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Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.36 suppl.2

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Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical XIX Reunião Anual de Pesquisa Aplicada em doença de Chagas

Vol. 36 (Suplemento II), 2003 VII Reunião Anual de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses

Situação Epidemiológica da Leishmaniose Tegumentar Americana

no Estado de Alagoas – 2002

Dayse Mércia Cavalcante de Oliveira

1

, Edson Duarte Pacheco

2

, Fernando Pedrosa Araujo

3

e

Maria Helena Araújo Pinto Coelho

4

1. DIVEP/FUNASA/AL. 2. NEAL/SESAU/AL. 3. UFAL. 4. PROVEP/SESAU/AL. e-mail: dayse.mercia@saude.al.gov.br

INTRODUÇÃO

A ocorrência de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana em Alagoas permanece concentrada na área rural da zona da mata e agreste (áreas de colonização antiga que fazem divisa com Pernambuco), apresentando casos esporádicos no sertão e litoral.A série histórica apresentada no figura 1 revela uma tendência decrescente do nº de casos registrados em Alagoas a partir de 2001. Observa-se em 2002 uma redução de aproximadamente 50% quando comparado ao ano anterior.

METODOLOGIA

Foi realizada uma avaliação detalhada do banco de dados no SINANW, referente à leishmaniose tegumentar americana em Alagoas no ano de 2002. Foram utilizados o relatório de conferência e o TABWIN na tabulação e avaliação dos dados apresentados.

RESULTADOS

Dentre os 102 municípios existentes no Estado, 42 registraram casos confirmados de LTA, correspondendo a

41,17%. Na figura 2 observa-se a situação dos municípios de acordo com o risco de transmissão da doença. Nenhum município apresentou um risco muito alto de transmissão.O maior coeficiente de detecção de casos (68,45 /100.000 hab.) ocorreu em Jundiá, município pertencente a área endêmica..Foram notificados 99 casos no período de janeiro a dezembro, sendo confirmados 77 (77,78%). A maior proporção de casos foi no sexo masculino (58%), não diferindo do padrão revelado em anos anteriores em.Alagoas. A faixa etária mais acometida foi a dos maiores de 10 anos (88%), semelhante ao que vem sendo encontrado em outros Estados.A forma clínica predominante no Estado é a cutânea, correspondendo a 95% dos casos registrados em 2002. O principal critério de confirmação diagnóstica foi o laboratorial, representando 66% dos casos ocorridos, enquanto que em 2001 esse percentual foi de apenas 50%. Esse incremento pode estar relacionado à organização dos Serviços de Referência Diagnóstica. A proporção de alta por cura destaca-se pelo reduzido percentual apresentado (42%). Essa informação refere-se ao total de fichas individuais de investigação, onde a variável evolução encontra-se preenchida. Quanto aos “outros tipos”, foram considerados todos os casos sem registro de alta por cura, incluindo abandono, óbito, transferência e aqueles com preenchimento em branco ou ignorado.

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Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical XIX Reunião Anual de Pesquisa Aplicada em doença de Chagas

Vol. 36 (Suplemento II), 2003 VII Reunião Anual de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses

Campestr

e Ibateguara

C. Leopoldina Mata Grande

Pariconha Branca

Delmir o Gouveia

Inhapi

O.D. Casado

Piranhas

Canapi

O. Branco

Maravilha P. Trincheiras S.R. Palmeira

S. J.

TaperaCarneiros

Monteirópolis

Pão de Açucar PalestinaJ.Homens

D.D.Flor es

S. Ipanema

Olivença D Machos

M. Isidor o Cacimbinha

Jaramataia

Batalha

Belo Monte

M. Negrão

Traipu

G. Ponciano

Craíbas Igaci

E. Alagoas

P. Indios

Belém T

. Dar ca Mar

Vermelho Taquarana

C.Noia

Arapiraca

L.Canoa

S.Brás O.O. Grande

C. Grande

F Grande

P.R. Colégio S.

Sebastião

Igraja Nova Penedo

Piaçabuçu

F. Deserto

Coruripe T.Vilela

J. Praia

C. Alegr

e

Junqueir o L. Anadia

Anadia

Maribondo Pindoba

Viçosa P.Jacinto Quebrangulo

C. Preta

S. Mundaú

S.J. Lage

N. Lino

Jundiá

Jacuipe

Maragogi

Japaratinga P. Calvo

P. Pedras

M.Camaragibe

P. Camaragibe S.L. Quintude

B.S. Antonio

Paripueira

S.L.Norte C.Seco

M. Deodoro

B.S.Miguel

Roteir o

Satuba Rio Largo Atalaia

Pilar

S. M. Campos B. Mata

Capela Cajueir

o

Murici Messias

Flexeiras

J. Gomes

U.

Palmar es

Branquinha S. M.Milagr

es

MACEIÓ

Médio < 3,00 (22 Municípios) Baixo <3,00 (8 Municípios)

Alto 11,00 < 71,00 (12 Municípios)

Fonte: GTLV/PROVEP/SESAU Coeficiente de detecção de Casos de LTA/100.000hab

Sem caso notificado (80 Municípios)

CONCLUSÃO

O perfil da LTA em Alagoas no ano de 2002 foi de declínio. Em anos anteriores apresentou picos de ocorrência de casos em alguns municípios correlacionados principalmente às modificações do

equilíbrio ecológico provocadas pelo homem. O aumento ou diminuição do nº de casos parece não depender das ações de controle realizadas. Os dados revelados nesse trabalho indicam a necessidade de continuar investindo nas ações de vigilância epidemiológica e entomológica, diagnóstico e tratamento precoce dos casos.

Imagem

Figura 1 - Registro de casos de LTA segundo ano de ocorrência, Alagoas, 1997 a 2002
Figura 2 - Municípios com registro de casos humanos de lta segundo risco de transmissão, Alagoas - 2002.

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