• Nenhum resultado encontrado

Avaliação da efetividade da estratégia da saúde da família na redução da mortalidade infantil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Avaliação da efetividade da estratégia da saúde da família na redução da mortalidade infantil"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

Avaliação da efet ividade da Est rat égia da Saúde da Fam ília na

redução da m ort alidade infant il

Evaluat ion of effect iveness of Fam ily Healt h St rat egy t o

reduce child m ort alit y

Evaluación de la efect ividad de la Est rat egia de Salud de la

Fam ilia para reducir la m ort alidad infant il

Évaluat ion de l’efficacit é de la St rat égie de Sant é de la

Fam ille pour réduire la m ort alit é infant ile

Resum o: Trat a- se de um est udo bibliográfico que discut e aspect os t eórico- m et odológicos de um a avaliação com preensiva da efetividade das ações da Est rat égia Saúde da Fam ília na redução da m ort alidade infant il em nível local. São dest acados os aspect os a serem consi-derados em um a avaliação de im pact o dessa polít ica de saúde sobre os óbit os infant is, bem com o das m udanças proporcionadas na reali-dade social das populações a ela expost as, nas dim ensões obj et ivas, subj et ivas e subs-t ansubs-t ivas. Apresensubs-t am - se os indicadores que podem subsidiar essa avaliação e com o as con-t ribuições do usuário podem am pliar a pesqui-sa avaliat iva, um a vez que a avaliação de efet ividade de um a polít ica púbica deve con-siderar processos e result ados, m as t am bém a percepção das pessoas expost as a ela. Con-t ribui, por fim , com a consCon-t rução de um a cul-t ura avaliacul-t iva da gescul-t ão da saúde em nível local, am pliando a visibilidade social e m elho-rando a sua qualidade.

Pa la v r a s- ch a v e : At enção Básica, Saúde da Fam ília, Avaliação de Efet iv idade, Mor t alida-de I nfant il.

Ab st r a ct : This is a bibliogr aphic st udy t hat discu sses t h eor et ical an d m et h odological aspect s of a com pr ehensiv e ev aluat ion of effect iv eness of t he Fam ily Healt h St rat egy in r educing infant m or t alit y at a local lev el. Hig h lig h t ed asp ect s ar e an aly zed in t h e im pact of healt h policy on infant m or t alit y, as w ell in t he pr opor t ionat e changes in t he social r ealit y of p eop le ex p osed t o it in d i m e n s i o n s o b j e c t i v e , s u b j e c t i v e a n d su bst an t iv e. Pr esen t s in dicat or s t h at can suppor t t his assessm ent and cont r ibut ions of t he user can ex pand ev aluat iv e r esear ch, since t he ev aluat ion of effect iv eness of a public policy should consider pr ocesses and out com es, but also t he per cept ion of people ex posed t o it . Last ly, t h is paper aim s t o cont r ibut e t o build a cult ur e of ev aluat ion of h e a l t h m a n a g e m e n t a t t h e l o ca l l e v e l , incr easing t he social v isibilit y and im pr ov ing t heir qualit y.

Ke y w or ds: Primary Health Care, Family Health, Efectiveness Assessment, Infant Mortality.

Jor ge Ot áv io Maia Bar r et o* I nez Sam paio Ner y * *

Mar ia do Rosár io de Fát im a e Silv a* * *

* Esp ecialist a em Gest ão em Saú d e, m est r an d o d o Pr og r am a d e Pós- Gr ad u ação em Polít icas Pú b licas d a Un iv er sidade Feder al do Piau í ( UFPI ) , secr et ár io m u n icipal de Saú de de Pir ipir i- PI , secr et ár io ex t r aor di-nár io de Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Secr et ar ias Municipais de Saúde ( Conasem s) , E-m ail: j or g eoE-m aia@h ot E-m ail. coE-m .

* * Dou t or a em En fer m agem . Pr ofessor a do Depar t am en t o de En fer m agem da Un iv er sidade Feder al do Piau í ( U FPI ) , d o M e s t r a d o d e En f e r m a g e m e d o M e s t r a d o e m Po l ít i c a s Pú b l i c a s d a U FPI . Em a i l : in ezn er y. u f p i@g m ail. com

(2)

A p e sq u i sa avaliativa im plic a u m j u l g a -m ent o valorat ivo ( Barreira, 2000; Arret che, 2001) . Quando se t rat a de avaliar um pro-g r a m a o u p o l ít i ca p ú b l i ca , o s i n f l u x o s axiológicos que podem int ervir na qualidade, ou m esm o na validade da avaliação, são inú-m eros. Esse é uinú-m cuidado que o pesquisador deve preservar desde o planej am ent o de sua pesquisa. Nos últ im os anos, t em - se observa-do t endências nos est uobserva-dos de avaliação de polít icas públicas que apont am para o apri-m or aapri-m ent o da capacidade coapri-m pr eensiv a, at ravés de m et odologias que avancem sobre a p r óp r ia d in âm ica social n a q u al est ão inseridas as ações analisadas.

Arret che ( 2001) reconheceu, no início des-t e século, a parca des-t radição avaliades-t iva no Bra-sil, m as t am bém apont ou expect at ivas quan-t o à necessidade de aprim oram enquan-t o m equan-t o-dológico para a realização de rigorosas avalia-ções de efet ividade das aavalia-ções do sist em a de prot eção social brasileiro, as quais poderiam responder o quant o essas polít icas t êm pro-porcionado de avanço social em nosso país.

Genericam ent e, há t rês grupos de obj et i-vos ou crit érios de análise, que dist inguem as pesquisas avaliat ivas e, por conseguint e, suas abordagens e m ét odos: a eficácia, a eficiên-cia e a efet ividade ( Arret che 2001) .

