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80 Palavras-chave: Educação especial. TDAH. DI. Inclusão social. RESUMO Paulo Vitor Gomes ESPECIAL DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI): OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH) E

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Conhecimento em Destaque, (Edição Especial, 2019)

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TRANSTORNODEDÉFICITDEATENÇÃO/HIPERATIVIDADE(TDAH)E DEFICIÊNCIAINTELECTUAL(DI):OSDESAFIOSDAEDUCAÇÃO

ESPECIAL

Paulo Vitor Gomes1 Thamires Silva Klippeler2 Profª Esp. Thuany Ramos Lopes Zambom3 Prof. Me Sebastião Luiz Batista4 RESUMO

Este artigo tem como finalidade discutir sobre a Educação Especial, a Inclusão social e como esse assunto é abordado nas escolas de educação básica no município da Serra.

Levando ao ambiente escolar a importância do respeito das diversidades, e garantindo o ensino de qualidade para todos. Entender o histórico da Educação Especial, qual o seu público alvo; principais conceitos e características de alunos com TDAH e DI e destacar os obstáculos encontrados e as formas de contribuir para o desenvolvimento do aluno com deficiência. Entender como as leis auxiliam na inclusão desses alunos e lhe garante o direito a educação básica. Durante o estudo, observamos como era o desenvolvimento do aluno, quais os métodos pedagógicos eram utilizados no seu aprendizado e se os professores e demais contribuintes da escola estavam preparados para atender as necessidades do aluno. Concluímos que a inclusão de alunos com deficiência nas escolas, é algo possível e de extrema importância; com o devido acompanhamento, garantindo o desenvolvimento e inclusão social do aluno.

Palavras-chave: Educação especial. TDAH. DI. Inclusão social.

1 Paulo Vitor Gomes - Graduanda do curso de Licenciatura em Educação Física pela FABRA – Faculdade Brasileira, 5° período. Pesquisador científico do projeto de residência pedagógica pela CAPES. Serra – ES – Brasil.

2 Thamires Silva Klippeler - Graduanda do curso de Licenciatura em Educação Física pela FABRA – Faculdade Brasileira, 6° período. Pesquisador científico do projeto de residência pedagógica pela CAPES. Serra – ES – Brasil.

3 Profa Esp. Thuany Ramos Lopes Zambom – Mestranda em Educação pela UFES;

Especialista em Informática na Educação pelo IFES; Graduação em pedagogia pela UFES.

4 Prof. Sebastião Luiz Batista - Possui Mestrado em Educação - UFES. Especialista em Psicopedagogia. Especialização em Psicanálise. Especialista em Alfabetização e letramento. Especialista em séries iniciais. Especialista em Engenharia da Informação - UFES. Graduação em Administração. Graduado em Pedagogia - Técnico em Contabilidade - Coordenador Pedagógico do Centro Educacional Primeiro Mundo.

Professor dos cursos de Graduação e Pós-Graduação do Centro de Ensino Superior FABRA. Experiência em Direção Acadêmica de Instituição de Ensino Superior. NDE, CPA, Conselho Acadêmico. NUPEX, entre outros. Coordenador Institucional do Programa de Iniciação a Docência da CAPES/MEC - Residência Pedagógica e PIBID.

Atendimento Psicopedagógico na Educação Básica do Centro Educacional Primeiro Mundo e do Ensino Superior FABRA. Co-autor: Livros Cinema, Educação e Inclusão.

Tecnologias Computacionais e Práticas Educativas Inclusivas. Organizador dos Livros:

Didática. Empreendedorismo. Negociação e Administração de Conflitos. Planejamento e Trabalho Pedagógico. Artigos publicados.

