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PARASITISMO EM ANIMAIS SILVESTRES DO BIOMA MATA ATLÂNTICA UTILIZADA COMO CARNE DE CAÇA

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ANDRÉ CAMPOS SANTANA Biólogo, Especialista em Meio Ambiente, analista de parasitologia do Laboratório de Biologia Parasitologia Mamíferos Silvestres (LBPMS) de Manguinhos - FIOCRUZ-RJ.

Laboratório de Pesquisas em Biologia do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da UNISUAM Grupo CNPq – AQUISUAM asantana@ioc.fiocruz.br

ELIANA DE FÁTIMA MARQUES MESQUITA Médica Veterinária, Professora do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Veterinária na Universidade Federal Fluminense,

RJ – Brasil.

Rio de Janeiro , Brasil JOSÉ TEIXEIRA DE SEIXAS FILHO Biólogo, Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Augusto Motta.

Laboratório de Pesquisas em Biologia do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas da UNISUAM Grupo CNPq – AQUISUAM Rio de Janeiro - RJ seixasfilho@yahoo.com.br

PARASITISMO EM ANIMAIS SILVESTRES DO BIOMA MATA ATLÂNTICA UTILIZADA COMO CARNE DE CAÇA

PARASITISM IN theWILD ANIMALS OF TTHE ATLANTIC RAINFOREST BIOME USED AS HUNTING MEAT

RESUMO

Apesar de negligenciadas, as doenças parasi- tárias afetam a saúde de grande parcela da popula- ção mundial, infectando milhões de pessoas a cada ano. Apesar do enorme impacto no custo social, existe em geral uma falta de informação sobre de onde vêm esses parasitos, principalmente em re- lação à segurança do alimento. A população carece de programas e políticas públicas governamentais satisfatórias para controle de entrada dessas enfer- midades. É necessário que mais pesquisas sejam re- alizadas no intuito de compreender quais são a vias de transmissão de parasitos com potencial zoonóti- co que podem ser veiculados através da ingestão de alimentos frescos ou transformados, contamina- dos no ambiente da caça. O presente trabalho teve por objetivo rever na literatura o acompanhamento das pesquisas relacionadas a infestação e infecção parasitárias nos principais animais silvestres da Mata Atlântica que são utilizados pela população como carne de caça e que não possuem legislação nacional da vigilância sanitária para o seu controle.

Palavras-chave: animais silvestres, saúde dos ecossistemas, segurança do alimento, parasi- tismo, prevalência.

ABSTRACT

Although neglected parasitic diseases affect the health of large portion of the world population, infecting millions of people each year. Despite the huge impact on the social costs, there is a general lack of information about where they come from these parasites, especially in relation to food security. The po- pulation lacks government programs and pu- blic policies satisfactory to input control these diseases. It is necessary that more research be conducted in order to understand which are the parasite transmission routes with zoonotic po- tential can be conveyed through the ingestion of fresh or processed foods, contaminated the hun- ting environment. This study aimed to review the literature monitoring of related searches infestation and parasitic infection in the major wild animals of the Atlantic Forest that are used by the population as game meat and without national legislation of health surveillance for its control.

Keywords: Wildlife, ecosystem health,

food security, parasitism, prevalence.

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1. INTRODUÇÃO

Os parasitos afetam a saúde de milhões de pessoas a cada ano, infectando tecidos mus- culares e órgãos, causando epilepsia, choques anafiláticos, disenteria amebiana, entre outros problemas. Alguns parasitos podem viver no corpo humano durante décadas.

Apesar do enorme custo social e o impac- to em nível mundial, existe, ainda, uma grande falta de informação sobre a veiculação desses parasitos, principalmente em relação à seguran- ça do alimento.

As doenças infecciosas causadas por pa- rasitos de origem alimentar não estão receben- do o mesmo nível de atenção, tal como aconte- ce com outros riscos biológicos ou químicos de mesma origem. No entanto, são responsáveis por um elevado número de enfermidades em humanos, que podem ser fatais ou permanecer por longo tempo no organismo, causando preju- ízos metabólicos.

