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EspiritisrrlO e Evolu9aO

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Dados lnternacionais de Cataloga~ao na Publicll~ao (elF) (Camara Brasileira do Liyro, SP, Brasil)

Curti,Rino, 1922-

Espiritismo e eYolu,ao / Rino Curti. - - 6. ed.

rev. e COIT. - - Sao Paulo: Editora Panorama, 1998.

T. 1:v. 2.

Bibliografia.

1. Espiritismo 2. Eyolu,ao - Espiritismo L Titulo

ISBN 85-86437-19-0

Prof. RUllilo CiUlJrtU

(Presidente da Coliga<;:ao Espirita ProgreS2ista)

EspiritisrrlO

e Evolu9aO

&8-3070 CDD-133.9

indices para Catalogo Sistematico

TOMO I - VOL. 2

(5' Edi,ao Revista e Corrigida - 1998)

I. Espiritismo e evoluc;ao 133.9

(3)

Escola de Educayao Meditmica Espirita

Copyright© 1998 by PANORAMA COMUNICA<;:OES Direitos reservados. Proibida a reproduyao, mesmo parcial e par qualquer processo, sem autarizayao da Editora.

Direitos Autarais desta ediyao pertencemit Coligayao Espirita Progressista

Rua Batuira, 297 - Vila N.S. das Merces

5" ediyao - agosto de 1998

Revisao de Ruy Cintra Paiva Capa de Sergio Amaral

A capa das edi,5es anteriores de Albertina Maiorano Coelho, inspirouatraba1ho de capa desta edi,ao.

Panorama Comunicayoes Ltda.

cx. Postal: 24551 - CEP : 03397-970 Tel./Fax: (011) 6101-1165

Impresso no Brasil-Printed in Brazil

OJBR;\S DO MESMO AUTOR

CURSO BAsICO

Vol. 1 - Espiritismo e Re/orma intima Vol. 2 - Espiritismo e Evoh"iio (panorama)

CURSO DE EDUCA<;:Ao MEDnJNICA ESPOOTA Ano - Torno I

Vol. 1 - Cristial1ismo de Jesus a Kardec (Panorama) Vol.2 - A!fediul1ato

Ano - TornoII Vol. 1 - Dol' e Des/ina

Vol.2 - Desel1volvimento A!fediz/nico Ana - Torno III

Vol. 1 - Mediunidade em A,iio

Vol. 2 - Mediunidade: 1l1strumenta,iio da Vida Ana - Torno IV

Vol. 1 - 0Passe (Imposi,iio de Miios) Vol. 2 - Espiritismo e ObsessiiiJ

OURSO DE EDUCACAo EVANGELICA ESPOOTA 1" Ana - TornoI

Vol. 1 - MOl1oteismo e Jesus Vol. 2 - ...Homen/ Novo Ano - TornoII

Vol. 1 - Do Calvario ao COllSoladOi' Vol. 2 - Bem-Aventuran9as e Parabolas 3" Ano - Torno III

Vol. 1 - As Epistolas de Paulo e 0 Apocalipse de Joiio (Segundoa E'ptrttismo) Vol. 2 - Espiri/ismo e Quesiiio Social

(4)

4" Ana - Torno IV

Vol. 1 - Espiritismo e SexlIalidade Vol. 2 - EspiritismoeLibel'dade

CURSOS DO DIVULGADOR E EXPOSITOR ESPlluTAS

1" Ana - TornoI

Vol. 1 - 0 S1Irgimento da D01ltrina e0 Est1ldo do Evangelho I

Vol. 2 - 0 S1Irgimento do D01ltrina e0 Est1ldo do Evangelho II

2" Ana - Torno II

Vol. 1 - Espiritismo e Religiiio - 1" Parte Vol. 2 - Espiritismo e ReligiiJo - 2' Parte

(Af01TImr;aO das Religi6es como ciencias morais: clos primordios ao limiar cia Era Crista)

3" AnD - Torno III

Vol. 1 - Espiritismo e Filosofia - 1" Parte Vol. 2 - E'piritismo e Filosofia - 2" Parte 4° Ana - Torno IV

(Em prepara,ao) CENTRO DE ESTUDOS

Espil'itismo e Conhecimento

Estlldos de Espiritismo e de Fisico - Vol. 1 Espiritismo e Vida - l' e 2' Partes

3" Parte (Em elabora,iio)

ESCOLA l'ARA AINFANCt~- (4 anos) De 7 a n anos

Curso em nivel e acompanlmndo0 I" Cicio clo 1"Grau (Texto em prepara,ao)

ESCOLA PARAADOLESCENC~- (4 anos) De 11 a 15 an os

Curso em nive1eacompanhanclo a 2° Cicio cia 1" Grau Programa e Textos: alguns elaboraclos, outros inclicaclas ESCOLA PARA .JUVENTUDE - (3 an os)

De 15 a 18 an os

Cursa em nivel e acompanhanclo0 2" Grau

Programa e textos: alguns elaborados, Qutros indicados para o 1[)e anas. Para0 ana,em e1aborayao.

(5)

IJl1ldlice

PREPAero... 17

INTRODUCAO 19

CAPITULO 1

A Genese

1.1 - Introdu\Oao .

1.2 - N osso universo , .

1.3 - Cosmogonia .

1.4 - No principio era0 verbo . 1.5 - 0 aparecimento da vida .

A - Bibliografia .

B - Leituras comp1ementares .

C - P erguntas .

D - Priltica de renova\Oao intima .

27 28 36 38

40 41 41 42 42

(6)

CAPITULO 2 A origem da vida

2.1 - 0 surgimento da vida .

')_.2 - A exp lca,ao Clentl caI' - . 'fi .

2.2.1 - A origem da vida ..

2.2.2 - Vida biol6gica ..

, ') 3_._. - A ,'dVI a pnmor. d' I1a .

2.3 - Conceitos espiritas .

2.4 - 0 DNA e a reprodu,ao .

2.5 - Os virus .

2.6 - A vida em outros p1anetas ..

A - Bibliografia .

B - Leituras complementares ..

C - P erguntas .

D - Priltica de renova,ao intima .

CAPITULO 3 A evolu,iio biologica

3.1 - As eras p1anetilrias .

