Seções – Apresentações por horário Quarta-feira, 24/11/2021
Horário de 10h30-12h30
Seção 2 Do oral ao impresso e vice-versa. O trabalho
de resgate da oralidade através da tradução.
Profa. Dra. Magali Moura (UERJ); Julia Paris (UERJ); José Mauro Pinheiro (UERJ) Luiza Coelho (UERJ); Izaura Cesário (UERJ); Maria Luiza Tenório (UERJ) Tradução para legendagem de séries em língua alemã e seu papel na aprendizagem de alemão como língua estrangeira: o caso da série Dark
Dionelle Araújo (UFF); Ebal Sant’Anna Bolacio Filho (UFF); Gabriela de Mendonça Mello (UFF)
Linguística Contrastiva e Tradução: áreas de encontro
Jhessyca Castro do Nascimento (Graduanda em Letras/Alemão UFC)
Rogéria Costa Pereira (Doutora em Linguística UFC)
Otto Maria Carpeaux no Brasil: o itinerário de uma recepção
André Rosa (UFRJ)
Seção 4/6 Formação inicial de futuros docentes em
língua alemã: os entrelugares de uma educação linguística - Milan Puh (USP) e Elaine Cristina Roschel Nunes (USP) Perspectivas outras para o ensino-
aprendizagem de alemão: interculturalidade e decolonialidade em foco – Ivanete da Hora Sampaio (UFBA)
Questões para uma formação decolonial de professores de alemão no Brasil - Marina Grilli
O movimento negro alemão e suas produções culturais como material de estudo em aulas de alemão como língua estrangeira - Maria Vitória Felix Santos (USP) e Milan Puh (USP)
Seção 7 O uso de lendas no ensino de alemão a
exemplo de “Frau Holle”
Profa. Dra. Roberta C. S. F. Stanke (UERJ) Dra. Adriana Borgerth V. C. Lima (Baukurs)
O ensino de literatura no contexto de alemão como língua estrangeira
(ALE/DaF): aspectos didáticos e construções (inter)culturais
Marcele Monteiro Pereira (UFPA)
“Mobilidades literárias”, diálogos entre mundos: abordagens de
Letramento Literário em Alemão como Língua Estrangeira (DaF/ALE)
Adriely Alessandra Alves de Lima (UFPA) Co-autora: Fernanda Boarin Boechat (UFPA)
„Unter Affen und Papageien“: a origem brasileira da família Mann e o
ensino/aprendizagem de Alemão como Língua Estrangeira no contexto brasileiro
Thiago Viti Mariano (UFPR)
Seção 9 Modellbücher e Theaterarbeit – Os registros
do trabalho prático de Bertolt Brecht Beatriz Calló
A recepção de Brecht pela crítica feminista Letícia Botelho
O deserto de Jahí – de A Exceção e a Regra, de Brecht - como proposta para discussão do Estado de Exceção schmittiano
Suzana Mello
Seção 13 O original único vs. a tradução e as
retraduções - o caso de Die Leiden des jungen Werther
Werner L. Heidermann (UFSC) Dizer de novo para dizer um outro:
retraduzindo o Werther Mauricio Mendonça Cardozo (UFPR/CNPq)
(Re-) Tradução de textos literários:
análise crítica de diferentes traduções de uma parábola de Kafka
Prof. Dr. Markus J. Weininger (UFSC – markus@cce.ufsc.br)
Seção 16 Dada - textura táctil
Maria Aparecida Barbosa (moderadora) Professora da Universidade Federal de Santa Catarina
Transmissibilidade: notas para um estudo da carta kafkiana
Leonardo Petersen Lamha Mestre em Estudos de Literatura,
Doutorando em Literatura Comparada (UFF) Zur Lampe / Sobre a lâmpada : uma peça escondida no jogo da Infância
Juliana Serôa da Motta Lugão
Doutora em Estudos de Literatura (UFF), Pesquisadora independente
Os fragmentos do trauma: A tradução como recomposição dos caco
Denes Augusto Clemente
Mestrando em Literatura Alemã, na Universidade Federal Fluminense
Seção 17 Velhos vizinhos no Novo Mundo:
as relações de imigrantes alemães e poloneses sob a luz da imprensa
Profa. Dra. Izabela Drozdowska-Broering (UFSC)
Jornais em língua alemã no Brasil: desafios e possibilidades de pesquisa na perspectiva da mediação cultural
Profa. Dra. Isabel Cristina Arendt (UNISINOS)
“Rumo a Colônia Dona Francisca”: os anúncios de emigração
no Allgemeine Auswanderungs-Zeitung (1850-1855)
Jefferson Michels (UFSC)
Quarta-feira, 24/11/2021 Horário de 14 às 16h
Seção 1 Quarta-feira 14:00 – 16:00
Schwarz wird Gross Geschrieben: A Literatura Afroalemã de Resistência e Sua Invisibilidade
no Brasil. Cleydia Regina Esteves (UFRJ)
Reimaginando, recriando e inovando Olga Benario numa peça teatral. Gundo Rial y Costas
(UFF)
A narrativa lésbica em expressão alemã no entreguerras: a partir da novela Ver uma mulher,
de Annemarie Schwarzenbach. Rafael Vieira Sens (UFSC)
Seção 2 O traduzir sob a égide de decisões político-
ideológicas: o dicionário da VEB Verlag Enzyklopädie Leipzig para as línguas portuguesa e alemã
Tito Lívio Cruz Romão – UFC
Tradução & Concepção de Linguagem Prof. Dr. Paulo Oliveira (Unicamp/USP) Como formar e acompanhar intérpretes para o par linguístico português-alemão?
Caminhos possíveis a partir da realidade brasileira
Anelise F.P. Gondar (UERJ/PUC-Rio)
Seção 4/6 Diálogo, reflexão e atitude investigativa:
experiências do semestre remoto e perspectivas para retorno presencial nas disciplinas de estágio de alemão na Universidade Federal Fluminense – Giovanna Chaves (UFF)
A afetividade nas práticas pedagógicas do ensino da língua alemã – o olhar do professor - Vanja Ramos Vieira de Campos
(UNICAMP) e Sergio Antonio da Silva Leite (UNICAMP)
A autopercepção de docentes de ALE com alemão L1 ou LX a respeito da própria competência didática e o papel da primeira língua – Daniele Polizio (USP/ Uni Wien) Warum Deutsch? - Sarah Jacobs
(DAAD/UFMG)
Seção 7 Theatergruppe “Die Deutschspieler” – um
projeto, duas línguas, múltiplas abordagens Norma Wucherpfennig (Unicamp);
Wanderley Martins (Unicamp); Ana Cláudia Romano Ribeiro (Unifesp); Fernando Ribeiro (Puccamp; Ator); Júlia Ciasca (Unicamp;
tradutora e joalheira); Luíza Campagnolo (Unicamp); Maurício Oliveira (Unicamp) Entre lentes e telas: filmes de curta- metragem em aula online de alemão como língua estrangeira
Thaiane Deringer (UFPR)
Curtas-metragens no ensino de Alemão como Língua Estrangeira: os potenciais da análise dos aspectos estéticos para uma
decodificação de significado(s) mais profunda
Liane Scribelk de Carvalho Maciel (UFPR)
Seção 9 Teatro e resistência em Massa-homem, de
Ernst Toller Alexandre Flory
Peter Weiss e o teatro contemporâneo Fernando Kinas
Agitprop brechtiano no exílio: Dansen e Was kostes das Eisen?