Na Europa, mais de 2.500 pessoas são afetadas por ano por infecções parasitárias transmitidas por alimentos (FAO, 2014). Em 2011, foram registrados na União Européia 268 casos de triquinoses e 781 casos de equinococo- se. Na Ásia, apesar da falta de dados nacionais precisos, sabe-se que as doenças parasitárias es- tão amplamente difundidas e são reconhecidas como um grave problema de saúde pública.

Na maioria dos países africanos não há um dado sobre a prevalência dos parasitos transmitidos pelos alimentos, devido a uma au- sência generalizada de sistemas de vigilância.

Nos Estados Unidos da América, a neu- rocisticercose, causada pela Taenia solium é a causa infecciosa mais comum em algumas áreas do país, onde duas mil pessoas são diag- nosticadas por ano com essa doença. A toxo- plasmose é, também, uma das principais causas de doenças e mortes causadas pela ingestão de alimentos não seguros.

No Brasil, os órgãos governamentais de saúde falham na comunicação da maioria das doenças parasitárias. As autoridades de saúde, assim como os relatórios oficiais não reconhe- cem o nível de prevalência ou incidência de do- enças, devido a esta subnotificação.

O presente trabalho teve por objetivo re- ver na literatura o acompanhamento das pes- quisas relacionadas a infestação e infecção pa-

rasitárias nos principais animais silvestres que são utilizados pela população como carne de caça e que não possuem legislação da vigilância sanitária para o seu controle.

2. O PARASITISMO EM ANIMAIS SILVES- TRES COMO INDICADORES ESTRUTU- RAIS DO ECOSSISTEMA

A análise da diversidade de parasitos em animais silvestres pode ser considerada um bom indicador de saúde dos ecossistemas, pois reflete a filogenia e as condições que permi- tem a simbiose entre parasitos e hospedeiros e, portanto, as pressões evolutivas sobre ambos (LYMBERY, 2005). Também possibilita a obser- vação de fluxos migratórios e de dispersão, elos de cadeias tróficas e alterações de dieta, hábi- tos e comportamentos de hospedeiros, além da complexidade de estrutura dos ecossistemas (BONGERSE e EFERRIS, 1999).

Ainda são imensuráveis e indetermina- dos todos os impactos que resultam das ações do homem ao meio ambiente. À medida que esse intervém de forma exploratória e descontrolada sobre a natureza e ecossistemas, ocorrem modi- ficações no ambiente, que muitas vezes podem fugir ao seu próprio controle e, até mesmo, ao seu conhecimento. Foi assim que, agindo ex- plorativamente e de maneira despreocupada, o homem modificou o ambiente e determinou al- terações no ciclo biológico de muitos parasitos resultando na expansão de doenças, tais como:

malária, leishmaniose, riquetsioses, doença de chagas, febre amarela, entre outras (TRUPPEL, 2009).

Os parasitos podem ser adquiridos pelos hospedeiros, incluindo o homem, por meio de duas vias: a filogenética, na qual os parasitos são herdados de espécies ou grupo de espécies ancestrais; e a via ecológica, na qual os para- sitos são adquiridos do ambiente ou de outras espécies hospedeiras.

A via filogenética, remonta à própria evo- lução biológica das espécies, como no caso do Homo sapiens que herdou alguns parasitos de nossos ancestrais pré-hominídeos (GONÇAL- VES, 2002).

A via ecológica relaciona-se diretamen-

te aos movimentos migratórios, a conquista

de novos territórios, a mudanças de hábitos,

a processos culturais e ao contato com novas

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espécies de hospedeiros e patógenos. Nesta di- nâmica, fatores climáticos podem determinar a extinção de algumas espécies de patógenos e proporcionar a dispersão de outros (ARAÚJO et al., 1988).

Mudanças de hábitos alimentares e a relação de aproximação com outras espécies, como o processo de domesticação, criam condi- ções para o estabelecimento de novas parasito- ses e parece explicar a importância dos ungula- dos na veiculação de espécies de patógenos para humanos. Dentre as 1.407 espécies dos pató- genos diagnosticados, 250 destes, considerando vírus, bactérias, fungos, protozoários e helmin- tos, originam-se de ungulados (WOOLHOUSE e GOWTAGE-SEQUERIA, 2005).

