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Modelo Cognitivo da Depressão de Beck

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Academic year: 2021

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(1)

Modelo Cognitivo da

Depressão de Beck

(2)

Modelo Cognitivo postula 3 conceitos específicos para explicar o substrato psicológico da Depressão:

Tríade Cognitiva Esquemas

Erros Cognitivos

(3)

Conceito de TRÍADE COGNITIVA

VISÃO NEGATIVA DE SI MESMO

(defeituoso, inadequado, doente, carente, etc)

VISÃO NEGATIVA DE MUNDO

(mundo fazendo exigências exorbitantes sobre si mesmo e apresentando obstáculos insuperáveis para atingir suas metas

de vida)

VISÃO NEGATIVA DE MUNDO

(projeções a longo prazo – dificuldades, frustrações e privações incessantes)

(4)

Conceito de Esquemas – padrão de cognições estáveis que conceitua as situações

“Quando uma pessoa se defronta com uma circunstância específica, um esquema relacionado à

circunstância é ativado. O esquema é a base para moldar os dados em cognições. Um esquema, portanto, constitui a base para extrair, diferenciar e codificar os estímulos que confrontam o indivíduo. Ele categoriza e avalia suas experiências através de uma matriz de esquemas”.

(Beck, 1967)

(5)

Conceito de Erros Cognitivos –

erros sistemáticos do pensamento, processamento falho das informações

DISTORÇÕES COGNITIVAS

(6)

Rotulação das Distorções Cognitivas

CATASTROFIZAÇÃO

Se eu perder o controle será meu fim...

Não conseguirei suportar esta situação...

RACIOCÍNIO EMOCIONAL

Sinto que sou um fracasso...

Sinto que estou tenho um enfarto...

(7)

Rotulação das Distorções Cognitivas

PENSAMENTO DICOTÔMICO ABSOLUTISTA

Tudo que planejo dá errado...

Se não conseguir tirar 10 não valerá a pena o esforço...

ABSTRAÇÃO SELETIVA

As pessoas em geral não gostam de mim...

A avaliação que recebi foi negativa...

(8)

Rotulação das Distorções Cognitivas

LEITURA MENTAL

Ele me acha gorda...

Sei que me acham inoportuna...

HIPERGENERALIZAÇÃO

Sempre estrago tudo...

Não tenho sorte na vida...

(9)

Rotulação das Distorções Cognitivas

ADIVINHAÇÃO

Não passarei no concurso...

Meu plano não dará certo...

ROTULAÇÃO

Sou incompetente...

Ele é uma pessoa ruim...

(10)

Rotulação das Distorções Cognitivas

DESQUALIFICAÇÃO DO POSITIVO

Tirei boa nota, mas também a prova foi fácil...

Ele só me elogiou por que tem pena de mim...

PERSONALIZAÇÃO

O namoro não deu certo por culpa minha...

Ela estava chateada, devo ter deito algo errado...

(11)

Rotulação das Distorções Cognitivas

IMPERATIVOS

Tenho que ter controle...

Devo ser perfeito...

VITIMIZAÇÃO

Faço tudo pelos outros e não me reconhecem...

Não sei mais o que faço para agradar...

Não entendem o que eu sinto...

(12)

Rotulação das Distorções Cognitivas

QUESTIONALIZAÇÃO

Se eu não tivesse dito aquilo, não estaria nessa situação agora...

Se eu fosse magra, as coisas seriam diferentes...