Cada dim ensão de análise possui seus ob-j et ivos e m ét odos, que se aproxim am e diver-gem em vários pont os, m as, basicam ent e: a avaliação de eficácia busca reconhecer a re-lação ent re os obj et ivos e inst rum ent os de um program a e os seus result ados; a avaliação de eficiência procura det erm inar a relação en-tre os recursos em pregados na im plem entação de um a polít ica ou program a e os result ados alcançados; e a avaliação de efet ividade t em com o finalidade a invest igação da relação en-t re a im plem enen-t ação de um program a ou polí-t ica pública e os resulpolí-t ados observados, bus-cando a com preensão da causalidade ent re as int ervenções e a realidade social observa-da, no que respeit a àquela polít ica especifica-m ente ( Figueiredo; Figueiredo, 1986) .

Est e t ext o se at ém à dim ensão da

efe-t ividade, que é a m ais am pla das efe-t rês pers-pect ivas, e possibilit a, conform e alm ej e o pesquisador, um a visão m ais abrangent e e com -preensiva da polít ica avaliada e de seus re-sult ados e im pact os, preenchendo a lacuna ainda exist ent e na pesquisa volt ada às evi-dências dos result ados e im pact os sociais pro-porcionados pelas polít icas sociais j á im ple-m entadas.

A carência desse t ipo de est udo no Brasil t em raiz na insuficient e m ot ivação para a ava-liação do gast o público, a exem plo de out ros países da Am ér ica Lat ina. De acor do com Sulbrandt ( 1993) e Lobo ( 2001) essa condi-ção acaba por alim ent ar a negligência quan-t o à necessidade de m oniquan-t oram enquan-t o e avalia-ção das polít icas sociais, essenciais para a t om ada de decisão e à própria m elhoria do alcance dessas polít icas.

A polít ica de saúde brasileira, generica-m ent e represent ada pelo Sist egenerica-m a Único de Saúde ( SUS) , est at uído na Const it uição Fe-deral de 1988 ( BRASI L, 2006) , com funda-m ent os filosóficos convergent es cofunda-m a pers-pect iva t eórica do Welfare St at e, int egra os result ados de um am plo processo de m obili-zação social alinhada à redem ocrat iobili-zação do Brasil na década de 1980, quando o direit o à saúde é proclam ado com o essencial à cida-dania propost a para a sociedade brasileira, prevendo a universalidade do acesso int egral e equânim e.

Nos últ im os vint e anos, o SUS am pliou seu espect ro de at uação, desdobrando- se em inúm eras polít icas específicas, volt adas para aspect os que vão desde a vigilância sanit ária at é a regulação da incorporação de t ecnolo-gias em saúde, obt endo relevant es result a-dos na redução das iniquidades no cam po da qualidade de vida ligada à saúde.

Ent ret ant o, apesar dos grandes avanços experim ent ados, ainda se percebe um a im port ant e lacuna quant o à avaliação de im -pact os sociais de program as e ações da polí-t ica de saúde, m uipolí-t as vezes lim ipolí-t ando- se ao m onit oram ent o m ecânico de indicadores, es-pecialm ent e em nível local, deixando de apre-ender as dim ensões sociais m ais profundas das int ervenções, as quais som ent e podem

(3)

ser apreendidas m ediante avaliações m ais pro-fundas e rigorosas, para além do que pode ser obt ido pelo m onit oram ent o quant it at ivo.

Dentre as ações do SUS, a m ais abrangente é a At enção Prim ária à Saúde ( APS) , original-m ent e definida na Declaração de Aloriginal-m a At a ( 1979) , com o os cuidados essenciais de saú-de baseados em m ét odos e t ecnologias prát i-cas, fundam ent adas e socialm ent e aceit áveis, de alcance universal, com plena part icipação com unit ária, a um cust o sust ent ável para a com unidade e o país, conform e seu est ágio de desenvolvim ent o ( OMS, 1979) .

No Brasil, a APS sob a denom inação de Aten-ção Básica, t em com o m odelo a Est rat égia Saúde da Fam ília ( ESF) , com o definido na Po-lít ica Nacional da At enção Básica ( PNAB) , que prevê o m onit oram ent o e a avaliação com o fundam ent os e a avaliação sist em át ica dos result ados alcançados, com o part e do pro-cesso de planej am ent o e program ação ( BRA-SI L, 2006) .

A inst it ucionalização norm at iva da avalia-ção de result ados nas esferas de gest ão da at enção básica m unicipal, est adual e federal, é um a dem onst ração de que a avaliação de políticas públicas com o cam po de conhecim en-t o e aperfeiçoam enen-t o da inen-t ervenção m erece m ais dest aque não apenas na pesquisa em saúde, m as t am bém na pesquisa social, m edi-ant e o uso das suas t écnicas, o que cont ribui para am pliar a com preensão dos im pact os so-ciais das polít icas de saúde.

Nesse ínt erim , um grande cam po de at ua-ção da APS est á na am pliaua-ção do acesso aos serviços básicos de saúde para os grupos so-ciais m enos favorecidos, com a consequent e redução das iniquidades em saúde, as quais int egram o cont ext o das profundas desigual-dades ent re regiões e ent re grupos sociais, decorrent es do processo de const it uição da sociedade brasileira, especialm ent e no últ im o século. Um a das m ais relevant es m anifest a-ções da desigualdade social é a m ort alidade infant il, problem a que at inge com m aior vigor regiões m enos desenvolvidas e populações pobres em t odo o Brasil, observando- se pro-fundas disparidades regionais e populacionais nas taxas de m ortalidade: crianças pobres têm

m ais do que o dobro de chance de m orrer, em com paração às ricas. Ent re crianças filhas de m ães negras, a m ort alidade é cerca de 40% m aior do que ent re as filhas de m ães brancas e ainda exist e um a fort e correlação ent re o risco de m ort e infant il e a escolaridade da m ãe (UNI CEF, 2008).