Os répteis são susceptíveis a uma grande variedade de infecção por parasitos. No caso dos crocodilianos, existe mais de uma centena de espécies de helmintos, principalmente tremató- deos e nematódeos. No parasitismo, na maioria das vezes, os sinais clínicos são inespecíficos, incluindo perda de peso de forma progressiva e, em alguns casos, diarréias e até anorexia (Cat- to, 1991; Huchermeyer, 2003; Jaques, 2011), contudo, o conhecimento a respeito da fauna parasitológica dos répteis ainda é um campo de pesquisa a ser explorado (PANIZZUTTI et al., 2003, DIAS et al., 2004; FOREYT, 2005).

3. A PRESENÇA DE PARASITOS EM CRO- CODILIANOS COMO INDICADORES DE ZOONOSE

Os jacarés, crocodilos e aligátores surgi- ram na Terra há pelo menos 200 milhões de anos, compartilhando o planeta com os dinos- sauros. No Brasil ocorrem somente represen- tantes da Subfamília Alligatorinae, sendo que as espécies de jacarés mais incidentes são o jacaré-açu (Melanosuchus niger Spix, 1825), que é o maior deles e vive na Amazônia, o ja- caré-do-paraguai ou jacaretinga (Caiman yacare Daudin, 1802), cujos olhos são circundados por listas e o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman lati- rostris Daudin, 1802) encontrado na região que compreende do Rio São Francisco até o sul do país (CATTO, 1991; SARKIS-GONÇALVES et al., 2001; MOURÃO e CAMPOS, 2004).

Considerando-se a implantação de cria- douros comerciais, pelo alto valor da pele e car-

ne dos jacarés, justifica-se o desenvolvimento de estudos sobre a sanidade deste animal, bus- cando a identificação e o controle de doenças;

o que poderá contribuir para a conservação e manejo deles em ambiente silvestre (NUNES e OSHIRO, 1990)

Segundo Almeida, Dominie e Paiva (2005) a prevalência de Trypanosoma sp. en- contrados em 49 jacarés, capturados em am- bientes lênticos, na região do Miranda-Abobral foi de 20%.

Resultados semelhantes foram encontra- dos por Campos (2002) em ambientes lóticos, na mesma região, onde de 22 jacarés, 18% apre- sentavam-se parasitados. Essa semelhança pode ser explicada em razão dos hábitos migratórios dos jacarés, pois em períodos de seca, quando o volume de água presente nas lagoas diminui ou seca totalmente, eles abandonam estes ambien- tes a procura de novas fontes de água.

Através dos esfregaços sanguíneos foram encontradas formas tripomastigotas de tripa- nossoma, com parasitemia baixa. Estes para- sitos apresentam extremidades afiladas, corpo em forma de “C”, com cinetoplasto pouco cora- do e às vezes ausente, e flagelo livre não visível pela preparação (ALMEIDA, DOMINIE e PAI- VA, 2005).

Lainson (1977) encontrou haemogre- garinas no interior de eritrócitos de 46 em 60 (76,7%) exemplares de Caiman crocodilus jo- vens, da região de Bragança, no Estado do Pará, classificados como sendo do gênero Hepatozo- on. O autor (1977) relatou ainda que percen- tagem semelhante foi encontrada na região do Araguaia.

Ball et al. (1969) estudando Caiman cro- codilus e Boa constrictor no Norte do Brasil, relataram que as espécies de haemogregarina mais visualizadas no esfregaço sanguíneo foram a Hepatozoon caimanie, H. terziie e H. juxtanu- clearis, respectivamente.

4. PARASITOS PRESENTES EM ROEDO- RES: UMA INDICAÇÃO DE ZOONOSE

A capivara é um roedor de hábitos semia-

quáticos que se encontra em fase de domesti-

cação em várias regiões do país e constitui um

grupo de animais herbívoros pertencentes à or-

dem Rodentia e à família Hydrochoeridae, sen-

do encontrada no Brasil uma única subespécie:

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Hydrochoerus hydrochaeris Linnaeus, 1766. As maiores concentrações desses animais são en- contradas nas zonas inundáveis da Colômbia, da Venezuela, do Paraguai e do Brasil na “área do Pantanal” (BONUTI, 2002).

A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris Linnaeus, 1766) é o maior roedor conhecido (NOWAK e PARADISO, 1992) apresentando grande potencial para a exploração comercial (SILVA NETO, 1995), ocorre nas Américas do Sul e Central, do Panamá, na Zona do Canal ao leste dos Andes até a Foz do Rio Paraná (NO- WAK e PARADISO, 1992).

