vinculantes e a legislação vigente, que abordam a temática. Portanto e visto que o tributo deve ser sempre estudado, e aperfeiçoado, no tocante a ele e a suas alíquotas, para não ficarem defasados e promoverem o desenvolvimento de seu povo.

PALAVRAS-CHAVES: Tributos, Classificações, Alíquotas, Progressividade, Legislação vigente, Guerra Fiscal, Bitributação, Reforma Tributária.

(5)

ABSTRACT

The present study aims to discuss the taxation in the Brazilian legal system, its theories of classifications, and the peculiarities of each of the tributes. Since the exact classification of the term "tribute" there is disagreement between the doctrine.

The study chose to use the definition of Art. 145 of the Federative Republic of Brazil of 1988, which is also the most accepted definition today. Also on tribute was clarified to the competence of each federative entity and its due power in each tribute named in CR / 88. Thus aiming at the contact with the rates of some taxes, and progressivity, if the rates applied today require legislative innovations for its better functioning. Finally, a problem of the states and municipalities in the present day was analyzed about the "Fiscal War", about double taxation duly counted in supreme law, and the necessity of a current tax reform, for the due regularities. Therefore, due study had as a bibliographical research, doctrinal basis, binding precedents and current legislation, which approach the subject. Therefore, and since the tribute must always be studied and perfected in regard to it and its rates, so as not to be out of step and to promote the development of its people.

KEYWORDS: Taxes, Classifications, Tax Rates, Progressivity, Current Legislation, Fiscal War, Taxation, Tax Reform.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...8

2 CONCEITO DE TRIBUTO...9

2.1 Classificações Das Espécies Tributárias...9

2.1.1 Impostos...10

2.1.2 Taxas...12

2.1.3 Contribuição de Melhorias...13

2.1.4 Empréstimo Compulsório...14

2.1.5 Contribuições Especiais ...15

3 COMPETENCIA TRIBUTÁRIA...15

3.1 Indelegabilidade ...17

3.2 Facultativa ...18

3.3 Incaducabilidade ...19

3.4 Inalterabilidade ...19

3.5 Irrenunciabilidade ...19

3.5.1 Competência Da União...20

3.5.2 Competência Dos Estados...21

3.5.3 Competência Dos Municípios...22

3.5.4 Competência Do Distrito Federal...23

4 ESPÉCIES DE PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS...24

4.1 Princípio da Legalidade...24

4.1.1 Exceções ao princípio da legalidade...25

4.2 Princípio da Anterioridade...25

4.2.1 Exceções ao Princípio da Anterioridade...26

4.3 Princípio da Irretroatividade...26

4.4 Princípio da Isonomia...27

5 CONCEITO DAS ALIQUOTAS...28

5.1 Progressividade das Alíquotas ...28

5.2 Alíquotas de impostos Federais...28

5.2.2 Imposto de Renda (IR... ...29

5.2.3 Imposto sobre Operação Financeira (IOF)...30

5.2.4 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)...31

5.2.5 Imposto de Importação (II)...32

5.2.6 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)...33

5.3 Alíquotas de impostos Estaduais e do Distrito Federal...34

5.3.1 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)...34

5.3.2 Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)...35

5.3.3 Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) ...36

5.4 Alíquotas de impostos Municipais ...37

5.4.1 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)...37

5.4.2 Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos (ITBI)...38

5.4.3 Imposto sobre Serviços (ISS)...39

6 LIMITAÇÃO E CONFLITOS DE PODERES...40

(7)

6.1 Guerra Fiscal...40

6.2 Bitributação...42

6.3 Reforma Tributária...44

7 Considerações Finais...46

REFERÊNCIAS...47

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1 INTRODUÇÃO

A priori a doutrina sempre discordou no tocante a definição de tributos, e o que seria uma taxa, impostos, a diferenciação de cada um. Com o advento do Código Tributário Nacional essa conceituação começou a ficar uniforme em seu entendimento.

Em linhas gerais, o devido estudo, visa analisar de forma minuciosa o Art. 3º do Código Tributário Nacional e suas classificações que estão elencadas no Art. 145 da Republica Federativa do Brasil de 1988 nos seguintes termos: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Anteriormente da Constituição Federal a classificação dos tributos era discutida entre doutrinadores, que não chegavam a um consenso, não sabendo elencar o que era uma taxa ou um imposto no devido exemplo. Sendo com o advento da CF/88 a classificação mais aceita e o texto da lei.

Com o surgindo da CF/88 os municípios, estados e união criaram uma independência tributária, podendo desta forma legislarem sobre a criação de tributos próprios e definição de alíquotas, com respaldo da carta magna. Desta forma houve conflitos de interesses entre estados e municípios principalmente, causados por estes entes em não saberem qual tributo e destinado um produto em especifico, causando em algumas situações a bitributação. Também diante do exposto, aconteceu um conflito entre os estados membros sobre as alíquotas principalmente no tocante ao ICMS, ocasionando um termo denominado “Guerra Fiscal”, que seria prejudicial a todos.

