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O Futuro da Aposentadoria

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Academic year: 2021

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Palavra de abertura de Stephen Green Resumo executivo

Introdução

1 Expectativas

O mapa global de preparação para a aposentadoria O papel dos governos

2 Opção

Escolhas globais de aposentadoria e trabalho

Poupanças, impostos ou trabalho – As gerações mais jovens Poupanças, impostos ou trabalho – As gerações mais velhas Preparo fi nanceiro – Os quatro pilares

3 Preparo

Renda na aposentadoria

Fontes de renda na aposentadoria Saúde precária e vulnerabilidade Pobreza e vulnerabilidade

4 Herança

As preferências globais do que deixar de herança

5 Brasil

Conclusão Apêndices Bibliografi a Agradecimentos 6 10 14

Índice

O Futuro da Aposentadoria 18 20 22 25 25 26 30 32 34 34 40 44 47 49 50 36

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Prefácio

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Prefácio

Bem-vindos à nossa quarta pesquisa sobre o Futuro da Aposentadoria.

O mundo está mudando. Estão ocorrendo várias mudanças fundamentais que afetam a maneira pela qual países, empresas e pessoas interagem, fazem negócios e vivem suas vidas. A estratégia do HSBC está calcada na resposta a tendências de longo prazo que estão dando forma ao futuro. Uma das mais profundas é o aumento da longevidade em todo o mundo.

Nos próximos 50 anos, veremos uma parcela da população envelhecer, e o seu tamanho e escopo não têm precedentes. Mas isso é apenas a metade da história. As pessoas em todo o mundo não estão apenas vivendo mais, mas também estão esperando mais de seus anos na velhice. Esse é um fenômeno percebido em todo o mundo, potencializado pelos avanços da medicina, por uma comunidade global cada vez mais conectada e por uma redução mundial dos níveis de pobreza.

Pesquisas são essenciais para o planejamento em

meio às mudanças da sociedade, e tenho orgulho que O Futuro da Aposentadoria – Investindo na Aposentadoria, o maior estudo internacional sobre o envelhecimento – possa contribuir com esse processo.

O HSBC patrocinou esta abrangente pesquisa para fornecer uma exploração em profundidade das questões relacionadas com a aposentadoria em todo o mundo. Sendo uma empresa global e o principal banco mundial, é importante para nós pesquisarmos a situação de nossos clientes tanto de economias maduras quanto emergentes. Examinamos as tendências em aposentadoria, atitudes em relação ao envelhecimento e como as pessoas em todo o mundo estão se preparando para os “anos dourados” de suas vidas – suas expectativas, a forma como planejam esse futuro para si mesmas e para suas famílias.

Tanto o tamanho quanto a vitalidade das gerações futuras trazem implicações para governos, empresas e pessoas. Nesse sentido, este estudo é um recurso inestimável. Foi realizado para encorajar e contribuir para o diálogo público sobre o envelhecimento da

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O Futuro da Aposentadoria população, contemplando as questões relacionadas

ao assunto e celebrando as contribuições econômicas e sociais das gerações mais velhas.

Gostaria de agradecer o Oxford Institute of Ageing pelo seu trabalho contínuo. Levantar as questões relativas ao envelhecimento é uma tarefa importante e fi co agradecido que nossa parceria ajude a promover a discussão e o entendimento de como viver nessa idade mais avançada.

Stephen Green

Group Chairman HSBC Holdings plc

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HSBC Seguros

Estou muito feliz em compartilhar com vocês nosso mais recente relatório sobre O Futuro da Aposentadoria.

A expectativa de vida está aumentando, mas essa longevidade crescente e o rápido envelhecimento da população mundial apresentam tanto oportunidades quanto desafi os para as nações, empresas e pessoas. Como a expectativa de vida aumentou, planejar o futuro signifi ca preparar-se para mais anos. Apesar de isso ter um impacto nas gerações mais jovens de hoje, também apresenta questões específi cas para as gerações que entrarão na terceira idade na próxima década.