A carne da capivara é considerada um alimento nobre para o homem pela qualidade de proteínas, pela presença de ácidos graxos es- senciais e de vitaminas do Complexo B. Entre- tanto, parte dos consumidores associa o consu- mo da carne vermelha à ocorrência de doenças cardiovasculares. Esses consumidores buscam, através da mudança de hábitos, combater o es- tresse, o sedentarismo e a nutrição desbalan- ceada típicos do estilo de vida do homem mo- derno, que contribuem para o aparecimento da obesidade, hipercolesterolemia e doenças car- diocirculatórias (PARDI et al., 1993).

A capivara é o único roedor que possui em sua pele glândulas sudoríparas (Pereira et al., 1980), sendo a maior espécie de roedor co- nhecida. Pertence à subordem Caviomorpha família Caviidade e subfamília Caviinae. O gênero Hydrochoerus possui quatro espécies:

Hydrochoerus hydrochaeris, H. isthmius, H.

dabbnei e H. uruguayenses. Mede aproximada- mente entre 1 e 1,5m de comprimento, 0,5 a 0,65m de altura e, no Brasil, o peso corpóreo ultrapassa 80kg. Os olhos, os orifícios nasais, como também os dedos, que são todos unidos entre si por uma membrana, são adaptados à vida aquática. Apresenta uma glândula sebácea de cor escura na parte superior da cabeça, na qual existem numerosas células secretoras de um líquido branco e pegajoso que serve para de- marcar o território do grupo familiar (ALHO, 1986; ALHO et al., 1987).

A carne da capivara apresenta excelen- tes propriedades nutricionais e possui paladar bastante apreciável, o que desperta grande in- teresse comercial, tanto no mercado nacional quanto no internacional, principalmente nas Américas do Sul e Central (OJASTI, 1991; JI- MÉNEZ, 1995).

Sabe-se que os roedores, em geral, são reservatórios de muitos patógenos que causam doenças no homem e nos animais, como: lep- tospirose, peste negra, hantavirose, leishmanio- se, doença de chagas, entre outras. A capivara também é conhecidamente um reservatório de riquétsias, entre elas Rickettsia rickettsii que causa a febre maculosa, Leptospira interrogans que pode infectar o homem e os animais domés- ticos e de produção e de Trypanosoma evansi que causa o “mal-das-cadeiras”, principalmente em equídeos (MUÑOZ e CHÁVEZ, 2001; LA- BRUNA et al., 2002; VASCONCELOS, 2002).

Diversos autores têm se ocupado da pes- quisa da helmintofauna desse roedor no país, assim sendo, Rego (1961) descreveu Monoeco- cestus macrobursatum apresentando uma dis- tribuição nos estados de Rio de Janeiro, Mato Grosso e São Paulo, citando ainda Monoecoces- tus hydrochoerinos Estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro.

Yamaguti (1961) citou em capivaras no Brasil os helmintos Strongyloides chapini, Ca- pillaria hydrochoerie Protozoo phagaobesa.

Arantes (1983) ao pesquisar os nematódeos parasitos de capivaras provenientes do Mato Grosso do Sul relatou a ocorrência de Hydro- choeris nema anômalo bursata, Vianella hydro- choeri, Haemonchus sp., Trichostrongy lusaxei, Cooperia punctatae e Cooperia pectinata.

Arantes et al. (1985) ao realizarem a ca- talogação dos helmintos parasitos de capivaras no Brasil relacionaramas seguintes espécies de helmintos gastrintestinais: T. axei, C. punctata, C. pectinata, Haemonchus sp., V. hydrochoeri, Hydrochoeris nemaanomalobursata, C. hydro- choeri, P. obesa, Strongyloides sp. Hippocrepis hippocrepis, Nudacotyle valdevaginatus, Nu- dacotyle tertius, Neocotyleneocotyle, Taxor- chisschistocotyle, Monoecocestushagmani, M.

hydrochoerie e M. macrobursatum.