O presente estudo pretende, com pesquisas bibliográficas, associadas às normas constitucionais e as demais infraconstitucionais, bem como doutrinadores diversos, debater acerca dos tributos no ordenamento jurídico, suas competências para a

(9)

investidura de novos tributos e a definição de suas alíquotas, estudando se e preciso novas normas para o sistema tributário nacional.

2 CONCEITO DE TRIBUTO

No âmbito de todas as funções atribuídas ao Estado, no que diz respeito as atividades financeiras, vale destacar a importância de cobrar tributos com a finalidade de obter o desenvolvimento e os objetivos a sociedade.

Sendo que o conceito de tributo não e uniforme para a doutrina. Assim, os tributos a definição majoritária está explicita no Código Tributário Nacional (CTN) sendo explicito em texto de lei, não há que se falar na sua conceituação doutrinaria.

O artigo 3º do Código Tributário Nacional prevê o conceito de tributo nos seguintes termos: “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” (BRASIL, 1966).

Portanto com tal definição, vale destacar outras considerações a respeito do devido anunciado.

O conceito de tributo tem vários pontos destacáveis que quis explicar: o caráter pecuniário, como prestação em moeda; a compulsoriedade desta prestação, no qual o CTN buscou evidenciar o dever jurídico do tributo e imposto por lei, abstraído as vontades das partes, opondo dessa forma a compulsoriedade do tributo à voluntariedade de outras prestações pecuniárias; que não constitua ato ilícito, que afasta do conceito de tributo outras prestações criadas por lei, como multas que tem como funções ato ilícito; instituída em lei, repetindo o código determinada pela lei e não pela vontade das partes; e a natureza vinculada ou não discricionária da atividade administrativa mediante a qual se cobra um tributo. (AMARO, 2009, p.

18,19)

2.1 CLASSIFICAÇÕES DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

(10)

A “arte” de classificar faz-se necessária sendo uma tarefa árdua, nesse momento, pois os critérios são estabelecidos para obter ao final do processo, uma classificação coerente e útil aos seus tributos e suas espécies, pela legislação e doutrinadores.

De certa forma não há que se dizer que existem classificações certas ou erradas, apenas as úteis e as menos úteis. As classificações feitas na maioria das áreas são destinas a um determinado fim, se este fim for alcançado, podemos dizer que que tal classificação e relevante (Carrazza, 2005).

Com o pensamento doutrinário sequentemente Amaro escreve:

Em suma, os critérios de classificação dos tributos não são certos ou errados. São mais adequados, menos adequados, ou inadequados (a) no plano da teoria do direito tributário, ou (b) no nível do direito tributário positivo. como instrumento que permita (ou facilite) a identificação das características que devem compor cada espécie de tributo (no plano teórico ou num dado sistema jurídico-positivo). (AMARO, 2009, p. 69).

Amaro justifica a classificação, através da razão histórica, escrevendo:

As dificuldades encontradas para a classificação das espécies de tributos decorrem do fato de que os sistemas tributários, não obstante as tentativas para dar-lhes lógica e racionalidade, não nasceram prontos e acabados; ao contrário, formaram-se ao longo da história, na medida das necessidades do Estado e de suas funções, que também evoluíram ao longo do tempo, e, modernamente, especializaram-se em órgãos autônomos, estatais e não estatais, a que o Estado delegou atribuições de interesse público, buscando, em consequência, provê-los com receitas legais. (AMARO, 2009, p. 69).

Portanto e visto que para a sua devida classificação deve-se entender o tributo como norma tributaria, sendo atribuído ao individuo prestar contas com o Estado certa quantia de forma pecuniária.

2.1.1 Impostos

Sendo um dos tributos mais importantes para a máquina pública, antes de analisarmos de forma jurídica a sua devida utilidade, analisaremos sua formação lexical, como escreve:

Imposto, que os léxicos dão como sinônimo de tributo (e que, em nossa legislação, se emprega para indicar uma espécie de tributo), não possui aquela conotação de solidariedade de todos no concurso para a despesa comum; imposto (do verbo "impor") é algo que se faz realizar forçadamente,

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expressando, assim, a velha conotação das prestações tributárias, que eram exigidas de modo forçado (impostas) ao súdito, sem buscar a anuência do devedor. ( AMARO, p. 17, 2009)

Sendo um dos mais importantes como dito, vem de sua história como tributo:

O tributo, portanto, resulta de uma exigência do Estado, que, nos primórdios da história fiscal, decorria da vontade do soberano, então identificada com a lei, e hoje se funda na lei. como expressão da vontade coletiva. ( AMARO, p. 17, 2009)

Sendo elucidada em texto de lei no Art. 16 do Código Tributário Nacional. “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”( BRASIL, 1966).

