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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO ALESSANDRO MARQUES DE MACEDO AUGUSTO HOTEL DE NEGÓCIOS PARA O MUNICÍPIO DE CASCAVEL.

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO ALESSANDRO MARQUES DE MACEDO AUGUSTO

HOTEL DE NEGÓCIOS PARA O MUNICÍPIO DE CASCAVEL.

CASCAVEL 2008

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ALESSANDRO MARQUES DE MACEDO AUGUSTO

HOTEL DE NEGÓCIOS PARA O MUNICÍPIO DE CASCAVEL.

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da FAG, apresentado na modalidade Teórico Projetual como requisito parcial para a conclusão da disciplina TCC.

Orientador: José Aloísio Meulam Filho

CASCAVEL 2008

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ALESSANDRO MARQUES DE MACEDO AUGUSTO

HOTEL DE NEGÓCIOS PARA O MUNICÍPIO DE CASCAVEL.

DECLARAÇÃO

Declaro, de acordo com item II do Artigo 18 do Manual de TCC do Curso de Arquitetura e Urbanismo – FAG, que realizei em Outubro de 2008 a revisão lingüistico-textual, ortográfica e gramatical da monografia de Trabalho de Conclusão de Curso denominado: Hotel de negócios para o município de Cascavel, de autoria de Alessandro Marques de Macedo Augusto, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo - FAG.

Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TCC acima identificado.

Cascavel, 28, Novembro, 2008.

_______________________

Juvelina Bielski

Bacharel Licenciada em Letras/UNIOESTE/1977 RG nº 928.361 SSP PR

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ALESSANDRO MARQUES DE MACEDO AUGUSTO

HOTEL DE NEGÓCIOS PARA O MUNICÍPIO DE CASCAVEL.

Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG, como requisito básico para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do arquiteto professor José Aloísio Meulam Filho e co-orientação da arquiteta professora Hitomi Mukai

BANCA EXAMINADORA

Arquiteto Orientador FAG

José Aloísio Meulam Filho, Esp.

Arquiteta Co-orientadora FAG

Hitomi Mukai, Ms.

Arquiteto Avaliador FAG

Fúlvio Natércio Feiber, Ms.

Arquiteto Avaliador Unipar

Regiane Terezinha de Castro, Esp.

Cascavel, 28 de Novembro de 2008

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EPÍGRAFE

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos ganhar por medo de não tentar.”

(Willian Sheakspeare).

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RESUMO

Atualmente, o turismo de negócios é um ramo que tem crescido consideravelmente na região oeste do Paraná. Contudo, ante a falta de infra-estrutura há um inchaço na rede hoteleira, sendo que em Cascavel, depois de Foz do Iguaçu, tem a maior rede hoteleira do oeste do Paraná. Todavia, Cascavel não é uma cidade que tem o turismo tão aquecido, quanto Foz do Iguaçu, razão pela qual, a cidade comporta o aparecimento desse novo segmento do turismo, que para os cascavelenses tem transformado o mercado. Entretanto, para a disponibilidade de tal estrutura, necessita-se de novos hotéis, pois os que já existem, estão buscando conquistar mais clientes, realizando reformas de ampliação, adequação e modernização. A partir do evento Show Rural Coopavel, o público tem crescido a cada ano e a cidade, antes desse evento, não dispunha de uma vasta rede hoteleira, pelo contrário, muitos estavam obsoletos e quase fechando suas portas. Novos hotéis também começaram a surgir, no intuito de suprir essa demanda, mas mesmo assim continuam faltando unidades habitacionais em época de feira a ponto de famílias alugarem suas casas durante este período, logo, além de faltar hospedagem para todos os visitantes, a demanda está exigindo diferentes modalidades em habitações, tendo em vista que, muitos expositores e visitantes poderiam assim trazer suas famílias, ou vir em pequenos grupos de amigos precisando assim de acomodações com exclusividades não oferecidas pela concorrência, além de que com suas famílias, visitantes poderiam ficar por mais tempo, gerando mais arrecadação para o município e propiciaria até outros tipos de turismo, como o rural, por exemplo. Essas modalidades diferenciadas serão flats e lofts que são acomodações modernas e pouco convencionais sendo oferecidas por apenas dois estabelecimentos na cidade, o hotel também disporá de uma área de lazer compacta mas com toda a tecnologia disponível para relaxamento depois de um dia estressante de trabalho, portanto, essas variações em apartamentos e os outros atrativos farão com que este hotel tenha uma procura maior do que os outros, seria no caso, o chama-hóspede, e ainda tem o fato de que esse hotel estará localizado em um terreno de acessos facilitados, numa região nobre e valorizada com uma outra vantagem em relação a lucro certo, existe nas imediações uma grande faculdade que também pode se beneficiar dessas variações em habitação, podendo abrigar estudantes universitários, professores, palestrantes, que contarão ainda com um centro de convenções.

PALAVRAS CHAVE: Turismo de negócios, Hotel de negócios, Habitações, Hóspedes, Centro de Convenções

(7)

ABSTRACT

Actually, the business tourism is a branch that has been growing considerably in the western region of the Paraná. Nevertheless, up against the lack of infrastructure that has been producing swelling in that of the existent hotel chain, being which Cascavel after the Foz do Iguaçu has the biggest hotel chain of the west of the Paraná.

However Cascavel isn’t a city that has such a heated tourism, how much Foz do Iguaçu reason for which the city holds the appearance of this new segment of the tourism, which for the Cascavel’s people has been transforming the market.