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ABSTRACT

This article aims to discuss about Special Education, Social Inclusion and how this issue is addressed in primary education schools in the municipality of Serra. Taking to the school environment the importance of respect for diversity, and ensuring quality education for all. Understand the history of Special Education, which is your target audience; main concepts and characteristics of students with ADHD and ID and highlight the obstacles encountered and ways to contribute to the development of students with disabilities. Understand how the laws help in the inclusion of these students and guarantees the right to basic education. During the study, we looked at how the student's development was, what pedagogical methods were used in their learning, and whether teachers and other school contributors were prepared to meet the needs of the student. We conclude that the inclusion of students with disabilities in schools is something that is possible and extremely important; with the proper accompaniment, guaranteeing the development and social inclusion of the student.

Keywords: Special Education. ADHD. DI. Social Inclusion.

INTRODUÇÃO

É importante enfatizar a importância do processo de ensino- aprendizagem do aluno, como parte fundamental no desenvolvimento acadêmico e social. Métodos educativos que possibilita o contato do aluno com as desigualdades incentiva a convivência e o aprendizado com alunos de diferentes condições.

Em um contexto social, a inclusão de pessoas especiais é um fato que podemos observar com clareza; destacando o modo que a sociedade trata as desigualdades, e quando se refere ao desenvolvimento cognitivo da criança, isso pode afeta sua interação social quando ocorrer o caso de estudar com alunos especiais. De acordo com Pablo Gentili (2001, p.30),

“Em nossas sociedades fragmentadas, os excluídos devem se acostumar à exclusão. Os não excluídos, também. Assim, a exclusão desaparece no silêncio dos que a sofrem e no dos que a ignoram... ou a temem”.

Quando percebemos a diferença no outro, definimos o sujeito pelas suas diferenças e não pela igualdade, colocando-o como um ser inferior.

Podemos destacar como os processos de exclusão e de discriminação podem afetar a vida das crianças e adolescentes com deficiência. Com intuito de ajudar a incluir esses indivíduos especiais no âmbito escolar, muitas escolas acabam reforçando o processo de exclusão, levando em conta apenas as necessidades de cada um; tornando irrelevante os

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diferentes tipos de deficiência, condições necessárias para a convivência e as formas de aprendizado.

Considerando os desafios apresentados, podemos destacar a educação especial no município da Serra, como parte das orientações curriculares nas escolas, de modo que a educação inclusiva precisa de uma ênfase maior. Desta forma, é importante ressaltar o interesse em evidenciar a educação especial, não apenas como assunto nos diferentes níveis de ensino e áreas de conhecimento, mas como aspecto importante no cotidiano escolar.

A educação especial é definida como um processo educacional, onde possui métodos e técnicas especiais que possibilita atentar as necessidades do aluno, assegurando seu ensino-aprendizado e o seu desenvolvimento. A educação especial nas escolas, acarreta no processo de inclusão educacional, e quebra o paradigma da exclusão e das desigualdades sociais. Assim, a educação especial, deve ser uma prioridade para as escolas, com isso favorecendo na convivência, aprendizado dos alunos, no respeito à diversidade e as necessidades de cada um.

Quando se refere a educação inclusiva, não se trata apenas da interação aluno-professor, mas um meio de educação para todos e de valorizar as diferenças. Por isso, os métodos pedagógicos utilizados devem estar voltados ao ensino-aprendizagem de todos os alunos, incluindo-os nas atividades coletivas, nos diversos espaços, formal e não- formal; visando a interação entre todos os alunos, com necessidades especiais ou não.

Cada aluno com deficiência possui necessidades especiais, denotando de uma atenção maior na forma de aprendizado, ou de utilização de métodos mais elaborados para o seu desenvolvimento; mas deficiência não se trata exclusivamente de uma total incapacidade, é preciso observar a necessidade de cada um, e a sua capacidade de desenvolvimento e de transformação.

A inclusão de crianças especiais no espaço formal de ensino, gera uma necessidade de preparação, disponibilização de recursos e as

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devidas orientações dos alunos e professores. Tais procedimentos garante que os recursos e metodologias que serão aplicadas para o aprendizado dessas crianças sejam acessíveis a todos os alunos, e possibilite sua participação e desenvolvimento independente do seu nível de necessidade. E é importante enfatizar a inserção dessas crianças especiais nas escolas de modo precoce, para que as mesmas sejam estimuladas, melhorando seu desenvolvimento e sociabilidade.