Para melhor elucidação MACHADO escreve:

O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte (CTN, art. 16). Isso significa que o imposto é aquele tributo devido em virtude da prática, pelo contribuinte, de um fato que revela capacidade para contribuir, revela riqueza, mas que não tem nenhuma relação com atividades estatais específicas. A hipótese de incidência da norma que cria um imposto, realmente, é sempre uma situação relacionada com o contribuinte (auferir renda, ser proprietário de imóveis, ou de veículos, comercializar mercadorias, realizar importação etc.) 28 , e não com uma atuação estatal. Daí dizer-se que o imposto é um tributo não vinculado, pois o nascimento da obrigação de pagá-lo não está vinculado, nem ligado, à existência de uma atividade ou atuação estatal específica, relacionada com o contribuinte. (MACHADO, p. 57. 2018)

Sendo um tributo não vinculado, o produto arrecadado em impostos, não pode ser destinado a uma finalidade especifica, entretanto, isso se deve a uma vedação constitucional expressa no Art. 167, IV da Republica Federativa do Brasil de 1988, uma norma de direito financeiro, que em seu caput escreve: São vedados. E em sua alínea IV esta mencionada: “a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo” (BRASIL, 1988).

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2.1.2 Taxas

Em segundo lugar, o tributo referente as taxas, são destinados a determinadas tarefas, que são divisíveis a determinado individuo ou grupo. Tendo sua formação lexical como escreve:

Taxa, deverbal de "taxar", também figura nos dicionários como sinônimo de

"tributo" (a par de outras acepções). Vem do latim taxare (avaliar, estimar, determinar o valor); confiram-se as expressões "taxa de juros", "taxa de câmbio", "taxímetro" (aparelho que mede valor). Etimologicamente. taxa é sinônimo de preço (de um serviço ou de um bem). Traduzindo, pois, a idéia de comutatividade ou contraprestacionalidade. O inglês tax (do mesmo étimo) é empregado, na linguagem jurídica, no sentido de imposto. No nossa direito, taxa é espécie de tributo, exatamente a figura na qual está presente, de acordo com o sentido etimológico da expressão, a idéia de contraprestação, dado que a taxa se caracteriza pela conexão a um serviço ou utilidade que o Estado propicia ao contribuinte (por exemplo, a prestação de um serviço público). ( AMARO, p. 17, 2009)

Sendo diferente do imposto, taxa esta vinculada a algum tipo de prestação de serviço estatal. Sendo elucidado em texto de lei no Código Tributário Nacional em seu art. 77 definido da seguinte forma:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. (BRASIL, 1966)

Já no art. 78 do CTN define o poder de policia da seguinte forma:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

(BRASIL, 1966)

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Em texto de lei o CTN não da a definição formal do que é “serviços públicos” mas em seu art. 79, elucida uns exemplos que podem se considerar:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. (BRASIL, 1966)

Sendo necessário ressaltar, que as taxas tem de finalidade cobrir custos da atividade estatal, entanto não permite que este valor extrapole de forma exponencial o devido custo da atividade.

2.1.3 Contribuição de Melhorias

O Código Tributário Nacional traz em seu texto de lei a explicação sobre a contribuição de melhorias, que dispõe nos arts. 81 e 82 sobre essa espécie tributária:

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:

I - publicação prévia dos seguintes elementos:

a) memorial descritivo do projeto;

b) orçamento do custo da obra;

c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;

d) delimitação da zona beneficiada;

e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;

II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;

III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.

§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.

§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu

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pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo. (BRASIL 1966)

Sendo de forma muito autoexplicativa o texto da lei, que diz no seu art. 81 do CTN que o sujeito não será obrigado a pagamento de valor acima da valorização do seu imóvel, ou mesmo o valor total arrecadado, ser superior a obra feita.

2.1.4 Empréstimo Compulsório

Desta forma, como foi realizado o estudo dos tributos mencionados anteriormente, os empréstimos compulsórios estão previstos no art. 148, incisos I e II, da Republica Federativa do Brasil de 1988, expressamente:

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b.

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

(BRASIL 2017)

Pontos importantes há de salientar neste tipo de tributo. O mesmo não integra o patrimônio público, pois terá de ser devolvido ao contribuinte. Em decorrência de algum acontecimento inesperado, como: guerra declarada, calamidade publica, não há que se dizer em principio da anterioridade, podendo ser cobrado imediatamente.

Sendo a sua característica essencial e o fato da destinação dos recursos serem vinculados aos motivos que levaram a sua criação.

2.1.5 Contribuições Especiais

As contribuições especiais surgiram ao longo da historia, de um meio para qual o Estado, assegure os direitos fundamentais sociais dos indivíduos. Este mencionado no art. 149 da Republica Federativa do Brasil de 1988, que diz:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e

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sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;

II - poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível;

II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;

III - poderão ter alíquotas:

a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;

b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.

§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (BRASIL, 2001)

Observa-se a existência de três subespécies de contribuições especiais, sendo:

contribuições de intervenção no domínio econômico, contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas e as contribuições da seguridade social.

