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DIONATA HOTZ AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE PARA BOVINOS LEITEIROS DA RAÇA HOLANDESA EM RIO DO SUL SC

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DIONATA HOTZ

AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE PARA BOVINOS LEITEIROS DA RAÇA HOLANDESA EM RIO DO SUL – SC

Rio do Sul 2017

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DIONATA HOTZ

AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE PARA BOVINOS LEITEIROS DA RAÇA HOLANDESA EM RIO DO SUL – SC

Trabalho de Curso apresentado ao Curso de graduação em Agronomia do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Catarinense – Campus Rio do Sul para obtenção do título de bacharel em Agronomia.

Prof. Dr. Leonardo de Oliveira Neves

Rio do Sul 2017

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço à Deus e à minha família, em especial aos meus pais Antonio Hotz e Marlene Hotz, também a minha irmã Cristiane Hotz e ao meu cunhado Cleber Reili Masote, por todo apoio durante esses anos de graduação, sem a ajuda de vocês eu não teria chegado até aqui.

À minha namorada Flaviane Linzmeyer, pelo amor, amizade e companheirismo durante esse tempo que estamos juntos, mesmo nos momentos mais difíceis, sua ajuda sempre foi fundamental.

Ao professor Dr. Leonardo de Oliveira Neves pela orientação e disposição em me ajudar neste trabalho e pela paciência em me orientar a mais de um ano já na Agronomia como bolsista PET.

Gostaria de agradecer a todos que de alguma maneira me ajudaram a chegar até aqui, muito obrigado!

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RESUMO

A produção nacional de leite vem aumentando nos últimos anos, porém, o estresse térmico em períodos com temperaturas muito elevadas pode se tornar prejudicial aos animais pouco adaptados ao calor, consequentemente, reduzindo a produção. O presente estudo teve como objetivo avaliar a existência de estresse térmico e o declínio da produção de leite em vacas leiteiras de raça holandesa criadas a pasto no município de Rio do Sul – SC, através do Índice de Temperatura e Umidade (ITU) e o Declínio de Produção Leiteira (DPL). O experimento foi realizado no Instituto Federal Catarinense Campus Rio do Sul, localizado na região do Alto Vale do Itajaí, no Estado de Santa Catarina, durante dois anos consecutivos (2015 e 2016). Foram utilizados dados meteorológicos médios diários de Temperatura do ar (tar) e Umidade Relativa do ar (UR) coletados por um DataLogger em intervalos de 15 minutos. Os resultados mostram a variação média mensal de ITU entre 59,2 e 71,3, com média de 65,3

±2,0 em 2015, enquanto em 2016 os valores variaram entre 57,4 e 71,2, com média de 64,1

±2,1, podendo atingir desconforto nos meses de verão, entre as 13 e 18 horas, onde os valores de ITU superam 72. O DPL foi estimado para seis níveis de produção normal (10, 15, 20, 25, 30 e 35 kg.dia-1.vaca-1), sendo observadas maiores reduções na produção de leite em condição de 35 kg.dia-1.vaca-1, com perda de 1,2 kg.dia-1.vaca-1 em janeiro e dezembro de 2015. Já em 2016 para uma produção de 35 kg.dia-1.vaca-1 houve redução de 1,2 kg.dia-1.vaca-1 apenas para fevereiro. Conclui-se, desta forma, que os produtores devem estar atentos às condições ambientais em que o animal se encontra, principalmente nos meses de verão em sistema de criação a pasto.

Palavras chave: Estresse térmico. Produtividade. Leite.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. REVISÃO DA LITERATURA ... 3

2.1 CLIMA ... 3

2.2 FATORES CLIMÁTICOS ... 4

2.2.1 Efeitos da Temperatura do Ar ... 4

2.2.2 Efeitos da Umidade Relativa do Ar ... 5

2.3 ZONA DE CONFORTO TÉRMICO ... 5

2.4 INDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE (ITU) ... 9

2.5 DECLÍNIO DA PRODUÇÃO DE LEITE (DPL) ... 10

3. OBJETIVOS ... 11

3.1 GERAL ... 11

3.2 ESPECÍFICO ... 11

4. MATERIAL E MÉTODOS ... 12

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 15

6. CONCLUSÃO ... Erro! Indicador não definido. REFERÊNCIAS ... 22

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1 1. INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento do setor agropecuário no Brasil, principalmente o setor relacionado a bovinos, é cada vez mais frequente a exposição de pesquisas a respeito destes animais relacionados com as mais variadas áreas, dentre elas, o Bem-Estar Animal (BEA).

Estes estudos em grande parte estão relacionados à ampliação da produção leiteira, em que no 1º trimestre de 2014 foram adquiridos, pelas indústrias processadoras de leite aproximadamente 6,2 bilhões de litros do produto (IBGE, 2014).

O Brasil ocupa o 6º lugar entre os países com maior produção de leite, detendo uma produção anual de mais de 35,17 bilhões de litros. Deste total produzido, a Região Sul tem uma participação de 34,4% da produção nacional, tendo os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina com produção de 4,685; 4,533 e 2,983 bilhões de litros de leite por ano, respectivamente, sendo Santa Catarina o 5º maior produtor nacional (IBGE, 2014).

Entretanto, mesmo com esta produção a oferta de leite e derivados ainda não é suficiente para atender o mercado interno, uma vez que ainda somos importadores de leite, sendo que em 2014, do valor total de lácteos importados pelo Brasil, 52,2% veio da Argentina e 28,3% do Uruguai. Segundo dados do IBGE (2014), a produtividade brasileira ainda é baixa, com apenas 1525 litros.vaca-1.ano-1, enquanto em Santa Catarina essa média é um pouco maior, 2694 litros.vaca-1.ano-1. Esses valores mostram que é preciso melhorar eficiência com que o leite é produzido, reduzindo custos e aumentando a produtividade dos rebanhos. No entanto, este aumento é dependente da qualidade e dos custos da alimentação, melhoria dos índices reprodutivos dos animais e da seleção de animais com maior potencial de produção.