" ')0._ - 0s pnmelros compostos organlcos. . A . 3.3 - 0 aparecimento dos seres vivos

monocelu1ares .

3.4 - 0 aparecimento dos seres vivos

p1uricelulares .

3.5 - A evoluyao das especies , ..

A - Bibliografia ..

B - P erguntas .

C - Priltica de renovayao intima . 43 44 44 45 46 47 48 51

.,

) -

53 53 53 53

55 56 58 60 60 64 64 64

CAPITULO 4 A fase lmm:mu

4. ] - 0 Espirito ea agente .

4.2 - 0 desenvo1vimento da rnonada ..

4.3 - A lei do aprendizado ..

4.4 - 0 ingressa do ser na fase hurnana .

4.5 - Sintonia inconsciente .

4.6 - Tendencias, desejos ..

4,7 - Emotividade .

4.8 - Hilbitos e automatisrnos ..

4.9 - Intui,ao e razao ..

4.10 - A vontade ..

A - Bibliografia .

B - Leihlras complementares ..

C - P erguntas .

D - Priltica de renovayao intima ..

CAPITULO 5

ohornem primitivo 5.1 - 0 ingresso do Espirito na fase humana

5.2 - A lei do trabalho ..

5.3 - 0 despontar da ideia moraL . 5.4 - Pr6dromos da mediunidade .

A - Bib1iografia... .

B - Leituras complementares , .

C - P erguntas ..

D - Priltica derenovayao intima ..

65

66 68 69 70 71 71 72 73 74 74 75 75 76

77 79 80 82 85 85 85 86

(7)

CAPITULO 6

Conhecimento e livre-arhitrio

6.1 - Introdllyao... 87

6.2 - Adaptac;ao.... 88

6.3 - Conhecimento 89

6.4 - Responsabilidade 90

6.5 - Evoluyao e livre-arbitrio 91

6.6 - Progresso moral e intelectual... 93

A - Bibliografia.. 94

B - Leituras complementares 95

C - Perguntas 95

D - Pratica de renovayao intima 95

CAPITULO g A origem do bern e do mal

8.1 - Introduyao... 109

8.2 - A Gultufa primitiva, " " l l I l I l l l l t l l l l l l l l 1 1 l l l 1 1 l l " I " i11

8.3 - A desencarnayao 111

8.4 - A simbiose espiritual... 113

A - Bibliografia 116

B - Leituras complementares.... . 1 1 7

C - P erguntas 117

D - Pratica de renovayao intima... 117

CAPITULO 9 Provas e reencarnac;iio CAPITULO 7

As religioes primitivas

7.1 - lntroduc;ao .

7.2 - 0 totemismo ..

7.3 - Cultos e ritos ..

7.4 - 0 animismo .

7.5 - Mediunidade espontiinea .

7.6 - A origem da mitologia ..

A - Bibliografia , ..

B - Leituras complemerrtares .

C - Perguntas .

D - Priitica de renovayao intima . 97 98 100 102 104 106 107 107 107 108

9.1 - Vampirismo e obsessao ..

9.2 - Castigo, dor e sofrimento . 9.3 - Remorso e arrependimento .

9.4 - Resgate ..

9.5 - Zonas purgatoriais .

9.6 - A oportunidade renovada .

A - Bibliografia ..

B - Leituras complementares .

C - P erguntas .

D - Pratica de renovayao intima ..

CAPITULO 10 Sexo ereenca,.na~iio

Introdllyao - a metossintese ..

10.1 - Instinto sexual ..

119 120 122 123 124 126 127 127 127 128

129 132

(8)

o ~ R I' '- d CI' '0

L._ - e 19lOes alma 16

12,2.1 - 0 Confucionismo , 161

12,3 - Judaismo ]64

12.3.1 - 05 dez lmllldttffient05 "''''.. 166

12.3,2 - 0 Monoteismo ""'''''''''''''''''' 167

A -Bibliografia , , .. 169

B - Leituras complementares.. ... ]69 C - Perguntas ... ,... 169 D - Pr:itica de renovayao intima 170 10.2 - Fecundayoes fisicas e psiquicas ]34

10.3 - Reencarnayao """"",.".""""""""""""."" 136 10,4 - Conclusao """"""""""'''''''''''''''''''''''''' 139 A - Bibliografia """""""""",,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 140 B - Leituras complementares... 140 C - Perguntas """""'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''' 141 D - Pratica de renovayao intima... 141

CAPITULO 11 Religiao:

ciencia moral de aperfei(,'oamento - I Introduyao.. " " "" , "" ". 143 111-0. s cape mosr , ,.. ,... 1-~).-

11.2 - Religiao do Egito """"'''''''''''''''''''''''''''''' ]47 11.3 - Religioes da India """ , , 149 11.3.1 - 0 Vedismo ""'"',,''''''''''''''''''''''' 149 11.3.2 - 0 Bramarusmo... ISO 11.3.3 - A Ioga """"'"'''''''''''''''''''''''''''' 152

11.3,4 - 0 Budismo ]53

A - Bibliografia 155

B - Leituras complementares... 156 C - Perguntas .".""."""""".""""""" ' 156 D - Pr:itica de renovayao intima... ]56

EJI'ILOGO

o Cristianismo EP'I-Jesus e areligiao "'''''''''''''''''''' EP.2 - Revivescencia do Cristianismo .

171 173

CAPITULO 12 Religiao:

ciencia moral de aperfei~oamento-ll

12.1 - Masdeismo , ]57

I

i

(9)

Espiritismo eEvolu~:c7o

Preffiado

]7

Este volmne, juntamente com a livro Espiriiismo e Reforma jntima, completa a Curso Basicode Espiritismo.

No primeiro livro procuramos ex-por concisamente a carater, as principios fundamentais, as conseqiiencias de or- dem moral da Doutrina, bern como a necessidade de subli- mayao da vida intima, para a ascensao aos cimos espirituais.

Neste, empenhamo-nos em esclarecer, essencialmen- te, nos sens aspectos primordiais, as duas leis basicas que regem a ·Espirito: a lei da evoluyao e a lei da reencarnayao, cujo entendimento e significado sao fundamentais para a conhecimento da Doutrina. E como· a Espirito, possuidor de faculdades criadoras, vai desenvolvendo-as sob a orienta- yao do Plano Superior ate assumir por elas, na fase humana e sob a propria responsabilidade, a conduyao de seu proprio progresso.