Para difi cultar a questão, planejar o futuro signifi ca coisas diferentes para pessoas diferentes. Nossa atitude sobre a aposentadoria mudou tanto em relação ao tempo de trabalho quanto a como pensamos em gerenciar nossas economias. Nossa visão de poupança, pensões, seguros, investimentos e planejamento de herança é diferente daquela das gerações que nos precederam.

Este relatório fornece uma base para a análise dos efeitos das mudanças dos dados demográfi cos em nível global. Ele compila as opiniões de mais de 21.000 pessoas em 21 países e quatro grupos de gerações – tanto de trabalhadores quanto já aposentados – e fornece algumas informações surpreendentes.

Os dados que coletamos mostram diferenças de opinião reveladoras entre essas gerações, entre os sexos, lares de alta e baixa renda e os diferentes países, em todos os nossos quatro temas principais: expectativas, opção, preparo e herança.

Este material é leitura essencial para qualquer governo, empresa ou pessoa que tome decisões importantes sobre questões relacionadas à aposentadoria e ao envelhecimento. A pesquisa O Futuro da Aposentadoria é de imenso valor para o HSBC, pois nos dá condições de customizar nossas soluções fi nanceiras para proporcionar apoio e atender a ampla gama de necessidades dos nossos 128 milhões de clientes em todo o mundo. Atender às exigências de uma

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base de clientes desta magnitude já seria um desafi o se ela fosse homogênea, mas fazê-lo em 83 países e territórios, representando todo ponto possível dentro do espectro fi nanceiro, seria virtualmente impossível sem o entendimento dos seus desejos

e preocupações.

A pesquisa ajudou a estabelecer o HSBC como autoridade nas questões relacionadas ao envelhecimento, junto com nosso parceiro, o Oxford Institute of Ageing, a quem somos agradecidos por sua ajuda e apoio.

O resultado desta união nos deu condições de proporcionar soluções para nossos próprios clientes e informação para incontáveis outras fontes, e de contribuir para a ampliação do diálogo público sobre as questões do envelhecimento.

Clive Bannister

Group Managing Director HSBC Insurance

O Futuro da Aposentadoria – Investindo na Aposentadoria é o quarto estudo global, que foi iniciado em 2004/5. Essa pesquisa fornece uma oportunidade única de examinar, ao longo do tempo, a maneira como indivíduos e sociedades estão se preparando para a terceira idade e para a aposentadoria à luz de vidas cada vez mais longas. A pesquisa O Futuro da Aposentadoria foi realizada pela Universidade de Oxford e compõe um recurso de dados-chave para o século 21 ao mapear atitudes, comportamentos e expectativas sobre e entre a população cada vez mais idosa do globo.

Professora Sarah Harper

Director

Oxford Institute of Ageing, University of Oxford

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Resumo executivo

Expectativas

Mundialmente, mais homens do que mulheres acreditam que os governos deveriam sustentá-los em sua aposentadoria. Nas economias mais maduras, a maioria das gerações mais jovens que trabalham acredita que seus governos deveriam arcar com a maior parte do custo fi nanceiro de sustentá-las na velhice. Nas economias em transição, é nas gerações mais velhas, já aposentadas, que vemos isso expresso. Porém, notavelmente, três quartos de todos os pesquisados disseram que, apesar de seus desejos, seus governos não os sustentarão na velhice e que terão de fazer isso de outra forma.

Investindo na Aposentadoria apresenta os resultados da quarta pesquisa HSBC Global Ageing

Survey. A preparação para a terceira idade varia entre as gerações e os sexos, entre países e

regiões. Entretanto, estão surgindo padrões claros à medida que cada vez mais trabalhadores,

em economias desenvolvidas e em transição, adotam estilos de vida e padrões modernos

de aposentadoria. O estudo, que tem como temas principais Expectativas, Opção, Preparo e

Herança, destaca as maneiras pelas quais as pessoas, em todo o mundo, estão se preparando

para suas aposentadorias.