Um dos motivos que fez a produção leiteira aumentar no Brasil nos últimos anos é a introdução de animais especializados no rebanho, que em muitos casos, são pouco adaptados às condições de determinadas regiões, assim como os animais de origem europeia que são mais sensíveis ao estresse térmico. Esses animais com genética de maior potencial produtivo são mais exigentes em relação as práticas de manejo, nutrição e principalmente controle dos efeitos do estresse térmico, o que pode desencadear alterações comportamentais e fisiológicas que irão afetar as funções normais dos animais e consequentemente a produção de leite (SILVA et al., 2002).

Segundo Baccari Jr. (1989) o melhoramento genético e a criação de novas técnicas visam fornecer melhor rendimento na produção dos bovinos leiteiros, juntamente com a redução de gastos, a criação de técnicas e seus aprimoramentos. Vários fatores afetam a

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2 produtividade, como a sanidade animal, processos reprodutivos e efeitos do estresse térmico (CORASSIN, 2004).

A produção de leite sofre interferências, associadas ao próprio animal, as instalações e fatores ambientais, como: Temperatura do ar (tar), Radiação Solar Global e Umidade Relativa do ar (UR), a velocidade do vento e quando submetidos juntamente ao calor metabólico de manutenção do animal e de seus processos produtivos, ocasiona interferências, originando um estresse térmico (SRIKANDAKUMAR e JOHNSON, 2004).

Bovinos leiteiros em lactação são particularmente sensíveis ao estresse térmico devido à sua função produtiva mais especializada e à sua alta eficiência na utilização dos alimentos. Assim, o local onde se encontram esses animais pode gerar perdas ao sistema produtivo, sendo então, importante estudar o ambiente que os animais se encontram, sendo em abrigo ou não (RICCI et al., 2013).

Segundo Silva (2000), o estresse calórico trata-se de uma força exercida pelos componentes térmicos do ambiente sobre um determinado organismo, causando uma reação fisiológica proporcional a intensidade da força aplicada e a capacidade do organismo em compensar os desvios causados pela força.

O estresse por calor correlacionado com a umidade do ar é um problema comum encontrado nas vacas em lactação nos climas tropicais e subtropicais, especialmente nos períodos mais quentes do ano. Agindo de forma direta sobre os animais, a temperatura do ar promove alterações endócrinas, fisiológicas e comportamentais. Conhecer as variações dos elementos climáticos ao longo do dia é importante, considerando que em certo momento do dia pode ser mais ou menos favoráveis aos animais (TUBELIS e NASCIMENTO, 1992).

A zona de conforto térmico (ZCT) ou termoneutralidade corresponde aos limites de temperaturas em que o animal encontra-se em conforto térmico, com ótimo desempenho produtivo sem fazer uso de seus dispositivos termorreguladores para se ajustar às condições ambientais. O conhecimento da interação entre os animais e o ambiente é fundamental para a tomada de decisões quanto a estratégias de manejo a serem utilizadas para maximizar as respostas produtivas. Dessa forma, o entendimento das variações diárias e sazonais das respostas fisiológicas permite a adoção de ajustes que promovam maior conforto aos animais (PEREIRA, 2005).

Em função de obter mais detalhes sobre a relação das condições climáticas com o estresse bovino, para as condições do Alto Vale Catarinense, o presente estudo tem como

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3 objetivo determinar os Índices de Conforto Térmico (ITU) e o Declínio de Produção de Leite (DPL) para vacas da raça holandesa em lactação criada a pasto no município de Rio do Sul.

2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1 CLIMA

O Brasil é um país que possuí extenso território, contendo diversas formas de relevo e altitudes, além de possuir diferentes dinâmicas das correntes de massas de ar, o que gera uma enorme diversidade de climas entre diferentes regiões e até mesmo o microclima dentro da mesma região. Segundo Pereira (2005), nas regiões próximas a linha do equador, as temperaturas são mais altas sem grandes variações ao longo do ano, caso que ocorre de forma contrária na região mais ao sul do Brasil, onde as variações de temperaturas ao longo do ano são maiores.

Na região Sul do Brasil, há dois extremos de temperatura, tornando difícil encontrar ambientes de criação em perfeita condição de conforto térmico para todas as raças bovinas leiteiras. A combinação dos elementos climáticos que ocorrem em uma região, como temperatura e umidade relativa do ar, é um dos principais responsáveis pelo estresse térmico em bovinos leiteiros. Em situação de estresse, esses animais adotam modificações fisiológicas e comportamentais a fim de reduzir o efeito do calor ou do frio e manter sua temperatura corporal dentro dos limites da zona de termo neutralidade (FERRO et al., 2010).

O Estado de Santa Catarina possui um clima subtropical úmido, tendo as quatro estações bem definidas, alcançando altas temperaturas no verão e temperaturas amenas no inverno, tendo boa distribuição das chuvas ao longo do ano.

O município de Rio do Sul fica situado no Alto Vale do Itajaí, região de relevo bastante montanhoso, com um clima subtropical úmido, possuindo o verão quente e temperaturas amenas no inverno. O Alto Vale tem uma temperatura média de 19,3 °C e pluviosidade média anual de 1529 mm, sendo julho o mês mais seco com média de 87 mm e janeiro o mais chuvoso com média de 175 mm, além de ser o quente com temperatura média de 23,7º C, enquanto junho o mais frio, com média de 14,9 ºC. Existe possibilidade de geadas no inverno, temperaturas negativas e raramente possibilidade de nevar (CLIMATE - DATA, 2013).

