INTENSIVO I Barney Bichara Direito Administrativo
Aula 6
__________________________________________________________________________________________________
ROTEIRO DE AULA
Tema: Organização Administrativa (continuação)
Relembrando...
Em relação ao tema “Organização Administrativa”, já foram estudados os seguintes assuntos:
1. CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 2. CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO 3. FORMAS DE DESCENTRALIZAÇÃO 4. FORMAS DE DELEGAÇÃO
5. ADMINISTRAÇÃO DIRETA
1º. Sentido Amplo: em sentido amplo, a expressão “administração pública direta” representa todos os órgãos de todos os poderes encarregados da atividade administrativa (artigo 37 da CF/1988).
2º. Sentido Estrito: em sentido estrito, a expressão “administração pública direta” se refere aos órgãos que integram a estrutura do Poder Executivo (artigo 4ª do DL 200/1967).
B. Teoria do Órgão
A administração direta é composta por órgãos, os quais são encarregados da atividade administrativa. Por esse motivo, é importante estudar a Teoria do Órgão.
A Teoria do Órgão foi idealizada por Otto Gierke no Século XIX.
Otto Gierke partiu da ideia de que o Estado é uma pessoa jurídica e possui personalidade jurídica (ou seja, é sujeito de
direitos e obrigações). Internamente, o Estado é formado por órgãos que compõem a estrutura do Estado e cujas
atribuições são descritas pela lei, mas são executadas por agentes públicos.
O agente público não faz o que quer, mas cumpre a lei executando as atribuições legais do órgão. O agente público não possui vontade, pois esta advém do Estado.
Obs.: Princípio da Imputação Volitiva
Se o agente não faz o que quer (apenas cumpre a lei) e se a vontade é do Estado (e não do agente), o ato praticado pelo agente deve ser imputado ao órgão – Teoria da Imputação Volitiva.
✓ Assim, o ato praticado pelo agente é mera execução das atribuições legais do próprio órgão, motivo pelo qual o ato do agente não é atribuído ao agente, mas imputado ao órgão integrante da pessoa jurídica, sujeito de direitos e obrigações.
✓ Como o órgão integra o Estado, o ato do agente, na verdade, é ato do Estado.
O órgão não tem ânimo. Assim sendo, para praticar seus atos, o Estado depende das pessoas naturais, denominadas agentes públicos, os quais praticam tais atos em nome do Estado.
Em suma: a teoria do órgão assevera que o Estado declara sua vontade através de órgãos internos, cujas atribuições são definidas pela lei, mas executadas por agentes públicos, de modo que o ato do agente é imputado ao órgão que integra a pessoa jurídica (imputação volitiva). Trata-se da Teoria do Órgão.
A Teoria do Órgão se manifesta em dois pontos da CF/1988, sendo eles:
CF, art. 37, §1º: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”
✓ A disposição do art. 37, §1º da CF deixa claro que os atos, programas, obras, serviços e campanhas não são atribuídos aos agentes públicos. O ato do agente público sempre deve ser impessoal.
CF, art. 37, §6º: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
✓ O Estado responde pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, pois, em última análise, o ato é do Estado (e não do agente).
✓ A possibilidade de ressarcimento aos cofres públicos pelo ato do agente público é uma relação interna que
envolve apenas o Estado e o agente (não envolve terceiros).
Obs.: A Teoria do Órgão significou uma evolução em relação à Teoria do Mandato e à Teoria da Representação.
A Teoria do Órgão representa uma evolução em relação a entendimentos anteriores, que ficaram conhecidos como Teoria do Mandato e Teoria da Representação.
O Estado é pessoa jurídica e, portanto, não tem ânimo. Assim sendo, para praticar seus atos, o Estado depende das pessoas naturais, denominadas agentes públicos, os quais praticam tais atos em nome do Estado. Assim sendo, entre o Estado e os agentes públicos há uma relação jurídica, mas que relação jurídica é essa?
O Século XIX foi marcado pelas grandes codificações, como o Código Civil. Diante dessa realidade contextual, a primeira explicação que surgiu ficou conhecida como Teoria do Mandato, por meio da qual o Estado é identificado como mandante e o agente público como mandatário, sendo os atos praticados pelo agente público na qualidade de mandatário do Estado.