O objetivo da pesquisa foi observar um aluno com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e Deficiência Intelectual (DI), e destacar as principais dificuldades que ele encontra no ambiente escolar.

Enfatizando o preparo dos professores e demais servidores da escola, os recursos disponíveis e a estrutura da escola para receber esses alunos especiais.

Com o propósito de entender, como a Educação Especial é regulamentada no município da Serra, foi feita uma pesquisa sobre a história da Educação Especial, quais as leis que determinam o direito do aluno especial nas escolas. E quais as principais características, conceitos e limitações em relação ao TDAH e DI.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNÍCIPIO DA SERRA

No ano de 1995, a SEDU/SERRA iniciou um trabalho na rede regular de ensino no munícipio de Serra; com o intuito de tornar as escolas um espaço de inclusão, fez-se possível o atendimento de estudantes com deficiência, garantindo seu desenvolvimento.

No início do processo, os atendimentos aos alunos com deficiência eram feitos de forma retrograda e pouco inclusiva, devido ao fato desses alunos ficarem separados dos demais, estando em uma sala especial só para alunos com deficiência. A partir do ano de 2002, a Rede Municipal da Serra propôs a inclusão dos alunos com deficiência nas classes dos alunos comuns. Atendendo a Resolução n° 2, de 11 de setembro de 2001 das diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

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A Escola de Ensino Fundamental Professor Naly da Encarnação Miranda, iniciou uma sala de recursos para atender alunos com deficiência auditiva. E em 2010, abriu outras 02 salas de recursos para estudantes com deficiência visual e também na EMEF Professora Alba Alilia Castelo Miguel outras 30 salas com Recursos Multifuncionais para atender estudantes com deficiência intelectual e transtornos globais do desenvolvimento.

Com o crescimento dessas salas e aumento de crianças com deficiência nas escolas, em 2012 precisou contratar tradutor intérprete e professores bilíngues para os estudantes surdos.

Em 22 de dezembro de 2014 foi aprovada a Resolução CMES n° 193/20145, homologada em 14 de agosto de 2015, elaborada pelo Conselho Municipal de Educação, regulamentado a oferta da Educação Especial No Sistema Municipal de Ensino da Serra – ES. Essa Resolução foi a primeira normatização específica a tratar do atendimento da Educação Especial no Sistema Municipal de Ensino da Serra, constituindo-se um marco para o referido Sistema (SERRA, 2014).

De acordo com levantamento feito pela Coordenação de Educação Especial/SEDU/SERRA(2016); do ano de 2007 até 2016, o número de professores com Altas Habilidades, Bilíngue ou com algum tipo de deficiência, aumentou gradativamente, com algumas oscilações em determinados anos, mas que é possível observar o aumento significativo da inserção desses professores na rede de ensino.

Quando se refere ao número de estudantes especiais matriculados, pode-se destacar a Rede Municipal da Serra com o maior número de estudantes em relação as outras Redes de Ensino. De acordo com o INEP/Censo Escolar 2007 a 2014, o número de crianças matriculadas nas Redes de Ensino Estadual, Federal, Municipal e Privada; desde da Educação Infantil ao Ensino Médio, incluindo EJA; os dados mostram que houve uma grande mudança no número de matriculas, com um aumento relativo no ano de 2008 e uma queda considerável no ano de 2011, com o aumento nos anos seguintes.

5 Disponível em: <https://diariomunicipales.org.br/arquivos/

publicacoes/1491509296_0604_ resoluo_cmes_

n195_2016_e_diretrizes_para_a_educao_especial.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2019.

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De acordo com os dados da Coordenação de Educação Especial nos anos de 2015 e 2016, foi observado que os números de matriculas na Educação Especial teve uma queda brusca, mas levando em conta que o Censo Escolar final referente a esses anos são preliminares.