Mencionado também por AMARO em seu livro:

O art. 149, caput, da Constituição agrupa três figuras rotuladas como

"contribuições": contribuições sociais, contribuições de intervenção no domínio econômico, e contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, outorgando-as a competência da União, que deve utilizá-las como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. ( AMARO, p. 52, 2009)

Constando assim que para se instituir uma contribuição especial será necessário a

“vontade” do Congresso Nacional, pela competência ser exclusiva da união.

3 COMPETENCIA TRIBUTÁRIA

Entende-se que a competência tributária e atribuída aos entes federativos, que são:

União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e por terem competências tributárias, tem o poder de instituir, legislar, fiscalizar e cobrar os tributos.

(16)

Sendo uniforme entre a doutrina um pensamento como o do CARVALHO que escreve:

Competência legislativa é a aptidão de que são dotadas as pessoas políticas para expedir regras jurídicas, inovando o ordenamento positivo.

Opera-se pela observância de uma série de atos, cujo conjunto caracteriza o procedimento legislativo. (CARVALHO, 2000, p. 2011)

Sendo assim, os entes federativos, tem competências diversas como e dito por CARRAZZA:

Portanto, competência tributária é a possibilidade de criar, in abstrato, tributos, descrevendo, legislativamente, suas hipóteses de incidência, seus sujeitos ativos, seus sujeitos passivos, suas bases de cálculo e suas alíquotas. Como corolário disto, exercitar a competência tributária é dar nascimento, no plano abstrato, a tributos. (CARRAZZA, 2000, p. 416)

Conforme dito anteriormente, cada ente tem poderes para a sua legislatura dos tributos de acordo com que a Republica Federativa do Brasil de 1988 impor, para criar ou aumentar tributos. Em sentido estrito por Lei ordinária ou Lei Complementar, sendo que a Lei Complementar deverá vir expressa na Constituição Federal, quando assim exigir.

A CR/88 entregou a cada ente federado poderes para a criação de tributos próprios, não podendo ser transmitidos para outros ou delegáveis. Sendo notado novamente pelo CARRAZZA em:

As competências tributárias são indelegáveis. Cada pessoa política recebeu da Constituição a sua, mas não a pode renunciar, nem delegar a terceiros.

É livre, até, para deixar de exercitá-la; não lhe é dado, porém, permitir, mesmo que por meio de lei, que terceira pessoa a encampe. Lembramos que quando o Texto Magno outorga uma competência, visa a promover um interesse público, que só se considera atingível por intermédio da atuação do titular escolhido (pessoa, órgão, autoridade etc.). (CARRAZZA, 2000, p.

547)

Portanto, isso diz, que por mais que os ententes tenham autonomia para a criação de tributos próprios, definir suas alíquotas, e fiscalizar, não poderá delega-la a outro ente, mesmo sendo considerado um ente superior. Noção que afirma que a competência não e absoluta, reafirmada em texto doutrinário:

(17)

A indelegabilidade reforça a noção de que a competência tributária não é patrimônio absoluto da pessoa política que a titulariza. Esta pode exercitá- la, ou seja, criar tributo, mas não tem a total disponibilidade sobre ela.

Melhor elucidando, não é senhora do poder tributário (que é um dos atributos da soberania), mas titular da competência tributária, submetida, como demonstrada, às regras constitucionais. (CARRAZZA. 2000, 547)

A indelegabilidade é uma das cinco características importantes na competência tributaria na hora de legislar, as cinco são: indelegabilidade, facultatividade, incaducabilidade, inalterabilidade e irrenunciabilidade. Sendo que alguns autores como Carrazza consideram que são 6 características (ou qualidade ) descrito no livro de CARVALHO:

A boa doutrina costuma examinar a competência tributária no que diz com suas características, isto é, quanto aos aspectos que, de algum modo, poderiam conotar sua presença em face das outras categorias. Assim, faz o ilustre professor Roque A. Carrazza, salientando seis qualidades, quais sejam, privatividade (i), indelegabilidade (ii), Incaducabilidade (iii), inalterabilidade (iv), irrenunciabilidade (v) e, por fim, facultatividade do exercício (vi). (CARVALHO, 2000, p. 215)

Sendo assim, a seguir irá de forma sucinta, explicar e examinar as qualidades da competência tributaria.

3.1 Indelegabilidade

Na Constituição da República, vêm expressos em texto de lei quais Entes Federativos tem poderes para tais competências tributárias. A base do princípio do Federalismo está na autonomia de cada ente, sendo assim, há também uma repartição do poder de tributar.

O Ente Federativo expresso na Constituição da República, não poderá transferir seu atributo de tributar para outro ente, mesmo que este seja superior a tal. Como no caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tal atributo e dado aos Estados, o mesmo não podendo passar tal atributo para a União, apenas o estado tem o poder de tributar esse imposto, e mais ninguém.