Meantime, for the availability of such a structure one needs new hotels, since those who exist already, they’re looking to conquer more clients, carrying out reforms of enlargement, adaptation and modernization. Since the event Rural Shown Coopavel the public has been growing to each year in the city, before this event, it wasn’t disposing of a vast hotel chain, on the contrary, that were old-fashioned and almost closing his doors. New hotels also began to appear, in the intention of providing this demand, but even so housing unities keep on being lacking in time from market when point of families is renting his houses during this period, as soon as, besides lodging will be lacking for all the visitors, the demand is demanding different kinds in dwellings, I have in mind that, many exhibitors and visitors might bring so his families, or to come in small groups of friends needing so accommodations with exclusivenesses not offered by the competition, besides which with his families, visitors might be for more time, if they produced more tax revenue for the local authority and it would favor up to other types of tourism, like the rural thing, for example. These differentiated kinds will be flats and lofts that they are modern accommodations and you agree on somewhat being offered for only two establishments in the city, the hotel also will dispose of a compact area of leisure but with the whole available technology for relaxation after a stressful day of work, so, these variations in apartments and other charms will do so that this hotel has a search bigger than others, it would be in the case, flame-guest, and still have the fact that this hotel will be located in a land of made easy accesses, in a region noble and valued with another advantage regarding certain profit, there is in the vicinities a great faculty that also can be benefited of these variations in dwelling, being able to shelter university students, teachers, what will dispose still of a centre of conventions.

KEY WORDS: Business tourism, Hotel of business, Dwellings, Guests, Centre of Conventions.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...10

2 PRIMEIRO CAPÍTULO: EXPANSÃO DA HOTELARIA NO BRASIL...12

2.1 TURISMO DE NEGÓCIOS...12

2.2 TIPOS DE HOTÉIS ...13

2.2.1 Hotel de negócios...13

2.2.2 Diferencial do Hotel de Negócios...14

2.3 MUNICÍPIO DE CASCAVEL...15

2.4 JUSTIFICATIVA...16

2.5 JUSTIFICATIVA ARQUITETÔNICA...16

2.6 PROBLEMA DE PESQUISA...17

2.7 OBJETIVO GERAL...17

2.8 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...17

2.9 METODOLOGIA...18

3 SEGUNDO CAPÍTULO: PROGRAMA DE NECESSIDADES...20

3.1 SETORIZAÇÃO...20

3.1.1 Administração...20

3.1.2 Áreas Sociais e públicas...21

3.1.3 Área de hospedagem...21

3.1.4 Serviços...22

3.1.5 Área de Lazer...23

3.1.6 Fluxograma do Pavimento Tipo...23

3.2 ACESSIBILIDADE...24

3.2.1 Acessibilidade na Hotelaria...25

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3.3 QUESTÕES TÉCNICAS DE ACESSIBILDADE NAS UNIDADES

HABITACIONAIS (UH)...26

3.3.1 Questões de acessibilidade quanto ao mobiliário...26

3.3.2 Questões de acessibilidade quanto ao banheiro...27

3.4 CORRELATOS...27

3.4.1 Maksoud Plaza São Paulo...27

3.4.2 Rede de Hotéis Transamérica ...30

3.4.3 Edifícios de Arquitetura Modernista M.M.M Roberto...32

4 TERCEIRO CAPÍTULO: CONCEPÇÃO DO HOTEL...34

4.1 UNIDADES HABITACIONAIS...34

4.1.1 Apartamento Convencional...36

4.1.2 Apartamento Duplo ou Triplo...36

4.1.3 Apartamento adaptado...36

4.1.4 Flat Luxo...37

4.1.5 Loft Super Luxo...37

4.2 CENTRO DE CONVENÇÕES...37

4.3 COZINHA INDUSTRIAL...38

4.4 HEALTH CLUB...39

4.5 LAVANDERIA E SERVIÇOS GERAIS...40

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...41

REFERÊNCIAS...43

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1 INTRODUÇÃO

A cidade de Cascavel é hoje uma referência nacional em sua Feira Tecnológica Agropecuária (Show Rural). Isso tem gerado uma superpopulação hoteleira no período desse evento, além de que existem outras feiras, congressos, encontros, que também estão se expandindo, graças ao reconhecimento de Cascavel no cenário nacional. Dentre os demais eventos, podemos destacar ainda a Fórmula Truck, Fecom, Fenarc, Expovel e o encontro de motoqueiros On the Road.

Ademais, além do turismo de negócios que se consolida ao logo dos tempos, outro público alvo a ser considerado na proposta de um hotel é o estudante universitário, que vem movimentando consideravelmente o mercado hoteleiro juntamente com professores e palestrantes, que vêm de fora, e que também se utilizam de salas de reuniões.

Em pesquisa informal realizada com pessoas do ramo hoteleiro, moradores antigos, e informações obtidas pela Prefeitura e pela ABIH1, se sabe que do final dos anos 90 em diante houve também um aumento considerável da oferta de hotéis na cidade. Em geral, os hotéis apresentam um nível médio, destacando-se alguns que possuem algumas exclusividades.

Atualmente, Cascavel conta com 34 hotéis conhecidos, segundo informações da Prefeitura e da ABIH, sendo que desses, apenas 7 deles possuem centro de convenções ou salas para reuniões, e sendo que desses 7, apenas dois oferecem unidades habitacionais diferenciadas como flats ou lofts, além dos apartamentos convencionais.

1 Associação Brasileira da Industria de Hoteis

(11)

No caso de um hotel executivo na cidade de Cascavel, tendo como enfoque o turismo de negócios, a idéia é a criação de espaços para que se comportem mais de um tipo de evento nas instalações do hotel, e dependendo do tamanho do evento a possibilidade de um espaço maior, e de quebra, concentrar diversificadas acomodações, atendendo assim a outros tipos de demandas.

A quantidade de eventos tem crescido em Cascavel, devido a sua infra- estrutura privilegiada e a sua posição estratégica em relação a outros municípios do Paraná, é uma cidade situada no encontro de vários caminhos, de forte agricultura, o que faz crescer esse mercado do turismo de negócios.