2.2 ESTUDANTES PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

O público-alvo na Educação Especial, na Rede Municipal de Ensino na Serra abrangia todos os estudantes em geral, não apenas o que possuíam deficiência, as também os que possuíam algum tipo de dificuldade de aprendizagem ou transtorno. Porém, com a mudança na Política Nacional da Educação Especial em relação a Educação Especial/Inclusiva em 2008, mudou a perspectiva de quais alunos seriam atendidos; nesse caso apenas estudantes com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

Em relação aos casos de transtornos globais de desenvolvimento, teria os tipos específicos que se encaixariam na Educação Inclusiva e que se configuram público-alvo. Quando se trata de transtornos funcionais específicos, não deve ser classificado como deficiente, pois deve-se a uma pessoa que possui capacidade motora adequada, inteligência na média ou acima, audição, visão e emocionalmente normais; possuindo apenas uma forma diferente de aprender.

2.4 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI)

O conceito de deficiência intelectual (DI), obteve algumas modificações ao longo do tempo e de acordo com o estudo e avanço das pesquisas. Entre vários conceitos, a DI era conhecida popularmente como deficiência mental ou retardo mental.

A forma mais antiga e retrograda de classificar a deficiência intelectual, é por meio do coeficiente de inteligência (QI); método pelo qual desconsidera o potencial do aluno e sua capacidade de desenvolvimento. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, que ainda se baseia no coeficiente de inteligência, a DI pode ser classificada em quatro tipos: leve, moderada, grave e profunda. Sendo assim, todas as classificações podem ser caracterizadas pelo funcionamento cognitivo

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e comportamental que não corresponde à média esperada; possuindo limitações nas suas habilidades mentais, que por sua vez influencia no seu comportamento no dia-a-dia.

Em outra perspectiva teórica que utiliza e aceita o instrumento desenvolvido por Wechsler para a avaliação da inteligência, para a Neuropsicologia, o desenvolvimento dos processos mentais ocorre através da maturação neurológica e estimulação ambiental como favorecedora das interconexões neurais. Ela estuda as funções cognitivas, comportamentais e emocionais correlacionando com as funções anatômicas do cérebro (MIRACHI, 2014, p.

18).

Portanto, não é considerável tratar a inteligência e a DI de forma igualitária, pois possuem diversas diferenças, mas com alguns fatores que relacionam entre si.

Ao observar estas definições, é importante ressaltar que as crianças que possuem DI têm diferentes limitações, no qual o seu desempenho e desenvolvimento irá depender da gravidade da deficiência. Ao incluir um aluno com deficiência intelectual na escola regular, é importante enfatizar o preparo dessas instituições para recebê-los. Com o intuito de atender todas as necessidades do aluno e promover uma inclusão social; é preciso estar atento a organização estrutural e pedagógica. Desta forma todos os alunos aprenderam com a inclusão social, sabendo conviver com a diferença e desenvolvendo o respeito mútuo; através da realização de tarefas e utilização de recursos que sejam para todos os alunos, sendo deficientes ou não.

De acordo com as teorias de Vygotsky (1989); nosso desenvolvimento e aprendizado depende da nossa estrutura cognitiva e dos nossos conhecimentos prévios. Mas o aluno com deficiência intelectual tem dificuldade em construir esse conhecimento e desenvolver sua capacidade cognitiva, como os alunos normais, não sendo um aluno menos desenvolvido, mas que se desenvolve de maneiras diferentes.

Apesar das dificuldades, o trabalho do professor nesse processo de aprendizagem é essencial para o desenvolvimento do aluno. Com a devida orientação e preparo, o professor se torna um papel importante;

pois ele irá estimular; utilizando de recursos e métodos para melhorar e incentivar o aluno com deficiência.