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Opção

Em todo o mundo, menos de 10% dos grupos etários que estão na ativa e já aposentados acreditam que seus governos deveriam reduzir o valor dos benefícios e pensões do sistema público para fi nanciar e sustentar a população que envelhece. Cerca de 10% acredita que os impostos deveriam ser aumentados e cerca de 20% acha que a idade de aposentadoria deve ser aumentada. A maioria de ambas as gerações (mais novas e mais velhas) gostaria, porém, de ver um reforço na poupança pessoal. Nossa análise revela um desejo das pessoas de estar no controle de sua segurança fi nanceira futura, combinado com uma disposição para trabalhar mais tempo se necessário, identifi cando uma necessidade de ter estruturas que lhes permitam fazer isso. Isso coloca o ônus tanto sobre o indivíduo (para poupar e

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O Futuro da Aposentadoria importante. Nas Américas, EUA e Canadá colocam

a pessoa como o maior contribuinte, e no Brasil e México, o governo é o mais importante. Em toda a Ásia, as famílias e o indivíduo são vistos como os principais, com governo e empregadores sendo os menos importantes, independentemente da renda do lar. Enquanto nas economias maduras, pessoas de lares de alta renda colocam ênfase nelas mesmas e nos empregadores como as fontes mais importantes de suas rendas de aposentadoria, os lares de mais baixa renda vêem o governo e a família como os mais importantes.

Defi nimos a vulnerabilidade de uma maneira específi ca, identifi cando três grupos:

• Uma pequena proporção das pessoas estará preparada para a aposentadoria e estará completamente protegida. Estes vivem principalmente na Europa e América do Norte, têm maior probabilidade de ser homens saudáveis, com uma boa fonte de renda profi ssional;

• Uma proporção maior estará totalmente desprotegida na aposentadoria. Eles vivem garantir sua segurança fi nanceira no futuro) quanto

nas poupanças particulares (ao invés de sobre poupanças fi nanciadas por impostos). De modo geral, as pessoas estão dizendo aos governos que reconhecem a necessidade de fi nanciar sua velhice, já que eles não têm confi ança nos governos e não vêem aumentos de impostos ou valores de pensões mais baixos como a melhor forma de prover essa segurança na velhice.

Preparo

Há um nível encorajador de otimismo, especialmente nas economias maduras, em relação à segurança fi nanceira e padrão de vida na velhice. Em todas as cinco regiões, cada um dos quatro pilares – governo, família, empregador e a própria pessoa – é visto como um contribuinte para a renda de aposentadoria – e, em nenhum lugar, um dos pilares é considerado redundante.

Porém, existem diferenças signifi cativas em termos de sua importância relativa nas diferentes regiões. Na Europa, a Dinamarca coloca o governo como o pilar principal, enquanto no Reino Unido e na Alemanha, a família é apontada como o menos

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benefício ou pensão do sistema público ou renda de títulos/ações. Porém, a pesquisa revela uma variação signifi cativa nas fontes de renda de aposentaria nas diferentes gerações e entre os países. Enquanto os grupos de mais alta renda e homens tendem a ter mais de uma fonte principal de renda de aposentadoria, grupos de mais baixa renda e mulheres tendem a depender de apenas uma fonte. Na Dinamarca, no Reino Unido e na França, as poupanças são a principal fonte de renda de

aposentadoria. Na Alemanha, benefício ou pensão do sistema público são a principal fonte, enquanto nos Estados Unidos, são os títulos e ações, e no Canadá um mix de poupança, ações e títulos. Na Ásia, poupanças são a fonte preponderante. Na América do Sul, temos dois padrões muito diferentes nos dois países pesquisados – no México, são ativos e poupança, enquanto no Brasil são os benefícios ou pensões do sistema público.

