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Relatório Semanal de Estratégia de Investimento

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Academic year: 2021

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22 de dezembro de 2014

• Economia internacional: Reunião do FOMC e Cenário na Russia

• Economia brasileira: Dados sobre inflação e desemprego

| Destaques da Semana

Relatório Semanal de Estratégia de Investimento

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Página 2 de 6

| Economia Internacional

O destaque da semana passada foi o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) que mostrou que vai ser paciente para voltar a elevar os juros, que estão próximos de zero desde 2008, e reduziu as chances de uma elevação mais cedo em 2015. Além disso, os dirigentes da instituição veem juros menores em 2015 do que previam anteriormente, sinalizando que a elevação, quando vier, pode ser em ritmo mais ameno. O chamado gráfico de pontos, que reúne as previsões de todos os dirigentes sobre as taxas de juros, mostrou que a maioria aposta que a elevação virá em 2015, com a mediana das taxas chegando a 1,125% no final do ano.

Na reunião de setembro, a estimativa do gráfico para o ano que vem apontava taxas mais altas, em 1,375%.

Dos 17 membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), 15 preveem elevação no ano que vem, um a mais que em setembro. Para 2016, a aposta é de juros em 2,5%, abaixo dos 2,87% estimados na reunião anterior. O documento final da reunião afirma que o Fed vai ser

"paciente" com a elevação dos juros e que a visão é consistente com a expressão "tempo considerável".

Em nossa opinião, o documento da reunião e as declarações da presidente Janet Yellen à imprensa em seguida vieram com um tom "dovish", ou seja, menos preocupados com a alta de juros. Pelas projeções divulgadas, o Fed vê a inflação abaixo da meta oficial no próximo ano, para voltar ao patamar perseguido pelo BC em 2016.

Na Europa, diminuíram os temores com a Rússia, após o banco central de Moscou ter anunciado uma série de medidas para conter a turbulência local, garantindo a relativa estabilidade do rublo. Em discurso, o presidente russo, Vladimir Putin, disse esperar que o rublo continue se recuperando, embora seja possível que o petróleo se desvalorize mais. O franco suíço, por sua vez, assistiu a um enfraquecimento no final da semana, após o Banco Central da Suíça anunciar a decisão inesperada de introduzir taxas de juros negativas. Já na Grécia, a reação dos mercados ao fracasso do governo de obter apoio parlamentar suficiente para eleger um novo presidente, foi mista. Enquanto o principal índice

acionário de Atenas recuou, o juro do bônus grego de 10 anos teve ligeira queda.

Por fim, em relação à China, o governo aumentou a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 do país em 3,4%, para 58,8 trilhões de yuans (US$ 9,56 trilhões nas taxas de câmbio no ano passado), na sequência do seu mais recente censo econômico. A agência de estatística da China não revelou qualquer revisão na taxa de crescimento do PIB em 2013. Em comunicado, o governo afirmou que a revisão do valor do PIB em 2013 vai alterar o valor do PIB deste ano, mas não afetará a taxa de crescimento.

Como se vê, existem ainda algumas questões que

pairam, como por exemplo, a recuperação da Europa

(o que se relaciona com a eficiência das ações do BCE),

se há uma nova tendência para recuperação do

mercado de trabalho norte-americano, sem

mencionar as questões geopolíticas que vêm e que

vão (incluindo o embargo à Rússia, que já está

fragilizada com a queda do preço de petróleo). À luz

dessas questões, preferimos manter-nos neutro em

nossas posições, privilegiando os movimentos táticos.

(3)

| Economia Brasileira

Foi uma semana agitada no mercado doméstico, com declarações do presidente do Banco Central e publicação de indicadores macroeconômicos. Em declarações à imprensa, Alexandre Tombini admitiu que a alta do dólar deve ter impacto na inflação. "Agora precisamos apertar um pouco mais a política", disse. Ele também reafirmou que a meta de inflação é 4,5%. "E vamos trazer essa meta em 2016", garantiu, apesar da perspectiva de reajuste de preços administrados na faixa de 6% em 2015 ou "talvez um pouco mais". Por fim, Tombini confirmou estar "mais feliz" pelo fato de os ministros indicados apontarem para uma consolidação fiscal. "Nas palavras dos ministros recém indicados, estão falando de políticas que, se implementadas, facilitariam esse processo de convergência (da inflação) para a meta", argumentou.

Em relação aos indicadores, o IBGE informou que o IPCA- 15 de dezembro subiu 0,79%, de 0,38% em novembro, acumulando alta em 12 meses de 6,46%. O resultado ficou acima da mediana de expectativa de mercado (0,75%). Um dos destaques de alta foi o grupo Transportes registrou alta de 1,59%. O item passagens aéreas nesse grupo, teve aumento de +42,4%, o principal impacto do mês (0,19% no índice do mês). Enquanto isso, o mercado de trabalho continua dando sinais de arrefecimento. Também segundo o IBGE, a taxa de desemprego ficou em 4,8% em novembro. Em outubro, a taxa foi de 4,7%. O resultado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas, mas acima da mediana projetada, de 4,5%. Essa alta do desemprego foi causada, basicamente, pelo aumento da população desocupada, que cresceu 5,3% em novembro na comparação com igual mês de 2013 - um contingente de 60 mil pessoas a mais buscando trabalho sem tê-lo conseguido. Por fim, também foi divulgado hoje que as transações correntes seguiram negativas em novembro, com déficit de US$ 9,3 bilhões, o maior déficit para o mês da série história mensal do Banco Central. De janeiro a novembro, o déficit em conta corrente está em US$ 80,0 bilhões, o que representa 3,98% do Produto Interno Bruto (PIB). Já os Investimentos Estrangeiros Direto (IED) somaram US$ 4,6 bilhões em novembro, bem abaixo dos US$ 8,3bilhões registrados no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até o