Pedro Mantovani
Seção 10 DACH-Prinzip na prática: uma proposta de
elaboração de um material didático Alessandra de Freitas (UFPR) Era uma vez onde se falava alemão...
Gabriel Caesar Bein (UEG/UFPR) 20 minutos de debate
Como abordar a diversidade linguística e cultural nas aulas de alemão? Recursos e propostas didáticas
Camila Meirelles (UFPR)
Ações de promoção da pluralidade e da diversidade linguística das línguas teuto- brasileiras
Claudia Fernanda Pavan (UFRGS)
Seção 11 Christian Ernst: Elementos para uma história
da(s) figura(s) do Zeitzeuge
Laura da Silva Monteiro Chagas: Dualidades e ambiguidades em Unter einem fremden Stern, de Lotte Paepcke
Yasmin Cobaiachi Utida: Die weiße Rose e Die Widerständigen: Dois Momentos do Desenvolvimento da Zeugenschaft da Rosa Branca
Yuri Andrei Batista Santos: Leituras de Testemunho em Weiter leben: as diferentes Versões e seus Paratextos
Quinta-feira, 25/11/2021 Horário de 10h30 às 12h30
Seção 3 Alemão para fins acadêmicos: experiências
acerca da adaptação e elaboração de material didático para o programa Idiomas sem Fronteiras - Alemão na UFPR, Thiago Mariano (UFPR) e Franz Mechtenberg (DAAD/UFPR)
Livros didáticos internacionais de alemão para enfermeiros: uma análise da didatização de tipos textuais e os desafios impostos ao professor brasileiro, Victor Almeida Tanaka (USP)
Uma proposta de material didático para aprendizes brasileiros adultos de língua alemã baseado na agenda 2030 da ONU, Louise Ibrügger (USP)
Desafios da mercantilização de materiais didáticos em contextos locais de ensino e aprendizagem de língua alemã - Rayanne Favacho (Mestranda UERJ) e Poliana Arantes (CNPq, Faperj, UERJ)
Seção 4/6 Oportunidades do treinamento da pronúncia
no ensino online de ALE - Carina Schumann (DAAD/ Universidade Federal do Rio de Janeiro)
As Contribuições do Pinterest para a Aprendizagem de Alemão como Língua Estrangeira - Ana Lívia Catoia
(UNESP/FCLAR) e Cibele Cecilio de Faria Rozenfeld (UNESP/FCLAR)
A contribuição dos conhecimentos históricos para a formação do professor de alemão como língua estrangeira - Gabriela Hoffmann Lopes (Universidade Feevale)
Seção 7 Papéis de gênero em aulas de ALE a
exemplo de letras de rap
Raquel Garcia D’Avila Menezes (UNICENTRO)
A aprendizagem de língua Alemã a partir de expressões artísticas produzidas por alunos de escolas de ensino de ALE
João Carlos Pires Lemos (UFF)
Seção 9 Comentários de alguns poemas de Brecht na
tradução de Tercio Redondo Iumna Simon
Bertolt Brecht: escritos políticos Tercio Redondo
Isso é vida?
Priscila Figueiredo
Seção 13 Traduzir a poesia de Peter Handke no Brasil:
um projeto de tradução de Gedicht an die Dauer
Luiz Carlos Abdala Junior (Mestrando em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná)
Wolfgang Borchert: tradução e publicação de sua obra para o português no ano de
centenário de seu nascimento Gerson Roberto Neumann (UFRGS) Marianna Ilgenfritz Daudt (UFRGS) Vinícius Casanova Ritter (UFRGS)
Seção 16 Perspectivas sobre o livro e a tradução: De
Walter Benjamin e Augusto e Haroldo de Campos
Susana Kampff Lages (moderadora) Professora da Universidade Federal Fluminense
“Andar devagar por ruas movimentadas é um prazer especial”, Franz Hessel um flâneur em Berlim
Jefferson Michels (UFSC)
O contador de histórias ouvido daqui Tomaz Amorim Izabel, Doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada (USP), pós- doutorando (Freie Universität Berlin).
A linguagem do mito Georg Otte (UFMG)
Seção 17 Schiller nos jornais Diário do Rio de Janeiro
e Jornal de Recife
Profa. Dra. Wiebke Röben de A. Xavier (UFRN)
Alynne Fonseca de Oliveira, UFRN
A circulação de romances históricos alemães no Brasil: indícios da presença das obras de Karl Franz van der Velde no Rio de Janeiro do século XIX
Larissa de Assumpção (Unicamp/FU Berlin) O farol Madame de Staël em periódicos das décadas de 1830-1850: imagens da literatura e cultura alemãs no Brasil do século XIX Francisco Gesival Gurgel de Sales (UERN) Alexander von Humboldt e o Brasil:
vestígios da viagem que não houve Prof. Dr. Paulo Soethe (UFPR)
Quinta-feira, 25/11/2021 Horário de 14 às 16 h
Seção 1 Reflexões sobre o corpo materno a partir de
Herztier (1994), de Herta Müller. Maria Carolina Rodrigues Corrêa (UFSC)
Um inferno só para mulheres: o testemunho de Anja Lundholm sobre sua passagem por Ravensbrück. Iasmin Rocha da Luz Araruna de Oliveira (UFRJ)
A mulher fatal e o grotesco: A visita da velha senhora, de Friedrich Dürrenmatt. Valéria S.
Pereira (UFMG)
Seção 3 Pandemia e produção de materiais
audiovisuais de alemão como língua adicional para crianças - Gabriela Amaro (PIBID-UFRJ), Daniela Farias (UFRJ), Mergenfel Vaz Ferreira (UFRJ)
Materiais CLIL no ensino de alemão como língua adicional: um relato de experiência - Marcos Antônio Alves Araújo Filho (USP) Retratos linguísticos como ferramenta para o ensino de alemão como língua adicional - Nádia Dini (USP)
Seção 5 O Centro Austríaco na UFPR – um projeto
de internacionalização de acordo com o conceito “DACH”
Profa. Dra. Ruth Bohunovsky (UFPR) Internacionalização e políticas linguísticas:
alternativas para promover o multilinguismo e o ensino de alemão em contextos de ensino superior
Dr. Felipe F. Guimarães (UFES & UEL) O Idiomas sem Fronteiras Alemão na Universidade Federal do Pará: relações construídas e perspectivas
Profa. Dra. Fernanda Boarin Boechat (UFPA)
O mestrado bilateral em Alemão como Língua Estrangeira – Curitiba/Leipzig: breve histórico e perspectivas
Prof. Dr. Thiago Viti Mariano (UFPR)
Seção 8 (Des)caminhos da Minne: entre o amor e a
violência na lírica medieval em alemão
Prof. Dr. Álvaro Alfredo Bragança Júnior (UFRJ/FL/PPGLC/BRATHAIR)
O Sacramento da penitência na versão alemã da VISIO TNUGDALI
Palestrante: Prof. Dr. Marcus Baccega (UFMA)
Arqueologia do amor cortês: a relação entre o Minnesang e a Literatura de Cordel
Palestrante: Profa. Ma. Beatriz Pereira (Doutoranda PGET– UFSC)
Seção 9 Die Schutzbefohlenen: a crise dos refugiados
na obra de Elfriede Jelinek Gisele Eberspacher
As anedotas de Kleist e a política napoleônica: uma relação de resistência?