Desse modo, serão expostos casos de correlatos com características diferentes um do outro, tanto no projeto e na volumetria como no padrão de atendimento, e que sejam exploradas peculiaridades de cada um deles para se enquadrar nesse nicho que a cidade ainda tem poucas opções, e utilizar elementos construtivos já consagrados que enriqueçam a volumetria. Há que se ressaltar, que hotéis executivos já existem, portanto o diferencial é importante e, nesse caso, é literalmente unir o útil ao agradável.

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2 PRIMEIRO CAPÍTULO: EXPANSÃO DA HOTELARIA NO BRASIL

A atividade hoteleira nacional vem sofrendo transformações desde a década de 1970, a partir do momento em que a rede internacional Hilton, instalou sua primeira unidade brasileira na cidade de São Paulo, (BONFATO, 2006, p. 17)

Segundo a Associação Brasileira da indústria de Hotéis (ABIH)2,

As categorias prevêem diversos tipos de empreendimentos do cinco estrelas super luxo ao econômico. Nota-se atualmente que as necessidades do mercado, levaram ao surgimento da categoria econômico de negócios, voltada ao hóspede de negócios que busca facilidades como acesso à internet no próprio apartamento ou em espaços com micros já conectados e que podem ser acionados via cartões pré-pagos. Por outro lado, podemos constatar que os hotéis de lazer também passaram por um ciclo evolutivo, de resort a complexo turístico ou megaresorts.Hoje o mercado exibe novos conceitos, o que exigiu a modernização do novo sistema.

2.1 TURISMO DE NEGÓCIOS

Com as recentes mudanças que ocorreram no mercado de viagens de negócios, as prioridades dos clientes têm mudado freqüentemente, pois se procura além do menor preço ou do maior desconto, melhor atendimento, e maior diversificação em serviços prestados.

Se o destino tiver como base econômica a prestação de serviços, compete à análise atentar para a nova realidade da economia mundial, baseada em conceitos pós-industriais. As localidades cuja economia se baseia exclusivamente na indústria deixarão, em médio prazo, de ser atraentes para o mercado hoteleiro. Isso ocorre principalmente por dois motivos: a automação de suas linhas de produção (enxugamento, o chamado downsizing, das estruturas organizacionais) e o deslocamento de seus departamentos e escritórios para locais diferentes de sua base industrial. O crescimento da prestação de serviços aponta para uma economia extremamente ágil e com intercâmbio de informações, ampliando os deslocamentos para reuniões e congressos. Mesmo o crescimento das teleconferências, que, em princípio, poderia trazer problemas de ocupação à rede hoteleira, não representa perigo, uma vez que os eventos ainda propiciam a possibilidade de contatos pessoais e convivência no chamado

2 http://www.abih.com.br/principal/form_pedcartilha.php

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“mundo dos negócios”. Essa vertente do turismo comporta desde produtos para altos executivos até hotéis econômicos voltados para representantes de venda. (BONFATO, 2006, p. 63)

2.2 TIPOS DE HOTÉIS

Existem 5 tipos de hotéis consagrados para os arquitetos Nelson Andrade, Paulo Britto e Wilson Jorge, são eles: centrais, não centrais, econômicos, de aeroporto e resorts. Outros tipos de hotel surgiram como resposta às diferentes solicitações do mercado, com variações muitas vezes sutis em relação aos já consagrados de onde eles derivam. Entre eles estão: hotéis fazenda e pousadas que hoje influenciados pelo turismo rural vêm crescendo consideravelmente.

Outro nicho são os hotéis de selva cujas atrações giram em torno de florestas, como exemplo, hotéis da Amazônia e Pantanal. Hotéis cassino, por contar com toda a infra-estrutura de jogo associada, spas, vinculam-se a locais com propriedades terapêuticas, Apart-hotéis, que podem propiciar um tempo maior de estada e por fim, os hotéis de negócios que estão ligados diretamente ao presente trabalho, por contarem com estrutura de apoio a eventos realizados na cidade.

2.2.1 Hotel de Negócios

Os Hotéis de negócios têm como objetivo atender as necessidades de pessoas que estão viajando a trabalho. As prioridades e exigências recaem sobre a estrutura encontrada internamente em hotéis de padrão executivo. A oferta de salas

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de reuniões e convenções, de materiais e equipamentos para locação como aparelho de fax, computador, retroprojetor, microfone e acesso à Internet são alguns dos itens necessários para a satisfação dos hóspedes.

Para que efetivamente esse tipo de hotel seja bem sucedido, faz-se necessário que este esteja localizado em uma cidade caracterizada como centro importante de negócios e serviços, além de possuir toda uma infra-estrutura urbana confiável, local de fácil identificação na cidade e ainda um terreno onde seja possível ter próximo, uma área de estacionamento. (ANDRADE, BRITO, JORGE. 2007, p. 40)

2.2.2 Diferencial do Hotel de Negócio

O diferencial nos hotéis de negócios está na adequação de suas instalações às necessidades de seus clientes e na eficiência dos serviços prestados. Um sistema de comunicações eficiente, a prestação de serviços Express como: check-in, check-out, room servicee laundry service 24 horas, são exemplos de alguns serviços

ou atendimentos que repercutem de forma positiva na imagem de um hotel de negócios. Ambientes que reproduzam escritórios virtuais, equipados com material de última geração e espaços preparados especialmente para a realização de eventos e congressos, apresentam elevado nível de competitividade e têm a preferência dos hóspedes. (SCHWANKE, Thilara Lopes; MÜLLER, Dalila, 2005).

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2.3 MUNICÍPIO DE CASCAVEL

Município fundado em 14 de novembro de 1951 deve grande parte de seu desenvolvimento a sua posição estratégica em relação às principais cidades e rodovias do estado do Paraná, localizado no entroncamento das rodovias BR 277 (Foz do Iguaçu – Paranaguá), BR 467 (Cascavel – Mato Grosso do Sul), BR 369 (Cascavel – Norte do Paraná – São Paulo), BR 182 (Cascavel – Rio Grande do Sul), sendo que desde o início de sua colonização, ponte de parada de tropeiros e migrantes que procuravam por terras, erva-mate e gado (SPERANÇA, 1992).

