A S P E C T O S P S IC O S S O C IA IS D O M U N D O A G R Á R IO
F r a n c i s c o J o s é B a t i s t a d ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAAlbuquerque"
RESUMO
kjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAE ste a rtig o , p ro c u ra a tra v é s d e u m a re v isã o b ib lio g rá fic a so b re o s tra b a lh o s re la c io n a d o s e n tre a p sic o lo g ia
so c ia l e m u n d o ru ra l, a n a lisa r o p e so q u e e ste tó p ic o te m n o s a tu a is e stu d o s d a p sic o lo g ia . A d ic io n a lm e n te ,
ju stific a a a b e rtu ra d e u n n ú c le o d e p e sq u isa n e sta á re a .
P a la v ra s~ c h a v e : P sic o lo g ia S o c ia l. M u n d o ru ra l.
ABSTRACT
T h is erticle, th ro u g h a lite re tu re re v ie w re g a rd in g so c ia l p sy c h o lo g y a n d tb e ru ra l w o rld , e n e lize s th e
re le v e n c e th a t tb is to p lc h a s in re c e n t stu d ie s in p sy c h o lo g y . F u rth e m o re , itju stifie s th e im p o rta n c e o fb e g in n in g
a re se e rc h n u c le u s in th is a re a .
K e y ~ w o rd s: S o c ia l p sy c h o lo g y . R u ra l w o rldZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Z Professor do Departamento de Psicologia da UFPB e coordenador do Núcleo de Pesquisas sobre Aspectos Psicossociais do
Homem Agrário, no Mestrado em Psicologia Social da UFPB.
A Psicologia Social e o mundo agrárioZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
É possível que daqui a alguns séculos, quando se
estude a nossa época, um dos traços mais marcantes
que nela os historiadores irão encontrar será o que se
refere às migrações intra e entre diversos países. Para
que seja possível uma idéia aproximada, verifique-se
que no início do século mais de 80% da população
mundial vivia no campo. Desde então, estabeleceu-se
um grande fluxo migratório em direção às cidades. Este
fenômeno migratório se acentuou a partir dos anos
cinqüenta e, pelo menos no Brasil, este processo
ain-da não se esgotou. Atualmente em nosso país temos
20% da população vivendo no campo, com tendência
a diminuir. Nos países com um maior grau de
desen-volvimento, chega-se a mais de 90 ou mesmo 95% das
pessoas vivendo em cidades.
Este quadro gerou uma enorme mudança social
na medida em que as cidades foram efetivamente o
grande pelo de atração de todo este contingente
hu-mano, com as consequências de desenraizamento
fa-miliar, marginalização e demais mazelas sociais. Daí,
surgir a necessidade de uma melhor compreensão do
fenômeno psicológico associado a urbanização das
so-ciedades. Grandes concentrações levam a necessidade
de grandes planejamentos e controle social. Também
modificam a maneira como as pessoas interagern e se
comportam socialmente, (Clemente, A1buquerque &
-Reyes, 1993).
Por outro lado, as fontes de financiamento para
pesquisas foram também um elemento determinante
para que as ciências sociais em geral, e a Psicologia em
particular, se dedicassem às questões urbanas. A
prio-ridade concedida às questões urbanas no tocante à
destinação das verbas, fez com que, com o passar do
tempo o campo fosse "empobrecendo
cientificarnen-te" do ponto de vista dos estudos psicológicos, embora
do ponto de vista da tecnologia esteja muito bem
qua-lificado. A biotecnologia e suas aplicações na produ,
ção de alimentos é uma realidade.
Apesar desta carência, e da grande massa de ar'
tigos que se produz anualmente sobre aspectos
psico-lógicos do comportamento, são comparativamente
poucos os que se referem às pessoas que vivem em um
ambiente diferente do urbano, como é o caso
daque-les que habitam o campo. Este fenômeno é possível de
ser constatado através de uma revisão bibliográfica dos
últimos 10 anos das revistas daAmerican Psychologicel
Association (A.P.A.) apresentadas no quadro seguinte,
e também pelos trabalhos apresentados em recentes
70 R e v is ta d e P s ic o lo g ia , F o rta le z a , V.13(1/l) ó
congressos científicos realizados na lbero-america e que
são analisados mais adiante.