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2.4 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH)

Consiste em um transtorno neurobiológico, que possui causas genéticas, tornando-se evidente na infância. É caracterizado por inquietação psicomotora, dificuldade em manter a atenção e impulsividade cognitiva e social. Crianças com TDAH, possuem dificuldade em manter a atenção, em concluir tarefas ou permanecer sentadas, dificuldade na organização, fala e barulhos constantes, baixo desenvolvimento em atividades que precisão de atenção e maior execução. Ou seja, consiste em um problema de autocontrole e na capacidade de aprendizagem e adaptação social.

De acordo com as pesquisas, o TDAH não se trata apenas de fatores genéticos, mas também ambientais, que é um diferencial no desenvolvimento e na descoberta desse transtorno.

Através de pesquisas feitas por Sílvia Alves, destaca-se no seu trabalho sobre TDAH:

No DSM-II o TDAH já aparecia como “transtorno de reação hipercinética da infância”, mas foi em 1980, com a publicação do DSM-III (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria) que o TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) foi reconhecido como entidade médica. Atualmente é conhecido por TDAH, após a criação de três subtipos: desatento, hiperativo/impulso e combinado, segundo o DSM-IV (CASELLA e RESENDE, 2011)

Os indivíduos com TDAH demonstram um padrão persistente de desatenção/hiperatividade, mais frequente e em maior grau do que os apresentados em indivíduos sem o transtorno. Estudos comprovaram alterações do mecanismo do impulso nervoso ao nível de sinapses que levam à anomalia dos neurotransmissores (dopamina, serotonina e noradrenalina) responsáveis pelo bom nível da atenção (DSM-IV TR, 2002).

No caso das causas ambientais pode-se classificar em pré, peri e pós natal:

toxemia, eclâmpsia, pós-maturidade fetal, duração do parto, baixo peso ao nascer, hemorragia préparto, idade materna, alcoolismo e tabagismo. No entanto, a maior parte dos estudos sobre 23 fatores ambientais como uma possível causa para o TDAH encontrou apenas associações, impossibilitando a afirmação de causa e efeito para o transtorno (ROHDE e MATTOS, 2003).

É importante enfatizar que as várias características relacionadas ao TDAH, acarreta em vários problemas na vida social da criança, tanto dentro do ambiente familiar quanto fora. Por isso, ao fazer o diagnóstico,

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é preciso saber o histórico da criança, e destacar se houve alguns sintomas que indicam o transtorno característicos do TDAH.

No ambiente escolar, é preciso de um pouco mais de atenção e preparo, para alunos com TDAH. As salas precisam ser bem estruturadas e com poucos alunos. É preciso que haja uma rotina diária, para manter o controle emocional do aluno; atividade que não requer muito tempo e atenção; e que ele receba o máximo de atenção possível, necessitando de um atendimento individualizado. Que ele possa se sentar nos bancos da frente, próximo do professor e longe de janelas ou outras coisas que possam distrai-lo.

Em relação às intervenções psicossociais centradas na criança ou no adolescente, a psicoterapia individual de apoio ou de orientação analítica pode estar indicada para: a) abordagem das comorbidades (principalmente transtornos depressivos e de ansiedade); e b) a abordagem de sintomas que comumente acompanham o TDAH (baixa auto-estima, dificuldade de controle de impulsos e capacidades sociais pobres). A modalidade psicoterápica mais estudada e com maior evidência científica de eficácia para os sintomas centrais do transtorno (desatenção, hiperatividade, impulsividade), bem como para o manejo de sintomas comportamentais comumente associados (oposição, desafio, teimosia), é a cognitivo- comportamental, especialmente os tratamentos comportamentais (ROHDE, 2000, p. 10).

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A pesquisa foi realizada em uma escola pública municipal; no município da Serra, com objetivo de observa um aluno com Deficiência Intelectual (DI) e Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), fazendo com que se tenha alguma dificuldade na absorção do conhecimento.

Existe profissionais para lidar com as crianças, professor regente e pedagogos que se unem para planejar a aula desta criança e caso haja alguma dificuldade entra direto em contato com os familiares.