Dúvidas:
1ª) Se o Estado não possui ânimo, como é possível que ele outorgue mandatos para seus agentes públicos?
2ª) Mas e se o agente público pratica ato ilegal ou atua além de suas atribuições? Pode o Estado mandante responder pelos atos ilegais do mandatário? Não. Essa teoria não conseguia atribuir uma responsabilidade civil do Estado quando o agente praticava ato ilegal lesivo a terceiros, já que o mandante não responde por atos ilegais ou atos que exorbitem os poderes do mandato.
Essa teoria, portanto, não era satisfatória, pois ela não explicava a hipótese de dano a terceiros decorrente de ato ilícito do agente público.
Diante desse impasse, foi criada a Teoria da Representação. Nessa época, o Direito Civil era muito forte e, segundo o professor, o direito público ainda estava se formando (Século XIX).
Segundo essa teoria, quando o agente público atua, ele o faz na qualidade de representante legal do Estado (representado).
Não obstante, o instituto da representação tem por finalidade suprir incapacidades (e o Estado não é incapaz). Além disso, permanecia ainda a ausência da responsabilidade estatal pela prática de atos ilícitos do representante.
Essa teoria também não era satisfatória, pois ela não explicava a responsabilidade civil do Estado decorrente de ato ilícito do agente público.
Por fim, Otto Gierke sistematiza a Teoria do Órgão, a qual tem fundamento no Direito Público. Como visto, tal teoria afirma que o Estado, como pessoa jurídica, é sujeito de direitos e obrigações e, internamente, é formado por órgãos, cujas atribuições são fixadas pela lei. Tais atribuições são exercidas por agentes públicos. O agente público, por sua vez, não faz o que quer, mas apenas executa as atribuições legais do órgão. O agente público não tem vontade, mas sim função, a qual consiste em executar as competências do órgão.
✓ Assim, o ato praticado pelo agente é mera execução das atribuições legais do próprio órgão, motivo pelo qual o
ato do agente não é atribuído ao agente, mas imputado ao órgão integrante da pessoa jurídica, sujeito de direitos
e obrigações. Trata-se da chamada “imputação volitiva”.
C. Conceito de Órgãos Públicos
Órgão corresponde a um centro especializado de competências/atribuições que existe dentro de uma pessoa. Trata-se de um plexo de competências que existe dentro de uma pessoa.
Na Lei n. 9.784/1999, há um conceito de órgão:
LEI 9.784/1999, art. 1º, § 2º, I:
“§2º- Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;”
✓ Os órgãos existem dentro da Administração Direta e dentro da Administração Indireta.
✓ Os órgãos que estão dentro do Estado e que exercem função administrativa são chamados de administração pública direta.
✓ Os órgãos que estão dentro da Administração Indireta não recebem o nome de Administração Direta.
D. Criação de Órgãos Públicos
A criação de órgãos públicos, assim como a extinção, se dá por lei.
CF, art. 48: “Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: (...)
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.”
✓ O ato do Congresso Nacional sujeito à sanção do Presidente se chama lei. Trata-se da lei em sentido estrito.
✓ A concentração e a desconcentração de órgãos depende de lei, porque somente esta pode criar e extinguir órgãos da Administração Pública.
CF, art. 84: “Compete privativamente ao Presidente da República: (...) VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;”
Observação: conforme art. 84 da CF/1988, compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto,
sobre organização e funcionamento da administração federal, desde que não implique aumento de despesa nem criação
ou extinção de órgãos públicos. Trata-se do regulamento autônomo.
✓ Assim sendo, o Presidente da República pode fazer decreto autônomo (independentemente de lei) dispondo sobre a organização e sobre o funcionamento da administração, mas esse decreto não pode criar nem extinguir órgão.
✓ O professor destaca, exemplificativamente, que, no governo Bolsonaro, uma das propostas presidenciais era a extinção de Ministérios. Tal procedimento se chama concentração e depende de lei, já que está extinguindo órgãos.
RE 577025 – “A Constituição da República não oferece guarida à possibilidade de o Governador do Distrito Federal criar cargos e reestruturar órgãos públicos por meio de simples decreto.”