A rede hoteleira de Cascavel foi se consolidando ao longo dos anos, e conforme a demanda foi se modificando, as salas de reuniões ou centro de convenções, foram se tornando exigências fundamentais para a escolha do estabelecimento previamente pelos hóspedes, e tudo isso devido ao Show Rural.

Entre os sete mais procurados por contarem com o centro de convenções ou salas de reuniões podemos destacar, Deville, Copas Verdes e Querência como referências de uma época em que a cidade mostrou ter forte potencial agropecuário, que foi do final dos anos 70 até o final dos anos 80.

O Hotel Grand Prix também conta com sala para reuniões e tem destaque por ser um hotel central, além de exister desde a década de 70. O Talara surgiu no começo dos anos 80, mas com a proposta de apart-hotel.

A Rede Bourbon chegou no fim dos anos 90 com um hotel onde algumas unidades são também comercializadas, a partir daí, o hotel administra para o investidor, e por último o Copas Executive que pertence ao mesmo grupo Cascavelense que opera o Hotel Copas verdes, e já surgiu para atender essa demanda ascendente do Show Rural.

(16)

2.4 JUSTIFICATIVA

O Desenvolvimento do projeto de hotel tem por motivação, o potencial do município de Cascavel quanto ao agronegócio, eventos regionais e pólo estudantil além de sua posição no cenário paranaense estrategicamente próxima a Foz do Iguaçu. Outro motivo é explorar um potencial ainda pouco existente na cidade, de um hotel com unidades em nível executivo, mas com serviços diferenciados de um hotel de lazer.

2.5 JUSTIFICATIVA ARQUITETÔNICA

No tocante aos meios de hospedagem para futuros investidores do setor, toda cidade possui potencial turístico, basta compreendê-lo através de estudos de viabilidade e adequação dos produtos, da infra-estrutura e dos serviços hoteleiros oferecidos, para a modalidade que se vai disponibilizar. Neste caso, o hotel de negócios.

Por isso um projeto dessa proporção deve não apenas ser simplesmente mais um hotel, mas é necessário que esta obra se integre ao entorno, que se torne parte da paisagem, e que seja de linhas sóbrias para representar a sua categoria de hotel executivo.

(17)

2.6 PROBLEMA DE PESQUISA

A cidade de Cascavel oferece instalações hoteleiras das mais diversas categorias, sendo que poucas são voltadas ao turismo de negócios, ante a desconfiança dos investidores deste setor, então como existem casos de hotéis, que deixam muito a desejar em suas instalações e serviços, por não terem acompanhado a tecnologia desenvolvida, um mercado que vem tomando espaço, é o de pessoas que alugam suas casas em períodos de eventos, retirando dos hotéis essa atribuição e diminuindo a receita desses estabelecimentos.

2.7 OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem por objetivo projetar a construção de um hotel de nível executivo na cidade de Cascavel, visando ao turismo de negócios, que é uma área em ascensão, disponibilizando espaços para a realização de vários tipos de eventos e com várias modulações em salas de reuniões.

2.8 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos deste trabalho são:

 Desenvolver um projeto prático, ou seja, de fácil execução, que prime pela funcionalidade, mas com requintes dos melhores hotéis e que seja referência no tipo de atendimento.

(18)

 Projetar soluções em salas de reuniões para atender as mais diversas

demandas em turismo de negócios e eventos

 Propiciar em um mesmo ambiente, área de lazer com equipamentos

modernos, um “HEALTH CLUB” (clube de saúde) que oferece salas para aulas de ginástica, piscina térmica, sauna, massagens, tudo integrado em um local compacto e atendido por um bar.

 Desenvolver um projeto que tire proveito da posição do terreno a fim de

otimizar o conforto térmico, e iluminação natural abundante privilegiando a face norte.

 Propor métodos construtivos convencionais aliados a elementos de destaque

visual, como unir a alvenaria comum com a pele de vidro

 Oferecer diversas modalidades de uh’s entre lofts, flats e suítes a fim de

atender a diferentes exigências.

 Trabalhar a forma arquitetônica no intuito de compor um conjunto visual que

chame a atenção pelas formas e ao mesmo tempo se integre bem com o entorno.

 Tratar de questões técnicas de acessibilidade, criando espaços adequados a pessoas com necessidades especiais.

2.9 METODOLOGIA

Metodologia de Abordagem: o método de abordagem a ser utilizado na pesquisa será o dedutivo, em que, a partir da relação entre enunciados básicos,

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denominados premissas, tira-se uma conclusão, com base em análises de modelos arquitetônicos, apontando-se os mais adequados para aplicação ao caso concreto.

Metodologia de Procedimento: a pesquisa terá como base o procedimento monográfico, e com projeto arquitetônico.

Técnicas de Pesquisa: os instrumentos a serem utilizados no desenvolvimento do trabalho caracterizam-se pelas pesquisas bibliográficas, documental, bem como, artigos científicos na expectativa de encontrar pareceres atuais e internet, dentre outros meios e técnicas de pesquisa direta e indireta.

(MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M.)

(20)

3 SEGUNDO CAPÍTULO: PROGRAMA DE NECESSIDADES

Para desenvolver o programa de necessidades foram pesquisados vários hotéis, de diversas modalidades que possuíssem alguma característica semelhante a que será adotada neste projeto; entre eles, o Maksoud Plaza em São Paulo do Arquiteto Nelson Rodrigues, concluiu-se posteriormente que não existem regras fixas para a elaboração do programa, mas alguns critérios foram observados nos casos estudados e com isso foi possível aproveitar os que melhor se enquadram com esta proposta.

3.1 SETORIZAÇÃO

Como neste hotel serão realizadas reuniões simultâneas em salas diferentes, primou-se por uma setorização que privilegiasse o hóspede e ao mesmo tempo desse liberdade ao usuário externo, com acessos distintos às várias atividades oferecidas pelo hotel.