Especificam ente nesse cam po da iniquidade social, relacionado com a m ort alidade infant il, a APS t em se m ost rado com o um a alt ernat iva efet iva para a redução das desigualdades, obt endo reconhecidos result ados nos últ im os anos, especialm ente na m elhoria da saúde das crianças m enores de um ano e na redução da m ortalidade infantil, havendo evidências de que a expansão da APS, at ravés da ESF, est á as-sociada com o declínio da m ort alidade infant il obser vado em t odo país nos últ im os anos ( Macinko; Guanais; Souza, 2006) .

Ent ret ant o, avaliações de im pact o t êm sido produzidas a part ir de indicadores específicos e de est at íst icas nacionais ou regionais, sen-do incom uns os estusen-dos em nível local, os quais facult am a percepção de com o se opera o im pact o das ações sobre a qualidade de vida em nível com unit ário. Para esse t ipo de inves-t igação é necessário lançar m ão de m odelos de análise m ais abrangent es e com preensi-vos, que considerem , além da dim ensão quan-t i quan-t aquan-t i v a, quan-t am b ém asp ecquan-t o s q u al i quan-t aquan-t i v o s, apreensíveis som ent e at ravés do m ét odo da pesquisa social. É necessário ant ever a possi-bilidade da ut ilização de indicadores que vão além do result ado final da int ervenção e que t am bém considerem o processo social por ela deflagrado.

(4)

Espera- se, com essa discussão, cont ribuir para a consolidação de um a cult ura avaliat iva no âm bit o da gest ão das polít icas sociais no Brasil, especialm ent e da polít ica de saúde re-present ada pelo SUS, a qual possui, nas ações de APS, seu m aior pot encial de concret ização dos princípios de universalidade, equidade e int egralidade preconizados pela Const it uição Federal de 1988.

O que deve ser avaliado

Prim eiram ent e é im port ant e fazer um bre-v e r et r ospect o da polít ica a ser abre-v aliada e das suas r elações com a m elhor ia das con-dições de saúde da população e das t ax as de m ort alidade infant il no Brasil.

O Program a de Saúde da Fam ília ( PSF) foi cr iado em 1994 pelo Minist ér io da Saúde, e consolidou- se com o m odelo inst it ucional bra-sileir o par a a APS em 2006, com a publicação da PNAB, quando passou a denom inar -se Est rat égia Saúde da Fam ília. Caract er i-zou- se, dur ant e a década de 1990, com o elem ent o cent r al da pr opost a de m udança do m odelo assist encial brasileiro, sendo seus p r in cip ais ob j et iv os: a r eor g an ização d a at enção à saúde, am pliação do acesso, a apr ox im ação dos ser v iços par a j unt o do ci-dadão, e a m elhor ia da qualidade de v ida das populações nos seus aspect os r elacio-nados à saúde ( Br asil, 2006) .

Segundo o Depar t am ent o de At enção Bá-sica ( DAB) do Minist ér io da Saúde, os pr incí-pios fundam ent ais que nor t eiam a At enção Básica no Br asil são: int egr alidade, qualida-de, equidade e par t icipação social ( Br asil, 2009) , conv er gindo, por t ant o, com os pr in-cípios do SUS est at u ídos n a Con st it u ição Feder al de 1988 ( Br asil, 2006) .

O m odelo organizacional da ESF t am bém inseriu o elem ent o da adscrição t errit orial na at enção à saúde e am pliou a concepção da at uação do serviço na APS ao cont em plar, em m edidas equit at ivas, a prom oção, a preven-ção, a vigilância e a assist ência à saúde. Es-t udos nacionais e inEs-t ernacionais com provam o

im pact o da ESF na qualidade de vida da po-pulação brasileira, especialm ent e pelo aspec-t o redisaspec-t ribuaspec-t ivo que a políaspec-t ica de saúde re-present a, apesar da sua universalidade, um a vez que o im pact o da ESF se t em m ost rado m ais significat ivo em m unicípios que apresen-tam m aiores desigualdades ( Brasil, 2009) .

Quant o aos efeit os da APS sobr e a m or -t alidade infan-t il, Aquino, Oliv eir a e Bar r e-t o ( 2008) dem onst r ar am que o im pact o obser -v ado é m ais im por t ant e nos m unicípios com m ais baix os índices de desenv olv im ent o hu-m ano e cohu-m hu-m aior cobert ura da ESF. Macinko, Guanais e Souza ( 2006) defendem que, des-de a sua im plant ação, cada 10% des-de aum en-t o da cober en-t ura da Saúde da Fam ília nos es-t ados br asileir os, cor r espondeu a um a r edu-ção de 4,6% na m or t alidade infant il, r epr e-sent ando im pact o m ais significat iv o que ou-t r as in ou-t er v en ções, com o a am p liação d o acesso à água ( 2,9% ) ou am pliação de lei-t os hospilei-t alar es ( 1,3% ) .

Dent re as principais ações da ESF que re-percut iram na redução da m ort alidade infant il est ão o incent ivo ao aleit am ent o m at erno, a am pliação do acesso à assist ência pré- nat al, a at enção ao recém - nascido e aos m enores de cinco anos, a prevenção e o m anej o de doenças infecciosas ( Brasil, 2009a) .