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4 2.2 FATORES CLIMÁTICOS

Os fatores climáticos possuem efeito sobre o bem estar animal, podendo alterar o comportamento e a produtividade quando alguns fatores encontram-se fora dos valores ideais para criação dos animais. Em muitas situações, os valores de temperatura do ar e umidade relativa podem estar abaixo do ponto ideal de criação dos animais domésticos (MÜLLER, 1982). Conhecer os fatores ambientais que modificam o desempenho desses animais, assim como escolher animais adaptados às condições climáticas de cada região, é um ponto que deve ser considerado em um sistema pecuário.

2.2.1 Efeitos da Temperatura do Ar

A temperatura do ar é um elemento climático de grande importância e que tem efeito direto sobre os animais, sendo um dos fatores que afetam negativamente o desempenho de animais de alta produção e o bem-estar com consequentes perdas produtivas, o estresse por calor é tido como um dos principais agentes (SOUZA e SILVA, 2008).

Em muitas regiões as temperaturas são elevadas e incompatíveis com a zona de conforto térmico, praticamente o ano todo como geralmente ocorre em regiões tropicais, ou então, isso ocorre em um período específico no ano, comumente é nas regiões subtropicais.

Este fato pode ser agravante à atividade leiteira, principalmente quando associadas à elevada umidade relativa do ar. Informações sobre o comportamento diário e anual da umidade relativa do ar e da temperatura do ar permitem avaliar melhor o efeito sobre a produção animal, associado à homeotermia junto do conforto térmico. Além do mais, é importante conhecer os limites de conforto térmico de cada espécie animal, de modo a estar melhorando efetivamente a produtividade e o bem-estar do rebanho (BACCARI JR., 2001).

O ambiente térmico é bastante variável, principalmente nos sistemas adotados em Santa Catarina, que é criação a pasto, onde os animais ficam mais expostos às mudanças dos fatores climáticos ao longo do dia. Essas variáveis possuem interação entre elas, portanto, a mudança em uma única variável pode alterar significativamente os demais fatores climáticos envolvidos no conforto térmico animal (SILVA, 2000).

Todo esse processo é mediado pelo balanço de radiação que é definido como sendo a contabilização entre o recebimento e a devolução de radiação, que é bastante variável no decurso do dia e do ano promovendo, alterações diárias e anuais na temperatura do ar (TUBELIS e NASCIMENTO, 1992).

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5 2.2.2 Efeitos da Umidade Relativa do Ar

Embora a temperatura do ar seja considerada o principal fator de estresse animal, seus efeitos estão intimamente ligados e dependentes da umidade atmosférica (SILVA, 2000).

A umidade significa, em termos simplificados, quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento com relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada.

Nos animais homeotérmicos, o resfriamento evaporativo através da evaporação do suor, secreção das vias respiratórias e da saliva, é a mais importante forma para a perda de calor quando a temperatura ambiente está maior que a temperatura corpórea, sendo mais eficiente quando a umidade relativa do ar é baixa (ROBINSON, 2004).

A umidade atmosférica passa a ter maior importância a partir do que o organismo depende de processos evaporativos para a termorregulação. Quando o ambiente está com elevada temperatura, tanto o excesso quanto a carência de umidade pode ser prejudicial.

Umidade relativa muito baixa faz com que os mecanismos evaporativos ocorram mais rapidamente, causando irritação cutânea e desidratação. Já em condições elevadas, prejudica a termólise aumentando então o estresse pelo calor (SILVA, 2000; PEREIRA, 2005).

2.3 ZONA DE CONFORTO TÉRMICO

Os animais de modo geral, para que possam sobreviver, crescer e também produzir, é preciso que estejam dentro da sua zona de conforto térmico ou termoneutralidade, na qual se refere a uma faixa de temperatura ambiente em que o animal não sofre estresse pelo frio ou pelo calor, tendo máximo aproveitamento do alimento, a produção é ótima e o estresse fisiológico é mínimo (MARTELLO, 2006).

Essa capacidade de manter a temperatura corporal dentro de limites estreitos, ocorre devido a homeotermia, que é a manutenção da temperatura corporal com pouca variação, independentemente de alterações da temperatura ambiente em que se encontra. Os bovinos assim como outros ruminantes, são classificados como animais homeotérmicos, apresentando mecanismos fisiológicos que ajudam manter a temperatura corporal dentro dos limites de conforto térmico. Esses limites ideais de temperatura corporal para a produtividade e a sobrevivência devem ser mantidos entre 38°C e 39°C (PIRES et al., 1999; FEITOSA, 2005).

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6 A temperatura corpórea dos animais, nada mais é do que a relação entre o calor produzido pelo organismo com o calor vindo do ambiente menos o calor perdido para este mesmo ambiente. Para dissipar ou reter calor o animal utiliza-se de mecanismos fisiológicos e comportamentais, que contribuem para a manutenção da temperatura corporal constante.

Segundo Rocha (2005) os principais mecanismos para dissipar o calor é o aumento de taxa respiratória, aumento dos batimentos cardíacos, sudorese, aumento na ingestão de água, diminuição na ingestão de alimentos, a procura por lâminas de água e também procura por ambientes sombreados.

Outra consequência do estresse térmico, é também a diminuição da atividade enzimática oxidativa, da taxa metabólica e altera a concentração de vários hormônios, o que consequentemente, acarreta reduções na produção e mudanças na composição do leite, pois o animal ingere menos alimentos e aumenta a ingestão de água (NARDONE, 2008).