Finalmente ticara ressaltado apapel preponderante das religi5es neste desenvolvimento, culminando com a apare- cimento do Cristianismo que, hoje redivivo e junt)) itCien- cia eitFilosofia, constitui com elas, n·esta Doutrina, a siste- ma de foryas que ha de impulsionar a homemitpromissora fase de renovayao.

Como e evidente, trata-se de uma obra didiltica,

(10)

18 RinD Curti EspiritismoeEvoluqao 19 estmturada com base em nossa concepyao atual de ensino e

divulgayao da Doutrina, e relativa aos aspectos tidos por nos como essenciais. E, portanto, nao satisfazera a todas as exi- gencias. Para 0 seu aperfeiyoamento, acolheremos de born grado todas as sugest5es, bern como0 apontamento de omis- soes ou deficiencias, agradecendo antecipadamente toda e qualquer colaborayao que nos seja oferecida.

Rino Curti

.lLn1l:rochH;ao

I-Em [I], Cap.!, n' 13, estudamos como, no seculoA'VIII, surgiu 0 interesse pelo estudo cientifico dos fenamenos medilinicos, fatos de todas as epocas, verificados em todos os povos, independentemente do seu grau de civilizayao.

2 - Destes estudos surgiram as primeiras "teorias", as pri- meiras explica'toes, que termiriaram por dar origem a duas

correntes principais de pensamento:

- 0 Espiritismo, que se constituiria em Ciencia, Filo- sofia e Religiao;

- a corrente, meramente cientifica, experimental - a Metapsiquica - com pressupostos materialistas e completa- mente avessaitintrodu'tao de qualquer no'tao religiosa, hoje substituida pela Parapsicologia.

3 - Essencialmente, a Doutrina se desenvolve a pariir dos fatos e sobre principios que a experiencia sugere, resultan- do, de seu desenvolvimento, conseqiiencias de carater mo- ral.

(11)

20 Rino Curti Espiritismo e Evohu;ao· 71 Conseqiiencias e nao pressupostos

As leis daEvoill~ao,oaReencarna~ao,da Renova-

~iio, decorrem da determinayao da existencia do mundo es- piritual e do espirito. Da sobrevivencia deste e da comuni- cayao possivel entre os dois pIanos, ambas estabelecidas atra- yeS da mediunidade ([3], Cap.I, n° 14).

4 - Em termos de constru9ao, a Doutrina se desenvolve a partir de principios e conceitos fundamentais, seu paradigma, tambemja evidenciados em [1] e [2], com base nas obras da codificayao.

Essencialmente, parte-se da nOyao de Deus tido como Principio das causas, a atuar sobre outros dois principios basicos: 0 espirito e a materia, secundados par urn terceiro

- 0 fiuido universal, ou energetico, mediante leis inderrogaveis, universais e etemas.

No que respeita a Deus, pouco podemos afirmar, a nao ser a sua existencia e alguns atributos, intuitivamente, pos- tulanoo-os, pois trata-se de urn conceito primitivo, nao aces- sivel aos sentidos, e estabelecidos indiretamente, pela ob- servayao dos fatos.

No livro Pai Nosso de Meimei, conta-se a seguinte hist6ria. (Existencia de Deus)

Uma caraVCllla, 110deserto, anoile. T7elho arahe anaifabeto orm'a com fel1'ol:

ochefe da carm'ana observoll-lhe:

- Como sabes que Dells existe, se nem sabes ler?

- Pelos sinais dele - respondell a crente -. QllCllldo 0 senhor recebe 1II1la carta... como reconhece qllem a escre-

veu?

- Pela letra.

- Quando a senhor recehe 'lima joia, como eque se

informa, quanto ao ell/tor dela?

- Pela mm'ca do ourives.

- Quando oJive passos de animais, ao redor da tenda, como sahe, depois - acrescentou0 empregado -, se fOi Jim carneiro, Zll11 cavalo, Oll Ul11 boi?

- Pelos rastos - respondell0 chefe.

Entl'io0 velho erente, mostrando-lhe a ceu, onde a Lua brilhava, cercada por multidoes de estrelas, exc!amou, res- peitoso:

- SenhOl; aquelessinai.~, la em cima, nao podem O'er dos homens!

Nesse momento, a orgJllhoso caravaneiro, de olhos

lacrimosos, ajoelholl-se na Greia e comeC;Oll a orartambbn.

Ao homem falta 0 sentido para compreende-Io ([4], 10-14).

Quanto ao espirito e ao corpo espiritual, as n090es ainda permanecem em forma9ao, sendo 0 Espiritismo, na forma que the foi dada por Allan Kardec(>1, a Ciencia que tern por

{*} - A palavra Espiritismo foi urn tenllO criado par Kardec para distinguir a nova Doutrina de outras de canitcr espiritualista, que nao se Ihe identificam. A critica opositora, entretanto, atribu- indo-Ille parentesco com as religioes primitivas, dellupou-lhe 0 significado, e hoje vemos a palavra utilizada em vilrios sentidos, como a maioria das palavras, em geral, designando cren9as diver- sas que se rdirarn aespiritos epropalelTIareencama~5.o. Resulta dai que, para bern conota-Io, sejamos obrigados a designa-Io de ESPIRITISMO KA.RDECISTA, ou simplesmente de KARDECISlvlO

(12)

22 RinD Curti Espirilismo e Evo/HC;tio T-0

objeto estudar-Ihes as leis e as relayoes com a materia; e 0 corpo fisico, em particular ([3], Cap.!, n° 16).

5 - Sera objeto deste curso abordar, em grandes trayos, 0

conhecimento essencial das leis da reencamayao e cia evolu- yao do espirito ate 0 aparecirnento do Cristo (Estudo mais aprofundado e efetuado no livroEvollll;ao em Doislidzmdos, de Andre Luiz, e comentado por RinD Curti, na serie de li- vros intitulada "Espiritismo e Vida ").

6 - No que respeita amateria, 0 conhecimento que temos hoje supera de muito 0 que possuiamos a urn seculo atras.