Por out ro lado, m as t am bém evidenciando o p ot en cial d a ESF p ar a a r ed u ção d as iniquidades sociais em saúde no Br asil, Be-zer r a- Filho, Ker r - Pont es e Bar r et o ( 2007) ar gum ent am que o pr essupost o de que r e-duções subst anciais na m or t alidade infant il est ar iam condicionadas a m elhor ias na qua-lidade de v ida v em sendo quest ionado, t en-do em v ist a os r esult aen-dos obt ien-dos a par t ir das ex per iências de int er v enção do set or saúde, em que a r edução de um núm er o ex -pr essiv o de m or t es infant is v em ocor r endo, independent em ent e de significant es m udan-ças nas est r ut ur as sociais e econôm icas.

(5)

co-m unit ário, para alcançar seus co-m elhores re-sult ados, um a vez que os cenários de im ple-m ent ação da ESF são t ão variados quant o out ras caract eríst icas locais encont radas nas diferent es regiões brasileiras e, m esm o den-t ro de um m esm o esden-t ado, cada m unicípio pos-sui suas especificidades, o processo de in-t ervenção é influenciado por fain-t ores que es-t ão além da previsão norm aes-t iva da políes-t ica pública, m as que se inserem no próprio con-texto social no qual a m esm a é im plem entada. I sso é claram ent e percebido por Aquino, Oli-veira e Barret o ( 2008) , ao post ular o m unicí-pio com o unidade de análise do im pact o da ESF sobre a m ort alidade infant il.

Dent r o dessa per spect iva, a avaliação em nív el local dos r esult ados obt idos no cam po social pela ESF, especificam ent e quant o à redução da m ort alidade infant il, requer a su-per ação do m odelo av aliat iv o clássico, de inspir ação funcionalist a, ex igindo a t r ans-cendência da análise de m et as est abelecidas, m as v olt ando- se par a as m udanças pr át icas que ocor r er am sob influência da polít ica pública em quest ão. Ou sej a, t r at a se de com -pr eender com o a ESF influencia a v ida das pessoas abr angidas por suas ações e com o isso int erfere na evolução da m ort alidade in-fant il em âm bit o m unicipal ou m esm o com u-nit ár io. Essa ult r apassagem é pr opost a por Gom es ( 2001) , que t am bém apont a a par t i-cipação do dest inat ár io ou usuár io do pr o-gr am a ou polít ica pública com o essencial à com pr eensão do seu im pact o social.

Por t ant o, par a apr eender o pr ocesso de int er v enção social causado pela ESF em ní-vel local, t am bém é preciso am pliar a análise em out ras dim ensões para além dos r esult a-dos quant it at iv os e da ut ilização de m ét o-dos est at íst icos. As dim ensões est r ut ur ais e pr ocessuais da int er v enção t am bém dev em ser obj et o de an álise n u m a av aliação de efet iv idade em nível local. Trat a- se, pois, de um a avaliação ex - post , r ealizada dur ant e ou após a im plem ent ação do pr ogr am a ou polít ica ( Silv a e Silv a 2001) , que dev e t r a-balhar t am bém com processos, além da abor-dagem dos im pact os ( Lobo, 2001) , sendo essencial par a a com pr eensão de com o se

oper ou o im pact o social, a descr ição r igor o-sa do pr ocesso de im plant ação e ex pansão d a ESF e m n ív e l l o ca l , e v i d e n ci a n d o a int er ação ent r e a polít ica de saúde e a soci-edade, inv est igando o pr ópr io pr ocesso de im plem ent ação nos diver sos est ágios da im -plant ação e im plem ent ação da ESF em de-t er m inado local, que pode ser um m unicípio ou um a com unidade específica.

A p e s q u i s a a v a l i a t i v a c o m f o c o n a efet ividade deve ut ilizar abordagens m et odo-lógicas com plem entares, a fim de conferir m aior com preensão do seu obj et o, ut ilizando as t éc-nicas da pesquisa qualit at iva; t am bém é cert o que os aspect os quant it at ivos da at uação da polít ica avaliada são essenciais à det erm ina-ção do espect ro da sua at uaina-ção sobre a rea-lidade social. Assim , toda a inform ação relacio-nada com a própria im plem ent ação e expan-são da ESF em um det erm inado m unicípio ou com unidade no período avaliado deve ser ana-lisada, bem com o os dados e docum ent os re-lacionados com a m ort alidade infant il no m es-m o local e período.

Esse é um aspect o m uit o im por t ant e da av aliação, j á que v ai for necer os elem ent os obj et iv os que ser v ir ão de par âm et r o par a am pliar a com pr eensão da r ealidade social inv est igada. O fenôm eno social não pr escin-de da infor m ação, a qual, nest e caso, est á sobej am ent e disponív el, um a v ez que a im -plan t ação da ESF em t odo Br asil se deu concom it ant em ent e à pr odução de infor m a-ções ex t r aídas da pr ópr ia com unidade, es-pecialm ent e at r av és do cadast r o das fam íli-as acom panhadíli-as, nos quais ex ist em inclu-siv e dados socioeconôm icos de gr ande v alor par a est e t ipo de análise.

(6)

egação m unicipal, est adual e nacional, com -por t ando a t abulação de suas v ar iáv eis que v ão desde a dat a do óbit o at é dados socioe-conôm icos da m ãe. I m prescindíveis t am bém são os dados sobr e nascim ent os dos r esi-dent es em um det er m inado local e per íodo, os quais est ão de for m a sim ilar ao SI M e SI AB disponív eis at r av és do Sist em a de I n-f or m ações sobr e Nascim en t os ( SI NASC) , t am bém ger ido pelo Minist ér io da Saúde a par t ir das infor m ações colet adas nos m uni-cípios.