3.1.1 Administração

Nesta área se operam as atividades internas do hotel, bem como, o cadastro de hóspedes, as compras, a distribuição e toda a parte organizacional:

 Recepção

 Gerência

(21)

 Administração

 Maleiro

 C.P.D

3.1.2 Áreas Sociais e públicas

Na área Social estão concentradas as atividades do hotel que geram fluxo constante de pessoas tanto de funcionários, hóspedes ou freqüentadores:

 o lobby do hotel

 foyer e salas para eventos ou reuniões

 cozinha de apoio ao centro de eventos

 restaurante, bar

 sala de internet

 sala de tv, estar

 conveniência

3.1.3 Área de hospedagem

Nesta área, estão distribuídas as unidades habitacionais, em todas as modalidades oferecidas onde só hóspedes e funcionários terão acesso:

 apartamentos convencionais para casal

 apartamentos duplos com duas camas de solteiro

(22)

 apartamentos especiais para inabilitados com porta de acesso a apartamento

de acompanhante

 flats luxo

 lofts super luxo com banheira de hidromassagem redonda

3.1.4 Serviços

São destinados a todas as atividades realizadas para atender aos hóspedes e/ou freqüentadores, de acesso restrito a funcionários:

 cozinha

 buffet

 depósito de alimentos

 depósito de bebidas

 lavanderia roupa suja

 lavanderia roupa limpa

 estacionamento no subsolo

 escada de acesso à garagem

 shafts para manutenção da hidráulica a cada dois apartamentos

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3.1.5 Área de Lazer

A área de lazer é destinada nesse tipo de hotel, a atividades de relaxamento, basicamente com muita comodidade e proximidade, por isso o HEALTH CLUB3, que reúne várias atividades em um mesmo espaço.

 Piscina térmica

 Salas para Fitness

 Sauna

 Bar

 Acesso a elevadores, escada e saída de emergência

3.1.6 Fluxograma do pavimento terreo

Optou-se por identificar o pavimento térreo por meio de um fluxograma, para que se de ênfase a setorização trabalhada no projeto, onde a premissa básica é a de que a área de eventos fique separada da área de circulação de hóspedes, fezendo com que dessa maneira o fluxo e a rotina do hotel não seja afetada por algum evento ou reunião que esteja acontecendo.

3 Significa um clube de saúde, ou seja, local para cuidar do corpo, fazer exercícios físicos, exercícios de relaxamento, etc.

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SERVIÇOS/FUNCIONÁRIOS

FITNESS/ PISCINA

LOBBY

INTERNET/CONVENIENCIA/

SANITARIOS/MALEIRO ADMINISTRAÇÃO ACESSO

EVENTOS EVENTOS

ELEVADORES/

ESCADA ACESSO APTOS

3.2 ACESSIBILIDADE

O termo acessibilidade segundo acessobrasil4:

A expressão “acessibilidade”, presente em diversas áreas de atividade, representa o direito de eliminação de barreiras arquitetônicas, de disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos.

4 http://www.acessobrasil.org.br/index.php?itemid=45

(25)

Atualmente, a acessibiliade tem sido uma grande preocupação na arquitetura e no urbanismo, o que se verifica principalmente, nas adequações e construções dos prédios públicos, buscando facilitar o acesso das pessoas portadoras de necessidades especiais e das demais pessoas. Atualmente estão em andamento obras e serviços de adequação do espaço urbano e dos edifícios às necessidades de inclusão de toda população

3.2.1 Acessibilidade na Hotelaria

No tocante às questões de acessibilidade na hotelaria, estas estão sendo tratadas com muito mais responsabilidade depois de constantes discussões em torno do assunto. A NBR 90505, de setembro de 1994 normatiza todas as dimensões de equipamentos e acessos para portadores de necessidaddes especiais.

A relevância do tema da pesquisa na atualidade é comprovada pelo lançamento no dia 2 de junho de 2004, pelo Ministério das Cidades do Brasil Acessível, O Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana, programa que visa desenvolver ações que garantam a acessibilidade aos sistemas de transporte, e circulação de vias públicas para as pessoas com restrição de mobilidade.

No caso do hotel que será projetado, todas as normas quanto ao mobiliário, quanto aos espaços de circulação nos sanitários e apartamentos estão previstas, além de poder circular com facilidade em todas as dependências do hotel.

5 NBR 9050 – Norma Brasileira de Acessibilidade ABNT, Norma publicada em 2004, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, para acessibilidade em edifícios de caráter público.

(26)

Os apartamentos são iguais aos demais, porém com banheiros adaptados que são mais largos e com porta interna para outro apartamento no caso de necessitar a presença de um acompanhante por perto.

3.3 QUESTÕES TÉCNICAS DE ACESSIBILIDADE NAS UNIDADES HABITACIONAIS (UH)

Existem questões regulamentadas para serem especificadas, podendo citar as portas com largura mínima de 80cm, pisos uniformes e antiderrapantes, circulações internas com mínimo de um metro, círculos de 1,50m para giro total da cadeira, comandos na cabeceira e os que por algum motivo não forem na cabeceira, que tenham no máximo 1,20m e no mínimo 30cm.

3.3.1 Acessibilidade ao mobiliário

Nos móveis, as principais alterações a serem feitas devem ser armários com porta de correr ou com ângulo de 180°, prateleiras e cabides no máximo a 1,20m e mínimo 0,30m, cama com 0,52m, tendo a mesma altura da cadeira de rodas.

No caso dos corredores do hotel, independente de se tratar de cadeirante ou não, faz-se necessária a utilização de carpete em 100% dos hotéis, pelo alto tráfego das circulações, tendo que ser resistente e que faça o mínimo de ruído, não atrapalhando quem está nos apartamentos. (Denise Barreto)6

6 Denise Barreto é arquiteta. Disponível em:

http://www.flexeventos.com.br/detalhe_01.asp?url=guia_pisos.asp >, acesso em: 26 ago 08.