Henrique Moraes
Seção 11 Memória e Continuidade – a Imagem da
Fonte em Der Siebente Brunnen de Fred Wander e Aber deine Brunnen de Nelly Sachs
Beatriz de Souza Santos
Testemunho e poesia: uma reflexão a partir de Paul Celan
Juliana P. Perez
Seção 12 Letramento digital para professores de
alemão em formação: o projeto extensionista PASCH na UFC
FLAVIANA DA SILVA SIPRIANO e ROGÉRIA COSTA PEREIRA
Synchronen Online-Unterricht planen: Die richtige App für die entsprechende
Unterrichtsphase und Zielkompetenz im Fach Deutsch als Fremdsprache
LEONIE ECKRICH
Deutsch lernen mit Instagram” – teoria e relato de experiência”
GABRIEL MENDES HERNANDEZ PEREZ
Ensino de línguas estrangeiras na modalidade remota no Brasil: os desafios da prática docente
KAREN PUPP SPINASSÉ e DIEGO SANTANA DE FREITAS
Seção 16 Walter Benjamin e a Produção Literária de
seu Tempo: Críticas e Resenhas Prof. Dr. Pedro Theobald (PUCRS)
Sexta-feira, 26/11/2021 Horário: 14 às 16 h
Seção 3 Produção oral e escrita no projeto Zeitgeist –
um livro didático para o contexto acadêmico, Anisha Vetter (Unicamp)
A produção de materiais voltada para o ensino de Estratégias de aprendizagem no ensino de Alemão como língua adicional: um projeto de consultoria acadêmica, Camila Marcucci Schmidt (USP) e Marceli Cherchiglia Aquino (USP)
Produção de material didático por e para alunos de graduação em língua alemã, Milan Puh (USP)
Produção de materiais enquanto conteúdo didático na formação inicial de professores de alemão, Dörthe Uphoff (USP)
Seção 5 A g.a.s.t. e sua contribuição à
internacionalização dos IES
Maxi Neihardt (Sociedade de Preparação Acadêmica e Desenvolvimento de Testes – g.a.s.t.)
Aprender alemão no ensino híbrido:
Experiências no programa “Idiomas sem Fronteiras”
Prof. Dr. Jean Paul Voerkel (Friedrich- Schiller-Universität Jena)
O alemão nos tempos do Covid-19: políticas linguísticas e internacionalização?
Prof. Dr. Paulo Astor Soethe (UFPR) Profa. Dr. Giovanna Lorena Ribeiro Chaves (UFF)
Seção 8 Magia curativa e religiosidade germânica:
Rituais de cura na Idade Média Central Profa. Ma. Nanã de Alcântara Bezerra Pacheco (UFRJ/PPGLC)
Propaganda política no Medievo? Por uma reflexão acerca do elogio ao líder no Livro dos Evangelhos e na Canção de Luís.
Gabriel Nascimento da Silva (UFRJ/Mestrando/PPGLC)
Poesia de paz num mundo violento em
“Coragem” de Hans Christoffel von Grimmelshausen
Prof. Dr. Levy da Costa Bastos (UERJ)
Seção 9 Autoria afirmativa e as narrativas de refúgio a partir de três romances contemporâneos em língua alemã
Monique Araújo
Seção 10 Das OeAD-Lektoratsprogramm in Brasilien:
DACH in der Praxis
Cristina Rettenberger (OeAD-UFPR) Materiais didáticos sobre a Viena Vermelha para o ensino de alemão em
contexto universitário: princípios e
pressupostos no processo de sua elaboração Dörthe Uphoff (USP)
Aprendizagem cultural em níveis iniciais:
produção e divulgação de material
didático de acordo com o conceito “DACH”
Ruth Bohunovsky (UFPR)
Seção 11 A dialética do(s) testemunho(s) e de seu(s)
narrador(es) no pós-guerra, em Diário de uma Queda (Michel Laub, 2011)
Carolina Sieja Bertin
O futuro da memória da Shoah após a era das testemunhas: Testemunhos e memória em Diário da Queda e Talvez Esther
Sabine Reiter
Ficção “pura” como testemunho? “Nahe Jedenew” de Kevin Vennemann e a inventio do testemunho
Helmut Galle
O Testemunho na Literatura e Memória:
Conclusões Rosani Umbach
Seção 12 “Ensino remoto de língua alemã na formação
de professores na UFPel” - LUCIANE LEIPNITZ e RAQUEL MENEGUZZO
14h30 - 15h00: “O aprendizado da língua alemã na pandemia: relatos de alunos do ensino médio” - MICHELE BRUNA DE SOUSA SILVA GAL
15h00 - 15h30: “Aspectos interacionais no ensino de alemão na modalidade remota” - ROBERTA C. S. F. STANKE, MARIA ELISA DE O. SCHEUENSTUHL e ANA CAROLINA CARLOS DA SILVA
Programação das apresentações na seção 1
Coordenação: Prof.as Dr.as Erica Schlude Wels (UFRJ) e Izabel Drozdowska-Broering (UFSC)
Quarta-feira 14:00 – 16:00
Quinta-feira 14:00 – 16:00
1) Schwarz wird Gross Geschrieben: A Literatura Afroalemã de Resistência e Sua Invisibilidade no Brasil. Cleydia Regina Esteves (UFRJ)
2) Reimaginando, recriando e inovando Olga Benario numa peça teatral. Gundo Rial y Costas (UFF)
3) A narrativa lésbica em expressão alemã no entreguerras: a partir da novela Ver uma mulher, de Annemarie Schwarzenbach. Rafael Vieira Sens (UFSC)Quinta-feira 14:00 – 16:00
Quinta-feira 14:00 – 16:00
4) Reflexões sobre o corpo materno a partir de Herztier (1994), de Herta Müller. Maria Carolina Rodrigues Corrêa (UFSC)
5) Um inferno só para mulheres: o testemunho de Anja Lundholm sobre sua passagem por Ravensbrück. Iasmin Rocha da Luz Araruna de Oliveira (UFRJ)
6) A mulher fatal e o grotesco: A visita da velha senhora, de Friedrich Dürrenmatt. Valéria S.
Pereira (UFMG)
Resumos
1) A mulher fatal e o grotesco: A visita da velha senhora, de Friedrich Dürrenmatt Valéria S. Pereira (UFMG)
valeriasabrinap@gmail.com
Mulheres fatais estão presentes no imaginário desde sempre. Essas figuras femininas não simplesmente são vilãs, mas elas exercem seu poder de destruição através de seu corpo, especificamente seu poder de sedução. Como apontado por Beauvoir (1949), o terror suscitado pelas mulheres não tem a ver com a mulher em si, mas sim com a projeção da contingência carnal masculina, a possibilidade de geração de vida e da morte. Assim, a atração sensual passa a representar o que é incontrolável na natureza, e figuras fatais são apresentadas como naturalmente belas e irresistíveis.