Importante ressaltar que a responsabilidade da competência de tributar e de cada Ente Federativo não podendo ser transferido ou delegado, todavia, as funções de

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arrecadar ou fiscalizar determinado tributo pode ser sim delegado com previsão legal no artigo 7º do CTN:

“Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar

ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em

matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos

termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à

pessoa jurídica de direito público que a conferir.

§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa

jurídica de direito público que a tenha conferido.

§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado,

do encargo ou da função de arrecadar tributos” (BRASIL 1966)

Portanto a capacidade de tributar poderá ser delegada e revogada a qualquer tempo, e a competência de tributar sempre será indelegável.

3.2 Facultativa

Como mencionado anteriormente, a Constituição da República em seu texto de lei, diz quais são os tributos que cada Ente da Federação poderá instituir, mas não são obrigados a instituir todos que foram atribuídos.

Um exemplo prático esta no Art. 153 da CF que expressa:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

I - importação de produtos estrangeiros;

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

III - renda e proventos de qualquer natureza;

IV - produtos industrializados;

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

VI - propriedade territorial rural;

VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. (BRASIL, 2017)

E em seu texto de lei, fala sobre que e competência da União instituir o imposto sobre grandes fortunas (IGF) que ate o presente momento, não foi criado. Sendo por

(19)

interpretação do texto de lei pela maioria dos doutrinadores que tal competência tributaria e facultativa.

3.3 Incaducabilidade

Esta característica do tributo permite entender que o Ente Federativo pode e tem direito de exercer o seu poder de tributar a qualquer momento, não caducando pelo tempo.

Pelas palavras de Carrazza:

A competência tributária é, também, incaducável, já que seu não exercício, ainda que prolongado no tempo, não tem o condão de impedir que a pessoa política, querendo, venha a criar, por meio de lei, os tributos que lhe forem constitucionalmente deferidos. Perdura, pois, no tempo, sendo juridicamente impossível dizermos que decaiu, por falta de aplicação ou exercício. Esta característica, diga-se de passo, é conseqüência lógica da incaducabilidade da função legislativa, da qual a função de criar tributos é parte.

(CARRAZZA, 2000, pag. 547 e 548)

Sendo assim a capacidade de tributar pode ser feito a qualquer tempo e momento pelo poder que atribuir os requisitos do tributo.

3.4 Inalterabilidade

Tal característica afirma que nenhuma lei infraconstitucional pode alterar a naturalidade do tributo que foi dada pela Republica Federativa do Brasil de 1988.

Reafirmando o mesmo Carrazza:

O que as pessoas políticas podem fazer, sim, é utilizar, em toda a latitude, as competências tributárias que receberam da Constituição. Só ela, porem, é que, eventualmente, pode ampliálas (ou restringi-las). Esta é, pois, uma matéria sob reserva de emenda constitucional. (CARRAZZA, 2000, 551)

Tal característica afirma o que está escrito na CR/88, que nenhuma lei posterior poderá alterar o ente federativo que está elencado na CR/88 para determinado tributo.

3.5 Irrenunciabilidade

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O Ente Federativo jamais poderá renunciar a sua competência tributária, da mesma maneira que pessoas políticas não podem delegar para outros como vimos na característica da Indelegabilidade. Caso não queiram exercer tal tributo podem apenas deixar de exercer como característica da Facultatividade.

3.5.1 Competência Da União

Observando a Constituição da República no seu art. 153 e 154 podem-se extrair os tributos de competência da união.

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

I - importação de produtos estrangeiros;

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

III - renda e proventos de qualquer natureza;

IV - produtos industrializados;

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

VI - propriedade territorial rural;

Art. 154. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. (BRASIL, 2017)

Além dos impostos acima mencionados também compete à União, o Art. 149, caput e 195 ambos da Republica Federativa do Brasil de 1988, como exposto:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

(21)

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (BRASIL, 2017)

Além dos tributos acima mencionados, a União esta apta para instituir também outros tributos que se encontram elencados na Republica Federativa do Brasil de 1988, como no Art. 145, I, II, III e 148 todos da CR/88.

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".(BRASIL, 2017)

Sendo os tributos mencionados, pela característica da inalterabilidade, só podendo ser exércitos pela União.

3.5.2 Competência Dos Estados

Novamente em observância Republica Federativa do Brasil de 1988 no seu art. 155 podem-se extrair os tributos de competência do Estado e do Distrito Federal.

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

III - propriedade de veículos automotores(BRASIL, 2017)

Além dos impostos supracitados, também são competências dos estados pelo que compreende os Arts. 145, I, II, III e 149, §1c c/c art.195 ambos da CR/88, como expostos:

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Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (BRASIL, 2017)

O estado tem seus tributos com fulcro no art. 145 da CR/88, não podendo ser repassados para outros entes, ou perdendo sua capacidade de tributar por inércia do estado.

3.5.3 Competência Dos Municípios

Sobre as competências do município estão taxadas no Art. 156 da CR/88 o seguinte:

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (BRASIL, 2017)

Também pertencentes a competência dos municípios os tributos dos Arts. 145, I, II, III e 149, §1c c/c art.195 ambos da CR/88, como expostos:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e

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sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (BRASIL, 2017)

Os municípios terão seus próprios recursos, e irão receber uma porcentagem de alguns tributos do estado e ate mesmo da União, graças ao repasse de tributos.