(27)

3.3.2 Questões de acessibilidade quanto ao banheiro

Neste, a regra de altura é a mesma dos itens anteriores descritos, acrescentando dimensões onde o portador de necessidades especiais, quando cadeirante possa acessar todos os equipamentos livres, essa medida forma um “L”

com 1,70m por 0,90m, e na outra extremidade do “L” 1,40m por 0,90m. Além de contar com barras longitudinais nas paredes.

3.4 CORRELATOS

Casos correlatos são produtos já existentes que ajudam a desenvolver outras idéias,no intuito de aplicar e aperfeiçoar algo que já deu certo em algum lugar, e contribuem para que a cada dia mais tecnologia seja empregada, e possam existir produtos novos compostos de miscelâneas de grandes idéias.

3.4.1 MAKSOUD PLAZA

O Hotel Maksoud Plaza foi escolhido como correlato devido a sua forma de linhas retas que propicia um visual sério com a imponência de um hotel de negócios.

Há que se destacar ainda, as modalidades de atendimento, que caracterizam esse estabelecimento como hotel 4 em 17, tendo unidades habitacionais desde o

7 Hotel 4 em 1 significa que existe mais de uma categoria de hospedagem em suas instalações podendo ser divididos por pavimentos ou por lados diferentes

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apartamento mais simples até sofisticadas suítes. Da mesma forma essa variedade será utilizada no desenvolvimento desse projeto.

Outro ponto relevante a ser aproveitado do Maksoud Plaza é o seu centro de convenções que dá a possibilidade, de acontecer vários eventos simultâneos com salas de vários tamanhos, para atender as diversas demandas.

Segue abaixo uma foto da fachada do Maksoud Plaza, e também uma da planta do centro de eventos, com nomenclaturas e dimensões das salas.

Figura 2: Maksoud Plaza São Paulo. Fonte: Arco web. Disponível em: www.arcoweb.com.br acesso em 18/05/2008

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Figura 3: Centro de convenções Maksoud Plaza São Paulo

Fonte: Arcoweb. Disponível em: www.arcoweb.com.br acesso em 18/05/2008

A Xingu 7,50 x 5,80 = 43,5 m2

B Solimões 8,00 x 5,80 = 46,4 m2

C Amazonas 6,40 x 5,80 = 37,1 m2

D Tapajós 7,50 x 5,80 = 43,5 m2

E Araguaia 8,00 x 5,80 = 46,4 m2

F Tocantins 6,40 x 5,80 = 37,1 m2

G São Paulo 22,00 x 12,00 = 264,0 m2

H Brasil 22,00 x 12,00 = 264,0 m2

I Salão Nobre (G + H) 22,00 x 24,00 = 528,0 m2 J Grande Salão Nobre

(A+B+C+D+E+F+G+H) 22,00 x 36,00 = 792,0 m2

L Terraço Bonair (P+Q+R) 541,0 m2

L1 Goiás 15,90 x 13 = 207,0 m2

L2 Bahia 15,90 x 13 = 207,0 m2

L3 Pará 13,70 x 9 = 127,0 m2

M Auditório 420 lugares

N Foyers

Pé direito dos Salões: 3,60 m

Pé direito do Terraço: 3,80 m

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3.4.2 REDE DE HOTÉIS TRANSAMÉRICA

Outro correlato importante são os hotéis da rede Transamérica não só pela arquitetura diferenciada adotada para cada uma de suas obras, mas para cada hotel dessa rede, existe um projeto diferente de prestação de serviços, alguns têm apartamentos convencionais, outros são flats exclusivamente, mas todos os Hotéis Transamérica são referência quanto ao seu centro de convenções disponíveis em todos.

Dentre os Hotéis Transamérica existentes no Brasil, destacaremos os da cidade de São Paulo, onde a rede possui os mais diversos modelos arquitetônicos, localizados em pontos estratégicos, não só centrais, para que locais de eventos não fiquem sem cobertura de um hotel e com centros de convenções para dar apoio a eventos da cidade.

Figura 4: Centro de convenções Transamérica São Paulo 21st century, sala subdividida com divisórias móveis.

Fonte: Hotéis Transamérica. Disponível em: www.transamericaflats.com.br acesso em 18/10/2008

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Figura 5: Centro de convenções Transamérica São Paulo, Faria Lima, Fonte: Hotéis Transamérica. Disponível em: www.transamericaflats.com.br acesso em 18/10/2008

Figura 6: Piscina coberta Transamérica São Paulo, Flat Ópera, Fonte: Hotéis Transamérica. Disponível em:

www.transamericaflats.com.br acesso em 18/10/2008

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3.4.3 Edifícios de Arquitetura Modernista M.M.M Roberto

Estes correlatos se referem exclusivamente às formas adotadas neste trabalho, onde uma das principais fontes de inspiração para a composição da fachada, são as obras dos irmãos M.M.M. Roberto8, consagrados arquitetos cariocas modernistas que projetaram muitos edifícios entre as décadas de 40 e 60, e que entre suas obras de destaque podemos citar a sede da Associação Brasileira de Imprensa.

Os edifícios referenciados abaixo como correlatos, são algumas obras dos irmãos Roberto, que têm por característica marcante, esses grandes panos retos, com muitos elementos horizontais e fachadas envidraçadas por toda a extensão, às vezes com quebras de ângulo sutis, representam essa sobriedade de linhas que se quer alcançar no Hotel de Negócio, tornando seu visual mais brutalista e imponente por conseqüência.

Figuras 7 e 8: Edifício Resseguros São Paulo, e Edifício Seguradoras no Rio de Janeiro , Fonte: Arco Web.

