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APLICAÇÕES DOS MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS PLUVIAIS DA NBR 15527/2007

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Academic year: 2022

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APLICAÇÕES DOS MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS PLUVIAIS DA NBR 15527/2007

MARANGUANHE, Renan Silva1 PAGIO, Deivysson H. Vaz2 PINHEIRO JR, Eduardo França3 TORRES, Herbert4

INTRODUÇÃO

O uso desenfreado e hiperbólico de água, tem se tornado ainda mais evidente com o crescimento rápido da população nas últimas décadas. O planeta terra tinha quase 7,6 bilhões de habitantes em 2017, em 2050 esse número será de 9,6 bilhões (ONU, 2017). Com o aumento da população, o aumento de consumo de água também cresce.

O uso ineficiente da água, não só causa consequências negativas para o meio ambiente, mas também representa um maior uso de energia em sistemas de tratamento de água, com custos financeiros e ambientais (WWAP, 2015). Com o aproveitamento de água da chuva, é possível reduzir o consumo de água, o consumo de energia e equipamentos para o tratamento da água e ainda gerar economia na conta de água, através de reservatórios para captação de águas pluviais.

No Brasil a NBR 15527 que normatiza os requisitos para o aproveitamento de água da chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis, recomenda como métodos de formulação de reservatórios; o método de Rippl, da Simulação, Azevedo Neto, Prático Alemão, Prático Inglês e Prático Australiano (ABNT, 2007).

O presente estudo tem como objetivo analisar três dos métodos descritos na NBR 15227, o Método prático Alemão, Azevedo Neto e o Método da simulação, a analisando as vantagens e desvantagens de cada método, evidenciando as regiões e situações onde suas aplicações serão mais bem aproveitadas.

1 Graduando do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES, renas852@gmail.com;

2 Graduando do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES, deivyssonvaz@hotmail.com;

3 Graduando do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES, edufranca18@gmail.com;

4Professor Orientador: Mestre em produção Vegetal, Centro Universitário São Camilo - ES, herberttorres@saocamilo-es.br. Cachoeiro de Itapemirim, março de 2018.;

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DESENVOLVIMENTO

A captação de água da chuva contribui para aperfeiçoar o gasto de água, sendo possível aproveitá-la para fins não potáveis, com isso é possível reduzir a demanda de água nos centros de distribuição, além de contribuir para evitar alagamentos em centros urbanos.

A NBR 15527 apresenta seis métodos para o dimensionamento do volume de reservatórios, iremos analisar três métodos, Método prático Alemão, Azevedo Netto e o Método da simulação.

O método Azevedo Neto emprega a seguinte equação:

V = P x A x T x Ƞ Onde:

V= volume anual, mensal ou diário de água de chuva aproveitável;

P = precipitação média anual, mensal ou diária;

A = área de coleta;

T= número de meses com pouca chuva ou seca;

Ƞ = fator de captação é a eficiência do sistema de captação.

Dimensionamentos pelo método Azevedo Neto obtêm resultados exagerados em relação aos demais, visto que para o cálculo independe a demanda de água pluvial, quanto maior a precipitação pluviométrica da cidade e/ou área de captação, maior será o volume do reservatório (RUPP; MUNARIM; GHISI, 2011), sendo necessário estudar a viabilidade e a necessidade do projeto, pois o principal investimento que se faz no projeto de captação de água é o reservatório, quando o investimento é alto, o tempo de retorno do investimento também é alto. Porém, por levar em conta no cálculo os meses de pouca chuva (T), é uma boa alternativa para regiões com grandes períodos de estiagem ou seca, armazenando volume de água acima do gasto mensal em meses com chuva, porém, ficando subutilizado em períodos de seca.

A metodologia do Método prático alemão é bem mais simples, consiste

apenas no menor valor obtido entre 6% do volume de água da chuva anual e 6% do

gasto anual de água não potável. Sendo um método de fácil aplicação, não exige

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dados de difícil obtenção e nem cálculos complexos. O método prático alemão fornece valores conservadores, sendo mais indicado quando se deseja diminuir o volume do reservatório, diminuindo assim os gastos com a implantação do sistema (AMORIM e PEREIRA, 2008). Em contrapartida com o Método Azevedo Neto, esse método não leva em conta os meses com pouca chuva, não sendo indicado para regiões com longos períodos de estiagem ou seca, sendo ainda necessário o fornecimento através de outras fontes de água, nos meses que o reservatório não consegue suprir o gasto.