Em A visita da velha senhora (1956), de Friedrich Dürrenmatt narra a vingança de uma mulher por sua derrocada no passado. Diferentemente das protagonistas de outras obras de mesma temática, como as brasileiras Tieta (1977) e a novela Chocolate com pimenta (2003), Claire Zachanassian não é uma mulher que ainda guarda os encantos da juventude, mas cujo
aspecto grotesco é salientado, por exemplo, através de uma prótese de perna. Isenta da beleza da juventude e de grandes paixões – a vingança é a única força motriz que lhe resta – Claire torna-se um exemplo da execução de poder puramente através do dinheiro, onde o feminismo pode ter sido o fator definidor para sua desgraça na juventude, mas não interfere na execução da sua vingança. Esta comunicação pretende discutir como Dürrenmatt desenvolve uma personagem que se distingue de representações femininas prototípicas ao desviar o foco de questões como poder sedutor, fertilidade e inocência.
2) Reimaginando, recriando e inovando Olga Benario numa peça teatral Gundo Rial y Costas (UFF)
gundocostas@gmail.com
Esta comunicação se baseia em estudos anteriores (RIAL Y COSTAS, 2018, 2019, 2020, 2021) sobre a construção histórica e ficcional da figura mítica heroica da revolucionária alemã Olga Benario. Partindo das figurações romantizadas vindas de dois romances biográficos (da escritora alemã Ruth Werner e do jornalista Fernando Morais) e de uma produção audiovisual (do diretor Jayme Monjardim) da extinta Alemanha Oriental, da Alemanha e do Brasil, se observou a criação de um novo ícone abrasileirado amplamente conhecido com um alto valor literário, político e afetivo.
O teatro como lugar privilegiado para apresentar essas questões políticas, literárias e afetivas através de mitos e conflitos (PRADO, 1970), serve como laboratório para recriar corpo e figura de Olga Benario, a partir da sua imagem histórica, romantizada e abrasileirada. Vamos nos referir aqui as produções literárias e audiovisuais de nome homônimo ao dar um panorama sobre a criação de uma peça sobre ela, ou seja, avant la lettre. Essa obra está sendo criada pela dramaturga Larissa Latif e a diretora Karine Jansen, junto com o grupo de teatro Rasgado de Belém do Pará, e em cooperação com a Casa de Estudos Germânicos (CEG/UFPA). Se beneficiando das pesquisas anteriores e retomando as colocações literárias de Ruth Werner e Fernando Morais, se analisam as oficinas de preparação para os atores, a diretora, a dramaturga e a produtora cultural da peça quanto a comunicação com a filha historiadora da Olga Anita Prestes, e como tudo isso influencia no processo de reimaginar ela numa peça teatral.
A obra de teatro chamada de “feminina e feminista” pela dramaturga Larissa Latif, pretende envolver um processo de criação conjunto inovador, baseado nas obras literárias citadas alemãs e brasileiras; e, em outras palavras, a "Olga" que surgir a partir desse processo, será outra Olga. Invertendo e antecipando as ideias de uma “estética do performativo”
(FISCHER LICHTE, 2004), sugere-se aqui uma estética da criação, se referindo ao tempo anterior à escrita do roteiro teatral, ou seja propondo uma “estética do performativo avant la lettre”.
Bibliografia
FISCHER LICHTE, E. Ästhetik des Performativen. Frankfurt: Suhrkamp, 2004.
PRADO, D.d.A. A personagem no teatro. Em: CANDIDO, A. ROSENFELD, A. PRADO D.d.A, GOMES, P.E.S. A personagem na ficção. São Paulo: Editora Perspectivas, 1970.
RIAL Y COSTAS, G. Melodrama, Social Merchandising and the Holocaust? The Brazilian Box Office Hit 'Olga' (2004). Palestra, simpósio internacional, Universidade de Flensburg, 2018.
RIAL Y COSTAS, G. História(s) compartilhadas, dividida(s) e apagada(s)? A personagem literária e audiovisual de Olga Benario, palestra ABEG, UFF, 2019.
RIAL Y COSTAS, G. Brazil`s entangled takes on the Holocaust. Writing and filming Olga Benario. Em: BOSSHARD, M.T.; PATRUT, I.K. Globalisierte Erinnerungskultur.
Darstellungen von Holocaust, Nationalsozialismus und Exil in peripheren Literaturen.
Bielefeld: Transcript, 2020, pp. 89-114.
RIAL Y COSTAS, G. História(s) imaginada(s), compartilhada(s) e separada(s): as personagens de Olga Benario. Em impressão, pela ABEG, WELS, E. et al., 2021
3) A narrativa lésbica em expressão alemã no entreguerras: a partir da novela Ver uma mulher, de Annemarie Schwarzenbach
Rafael Vieira Sens (PPGLit - UFSC) rafaelsensoficial@gmail.com
O objetivo desta comunicação é levantar questões acerca de narradoras lésbicas, sob o prisma da teoria queer, a partir da novela Ver uma mulher, de Annemarie Schwarzenbach (1908-1943). Uma das primeiras prosas de temática lésbica em língua alemã, o texto apresenta traços autoficcionais da escritora suíça, herdeira de uma abastada família de Zurique e que desafiou tradições do período ao assumir uma identidade fora dos padrões locais na esteira do comportamento subversivo que emergia em metrópoles como Berlim no período entreguerras da República de Weimar. A novela, escrita em 1929, veio à luz somente em 2007 após ter sido descoberta no Arquivo de Berna. Com foco narrativo em primeira pessoa, a trama mostra a experiência de uma jovem burguesa com duas amantes durante temporada de férias em estação de esqui na cidade de São Moritz. Ao estabelecer mulheres como protagonistas e relegando homens ao segundo plano, a literatura de Schwarzenbach enseja uma interpretação que leva em conta aporte teórico relativo ao conceito de Masculinidade Feminina, de Halberstam, em diálogo com o pensamento de Federici a respeito da repressão da homossexualidade como parte da disciplina capitalista dos corpos e da política de caça às bruxas.
4) Reflexões sobre o corpo materno a partir de Herztier (1994), de Herta Müller Maria Carolina Rodrigues Corrêa - Bolsista PIBIC (UFSC)
carolcorrea_95@outlook.com
Como parte do projeto de pesquisa "Manifestações do corporal na literatura de expressão alemã depois de 1945" da Universidade Federal de Santa Catarina, o estudo, ainda em estágio inicial, pretende pensar sobre o corpo materno e suas representações literárias e
sociais através do romance Herztier (1994), da escritora romena de língua alemã Herta Müller.
A narrativa é transpassada por relações familiares, e no início do romance, a relação que fica em evidência é a da mãe com a filha, o amor materno que é descrito como uma amarra, um vício, e escrito pela filha em seu caderno com rancor. Há um contraponto entre pais que são representados a partir de suas vivências de guerra e de mundo, e mães que são representadas apenas a partir de suas vivências como mães, não como indivíduos. Mesmo estando dentro de um regime ditatorial, seus corpos são pautados pela existência de suas/seus filhas/os. A dor, a doença, a preocupação, o medo, todos sentimentos não são por elas, mas pelas/os filhas/os.