E. Principal Caraterísticas de Órgãos Públicos
A principal característica do órgão público é que ele jamais possui personalidade jurídica.
✓ O Estado é pessoa jurídica e é dotado de personalidade jurídica de direito pública. O órgão é apenas uma unidade interna dentro do Estado.
Órgão não é pessoa jurídica, mas, para fins de controle e fiscalização, todos os órgãos que fazem gestão orçamentária devem se inscrever nesse cadastro.
Exemplo: a prefeitura de São Paulo (que é um órgão do município) possui CNPJ.
Observação: a instrução normativa RFB n. 1863/2018 indica a necessidade de o órgão que faz gestão orçamentária ter CNPJ.
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1863/2018
“Art. 4º São também obrigados a se inscrever no CNPJ:
I - órgãos públicos de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, desde que se constituam em unidades gestoras de orçamento.”
✓ Assim, o órgão possui inscrição no CNPJ para fins fiscais.
✓ O professor relembra que as pessoas jurídicas de direito privado adquirem personalidade jurídica com o registro do ato constitutivo no órgão competente. As pessoas jurídicas de direito público adquirem personalidade jurídica com a vigência da lei que as criou. Ninguém adquire personalidade jurídica com a inscrição no CNPJ.
F. Capacidade Processual
Órgãos públicos não têm personalidade jurídica. Assim, em regra, órgão não possui capacidade processual, pois esta
decorre, a priori, da personalidade jurídica.
✓ Obs.: Quem é sujeito de direitos e obrigações pode demandar em juízo e pode ser demandada em juízo. A capacidade processual, portanto, está ligada à personalidade jurídica (a priori).
Entretanto, o professor explica que tanto no Direito Civil quanto no Direito Administrativo, é possível a capacidade processual sem a personalidade jurídica. Trata-se de exceção.
O professor exemplifica dizendo que o autor de uma ação não deve intentá-la contra a Secretaria da Fazenda do Estado de Minas Gerais (órgão do estado), mas sim em face do próprio Estado de Minas Gerais que é a pessoa jurídica que suportará as consequências da decisão judicial.
Excepcionalmente, alguns órgãos possuem capacidade processual, ou seja, podem postular em juízo (personalidade judiciária) em nome próprio. Há duas hipóteses em que isso ocorre:
1ª) O órgão terá capacidade processual quando houver previsão legal.
Exemplos:
• PROCON – conforme os artigos 81 e 82, CDC.
• A Lei de ação civil pública afirma que o Ministério Público pode ajuizar ação civil pública em nome próprio. O mesmo ocorre com a Defensoria Pública.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
“Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
(...)
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:
I - o Ministério Público,
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear.”
2ª) Segundo a jurisprudência dos tribunais superiores, órgãos de nível constitucional (Poder Legislativo e Poder Judiciário) podem postular em juízo, em nome próprio, para defender suas prerrogativas institucionais.
✓ Nestes casos, não há previsão legal. Trata-se de entendimento do STF e do STJ.
Exemplo 1: a União possui três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e, de acordo com a CF/1988, a representação
judicial da União cabe à AGU. Entretanto, a AGU é um órgão do Poder Executivo e quem escolhe o Advogado-Geral da
União é o Presidente da República. Isso significa que, exemplificativamente, se o Poder Legislativo da União precisasse de representação, ele precisaria pedir auxílio à AGU e isso fragilizava a ação dos demais Poderes em relação ao Executivo.
Assim, para garantir a separação e a independência dos Poderes, os tribunais superiores entenderam que o Poder Legislativo poderia criar uma procuradoria própria e poderia postular em juízo em nome próprio para defender suas prerrogativas institucionais.
Exemplo 2: a CF/1988 estabelece que o Poder Executivo, para garantir a independência dos poderes, deve entregar parte dos tributos arrecadados, em data certa, aos demais poderes (repasse dos duodécimos).
Imagine que o Poder Executivo arrecade, mas não repasse o duodécimo para o Poder Legislativo na data fixada. Neste caso, o Poder Legislativo pode impetrar mandado de segurança contra ato do Poder Executivo para garantir o repasse orçamentário, nos termos da CF/1988.