Á R E A S D E E S T U D O C O M E S P E I T O A O H O M E M R U R A L
TÓPICO
PORCENTAGEM
Saúde Mental 27.00
Família 25.00
Atitudes 09.00
Erginomia e varo individuais 09.00
Tecnologia 09.00
Política Econômica 07.00
Satisfação e Qualidade de vida 05.00
Extensão Agrária 04.00
Conceitos e Definições 03.00
Ecologia 02.00
Como se pode verificar, o índice mais elevado
de publicações se refere à Saúde Mental, seguido de
perto por estudos sobre a família, perfazendo ambas
52% do total. A outra metade está dividida entre
estu-dos sobre as Atitudes, Ergonomia e Variáveis
lndividu-ais e Tecnologia, com 9% cada uma delas. Estudos
sobre a Política Econômica e Diferenças Sociais apare'
cem com 7%. Satisfação e Qualidade de Vida com
5%. A Extensão Agraria cobre 4% do total enquanto
que aos aspectos Conceituais e Definições corres'
pondem 3% do total de publicações na área. Final,
mente, os aspectos psicológicos relacionados com a
Ecologia aparecem com 2%. É de se supor que este
último tópico, dado o grande interesse que o tema
des-perta atualmente nos meios de comunicação, e sua
importância cada vez mais acentuada, nos próximos
anos obtenha um elevado índice de desenvolvimento.
Se analisarmos por separado os tópicos acima
citados, verificaremos que no tema referente àSaúde
Mental, que ocupa aproximadamente uma quarta parte
dos estudos analisados, quase 60% são pesquisas sobre
o estresse, como os realizados por Walker & -Walker
(1986, 1987); Schulman & - Armstrong (1990); ou
Weigel & -Weigel (I 990a, I 990b). O alcoolismo e os
estudos sobre os cui e a prevenção da saúde
apa-recem com ap ximadarnente 10% cada um. São
re-presentativos este - ico as investigações efetuadas
por All - Hsieh, Khan, Cheng &
-Curran ( e se divide em estudos com'
dos, representados pelos trabalhos de Vega, Warhett
&-Palacio (1985). Referentes ao isolamento social,
en-contramos pesquisas de Langford &- Keating (1987) e
de Rosenblatt ( I 984). Por último estão aqueles tópicos relacionados com a sintomatología psiquiátrica estuda,
dos por Vega, Scutchfield, Karno&-Meinhardt (1985).
No que se refere aos estudos sobre a família, podemos notar que se encontram melhor distribuídos por temas que o anterior, ainda que, vamos encontrar 40% dos estudos sobre o papel familiar e a crise eco' nômica para os agricultores americanos (Davis-Brcwn,
1987; Hardgrove, 1986; 1989). Isto se deve a que
estes estudos coincidiram com a crise vivida pela agri-cultura nos Estados Unidos nos anos 80. Por outro
lado é importante salientar como nesse país os
Psicé-logos e SocióPsicé-logos procuram pesquisar os problemas
do cotidiano, pois imediatamente ao surgirnento da
crise na agricultura, já começam as publicações tra-tando do tema. Próximo aos 28% dos trabalhos se
referem à herança no campo (Anderson &-Rosenblatt,
1985; Russel &-outros, 1985). Tratando sobre o
esti-10de vida dos agricultores existem 16% dos trabalhos
(Walker, 1989; Salamon &- Markan, 1984). Quase
12% dos trabalhos versam sobre o papel feminino
(Keating &- Munro, 1988, Berkowitz; 1983; Burton
&-White, 1984) e apenas em 3% deles se faz uma comparação entre o mundo rural e o mundo urbano, (Rosenblatt I 991 ).
Com referência aos estudos que se dedicaram a analisar as atitudes dos agricultores, verificamos que abarcam um largo espetro, que vai desde a influência
do agricultor sobre o comportamento reprodutivo dos
porcos (Hemsworth, 1989), até a análise da influência
do status social dos agricultores sobre sua disposição
inovadora (Gartrell &- Gartrell, 1985). Outros temas
incluem a maneira como se percebe a hierarquia em
cooperativas agrárias (Lanneau, I 986) e a conserva,
ção do solo (Lynne &- Rola, 1987). Estudam,se igual,
mente as escalas de conhecimento do agricultor
so-bre determinados cultivos (Pathak, 1987) e, finalmente se analisam também suas características conservado, ras (Linne, 1988), além de uma comparação entre as
atitudes do homem urbano e as do homem rural
(Melton &-Hardgrcve, 1987).