Pode-se dizer que o aluno citado tem todas as formas e modelos disponíveis para ter acesso a leitura e escrita, mas por um lado não demostra algum tipo de interesse, fazendo com que se torne um ser individual querendo aprender de sua forma e jeito.

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Em observação o aluno tem se mostrado incluído mesmo tendo suas dificuldades, em relação a facilidade de conseguir compreender as atividades, a qual são passadas para ajudar em seu método de ensino; o mesmo apresenta muita ansiedade e isso dificulta um pouco e tira sua atenção no momento em que está evoluindo suas atividades.

Esses são alguns tipos de dificuldades apresentadas pelo aluno observado.

 Dificuldade de entender e seguir instruções

 Dificuldade de lembrar o que as pessoas disseram.

 Não domina as habilidades básicas de leitura, ortografia, escrita e matemática.

 Dificuldades para distinguir entre a direita e a esquerda.

 Pode confundir a ordem dos números.

 Não tem muita coordenação motora para andar, fazer esportes ou atividades simples, como amarrar o cadarço. Pode perder o material escolar com facilidade.

 Apresenta dificuldade em relação aos tempos verbais. Por exemplo, diferenciar entre “ontem” e “hoje”. Pode confundir algumas palavras.

 A falta de atenção é outro problema de aprendizagem em crianças.

A escola alvo da pesquisa tem apresentado estar de acordo com Decreto nº3.298/99. Regulamenta a Lei nº7.853/89, que dispõe a Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências. E na Declaração Mundial de Educação para todos e Declaração de Salamanca. “Todas as crianças, de ambos os sexos, têm direito fundamental à educação e que a ela deva ser dada a oportunidade de obter e manter nível aceitável de conhecimento”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com fatos históricos apresentados; a educação especial e a inclusão social, vem ganhando diferentes contextos e formas de se

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trabalhar; tanto no ambiente escolar, como na sociedade em geral.

Quando se trata de educação especial, as escolas possuem um papel importante na inclusão de alunos com deficiência.

As leis de Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica e as Diretrizes para a Educação Especial no Município da Serra; auxilia na compreensão dos fatos históricos da Educação Especial no município da Serra, e nos mostra o direito à uma educação inclusiva, de forma igualitária e que auxilie o desenvolvimento de alunos com deficiência; e os deveres que as instituições de educação básica e o município tem, de garantir esses direitos aos alunos com deficiência.

A inclusão de alunos com deficiência na escola, exige mais do que a capacidade de desenvolvimento do aluno; é preciso estar atento as suas diversas formas de aprendizado e comportamento. Sendo assim, é preciso que a escola tenha uma visão holística dos métodos que são utilizados no aprendizado do aluno e se geram resultados; tirando o foco das suas dificuldades e sabendo lidar com as diferentes formas de aprendizado.

De acordo com as leis de Diretrizes e com o que foi observado durante o andamento do projeto; a escola possui suporte pedagógico e estrutural, para atender as necessidades dos alunos com deficiência. Mas devido as complexidades encontradas pelo aluno, causadas pela sua deficiência (TDAH), em alguns momentos ele possui dificuldade para a realização das atividades ou conclusão das mesmas; porém, se encontra em um ambiente de inclusão, onde possibilita a interação com outros alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GENTILI, P. (2001) A falsificação do consenso: simulacro e imposição na reforma educacional do Neoliberalismo. 2 ed. Vozes: Petrópolis.

MIRACHI, Silvia Alves Salgado. TDAH e Defeciência Intelectual: possível comorbidade. Minas Gerais. Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Neurociência. 2014. 46 f.

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ROHDE, Luis Augusto et al. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 22, supl.

2, p. 07-11, Dec. 2000. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-444620000 0060000 3&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 20 ago. 2019.

ROHDE, L. A., MATTOS, P. & col. (2003). Princípios e práticas em TDAH.

Porto Alegre: Artmed.

VYGOTSKY, LEV S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 3ª.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 168p. (Coleção Psicologia e Pedagogia. Nova Série).

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