Disponível em: www.arcoweb.com.br acesso em 16/04/2008

8 Marcelo Roberto, Milton Roberto e Maurício Roberto

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Figuras 9 e 10: Edifício Banco do Brasil, e Edifício Marquês de Herval, ambos no Rio de Janeiro , Fonte: Arco Web. Disponível em: www.arcoweb.com.br acesso em 16/04/2008

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4 TERCEIRO CAPÍTULO: CONCEPÇÃO DO HOTEL

No que se refere ao conceito para a escolha do terreno a ser projetado o referido hotel, foram levados determinados fatores em consideração: a localização próxima ao maior Shopping Center da cidade e a uma das grandes faculdades da cidade, o que com certeza vai propiciar a moradia de estudantes e professores também, tendo em vista as modalidades de flats, lofts e apartamentos disponíveis.

Além disso, o principal foco é o turismo de negócio, como já citado anteriormente, razão pela qual o hotel disporá desse mix de loft, flat e apartamentos, proporcionando o atendimento das demandas que são sofridas na cidade com a falta de opções. Portanto, a área em questão possui 2155m2 e está situada numa das regiões em maior ascensão da cidade.

O local permite uma taxa de ocupação de 70%, o que significa 1508m2, sendo que o térreo foi ocupado quase no seu limite, totalizando 1500m2, com o coeficiente de aproveitamento de 3, significa que podemos alcançar até 6455m2, o total do hotel fica em 6125m2.

4.1 Unidades Habitacionais

Para as unidades habitacionais pensou-se em medidas universais utilizadas em hotéis tradicionais que estão sempre entre 3,50 de largura no mínimo, e no comprimento podem variar entre 5 metros a 6 metros dependendo do padrão do estabelecimento, e ainda, na concepção do Hotel

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Segundo Andrade, Brito e Jorge, :

Pode se dizer que atualmente existe um padrão básico de quarto adotado nos apartamentos ( constituídos por vestíbulo, banheiro e quartos) de hotéis em todo o mundo, cujas dimensões, com pequenas variações da ordem de 10 por cento. (p 56)9

No presente projeto em estudo, as diversificações nos apartamentos se devem ao fato de que atualmente em Cascavel, existe apenas um hotel que oferece em sua totalidade flats, e outro hotel que oferece apenas uma unidade de loft. Ante ao aumento da demanda, neste setor a cada ano que passa, é possível desenvolver um hotel que se destaque entre os demais; justamente pela diversificação das acomodações e pelo centro de convenções que poderá aumentar ou diminuir de tamanho dependendo do tamanho do evento.

No tocante à parte de manutenção dos quartos, realizar-se-á por meio de shafts10 localizados no corredor entre duas unidades, estes corredores terão 2,00m de largura com janelas nas suas extremidades, o sistema de ar condicionado dos apartamentos pode ser o convencional de parede, ou o split.

Sendo optado pelo split, como não se trata de um prédio alto, pode receber as unidades condensadoras na parte de cima onde há bastante espaço e não tem visibilidade, o que facilita a manutenção, já que este piso é utilizado para manutenção. Frigobares de 80l são suficientes para armazenar produtos por possuírem tamanho reduzido, além de economizarem mais energia.

Com relação a escolha dos pisos dos quartos, poderão ser em madeira ou carpete, mas na circulação utiliza-se o carpete para que haja menos barulho ao arrastar malas. Nos banheiros deverá ser utilizado cerâmica e pintura hidrorepelente

9 ANDRADE, Nelson & BRITO, Paulo Lúcio de & JORGE, Wilson Edson. Hotel: Planejamento e Projeto. São Paulo: Ed. Senac, 2007, 9ª edição.

10 São os dutos a cada dois banheiros com porta externa para manutenção hidráulica.

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nas paredes, cerâmica no chão, com piso inteiriço no box, dispondo ainda de aquecimento central.

4.1.1 Apartamento Convencional

Esta modalidade conta com o tradicional, ou seja, a cama de casal, uma mesinha para café com frigobar e a estação para trabalho com ponto para internet, presente em todas as unidades; o banheiro é compacto e funcional, tendência nos maiores hotéis desse segmento.

4.1.2 Apartamento Duplo

Este tipo de apartamento tem o mesmo tamanho do anterior e os mesmos equipamentos, sendo que a única diferença é a de ter duas camas de solteiro, sendo que na falta de apartamentos com cama de casal, ele pode suprir essa falta com a junção das camas.

4.1.3 Apartamento adaptado

Esta unidade é totalmente adaptada a cadeirantes, com especificações da NBR 9050, no que diz respeito a aberturas, mobiliário e fluxo, com espaços iguais aos apartamentos convencionais, mais a porta interna para apartamento de acompanhante.

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4.1.4 Flat Luxo

Essa modalidade conta com sala/cozinha, quarto e banheiro, tem uma área de 47m2 com espaço amplo, pode ainda receber mais que 2 pessoas pelo fato de contar com sofá cama na sala, e o móvel da TV tanto pode estar voltado para a cama no quarto ou para o sofá na sala.

4.1.5 Loft Super Luxo

Estão locados na parte mais nobre da planta do hotel, é mais uma modalidade de UH com mais requintes que o flat, mas com os mesmos equipamentos, diferenciando-se somente pelo modelo da planta, a posição e o fato de que na suíte situada no pavimento superior dispõe de uma banheira de hidromassagem redonda e integrada com a suíte, além de ter vista privilegiada, devido a seu pé direito duplo.

4.2 CENTRO DE CONVENÇÕES

É um espaço destinado a eventos em geral, podendo citar mais especificamente: conferências, reuniões de empresas, palestras, feiras, por universidades, exposições, cursos, e etc.

O centro de convenções terá capacidade para 175 pessoas em um salão de 299m2, vai contar com um foyer para todas as salas com instalações

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sanitárias e uma cozinha de apoio, aberturas para um pátio interno e uma circulação ampla depois do foyer, essa grande sala de reunião poderá ser subdividida em até 4 salas de 40m2 ou 2 de 80m2, para comportar o tamanho do evento em cada ocasião, possibilitando assim que aconteçam alguns eventos menores simultaneamente, e até dois eventos com número um pouco maior de participantes.