3.5.4 Competência Do Distrito Federal

A competência do Distrito Federal esta basicamente no art. 147 da CR/88. Nesse dispositivo e possível verificar que as competências do Distrito Federal abrangem tanto as dos municípios como a dos estados membros ao mesmo tempo. Portanto o Distrito Federal esta mencionada que tem competência para atribuir tributos nos Arts. 155, I, II, II, 156. I, II, III, ambos da CR/88, como a seguir:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

III - propriedade de veículos automotores

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (BRASIL, 2017)

Como mencionado anteriormente o Distrito Federal também compete os tributos dos Arts. 145, I, II, III e 149, §1c c/c art.195 ambos da CR/88, como expostos:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e

(24)

sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (BRASIL, 2017)

Sendo um ente federativo hibrido, o Distrito Federal exercerá papel tanto de estado como de município.

4 ESPÉCIES DE PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS

Nesse tópico iremos exemplificar melhor alguns dos princípios elencados no direito tributário, assim, mais pertinentes para o devido trabalho.

4.1 Princípios da Legalidade

É um dos princípios bases da Constituição Federal da Republica, conhecido também por latina nullum crimen, nulla porna sine lege, que significa que “não há crime, nem pena, sem lei anterior que os defina” este e um dos princípios que norteiam o direito, e o direito tributário e um deles.

Para o professor Hugo de Britto Machado esta explicito na constituição o principio da legalidade quando diz:

De acordo com o art. 150, I, da CF/88, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. É o conhecido princípio da estrita legalidade. Diz-se estrita porque considerada mais “exigente” que a legalidade “ampla”, ou “genérica”, já contida no art. 5º, II, da CF/88. Com efeito, segundo a legalidade tributária, não apenas o dever de pagar deve estar referido na lei, mas todos os seus atributos devem estar nela expressamente previstos, como explicita o art. 97 do CTN. (MACHADO, 2018, Pag. 71)

Sendo assim, para o mesmo, Machado, o conceito de “lei” para o melhor entendimento e esclarecimento do principio é:

Lei, para fins de atendimento do princípio da estrita legalidade, é o ato normativo editado pelo órgão dotado da função legislativa, nos termos do processo legislativo previsto constitucionalmente (lei em sentido formal).

Mas esse ato deve ser, também, dotado de hipoteticidade, ou, por outras

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palavras, deve ser “geral e abstrato” (lei em sentido material). (MACHADO, 2018, Pag. 71 e 72)

Observando a seguir que o principio da legalidade respeita exceções.

4.1.1 Exceções ao princípio da legalidade

Como mencionado anteriormente o principio da legalidade, é que qualquer tipo de interpretação doutrinaria ou aplicação de um tributo tem que estar em texto de lei, entretendo, existe exceções que se enquadra. Sendo que a respeito apenas à fixação das alíquotas de alguns tributos, pode não estar fixado em lei. Como mencionado por Machado:

As exceções estabelecidas pela Constituição ao princípio da estrita legalidade tributária dizem respeito apenas à fixação das alíquotas do imposto de importação, do imposto de exportação, do IPI e do IOF (e, depois, por obra do poder constituinte derivado, também da CIDE- Combustíveis), que podem ser majoradas ou reduzidas por ato infralegal do Poder Executivo. Mesmo assim, é importante esclarecer que deverão ser atendidos as condições e os limites estabelecidos em lei, ou seja, a lei deve necessariamente determinar uma alíquota máxima e uma mínima (que geralmente é zero), bem como os parâmetros que o Executivo deverá observar para, em cada caso e dentro desses limites, fixar a alíquota correspondente. (MACHADO, 2018, Pag. 72)

Diante do exposto e visto que todos os tributos respeitam o princípio da legalidade, não alcançando apenas as alíquotas de alguns tributos, todavia ainda sim, respeitando parâmetros legais para tal.

4.2 Princípios da Anterioridade

Este princípio esta proclamada no art. 150, III, “b” da CR/88 que esta vedado cobrar tributo "no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou" (BRASIL 2017).

Aqui se observa o Estado estabelecendo a segurança jurídica, não podendo incidir um tributo por um “capricho” de algo determinado naquele instante. Assim caso um tributo tenha sua alíquota aumentada no mês de julho de 2015, só poderá entrar em vigor em janeiro de 2016.

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No devido artigo 150 da CR/88 que relata sobre o principio da anterioridade, foi alterado pela Emenda Constitucional nº 42/03, introduzindo no art. 150, III da CF a letra “c” dizendo que se respeite um período de 90 dias entre a criação e o seu período de cobrança.