Mas, o que se pode ex t r air desses ban-cos de dados nacionais que r epr esent e um elem ent o im por t ant e par a a av aliação da efet iv idade da ESF par a a r edução da m or -t alidade infan-t il em nív el local? Par a r espon-der a essa quest ão pr ecisam os lançar m ão da ideia de indicador es de saúde, em espe-cial aqueles r elacionados com a m or t alidade infant il e a assist ência à gest ant e, ao par t o e ao neonat o.

I ndicador es sociais, de

assist ência à saúde e de

m or t alidade infant il

É conhecida a r elação ent r e as condições de v ida de um a população e o r isco de m or -t e de crianças com m enos de um ano de vida, caract er izado pela Tax a ou Coeficient e de Mort alidade I nfant il, obt ido diret am ent e at ra-vés da razão ent re os óbit os em crianças m e-nores de um ano de idade e m il nascidos vivos em um det erm inado espaço geográfico no ano considerado ( RI PSA, 2008) . Frequent em ent e é apont ada um a est reit a relação ent re a m or-t alidade infanor-t il e as condições gerais de vida da população e fat ores socioeconôm icos, bem com o a m anut enção das desigualdades so-ciais em saúde, apesar da redução dos níveis da m ort alidade infant il, perm anecendo a im -port ância para sua det erm inação dos proces-sos sociais que com prom et em as condições de vida ( Cost a et al, 2001) .

O relat ório final da Com issão Nacional

so-bre Det erm inant es Sociais da Saúde ( CNDSS, 2008) , indica a persist ência das desigualda-des econôm icas e sociais no país, com refle-xos negat ivos na saúde infant il, em especial nas áreas e regiões de m enor desenvolvim en-t o econôm ico. As desigualdades educacionais e de renda se m ost ram com o as m ais im por-tantes variáveis socioeconôm icas, quando ana-lisado o seu im pact o sobre a evolução da m or-talidade infantil. O docum ento dem onstra que, quando a variável de renda fam iliar é analisa-da de form a desagregaanalisa-da, o result ado m ost ra que a m ort alidade na infância é sem pre supe-rior para os quintis de renda fam iliar per capita m ais pobre ( CNDSS, 2008) .

Para evidenciar aspect os socioeconôm icos do m unicípio sob análise no m om ent o da im -plant ação da ESF, deve- se lançar m ão de in-dicadores representativos dos principais deter-m inant es sociais da deter-m ort alidade infant il, codeter-m o a t ax a de fecundidade t ot al, a r enda per capit a; o Í ndice de Gini ( com um ent e ut ilizado para expressar a desigualdade de dist ribuição de renda) ; a t axa de analfabet ism o funcional em m aiores de 15 anos; o percentual de dom i-cílios com água encanada e a t axa de int er-nações locais. A evolução desses indicadores no período analisado é essencial para a com -preensão do alcance das ações da ESF para a redução da m ort alidade infant il.

(7)

Tam bém é essencial à com pr eensão da efet ividade da ESF para a redução da m ort ali-dade infant il em um m unicípio ou com uniali-dade diz respeit o ao perfil do óbit o infant il encon-t rado no período analisado e o com porencon-t am en-t o dos com ponenen-t es een-t ários da m oren-t alidade infant il, especialm ent e quant o às causas bá-sicas, peso ao nascer e evit abilidade. Est im a-se que, no Brasil, ent re 60% e 70% dos óbit os infant is se dão por causas evit áveis, at ravés da inadequada assist ência pré- nat al, ao part o e ao neonat o ( Brasil, 2009a) .

Assim , para a avaliação da efetividade das ações desem penhadas no âm bito da APS para a redução da m ort alidade infant il, é preciso conhecer com o evoluíram os indicadores de m ortalidade no período analisado, procedendo-se à análiprocedendo-se dos óbitos infantis de residentes, a fim de identificar a com posição do óbito infantil naqueles anos. Para essa análise, se devem considerar os com ponentes do óbito infantil: óbito fetal ( antes do parto, feto com m ais de 500 gram as e/ ou estatura m aior que 25 cm ou m ais de 22 sem anas de gest ação) ; óbit o neonatal ( óbito de nascido vivo até 27 dias, 23 horas e 59 m inut os) subdividido em óbit o neonatal precoce ( óbito após o parto de nas-cido vivo com idade de até 6 dias, 23 horas e 59 m inutos) e óbito neonatal tardio (óbito após o parto de nascido vivo com idade de até 7 dias até 27 dias, 23 horas e 59 m inutos) ; óbito perinatal (com posto pela som a dos óbitos fetais e neonat ais precoces) e óbit o pós- neonat al ( óbito de nascido vivo com idade de 28 dias a 364 23 horas e 59 m inutos) .

As t axas ou coeficient es de m ort alidade in-fant il por faixa et ária são im port ant es para evidenciar onde a APS est á at uando para a redução da m ort alidade infant il. As principais t axas relacionadas com a m ort alidade infant il são: taxa de m ortalidade infantil; taxa de m or-t alidade neonaor-t al precoce; or-t axa de m oror-t alida-de neonat al t ardia; t axa alida-de m ort alidaalida-de pós-neonat al; e t axa de m ort alidade perinat al, que inclui os óbit os fet ais ( nat im ort os) ( BRASI L, 2009a).