Como a maternidade é retratada? Quais imagens existem acerca do corpo materno? Em que momento esses corpos param de ser donos de suas próprias individualidades e passam a ser apenas maternos? Essas são algumas reflexões iniciais da pesquisa, assim como a discussão sobre imagens maternas estereotipadas, culturalmente e socialmente presentes e universais, dentro e fora da literatura, que serão pensadas sob o aporte teórico de textos como Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva (FEDERICI, 2017) e A psicanálise na Terra do Nunca: ensaios sobre a fantasia (CORSO; CORSO, 2011).
Palavras-chave: Herta Müller; Relação mãe-filha; Corpos maternos; Maternidade.
Referências Bibliográficas
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
CORSO, Diana Lichtenstein; CORSO, Mário. A psicanálise na Terra do Nunca: ensaios sobre a fantasia. Porto Alegre: Penso, 2011. 328 p.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo:
Elefante, 2017. 464 p.
MÜLLER, Herta. Fera d'alma. 1. ed. São Paulo: Globo, 2013.
5) Um inferno só para mulheres: O testemunho da Anja Lundholm sobre sua passagem por Ravensbrück
Iasmin Rocha da Luz Araruna de Oliveira (UFRJ) iasmin@letras.ufrj.br
O regime nazista perseguiu e matou indistintamente homens e mulheres, no entanto, ser mulher era um fator que tinha grande influência sobre a vida e a morte nos campos de concentração. Às mulheres, foram reservadas experiências específicas, como, por exemplo, abortos forçados, trabalho sexual compulsório e experiências de esterilização. O corpo da mulher, no contexto do nazismo, era um verdadeiro campo de batalha, no qual a violência foi usada de maneira sistemática. Em maio de 1939, foi inaugurado Ravensbrück, o maior campo nazista para encarceramento feminino. Avalia-se que mais de 100000 mulheres passaram por lá até a chegada das tropas soviéticas em 1945. Embora tenha sido um dos
primeiros campos a ser fundado e um dos últimos a ser libertado, ele permaneceu por muitos anos à margem da história. Como salienta Sara Helm (2015, online), “assim como Auschwitz foi a capital do crime contra os judeus, Ravensbrück foi a capital do crime contra as mulheres”. Diante disso, esta comunicação tem como objetivo analisar como Anja Lundholm, em seu livro Das Höllentor. Bericht einer Überlebenden, no qual sua vivência em Ravensbrück é narrada, encontra uma forma de transformar suas experiências traumáticas em grito e de ecoar a voz daquelas que foram silenciadas pela história: as mulheres. É por meio da transformação dos cacos de sua memória em literatura que a autora é capaz de estetizar a dor, o medo e a violência a que esteve submetida e trazer à luz a situação das mulheres aprisionadas pelo nazismo.
Palavras-chave: testemunho, mulheres, Anja Lundholm BIBLIOGRAFIA:
HELM, Sara. O esquecido campo de concentração nazista só para mulheres. BBC News
Brasil, 27 de janeiro de 2015. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150126_campo_concentracao_mulhere s_cc Acesso em 09/10/21
6)“Schwarz wird Gross Geschrieben”: A Literatura Afroalemã de Resistência e Sua Invisibilidade no Brasil.
Cleydia Regina Esteves (UFRJ) cleydia@letras.ufrj.br
Desde os anos 80 o debate sobre Leitkultur e Multikulturalismus (Martin Ohlert, 2014) vem pautando as discussões sobre Identidade, Pertencimento, Nação, Integração e Diferença nos meios intelectuais e políticos, nas mídias sociais e culturais alemães. O Movimento Afroalemão que cresceu no bojo deste debate e foi engendrado no processo de construção da selbstbewusstsein dos seus ativistas, é fruto da negação da negação, da invenção da existência enquanto resistência ao apagamento do seu ser como alemães negros, trazendo para o protagonismo de suas ações, mulheres negras alemães que, por meio das artes, da academia e da intervenção na esfera pública, ressaltaram a afirmação da agência desses sujeitos, na articulação de seus eus políticos e estéticos. (Natasha Kelly, 2016)
Elas integraram o arcabouço teórico-metodológico da interseccionalidade (Kimberlé Crenshaw, 1989; bell hooks, 1984), constituíram seus percursos utilizando a literatura de Tony Morrison, as artes, a história entre outros campos das Humanidades, como forma de resistência em contextos de preconceito racial, disputas de narrativas e afirmação de suas existências e corporeidade no conjunto da sociedade alemã (Audre Lorde).
A literatura alemã contemporânea tem se revestido de grande diversidade autoral e qualidade literária (Goethe Institut, Philipp K. Koepsell, 2019), tematizando assuntos e questões prementes da sociedade alemã, mesmo antes da unificação de 1989, embora este marco possa ser considerado relevante para o que aqui se pretende discutir. O Prêmio Chamisso é um indicador de que obras literárias abordavam transformações sociais consideráveis, neste universo onde novas falas e escritas foram surgindo. Elas cruzam
fronteiras étnicas, nacionais, identitárias para celebrar a fluidez da corporeidade em um campo de tensão semiótico. Livros de autores afroalemães, Sharon Dodua Otoo por exemplo, vem propondo diferentes leituras da cultura e sociedade alemãs, sobretudo uma pretensa homogeneidade racial, cultural e linguística deste país. É deste percurso histórico e literário dessas diferentes obras, no contexto da Literatura Contemporânea Alemã, que queremos nos aproximar por meio de nossa apresentação. Cremos que é fundamental a sua divulgação e leitura por parte do público brasileiro.
Seção 2 - Estudos da Tradução e da Interpretação no Brasil e em países germanófonos: abordagens teóricas, experiências e aspectos históricos
Quarta-feira, 24/11/2021 – 10h30-12h30
1) Do oral ao impresso e vice-versa. O trabalho de resgate da oralidade através da tradução.
Profa. Dra. Magali Moura (UERJ); Julia Paris (UERJ); José Mauro Pinheiro (UERJ) Luiza Coelho (UERJ); Izaura Cesário (UERJ); Maria Luiza Tenório (UERJ)
2) Tradução para legendagem de séries em língua alemã e seu papel na aprendizagem de alemão como língua estrangeira: o caso da série Dark
Dionelle Araújo (UFF); Ebal Sant’Anna Bolacio Filho (UFF); Gabriela de Mendonça Mello (UFF) 3) Linguística Contrastiva e Tradução: áreas de encontro
Jhessyca Castro do Nascimento (Graduanda em Letras/Alemão UFC) Rogéria Costa Pereira (Doutora em Linguística UFC)
4) Otto Maria Carpeaux no Brasil: o itinerário de uma recepção André Rosa (UFRJ)
Quarta-feira, 24/11/2021 – 14h-16h
5) O traduzir sob a égide de decisões político-ideológicas: o dicionário da VEB Verlag Enzyklopädie Leipzig para as línguas portuguesa e alemã
Tito Lívio Cruz Romão – UFC
6) Tradução & Concepção de Linguagem Prof. Dr. Paulo Oliveira (Unicamp/USP)
7) Como formar e acompanhar intérpretes para o par linguístico português-alemão?
