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PROMOÇÃO DO CUIDADO COM ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE DANOS NA CENA DE USO DO BAIRRO DE NEVES EM SÃO GONÇALO (RJ)

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PROMOÇÃO DO CUIDADO COM ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE DANOS NA CENA DE USO DO

BAIRRO DE NEVES EM SÃO GONÇALO (RJ)

Alexandre Teixeira Trino1 Kássia Fonseca Rapella2 Aparecida Lobosco Assis Dos Santos3 Phillipe Rocha Silva4

RESUMO

O presente estudo relata a experiência de atuar em uma cena de uso no território do bairro de Neves na cidade de São Gonçalo, Estado do Rio de Janeiro, a partir de ações de Redução de danos por equipes inter- setoriais e articuladas pelo Projeto Redes (FIOCRUZ). As Secretarias Municipais de Saúde, Desenvolvimento Social, Segurança Pública, Educação, Meio ambiente e a Subsecretaria de Políticas de Drogas, em parcerias no território da cena de uso, como o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e a Associação de Moradores do bairro de Neves (AMONEVES), deram seguimento ao legado deixado pelo Projeto Caminhos do Cuidado junto aos profissionais da Rede de Atenção Básica no Município de São Gonçalo, desdobrando consequências positivas na qualificação da atenção a usuários que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas junto a rede intersetorial municipal, por uma lógica de educação permanente, em ato, com reflexões importantes sobre a prática de redução de danos na medida em que foram estabelecidas as primeiras aproximações e construções de vínculos com os usuários na cena de uso no bairro de Neves.

Palavras-chave: Redução de Danos. Álcool e outras Drogas. Intersetorialidade. Projeto Redes. Cuidado.

1 Sanitarista, Mestre em Saúde Coletiva, atualmente articulador do Projeto Redes (FIOCRUZ) em São Gonçalo, Supervisor Clínico Institucional do CAPS Carlos Augusto Magal no Rio de Janeiro. Contato: alextrino@hotmail.com

2 Graduada em Psicologia pelas Faculdades Integradas Maria Thereza, Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - ENSP/Fiocruz. Atualmente está como técnica no CAPS AD São Gonçalo. Contato: kassiarapella@gmail.com

3 Graduada em musicoterapia pelo Conservatório Brasileiro de Música CBM-CEU. Estudante de especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela Universidade Estácio de Sá. Atualmente está como diretora do CAPS AD São Gonçalo/RJ e Assessora técnica do Programa Municipal de Saúde Mental/Álcool e outras Drogas/ Eixo Álcool e outras Drogas. Contato: cidalobosco@yahoo.com.br

4 Redutor de danos formado pela CRR-UFF/RJ. Atualmente é agente social do Consultório na Rua de São Gonçalo e Graduando em Psicologia na Universidade Federal Fluminense. Contato: philliperocha@id.uff.br

ARTIGO ORIGINAL

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INTRODUÇÃO

Como investir na autonomia e não na infan- tilização dos sujeitos, como suscitar em suas vidas o acontecimento inédito, como introduzir a surpresa, senão pela ascendên- cia afetiva, entrando com o próprio corpo, mobilizando o entorno, inventando conjunta- mente uma linha de fuga, um agenciamento coletivo? (PELBART, 2009, p. 12).

O presente estudo relata a experiência de atuar em uma cena de uso no território do bairro de Neves em São Gonçalo, Estado do Rio de Janeiro, a partir de ações de Redução de danos (RD) por equipe intersetorial articulada pelo Projeto Redes (SENAD/

FIOCRUZ) por meio das Secretarias Municipais de Saúde, Desenvolvimento Social, Segurança Pública, Educação, Meio ambiente e Subsecretaria de Políticas de Drogas, em parcerias no território da cena de uso, como o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e a Associação de Moradores do bairro de Neves (AMONEVES). Para iniciar o relato, faz-se necessário esclarecer de onde parte a concepção de Redução de Danos defendida neste trabalho, como estratégia de cuidado e também de que prática de cuidado.

Um dos conceitos de cuidado utilizado por profis- sionais de saúde é o do autor Leonardo Boff (1999, p.33), o qual diz que “Cuidar é mais do que um ato;

é atitude [...] Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvi- mento afetivo com o outro”. No decorrer deste tra- balho iremos fazer referência a essa experiência na cena de uso a partir de seus aspectos pedagógicos e formativos para a atitude de cuidado e de atuar na prevenção ao uso de crack e outras drogas, consi- derando que esse projeto ainda em andamento, tem um foco eminentemente voltado para articulação de redes intersetoriais para o cuidado e a reinserção social de pessoas que fazem uso abusivo de álcool, crack e outras drogas com estratégias de formação em Políticas Públicas e de seus diferentes atores

nas áreas de Saúde, Segurança Pública, Desenvolvi- mento Social, Educação e Meio ambiente.