Dessa maneira, a termoneutralidade das vacas leiteiras ocorre entre diferentes faixas de temperaturas, que varia conforme espécies e raças, indo da temperatura crítica inferior (TCI) até a temperatura crítica superior (TCS). Temperaturas acima da TCS ou abaixo da TCI desencadeiam reações fisiológicas e comportamentais e podem, em casos extremos, levar os animais ao óbito por hipertermia ou hipotermia, respectivamente (MARTELLO, 2006). A FIGURA 01 apresenta as diferentes zonas de temperatura e o que acontece com a temperatura corporal e com o metabolismo dos animais homeotermos (PEREIRA et al., 2007).

FIGURA 01 – Temperatura do ar ambiente e sua relação com a temperatura corporal e metabolismo em animais homeotermos.

Fonte: Müler (1989) adaptado por Perreira et al. (2007).

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7 Dentro dessa zona de termoneutralidade, existe uma faixa térmica para o ótimo desempenho e saúde das vacas leiteiras, a faixa A (zona de conforto térmico), onde os animais estão livres de estresse térmico e suas funções fisiológicas e comportamentais estão normais para a máxima produção.

Na faixa B (zona sub ótima por excesso de calor), a temperatura ambiental está acima do limite superior de conforto, ocorrendo vasodilatação para aumentar a circulação sanguínea periférica, aumentando a frequência respiratória e o consumo de água, para se eliminar calor mais facilmente, havendo ainda a diminuição no consumo de alimentos para reduzir a combustão interna geradora de calor. Em ambiente aberto, os animais procuram sombra, lugares molhados, com mais ventilação, que são condições mais favoráveis à troca de calor, evitando ficar próximos uns dos outros para evitar aquecimento indesejado.

Quando a produção metabólica de calor é maior que a perda de calor, resulta em aumento exagerado da temperatura corporal com consequente coma e morte, se essas condições perdurarem por muito tempo, indicada na faixa C (zonal fatal, hipertermia). Os animais param de se movimentar para minimizar a produção interna de calor.

Já a faixa D (zona sub ótima por falta de calor), representa a temperatura menor que o limite inferior de conforto, ocorrendo então a vasoconstrição para restringir a circulação sanguínea periférica e reduzir a perda de calor corporal. Ocorre aumento na ingestão de alimento e diminuição no consumo de água. Quando em ambiente aberto, os animais procuram lugares secos e ensolarados, sem vento, aumentando a sua movimentação na tentativa de gerar calor interno, e procuram se agrupar para reduzir a perda de calor.

Encontrando-se na faixa E (zona de deficiência térmica), ocorre aumento de calor metabólico, tendo tremor e contração muscular involuntária, com piloereção visando formar uma camada isolante ao redor do corpo.

Em últimos casos, quando o animal chega na faixa F (zona fatal, hipotermia), mesmo aumentando da produção metabólica de calor, o animal não consegue manter constante sua temperatura corporal, resultando em coma e morte, se as condições permanecerem por tempo suficientemente longo.

Alguns parâmetros de temperaturas críticas inferior e superior são descritas por autores, tendo variação conforme a espécie e raça. Na TABELA 01, são apresentados alguns valores de temperatura crítica inferior, superior e de conforto térmico para algumas raças.

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8 TABELA 01 – Valores comuns de temperatura efetiva crítica inferior (TCI), temperatura crítica superior (TCS) e conforto térmico (CT), expresso em °C, para algumas categorias de bovinos.

Categoria TCI CT TCS

Bovino recém nascido 10 18 a 21 26

Bovino europeu -10 -1 a 16 27

Bovino indiano 0 10 a 27 35

Fonte: Hafez (1973) e Curtis (1981), adaptada pelo autor.

As literaturas mostram que há uma grande variação quando se trata de conforto térmico, pois a termoneutralidade está intimamente ligada com a umidade relativa do ar e com a adaptação do animal, uma vez que a diferença entre as raças zebuínas e europeias podem ser minimizadas com cruzamentos e através do manejo.

Dentre as principais raças leiteiras de maior uso em Santa Catarina são as de origem europeia, dando destaque as raças Jersey e Holandesa. Segundo Rodrigues et al.

(2010), essas raças possuem a vantagem de suportar baixas temperaturas no inverno, entretanto apresentam baixa adaptação ao calor, sofrendo por estresse calórico no verão.

A zona de termoneutralidade para a produção de leite está entre -5 °C e 21 °C para vacas holandesas, podendo chegar a 24 °C para vacas Jersey e a 29 °C para raças Zebuínas (MULLER, 1982). Já os autores Baeta e Souza (1997), citam como zona de conforto para bovinos adultos de raças europeias a faixa entre -1 °C e 16 °C.

As melhores condições de temperatura e umidade relativa para criar animais, em termos gerais, estão em torno de 13 a 18°C e 60 a 70%, respectivamente, segundo Pires et al.

(1999), e caso esteja fora deste limite térmico, o animal terá as funções produtivas prejudicadas em favor da sua sobrevivência (NEIVA, 1998). Para gado europeu, os mesmos autores citaram que as condições adequadas se encontrariam em regiões com uma média mensal de temperatura abaixo de 20°C associada a uma umidade relativa em torno de 50 a 80%.

Como visto através dessas informações, pode-se constatar que a Região do Vale do Itajaí, mais especificadamente o município de Rio do Sul, apresentam temperaturas superiores a essas por algumas horas do dia, nos períodos mais quente do ano, no verão, podendo sujeitar deste modo as vacas leiteiras ao estresse térmico por calor.