Caminhos possíveis a partir da realidade brasileira Anelise F.P. Gondar (UERJ/PUC-Rio)
Resumos
1) Do oral ao impresso e vice-versa. O trabalho de resgate da oralidade através da tradução
Profa. Dra. Magali Moura (UERJ); Julia Paris (UERJ); Luiza Coelho (UERJ); Izaura Cesário (UERJ) Maria Luiza Tenório (UERJ); José Mauro Pinheiro (UERJ)
Este trabalho pretende apresentar um relato acerca do Projeto de extensão “Vice-versa: relações interculturais na prática” desenvolvido na Uerj / Setor de Alemão. Em primeira linha, o Projeto visa estabelecer elos interculturais, sobretudo entre as culturas alemã e brasileira, escolhendo o processo tradutório como meio para sua execução. A elaboração do projeto se baseou na concepção de que se pode conceber a tradução como uma das primeiras formas de estabelecimento de um contexto dialógico de confronto cultural por meio de uma natural comparação entre os sistemas linguísticos. Tomando por base a ideia de que a tradução é uma habilidade inerente ao processo de aquisição de línguas, apesar de seu quase que “banimento” pelo método comunicativo, optou-se por integrar este projeto a disciplinas do curso de Bacharelado em Letras Português-Alemão, indo ao encontro de uma abordagem intercultural no ensino e aprendizagem de uma LE/LA. Iniciando os trabalhos com a atividade de tradução propriamente dita, dedicada à edição de lendas alemãs, conforme coligidas e editadas pelos Irmãos Grimm nos anos de 1816/18, a fase atual do projeto volta-se para uma nova forma de tradução: a edição dos textos traduzidos em um novo formato que não o impresso. Gostaríamos de apresentar as etapas necessárias para que os textos “voltem” ao seu formato original, o de contação de histórias, através da edição de arquivos sonoros, os chamados podcasts. Pretendemos expor o processo de retradução dos textos para esse novo formato e apresentar alguns resultados obtidos, assim como os percalços inerentes a esse processo.
2) Tradução para legendagem de séries em língua alemã e seu papel na aprendizagem de alemão como língua estrangeira: o caso da série Dark
Dionelle Araújo (UFF); Ebal Sant’Anna Bolacio Filho (UFF); Gabriela de M. Mello (UFF)
O presente estudo, realizado no âmbito do Laboratório de Estudos da Tradução (LABESTRAD) do Instituto de Letras da UFF, visa analisar a tradução para legendagem e dublagem da série alemã Dark.
Para tanto, utilizou-se a primeira temporada da série, com o intuito de averiguar a existência de diferenças significativas entre ambas as traduções, i.e. para a legendagem e para a dublagem, e quais seriam as características do texto proposto pela legendagem. Para o desenvolvimento do estudo, realizou-se uma pesquisa preliminar online, na qual a série Dark se destacou como a mais popular entre aprendizes de alemão no Brasil. A pesquisa coletou também informações sobre suas experiências com a legendagem de séries e filmes em língua alemã. A partir dos resultados, foi possível constatar que as legendas são consideradas pelos/as aprendizes um recurso válido (principalmente) para a aprendizagem de vocabulário. Por outro lado, a análise das traduções da série e a discussão teórica a respeito das diferenças entre tradução para dublagem e tradução para legendagem demonstraram que, apesar do caráter mais conciso e de menor oralidade da tradução para legendagem, as legendas configuram um instrumento benéfico para a aprendizagem (autônoma), pois viabilizam a exposição ao áudio no idioma original e, com isso, a possibilidade de comparar o vocabulário e aprender ou fixar vocabulário.
3) Linguística Contrastiva e Tradução: áreas de encontro
Jhessyca Castro do Nascimento (Graduanda em Letras/Alemão UFC) Rogéria Costa Pereira (Doutora em Linguística UFC)
Quando pensamos na Linguística Contrastiva enquanto o contraste de dois, ou mais, sistemas de língua, é espontâneo o reconhecimento da Tradução como uma de suas áreas práxis (REIMANN, 2014). A partir de um levantamento bibliográfico na área de Tradução realizado no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal do Ceará intitulado “Bibliografia contrastiva alemão-português: pesquisas em dados bibliográficos brasileiros e europeus”, analisamos quanti- qualitativamente o corpus de dados bibliográficos no que diz respeito ao número de produções, à perspectiva histórica dessas publicações, ao tipo de material e às áreas que dialogam com a produção, uma vez que Tekin (2012) já salientara a natureza de cooperação da Linguística Contrastiva com disciplinas intra- e/ou extralinguísticas. Como resultados preliminares, encontramos 46 produções na área de Tradução, sendo um artigo de 1967 o primeiro trabalho indexado. Quanto ao tipo de material, temos a predominância de 45% de produções manifestadas através do gênero ‘Artigo de Periódico’ e, por fim, no que diz respeito às áreas que dialogam, direta ou indiretamente com a Tradução, identificamos áreas teóricas e práticas, tais como produções que se relacionam com a Linguística Aplicada (Morfologia, Semântica e Sintaxe), a Análise Linguística, a Literatura, a Lexicologia e a própria Teoria da Tradução.
Referências
REIMANN, Daniel. „Kontrastive Linguistik revisited oder: Was kann Sprachvergleich für Linguistik und Fremdsprachenvermittlung heute leisten?”, in: REIMANN, Daniel. (Org.). Kontrastive Linguistik und Fremdsprachendidaktik Iberoromanisch – Deutsch. Studien zu Morphosyntax, nonverbaler Kommunikation, Mediensprache, Lexikographie und Mehrsprachigkeitsdidaktik (Spanisch, Portugiesisch, Deutsch). Tübingen: Narr, 2014, p. 9-35.
TEKIN, Özlem. Grundlagen der Kontrastiven Linguistik in Theorie und Praxis. Tübingen: Stauffenburg, 2012.
4) Otto Maria Carpeaux no Brasil: o itinerário de uma recepção André Rosa (UFRJ).
Esta comunicação, que é parte de uma pesquisa maior sobre a formação de Otto Maria Carpeaux como leitor e crítico de literatura brasileira, se propõe a reconstituir brevemente dois momentos decisivos da biografia do autor a fim de iluminar pontos de sua obra crítica: a recepção ao imigrante austríaco Otto Maria Karpfen, tal como assinava as cartas em seus primeiros meses no Brasil, e a presença do crítico literário austro-brasileiro Otto Maria Carpeaux, tal como passou a assinar seus ensaios na imprensa a partir de 1941, ano de sua estreia nas letras brasileiras, junto à intelectualidade nacional. Muito embora esses dois pontos dialoguem entre si, eles se assentam sobre uma documentação distinta: o primeiro deles se baseia, principalmente, nas cartas enviadas por Carpeaux após a chegada ao Rio de Janeiro e a passagem por Rolândia, no norte do Paraná; o segundo ponto, por sua vez, se assenta sobretudo em artigos publicados nos principais jornais da época, como o Correio da Manhã e O Jornal. Neste segundo momento, nos deteremos a um recorte temporal que contemple a atuação de Carpeaux enquanto crítico literário, isto é, o período entre 1941 e 1964, que se inicia com a estreia no Correio da Manhã e que se
encerra com o golpe civil-militar, que marca um ponto de inflexão em sua obra: o abandono da crítica literária em razão da luta política contra a ditadura.
Referências bibliográficas:
BOSI, Alfredo. Três leituras: Machado, Drummond, Carpeaux. São Paulo: Editora 34, 2017.
CANDIDO, Antonio. “Otto Maria Carpeaux por Antônio Cândido”. Teresa, n. 20, 2020, pp. 332-39.