INFORMATIVO 851 do STF – “Adotou, para tanto, o entendimento fixado no julgamento da ADI 1557/DF (DJ de 18.6.2004) e da ADI 94/RO, no sentido de reconhecer a possibilidade de existência de procuradorias especiais para representação judicial de assembleia legislativa e de tribunal de contas nos casos em que necessitem praticar em juízo, em nome próprio, uma série de atos processuais na defesa de sua autonomia e independência em face dos demais poderes, as quais também podem ser responsáveis pela consultoria e pelo assessoramento jurídico de seus demais órgãos.” (ADI-4070)
Súmula 525, STJ: “A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.”
✓ Órgãos constitucionais, na defesa de suas prerrogativas constitucionais, podem postular em juízo para defender tais prerrogativas: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. Esses órgãos podem ter quadro próprio de procuradores, aos quais é permitido postular em juízo para a defesa de suas prerrogativas institucionais.
G. Capacidade Contratual
Capacidade contratual é a possibilidade de assumir direitos e obrigações em razão do contrato.
✓ Quem possui a capacidade contratual é a pessoa jurídica, pois é esta quem possui personalidade jurídica.
Exemplo: a União, através do Ministério da saúde, contrata a aquisição de 1 milhão de doses de vacina contra a Covid-19.
Perceba que quem contrata é a União, mas faz isso por meio de seus órgãos internos.
O professor destaca que a CF/1988, por meio da EC 19/1998, criou uma hipótese de capacidade contratual para os órgãos.
Assim, em algumas hipóteses, a título de exceção, o órgão tem capacidade contratual.
CF, art. 37, § 8º: “A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal."
✓ A partir da disposição do art. 37, §8º da CF, surgiu a Lei 13.934/2019, a qual disciplinou o contrato mencionado na Constituição e o denominou de “contrato de desempenho”.
Lei nº 13.934, de 11 de dezembro de 2019
“Art. 1º Esta Lei regulamenta o contrato referido no § 8º do art. 37 da Constituição Federal, denominado “contrato de desempenho”, no âmbito da administração pública federal direta de qualquer dos Poderes da União e das autarquias e fundações públicas federais.
Art. 2º Contrato de desempenho é o acordo celebrado entre o órgão ou entidade supervisora e o órgão ou entidade supervisionada, por meio de seus administradores, para o estabelecimento de metas de desempenho do supervisionado, com os respectivos prazos de execução e indicadores de qualidade, tendo como contrapartida a concessão de flexibilidades ou autonomias especiais.”
Obs.: O professor destaca que a Lei 13.934/2019 restringiu o alcance dos contratos de desempenho à administração direta, às autarquias e às fundações.
✓ Lembrando que a administração pública indireta é formada por autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
✓ O art. 37, §8º da CF previu que a autonomia dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderia ser ampliada mediante lei. Entretanto, quando a lei disciplinou o dispositivo constitucional, ela deixou de fora as empresas públicas e sociedades de economia mista (órgãos da administração indireta).
6. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A. Conceito
A Administração Pública indireta é um conjunto de pessoas jurídicas que o Estado cria para que cada uma delas exerça, de forma descentralizada, a função administrativa ou para que, em situações excepcionais, explorem atividade econômica.
Observações:
1ª) Administração Pública indireta é um coletivo de pessoas, isto é, um conjunto de pessoas jurídicas.
✓ Entidade é sinônimo de pessoa jurídica.
✓ Assim sendo, a entidade possui personalidade jurídica própria e é sujeito de direitos e obrigações.
✓ O Estado é uma entidade, assim como autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas.
✓ O órgão não é entidade, pois ele é desprovido de personalidade jurídica.
2ª) O artigo 1º, parágrafo 2º, inciso II, da Lei n. 9.784/1999 conceitua entidade como unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.
LEI 9.784/1999
“ Art. 1º
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
II - ENTIDADE - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;”
B. Integrantes
Quais pessoas/entidades fazem parte da Administração Pública indireta? A resposta é dada pelo DL 200/1967.
DL 200/1967
“Art. 4° A Administração Federal compreende:
II - A ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas”
Observações:
1ª) Empresas público-privadas.
2ª) Empresas subsidiárias.
CF, art. 37, XX: “depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior
1, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;”
1