Claramente, pessoas que dependem de uma única fonte de renda de aposentadoria têm maior probabilidade de cair no que é conhecido por “armadilha da vulnerabilidade”.

principalmente no Leste Europeu, Ásia, África e América Latina. Podem ser tanto homens quanto mulheres, em condições de saúde precárias, com fontes de renda insufi cientes e mais dependentes do apoio da comunidade e das famílias para seu sustento;

• O maior grupo não está nem totalmente preparado nem desprotegido. Estas pessoas são vulneráveis e podem cair na pobreza mais tarde em suas vidas, a não ser que se preparem. O risco disso acontecer varia de país para país e depende do nível de serviço oferecido pelo estado, do papel das famílias e das comunidades e da possibilidade de encontrar emprego mais tarde na vida. Indivíduos também apresentam graus diferentes de vulnerabilidade, dependendo de serem homens ou mulheres, de sua saúde, de sua qualifi cação e sua capacidade de trabalhar.

Independentemente da ponderação atribuída aos quatro pilares da renda de aposentadoria, todos têm a probabilidade de ter alguma forma de renda ao se aposentar – quer planejada ou não, modesta ou signifi cativa. Esta pode ser proveniente de poupança, ativos, aluguel de propriedades, pagamento de

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Portanto, as pessoas se enquadram em três categorias: uma proporção relativamente pequena que está preparada para a aposentadoria e protegida; uma proporção maior que está quase completamente desprotegida; e um grupo intermediário signifi cativo que sente estar protegido e seguro, mas que, na realidade, enfrenta a perspectiva de cair na “armadilha da vulnerabilidade”, com uma quantidade limitada de apoio do governo, insufi ciente renda própria e famílias duramente pressionadas para prover ajuda e suporte. É aqui que governos, comunidades, indivíduos e a iniciativa privada devem agir juntos.

Herança

A pesquisa O Futuro da Aposentadoria também estudou a questão da herança. A maioria das pessoas gostaria de deixar algo para seus herdeiros. Talvez, contrariando as expectativas, isso freqüentemente não é dinheiro. Em cada geração, somente cerca de 10% gostaria que seus fi lhos herdassem dinheiro e 20%, suas casas e patrimônio, enquanto mais pessoas gostariam de deixar seus valores de vida (por exemplo, espírito/senso de humor, maneira de contribuir para a comunidade). De modo geral, cerca de 60% gostaria que seus fi lhos herdassem seus

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valores de vida e seu conhecimento.

As mulheres têm maior probabilidade de querer deixar seus valores, enquanto os homens têm maior probabilidade de querer passar seu dinheiro ou casa/ patrimônio.

As economias maduras da Europa e América do Norte são exemplos de que, surpreendentemente, não é dinheiro que as pessoas mais querem deixar para seus herdeiros e sim valores menos tangíveis. Este também é o caso na América do Sul, onde a herança concentra preferencialmente valores, com conhecimento sendo o mais popular. Nas economias asiáticas, de modo geral, as pessoas desejam que seus fi lhos herdem seus valores, incluindo religião, conhecimento e perspectiva de vida. Na região Eurásia/África, a religião é a principal preferência, com exceção da Rússia, onde as pessoas preferem deixar propriedades.

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Introdução

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A escala do envelhecimento é imensa e varia nos diferentes pontos do mundo. De acordo com a previsão das Nações Unidas, nas regiões mais desenvolvidas, o percentual da população com idade acima de 60 anos deve aumentar de 20% para mais de 30% até 2050. Nas regiões menos desenvolvidas, deve passar de 8% para 20%, e de apenas 5% para 10% nas regiões com menor desenvolvimento. A perspectiva de uma vida relativamente longa e saudável é real para muitos de nós e aí estão o desafi o e a oportunidade para todo indivíduo, país e governo.

Neste contexto demográfi co, a pesquisa O Futuro da Aposentadoria foi desenvolvida e é realizada anualmente desde 2004/05. O estudo inclui as economias industrializadas do Canadá, Estados Unidos, França, Alemanha, Japão, Dinamarca, Suécia e Reino Unido. Essas economias têm setores de serviços relativamente grandes e infra-estruturas e legislação de previdência bem estabelecidas. As economias em transição incluídas na pesquisa são Brasil, China, Egito, Hong Kong, Índia, Indonésia, Malásia, México, Filipinas, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, Cingapura, Coréia do Sul,

África do Sul, Taiwan e Turquia.

