1
SINTAXE
A Sintaxe consiste nas leis que regulamentam as normas de organizar os elementos morfológicos dentro da oração, na formação de um período. Não confunda Sintaxe com síntese que é resumir um texto, um livro, etc..
Nesta aula não iremos apreciar muito o formalismo, mas vamos logo para a prática, corrigindo os erros gramáticos.
ORAÇÃO
As orações se tratam das divisões de um período. Normalmente, elas são separadas por vírgulas.
Exemplos:
“Ontem à tarde fui à praça, lá havia muitas pessoas”.
ORAÇÃO 1 ORAÇÃO 2 PERÍODO
O período é a parte do texto que inicia com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. Ele é composto por orações. É importante construi-lo pequeno. Com acerca de dez palavras. Porque um período muito longo tem muitos pontos negativos, a saber:
a) Fica cansativa a leitura;
b) É mais difícil para compreender;
c) E causa desânimo no leitor ao vê-lo.
PARÁGRAFO
O parágrafo é um conjunto de períodos compostos por uma única ideia. Ele inicia com um recuou, ou um espaçamento, em sentido a direita. Ele também precisa ser organizado, com no máximo, dez períodos. É preciso tomar muito cuidado para não inserir ideias diferentes em um mesmo parágrafo.
REGRAS SINTÁTICAS
RIMA: Não rima se não estiver fazendo poemas. Mas, dificilmente, há caso que não tem jeito.
Exemplos de rimas: “Margarida, levou toda vida, para atravessar a avenida”.
PRECISAR (verbo): Quando se escreve “preciso fazer”; não precisa da preposição “de”. É errado escrever “Preciso de fazer. O correto é “preciso fazer”.
IR (verbo): Jamais escreve: “Vou no médico”; “Vou na médica”. O correto é: “Vou ao médico”; “Vou à médica”.
SUBIR (verbo): Nunca escreve: “Subiu para cima”. O correto “Subiu”.
DESCER (verbo): Jamais escreve: “Desceu para baixo”. O correto “Desceu”.
VOAR (verbo): Não se escreve “Voou lá em cima”. Basta, tão somente, “Voou”.
PREFERIR (verbo): Nunca se escreve: “Prefiro muito mais carro do que moto”;
“Prefiro muito mais queijo do que pão”; ou, “prefiro mais isso do que aquilo”. O correto é:
“Prefiro mais carro a moto”; “Prefiro mais queijo a pão”; ou, “prefiro mais isso a aquilo”.
HAVER (verbo): Sempre é bom lembrar que o verbo “haver”, quando empregado no sentido de
“existir” ou de “ocorrer”, é impessoal. Isso quer dizer que deve ser conjugado apenas na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o tempo (há, houve, havia, houvera, houver, houvesse etc.).
MEMBRO (substantivo masculino): Lembre-se: Não existe na língua portuguesa a palavra “membra”.
Portanto, evite dizer: “A membra da igreja” “Ela é membra do grupo”. O correto é: “A membro da igreja” “Ela é membro do grupo”.
2
RÉ (substantivo feminino): Não escreve: “Ré para trás”. Basta escrever: “Ré”, todos já vão entender que é para trás.
MENOS (adverbio): Não se diz: “Menas água”, “Menas alegria”, “Menas mulheres”. Na língua portuguesa, não existe a palavra “Menas”. O correto é: “Menos água”, “Menos alegria”, “Menos mulheres”.
MEIO (adverbio): É incorreto ama mulher dizer: “Estou meia cansada” “Estou meia alegre” “Estou meia triste”. O adverbio “meio” não varia nem em gênero e nem em número. O correto é: “Estou meio cansada”,
“Estou meio alegre”, “Estou meio triste”. Observação: mas existe o numeral, “meia”. Ele é para definir, por exemplo: uma caixa com, exatamente, 50% de água.
TEU (pronome possessivo): Na 2ª pessoa, refere-se com quem fala. Sinônimo de: “tu, você”. Portanto, nunca diz ao povo que Deus enviou o “teu” Filho. Mas o “seu” Filho.
SEU (pronome possessivo): Na 3ª pessoa, refere-se de quem fala. Sinônimo de “dele, dela”. Portanto, nunca diz ao povo que Cristo derramou o “teu” Sangue. Mas o “seu” Sangue.
ESTE (a) (pronome demonstrativo): Na 1ª pessoa, refere-se a algo, ou a alguém, que está com quem estiver falando. Sinônimo “comigo”.