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9 2.4 INDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE (ITU)

Existem vários meios de estipular o conforto térmico para os seres vivos, dentre eles está o chamado Índice de Temperatura e Umidade (ITU), no qual utiliza a associação da umidade relativa e a temperatura do ar, para estipular suas medidas. Identificando os riscos presentes quanto à zona de conforto térmico de diferentes espécies, é possível controlar os danos causados aos animais, potencializando a produção (SILVA et al., 2010).

O ITU é considerado uma prova de campo, e precisa ser utilizado com cautela, pois é um método bom para medir grandes diferenças, não tendo a capacidade de detectar pequenas variações, como por exemplo, através da temperatura retal do animal. Entretanto, é um método bastante válido, pois as suas vantagens é não precisar de muito investimentos em material especializado, sendo portanto de custo relativamente baixo, servindo como um bom indicativo ao produtor.

Quem desenvolveu o ITU foi Thom (1958), que inicialmente era utilizado como um índice de conforto térmico para humanos. Porém, essa metodologia só passou a ser empregada para bovinos quando Johnson et al. (1962) relataram que houve redução da produção de leite de vacas associada ao aumento do valor do ITU. A partir de então, diversos pesquisadores têm classificado o ambiente térmico a partir de valores médios de ITU.

Possuindo-se os valores de temperatura do ar e umidade relativa do ar, uma maneira prática do produtor obter esse índice sem precisar de cálculos da fórmula de ITU é utilizando a FIGURA 02.

FIGURA 02 – Índice de Temperatura e Umidade (ITU) para vacas de leite.

Fonte: Pennington e Vandevender (2002), adaptado por Azevêdo e Alves (2009).

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10 O Índice de Temperatura e Umidade é então um excelente indicador de conforto térmico (AZEVEDO et al., 2005). Sendo assim, nas regiões produtoras de leite é muito importante o uso desse índice, pois ajuda a indicar o conforto e desconforto térmico em que os animais estão submetidos, podendo auxiliar os produtores na escolha de meios mais propícios para o acondicionamento térmico dos bovinos.

2.5 DECLÍNIO DA PRODUÇÃO DE LEITE (DPL)

O maior dano causado pelo estresse calórico em bovinos leiteiros é a redução da produção e composição do leite, levando em consideração que ocorre a diminuição do consumo de alimentos sólidos reduzindo a ingestão de energia metabolizável e aumento da ingestão de água (ROCHA, 2005). A redução da ingestão de alimentos leva ao menor fluxo de sangue ao fígado e à glândula mamária e, consequentemente, menor quantidade de nutrientes e de energia estarão disponíveis para a produção de leite (BEEDE e SHEARER, 1991 apud DALCIN, 2013). Pode se observar perdas produtivas de 10% ou mais (HEAD, 1989).

Os animais que possuem maior capacidade produtiva de leite são os mais afetados pela restrição alimentar devido estresse calórico, pois são os que possuem maior exigência nutricional. Existem registros de redução em até 17% na produção de leite de vacas de 15 kg de leite/dia e de 22% em vacas de 40 kg/dia, ocasionado pelo estresse calórico (PINARELLI, 2003).

Através do valor obtido pelo Índice de Temperatura e Umidade, é possível de maneira prática definir qual será o Declínio de Produção de Leite (DPL), através de uma equação estipulada por Berry et al. (1964), adaptada por Hahn (1993). Essa equação leva em conta qual os possíveis níveis de produção dos animais em Kg/dia, de uma forma genérica, considerando-se uma situação em que o animal não sofresse estresse térmico, ou seja, a produtividade que um animal normal apresentaria caso submetido a uma condição de termoneutralidade.

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11 3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

 Avaliar a existência de estresse térmico e o declínio da produção de leite em vacas leiteiras criadas a pasto no município de Rio do Sul – SC, através do Índice de Temperatura e Umidade (ITU) e o Declínio de Produção Leiteira (DPL).

3.2 ESPECÍFICO

 Avaliar as variações da temperatura do ar e umidade relativa do ar ao longo dos meses do ano;

 Correlacionar os fatores climáticos de temperatura e umidade relativa do ar com o ITU;

 Determinar a existência do Declínio de Produção Leiteira (DPL) através da correlação com ITU.

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12 4. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido, por um período de dois anos consecutivos, referente a 2015 e 2016, no Instituto Federal Catarinense Campus Rio do Sul, localizado na cidade de Rio do Sul – SC (27º 12' 51" S; 49º 38' 35" W, altitude de 690 m) (FIGURA 03), na Unidade de Ensino e Pesquisa (UEP) ZOO III. A Classificação Climática da região é subtropical úmido com verão quente, Cfa, segundo a classificação pelo método de Köppen (1931).

FIGURA 03. Localização do Experimento no Instituto Federal Catarinense, Campus Rio do sul.

Fonte: Google Earth (2016).

A coleta de dados foi desenvolvida por meio do equipamento DataLogger modelo UX100-003 (FIGURA 04), com registros de dados a cada 15 minutos, totalizando 96 dados diários. Foram recolhidos os dados referentes à temperatura e umidade do ambiente.

FIGURA 04 – DataLogger UX100-003.

Fonte: Site comercial Tempcon (2017).

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13 FIGURA 05 – Local de instalação do DataLogger UX100-003 na estala de alimentação dos animais no Instituto Federal Catarinense, Campus Rio do Sul.

Fonte: Acervo do autor (2017).