As descobertas do eletromagnetismo, da relatividade, da fisica quantica, da fisica nuclear, alem de terem conduzi- do ainumeras descobertas de canitertecnol6gico que altera- ram profundamente 0 viver e a qualidade de vida, em con- forto e possibilidades de realizayao do homem (0 radio, a televisao, os meios de comunicayao, 0 transporte, a automayao,0 computador, as radiayoes... ) mudaram tambem, radicalmente, nossas concepyoes acerca

- do mundo, do Universo (a quantidade de estre- las, sistemas, galaxias...);

- da vida (a biologia modema, a prebi6tica, a bio- logia molecular, a genetica, 0 evolucionismo...);

- da natureza intima do homem (a modema psico- logia, a psicologia experimental, a teoria do comportamen- to, a psicologia profunda...);

- do relacionamento social (as comunicayoes, a industria, 0 comercio intemacional, a sociologia, a econo- mia: as ciencias humanas em geral ...);

- as concepyoes do mundo classico, filos6fico-re- ligiosas, hoje, em total reformulayao, com a adoyao univer-

sal do conhecimento teorico-experimental, do metodo cien- tifico, mesmo para a filosofia e para a religiao.

Resulta claro como este desenvolvimento se reflita, tambem, nas diversas partes da Doutrina, ampliando-as, e fazendo-as evoluir, pois, esta, nao somente diz respeito aD estudo das leis do Espirito; mas tambem aD estudo das leis das relayoes que 0 unemitmateria, e lhe regem as manifes- tayoes nos dois pianos.

Diz Allan Kardec em ([3], Cap.!, n° 16) que"0conhe- cimento do Esp/rito nao pode estar completo sem 0 conhe- cimento da materian.

Entende-se como 0 crescimento deste acarrete 0 de- senvo1virnento daquele.

7 - A incorporayao e a adequayao do conhecimento cientifi- co feito nestes ultimos dois seculos, itDoutrina, foram inici- ados por Andre Luiz, Emmanuel, I-Iumberto de Campos, Joana de Angelis, ManDel Philomeno de Miranda e outros, principalmente atraves das mediunidades de Francisco Can- dido Xavier e Divaldo Pereira Franco, em concordancia, com- patibilidade e coerencia com a obm de Allan Kardec, 0 Codi:l:icador.

Nem poderia ser de Dutro modo. N6s; os encarnados nao temos possibilidade de realizar, ainda, uma sLIltese dos fundamentos do conhecimento, urn paradigma capaz de per- mitir a unificayao do conhecimento de nossos dias, mesmo porque essa unificayao exige dados do Plano Espiritual que s6OSEspiritos podem revelar, e so0 fazem ate onde0 nosso alcance0 permita.

Trata-se de urn autentico acrescimo de Revelayao, uma ampliayao e compatibilizayao das existentes, obra iniciada

(13)

24 RinD Curti E'spiritismo eEvohl~'aO .,~)-

par esses EspJritos, nas obras psicografadas, que nos cabe assimilar e desenvolver.

A Revelayao e dos Espiritos, mas a elaborayao doutn- naria e deixada a nosso cargo ([3], Cap. I, n° 13).

Assim sendo, sera apoiados nesta literatura que nos iremos desenvolver nosso curso, nosso conhecimento, vi- sando aformayao bitsica do espirita para que, solidamente fundamentado no conhecimento doutrinario, possa ele ca- pacitar-se do significado do apostolado cristao, e conduzir- se rumo aos cimos da espiritualidade - sua meta ja estabelecida desde 0 momenta de sua criayao.

A - Bibliografia

[I] - Rino Curti - Espiritislllo eReforllla il/ii- ma

[2] - Rino Curti - Escolas do DivlIIgador e Ex- positor Espirilas: Tomo 1, Vol.1 - 0 Swgimenlo da DOlllrina e 0 Estlldo do Evmzgelho

[3] - Allan Kardec - AGenese

[4] - Allan Kardec - 0 Livm dos Eopiritos.

JB - Leituras complement:u-es [3] - Cap. I e IV

[4] - Livro 10, cap. 1.

[2] - 7" e 8" aulas

C - Perguntas

I - As leis da Evoluyao, Reencarnayao, Reno- vayao e outras nao sao ideias preconcebi- das, muito menos dogmas. Explique por que (Vide [3], Cap. 1; [I], Cap. I).

2 - Podemos nos compreender Deus em sua es- sencia? Por que? (Vide [3], Cap.l; [I], Cap.lo ).

3 - 0 que sao perispinto e corpo espiritual?

4 - 0 grande desenvolvimento cientifico acar- reta0 desenvolvimento da Revelayao e, con- seqilentemente, da Doutrina. Explique.

5 - Explicar par que os Espiritos se encarrega- ram dos fundamentos doutrimirios (0 paradigrna), deixando para 0 encarnado a construyaO da Doutrina.

D - Pnitica de l-enova;;ao intima Andre Luiz - Sinal Verde

Estlldar e por ern pratica0 cap. 19.

Observa;;iio: Os Capitulos de I a 18, sao desenvolvi- dos conjuntamente com0 Livro Espirltismo e Reforma inti- ma de Rino Curti.

(14)

1.1 - Introdu!;1io

Espil'itismu e Evolw;:ao

CAPITULO 1 A GENESE

27

a) - Como vimos em [I], postulado basico para a constru- yao do conhecimento em geral, para a Doutrinae:

Postulado - 0 mundo eregido por causas e leis, cujo principio denominamos Dens.

Cabe it Ciencia determinar essas causas e leis, 0 que ela faz evolutivamente (Vide papel das Ciencias em [2], Cap.

IV).

b) - Outro postulado, colocado pelos Espiritos, e0 de que:

lI'ostulado - Os Espiritos, seres criados pOl' Dens, CO-ClliAM.

Isto e,participam da criayao dos mundos e da organi- zai(ao da vida, exercendo atividades que constituem a razao de ser de sua EVOLU<;::Ao - principio fundamental a que estao submetidos.

Postulado este cada vez mais comprovado pelo pro- prio Evolucionismo, pela Ristoria, e outros ramos do co-

(15)

28 RillD Curti Espiritismo e Evolw;c7o 29 nl1ecimento.

c) - Devido itLEI DA EVOLUr;:A.O, hitEspiritos dos mais diversos graus evolutivos, com as atribuiyoes as mais varia- das, segundo uma escala que edada em ([4], Livro Segun- do, Cap.1); e, pela qual, os que se situam em posiyoes as mais avanyadas, presidemitconstruyao dos mundos em sei"-

vi~o de Co-Cria~aoem Plano Maior ([3], l". Parte, Cap.

l). Outro dado revelado pelos Espiritos, sem conseqiiencias contradit6rias.