Para Eduardo de Moraes Sabbag, “a verdadeira lógica do princípio da anterioridade é preservar a segurança jurídica, postulado doutrinário que irradia efeitos a todos os ramos do Direito, vindo a calhar na disciplina ora em estudo, quando o assunto é anterioridade tributária.” (SABBAG, 2008, pag 23)

4.2.1 Exceções ao Princípio da Anterioridade

Alguns tributos escapam da aplicação do principio da anterioridade. Tais princípios estão dispostos no Art. 150, III, {1 da CR/88, que mesmo com a emenda nº42/03 não se alterou. Os motivos pelos quais estes tributos escapam o doutrinador Luciano Amaro explica em seu livro:

Entre as exceções, temos tributos que, por atenderem a certos objetivos extrafiscais (política monetária, política de comércio exterior), necessitam de maior flexibilidade e demandam rápidas alterações. Por isso, o imposto de importação, o imposto de exportação, o imposto sobre produtos industrializados e o imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e operações com títulos e valores mobiliários (além de comportarem exceção ao princípio da estrita reserva legal, no sentido de poderem ter suas alíquotas alteradas por ato do Poder Executivo, dentro de limites e condições definidas na lei) não se submetem ao princípio da anterioridade, e, portanto, podem ser aplicados no próprio exercício financeiro em que seja editada a lei que os tenha criado ou aumentado (ou em que tenha sido publicado o ato do Poder Executivo que haja majorado a alíquota). (AMARO 2006, pag. 125).

Portanto para casos extremos como, calamidade pública, guerra externa o empréstimo compulsório pode ser empregado no mesmo tempo sem um prazo de vacância ou espera para a sua entrada em vigor.

4.3 Princípio da Irretroatividade

Não se podem cobrar tributos sem a sua vigência em lei, e isso que se trata o principio da irretroatividade no direito tributário. A lei sempre se aplicará a fatos geradores após a sua vigência.

(27)

No que leciona Ricardo Cunha Chimenti, “os fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que houver instituído ou aumentado os tributos(estabelecida a hipótese de incidência ou a alíquota maior) não acarretam obrigações. A lei nova não se aplica aos fatos geradores já consumados (art.105 CTN).” (CHIMENTI, 2006, pag. 65).

Assim Ricardo Cunha observa que pode-se retroagir, sendo a lei vinda após mais benéfica ou deixando de ser infração o devido caso.

O Código Tributário Nacional em seu art. 106 retrata:

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:

a) quando deixe de defini-lo como infração;

b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;

c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. (BRASIL, 1966)

Sendo de forma tácita quais são os meios que o principio da irretroatividade não abrange.

4.4 Princípio da Isonomia

Este e o principio da igualdade de todos os cidadãos independente de profissão, rendimentos, entre outros. Como esta proclamado no art. 5º, I da CR/88, que afirma

"todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza...".

Os entes tributantes sempre irão tratar os iguais de forma igual, e os desiguais de acordo com suas desigualdades. Proibindo assim distinções arbitrarias, entre contribuintes semelhantes.

Sendo afirmado por Luciano Amaro:

O princípio é particularizado, no campo dos tributos, pelo art. 150,II, ao proscrever a instituição de "tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente

(28)

da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos" (grifamos).

Esta proclamação sublinha a ociosidade, ao vedar a desigualdade entre os equivalentes e a distinção com base na ocupação do contribuinte. (AMARO 2006)

Sendo assim, não e errado o imposto progressivo, pois apesar dos contribuintes serem iguais, a sua capacidade contributiva terá de se adequar a sua renda.

5 CONCEITO DAS ALIQUOTAS

No direito tributário, as alíquotas é o percentual ou valor fixo que será aplicado em um cálculo do valor de um determinado tributo. Trata-se de uma espécie de

“ajustador de tributo” isso significa que quando um tributo tem sua taxa diminuída, quer dizer que apenas reduziu a alíquota, tornando aquilo que irá comprar menos oneroso.

5.1 Progressividade das Alíquotas

De acordo com a progressividade no sistema tributário, quanto maior for a base de cálculo, maior será a alíquota, sendo assim, a progressividade e dividida em duas;

progressividade pelo valor e progressividade extrafiscal.

A progressividade pelo valor é que o tributo possui alíquota variável, ou seja, quanto maior o valor de bem ou de arrecadação do tributo maior será a alíquota.

A progressividade extrafiscal por outro lado, possui um cunho de penalidade sobre base de calculo para valores maiores ou incentivos com alíquotas menores sobre um bem. Por exemplo, um lote vago dentro de um centro urbano de 500m² pagará mais IPTU do que um imóvel construído de 500m² no mesmo centro urbano, isso serve para desestimular o lote sem finalidade social dentro da cidade, e sim dar um cunho social para moradia, levando o do1no do imóvel a construir algo.

5.2 Alíquotas de impostos Federais

Conforme foi visto anteriormente, o Sistema Tributário Nacional, e a República Federativa do Brasil de 1988, estabelece os critérios e competências de cada ente

(29)

de instituir tributos que estão catalogados na Constituição Federal. Alguns tributos e como funciona as suas alíquotas arroladas a baixo.