Desde o ponto de vista da ergonornia e do
indiví-duo, os trabalhos se dividem entre melhorias no uso e manejo do trator para evitar acidentes (Aherin, Murphy
&-Westaby, 1990; Goldberg &-Parthasarathy, 1989), aspectos individuais na comunicação gráfica para
pre-venção e uso de pesticidas (Grieshop &-Winter, 1988),
treinamento de agricultores na discriminação de
tare-fas (Hartley, Arnold, Kobryn &- MaCleod 1989;
Hartley, Higgins, MaCleod &-Arnold, 1990) e
tarn-bém preparação de psicólogos clínicos para o mundo rural (Hardgrove, I 990).
Analisando os trabalhos sobre tecnologia,
enccn-trá-se na maioria deles referências a discussão dos as,
pectos psicológicos do uso e manejo de pesticidas (Grieshop, 1984, 1988). Este tópico abarca desde
es-tudos com respeito ao treinamento do agricultor, até
suas crenças e comportamentos ao utilizar pesticidas,
seus riscos e também as técnicas de difusão de
infor-mações sobre seu uso correto (Grieshop, 1992). Ou'
tros assuntos de interesse neste tema, são o uso do
computador na agricultura (Audirac&-Beaulieu, 1986);
mecânica agrícola (Duncan &-Wegscheid, 1985) e
tem-bém sobre variáveis psicológicas que contribuem ao
uso adequado de fertilizantes (Singht &-Ray, 1985).
Sob o título de Política Econômica e Diferenças Sociais, vamos encontrar um amálgama de assuntos, posto que, a uma definição tão ampla, correspondem
muitas possibilidades. Assim, encontramos trabalhos
sobre discriminação racial no campo (Molnar
&-Lawson, 1984); sobre a tendência em aumentar oZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAn ú
-mero das pequenas propriedades agrícolas sob o
con-trole de pessoas das cidades, principalmente
profissic-nais liberais (Fliegel, Schroeder &- Van Es, 1984;
Harper, Fliegel&-Van Es, 1980); análises dos métodos
para o aumento da produtividade a partir da extensão
agrária (Melkote, 1984; Schroeder, Fliegel &-Van Es,
1983); e a inserção dos jovens agricultores no campo (Martinez,Brawley, 1987). Também encontramos aná-lises sobre o impacto da liberalização do comércio para
a agricultura (Hargrcve, I 989) e sobre as causas da
pobreza no campo (Lobel, 1987).
Estes tópicos demonstram bem a amplitude de
preocupações e possibilidades de análises e pesquisas
possíveis de se desenvolver no campo. No que se
refe-re à Satisfação e à Qualidade de Vida no meio rural,
os trabalhos compreendem desde a planificação de ser, viços e ações municipais para o desenvolvimento e bem
estar no meio rural (Martinez,Brawley, 1989) até os
estudos sobre o estabelecimento de serviços de
pre-venção para o jovem agricultor problemático
(Beker, 1987). Sobre o nível de expectativas com
res-peito àsatisfação no trabalho rural tanto em trabalha,
dores como em líderes municipais e técnicos de exten-são agrária, encontramos trabalhos de Molnar (1985)
e Molnar &-Smith (1982).
As definições como tais ocupam um espaço rela-tivamente pequeno nesta revisão bibliográfica. Se bem que exista um número razoável de artigos, em seu con-junto poucos são os que incluem modelos teóricos.
Assim, tratando de definir o que se entende por rural, Jordan e Hardgrove ( 1987) se detêm nas característi-cas sistêrnicaracterísti-cas do meio ambiente rural; sobre a investi, gação participante ou de ação (Blanco, 1991); além do conceito de extensão agrária e da formação de
es-pecialistas para o campo (Martinez,Brawley, 1985).ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAÉ
possível que de alguma maneira, os impulsos ou as condições que favoreçam uma resposta investigadora tão rápida como a comentada antes, sejam os mesmos
que inibem uma maior preocupação com respeito aos
aspectos mais teóricos, mais conceituais.
