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C A F É - Retrai-se o mercado internacional

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Academic year: 2022

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C A F É - Retrai-se o mercado internacional

Em outubro último, perdurou nos mercados nacionais a mesma colma nos negócios de café observada em setembro. As remessas paro o ex- terior foram relativamente pequenos e, quando o mês findou, haviam sido apenas de 1 134658 sacos - os menores registrados poro o mês no últi.

mo qüinqüênio. A explicação provável paro o foto reside no antecipação de compras representada pelos negócios especiais do IBC com fabricantes norte-americanos de café solúvel, dos quais uma dos condições era (I de que se devia e-mbarcar, antes de 30 de setembro p. findo, todo o café comprado. Como (I época dos temperaturas mais baixas já teve início no hemisfério Norte, é de esperar-se que os negócios ganhem alguma animaçóo, embora militem contra nós, entre outros, dois fotôres ponderáveis, o saber:

de um lado, a qualidade menos desejóvel do parcela mais importante dos cafés da safra em curSai e 'de outro os preços fixados por aquêle Instituto poro o aceitação, a registra, das declarações de vendo 00 exterior, os quais se situam em níveis relativamente elevados quando postos em confronto com as da variedade robusta que, sendo de paladar neutr'o, podem substi- tuir, em certo medida, os nossos cafés nas ligas dos torrodores.

A 3 1 de outubro último, por exem~

pio, os cofé's brasileiros do estilo San- tos eram cotados no mercado do disponível de Novo York o preços que oscilavam, por libra-pêso, entre

US$ 0,3525

e

0,3575,

00

posso

que os do variedade robusto de Angola, de primoroso apresentação, eram

vendidos a USS 0,2450, os da Costa

do Mor;m o USS 0,2025 e os de Ugondo o USS 0,2

100.

Não fôro o contigêncio em que os tarrodores se vêem de a tender às pe- culiaridades do paladar dos consumi- dores e a situoçõo seric,,' ainda pior,

porque as necessidades do govêrno

(2)

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em moedas estrangeiros o levam a

pretender pelos cafés brasileiros cer·

to nível de preço que lhes tolhe no exterior o copacidade competitivo,

a ponto de não conseguirmos vender parc;o todos os mercados, tanto tradi- cionais como novos, o quota a nós atribuído no Acôrdo Internacional do Café, somente poro os primeiros.

ANOS Outubro

19$6 · . .

. . .

.

. . . .

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. . . . .

. .

. .

. . . .

1 298 440

19:;7

.. . .. . . .

. . . .

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• • • • • • • 1 490 300 1958

· . . .

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.

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• • • • • • • • • 1 538 438 1959

· ....

. ••••

. . . . . . . . . .

. . . . .

.

1 189 213

1960 · . . . . .

. . . . . . . . . . . .

.

. .

.

.

. . .

.

. .

.

1 134 658

20

MOVIMENTO EXPORTADOR

Em outubro nossos remessas pG'ro o exterior atingiram, como dissemos

1 134 658 socos. No mês de outu- bro, nos dez primeiros meses do ono e nos quatro primeiros meses do sa-

fra, essas exportações foram as se- guintes, em socos de 60 qui los:

Jan.-Out. Jul.-0ut.

13 839 312

,

371 624

11 489

'"

3 432 628

10 419 924 4 620 620

14 434 928 6 949 446

14 142 835 6 174 383

CONJUNTURA ECONÔMICA

(3)

As cifras relGtivas ao ano em cur- so mostram já sensível diminuição

nas vendas para o exterior, a desa- fia r a capacidade e o engenho dos

dirigentes da economia cafeeira em encontrar meios e modos de superar as dificuldades Que se apresentam nesse domínio. A rigidez dos preços introduzida pela intervenção governa-

mental nos mercados internos, a lia- da à Qualidade menos desejável da sofra, permite Que nossos competi-

dores mais temidos, isto é, os africa- nos, trabalhem com boa margem de segurança.

No entanto, possuindo o IBC enor- mes estoques, não lhe deverá ser di- fíci l, se Quiser, encontrar nêles e pôr à disposição do comércio exportador, a preços convenientes, café's fàci l- mente aceitáveis pelos torradores.

Do contrário, fica remos expostos a

prosseguir vendendo apenas o Que não puder ser encontrado alhures, com graves inconvenientes para a nossa receita em moedas estrangei- ros, a cujas necessidades cabe prin- cipalmente ao café ctender, impon- do a êste nobre produto penoso com- promisso Que o está a sacrificar e do Qual se deve procurar libertá-lo no menor prazo possível.