ESSE (a) (pronome demonstrativo): Na 2ª pessoa, refere-se a algo, ou a alguém, que está com quem se fala. Sinônimo “contigo”.
AQUELE (a) (pronome demonstrativo): Na 3ª pessoa, refere-se de quem estar falando. Sinônimo: “Ele, ela”. Ou a algo que está distante tanto de quem estar falando, como de quem estiver ouvindo.
ACENTO PROSÓDICO E ACENTO GRÁFICO
Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai o acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja:
es - per - te - za ca - pí - tu - lo tra - zer e - xis - ti - rá
Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento gráfico. Logo, conclui-se que:
Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais sílabas. Já o acento gráfico se caracteriza por marcar a sílaba tônica de algumas palavras. É o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos empregados são:
AGUDO
Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -em, indicando que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas.
Exemplos: Pará, ambíguo, saúde, vintém. Sobre as letras e, e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto. Exemplos: pé, herói.
CRASE
Acento Grave (`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com artigos e pronomes. Exemplos: à, às, àquele.
Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais).
3
Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.
Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao” e o substantivo feminino por um masculino, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.
Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto.
Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.
É importante lembrar-se dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”. Veja:
Exemplos: Sairei às duas horas da tarde.
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.
Quero uma pizza à moda italiana.
Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).
(Por Sabrina Vilarinho, Graduada em Letras) CIRCUNFLEXO
Acento Circunflexo (^): indica que as letras e o representam vogais tônicas, com timbre fechado.
Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, normalmente diante de m, n ou nh. Exemplos:
mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo.
TIL
Til (~): indica que as letras a e o representam vogais nasais. Exemplos: balão põe.
PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Veremos aqui as principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua portuguesa.
PONTO FINAL (.)
1- Indica o término do período. Exemplo: - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
2- Usam-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
PONTO E VÍRGULA ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância. Exemplo: - “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas - Alguns quiseram verão, praia e calor;
outros montanhas, frio e cobertor.
4
3- Separam itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc. exemplos:
1) - Ir ao supermercado;
2) - Pegar as crianças na escola;
3) - Caminhada na praia;
4) - Reunião com amigos.
DOIS PONTOS (:)
1- Antes de uma citação - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
2- Antes de um aposto - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.
4- Em frases de estilo direto - Maria perguntou: - Por que você não toma uma decisão?
PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc. - Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- 2- Depois de interjeições ou vocativos - Ai! Que susto! - João! Há quanto tempo!
PONTO DE INTERROGAÇÃO (?)
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
Reticências1- Indica que palavras foram suprimidas.- Comprei lápis, canetas, cadernos...
2- Indica interrupção violenta da frase.“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida - Este mal... pega doutor?
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito - Deixa, depois, o coração falar...
VÍRGULA (,)
É usada para vários objetivos, mas em geral usamos a vírgula para dar pausa à leitura, ou para dar o sentido que queremos ao assunto.
A vírgula pode:
a) Sumir, ou aumentar o dinheiro: “1,00, ou, 100”;
b) Faze mocinho, ou, filão: “Ele não matou”, “Ele não, matou”;
c) Pode ser a solução: “vamos perder, nada foi resolvido” “vamos perder nada, foi resolvido”;
d) Mudar de opinião: “Não, queremos saber”, “Não queremos saber”;
e) Muda todo o sentido: “Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria dez léguas a sua procura” “Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria dez léguas a sua procura”.
Bibliografia
ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 45ª edição. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.
5
EQUAÇÃO DO 1º GRAU
Equação é uma palavra grega que significa igualdade. O que define uma equação é a presença do sinal de igualdade (=) e a incógnita (uma letra que representa a um número). O que define o grau de uma equação é a potência.
Exemplo: X + 2 = 12 – 4X CONHEÇA UMA EQUAÇÃO:
a) Primeiro lugar = Segundo lugar;
b) O primeiro lugar (X + 2 =) é a casa das incógnitas;
c) O segundo lugar (= 12 - 4X) é a casa dos termos comuns;
d) X incógnita;
e) 4X termo com incógnita;
f) 2; 12 termos comuns.
RESOLUÇÃO:
1º) Cada termos deve ser colocado em seu devido lugar:
Exemplo: X + 2 = 12 – 4X X 4X = 12 2;
2º) Quando os termos trocam se de lado, troca também de sinal.