Durante um longo período, a preocupação com a temática álcool, crack e outras drogas ficou voltada à ideia de que é possível um mundo sem drogas e que as substâncias eram responsáveis pela proble- mática do uso abusivo de drogas, então a política fora direcionada para a redução da oferta. Somente na década de 90, começam a ser valorizadas pelo Brasil, estratégias de redução de danos voltadas para o cuidado ao HIV/AIDS, tendo a experiência da Holanda (em 1984) grande reconhecimento pelo procedimento de troca de seringas para usuários de heroína em razão do alarmante crescimento de Hepatite B, dentre outras experiências internacio- nais. Em 1995 foi lançado em Salvador o primeiro Programa de Troca de Seringas o que voltou os olhares das políticas para aqueles que usavam drogas e não para a substância (ANDRADE, 2011).

As práticas de “tratamento” à questão do uso nocivo de álcool, crack e outras drogas beberam em uma fonte de Polícia e de Justiça durante algu- mas décadas. Conforme Machado e Miranda (2007) as primeiras intervenções do governo brasileiro, datadas no início do século XX eram voltadas para o controle do uso e do comércio de drogas e assim preservar a segurança e a saúde pública do país. As políticas voltadas efetivamente para o tratamento da questão, iniciam-se no princípio do século XX e percorrem um caminho tortuoso, até se chegar ao que se entende hoje como Redução de Danos.

BREVE HISTÓRIA SOBRE ESTRATÉGIA DE REDUÇÃO DE DANOS NO BRASIL

Segundo Costa, Colugnati e Ronzani (2015) a partir do final da década de 90 e início dos anos 2000 visando reduzir a lacuna histórica de ausência de políticas públicas para a atenção aos usuários de drogas, o Brasil inicia a construção de políticas nacionais sobre a temática.

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Tratando-se das políticas sobre drogas, a Polí- tica Nacional Antidrogas (PNAD) foi regulamentada em 2003 pela Secretaria Nacional Antidrogas (o aparato foi criado no Governo Fernando Henrique Cardoso) e modificada pelo governo Lula para Política Nacional Sobre Drogas. São pressupostos da Política, 1°– Atingir o ideal de uma sociedade protegida dos usos de drogas 2°– Reconhecer as diferenças entre usuário, dependente e traficante e tratar diferentemente, 3°– Conscientizar de que o uso de drogas ilícitas aumenta o crime 4°– Por meio do Conselho Nacional Sobre Drogas, objetiva reduzir a oferta e consumo de drogas – sendo o Observatório Brasileiro de Informações sobre Dro- gas (OBID) quem desenvolve os programas.

O Ministério da Saúde lança em 2003, a Polí- tica do Ministério da Saúde, para Atenção Integral a Usuários de Álcool e Outras Drogas (BRASIL, 2003). Tal política enfatiza que a droga é uma substância inerte, que não é o foco da atenção.

Mais adiante, define a sua proposta: reversão do modelo assistencial, deslocando a posição de usu- ário de drogas como doente e defendendo o uso de drogas como fenômeno complexo, criticando sua aproximação com a criminalidade. Independente das divergências entre as políticas, ambas têm como ênfase a Redução de Danos como caminho para a atenção nessa temática.

Na política antidrogas, pretende-se que as ações de Redução de Danos sejam voltadas à saúde pública e Direitos Humanos, com os Agentes Redutores de Danos e multiplicadores e sugere a implementação de Políticas Públicas de geração de trabalho e renda como elementos de Redução de Danos.

Na política de atenção integral do Ministério da Saúde, a Redução de Danos (RD) é definida como método (no sentido de caminho) pelo qual o sujeito se responsabiliza pelo seu cuidado e constrói com outros atores (profissionais de saúde ou não) a direção do tratamento. Importante lembrar que em 2011 a Redução de Danos foi incorporada à Política

Nacional da Atenção Básica (PNAB) como uma ética de cuidado a ser praticada pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) bem como equipes de atenção básica tradicional (BRASIL, 2011).