1.2 - Nosso universo

a) - A visao do firmamento nos fornece concepyoes do Uni- verso que variam com os recursos de obselvayao, e0 aCLunulo de conhecimentos que 0 homem vai-se fonnando ao 10nlZo do tempo.

oprimitivo, a olho nu, nao se da conta da esfericidade da Terra. Tales de !vIileto postula que a Terra e um disco plano qne flutua na agua, e0 firmamento, acima.

Ecom os Pitag6ricos que surgem as primeiras suges- toes sobre a esfericidade da Terra.

A ideia desenvolve-se entre os gregos ao mesmo tem- po que se planteia a indagayao acerca dos limites e da cons- tituiyao do Universo.

Platao estabelece que0 mundo e constituido de ideias, entendiveis pela razao, e que se materializariam no nosso plano, a partir da materia informe.

Dem6crito, como soluyao materialista, coloca que 0

mundo e constituido de materia e vazio, a materia constiILl- ida de parliculas - os atomos.

b) - A Cosmologia, nascida como a Ciencia que estuda a

G5tmturado Universo como um todo: sua constituiyao, sellS limites, evolui.

Arist6teles imagina0 universo como um todo de esfe- ras concentricas it Terra, constituida de quatro e1emerrtos:

terra, agua, ar e fogo, enquanto os corpos celestes seriam constituidos de urn quinto elemento - 0 eter.

o estudo dos corpos celestes em si e que daria nasci- mento a Astronomia.

Alem disso, considerou 0 universo finito.

Eentre os gregos que surge a primeira ideia de que a Terra gira ao redor do Sol, de modo que este passaria a ser0

centro do mundo.

c) - Estas duas ideias contrastantes perduram emluta ateit Renascerrya.

Aprimeira, permanecem ligados dois grandes pensa- dares: B.iparco e Ptolomeu. Para eles 0 murrdo seria consti- tuido de 850 estrelas, que catalogaram.

Lllcrecio, romano, no seculo I a. C., promulga a ideia de que 0 mundo e infinito e que, pela primeira vez, alem do nosso planeta, deve haver muitos outros mllndos habitados.

Tais questoes se relaclonam a outras que se confun- clem com as analogas filos6fico-religiosas.~ .

No plano religioso, JeSllS afirma estamesma ideia: ([6], Cap. III):

(16)

30 Rino Curli Espiritismo e Evolu9fio 31

"Nilo se lurbe 0 1'OSSO corm;ilo. Crede em Dells, crede lall1bem em mim: - Ha muilas 1I10radas na casa de mell Pai. Se assiln nilo fos- se eu vo-lo leria dito; pois vou preparar-vos 0

lugar" (loilo XIV: J:3).

Ecom Copernico que vinga a segunda ideia: a de que a Terra gira ao redor do Sol, junto com os outros planetas.

Outros pensadores contribuiram para 0 estabeleci- mento do conhecimento atual. Giordano Bruno, Thomas Digges argumentaram que 0 universo nao tinha centro.

Ticho Brahe, subordinou 0 conhecimento astronomi- coiIobservayao. Kepler estabelece as leis que regem as tra- jet6rias dos planetas, em 1619.

Galileu, com a invenyao do telesc6pio, e Newton, com a construyao da Meciinica" e a invenyao do calculo infinitesimal, abriram 0 caminho para as mais diversas des- cobertas.0 primeiro, entre outras descobertas, verificou que a luz que provinba da Via Lactea, ate entao tida como nebu- losa, emanava de muitas estrelas, e, portanto, que constituia uma galiL'ua.

d) - Durante tres seculos ap6s Galileu ter descoberto a natu- reza da Via Lactea, pensava-se ser e1a a unica galaxia exis- tente. Eneste seculo que, ao penetrar no significado das ne- bulosas, algumas se revelaram quais uuvens de gas, enquan- to outras quais diferentes galaxias ([8], Cap. 1,2).

No seculo)GX,a teoria atomica ganha foro de certeza e:\.rperimental.

Dalton, em 1803, demonstra experimentalmente a

I I

I

~; rr

constituiyao atomica da materia.

Neste se~ulo, Rutherford, Bohr e outros estabelecem urn mode10 representativo do atomo segundo 0 qual, e1e-

trons se movem em 6rbitil5 conc6ntricilB il urn nUGleo, COllB-

tituido de pr6tons, neutrons e neutrinos.

Hoje, pr6tons e neutrons revelam-se constituidos de particulas menores - os quarqs - ditas elementares, porque supostas ultimas. Sua comprovayao experimental e obtida nos ciclotrons (aceleradores de particulas), na Fisica de alta energia, no fenomeno da tlssao nuclear, com as quais apare- cern outras particulas, na ordem de uma centena.

No que respeita ao eletron, jil se admite que e1e tam- bern seja dotado de uma estrutura, constituido de particulas, embora ainda experimentalmente desconhecidas.

Com que a Doutrina se compatibiliza. Diz Emmanuel, no ([8], 16):

" alomos e eletrons silo fases de cOll1patibilizar;ilo da maleria, sem conslttuirem oprincipio nessa escala sem-jim, que se 1'er!fi- ca, igllalmenle, pm'a0 plano dos injinttamenle pequenos ".

Simultaneamente, desenvolve-se 0 eletromagnetismo que reve1a nova for<;a da Natureza - a for<;a eletromagneti- ca - distinta da forya da gravidade, na qual repousa toda a mecilnica classica, e sobre a qual erige-se nova teoria acerca da 1uz, e a descoberta das radiayoes eletromagneticas.

(17)

32 Rino Curti Espirilismo e Evollll;fio 33 . e) - As descobertas doeletromagnetismo e do nllcrocosmo

fisico, conduzem a novas concepyoes relativas a materia e,1 energia, ao conhecimento de novas leis a elas concernentes, notadamente quanto ao movimento e as interayoes das par- ticulas, nos quais hit a considerar velocidades pr6ximas das da luz (da ordem de 300000Kmlseg).