Exemplo: X + 4X = 12 - 2;
3º Somatória:
Exemplo: 5X = 10;
4º) Definição, veja: X = 10 x = 2 5
Viu como é fácil?
Então, agora resolva as seguintes equações:
2X + 6 = 12 – X X = 12 – 4 X + 8 = 20 – 2X
EQUAÇÃO DO 1º GRAU COM FRAÇÃO X + 2 = 12 – 4X
2 3 m.m.c.
2, 3 -2 1, 3 -3 1, 1 (2 x 3 = 6) 3x+6 = 24 – 8x 6
3x + 8x = 24 – 6 11x = 18
X = 18 , 11
EQUAÇÃO FRACIONARIA
A equação fracionária diferencia-se das demais equações pelo fato de que pelo menos um dos termos é uma fração algébrica, isto é, a incógnita aparece no denominador de uma fração.
6
Uma fração jamais pode ter denominador zero (nulo), por isso, sempre que vamos resolver uma equação fracionária, devemos analisar os denominadores para verificar em quais casos a equação não é definida.
Vejamos alguns exemplos:
Exemplo 1:
2 = x – 1 x x + 2
Nesse caso, os denominadores devem ser diferentes de zero, portanto, podemos dizer que:
x ≠ 0 e x ≠ -2
Para resolver a equação fracionária, vamos encontrar o mínimo múltiplo comum entre os dois denominadores. Feito isso, vamos dividi-lo por cada denominador e multiplicá-lo pelo seu respectivo numerador:
2(x + 2) = x(x – 1) x(x + 2) x(x +2)
Como ambos os denominadores são iguais, podemos desconsiderá-los, ficando apenas com:
2(x + 2) = x(x – 1)
Aplicando a propriedade distributiva, temos:
2x + 4 = – x
Colocando os termos em ordem de um mesmo lado da equação, teremos montada uma equação de segundo grau:
+ 2x +x+4=0 + 3x + 4 = 0
Essa equação possui coeficientes a = -1, b = 3 e c = 4. Vamos resolver a equação através da fórmula de Bhaskara:
Δ = b² – 4ac Δ = 3² – 4(-1)(4) Δ = 9 + 16 Δ = 25
x = –b ± √ Δ 2a x = –(3) ± √ 25 2 (1)
x = - 3 ± 5 = 2 = 1; -8 = -4 2 2 2
Resultado:
S:
‘x = 1
‘’x= -4
7
Exemplo 2:
3 = 5 + 1 2 x + 5
Para essa equação, em razão da presença do x no denominador, temos a restrição de que x ≠ 0.
Para iniciarmos a resolução desse exemplo, devemos encontrar o mínimo múltiplo comum dos denominadores 2, 5 e x, que é 10x. Vamos então dividir esse termo por cada denominador e multiplicá-lo pelo respectivo numerador:
3 = 5 + 1 2 x + 5 10x
3 (5x) = 5 (10) + 1 (2x) 15x = 50 + 2x
15x - 2x = 50 13x = 50 X = 50 13
Exemplo 3:
2 – 1 + 2 = 1 x x –2 x+2 –4
Vamos fatorar o último denominador a fim de facilitar nossos cálculos posteriores:
2 – 1 + 2 = 1 x x–2 x+2 (x+2)(x–2)
Agora é necessário encontrar o mínimo múltiplo comum dos denominadores e, em seguida, dividi-lo por cada denominador e multiplicá-lo pelo respectivo numerador:
2.(x+2).(x–2) – 1x.(x+2) + 2x.(x–2) = 1 x x(x+2)(x–2) x(x+2)(x–2)
Como os denominadores são iguais, podemos desconsiderá-los, restando apenas:
8 2.(x+2).(x–2) – 1x.(x+2) + 2x.(x–2) = 1x
2 ( -4) – x (x+ 2) + 2x (x – 2) = x - 8 - – 2x + -4x – x = 0 - + – 4x -2x – x – 8 = 0 - 7x -8 = 0
A= 3;
B= -7;
C= -8;
Δ = b² – 4ac
Δ = b² – 4ac Δ = 7² – 4.3 (-8) Δ = 49 + 96 Δ = 145
x = –b ± √ Δ 2a
x = – (-7) ± √ 145 2.3
x = – (-7) ± 12 6
x = – (-7) ± 12 6 ‘x = 84 = 14 6 ‘’x = -5 6