Andrade (2011) destaca que a RD não é um novo paradigma e que apesar de ter ganhado visibilidade a partir da década de 80, como uma prática de pre- venção à hepatite e à AIDS em usuários da Europa, na Austrália e nos Estados Unidos, há registro da iniciativa de RD desde 1926. Segundo o autor RD não é um conceito de fácil consenso na literatura ou entre os técnicos que a operacionalizam, mas é de fácil definição a partir de suas práticas como “ações que visam minimizar riscos e danos de natureza biológica, psicossocial e econômica provocados ou secundários ao uso/abuso de drogas sem necessa- riamente requerer a redução do consumo de tais substâncias” (ANDRADE, 2011, p. 87). O modelo de atenção preconizado na atual política de álcool, crack e outras drogas define o trabalho em rede como substitutivo ao modelo hospitalocêntrico, sendo esse trabalho definido como “uma tentativa de organização dos serviços, assumindo que atores sociais e instituições trabalharão de forma arti- culada” (RONZANI et al., 2015, p. 41) e formando vínculos que sejam capazes de oferecer ao usuário o suporte necessário para as suas questões.

A REDE INTERSETORIAL E AS ESTRATÉGIAS TERRITORIAIS E COMUNITÁRIAS DE CUIDADO

A Rede intersetorial relacionada a Estratégias de atenção a pessoas que fazem uso abusivo de crack, álcool e outras drogas do Município de São Gonçalo possui demandas de formação em Políticas Públi- cas afins. O município conta com uma população de mais de 1 milhão de habitantes, com uma rede de atenção psicossocial pequena, com pouquíssima articulação entre os dispositivos, com proposições de debates da rede promovidos por diversos órgãos

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públicos e outros setores, mas ainda ancorados no viés religioso, punitivo e manicomial.

A efetivação das políticas públicas relacionadas ao campo de crack, álcool e outras drogas ocorrem de forma lenta e destoam em alguns aspectos das diretrizes da política proposta pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Justiça, via SENAD.

Nesse contexto, o Município de São Gonçalo, rece- beu o projeto REDES (FIOCRUZ) em meados de 2016. A chegada do articulador intersetorial, ini- cialmente, provocou um estranhamento por parte dos atores que eram convocados para as reuniões, demonstrando pouca apropriação sobre os objeti- vos do projeto no município.

Por vezes, ficava evidente, nas discussões de pla- nejamento, a grande dificuldade de entendimento das diretrizes que compõem as políticas propostas pelos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social e da Justiça. Para os trabalhadores do SUS do campo da saúde mental e da atenção básica que compunham o comitê gestor do projeto, poder con- tar com o apoio do articulador gerava a impressão de apoio e renovação de expectativas, pois desde 2013 se tentou construir algum trabalho de campo, mas esbarraram em impasses como falta de consenso entre os gestores e falta de uma organização opera- cional que pudesse respaldar os trabalhadores que estivessem operando nesta frente de trabalho.

A possibilidade de retomar o trabalho territorial, em rede, que tinha como objetivo principal promover o protagonismo dos usuários de drogas e que não tivesse como foco o recolhimento, a abstinência, ou a mera oferta de serviços, foi o que impulsionou a participação intensa dos trabalhadores do CAPS AD e do Consultório na Rua em todo o processo de elaboração e implantação do projeto no município.

Ao passo que íamos construindo coletivamente a proposta de trabalho, fomos agregando os outros componentes do comitê gestor do Projeto Redes, representantes das diversas secretarias do muni- cípio afinadas com as ações de cuidado da política

de drogas. Dessa forma, iniciamos o processo de qualificação junto aos representantes do comitê, consolidamos a proposta inicial do Projeto Redes com o apoio da gestão municipal e a sua aplicação prática no território do bairro de Neves. O Projeto de Inserção social realizado na cena de uso do bairro de Neves acabou sendo priorizado não somente para a promoção do cuidado e reinserção familiar e social junto aos usuários, mas também para estratégias de qualificação profissional e de educação permanente com os trabalhadores e gestores que atuam naquele território, para que se efetivem práticas com envol- vimento comunitário objetivando a promoção do cuidado em atenção a essa demanda e além disso, em substituição aos modelos excludentes.