Os dados colet ados j unt o aos sist em as de inform ação sobre a At enção Básica, m ort ali-dade e nascim ent os, assim com o as inform

a-ções referent es à evolução do perfil socioeco-nôm ico da população abrangida pela ESF no m esm o local e período, podem contribuir m uito para a avaliação dos im pact os causados pela presença e at uação da polít ica sob exam e.

Entretanto, se os dados acim a referidos são indispensáveis à avaliação em nível local da efet ividade da ESF para a redução da m ort ali-dade infant il, t am bém são insuficient es para a com preensão da dinâm ica social que t al int er-venção represent a para populações locais, especialm ente nas regiões m ais pobres do país, devendo ser consideradas as inform ações qua-lit at ivas obt idas a part ir da percepção dos usuários e dos suj eit os sociais envolvidos di-ret am ent e com o processo de im plem ent ação da polít ica.

A percepção do usuário na

avaliação da efet ividade

(8)

udan-ça efet iv am ent e pr ov ocada pela ação r eali-zada fr ent e às necessidades da população.

A im plem ent ação da ESF cert am ent e gera im pact os obj et iv os, subj et iv os ou subst an-t iv os nas condições de v ida da população de um det er m inado local e per íodo, logo, a av aliação da sua efet iv idade dev e abor dar a inv est igação nest as t r ês dim ensões, ident i-ficando, assim , os im pact os obj et iv os, m as t am bém as m udanças subj et iv as e subst an-t ivas por ela proporcionadas no coan-t idiano dos usuários.

Em que pese o car át er ex per im ent al das polít icas de im pact o com o é o caso da ESF, e a s co n se q u ê n ci a s m e t o d o l ó g i ca s d a í adv in das par a su a av aliação – pesqu isas av aliat iv as de polít icas com im pact o t endem a usar m ét odos analít icos ex per im ent ais ou quase experim ent ais que não se adapt am ao universo m et odológico da pesquisa social, os analist as dest as pesquisas pr ecisam enfr en-t ar en-t odos os pr oblem as m een-t odológicos que est es desenhos analít icos apr esent am quan-do se t r at a de pesquisa social ( Figueir equan-do; Figueir edo, 1986) . Com o j á dit o, um a das m aneir as de super ar o m odelo de av aliação m er am ent e quant it at iv o é a inser ção das di-m ensões qualit at ivas nos est udos avaliat ivos sobr e polít icas públicas de nat ur eza social.

Dest a form a, a avaliação dos efeit os da ESF sobre a m ort alidade infant il em nível lo-cal, alcançará um a com preensão m ais am pla m ediant e a análise não apenas da relação ent re os obj et ivos, est rat égias, cont eúdos e result ados da polít ica pública sob exam e, m as t am bém da percepção social do im pact o pro-duzido. I sso se faz necessário, a fim de aferir a efet ividade da ESF em suas dim ensões ob-j et ivas, subst ant ivas e subob-j et ivas.

A av aliação com pr eensiv a da polít ica so-cial dev e consider ar m últ iplas dim ensões de sua at uação, qualificando processos, result a-dos e im pact os ( Carvalho, 2001) . Dessa for-m a, a avaliação da efet ividade para a redução da m ort alidade infant il deve aprofundar o fe-nôm eno social deflagrado pela presença da ESF na com unidade, especialm ent e j unt o às

usuá-rias e suas fam ílias, capt ando valores, expec-t aexpec-t ivas e represenexpec-t ações dos suj eiexpec-t os parexpec-t í-cipes das ações que t êm r eflex o sobr e a m elhoria das condições de vida ligadas à saú-de que int erferem sobre a evolução da m ort a-lidade infant il em nível local.

Para ent ender o cont ext o no qual se operam os result ados encont rados e para com -preender a dinâm ica de um program a social, é preciso o aprofundam ent o nesse m esm o con-texto, descrevendo o que foi executado e com o se deu essa execução. Mais do que isso, a capt ação da percepção das pessoas envolvi-das no processo pode fornecer elem ent os que não est arão disponíveis em nenhum a out ra font e docum ent al. Essa é um a perspect iva m ult idisciplinar, que requer a ut ilização de t éc-nicas da pesquisa social e deixa- se influenciar pela sociologia, a ciência polít ica, psicologia e outras áreas do conhecim ento (Barreira, 2000). Tendo em cont a que a avaliação de pro-gram as sociais é nat uralm ent e com plexa e envolve suj eit os com int eresses, valores, re-present ações e cont ext os variados, som ent e um a abordagem que recorra às diversas t éc-nicas avaliat ivas disponíveis, m esclando abor-dagens e m ét odos, poderá alcançar a profun-didade necessária à com preensão desse ob-j et o de est udo.

(9)

Refer ências bibliogr áficas

AQUI NO, Rosana; OLI VEI RA, Nelson Fer nandes de; BARRETO, Maur ício Lim a. I m pact o do Pr o-gram a de Saúde da Fam ília na r edução da m or t alidade infant il em m unicípios brasileir os. Am er ican Jour nal of Public Healt h , j aneir o de 2009.

ARRETCHE, Mar t ha T. S. I n: RI CO, Elizabet h Melo ( or g.) . Av aliação de polít icas sociais: um a quest ão em debat e. 3ª . ed. São Paulo: Cor t ez: I nst it ut o de Pesquisas Especiais, 2001, p. 29- 40.

BARREI RA, Mar ia Cecília Rox o Nobr e. Av aliação par t icipat iv a de pr ogr am as sociais. São Paulo: Veras Edit ora; Lisboa: CPI THS, 2000, p 17- 54.