4.3 COZINHA INDUSTRIAL

A produção de alimentos em hotéis, particularmente nos médios e grandes, tem todas as características de um processo industrial de produção, onde eficiência e economia são fatores preponderantes, nesse ponto entra a parte arquitetônica.

(ANDRADE, BRITO, JORGE. 2007, p 153)11

Nessa ala, deve existir um cuidado especial com essa parte do projeto, pois é onde se concentra a maior parte dos serviços, abrangendo uma área para recebimento dos mantimentos totalmente independente da parte de distribuição e acesso de funcionários.

Ainda há que se ressaltar que na parte interna da cozinha existe uma subdivisão no preparo de alimentos, os quais passam por vários processos antes de serem servidos, tendo como horário de funcionamento de 24 horas há necessidade de dimensionar acordo com os equipamentos mais modernos para que esse processo de produção tenha extrema perfeição e satisfação.

11 ANDRADE, Nelson & BRITO, Paulo Lúcio de & JORGE, Wilson Edson. Hotel: Planejamento e Projeto. São Paulo: Ed. Senac, 2007, 9ª edição.

(39)

Para que possa potencializar a produção de alimentos em grande escala é necessário que haja uma eficiência e um bom contingente de funcionários, além de que haja centralização da cozinha.

4.4 HEALTH CLUB

Em hotéis de negócio as áreas recreativas se resumem com maior freqüência a salas de ginástica, sauna e massagens, e piscinas. Dependendo do número de apartamentos e do padrão do hotel, esse conjunto de instalações assume características de um “health club”(clube de saúde), ou com salas equipadas com variados e sofisticados aparelhos de ginástica, diferentes tipos de sauna, duchas e etc. A piscina, quase sempre com dimensões reduzidas, pode ser externa ou interna, quando interna geralmente climatizada. (ANDRADE, BRITO, JORGE. 2007, P162)12.

O ambiente de lazer terá esse conceito de health club, será um misto de academia com salas para ginástica com aparelhos de musculação modernos e piscina coberta, tudo isso integrado a um bar para atender às necessidades dos hóspedes que estejam relaxando.

Toda essa parte está concentrada no térreo e primeiro pavimento do hotel que tem uma excelente área útil, esse pavimento de lazer tem o pé direito duplo a fim de criar um ambiente que dê sensação de liberdade mesmo tendo a área de lazer, incluindo as piscinas cobertas.

12 ANDRADE, Nelson & BRITO, Paulo Lúcio de & JORGE, Wilson Edson. Hotel: Planejamento e Projeto. São Paulo: Ed. Senac, 2007, 9ª edição.

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4.5 LAVANDERIA E SERVIÇOS GERAIS

Em decorrência do fato de que a cozinha terá atendimento 24 horas para servir o hóspede, essa demanda também vai precisar de uma lavanderia com o mesmo funcionamento de 24 horas, onde sua saída para a parte externa aproveite também o acesso utilizado pela chegada de mantimentos.

Assim, por esse mesmo acesso, terá ainda entrada de funcionários e local para reposição de gás, entrada de serviços terceirizados, que estão voltados no oposto ao acesso dos hóspedes e freqüentadores.

Sobre a lavanderia em si, foram reservadas duas salas com aproximadamente 25m2, uma para a parte de roupa limpa e outra para a roupa suja, dispostas em uma ala onde se encontra também o refeitório de funcionários, vestiários, e sala com acesso ao estacionamento.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como vimos, para a execução de um projeto dessa dimensão é necessário conhecer o perfil do município no intuito de planejar um estabelecimento que não seja mais um no meio de muitos, porque em outros períodos onde as feiras e eventos não estiverem acontecendo, que existam motivos para uma pessoa chegar a Cascavel e fazer ela escolher este hotel e não os concorrentes.

Disponibilizar acomodações e serviços diferenciados são fatores que influenciam na escolha do hotel apesar de envolver custos mais elevados de hospedagem. No caso deste hotel, para que isso não afaste outros hóspedes, a idéia é que o atendimento funcione como no Maksoud Plaza, que é um caso de correlato, onde serão disponibilizadas unidades habitacionais desde econômicas até alto luxo, isso faz com que em períodos de feira por exemplo, pessoas amigas e com diferentes orçamentos possam se hospedar no mesmo hotel, e se utilizem da mesma infra estrutura de lazer ou de convenções e serviços gerais.

Um hotel como esse precisa também se adequar a todas as normas de acessibilidade possíveis, e que todas essas adequações sejam feitas com muita cautela, para que pessoas com necessidades especiais circulem com naturalidade, evitando degraus, desníveis em pisos, enfim, que se criem espaços amplos para a locomoção.

Nesse projeto também se sentiu a necessidade de incluir um pequeno centro de convenções para que se possam realizar eventos como assembléias e encontros simultâneos ao Show Rural, e ao mesmo tempo um palestrante pode estar ministrando algum curso para universitários ou professores, essa simultaneidade se deve ao fato da distribuição de salas ser favorável à utilização destas ao mesmo

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tempo, isso graças a uma estrutura de apoio como toaletes bem distribuídos e um foyer amplo com área de descanso com bar.

Pensando em todos estes atrativos e na variedade de atendimento, foi possível criar espaços generosos com o intuito de fazer com que a estada dos viajantes seja o mais agradável possível, e faça com que este hóspede, tenha vontade de voltar até mesmo a passeio, o que pode propiciar outro nicho de turismo onde Cascavel tem potencial, o turismo rural.

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REFERÊNCIAS

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Acesso em: 06/08/2008.

ANDRADE, Nelson & BRITO, Paulo Lúcio de & JORGE, Wilson Edson. Hotel:

Planejamento e Projeto. São Paulo: Ed. Senac, 2007, 9ª edição.

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04/08/2008.

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