Uma das Estratégias pensadas inicialmente foi a qualificação dos profissionais e gestores que iriam iniciar as atividades na cena de uso, a partir de um curso introdutório de três dias sobre os princípios e ações que norteiam o projeto. No 1º dia realizamos um aprofundamento maior nas diretri- zes que norteiam o Projeto de Inserção Social, que foi formulado coletivamente com trabalhadores e gestores das secretarias relacionadas ao tema. No 2º dia fizemos um aprofundamento sobre o tema sobre Drogas e o modelo de Redução de Danos. No 3º dia houve uma problematização mais aprofun- dada com os trabalhadores que atuam no projeto, abordando o plano de ação propriamente dito das nossas práticas na cena de uso em Neves.

A gestão local do Município de São Gonçalo não apresentou estratégias conjuntas de processos de formação/Educação permanente dos seus gesto- res, trabalhadores, usuários e familiares. Foram identificadas iniciativas isoladas de qualificação de trabalhadores, por indução de fóruns de saúde mental para a rede intersetorial, que se realiza uma vez ao mês, e estratégias de educação permanente por iniciativa da gestão dos pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS local, como o CAPS AD e o Consultórios na Rua.

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No âmbito da Assistência Social e da Segurança Pública não foi identificado nenhuma estratégia de formação nesse sentido.

É importante destacar que a última grande mobilização para formação de profissionais da rede municipal de São Gonçalo foi por meio do Projeto Caminhos do Cuidado, que qualificou profissionais da atenção básica, sobretudo Agentes Comuni- tários de Saúde e Técnicos de Enfermagem, em saúde mental e drogas. As principais finalidades do Projeto foi quebrar a lógica da especialidade no cui- dado em saúde mental, qualificando o debate sobre atenção a esse aspecto da saúde junto ao território, fortalecendo o seu debate e qualificando o acesso à saúde mental na atenção primária. Tal mobilização objetivou promover convergência da atenção em saúde mental envolvendo diversas áreas e setores no território, promover a ampliação da Rede de Atenção Psicossocial em seus princípios e ações e produzir mais comprometimento dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e técnicos de enfer- magem da Estratégia de Saúde da Família junto à lógica da Atenção Psicossocial, identificando as ações de Saúde Mental nas práticas cotidianas da Atenção Básica, fortalecendo, objetivando e ampliando tais ações.

O legado deixado pelo Projeto Caminhos do Cuidado junto aos profissionais da atenção básica nos ajudou a identificar trabalhadores motivados e abertos a atuarem com pessoas que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas na cena de uso.

Além disso, a metodologia pedagógica do curso do Projeto Caminhos do Cuidado foi ressignificada por uma lógica de educação permanente, em ato, com reflexões importantes sobre a prática de redução de danos na medida em que nos estabelecíamos e construíamos as primeiras aproximações e vínculos com os usuários na cena de uso no bairro de Neves.

PLANEJAMENTO LOCAL DO PROJETO REDES: QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS E GESTORES

As ações planejadas, foram de acordo com os eixos estratégicos do projeto de Inserção Social, seis no total: eixo cuidado, eixo proteção social, eixo reinserção social e habitação, eixo geração de trabalho e renda, eixo participação social, eixo gerencial administrativo.

Subdividimos os profissionais e gestores pelos eixos citados acima, e para cada ação referente aos eixos, propomos o método, material necessário e frequência a se realizar. Segue abaixo de forma detalhada, o produto final deste planejamento coletivo, com respectivas ações que foram propos- tas para o projeto de Inserção Social, divididos por eixo estratégico (Quadro 1 a 6):

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EIXO CUIDADO

Ações Material Método Frequência

Grupo de redução de danos

Copos de água, preservativos, canudos, cachimbos,

protetor labial

Grupos temáticos, rodas

de conversa Semanal

Atualização Cartão

de Vacinação Cartões de vacinação, panfletos informativos

Aplicação de vacinas, Palestras/Coordenação

de HepatiteVirais/DST Bimensal Teste rápido Kit para teste (descartáveis) Pré-teste/teste/pós-teste Bimensal

Saúde bucal Odonto móvel completo Orientação Mensal

Saúde da mulher Anticoncepcional, preservativo

Preventivo, consultas, exames (BHCG), exames PSA, orientação sobre higiene íntima

Semanal/Consultório médico

Saúde do homem Preservativo Consultas, exames,

orientação sobre higiene íntima

Semanal/Consultório médico

Cadastro na ESF Cartão do SUS, ficha Complexo de regulação Diária/Semanal Oficinas terapêuticas Materiais expressivos diversos Em grupos, trabalhos

manuais Semanais

Quadro 1 – Produto Final do Planejamento do projeto do Eixo Cuidado.