O Índice de Temperatura e Umidade (ITU) foi calculado para cada intervalo de tempo de quinze minutos, a partir do modelo imposto por Thom (1958), segundo a equação 01:

𝐈𝐓𝐔 = 𝐭𝐚𝐫+ (𝟎, 𝟑𝟔 × 𝐭𝐩𝐨) + 𝟒𝟏, 𝟐 (01)

Em que:

tar = temperatura do ar ºC;

tpo = temperatura do ponto de orvalho (ºC), calculada a partir da equação 02, citada por Vianello e Alves (2000):

𝐭𝐩𝐨 = 𝟏𝟖𝟔,𝟒𝟗𝟎𝟓−𝟐𝟑𝟕,𝟑 × 𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 (𝐔𝐑 × 𝐞𝒔/𝟏𝟎𝟎)

𝐥𝐨𝐠𝟏𝟎 (𝐔𝐑 × 𝒆𝒔/𝟏𝟎𝟎) − 𝟖,𝟐𝟖𝟓𝟗 (02)

Em que:

UR = umidade relativa do ar %;

es = pressão de saturação de vapor d`água no ar (hPa), computada pela equação 03:

𝐞𝒔 = 𝟔, 𝟏𝟎𝟕𝟖 × 𝟏𝟎( 𝟐𝟑𝟕,𝟑+𝐭𝐚𝐫𝟕,𝟓 × 𝐭𝐚𝐫) (03)

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14 Para avaliação do ITU foi utilizada a classificação proposta por Rosenberg et al., (1983) que considera: a partir de 72 à 75, inicia-se o estado de atenção quanto ao conforto térmico em bovinos; entre 75 e 78 entra em alerta aos produtores, providências são necessárias para evitar perdas; o ITU na amplitude de 79 a 83 significa perigo, principalmente para os rebanhos confinados e em área a pastagem, recomendando-se assumir medidas de segurança para evitar perdas desastrosas; ITU igual ou superior a 84 caracteriza emergência podendo provocar grandes danos ao animais e a produção.

O cálculo do declínio na produtividade de leite (DPL) foi baseado a partir da equação 04, proposta por Berry et al. (1964), adaptada por Hahn (1993):

𝐃𝐏𝐋 = −𝟏, 𝟎𝟕𝟓 − 𝟏, 𝟕𝟑𝟔𝐏𝐍 + 𝟎, 𝟎𝟐𝟒𝟕𝟒 × 𝐏𝐍 × 𝐈𝐓𝐔 (04)

Em que:

PN: valor base em litros de produção por animal.

ITU: Índice de Temperatura e umidade.

O PN é um dado utilizado como referência, de uma forma genérica, considerando- se uma situação em que o animal não sofresse estresse térmico, ou seja, a produtividade que um animal normal apresentaria caso submetido a uma condição de termoneutralidade.

Seis valores base fixos (PN) foram utilizados para o estudo do declínio na produtividade de leite (DPL), todos estimando em níveis de produção leiteira dentro do possível (10, 15, 20, 25, 30, 35kg/dia -¹/ animal-1).

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15 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na FIGURA 06 são apresentados os dados médios mensais de temperatura máxima diária, temperatura mínima diária, temperatura média diária e umidade relativa do ar (UR), para o período experimental, referente aos anos de 2015 e 2016. Observa-se que em 2015 os valores médios mensais da temperatura do ar (tar) nesse período variaram de 14,1ºC a 23,3ºC, referentes a junho e dezembro, respectivamente, com média anual de 18,6 ±2,6ºC, enquanto em 2016, os valores médios foram de 12,7°C a 22,8°C, referentes a junho e fevereiro, com média anual de 17,7 ±2,7°C.

Nota-se que as menores médias de temperaturas são atingidas em meados de junho e julho em ambos os anos, sendo que a partir de agosto as temperaturas começam a se elevar, alcançando valores de médias superiores a 16ºC no mês de outubro. A partir deste período, como esperado, a tar tende a aumentar nos meses consecutivos, alcançando seu auge nos meses de janeiro e fevereiro de ambos os anos, com temperatura média acima de 22ºC, voltando a decair a partir de março. Observa-se ainda, que as médias mensais de temperatura máxima diária atingem valores da magnitude de 30°C nos meses de verão, mostrando que em determinadas horas do dia as temperaturas máximas podem causar desconforto aos animais.

Observando os meses que atingiram as maiores médias de tar, verifica-se que possuem capacidade para deixar os animais em estresse calórico, uma vez que os valores superam os limites da zona de conforto térmico para raças europeias, que encontra-se na faixa de 0-16°C, enquanto para raças indianas, os valores máximos de temperatura do ar não superaram o valor limite para sair da zona de conforto térmico, que está situado entre 10-27°C (PEREIRA, 2005; BAETA e SOUZA, 1997; HAFEZ, 1973; CURTIS, 1981). De acordo com Neiva (1998), um ambiente ideal estaria em até 18°C, e caso esteja acima deste limite, o animal terá suas funções produtivas prejudicadas em favor da sua sobrevivência.

Entretanto, no que se refere às temperaturas mínimas diárias, é perceptível que as médias mínimas atingidas (3,6°C e 1,6°C) no período de inverno para 2015 e 2016 respectivamente, não chegam a atingir valores considerados como mínimos para raças europeias, porém, já as raças indianas caso presentes na região podem sofrer estresse por frio devido as baixas temperaturas atingidas.

O processo de homeostasia altera o comportamento dos animais, em ambiente de alta temperatura levando-os a ingerir mais água, diminuir o consumo de alimentos sólidos e consequentemente a queda da produção e a alteração do leite. Em um ambiente de baixa

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16 temperatura, os animais aumentam o consumo de alimentos juntamente com as secreções de toxinas prejudiciais ao indivíduo, principalmente em animais de origem europeia como é o caso da raça holandesa (ROCHA, 2005).