(13)

Níveis de Cognição

PENSAMENTOS AUTOMÀTICOS

CRENÇAS

INTERMEDIÁRIAS

CRENÇAS CENTRAIS EMOÇÕES

COMPORTAMENTOS

RESPOSTAS FISIOLÓGICAS

(14)

Crenças Centrais

“Eu não sou uma pessoa atraente”

Crenças Intermediárias

Regra:

“Eu deveria ser capaz de enfrentar todos os meus problemas sem comer doces”

Atitude:

“Ser gorda é o fracasso total”

Suposições:

“Como aparência é fundamental, ninguém gosta de mim”

“Se eu emagrecer todos os meus problemas irão se resolver”

“Se eu for magra, as pessoas me respeitarão”

(15)

CRENÇAS CENTRAIS

(Beck, J., 1997)

Estão enraizadas nos eventos da infância e pode ou não ter sido verdadeira no momento em que o paciente

imediatamente veio a acreditar nela

É uma idéia, não necessariamente uma verdade

Se pode, com convicção, acreditar nisso, até mesmo

“sentir”

(16)

CRENÇAS CENTRAIS

Continua a ser mantida através da operação dos seus esquemas, nos quais a paciente prontamente as

reconhece em forma de dados que a apóiam enquanto ignora ou reduz dados em contrário

Paciente e terapeuta, trabalhando juntos, podem usar uma variedade de estratégias ao longo do tempo para mudar essa idéia, de modo que a paciente possa ver a si mesma de uma forma mais realista

(17)

CATEGORIAS DE CRENÇAS CENTRAIS

(Beck, J., 1995)

DESAMPARO DESVALOR DESAMOR

Eu sou desamparado. Eu sou inadequado. Eu não sou capaz

de ser amado.

Eu sou impotente. Eu sou ineficiente. Eu sou indesejável.

Eu estou fora de Eu sou incompetente. Eu não sou atraente.

controle.

Eu sou fraco. Eu sou um fracasso. Ninguém me quer.

Eu sou vulnerável. Eu sou desrespeitado. Ninguém liga para mim.

Eu sou carente. Eu sou defeituoso. Eu sou mau.

Eu estou sem saída. Eu não sou bom Eu sou rejeitado.

suficiente.

(18)

CRENÇAS CENTRAIS

(Beck, J., 1997) Crença antiga Nova crença central

Eu não sou (completamente) Eu sou geralmente uma querida. pessoa querida.

Eu sou má. Eu sou uma pessoa digna com características positivas

negativas.

Eu sou impotente. Eu tenho controle sobre muitas coisas.

Eu não sou perfeita. Eu sou normal, tanto com

pontos fortes como com pontos fracos.

(19)

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

ATITUDE

É insuportável ser rejeitada.

REGRA

Eu devo sempre agradar os outros.

SUPOSIÇÕES

(positiva)

Se agrado, sou amada.

(negativa)

Se eu não agradar o tempo todo, não consigo ser amada.

(20)

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

Identificação das Crenças Intermediárias

(Beck, J., 1997) Reconhecimento de quando uma crença

foi expressa como um pensamento automático

T: O que passou pela sua cabeça quando você recebeu o teste corrigido?

P: Que eu deveria ter ido melhor. Eu não sei fazer nada direito. Eu sou muito incapaz. (crença

central).

(21)

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

Organizando a primeira parte de uma suposição

T: Então, você teve o pensamento”Eu terei que ficar acordada a noite toda trabalhando”.

P: Sim.

T: E se você não trabalhar tão arduamente

quanto você pode em um trabalho ou em um projeto...

(22)

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

P: Então, eu não dei o melhor de mim. Eu fracassei.

T: Isso soa familiar a respeito do que nós

conversamos antes na terapia? É assim que você vê geralmente os seus esforços, que, se você não trabalha tão duro quanto você é

capaz, então você fracassou?

P: Sim, eu acho que sim.

T: Você pode dar-me mais alguns exemplos para que eu possa ver o quanto está difundida essa crença?

(23)

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

Obtendo diretamente uma regra ou atitude

T: Então, é bastante importante para você sair-se realmente bem no seu trabalho voluntário?

P: Sim...

T: Você lembra que nós conversamos sobre esse tipo de coisa antes: ter que fazer as coisas muito bem?

Você tem uma regra em relação a isso?

P: Oh... Eu não havia realmente pensado sobre isso...

E acho que eu tenho que fazer o que quer que faça realmente bem.