Fonte: Relatório do planejamento do Projeto Redes em São Gonçalo (2017).

Figura 1 – Reunião de Planejamento do Projeto Redes Fonte: Projeto Redes.

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EIXO PROTEÇÃO SOCIAL

Ações Material Método Frequência

Documentação Civil

Defensoria Pública, Ministério do Trabalho, Carteira de identidade, CPF, DETRAN, TRE e Certificado de Reservista

1 vez por mês

Conselho Tutelar - Reunião Periódica 1 vez por mês

Conselho do Idoso - Reunião Periódica 2 em 2 meses

Conselho sobre Drogas - Reunião Periódica 1 vez por mês

SENAC - Estratégias de parceria

com a Rede 2 em 2 meses

Quadro 2 – Produto Final do Planejamento do projeto do Eixo Proteção Social Fonte: Relatório do planejamento do Projeto Redes em São Gonçalo (2017).

EIXO GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA

Ações Material Método Frequência

Oficina Culinária Ingredientes de acordo com a

receita a ser preparada em grupos, aulas dadas por

pessoas da comunidade 1 vez por semana Oficina de Artesanato Materiais (gesso, telha, argila,

etc.) Aula Teórica e Prática 1 vez por semana

Oficina de Pintura

(muros, paredes) Materiais necessários para a

realização da oficina Aula Teórica e Prática 1 vez por semana Oficina de Reciclagem Coleta de descartáveis para a

produção de arte e utilitários Em grupos, rodas de

conversas 1 vez por semana

Oficina de Horta

Comunitária Terra adubada; sementes;

ferramentas Oficinas externas 1 vez por semana

Oficina de Produção de Mudas

Sementes; mudas; terra adubada, materiais recicláveis (caixa de

leite, pet) Em grupo no local 1 vez por semana

Oficina de Beleza Materiais para cursos; parcerias

com comércio. Oficinas em grupos 1 vez por semana

Bazar de Usados Materiais doados (roupas, sapatos, objetos em geral)

Administração e cuidado com os materiais; técnicas

de manuseio 1 vez por semana

Quadro 3 – Produto Final do Planejamento do projeto do Eixo Geração de Trabalho e Renda Fonte: Relatório do planejamento do Projeto Redes em São Gonçalo (2017).

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EIXO REINSERÇÃO SOCIAL E HABITAÇÃO

Ações Material Método Frequência

Inscrição no Programa Minha

Casa Minha Vida - Parceria com a Secretaria de Habitação 1 vez por mês Casa de Acolhimento - Parceria com as Instituições Privadas 1 vez por mês

Trabalho com as Famílias - Roda de Conversa 1 vez por mês

Roda de Conversa com a comunidade do bairro sobre o Projeto para a conscientização da população

Panfleto e

conversa  Roda de Conversa 1 vez por mês

Escola EJA (Educação de jovens

e adultos) - Parceria com a Secretaria de Educação 1 vez por mês

Mudes CIEE - Jovem Aprendiz

Quadro 4 – Produto Final do Planejamento do projeto do Eixo Reinserção Social e Habitação Fonte: Relatório do planejamento do Projeto Redes em São Gonçalo (2017).

EIXO PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Ações Material Método Frequência

COMPAD vai à Comunidade

Tenda , cadeira, papel, caneta, carro

Reuniões do Conselho Municipal de Políticas sobre Álcool e Drogas dentro da Comunidade com a população e instituições locais, incentivando-os a participarem das reuniões dos conselhos municipais de políticas referentes ao tema das drogas.

1 vez por mês

Apresentação de Vídeo, Rodas de Conversa

Data Show, tenda, mesas, cadeiras, vídeos didáticos, lanche

Apresentação de vídeos que estimulem a participação dos usuários nas políticas públicas, mostrando que eles são

protagonistas na construção. Socialização de informação.

1 vez por mês

Criação de Fórum de População em

Situação de Rua - Apresentação de propostas pelos usuários para construção da política pública da população em situação de rua

Participação do Fórum Interconselhos para

Garantia de Direitos -

Discussão e apresentação de propostas com os outros conselhos de políticas, como saúde, educação, assistência, etc.

a fim de garantir os direitos da população em situação de rua

2 em 2 meses

Quadro 5 – Produto Final do Planejamento do projeto do Eixo Participação Social Fonte: Relatório do planejamento do Projeto Redes em São Gonçalo (2017).