Bonuti et al. (2002) relataram a ocorrên- cia dos helmintos P. obesa, H. anomalobursata, V. hydrochoeri, T. schistocotyle, C. hydrochoeri, T. axei, H. hippocrepise e S. chapinid em capi- varas localizadas no Estado do Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, Truppelet al. (2009) es-

tudando parasitos em capivaras relataram que

os gastrintestinais encontrados foram: Proto-

zoophaga obesa, Strongyloideschapini, estron-

gilídeos, ascarídeos, Capillariahydrochoeri, Tri-

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churissp, Fasciolahepatica, Monoecocestussp, Eimeriasp e sarcocistídeos. Dos 53 animais avaliados, 49 estavam parasitodos, o que repre- senta 92,4% do total. Em geral, foram os parasi- tos do filo Nematoda aqueles que infectaram o maior número de animais. O nematódeo Stron- gyloideschapinifoi o parasito com maior taxa de prevalência, de cerca de 56,6% (30/53).

Os outros nematódeos verificados foram:

Protozoophaga obesa, diagnosticado em 18,9%

das amostras (10/53), estrongilídeos, em 49,1%

(26/53), Capillaria hydrochoeri, com uma pre- valência de infecção de 20,8% (11/53), Trichu- rissp, verificado em 11,3% das amostras (6/53) e ascarídeos, com a prevalência de 9,4% (5/53).

Assim, foi verificado parasitando as capivaras do Parque Tingüi, Curitiba, nematódeos perten- centes a cinco superfamílias. Sendo elas: Oxyu- roidea (Protozoophaga obesa), Rhabdiasoidea (Strongyloides chapini), Strongyloidea (ovos de Trichostrongylidae), Trichuroidea (Capillaria hydrochoeri e Trichuris sp.) e Ascaroidea, assim como ovos de Ascarididae em geral (TRUPPEL et al., 2009).

Quanto ao filo Platyhelminthes foi iden- tificada infecção apenas por Fasciola hepatica e Monoecocestu spp. O trematódeo Fasciola he- patica foi encontrado em cinco capivaras (9,4%) e o cestódeo Monoecocestus sp. esteve presente em sete dos animais avaliados (13,2%), sendo também diagnosticada a presença de protozoá- rios parasitos. Assim, oocistos de Eimeria spp.

Foram encontrados em quase metade das ca- pivaras amostradas (24/53), o que representou um percentual de infecção de 45,3% oocistos de protozoários pertencentes à família Sarcocysti- dae foram identificados em nove animais, uma prevalência de 17% (TRUPPEL et al., 2009).

5. A PRESENÇA DE PARASITOS EM MAR- SUPIAIS COMO INDICADORES DE ZOO- NOSE

Zeller (1999) classificou os gambás como pertencentes ao Filo Chordata, a Ordem Mar- supialia e a Família Didelphidae. A Ordem dos Marsupiais (Marsupialia) foi descoberta pelos Europeus em 1500 a.C. sendo observada em 3 continentes: América do Norte, do Sul e Austrália.

A palavra “gambá” é corruptela de gua- amb, que significa seio oco, saco vazio, refe- rência ao marsúpio. No Brasil o seu principal representante é o Didelphis albiventris, sendo que estes possuem aproximadamente 23 cm de comprimento, cauda parcialmente glabra, são plantígrados, sendo que o primeiro dígito do membro pélvicoé desprovido de unha (Nowak, 1997). Possuem hábito noturno, são onívoros, tendem a ter proles pequenas e dependentes, como conseqüência, é observado um número pequeno de tetos (HILDELBRAND, 1995).

Didelphis Linnaeus, 1758 é um dos gêne-

ros de mamíferos terrestres com maior distri- buição geográfica nas Américas (Austad, 1988), desde o Canadá até a Argentina (Gardner, 1993), ocorrendo em grande variedade de ha- bitat (Cerqueira, 1985). Popularmente conhe- cidos como gambás, estes marsupiais possuem destacada importância na relação ecológica pa- rasitohospedeiro. Na revisão mais recente de ectoparasitos de marsupiais brasileiros (Linar- di, 2006), Didelphis foi considerado o gênero mais importante por hospedar elevado núme- ro de espécies (n=42) e pulgas infectadas por tripanosomatídeos.