BUREAU INTER-AFRICANO DO CAfÉ

Na reunião realizada em Paris, nas primeiros dias de outubro, dos representantes de 12 países produto- res do África, sendo oito da área do franco, três da área da libra e um da área do escudo, foi aprovada unô-

nimemente projeto de normas e re- gras propostas pare: a criação de um

COM ERC IO E XT E RI OR 00 BRAS IL

_~_~ _ _ -,Er./l rlllLUOES

-

DE DOL4RES - 1955- 1 960 250 í

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" 1- -1

DEZEMBRO

(4)

TOTAL DO

CAP'.

VKRDK TORRADO NOS ESTADOS tlNlDOS

(Em milhare8 de aacas de 00 kg)

t O T A L

AlIO JAli. - MAl!:. ABR.-JUN . rOL.-SEI. OUT. - DEZ Do q\lal

Ceral doa t1 nad.a

a.o café

solúvel

1956 ..••• 5 639

836

754 S 034 20 263 3 149

19S 7 ••••• 5 383 4 861

579 S . . 8 20 321 3 336

1958 . .•.. S S13

954 " 900 S 570 20 <', 3 49%

1959 . ...•

,

8"

987 S , . . S "8 21 698 3 '44

1960 ••• S 8" S 'OS 5 083 • • • 16 121a 2 984*

{ai 9 1I080S.

Bureau Inter-Africano do Café, o ser submetido à aprovação dos respecti-

vo orgcmismo seria realizada em To- que a primeiro sessão plenória do no-

vo organismo seria realizadO' em Ta·

ncmorive, capital da República Mol- gache, no dia 5 de dezembro cor-

rente.

O Sr. Georges Monnet, ministro do Agricultura da Costa do Marfim, disse, após Q reunião, que seria acon- selhável, no futuro, convidar noções ta is como ú' fndia e o Indonésia poro participarem do Bureau. Acrescen-

tou que tinham sido convidados poro o reunião de Tananorive observado-

res dos países africanos que ainda não haviam aderido 00 Acôrdo I n- ternacional do Café, bem assim re- presentantes das maiores nações

portadoras do mundo.

IMPORTAÇÕES E CONSUMO MUNDIAIS

Do confronto dos dados estatísti- cos divulgados nos diversos países

22

consumidores, relativos a 1960, Com os de idênticos períodos do ano pas- sado, chega ... se à conclusão pOUCO auspiciosa de que nao se registra qualquer progresso digno de nota, tanto nas importações como no con- sumo mundial em 1960, cabendo

lembrar no entanto que em 1959 fo- ram alcançadas nestes dois itens os cifras mais a ltos de todos os tempos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, país onde se divulgam os dados das torrações de café' paro o consumo, verificamos, através dos números re- centemente publicados pelo Bureau of Census, que os torrações de café, nos três primeiros trimestres de 1960, superaram as de iguGI período de

1959 em apenas 101 000 sacos isto

,

é, 0,6% (ver QUADROl. Quando se

Se V. Sa. é assinante des- ta Revisto, certamente far-Ihe-á:

justiça, recomendanda-a aos seus amigos. e:stes, por sua vez,

lhe ficarão muito gratos. E nóS também.

CONJUNTURA ECONOMICA

(5)

considero o crescimento do papulo·

ção consumidora, é possível falo'r em estagnação do consumo, que estará talvez em relação com certo grau de retração, apontada par muitos ob·

servadores, na economia daquele grande país e bom será que não ve- nho' a acentuar-se.

O exame dêsses dados revela que continua a progredir ali a torração pora a fabricação de cofé solúvel, ao passo que a torração pc.'ra a utili· zação à maneira tradicional apresen- ta ligeiro declínio. Em 1959 (9 me·

---, - - -,

ses) foram torradas 2768 mil socas paro a fabricação de solúvel e ., ..

13 252 mil para o utilização sob o forma tradicional. No mesmo perio- do de 1960, a torração poro solúvel totolizou 2984 mil sacas, ou seja, mCi'is 216 mil (7,8 % ), e para o uti-

lização à maneiro tradicional 13 137 mil, isto é, menos 115 mil socas (0,9 % 1. Em 1960, as torrações poro o fabricação de solúvel represento·

rom, nos primeiros 9 meses do ano, 17,8 % dototol, tendos;dode 17,3 % em período idêntico de 1959.

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