Unidade 4: GENÉTICA MENDELIANA: SEGUNDA LEI DE MENDEL: A SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE
Profa Dra Maria Fernanda Piffer Tomasi Baldez da Silva
• Após o estudo detalhado e individual de cada um dos
caracteres em ervilhas, Mendel passou a estudar dois pares de caracteres de cada vez;
• Cruzamentos para os caracteres cor (amarela e verde) e forma (lisa e rugosa) das sementes, que já haviam sido estudados, individualmente, concluindo que o amarelo e liso eram
caracteres dominantes;
YyRr YyRr
Nome da lei: Segunda lei de Mendel ou Lei da segregação independente ou Diibridismo.
“As características são condicionadas por pares de fatores (alelos) que se segregam
independentemente na formação dos gametas, sendo que o fator (alelo) de uma característica
independe do fator (alelo) de outra característica, ou seja, as características se manifestam
independentemente uma da outra”.
Variações mendelianas: Interação gênica
• Controlado por dois ou mais genes;
• Expressão fenotípica depende da interação alélica e da ação
combinada dos diferentes genes de
segregação independente;
Um caráter Um caráter
Segunda Lei Interação gênica
São chamados de genes complementares;
Genes com segregação independente que agem em conjunto para determinar um fenótipo;
9:3:3:1, mas com 4 fenótipos distintos da mesma característica;
Ex.: forma das cristas em galináceos.
a) Interação gênica não-epistática
Fenótipos Genótipos
crista noz 9 A_B_
crista rosa 3 A_bb crista ervilha 3 aaB_
crista simples 1 aabb
Trata-se de dois genes como na segunda lei mendeliana e também
com proporção de 9:3:3:1, porém os dois genes na interação gênica
são complementares e
manifestando apenas 4 fenótipos diferentes e não 16 como na
segunda lei de Mendel.
AB Ab aB ab
AB AABB noz AABb noz AaBB noz AaBb noz Ab AABb noz Aabb rosa AaBb noz Aabb rosa aB AaBB noz AaBb noz aaBB ervilha aaBb ervilha ab AaBb noz Aabb rosa aaBb ervilha aabb simples
P. Crista rosa X Crista ervilha
AAbb aaBB
F1. 100% Crista noz X Crista noz
AaBb AaBb
F2. 9 A_B_ noz
3 aa B_ ervilha
3 A_ bb rosa
1 aa bb simples
• Genes complementares de segregação independente;
• Um alelo de um gene “mascara” a expressão dos alelos de outro gene, expressando seu próprio fenótipo;
• gene epistático ► alelo inibidor;
• gene hipostático ► alelo inibido;
• epistasia dominante ► alelo dominante é epistático;
• epistasia recessiva ► alelo recessivo (em homozigose) é epistático.
b) Interação gênica epistática
Epistasia dominante
Cor da pelagem em bovinos
(alelo “A” é epistático sobre gene “B”)
Alelo “B” ► pelagem preta-vermelha (aa B_) Alelo “b” ► pelagem vermelho (aa bb);
Alelo “A” ► impede a manifestação do gene “B” (sobre “B” e “b”) - fenótipo preto
Alelo “a” ► permite a manifestação de qualquer cor;
Proporção fenotípica = 12:3:1.
Genótipo Fenótipo 9 A_ B_ Preto 3 A_ bb Preto
3 aa B_ Preto-verm.
1 aa bb Vermelho
12
3 1
Epistasia recessiva Pelagem de labradores
(o alelo “e” é epistátco sobre o gene “B”) Alelo “B” ► preto (B_ E_)
Alelo “b” ► marrom (bb E_)
Alelo “E” ► permite a manifestação de qualquer cor
Gene “ee” ► epistático sobre B e b; impede a manifestação da cor - fenótipo dourado
Proporção fenotípica = 9:3:4.
Genótipo Fenótipo 9 B_ E_ Preto
3 B_ ee Dourado 3 bb E_ Marrom 1 bb ee Dourado
9
3 4
Proporções fenotípicas obtidas do cruzamento entre duplo- heterozigotos em diferentes formas de interação de dois
genes, com segregação independente.
RESUMO INTERAÇÃO GÊNICA
EPISTÁTICA E NÃO-EPISTÁTICA
Segregação independente
Interação gênica não epistática
Interação gênica epistática Número de
genes e características
2 genes = 2 características
2 genes = 1 característica 2 genes = característica Relação dos
genes entre si
Genes independentes Genes complementares Genes
complementares, sendo que um interfere na expressão
de outro Proporção
genotípica
9:3:3:1 9:3:3:1 9:3:3:1
Proporção fenotípica
9:3:3:1 9:3:3:1 Depende de qual gene
é epistático
Comparando Segunda lei de Mendel, Interação gênica
epistática e não-epistática
• Mendel pudesse chegar aos seus resultados, ele utilizou muitos métodos estatísticos para sua interpretação,
calculando as probabilidades de ocorrer os eventos;
• a probabilidade serve para estimar matematicamente a possibilidade de ocorrer eventos que acontecem ao
acaso;
• a probabilidade é um evento esperado, uma
possibilidade, portanto, não é certeza que vá ocorrer.
Quanto mais repetições ocorrerem, mais chances a
previsões terão de dar certo.
• quando a ocorrência de um evento não afeta a ocorrência do evento seguinte, dizemos que eles são independentes;
• quando queremos calcular a probabilidade da ocorrência de
eventos independentes de uma vez só, utilizamos a regra do “e”;
• Exemplo: Qual a probabilidade de um casal ter dois filhos do sexo feminino?
• O nascimento da primeira filha não afeta a chance de o segundo filho ser do sexo feminino, pois a segregação dos alelos de um gene é tão ao acaso quanto jogar uma moeda para cima e obter
“cara” ou “coroa”. Portanto:
• a regra do “ou” é utilizada quando queremos calcular a
probabilidade de ocorrer um evento ou outro numa mesma oportunidade.
• Exemplo: Qual a probabilidade de um casal ter dois filhos, sendo um menino e uma menina?
• Para responder esta questão, utilizaremos as duas regras:
OU