FIGURA 06 – Valores médios mensais de Temperatura Máxima diária (Tmáx), Temperatura Mínima diária (Tmín), Temperatura Média diária (Tmédia) e Umidade Relativa do Ar média diária (UR) para os anos de 2015 (A) e 2016 (B).

Fonte: Elaboração do autor (2017).

Os valores médios referentes a UR para o período experimental, variaram de 74,2% a 88,8% para outubro e maio, respectivamente, com média anual de 83,3 ±10% em 2015. No ano de 2016, variou de 76,5% a 88,3%, setembro e junho, respetivamente, com média anual de 83,7 ±11%.

A UR tem um comportamento estável, sofrendo pouca variação ao longo do ano, o que pode ser explicado pela alta pluviosidade na região. Com a alta UR na condição ambiental, os mecanismos não evaporativos (condução, convecção e irradiação) se tornam ineficientes no que se diz respeito à perda de calor para o meio, podendo ocorrer efeitos

(A)

(B)

(23)

17 nocivos ao animal (PEREIRA, 2005; SILVA, 2000). Segundo North e Bell (1990), mesmo estando em condições de temperatura agradáveis, a perda de calor do corpo dos animais para o ambiente é dificultada caso se tenha alta umidade.

As melhores condições de UR seria entre 60 a 70%, possibilitando maior perda de calor (BAETA e SOUZA, 1997; PIRES et al. 1999). Os dados apresentam teores de umidade que impossibilitam as condições climáticas mais adequadas devido a UR elevada, apesar de a tar permanecer grande parte do período em níveis apropriados.

As bruscas oscilações térmicas ao longo do dia, principalmente no verão, afetam o bem-estar destes animais e a produção de leite. Tratando dos Bos taurus taurus (raças europeias), a capacidade de tolerar o calor é muito baixa comparada aos Bos taurus indicus (raças indianas), visto que as temperaturas acima apresentadas são pouco adequadas para espécies europeias nos meses de verão (AGUIAR, 2013).

É importa ressaltar que o conforto térmico dos animais de muitas espécies não depende somente de avaliações isoladas da temperatura ambiente e umidade relativa, entre outros, e sim, o efeito combinado destes parâmetros auxiliam a indicar o nível de conforto ao quais os animais estarão submetidos (SILVA, 2000)

As FIGURAS 07 e 08 apresentam os valores mensais de ITU para os anos de 2015 e 2016, respectivamente, onde são indicadas suas variações ao longo dos meses, assim como a zona considerada crítica às vacas, conforme a classificação de Rosenberg et al.

(1983). Pode ser observado que os valores de ITU foram superiores 72 (linha tracejada nos gráficos) no verão, indicando início do estado de atenção e consequentemente os meses mais críticos para a produção leiteira na região do Alto Vale do Itajaí, no que diz respeito a estresse por calor.

Os resultados mostram a variação média diária de ITU para o período experimental entre 59,2 e 71,3, com média de 65,3 ±2,0 em 2015. Em 2016 os valores variaram entre 57,4 e 71,2, com média de 64,1 ±2,1, mostrando que os bovinos encontravam- se dentro da faixa de conforto térmico, quando o ITU é calculado com os dados meteorológicos registrados nas 24 horas diárias. Resultados semelhantes são apresentados por Silva et al. (2002), no qual exibe dados com 72 ≥ ITU ≤ 75 em ambiente com condição térmica controlada.

Segundo Machado (1998) valor de ITU igual a 72 pode ser atingido com temperaturas tão baixas quanto 23°C, quando a umidade relativa for superior a 95%, ou, quando a temperatura for de 25°C, com umidade de 50%. Hahn (1993) confirma que os

(24)

18 valores médios de ITU encontrados indicam condição de ambiente crítico, pois os valores chegaram próximos a 76 durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro de ambos os anos.

No entanto, os valores médios de ITU encontrados não atingiram a zona de perigo (PEREIRA, 2005; ROSENBERG et al., 1983).

Os horários que possuem os maiores valores de ITU, são respectivamente das 13 às 18 horas, sendo volta a reduzir a partir do início da noite. Já os menores níveis de ITU são alcançados a partir das 3 horas, com aumento a partir das 9 horas. Condição semelhante à observada ocorre com Klosowski et al. (2002) e Navarini et al. (2009), em que o ITU tende a aumentar a partir das 9 horas e volta a decair no início, em média, das 18 horas.

FIGURA 07 – Variação média horária do Índice de Temperatura e Umidade (ITU) para os meses de 2015.

Fonte: Elaboração do autor (2017).

(25)

19 FIGURA 08 – Variação média horária do Índice de Temperatura e Umidade (ITU) para os meses de 2016.

Fonte: Elaboração do autor (2017).

Vale destacar que coleta de dados ocorreu em local sem incidência solar direta, diante disso, o desconforto térmico formado em áreas de pastagem sem sombreamento tende a gerar resultados negativos mais expressivos nos animais e no aspecto produtivo (NAVARINI et al., 2009). As informações coletadas levam principalmente em consideração o curral de espera e sala de ordenha, onde os animais permanecem um curto período de tempo, não podendo definir a condição térmica no restante dos dias em espaço livre. Conforme Navarini et al. (2009), o ITU pode ter uma variação de até 4 entre condições de sombreamento e pleno sol.

Devido os horários que apresentam maiores chances de causar estresse por calor nos bovinos ser o período diurno, foram estimados os valores de declínio na produção de leite

(26)

20 para o período compreendido entre as 08 e 18 horas. Com os valores obtidos de ITU, foi possível estimar as possibilidades de declínio na produção de leite (DPL), considerando 6 níveis potenciais de produção normal, como pode ser visualizado na TABELA 02.