(24)

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

Usando a técnica da flecha descendente (Burns, 1980)

1. Identifica-se o pensamento automático chave 2. Questiona-se o sentido dessa cognição...

SIGNIFICADO DOPENSAMEN

TO CRENÇA

INTERMEDIÁRIA CRENÇA CENTRAL

(25)

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

Seta descendente

“Nunca conseguirei dar conta de cuidar dos meus filhos e do meu trabalho ao mesmo tempo” (PA)

“Eu deveria conseguir fazer isso por mim mesma” (Regra)

“É vergonhoso pedir ajuda” (Atitude)

“Se eu pedir ajuda as pessoas me acharão uma fraca” (Suposição)

Uma pessoa fraca é uma fracassada (Crença Central)

(26)

CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS

Examinando os pensamentos

automáticos do paciente e procurando temas comuns

Revisando um questionário de crença preenchido pelo paciente

(27)

Pensamentos Automáticos

Coexistem com o fluxo de pensamentos manifestos

Experiência comum a todos nós

Às vezes estão inconscientes

São espontâneos

(28)

Pensamentos Automáticos

Usualmente são aceitos como verdadeiros, sem avaliação crítica

Se não monitorados, passam completamente despercebidos

São reconhecidos pela emoção

Associados com emoções específicas, consoante com seu conteúdo e significado

(29)

Pensamentos Automáticos

Breves, rápidos e fugazes

Comumente “abreviados”

(“Oh... não...”), M. teve uma imagem de si mesma na“berlinda”, em sala de aula, com os colegas gargalhando de seu rosto

ruborizado (ao ser questionada pelo professor)

Forma verbal ou como imagens

(30)

Pensamentos Automáticos

Pode-se avaliá-los quanto à sua validade e/ou utilidade

Pode-se aprender a identificá-los

(31)

Questionando dos pensamentos

automáticos na sessão terapêutica

Qual é a evidência a favor ou contra?

O que comprova esta idéia?

O que contraria esta idéia?

Há uma explicação alternativa?

O que de pior poderia acontecer?

Eu sobreviveria a isso?

E o que de melhor poderia acontecer?

Qual é o resultado mais realista?

(32)

Questionando dos pensamentos

automáticos na sessão terapêutica

O que posso fazer a respeito disso?

Qual é o efeito de eu acreditar neste pensamento?

Qual poderia ser o efeito de eu modificar meu pensamento?

Se ________ estivesse nessa situação, o que eu falaria para ele?

(33)

Estratégias de Enfrentamento Compensatórias

Quais são as estratégias

comportamentais que o paciente desenvolveu para enfrentar a sua

crença central?

(34)

ESTRATÉGIAS COMPENSATÓRIAS TÍPICAS

(Beck, J., 1997)

Evita emoção negativa Exibe intensas emoções (por exemplo, para atrair atenção)

Tenta ser perfeito Propositalmente demonstra-se incompetente ou desamparado É exageradamente responsável Evita responsabilidade

Evita intimidade Busca intimidade inadequada Busca reconhecimento Evita atenção

Evita confronto Provoca outros

Tenta controlar as situações Abdica do controle para outros Age de forma infantil Age de forma autoritária

Tenta agradar os outros Distancia-se dos outros ou tenta agradar apenas a si mesmo

(35)

QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO

“A maior premissa da terapia cognitiva é conversar sobre dados objetivos, e não convencer o paciente através da força dos argumentos”

(Beck e Cols, 1979)

(36)

Questionamento sistemático, orientado para a descoberta

Estimula exame, ponderação, avaliação e síntese de diversas fontes de informação Objetivo é a avaliação independente e

racional dos problemas e de suas soluções Utilizado para trazer informações à

consciência do paciente Não corrige respostas

QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO

(37)

QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO

Forte impacto sobre a organização cognitiva do paciente

Toma tempo e requer paciência

Ensina o paciente sobre como “aprender a aprender”

Converte o sofrimento psíquico em auto- exploração inquisitiva

Progride do questionamento orientado para o insight para um questionamento orientado para a mudança

Referências

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