No método da simulação, a evaporação da água não deve ser levada em conta. Aplica-se as seguintes equações:

S

(t)

= Q

(t)

+ S

(t-1)

– D

(t)

Q

(t)

= C x precipitação da chuva

(t)

x área de captação Sendo que:

0 ≤ S

(t)

≤ V Onde:

S

(t)

= volume de água no reservatório no tempo t;

S

(t-1)

= volume de água no reservatório no tempo t - 1;

Q

(t)

= volume de chuva no tempo t;

D

(t)

= consumo ou demanda no tempo t;

V= volume do reservatório fixado;

C = coeficiente de escoamento superficial.

O método da simulação modificado aplicado com valores diários de

precipitação não representa com exatidão a realidade para a demanda ser suprida

durante o dia, mas representa mais fielmente o que ocorre quando os reservatórios

disponíveis são pequenos (NOVAKOSK; MARQUES; CONTERATO, 2013). Sendo

assim, é um método mais indicado para casas unifamiliares, com poucos moradores,

sendo aceitável um reservatório de baixo volume.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foram apresentados três métodos de dimensionamentos de reservatórios de armazenamento de água de chuva, indicados pela NBR 15527. Os métodos tendem a variar muito entre si, alguns apontam valores superdimensionados enquanto outros apresentam valores subdimensionados, mostrando a importância de um profissional experiente para analisar qual seria o melhor método, com base nos dados e na região onde será implantado o reservatório, além da necessidade de se levar em consideração os custos envolvidos.

Métodos que apresentam volumes maiores são, normalmente, indicados para regiões onde haja longos períodos de estiagem ou seca ao longo do ano, para ajudar a suprir a demanda de água nesses períodos. Métodos que apresentam volumes menores possuem um valor de implantação menor, sendo indicados para regiões com pouca estiagem e com outras fontes de água.

A partir do estudo realizado, pode-se concluir que a captação de água da chuva para fins não potáveis é viável, sendo mais bem aproveitada e

financeiramente mais viável com a aplicação do método de dimensionamento correto, diminuindo o consumo de água potável, conseqüentemente, reduzindo a exploração de mananciais e o consumo energético com o tratamento de água nas distribuidoras.

REFERÊNCIAS

Amorim, Simar Vieira; Pereira, Daniel José de Andrade. Estudo comparativo dos métodos de dimensionamento para reservatórios utilizados em aproveitamento de água pluvial. Ambiente Construído. Porto Alegre. Disponível em:

<http://www.seer.ufrgs.br/ambienteconstruido/article/viewFile/5359/3284>. Acesso em:

24 mar. 2018

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 15.527/2007.

“Água de chuva: aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não

potáveis: requisitos”. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.

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Bezerra, Stella Maris da Cruz. et al. Dimensionamento de reservatório para aproveitamento de água de chuva: comparação entre métodos da ABNT NBR 15527:2007 e Decreto Municipal 293/2006 de Curitiba, PR. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/ac/v10n4/a15v10n4>. Acesso em: 23 mar. 2018

Novakoski, C.; Marques, M.; Conterato, E..ANÁLISE DO MÉTODO DA SIMULAÇÃO PARA DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS PLUVIAIS EM RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES. In:, São Paulo. Anais. Disponível em:

<http://www.evolvedoc.com.br/sbrh/detalhes-574_analise-do-metodo-da-simulacao- para-dimensionamento-de-reservatorios-de-aguas-pluviais-em-residencias-

unifamiliares>. Acesso em: 24 mar. 2018.

População mundial deve atingir 9,6 bilhões em 2050. ONU, 2017. Disponível em:

<https://nacoesunidas.org/populacao-mundial-deve-atingir-96-bilhoes-em-2050-diz- novo-relatorio-da-onu/>. Acesso em 22 mar. 2018.

RUPP, R. F.; MUNARIM, U.; GHISI, E. Comparação de métodos para

dimensionamento de reservatórios de água pluvial. Porto Alegre – RS: Ambiente

Construído, 2011. 18p.

Referências

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