CARPEAUX, Otto Maria. Ensaios Reunidos. Rio de Janeiro: TopBooks, 1999.
CARPEAUX, Otto Maria. Pequena bibliografia da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação do MEC, 1951.
CARPEAUX, Otto Maria. Vinte e cinco anos de literatura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
MARTINS, Wilson. A crítica literária no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983.
OBERDIEK, Hermann Iark. Fugindo da morte: Imigração de judeus alemães para Rolândia/PR, na década de 1930. Londrina: EdUEL, 2007.
VENTURA, Mauro Souza. De Karpfen a Carpeaux. Rio de Janeiro: Topbooks, 2002.
VILHENA, G. M. S. “Situação e presença de um crítico austríaco-brasileiro”. Teresa, n. 20, 2020, pp.
264-308.
5) O traduzir sob a égide de decisões político-ideológicas: o dicionário da VEB Verlag Enzyklopädie Leipzig para as línguas portuguesa e alemã
Tito Lívio Cruz Romão (UFC)
Dentre os recursos mais utilizados no ofício do traduzir, dicionários – impressos ou digitais – certamente merecem especial destaque. Como toda produção voltada para as ideias, dicionários podem estar sujeitos a decisões de cunho político-ideológico, que podem ter uma repercussão inevitável no trabalho realizado por tradutoras e tradutores. Esta comunicação tem por fim mostrar, através de um exemplo concreto, em que medida verbetes de um dicionário e, por conseguinte, as definições e os significados a eles vinculados podem ser entendidos como uma decisão de política linguística ou mesmo de política governamental ou estatal. Em 1984, a VEB Leipzig publicou um dicionário para o par de línguas alemão-português, em dois volumes, editado por um coletivo de autores liderado por J. Klare. De acordo com Klare (1984), o foco desse dicionário era o português falado em Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Com o maior número de falantes nativos (aproximadamente 133 milhões em 1984), o português brasileiro foi quase completamente ignorado nessa obra. O presente trabalho propõe-se a examinar alguns verbetes do referido dicionário que são particularmente marcados pela carga político-ideológica proveniente da República Democrática Alemã;
além disso, indagará se e em que medida a publicação dessa obra contribuiu, assim, para reforçar o fosso e o distanciamento entre os países lusófonos alinhados com a Europa Oriental os países lusófonos comprometidos com os ideais políticos da Europa Ocidental. Aqui também se recorrerá a outros dicionários para o mesmo par de idiomas publicados naquela época na República Federal da Alemanha, no Brasil e em Portugal (Langenscheidt – 1981, Porto Editora – 1986), numa tentativa de entender se e até onde ou como os verbetes do dicionário VEB com carga político-ideológica também encontraram (ou não) espaço nesses dicionários ocidentais.
6) Tradução & Concepção de Linguagem Prof. Dr. Paulo Oliveira, Unicamp/USP olivp@unicamp.br
Na temática deste simpósio (eixo ‘a’), que papel caberia a uma Epistemologia do traduzir como a que desenvolvo (Oliveira 2019; 2020; 2021), na interface da filosofia do Wittgenstein tardio com abordagens não essencialistas em maior evidência nos estudos da tradução? Em sendo o ato tradutório uma operação que ocorre na linguagem (sistemas de signos), qualquer teoria da tradução que formulemos estará necessariamente na dependência de uma concepção de linguagem sobre a qual se assenta. Ignorar tal fato leva fatalmente a confusões conceituais, manifestas em aparentes paradoxos e questões ‘insolúveis’
— como afirmar que a tradução seria ‘impossível na teoria, mas viável na prática’. Já nas décadas de 1970-80, Gideon Toury via na tradução um conceito organizado por ‘semelhanças de família’, i.e., não redutível a uma definição fechada a priori que desse conta de todas as aplicações possíveis (Toury 2012:
69-70). Mais recentemente, Maria Tymoczko (2014 [2007]) também recorreu às ‘semelhanças de família’ wittgensteinianas para embasar sua proposta de ‘alargar a tradução e empoderar as tradutoras’, cunhando o termo ‘*tradução’ para abarcar também formas do traduzir não contempladas por uma visão estritamente ocidental. Preocupação semelhante tem Yves Gambier (2018), ao discutir ‘conceitos de tradução’ contemporâneos e/ou históricos. O filósofo Donald Davidson vê na ‘caridade hermenêutica’
a ‘condição de possibilidade’ para a ‘interpretação radical’ — e, com isso, para a tradução, podemos agregar. Curiosamente, Davidson contesta a existência de entidades que tomamos por evidentes, como
‘língua’ e ‘idioleto’ (Rawling 2019). Posta de modo absoluto, tal afirmação parece absurda — mas certamente é válida em relação a tais conceitos, se tratados como entidades fechadas, abordadas no nível estritamente sistêmico. A ‘linguística do sec. XXI’ vislumbrada por Rajagopalan (2019) foca fenômenos como o ‘translinguismo’ e a noção de ‘repertório’, que implodem tal fechamento e levam a uma revisão radical das abordagens correntes (Bayham & Lee 2019). Proponho que o passo inicial nesse processo seja o fomento da consciência linguística, focando na dimensão epistêmica da concepção de linguagem.
7) Como formar e acompanhar intérpretes para o par linguístico português-alemão?
Caminhos possíveis a partir da realidade brasileira
Anelise F.P. Gondar (UERJ)/PUC-Rio)
Com mais de quatro décadas de história, a formação de intérpretes de línguas orais no Brasil pode ser caracterizada por sua grande heterogeneidade em diversas áreas, como por ex., em relação à concentração geográfica da oferta de cursos presenciais, às diferenças consideráveis na duração, em seu escopo curricular e em relação à composição do corpo docente responsável pela formação de novos intérpretes (ARAUJO, 2017). Mesmo assim, podemos afirmar que a formação de intérpretes de línguas orais no Brasil atingiu relativo grau de consolidação, uma vez que, do ponto de vista geral, os cursos universitários e livres parecem oferecer um arcabouço de conteúdos baseado na necessidade de conhecimentos técnicos relativos ao desempenho prático do ofício (por ex. disciplinas relativas ao aperfeiçoamento linguístico, prática em interpretação simultânea e consecutiva e etc.). Nota-se, porém, que essa realidade abrange apenas o par linguístico português-inglês. Candidatos com outros idiomas ativos e, frequentemente dominantes, não contam com possibilidade de formação institucionalizada no Brasil. Esta contribuição tem como objetivo apresentar marcos de uma pesquisa em curso que visa a mapear as possibilidades de formação institucional e extra-institucional para candidatos com outros
pares linguísticos ativos a exemplo do par linguístico português-alemão. Pretende-se aqui (1) discutir componentes básicos da formação de intérpretes português-alemão; (2) apresentar processos possíveis de formação extra-institucional baseados na ideia de mentoria inspirada na proposta de Pearce & Napier (2010) e, por fim, (3) refletir, com base em testemunhos de intérpretes atuantes em outros pares linguísticos, os caminhos para o acompanhamento de intérpretes novatos na entrada no mercado e ao longo da carreira.