mês passado, o IED soma US$ 55,8 bilhões, o equivalente a 2,78% do PIB.

A semana já começa com o anúncio de elevação da TJLP de 5% para 5,5% (taxa que é utilizada como base para os créditos subsidiados do BNDES), já sinalizando um início do compromisso da nova equipe econômica rumo a uma maior austeridade fiscal. Também para essa semana, o principal documento esperado é o Relatório Trimestral de Inflação, que tende a reforçar o discurso recente do Banco Central, de pressão de preços no curto prazo.

Além disso, será conhecida a arrecadação federal de novembro e a nota de crédito.

As dúvidas em relação aos próximos passos da nova equipe econômica, bem como, uma situação internacional conturbada, continuam confirmando nossa recomendação de cautela na gestão dos investimentos.

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| Mercados

BOLSA

Under Over

Under Over

CÂMBIO

No mercado de câmbio o dólar registra alta de +4,0% no mês e +12,5% no ano. Nessa semana, especificamente, a variação foi praticamente nula, porém com grande volatilidade em decorrência das condições externas. Em meio ao ataque especulativo sofrido pelo rublo da Rússia, as moedas de países emergentes foram as principais afetadas com o aumento da aversão ao risco, levando o dólar a alcançar o patamar de R$2,75 durante a semana. A moeda só retornou após o Fed se mostrar paciente em relação ao aumento de juros e a Rússia tomar medidas para conter a desvalorização do rublo. Esses movimentos do câmbio doméstico levaram o Banco Central a confirmar a continuidade do seu programa de swaps para o ano que vem.

Under Over

A agenda de risco da ultima semana foi forte e acabou gerando grande volatilidade nos mercados. O destaque internacional ficou por conta da Rússia, que subiu pela segunda vez o juro em uma tacada de 6,5 p.p., resultado numa taxa de 17% a.a.(somente este ano foram seis elevações). O BC russo citou a elevação da inflação e as expectativas relacionadas à forte depreciação do rublo. Nos EUA, o Federal Reserve reduziu sua previsão para a taxa básica de juros no fim de 2015 em relação ao que projetava há três meses. De acordo com a mediana das novas estimativas, espera-se que a economia americana atinja o pleno emprego até o final do de 2016.

A taxa básica de juros deverá estar em 1,125% ao ano no fim de 2015. Em setembro, essa previsão era de juros em 1,375%.

Ademais, retirou-se do comunicado a promessa de manter a taxa de juro básica em níveis excepcionalmente baixos por "um período considerável". Porém, o FED disse que será paciente em julgar quando deve começar a subir o juro nos Estados Unidos, o que acabou animando as bolsas americanas. No Brasil, a alta do dólar e das taxas de jurose o técnico seguiram fazendo preço para baixo na Bovespa, com destaque para forte saída de investidor estrangeiro no mês (próximo de R$ 3,3 bilhões), que no pior momento da semana chegou a “tocar” os 45.850 mil pontos, fechando melhor (49.651), seguindo a recuperação das bolsas ao redor do mundo.

Politicas fiscal e monetária mais restritivas nos deixam ainda com uma visão “abaixo da media” para ações brasileiras.

800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 2.200

18.000 23.000 28.000 33.000 38.000 43.000

mai-11 mai-12 mai-13 mai-14

Ibov Index - US$ S&P 500

1,70 1,80 1,90 2,00 2,10 2,20 2,30 2,40 2,50 2,60

100 150 200 250 300

EMBI Brasil Dólar Real

Fonte: Bloomberg, 19/12/2014 às 18h10

Fonte: Bloomberg, 19/12/2014 às 18h10

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JUROS

Os movimentos de juros nessa semana foram conduzidos pelas ações dos Bancos Centrais ao redor do mundo para conter a aversão ao risco. Como destaque temos a elevação inesperada da taxa de juros na Russia em 650 bps e a ata do FOMC (Comitê de Política Monetária do Fed, o BC dos EUA) em que foi colocada a palavra paciente, indicando que o FED não tem pressa para iniciar seu ciclo de normalização de juros. Com a alta de juros na Rússia o mercado precificou logo uma alta de 100 bps na próxima reunião do Copom, porém após o momento de estresse a precificação caiu para 75 bps na próxima reunião, essa alta na ponta curta da taxa de juros (vencimento 2017 com variação de +2,13%) indica que o governo quer evitar uma fuga de capital para outros países emergentes com taxas mais atraentes. Em contra partida a aponta longa dos juros fecharam em queda na semana(vencimento 2021 com variação de -0,48%), esse movimento é causado pela expectativa de melhora do cenário no longo prazo e queda da inflação implícita de 5 anos.Após as reações dos bancos centrais observamos o CDS ( 5 anos) do Brasil sair de 241,62 bps para 183,00 bps, indicando uma melhora no risco do país no curto prazo. Vale ressaltar que esse índice apresenta alta volatilidade em razão que o país é altamente exposto a commodities e a queda de preços pode prejudicar as expectativas do mercado. Por ora, mantemo-nos conservadores nessa classe de ativos, privilegiando títulos ligados ao CDI.