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EIXO GERENCIAL/ADMINISTRATIVO

Ações Material Método Frequência

Gestão de cadastros de

usuários na cena de uso Formulários, relatórios

Centralização dos cadastros na subsecretaria de políticas de drogas, gerenciamento do arquivo, criação de estatística de dados referentes aos usuários na cena de uso

Divulgação de relatórios mensais

Reunião de equipe Sala de reuniões (IFRJ, Ernani Farias)

Estudo de caso, apresentação das

atividades mensais de cada equipe mensal Realização de eventos

para promoção social,

trabalho, documentação Articulação com as secretarias

parceiras semanal

Participação da segurança pública como polícia de proximidade na cena de uso (Guarda Municipal)

- Verificar a disponibilidade da utilização da roupa de educação física nos dias

de projeto semanal 

Captação de recursos - Buscar parceria com iniciativa privada do município, para a geração de

trabalho e renda e apoio financeiro semanal  Planejamento das ações

mensais do projeto - Nas reuniões mensais da equipe,

planejar as ações para o mês seguinte mensal  Quadro 6 – Produto Final do Planejamento do projeto do Eixo Gerencial/Administrativo

Fonte: Relatório do planejamento do Projeto Redes em São Gonçalo (2017).

Foram a partir das ações acima delineadas em planejamento que atuamos na cena de uso em Neves. Iniciamos nossas atividades em novembro de 2016 e já temos dez meses de projeto. Muitas das ações propostas inicialmente foram redimen- sionadas no decorrer de nossa prática, a maior parte delas realizadas e dentre as ações que ainda temos mais fragilidades, estão relacionadas aos eixos de geração de trabalho e renda e habitação.

A PRÁXIS DA REDUÇÃO DE DANOS E SEU SENTIDO PEDAGÓGICO E TRANSFORMADOR

Na medida em que chegamos no território da cracolândia em Neves, a prioridade foi a aproxima-

ção inicial com atores locais estratégicos como a presidente da Associação de Moradores de Neves, bem como outros de seus integrantes e lideranças comunitárias, o diretor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e principalmente os usuários na cena de uso. Essa aproximação inicial foi funda- mental para sensibilizar os atores locais quanto às estratégias iniciais referentes à construção de vínculo com o maior número de pessoas do terri- tório com vistas a agenciar parcerias e propor uma construção coletiva e compartilhada das ações do projeto com ampla participação de todos, incluindo os trabalhadores disponibilizados pelo CAPS AD, Consultório na Rua, Centro Pop e da Subsecretaria de Políticas sobre Drogas de São Gonçalo.

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A abertura e disponibilidade da presidente da Associação de Moradores, em sediar o projeto na sua sede, foi importante para servir de base para nossas ações naquele território, tendo como prin- cipal ponto de referência as suas dependências, localizadas muito próximas da cena de uso. Além disso, houve de pronto, a oferta de lanche para os usuários por parte da presidente da Associação de Moradores, fato que aproximou os usuários da associação e da equipe do projeto.

A cena de uso se localizava dentro de uma escola abandonada, um antigo Centro Integrado de Ensino Público (CIEP) largado pelo poder público municipal desde 2011. Desde então, o local foi depredado, sendo assim o amplo espaço interno da escola aca- bou servindo como cena de uso de drogas. Em 2016, o IFRJ localizado bem ao lado, ganhou a cessão de uso desta escola abandonada, no sentido de ampliar seu campus, como escola pública cuja principal oferta é de cursos técnico profissionalizantes.

Figura 2 – Usuários e profissionais na Associação de Moradores de Neves Fonte: Projeto Redes em São Gonçalo.

Foi a partir desta necessidade de recuperar aquele espaço da cracolândia para o IFRJ ampliar seu campus, que o projeto junto à cracolândia de Neves se deu, não sem antes formalizarmos com todos os atores locais, que não utilizaríamos nenhum tipo de estratégia forçada de desocupação da cena de uso, com operações policiais ou algo do gênero. Pelo contrário, ainda que uma das metas do projeto foi recuperar o espaço da escola aban- donada, a condição para que isso acontecesse, deveria ser de forma pacífica, e de preferência com a inclusão de atividades de recuperação daquele território com amplo protagonismo dos próprios usuários da cracolândia.

O projeto começou com ações de diagnóstico e conhecimento do território e concomitante um processo lento e gradual de aproximação e cons- trução de vínculos com os usuários, realização de cadastramento com informações importantes que nos permitiu com o tempo, atuar na singularidade

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de cada caso e produzir ofertas de cuidado e prote- ção social, levando em consideração a história de vida de cada um. A partir disso, foi possível adequar as estratégias de promoção de saúde, redução de danos, reinserção familiar e social de acordo com as demandas e necessidades de cada usuário.