BEZERRA- FI LHO, José Gom es; KERR- PONTES, Lígia Regina Sansigolo; BARRETO, Maurício Lim a. Mor t alidade infant il no Cear á. Rev ist a Br asileir a de Saúde Mat er na I nfant il, Recife, v. 7, n. 2, abr./ j un., 2007, p. 135- 142.

BRASI L. Const it uição. Const it uição da República Feder at iv a do Br asil ( 1988) . Br asília: Senado Federal; 2006.

______. Minist ér io da Saúde. Polít ica nacional de at enção básica. Sér ie Pact os pela Saúde 2006, v. 4. Br asília: Minist ér io da Saúde, 2006a.

Consider ações finais

Há necessidade de am pliar o conhecim ent o sobr e os im pact os da ESF em nív el local. Trat a- se de um a im por t ant e polít ica social inser ida no cont ex t o da saúde pública no Br asil, na qual se r econhece em nív el nacio-n a l o p o t e nacio-n ci a l d e a m e nacio-n i za r e r e d u zi r iniquidades no cam po do acesso à saúde, ainda que o m esm o não acont eça na dim en-são econôm ica da v ida social, significando, de t odo m odo, av anço social pela m elhor ia da qualidade de v ida ligada à saúde, em es-pecial das populações m ais pobr es.

O foco sobr e a m or t alidade infant il dev e-se à im por t ância dese-se indicador par a a ca-ract erização do desenvolvim ent o social, qua-lidade de v ida e acesso à saúde at r av és da APS, r epr esent ada no Br asil pelo m odelo assist encial da ESF.

Apr esent a- se t am bém a per spect iv a de que est udos em nível local que lancem m ão de abordagens com plem entares, com elem en-t os quanen-t ien-t aen-t iv os e qualien-t aen-t iv os, cr uzando t écnicas da pesquisa em saúde e da pesqui-sa social, podem proporcionar análises m ais com pr een siv as sobr e os im pact os sociais

causados pela APS em nível local na redução da m ort alidade infant il, evidenciando o pro-cesso social deflagrado pela polít ica de saú-de com o elem ent o t ransform ador da socie-dade pela universalização do direit o à saúde. Par a est e t ipo de est udo é fundam ent al analisar o pr ocesso de im plem ent ação local da ESF, a evolução de indicador es de saúde do acom panham ent o da gest ant e e da cr i-ança e os indicador es da m or t alidade infan-t il, em seus aspecinfan-t os epidem iológicos, ca-r act eca-r ização dos com ponent es et áca-r ios e do perfil da m ort alidade infant il.

(10)

______. Minist ér io da Saúde. Secr et ar ia de At enção à Saúde. Depar t am ent o de At enção Básica. Disponível em < http: / / dtr2004.saude.gov.br/ dab/ historico_cobertura_sf.php> Acesso em : 10 j ul. 2009.

______. Minist ér io da Saúde. MANUAL dos Com it ês de pr ev enção do óbit o infant il e fet al. Br asília: Edit or a do Minist ér io da Saúde, 2009a.

CARVALHO, Mar ia do Car m o Br andt de. Av aliação par t icipat iv a - um a escolha m et odológica. I n: RI CO, Elizabet h Melo ( or g.) . Av aliação de polít icas sociais: um a quest ão em debat e. 3ª . ed. São Paulo: Cor t ez: I nst it ut o de Pesquisas Especiais, 2001, p. 87- 94.

CARVALHO, Mar ia d o Car m o Br an t d e. Av aliação d e p r oj et os sociais. Disp on ív el em : < w w w.aidsalliance.org/ apoio- ong/ resources/ 0202088p04.pdf.> Acesso em : 6 j un. 2009.

COMI SSÃO NACI ONAL SOBRE DETERMI NANTES SOCI AI S DA SAÚDE. Relat ório Final. Disponível na I nt er net em : < ht t p: / / w w w .det er m inant es.fiocr uz.br / com issao.asp> Acesso em : 15 out . 2009.

COSTA, Mar ia da Conceição Nascim ent o; AZI , Paula de Alm eida; PAI M, Jair nilson Silva SI LVA, Lígia Mar ia Vieir a da. Mor t alidade infant il e condições de v ida: a r epr odução das desigual-dades sociais em saúde na década de 90. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeir o, v. 17, n. 3, m ai./ j un., 2001, p. 555- 567.

FI GUEI REDO, Marcos Faria; FI GUEI REDO, Argelina Maria Cheibub. Avaliação polít ica e avaliação de polít icas: um quadr o de r efer ência t eór ica. Análise e Conj unt ur a, Belo Hor izont e, v. 1, n. 3, set ./ dez., 1986, p. 107- 127.

GOMES, Mar ia de Fát im a Cabr al Mar ques. Av aliação de polít icas sociais e cidadania: pela ult rapassagem do m odelo funcionalist a clássico. I n: SI LVA e SI LVA, Mar ia Ozanir a ( or g.) . Av aliação de Polít icas e Pr ogr am as Sociais: t eor ia e pr át ica. São Paulo: Ver as Edit ora, 2001, p. 17- 36.

LOBO, Ther eza. Av aliação de pr ocessos e im pact os em pr ogr am as sociais: algum as quest ões par a r eflex ão. I n: RI CO, Elizabet h Melo ( or g.) . Av aliação de polít icas sociais: um a quest ão em debat e. São Paulo: Cor t ez, I nst it ut o de Pesquisas Especiais, 2001, p. 65- 74.

MACI NKO, Jam es; GUANAI S Fr eder ico.C.; SOUZA, Mar ia de Fát im a Mar inho de. An ev aluat ion of im pact of t he Fam ily Healt h Pr ogram on infant m or t alit y in Br azil, 1990- 2002. Jour nal of Epidem iology and Com unit y Healt h, 2006, n. 60, p. 13- 19.