As teorias a respeito culminam nas duas teorias bilsi- cas da Fisica atual: a Teoria da Relatividade e a Teoria dos Quanta, com intensa repercussao em toda a nossa cultura filos6fica e religiosa, sem que estas as tenham ainda assimi- lado, mesmo porque elas mesmas ainda nao se unificaram.

No estudo das particulas elementares, duas outras for- vas - a forya fraca e a farya forte, comparecem a atuarem sobre elas, a distancias muito pequenas, descritivas com as equayoes da fisica quantica: a segunda, mantendo Iigados os quarqs que formam os neutrons e pr6tons; a primeira, res- ponsitvel pela desintegrayao radioativa e pela ernissao de neutrons.

Os fisicos voltararn recenternente a apregoar estas as- similayoes, sem sucesso, todavia: ou parque queiram redu- zir todo conhecimento a fisica, e, portanto, renovando a ten- tativa milenar materialista de explicar0 homem par leistlsi- cas; ou, renovando a ideia panteista de que Deus e a pr6pria Natureza, da qual seriamos parte; ou, ainda, atacando for- malmente 0 aspecto determinista das leis, a pr6pria legali- dade, e0 valor da razao, do metodo cientifico, nos moldes do misticismo oriental.

No que a Doutrina discarda, indubitavelmente.

Diz Emmanuel. em ([8], 17):

H •••OS sistell'lGSanligos envelheceram...

Coma tempo, asformulas academicas se reno- varao em outros conceitos da realidade trans- cendenle e OSjisicos do Term m'iopoderi'io dts-

pensar Deus nas suas ilat;oes, reintegrando c[

Natureza na sua posir;ao de campo passivo (e nao a pr6pria Divindade), onde a inteligellcia divina se manijestan.

E, ainda, no n°. 18:

"So na inteligencia divina encontramos a origem de toda a coordenar;ao e de todo equi- libria, razao pela qual, lias Sllas qllestoes maiO' intimas, a Fisica da Terra nao podera prescin- clir da logica* com Dells".

E, ao mesmo tempo desfaz a ideia (n' 19) sernpre nas- cente no espirito de alguns cientistas que, apressadarnente, entendem, diante das estupendas conquistas atuais, que nada mais hit a descobrir.

ohomem estit lirnitado nas percepyoes de seus senti- dos, 0 que lhe limita a evoluyao do conhecimento.

f) - Hoje considera-se que existem centenas de bilhoes de galitxias, cada uma com centenas de bilhoes de estrelas.

As estrelas, passam a ser entendidas como carpos de

* ...da 16gica, da razao, que0 rnisticismo oriental conside- ra, desacertadamerrte, como obnubiladora e nao reveladoIa da verdade. A verdade se conquista com ambas: a intui9ao e a Iazao.

Apenas atnbasevoluelTI., exigindo esfon;o evivencia,para a com- preellsao.

(18)

34 RillG Curti Espiritismo e Evolw;ao 35 materia completamente gasosa e geralmente de forma esfe-

rica, cujos gases, mantidos por fon;as gravitacionais, mas atuantes por sua pressao e radiayoes, as dilatam. Elas se for- mam ou explodem dentro de certo periodo de dUfayuo, e podem atingir dimensoes de ate 500 vezes0 tamanho do Sol (as supergigantes) ([7], Cap.2). Elas mesmas, agrupadas aos bilhoes, nas galilxias, distam entre si na ordem de quatm anos-Iuz, junto a nuvens de materia interestelar; enquanto que as gala,-TIas distam entre si na ordem de urn milhao de anos-Iuz.

oSo~com seu sistema planetilrio, se situa na Via Uic- tea, galincia estimada com 150 a 200 bilhoes de estrelas, ao redor de cujo centro gira a uma distancia de 25.000 a 30.000 anos-Iuz.

As galilxias tern vilrias formas e diferentes desenvol- vimentos; e podem ser membms de urn cumulo de galixias, talvez pertencentes a agregayoes ainda maiores.

Para0 Espiritismo, religiao que se compatibiliza com a Filosofia e a Ciencia, 0 Universo e intlnito e a vida enxa- meia por todo ele.

Andre Luiz, em ([3], Cap. I) se refere II nossa galilxia semelhantemente a uma cidade. Nosso sistema solar com- parar-se-ia a urn edificio, com vilrios apartamentos, haven- do outros em todas as direyoes, mais humildes ou mais sun- tuosos, mansoes senhoriais e belas,

" ... exibindo lima gloria perante a qual to- dos os nossos valores se apagariam.

POl' processos opticos, verijicamos que a nossa cidade apresenta amaforma espiralada e que a onda de radio, avmu;andoCOIlla veloci-

dade dabiZ,gasta mil secalos terrenos para per- correr-Ihe 0 didmetro. Nela swpreenderemos lIlilhf5es de lares, nas mais diversas dimensf5es e feifios, illstitllidos de ha muito, rece,n-organiza- dos, envelhecidos011em vias de instalar;iio, nos qllais a vida e a experiencia enxallleiam vilorio- sas... ".

g) - Pois bem, todo este imenso existir de corpos celestes, que escapa totalmente II nossa compreensao, e criado por Deus, a cujo influxo operam

" .. .inteligencias divinas a Ele agregadas ... em servir;o de Co-Criar;iio ...na constrnr;iio dos sistemas da imensidade... " ([3J, Cap.!).

Para a direyao do nosso sistema planetilrio, segundo Emmanuel ([5], Cap. I), existe uma comunidade de Espiri- tos Puros e eleitos

"... em clljas maos se conservalll as rede- as dire toms de lodas as coletividades planet6-

. "

nas...

da qual Jesus faz parte.

A Jesus foi entregue a direyao· do planeta a partir do instante inicial de sua individualizayao, quando se despren- dia da nebulosa solar.

(19)

36 RinD Curti Espiritismo eEvo!Il9L'io 37

1.3 - Cosmogonia

a) - 0 Espiritismo, na Genese planetaria,compatibiliza-se com a Ciencia, entendendo que 0 metodo cientifico e a for- rna pela qual se pode constmir0 conhecimento. Apenas, ao acervo dos dados sensoriais, acrescenta outros de percepyao ultra-sensorial, pela mediumdade, ditados pelos Espiritos - dados de Revelayao -, entendendo que todos os aconteci- mentos tern seu ascendente no Plano Extrafisico: planeja- dos, imciados e ai conduzidos, respeitada a liberdade de es- colha do ser humano, que a exerce sob sua responsabilida- de, na vigencia da Lei de Ayao e Reayao.