Em dez meses de funcionamento o projeto já tem mais de 60 usuários cadastrados e a sede da Associação de Moradores já é a maior referência local de cuidado para eles. Dessa forma, sendo um ponto de atenção e convivência, sempre em funcionamento com a presença de trabalhadores da rede SUS, SUAS, Educação, Meio Ambiente e sociedade civil organizada (moradores do território, representantes de ONGs, membros da Associação de moradores) no local, duas vezes por semana, às terças e sextas-feiras.

Por meio do conceito de Redução de Danos, utilizamos diversas estratégias para promoção do

Figura 3 – Usuários e profissionais na Associação de Moradores de Neves Fonte: Projeto Redes em São Gonçalo.

cuidado e de proteção social junto aos usuários, sobretudo a partir de ações que produzissem inicial- mente sentidos para o resgate de sua identidade e de sua cidadania, sempre na aposta da conquista de confiança mútua entre trabalhadores do projeto e usuários, promovendo o fortalecimento de vínculos.

Nesse sentido, cabe ressaltar a importância do trabalho de observação e escuta que desen- volvemos cotidianamente em nossa atuação no território. Iniciar o trabalho de campo conside- rando que aquelas pessoas nada tinham para nos oferecer seria um grande equívoco e poderia com- prometer gravemente todo o processo. Assim, o desenvolvimento das ações ocorria de acordo com as demandas trazidas pelos usuários e, para nossa surpresa, a demanda inicial era de consulta médica e avaliação com dentista.

Estranhamos essa demanda pelo fato de estar- mos num território que era coberto por um Posto

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de Atendimento Médico (PAM), que oferece em seu cardápio atendimentos de variadas especialidades, porém, o acesso dos usuários ainda é bem restrito nessa unidade. Conseguimos ao longo desse tempo, construir pontes de acesso a esse dispositivo, con- tamos com a parceria dos profissionais desse PAM para nos auxiliar nas demandas cotidianas, mas o estigma que os usuários carregam ainda é um grande obstáculo para que esse acesso se dê de forma regular e constitucional.

As demandas de confecção de documentação também apareciam com frequência no início das ações. Compreender como se dava a dinâmica das relações dos usuários entre eles e com o território era nosso foco inicial. Os atendimentos e cadas- tros visavam mapear essa dinâmica de forma que pudéssemos nos aproximar da realidade vivenciada por eles sem que provocássemos incômodos.

Em muitos momentos, quando adentrávamos a escola abandonada para ofertar as ações do projeto, tivemos que respeitar as rotinas que eles vivencia- vam, muitas vezes estavam fazendo o consumo de crack, ou estavam na “correria” e precisavam se ausentar da cena. Continuávamos firmes em nosso propósito e retornávamos no outro dia de atuação do

Figura 4 – Usuários e profissionais na Associação de Moradores de Neves Fonte: Projeto Redes em São Gonçalo.

projeto para prosseguirmos a nossa construção de demandas com os usuários. Em muitos momentos só foi possível realizar a escuta na própria cena de uso porque muitos não tinham condições físicas de ir até a associação. Segundo Silveira e D’ Tôlis (2016), a escuta atenta, o acolhimento, o vínculo, o acompa- nhamento ao longo do tempo e a percepção integral do sujeito são parte da estratégia de Redução de Danos.

Nesse sentido, é importante destacar que, após sete meses de atuação do projeto, o IFRJ já nos indicava a necessidade de que a cena de uso deveria ser desativada, tendo em vista o compromisso que a sua direção pactuou com o Ministério Público de ocupar o espaço da escola abandonada e recuperar aquele espaço com início de obras e benfeitorias. Foi muito por causa dessa confiança mútua entre usu- ários e trabalhadores do projeto que conseguimos sensibilizá-los para uma retirada pacífica da escola abandonada e assim o fizeram, migrando para outro território, bem próximo, em um terreno baldio do outro lado da rua que está situada a associação de moradores, sem necessidade de nenhuma operação policial para desativar a cracolândia.