ORGANI ZAÇÃO MUNDI AL DA SAÚDE. Alm a- At a. I n: Confer ência I nt er nacional sobr e Cuidados Prim ários de Saúde. Brasília, 1979.

RI PSA. I ndicador es básicos par a a saúde no Br asil: conceit os e aplicações. Rede I nt er agencial de I nfor m ação par a a Saúde – Ripsa, 2ª . ed, Br asília: Or ganização Pan- Am er icana da Saúde, 2008.

ROCHE, Chr is. Av aliação de im pact o dos t r abalhos em ONGs: apr endendo a v alor izar as m udanças. 2ª ed. São Paulo: Cor t ez: ABONG; Ox for d: OXFAM, 2002.

SI LVA e SI LVA, Mar ia Ozanir a da. Av aliação de polít icas e pr ogram as sociais: aspect os conceit uais e m et odológicos. I n: SI LVA e SI LVA, Mar ia Ozanira ( or g.) . Av aliação de Polít i-cas e Pr ogr am as Sociais: t eor ia e pr át ica. São Paulo: Veras Edit or a, 2001, p. 37- 93.

SULBRANDT, José. La ev aluación de los pr ogram as sociales: um a per spect iv a cr it ica de los m odelos usuales. I n: KLI KSBERG, Bernardo ( com pilador) . Probreza, un t em a inpost ergable: nuev as r espost as a niv el m undial. Méx ico: Fondo de Cult ur a Econôm ica. CLAD; Ar t es Gr áficas, 1993, p. 309- 350.

(11)

Re su m e n : Se t r at a de un est udio bibliogr á-f i c o q u e a b o r d a a s p e c t o s t e ó r i c o s y m et o d o l ó g i co s d e u n a ev al u aci ó n d e l a eficacia de la Est rat egia de Salud de la Fam ilia par a la r educción de la m or t alidad infant il a nivel local. A part ir de una revisión bibliográ-fica, se dest acár on los aspect os r elev ant es para analizar el im pact o de la polít ica sanit aria denom inada Salud de la Fam ília sobr e la m or t alidad infant il, y de los cam bios pr opor -cionales en la r ealidad social de las per sonas ex puest as a él en las dim ensiones obj et iv as, subj et iv as y subst ant iv as. Pr esent a los indcador es par a est a ev aluación y las cont r i-buciones de que el usuar io puede dar a la in v est ig ación ev alu at iv a, y a q u e la ev a-luación de la efet iv idad de una polít ica pú-blica debe consider ar los pr ocesos y r esul-t ados, sin o esul-t am bién la per cepción de las per sonas ex puest as a él. Cont r ibuir en últ i-m a inst ancia a la const r ucción de una cul-t ur a de la ev aluación de la gescul-t ión sanicul-t ar ia a nivel local, aum ent ando la visibilidad social y la m ej or a de su calidad.

Pa la b r a s cla v e s: At en ción Pr im ar ia a la Salud, Ev aluación de Efet iv idad, Mor t alidad I nfant il.

Ré sum é : I l s’agit d’un ét ude bibliographique q u i a b o r d e l e s a s p e c t s t h é o r i q u e s e t m ét hodologiques d’une évaluat ion globale de l’efficacit é de la st r at égie de san t é de la f am ille dan s la r édu ct ion de la m or t alit é infant ile au niv eau local. D’apr ès un ex am en de la lit t ér at ur e, sont m is en év idence les aspect s à analy ser : l’im pact des polit iques d e san t é su r la m or t alit é in f an t ile, et la m odificat ion dans une proport ion de la réalit é sociale des per sonnes ex posées à elle dans l’dim ension obj ect if, subj ect ive et de subst an-t iel. Pr ésenan-t e les indicaan-t eur s qui peuv enan-t appuyer cet t e évaluat ion et les cont ribut ions de l’ut ilisat eur peut ét endr e la r echer che év aluat iv e, depuis l’év aluat ion de l’efficacit é d’une polit ique publique doit t enir com pt e des pr ocessus et des r ésult at s, m ais aussi la p e r c e p t i o n d e s p e r s o n n e s e x p o s é e s . Cont r ibuer à t er m e à la const r uct ion d’une cult ur e de l’év aluat ion de la gest ion de la sant é au niv eau local, d’accr oît r e la v isibilit é sociale et l’am élior at ion de leur qualit é.

(12)

Referências

Documentos relacionados

Objetivo: Identificar critérios de seleção para a rizotomia dorsal seletiva (RDS) na paralisia cerebral (PC), analisar os instrumentos de avaliação e descrever as características

Sobretudo recentemente, nessas publicações, as sugestões de ativi- dade e a indicação de meios para a condução da aprendizagem dão ênfase às práticas de sala de aula. Os

Obedecendo ao cronograma de aulas semanais do calendário letivo escolar da instituição de ensino, para ambas as turmas selecionadas, houve igualmente quatro horas/aula

A disponibilização de recursos digitais em acesso aberto e a forma como os mesmos são acessados devem constituir motivo de reflexão no âmbito da pertinência e do valor

Lista de preços Novembro 2015 Fitness-Outdoor (IVA 23%).. FITNESS

os atores darão início à missão do projeto: escrever um espetáculo para levar até as aldeias moçambicanas para que a população local possa aprender a usufruir e confiar

José Arno Appolo do Amaral, Prefeito Municipal, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o Processo nº 2808/2020 da Secretaria Municipal de

 A combinação desta referência com a referência do mandato, permitirá ao Banco do devedor fazer uma análise à instrução de cobrança antes de proceder ao