• Nenhum resultado encontrado

Rev. esc. enferm. USP vol.8 número2

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. esc. enferm. USP vol.8 número2"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

EDITORIAL

A alimentação do povo brasileiro

Um dos grandes problemas do Brasil, talvez o maior problema de saúde de seu povo, é a desnutrição. Nas camadas mais desfavorecidas da população a alimentação ressente-se da falta de proteínas, principalmente de proteínas balanceadas.

A mais apreciada fonte destas proteínas é a carne de vaca, inacessível a muitas famílias em virtude do seu preço, preço este que é alto em qualquer parte do mundo devido ao custo da criação do gado vacam. A carne de porco e a de galinha, de boa aceitação, também atingem preços proibitivos para certos grupos. Outra fonte de ótima proteína animal é o coelho, de reprodução rápida e criação não dispendiosa, mas que ainda não integra os hábitos alimentares do brasileiro.

Há, portanto, necessidade de se recorrer i proteína vegetal

O triga integral, que contém uma proteína de boa qualidade, é pouco conhecido e utilizado; a farinha de trigo encontrada no comércio perde, pela industrialização, grande parte de seu valor proteico. Alem disso, a importação do trigo desvia divisas que são preciosas para a economia do Brasil.

A soja, cujo valor nutritivo é equiparado ao da carne, e está sendo plantada em larga escala em várias regiões do País, ainda nao é bem aceita.

(2)

que atendam aos seguintes requisitos: 1. contenham os amino-ácidos necessá-rios ao crescimento normal da criança e à manutenção de bom estado nutriti-vo do adulto; 2. sejam bem aceitos pelo público consumidor; 3. sejam de fácil cultivo em qualquer região do País, para que possam ser vendidos a preços ao alcance de todos.

A farinha de mandioca e o fubá de milho comum atendem aos dois últimos requisitos; mas, para atender ao primeiro, precisam ser suplementados. Só a pesquisa pode indicar qual será a melhor maneira de enriquecê-los.

À proteína do milho comum não contém os amino-ácidos necessários mas a do milho opaco—2 já apresenta outro quadro. O estudo ueste tipo de milho já foi objeto de duas teses de doutoramento nesta Escola, com pesquisa feita em ratos (1) e em crianças (2); em ambos os casos foi verificada a encienda de suas proteínas. Como conseqüência, firmas de São Paulo estão estudando a possibilidade de suplementar a farinha de trigo com farinha de milho opaco—2.

Prosseguem os estudos do valor das misturas de milho opaco— 2 com milho comum e com farinha de mandioca e da mistura desta última com farinha de feijão.

Esta Revista, que é de enfermagem, interessa-se, igualmente, por assuntos de relevância para a saúde. Os artigos sobre nutrição publicados neste número são os primeiros de uma série de trabalhos de pesquisa cujo objetivo é a melhoria da alimentação do povo brasileiro. (M.RJSJ».)

(1) M A T T O S , L . U . Contribuição para estudo d o valor proteico d o milho opaco—2. Tese de doutoramento, 1971.

Referências

Documentos relacionados

Esta realidade exige uma abordagem baseada mais numa engenharia de segu- rança do que na regulamentação prescritiva existente para estes CUA [7], pelo que as medidas de segurança

A two-way (eccentric versus concentric training) repeated measures (pre-training versus post-training) ANOVA, with a 5% significance level, was used to compare:

No primeiro, destacam-se as percepções que as cuidadoras possuem sobre o hospital psiquiátrico e os cuidados com seus familiares durante o internamento; no segundo, evidencia-se

xii) número de alunos matriculados classificados de acordo com a renda per capita familiar. b) encaminhem à Setec/MEC, até o dia 31 de janeiro de cada exercício, para a alimentação de

Resultados: Os parâmetros LMS permitiram que se fizesse uma análise bastante detalhada a respeito da distribuição da gordura subcutânea e permitiu a construção de

H´a dois tipos de distribui¸co˜es de probabilidades que s˜ao as distribui¸c˜oes discretas que descrevem quantidades aleat´orias e podem assumir valores e os valores s˜ao finitos, e

This relationship is direct that is to say that in different measures the independent variables such as: teenager intergroup influence (TII), the teenager attitude towards