No que se refere aos trabalhos apresentados em
congressos Ibero-americanos. podemos notar que,
também não é muito grande a produção relativa aos
aspectos comportamentais do homem que vive no
campo. Como estes eventos revelam o que de mais
novo se está produzindo, as pesquisas mais recentes,
servem como indicadores de que se continua a dar
pouca atenção científica ao homem do campo. Analisando os informes apresentados recentemen-te no XXIV Congresso lnrecentemen-ter- americano de Psicologia realizado em 1993 em Santiago, no Chile, dos 1200 trabalhos inscritos apenas três tinham como preocupa,
ção de estudo o homem no meio rural. Um tratava
sobre a possibilidade de se desenvolver expressões cri, ativas com estudantes em uma escola rural chilena, a partir de técnicas lúdicas de expressão corporal e jogos
teatrais (González, Martinez &-Zambrano, 1993); os
demais foram realizados na Costa Rica, sendo um so-bre a identidade, os aspectos da organização e dos efeitos da violência entre os ocupantes de terras rurais (Instituto de Investigación Psicológica, 1993) e o outro sobre a identidade e o controle social em mulheres do
campo (Mora &-Sancho, 1993).
No Brasil. no Encontro Nacional da Sociedade Brasileira de Psicologia Social. realizado em Santa Catarina em 1993, de 70 trabalhos inscritos, quatro podem ser avaliados como vinculados ao meio rural. Um deles discutia uma forma de atuação da psicóloga como educadora que suporta a reflexão das condições
e contradições do trabalho de cultivo de rosas
(Augusto. 1993); outro procurava compreender o
pro-cesso identificatório no desenvolvimento de práticas
grupais entre mulheres e homens rurais (Guedes, Veloso,
Brito, MeIo, &-Guerreiro, 1993); um terceiro
descre-via a execução de um programa de assessoria e capa, citação para o homem do campo objetivando aurnen-tar sua renda, sem com isto cair no assistencialismo (Rocha, 1993); por fim um relato de pesquisa descre-via a representação social do trabalho em uma cornu-nidade do interior do Rio Grande do Sul. chegando à
72
R e v is ta d e P s ic o lo g ia . F o rta le z a , . ~ - ':conclusão de que esta representação variava em
fun-ção de ser a pessoa entrevistada cultivadora da terra
ou não (Evangelista, Zaffari &-Guareschi, 1993).
Se, de uma maneira geral, pouco se tem
pesquisado sobre o mundo rural, menos ainda foi
pesquisdo sobre as organizações cooperativas agrárias, (A1buquerque, 1994). Embora sejam importantes tan-to pelo seu em número quantan-to pela participação na produção, as organizações agrárias como tal têm sido pouco analisadas. Como vivemos no nordeste do Bra-sil, uma zona com fortes tradições e ainda com grande parte de sua economia vinculada ao mundo rural, nos interessa estudar este tema dentro do contexto da psi-cologia social porque nesta zona, como de resto em todo o pais, grandes são os interêsses econômicos e sociais, que têm o campo como palco. Movimentos sociais dos sem terrra promovem invasões de proprie-dades rurais, ocupando a terra através de organizações
comunitárias e cooperativas; movimentos
associacionistas são incentivados por organizamos go-vernamentais e não gogo-vernamentais; proprietários de terras, grandes e pequenos se reunem em cooperati-vaso Ou seja, existem muitas atividades sociais que des-de o nosso ponto des-de vista merecem ser estudadas à luz da psicologia social. Assim, foi aberto um núcleo de pesquisa no Mestrado em Psicologia Social da univer-sidade Federal da Paraíba, sob o título de "Aspectos Psicológicos da Psicologia Social no Mundo Agrário" em que pretendemos desenvolver estudos sobre alguns aspectos psicológicos que podem influênciar no êxito ou fracasso do cooperativismo agrário aqui praticado, assim como, buscar entender outras facetas do homem rural, como por exemplo a sua aceitação a introdução
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