Os dados de DPL gerados evidenciam que quanto maior a produção de leite, maiores serão as perdas. Segundo Berbigier (1988) as vacas leiteiras possuem tendência a reduzir a produção de leite com o aumento da temperatura ambiente, já que as atividades ligadas à produção de leite geram grandes quantidades de calor. Esse efeito tende a ser maior quanto maior a produção do animal (HUBER et al., 1994). Este comportamento pode ser percebido nas estimativas de DPL para os dois anos de experimento. Nota-se que em 2015, para uma produção normal de aproximadamente 35 kg.dia-1.vaca-1 teve uma estimativa de redução da produção de 1,2 kg.dia-1.vaca-1 em janeiro e dezembro, e 1,0 kg.dia-1.vaca-1 em fevereiro. Para uma produção normal em torno de 10 kg.dia-1.vaca-1 não chega a apresentar declínio em nenhum dos meses (0,0 kg.dia-1.vaca-1). Dessa forma a menor produção com chance de haver perda é de 15 kg.dia-1.vaca-1, com redução de 0,1 kg.dia-1.vaca-1 apenas para janeiro e dezembro.

Já em 2016, as chances de haver declínio de produção são ainda menores, onde para uma produção aproximada de 35 kg.dia-1.vaca-1 poderia haver redução de 1,2 kg.dia-

1.vaca-1 para fevereiro e 0,3 kg.dia-1.vaca-1 para janeiro, enquanto dezembro não apresentou chance de haver perda em nenhum nível de produção. O menor nível aproximado de produção que pode haver redução seria apenas 20 kg.dia-1.vaca-1 para fevereiro, eu teria uma queda de 0,2 kg.dia-1.vaca-1.

Trabalho realizado por Klosowski et al. (2002) para a região de Maringá quando estimaram o DPL através de valores de ITU entre 11:00 e 17:00 horas, encontraram valores ainda maiores, considerando uma produção normal de aproximadamente 35 kg.dia-1 que poderia haver uma redução de 4,2 kg.dia-1 e 2,7 kg.dia-1 em dezembro e março, respectivamente.

Uma das explicações, é que, quanto mais produtora uma vaca, maior sua taxa metabólica, maior a produção de calor interno no organismo e consequentemente maior a sua sensibilidade ao estresse pelo calor (JOHNSON, 1980 apud KLOSOWSKI et al., 2002). O autor observou que o declínio na produção de leite acentuou-se a partir do valor de ITU de 76 a 78, e as vacas de baixa produção, 13 kg.dia-1, foram menos afetadas com o ITU de 76 do que as de maior produção, 22 kg.dia-1.

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21 TABELA 02 – Valores médios de declínio na produção de leite (DPL) para os níveis de produção de 10, 15, 20, 25, 30, 35 kg.dia-1.vaca-1, do índice de temperatura e umidade (ITU) e da Umidade Relativa do ar (UR) entre as 08 e 18 horas para 2015 e 2016 em Rio do Sul – SC.

2015 2016

10 15 20 25 30 35 10 15 20 25 30 35

JAN 0,3 -0,1 -0,5 -0,8 -1,2 -1,6 0,7 0,5 0,3 0,1 -0,1 -0,3 FEV 0,5 0,2 -0,1 -0,4 -0,7 -1,0 0,4 0,1 -0,2 -0,5 -0,8 -1,2 MAR 0,9 0,9 0,8 0,7 0,7 0,6 1,2 1,3 1,3 1,4 1,5 1,5

ABR 1,8 2,1 2,5 2,8 3,2 3,5 1,2 1,2 1,3 1,3 1,3 1,4 MAI 2,7 3,5 4,4 5,2 6,0 6,8 3,4 4,5 5,6 6,8 7,9 9,1 JUN 3,5 4,6 5,8 7,0 8,2 9,4 4,0 5,4 6,9 8,3 9,8 11,3 JUL 3,3 4,4 5,5 6,6 7,7 8,8 3,7 5,0 6,3 7,6 8,9 10,2 AGO 2,2 2,8 3,4 3,9 4,5 5,1 3,4 4,6 5,8 7,0 8,2 9,4

SET 2,4 3,1 3,8 4,5 5,2 5,9 3,0 3,9 4,8 5,8 6,7 7,6 OUT 2,7 3,5 4,3 5,1 5,9 6,7 2,4 3,0 3,7 4,3 4,9 5,6 NOV 1,2 1,2 1,2 1,3 1,3 1,4 1,6 1,9 2,2 2,5 2,8 3,1 DEZ 0,3 -0,1 -0,5 -0,8 -1,2 -1,6 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4

Fonte: Elaboração do autor (2017).

6. CONCLUSÕES

Conclui-se que em instalações sombreadas os animais também estão sujeitos a condições de desconforto ambiental, principalmente quando se avalia as variáveis meteorológicas, como temperatura e umidade relativa do ar, que atingem valores superiores a zona de conforto térmico.

As estimativas desenvolvidas para o Índice de Temperatura e Umidade (ITU) demonstram que para todo o período experimental os animais encontraram-se poucas vezes em situação de desconforto térmico, sendo os meses mais quentes (estação verão) responsáveis pelos valores mais elevados de ITU.

A avaliação do DPL (Declínio na Produtividade de Leite) mostrou que as únicas perdas produtivas são atingidas nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Entretanto, os produtores devem estar atentos às condições ambientais em que o animal se encontra, principalmente nos meses de verão em sistema de criação a pasto.

(28)

22 7. REFERÊNCIAS

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