Seção 3 (Materiais didáticos) no 4º Congresso da ABEG Coordenadoras: Dörthe Uphoff, Meg Vaz e Poliana Arantes
Quinta-feira, 25/11/2021, de 10.30 às 12.30 h - Materiais didáticos para adultos em contextos diversos:
1. Alemão para fins acadêmicos: experiências acerca da adaptação e elaboração de material didático para o programa Idiomas sem Fronteiras - Alemão na UFPR, Thiago Mariano (UFPR) e Franz Mechtenberg (DAAD/UFPR)
2. Livros didáticos internacionais de alemão para enfermeiros: uma análise da didatização de tipos textuais e os desafios impostos ao professor brasileiro - Victor Almeida Tanaka (USP) 3. Uma proposta de material didático para aprendizes brasileiros adultos de língua alemã
baseado na agenda 2030 da ONU - Louise Ibrügger (USP)
4. Desafios da mercantilização de materiais didáticos em contextos locais de ensino e aprendizagem de língua alemã - Rayanne Favacho (Mestranda UERJ) e Poliana Arantes (CNPq, Faperj, UERJ)
Quinta-feira, dia 25/11/2021, de 14.00 às 16.00h - Materiais didáticos em contexto escolar 5. Pandemia e produção de materiais audiovisuais de alemão como língua adicional para
crianças, Gabriela Amaro (PIBID-UFRJ), Daniela Farias (UFRJ), Gabriel Barros Gonzalez (PIBID- UFRJ), Mergenfel Vaz Ferreira (UFRJ)
6. Materiais CLIL no ensino de alemão como língua adicional: um relato de experiência, Marcos Antônio Alves Araújo Filho (USP)
7. Retratos linguísticos como ferramenta para o ensino de alemão como língua adicional, Nádia Dini (USP)
Sexta-feira, dia 26/11/2021, de 14.00 às 18.00h - Materiais didáticos em contexto universitário
8. Produção oral e escrita no projeto Zeitgeist – um livro didático para o contexto acadêmico - Anisha Vetter (Unicamp)
9. A produção de materiais voltada para o ensino de Estratégias de aprendizagem no ensino de Alemão como língua adicional: um projeto de consultoria acadêmica - Camila Marcucci Schmidt (USP) e Marceli Cherchiglia Aquino (USP)
10. Produção de material didático por e para alunos de graduação em língua alemã - Milan Puh (USP)
11. Produção de materiais enquanto conteúdo didático na formação inicial de professores de alemão - Dörthe Uphoff (USP)
Resumos
1. Alemão para fins acadêmicos: experiências acerca da adaptação e elaboração de material didático para o programa Idiomas sem Fronteiras
Alemão na UFPR Deutsch im Hochschulkontext: Erfahrungsbericht über die Anpassung und Weiterentwicklung didaktischen Materials für das Programm Idiomas sem Fronteiras – Alemão an der UFPR
Thiago Mariano (UFPR)
Franz Mechtenberg (DAAD/UFPR)
Seit dem Jahr 2016 werden im Rahmen des Programm Idiomas sem Fronteiras-Alemão (IsFAlemão) Deutschkurse an verschiedenen öffentlichen Universitäten Brasiliens angeboten.
Hierdurch trägt IsF-Alemão zum Internationalisierungsprozess brasilianischer Hochschulen bei. Ziel des Programms ist es, die Kursteilnehmenden sowohl sprachlich als auch kulturell auf das akademische Leben im deutschsprachigen Raum vorzubereiten. Das von Deutschlehrenden verschiedener brasilianischer Universitäten entwickelte Unterrichtsmaterial Deutsch im Hochschulkontext – Alemão para fins acadêmicos für die Niveaustufe A2/B1 des Gemeinsamen Europäischen Referenzrahmens für Sprachen (GER) wird in diesem Zusammenhang dahingehend angepasst, dass es in einem praxisorientierten Landeskunde- und Fertigkeitenkurs für brasilianische Studierende zum Einsatz kommen kann.
In diesem Beitrag werden die Erfahrungen des Teams von Studierenden und Lehrkräften der UFPR aufgezeigt, das sich der Weiterentwicklung des Materials angenommen hat. Nach einem kurzen historischen Abriss des Programms werden (1) Grundsätze und Ziele, die der Konzeption des Materials zugrunde liegen, (2) Beispiele des adaptierten Materials sowie (3) Herausforderungen, die bei der Materialentwicklung auftreten, präsentiert.
2. Livros didáticos internacionais de alemão para enfermeiros: uma análise da didatização de tipos textuais e os desafios impostos ao professor brasileiro
Victor Almeida Tanaka Mestrando pelo Programa de Língua e Literatura Alemã pela FFLCH- USP
O ensino de alemão para fins profissionais é um campo diverso e pode englobar tanto abordagens com a língua de forma transversal ao mundo do trabalho, quanto cursos focados em exigências comunicativas e sociais de uma área profissional específica (KUHN, 2007). Nesta segunda modalidade, é possível tematizar conteúdos mais específicos de cada área, ações profissionais, sociais e comunicativas restritas a um contexto de atuação e textos marcados por linguagens técnicas (Fachsprachen). Na literatura especializada, a linguagem técnica não necessariamente se define por uma grande proporção de termos especializados, mas por expressar estruturas de pensamento e de comunicação relevantes à área e por servir à comunicação entre profissionais do mesmo campo de atuação (KUHN, 2007; JUNG, 2014;
BRAUNERT, 2014; PRIKOSZOVITS, 2017). Essa gama de aspectos estabelece desafios ao professor, provavelmente não tecnicamente formado no contexto de trabalho de seus aprendizes. Nesse sentido, a dificuldade de uma análise de necessidades objetivas para seu grupo-alvo (WEISSENBERG, 2012) pode ser facilmente resolvida pela adoção de um livro didático como “ferramenta estruturante” do curso (CRAWFORD, 2002), o que não significa que o livro precise direcionar a aula, mas sim que ele poderá fornecer estrutura e previsibilidade suficientes para minimizar as dificuldades enfrentadas por professores e aprendizes. Nesse contexto, um próspero exemplo é o ensino de alemão para enfermeiros: visando trazer mais profissionais da área da saúde para o país, a Alemanha tem estimulado a criação de programas de ensino e de treinamento com este direcionamento específico ao redor do mundo. Como efeito disso, a pluralidade de materiais didáticos específicos para Enfermagem, em diversos níveis e com diferentes perspectivas, tem se estabelecido no mercado. Na presente comunicação, analisaremos três livros didáticos decorrentes desse contexto, comparando, em cada um deles, o tratamento dado ao mesmo tipo textual: o Pflegebericht, recorrente no dia a dia concreto dos enfermeiros. Nesse âmbito, a análise relacionará a proposta didática de cada livro com as respectivas sequências didáticas e tipologias de exercícios, levando em consideração os aspectos linguísticos e pragmáticos e as condições de produção textual tematizados. Ao fim da análise, será possível discutir algumas possibilidades de complemento aos materiais pelo próprio professor, contribuindo para que sejam levantadas algumas ideias para o treinamento de professores focados nesse tipo de curso.
3. Material didático de língua alemã, inspirado na Agenda 2030 da ONU, para aprendizes adultos brasileiros iniciantes, em contexto de aula individual e orientado ao letramento crítico
Louise Ibrügger
O interesse em produzir material didático próprio surgiu a partir da prática pedagógica como professora de alemão, na busca por diversificar os assuntos debatidos em sala de aula.