5.2.2 Imposto de Renda (IR)

O imposto de renda deu-se sua criação no Brasil em 1922 sem sua previsão na época na Constituição da Republica de 1891. Uma das principais funções do imposto de renda e auferir recursos financeiros para a União, sendo o responsável por grande parte da arrecadação tributária Federal.

O Imposto de Renda e denominado um tributo com sua função fiscal, pois sua progressividade e de acordo com o patrimônio do cidadão. A sua finalidade não e essa, porém algumas vezes o Imposto de Renda pode ter sua função extrafiscal como visto anteriormente para estimular ou desestimular certas condutas. Como no caso, quando o Governo Federal concede isenção do IR para as indústrias que venham a instalar maquinas ou indústrias nas regiões norte ou nordeste do país, incentivando assim o seu crescimento regional, fazendo com que o tributo tenha uma função extrafiscal.

O impostos de renda esta mencionado tanto na CR/88 como no CTN como relata o autor Machado:

Atualmente, nos termos do art. 153, III, da CF/88, compete à União Federal instituir imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza. Traçando

“normas gerais” sobre esse imposto, o art. 43 do CTN assevera que seu fato gerador é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: (i) de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; (ii) de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. Evidencia- se, do art. 43 do CTN, que o Imposto de Renda deve ter como fato gerador um acréscimo patrimonial, vale dizer, um aumento de patrimônio.

(MACHADO, 2008, pag. 275 e 276)

As alíquotas do imposto de renda são bem definidas, o imposto de renda de pessoa física são 4 alíquotas distintas de acordo com o patrimônio da pessoa e determina um valor ate ele que será isento.

(30)

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$)

Até 1.903,98 Isento 0000

De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13

Acima de 4.664,68 27,5 869,36

As alíquotas do imposto de renda de pessoa jurídica (IRPJ) podem variar de 15% a 25% com três formas de apuração diferentes: lucro real , lucro presumido ou lucro arbitrado como esta mencionado no CTN art. 44. Como mencionado pelo autor Machado, a forma de contribuir citando modelos de IRPF e IRPJ:

Já em relação às pessoas jurídicas (IRPJ), o valor dos rendimentos pode ser obtido por meio de três formas de apuração diferentes: lucro real , lucro presumido ou lucro arbitrado (CTN, art. 44). O mesmo vale, de certa maneira, para as pessoas físicas, que têm a possibilidade realizar sua declaração de imposto de renda pela modalidade completa, na qual informam e eventualmente deduzem do rendimento tributável todas as despesas havidas no ano-base, ou pela modalidade simplificada, na qual um desconto previamente estabelecido na legislação é aplicado, deixando- se de apurar a renda tributável tomando-se em conta cada despesa efetivamente experimentada no período. De algum modo, essas duas formas de apuração guardam paralelo com a tributação do lucro real, e do lucro presumido, no âmbito das pessoas jurídicas.

De forma simplificada o lucro real e a forma mais simples do lucro obtido, o lucro líquido. O lucro presumido só pode ser efetuado para alguns casos para pessoas jurídicas que tenham receita inferior a determinado valor taxados em lei, sendo semelhante a tributação simplificada do IRPF, funcionando muito bem para médicos, psicólogos. Já a sistemática do lucro arbitrado, e arbitrado as pessoas jurídicas que não correspondem as duas modalidades anteriores, sendo uma modalidade mais complexa, a autoridade poderá arbitrar um lucro com base no valor ativo da empresa, folha de pagamento de seus funcionários, capital social, entre outros fatores.

5.2.4 Imposto sobre Operação Financeira (IOF)

(31)

O IOF e um imposto meramente fiscal, arrecadatório, sendo a União responsável por instituir imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.

O seu fato gerador e exemplificado muito bem pelo autor Machado:

(i) quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; (ii) quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este; (iii) quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; (iv) quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. Esclarece, ainda, que a incidência i exclui a iv e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou ao resgate do título representativo de uma mesma operação de crédito.

(MACHADO, 2018, pag. 285)

E o mesmo autor diz também sobre a sua base de calculo:

(i) quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; (ii) quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; (iii) quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; (iv) quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: (a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; (b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; (c) no pagamento ou resgate, o preço. Como se percebe, por imposição lógica, a base de cálculo deve ser, necessariamente, o fato gerador “transformado em cifra”, ou, como preferem alguns autores, o “aspecto dimensível” do fato gerador. (MACHADO, 2018, pag. 285)

Sendo sua base de calculo e fato gerador esclarecido, a sua alíquotas são definidas pelo governo Federal decretando o seu mínimo e máximo, por ato infralegal

5.2.5 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

O IPI De acordo com o art. 46 do CTN, o fato gerador do imposto sobre produtos industrializados é: (i) o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; (ii) a sua saída do estabelecimento contribuinte do IPI; (iii) a sua

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