Kardec (em [2], Cap.VI) expoe a Doutrina com a uti- lizayao dos conhecimentos da epoca. Hoje teriamos dados novos a considerar, £rente ao enorme progresso feito pela Ciencia, em geral, seja em teoria, ou em tecnologia experi- mental, mesmo porque, afirma ele, a Doutrina nao foi ditada completa.

b) - A existencia de outros planetas e outras Humanidades, subordinadas as leis da evoluyao e do progresso, e afirmada em toda a literatura ditada pelos Espiritos ([2], Cap.VI; [4], livro 2°, Cap.IV; [6], Cap.III). (*)

Cientificamente, entretanto, 0 limco conjunto de pla- netas de que se tern conhecimento segura e0 sistema solar.

Nao temos ainda, com os meios de observayao disponiveis, possibilidade de descobrir outros. Entretantoha vanos indi-

(*) - Recentemente foi anunciada a descoberta de um GU-

tro sistema solar.

clOS indiretos e muitas indicayoes teoricas de que osha ([7], Cap.III).

Efacil inferir que, diante da grandeza do Universo,

quaa pabreB ainda Baa OB conhecimentoB qll~ t~mos del~, Mas nao hit que se surpreender, pois essas descobertas da- tam apenas de alguns anos.

Estamos nos albores de uma nova era.

c) - Quanto itformayao dos planetas, sucederam-se vilrias teorias; dentro da COSMOGONIA - Ciencia que trata da ORIGEM e da EVOLUCAO do Umverso, e seus compo- nentes.

A respeito do Universo, embora a Ciencia com seri- os argumentos apresente algumas teorias que concebem para ele um principio e urn fim, a Doutrina afirma sua eternidade.

oque eJa concorda e de que no Universo impenmJ as trans- forrnayoes e a vida. Que imperios esteJares e seus compo- nentes - estrelas e pJanetas - nascem, vivem, morrem e re- nascem, subordinadositlei da evoluyao.

Assim, com seguranya ninguem sabe ao certo a mi- gem do sistema solar. Uma das conjecturas e a de que eJe se tenha formado a partir de um linico material basico, em que materiais solidos, primeiro, passaram a agregar-se, para de- pois, ]lelo movimento angular do Sol, des]lrenderem-se, cons- tihlindo os pJanetas.

Que outros sistemas solares e ]llanetas possam existir

ealgo que a intuiyao se recusa a reJiltar. E isso cOllstitui 0

motivo pelo qual tanto se os busca: porque se acredita nessa possibiJidade.

As argumentayoes apresentadas incentivando as 'pes-

(20)

38 Rino Curti Espiritismo e Evohl9iio 39 >

quisas, podem ser resumidas nas seguintes constatac;5es:

I - hit inumeras estrelas como 0 Sol, em caracte- risticas e velocidade;

2 - em 1963, Peter Van de Kamp descobriu urn pla- neta que gira ao redor da estrela de Barnard;

3 - hit estrelas em formac;ao, ainda hoje.

Esses e outros fatos conhecidos pelos especiaJistas le- vam a considerar que, eventos como 0 da forma<;ao do siste- ma solar, tenham acontecido e ainda estejam acontecendo em todas as gaJitxias, 0 que, portanto, levariaIiconsiderac;ao nao somente de alguns, mas provavelmente de centenas de bilh5es de sistemas iguais ao nosso, onde a vida nao exista;

inicia-se; estit desenvolvida no mesmo nivel que a nossa; a supera enormemente; ou, ainda, estit em vias de extinc;ao.

1.4 - No principio era 0 verbo

a) - Segundo Emmanuel, portanto ([5], Cap.I), Jesus rece- beu 0 orbe terrestre desde0 momenta em que este se des- prendia da massa solar, e junto a uma legiao de trabalhado- res presidiu Ii formac;ao da Lua, Ii solidifica<;ao do orbe, Ii forma<;ao dos oceanos, da atmosfera, eli estruturac;ao do glo- bo nos seus aspectos bitsicos, estahlindo

0 •••os regulamentos dos jenomenos fisi-

cos da Tinw, organizando-lhe0 equilibrio fittli- ra na base dosCOIPOSsimples da materia.I I 01'- ganizou 0 cenario da vida, criando, sob as vistas de Deus, 0 indispellsavelaexistellcia dos seres doP0I11il: Fez a presstio atmosfbiea ade-

quada ao homem... ,. estabeleceuosgi·al1des cen- tros de forc;a da ionosfera e da estratosfera. .. e edificou as usinas de oz6nio a 40 e 60Km de altitude, para qlle filtrassem GOII1'61Ji~nt?/Ilente

osraios solcwes... Definiu todCfS as linhas do pro- gresso da Humanidade jutura..."([5J, Ccp.J).

b) - Diz, ainda, Emmanuel em ([5], Cap. 1) que 0

"am or de Jesus foi 0 verba da Criac;tio do principio ",

sendo ele mesmo 0 ideaJizador e0 construtor da mo- rada que haveria de acolher a vida organizada.(Eneste sen- tido que Emmanuel interpreta os versiculos de 1 a 4 do Cap.

I do Evangelho de Joao.)

Atingido 0 momento, diz ele:

".. ..Jesus rel/niu nas alturas osinti!Jpre- tes divinos do seu pel1samento. Viu-se, entao, descer sobre a Terra, das amplidi'Jes dos espa-

C;OS ilimitados, Ulna nlivem de forc;as cosmicas que envolveli 0 imenso laboratorio planetario em repouso. Dai a algum tempo... podia-se ob- sel11ar a existfmcia de um elemento viscoso que cobria toda a Terra ... nascia no ol'be 0

protoplasma e, com ele, lanc;ara Jesusitslper- (icie do mundo 0 germe sagi'ado dos primeiros homens([5J, Cap.!) ".