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Ao mesmo tempo em que conseguimos de forma muito bem-sucedida a recuperação da escola abandonada, hoje com sua gestão pelo IFRJ, já em fase de obras e melhorias do espaço escolar, vimos os nossos usuários ficarem mais vulneráveis, ao relento do tempo, no matagal do terreno baldio, onde construíram toldos e barracas improvisadas para ativarem naquele local uma nova cena de uso. Concomitante a isso, o poder público local, por meio de sua secretaria de obras, iniciou uma série de transformações nas imediações desse terreno, inclusive com remodelação urbana nas vias de trânsito que passam em frente, sede atual da cracolândia, com limpeza, recuperação de um banheiro público, dentre outras ações.

Essas circunstâncias deixaram os usuários muito mais expostos e restritos a um espaço em franca transformação. A coordenação do projeto não foi avisada acerca das mudanças urbanísticas que se deram, e consideramos que perdemos uma grande oportunidade de produzir geração de traba- lho e renda para aquelas pessoas, pois as mesmas poderiam ter sido incluídas nas ações da secretaria de obra junto ao território.

Atualmente o espaço do terreno ainda está sendo remodelado para sediar uma feira de tradições nor- destinas no local, e a coordenação do projeto está lutando para que os nossos usuários sejam incluí- dos em futuras oportunidades locais para geração de trabalho e renda e inclusão social. Com todas essas transformações, o fluxo na cena de uso local diminuiu, consideravelmente, com a tendência de que os remanescentes que ainda resistem nesse local migrem para outra cracolândia mais distante, situada no morro da Coruja. Ainda assim, por todo vínculo que criamos a sede da associação de mora- dores de Neves continua sendo a maior referência para esses usuários, pois o projeto continua em funcionamento no local as terças e sextas-feiras.

Já estamos avaliando a ampliação do projeto para a cena de uso do morro da Coruja, pois muitos

dos nossos usuários que migraram para esse ter- ritório serão nossa ponte para agenciarmos local- mente a nossa entrada nessa nova cracolândia, muito mais numerosa e em um território de maior risco pela extrema violência. Vamos em frente!

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A promoção de encontros na cracolândia com os usuários, trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS, da Rede Municipal da Assistência Social e da Segurança Pública e da Secretaria de Políticas de Drogas, mediado pelo Projeto Redes no município de São Gonçalo/RJ, tem proporcionado ótimas oportunidades de resgate de cidadania e reinserção social junto aos usuários do território do Bairro de Neves no Município de São Gonçalo. Importante destacar a influência do pro- jeto Caminhos do Cuidado junto as ações implemen- tadas no Projeto Redes em São Gonçalo, sobretudo no que diz respeito à qualificação realizada junto aos profissionais da atenção primária em saúde mental, álcool e drogas e que produziram sentidos na desconstrução de muitos mitos em relação às drogas e sensibilização para cuidar de pessoas que fazem uso abusivo de álcool, crack e outras drogas na Estratégia de Saúde da Família.

Assim, observamos esses profissionais mais familiarizados com o tema, o que facilitou a adesão e a mobilização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) na implementação do projeto Redes em São Gonçalo, como também o desenvolvimento das ações na cracolândia em Neves. O projeto de inserção social para usuários em vulnerabilidade naquela cena de uso, também vem se constituindo em importante adesão da comunidade do território, frente às ações em curso, com importante protago- nismo da associação de moradores local, que atua como parceira principal de articulação e mediação entre os usuários e os trabalhadores do projeto ligados às políticas públicas do município.

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Desta forma, na análise qualitativa das ações, verificou-se que diante dos desdobramentos das ações realizadas junto aos usuários, a política de drogas do Município de São Gonçalo, representada por uma Secretaria Especial de Políticas de Drogas, vem sendo potencializada com iniciativas de repli- car as ações do projeto no bairro de Neves para outras cracolândias existentes em outros bairros do Município. Sendo, dessa forma, a política pública também beneficiada com a continuidade do pro- cesso de articulação de Redes, e objeto principal dessa estratégia para a promoção da continuidade desta articulação intersetorial. Por fim, mais que isso, as ações de promoção de cuidado implantadas na cena de uso, foram importante fator de qualifi- cação profissional e de educação permanente para os trabalhadores e gestores das políticas públicas de drogas que atuaram no projeto, considerando a ética da Redução de danos como principal estraté- gia de cuidado adotada no projeto, induzindo trans- formações significativas do saber e do fazer desses atores e de sua relação com o tema das drogas, e o mais relevante, com os usuários na cracolândia.

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REFERÊNCIAS

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INFORMAÇÃO SOBRE ARTIGO Recebimento 20-09-2017

Aceite 13-11-2017

Version of Record 20-01-2018

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