Juros Pré-Fixado Inflação

Under Over Under Over

| Indicadores e Cotações

Classe Ativo Último Nível Semana Mês 2014 Ibovespa

48.001,98



-7,68%



-7,41%



-6,81%

Dólar 2,6541



2,53%



2,52%



12,48%

DI Jan 17 12,55%



0,26%



-0,32%



0,27%

NTNB ago 2016 5,42%



0,21%



-0,08%



0,02%

S&P 500

2.002,33



-3,52%



-1,81%



8,76%

Euro

1,25



1,46%



-0,12%



-9,70%

CRB

243,75



-3,40%



-7,87%



-13,74%

Ouro

1.222,50



2,51%



5,16%



2,17%

WTI Petroleo

57,81



-12,20%



-22,05%



-37,31%

Treasury 10-yr 2,08%



-0,22%



-0,26%



-0,89%

7,60 8,60 9,60 10,60 11,60 12,60 13,60

jul-13 out-13 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 2017

Pré 2017 Máximo Mínimo

Fonte: Bloomberg, 19/12/2014 às 18h10

Fonte: Bloomberg, 19/12/2014 às 18h10

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INFORMAÇÕES IMPORTANTES AO INVESTIDOR

Este material, meramente informativo, foi preparado pela área de Estratégia do Votorantim Private Bank e não se caracteriza como relatório de análise, para fins da Instrução CVM nº 483/2010, e, não foi produzido por analista de valores mobiliários. As informações contidas neste material foram obtidas por meio de comunicação de acesso público, tais como jornais, revistas, internet entre outros, de forma aleatória. Tais informações estão sujeitas a alterações, a qualquer momento, sem que haja necessidade de comunicação neste sentido. Apesar das informações aqui contidas terem sido obtidas de fontes consideradas confiáveis, a área de Estratégia não pode garantir a precisão e veracidade das mesmas. As recomendações de alocação deste documento refletem única e exclusivamente a opinião pessoal dos profissionais da área de Estratégia do Votorantim Private Bank, de modo que as recomendações foram elaboradas de forma independente e autônoma com relação às demais áreas da Votorantim Asset Management DTVM Ltda., ao Banco Votorantim S.A. e demais empresas do Consolidado Econômico Financeiro Votorantim. As recomendações de alocação contidas neste documento apresentam riscos de investimento e não são asseguradas pelos fatos nem contam com qualquer tipo de garantia ou segurança da área de Estratégia. O Votorantim Private Bank e suas áreas de negócio não serão responsáveis por perdas diretas, indiretas ou lucros cessantes decorrentes da utilização deste material para quaisquer finalidades, incluindo, mas não se limitando a realização de negócios, investimentos ou transações baseadas nestas informações.SAC: 0800 728 0083, Deficientes Auditivos e de Fala: 0800 701 8661. Todos os dias, 24 horas por dia, ou pelo e-mail sac@bancovotorantim.com.br. Ouvidoria: 0800 707 0083, Deficientes Auditivos e de Fala: 0800 701 8661, de 2ª a 6ª feira das 9:00 às 18:00 hs. Estratégia de Investimento Votorantim Private Bank (11) 5171-5221.

Segunda País Período Estimado Atual Anterior Relevância

Taxa de inadimplência de empréstimos pessoais BRA Nov -- 6,40% +

Vendas de Casas Existentes EUA Nov 5.21M 5.26M +++

Balança comercial semanal BRA 21/12/2014 -- $380M ++

Terça

IPC-S IPC FGV BRA 22/12/2014 -- 0,77% ++

PIB Trimestral (Anualizado) EUA 3Q T 4,30% 3,90% +++

Vendas de Casas Novas EUA Nov 460K 458K +++

Renda pessoal EUA Nov 0,50% 0,20% +++

Gastos pessoais EUA Nov 0,50% 0,20% +++

Principal DCP A/A EUA Nov 1,60% 1,60% +

Federal Debt Total BRA Nov -- 2155B +

Quarta

MBA-Solicitações de empréstimos hipotecários EUA 19/12/2014 -- -3,30% +++

Novos Pedidos de Aux. Desemp. EUA 20/12/2014 -- -- +++

Continuing Claims EUA 13/12/2014 -- -- ++

Sexta

Industrial Profits YoY CHI Nov -- -2,10% +

Resultado primário do governo central BRA Nov -- 4.1B +

Agenda Semanal

Fonte: Bloomberg, 19/12/2014 às 18h10

Referências

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