(21)

40 RinDCurti Espiritismo e Evoluf;;aQ 41 1.5 - 0 aparecimento da vida

a) - Andre Luiz, em ([3], Cap.III), tambern diz que

"... os Nfinistros Evangelicos da Sabedo- ria Divina, com a supenJisfio do Cristo de Dens, lanr;aram os jil11damentos da vida no corpo ciclopico do Planeta...

A imensa fomalha atomica estava habi- litada a receber as sementes da vida e, sob 0

impnlso dos Genios Construtores... vemos0 seio da Terra recoberto de mares momos, invadido

pOI'gigcmtesca l/1assa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva.

Dessa geleia cosmica, verte 0 principio inteligente, em suas primeiras manifestar;i5es.

b) - Kardec, em([4],1. 10, cap. III), afirma que

"...A Terra continha os gennes qne espe- rm1am 0 momento favoravel para desenvolver- se... Os germes permaneceram em estado laten- te e inerte ate0 momento prop/cioaeclosfio de cada especie... ".

Enfirn, os Espiritos transmitern a Kardec a ideia de gerar;ao espontfulea, no sentido de que seu aparecimento nao se deveu a nenburn processo de procria<;ao; e que, hoje, nao

mais se repetiria na Terra, uma vez que os seres vivos, em seu desenvolvimento, teriam absorvido os elementos em si mesrnos, para transrniti-los segundo as leis da reprodur;ao ([4],1. la, Cap.III)

A) - Bibliogt'afia

[I] - Rino Curti - Espiritismo e Reforma Jnti- ma -Ed.Lake

[2] - Allan Kardec - A Genese - FEB

[3] - Andre Luiz - Evolnr;iio em Dois Mundos -FEB

[4] - Allan Kardec - 0 Livro dos Espiritos - Inst. de Dif. Esp. Araras

[5] - Emmanuel- A Caminho da Luz - FEB [6] - AllanKardec - 0 Evcmgelho Segundo0

Espiritismo

[7] - Roger A. Macgowan e Frederick 1.

OrdewayIII-Inteligencia no Universo - Vozes.

[8] - Emmanuel- 0 Consolador - FEB

II) - l,eituras complementares [2] - Cap. IV

[5] - Cap. I

[4] - Livro10.,cap. III [6] - Cap.ill

(22)

42 RilloCurti

C) - Perguntas

Qua! 0 papel das Ciencias?

2 - 0 que eCo-Criayao?

3 - Hit fundamento ern se supor eyjstirem ou- tros planetas habitados? Por que?

4 - Como ter-se-ia originado 0 planeta?

5 - Como aparecerarn os primeiros elementos da vida na Terra?

6 - Hit "gerayao espontfmea", hoje, na Terra?

Iit houve? Explique.

Espiritismo e Eva/u9iia

CAPITULO 2 A ORIGEM DA VIDA

2.1 - 0 snrgimento da vida

43

D) - Pratica de renova-;ao intima Andre Luiz - Sinal Verde

Estudar e por em pnltica a cap. 20.

SegundoEmmanue~ a vida organizada surgiu na Ter- ra segundo planas e fOfilms estudadas e previstas desde a inicio, por numerosas Assembleias de Openlrios Espiritu- ais, sob a orientayao do Cristo. Tudo foi adaptado as condi- yoes fisicas do Planeta

"... e as primeiras constrw;oes cellllares obedeceram as leis do principioe do desenvol- vimento gent!([ll, Cap.II) ... ",

Como foi dito no capitulo anterior, com a formayao da crosta, camada gelatinosa envolveu 0 orbe, contendo as se- mentes da vida que, segundo Kardec, jit teriam existido nele ern estado latente.

As primeiras forrnas teriam surgido com a utili;z:ayao de foryas cosmicas, corn as quais ter-se-ia despertado a latencia de tais sementes da vida e dado inicio it evoluyao dos seres vivos.

(23)

44 Rino Curti Espiritismo e Evol"9i'io 45 Com is50 teria acontecido, primeiramente, 0

surgimento das celulas albmnin6ides; a seguir, e em sequen- cia, as amebas, as organizayoes unicelnlares isoladas e li- vres, que se teriam multiplicado vertiginosamente, nas aguas tepidas dos oceanos e pfllltanos, mesmo porque somente ai teriam elas encontrado ooxigenio que escasseava na terra firrne.

Tills seres apresentavam sensibilidade restrita ao tacto, sentido este do qual se desenvolveram todos os outros.

2.2 - A explica<;ao cientffica

2.2.1-A origem cia vida

Pouco se sabe acerca da origem da vida.

Hit grande propensao em se aceitar, na ciencia materi- alista, que a vida se originou como consequencia de uma evoluyao quimica, por reayoes quimicas e agregayoes moleculares de complexidade gradualmente crescentes.

Isto e, moleculas quimicas simples participam de rea- yoes quimicas que levamitformayao de moleculas mais com- plexas, tills como as encontramos nos corpos vivos. Por exemplo, Hidrogenio e Oxigenio se combinam para formar ilgua, um composto com propriedades pr6prias, diferentes das dos seus componentes.

Analogamente, na forma<;iio de moleculas mais com- plexas, a partir de moleculas mills simples, surgem, nas com- postas, proptiedades novas. Infere-se dill, que a vida e uma

\j

dessas propriedades novas que surgem com 0 crescimento da complexidade.

Meramente uma bip6tese.

o que nao se sabe, realmente, e como uma molecula se torna capaz de cercar-se de materia estmtural e reprodu- zir-se; isto e, como ciaevolu~ao quimica se pass aaevolu-

~ao biologica, embora a Bioquimica jil tenha desenvolvido toda uma teoria que busca explicar, com base na Lei da Evo- lUyao e da Lei da Seleyao Natural, este fen6meno (Vide [6]).

Este e um ponto que ainda permanece insolllVel para a Ciencia([2], Cap.5, e [3]).

2.2.2 - Vida biologica

oque se entende par vida bio16gica e algo que possui varios atributos ([2], Cap.5):

1°. - Consiste de agregayoenle diferentes molecu- las, com 0 acido DNA como agente genetico;

2°. - reproduz-se;

3°. - mantem urn envoJt6rio' estmtural;

4°. - aJimenta-se;

5°. - utiliza energia externa;

6°. - armazena energia quimica;

7°. - elimina materiais gastos;

go _ percebe condiyoes ambientills extemas e'3 elas reage;

9°, - cresce;

10°. - morre.

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