O gambá-de-orelha-preta, Didelphismar- supialisL., 1758, e o gambá-de-orelha-branca, D. albiventris (Lund, 1841), são espécies de marsupiais didelfídeos extensamente distribuí- das na Região Neotropical (EMMONS e FEER, 1990).

Apesar de suas amplas distribuições, pou- cas são as informações sobre tamanho corporal desses marsupiais, principalmente no Brasil, onde existe pelo menos uma das duas espécies em cada bioma (EMMONS e FEER, 1990).

Com ampla distribuição, essa espécie ocorre do nordeste do Brasil até o Paraguai e norte da Argentina (Gardner, 1993). Nos últi- mos anos, diferentes aspectos de sua biologia têm sido estudados em ambientes florestais (Fonseca e Kierulff, 1989; Stallings, 1989; Cer- queira et al., 1993; Bergallo, 1994; Cherem et al., 1996; Gentile et al., 2000). Contudo, esta espécie é também comum em meio urbano (Husson, 1978), mas poucas publicações abor- daram aspectosde sua biologia neste ambiente (CÁCERES e MONTEIRO-FILHO, 1997; 1998 e 2000; CÁCERES et al., 1999).

Os ectoparasitos de marsupiais brasilei-

ros pertencem ás classes Insecta e Arachinida,

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com destaque, respectivamente, para Sipho- natera e Ixodida (Metastigmata), conhecidos popularmente como pulgas e carrapatos (LI- NARDI, 2006; LINARDI et al., 1991a; BOTE- LHO e LINARDI,1996; BARROS-BATTESTI et al.,1998; BERGALLO e BOSSI, 2004; LINARDI e GUIMARÃES, 2000).

Ao todo, foram encontrados Nemathel- minthes em 42 amostras (71,2%), Platyhelmin- thes em uma amostra (1,7%) e Acanthocephala também em uma amostra (1,7%). Com relação aos protozoários foram encontrados animais positivos em 38 amostras (64,4%), entre eles Eimeria sp., Cryptosporidium sp. e Cystoisos- pora sp.

A identificação dos Nemathelminthes foi feita em nível de superfamília e família, encon- trando-se Strongyloidea, Trichuroidea, Ascari- dae, Oxyuridae e Spiruridae, com exceção do gênero Trichuris sp., cuja identificação foi feita pela particularidade do ovo bioperculado. Os Platyhelminthes foram classificados em nível de Classe, sendo a Cestoda a única encontra- da. A classificação do Acanthocephala não pôde ser feita permanecendo a denominação do filo.

De acordo com o levantamento de literatura realizado, estarepresenta a primeira pesquisa de endoparasitos (helmintos e protozoários) da Mata Atlântica da Região Nordeste do Brasil.

Da mesma forma, relatamos a primeira descri- ção de Cystoisospora spp. em um D. albiven- tris no Brasil em um indivíduo macho, jovem procedente da área de Mata Atlântica do Parque Ecológico São José.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segurança alimentar certamente é a ca- racterística mais valorizada pelo consumidor e está intimamente relacionada com o bem-estar animal, principalmente para as carnes de caça, que não possuem a vigilância necessária dos ór- gãos oficiais de controle de qualidade e do pro- cessamento no beneficiamento do produto de origem animal.

A carne de animais silvestres continua sendo usada para o consumo humano em zonas rurais e também comercializada em zonas urba- nas do Brasil. Entretanto, esta comercialização continua sendo ilegal. Por outro lado, faltam

políticas públicas efetivas para regulamentar, de forma efetiva, as normas para que as institui- ções oficiais avaliem efetivamente as carnes de animais silvestres, permitindo ao consumidor ter segurança alimentar nesse tipo de produto alimentício.

Os animais, de forma natural, podem transmitir doenças tradicionalmente conheci- das ao ser humano, como tuberculose, bruce- lose, febre aftosa, raiva, salmonela, toxoplas- mose, cisticercose, intoxicação alimentar, entre outras.

O interesse por espécies animais não convencionais para a suplementação de prote- ína animal é crescente, contudo, as pesquisas vêm mostrando a sua contaminação. Entretan- to, torna-se necessário ampliar os estudos em relação ao parasitismo, uma vez que muitos destes animais são reservatórios naturais de agentes etiológicos de parasitoses que podem comprometer a saúde do consumidor de forma definitiva.

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