A primeira análise, em 2004, contemplou aproximadamente 11.000 pessoas com idade superior a 18 anos, em 10 países e territórios1

em quatro continentes, e focou nas atitudes e expectativas em relação ao envelhecimento e à vida no futuro. Ficou evidente que as pessoas eram predominantemente positivas em relação a seu futuro em um mundo que envelhece.

A segunda análise, realizada em 2005, contemplou cerca de 24.000 pessoas com idade superior a 18 anos, em 20 países e territórios2, nos cinco

continentes. O estudo focou não só as atitudes em relação ao envelhecimento, mas também quanto à família, trabalho e estado. Havia claramente uma tendência global em direção à aposentadoria planejada e com contribuição.

A terceira, feita em 2006, contemplou 21 países³ e aproximadamente 21.000 pessoas nas faixas etárias de 40-49, 50-59, 60-69 e 70-79 anos. Ficou claro que, de modo geral, as pessoas se sentiam bem – em alguns casos até melhor – à medida que envelheciam. Os fatores-chave foram

Entre 1950 e 2006, a proporção da população mundial com mais de 60 anos

aumentou de 8% para 11%. Até 2050, chegará a 22%, ou seja, 2 bilhões de pessoas.

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a independência, boa saúde e controle. Além disso, ficou evidente que as famílias são a base da sociedade, a entidade com a qual as pessoas mais se identificam e dentro da qual sentimentos importantes de solidariedade entre as gerações são exibidos. Ao contrário do mito popular, o estudo apontou que as populações mais idosas não necessitam de ajuda. São elas que fornecem suporte à família, à comunidade e no trabalho.

Este relatório, Investindo na Aposentadoria, é a quarta análise, e examina a preparação para a aposentadoria focando em duas gerações de trabalhadores, com idades de 40-49 e 50-59 anos, e em duas gerações de aposentados, com idades de 60-69 e 70-79 anos. O estudo também reúne, pela primeira vez, os resultados das primeiras três pesquisas, dentro do contexto de investimento na terceira idade.

Deve-se observar que, nas economias em transição, as populações cobertas pela pesquisa são predominantemente urbanas.

1 - Brasil, Canadá, China, França, Hong Kong, Índia, Japão, México, Reino Unido, EUA.

2 - Brasil, Canadá, China, Egito, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Malásia, México, Polônia, Rússia, Arábia Saudita,Cingapura, Suécia, Turquia, Reino Unido, EUA.

3 - Brasil, Canadá, China, Dinamarca, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Japão, Malásia, México, Filipinas, Rússia, Arábia Saudita, Cingapura, África do Sul, Coréia do Sul, Taiwan, Turquia, Reino Unido, EUA.

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O mapa global do preparo para a aposentadoria.

Como estou me preparando para o futuro e como espero

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Os governos das economias maduras estão

preocupados que as suas populações, cada vez mais idosas, aumentem os gastos públicos por meio da demanda crescente por aposentadorias. Muitos deles vêm prometendo benefícios e pensões públicas generosas a partir dos 60 ou 65 anos de idade, porém estas se tornam insustentáveis à medida que vivemos cada vez mais. Sistemas de previdência projetados para nos sustentar por uma década agora estão tendo que fazê-lo por 25 a 40 anos.

Muitos governos das economias em transição ainda não reagiram ao nível dramático de envelhecimento de suas populações, ocorrido neste primeiro quarto do século 21. Sem o benefício do sistema público, esses governos e suas populações terão de encontrar iniciativas que combinem estado, comunidade e família.

O papel dos govenos

O gráfico 1.1 ilustra as proporções de pessoas ativas e aposentadas em cada país que acreditam que seus governos deveriam arcar com a maior parte dos custos financeiros de seu sustento na aposentadoria. Nos países pesquisados, os níveis de expectativa e de confiança em relação a seus governos variam muito. Por exemplo, nos EUA, Japão, México, Índia, Malásia, Cingapura, Hong Kong e Arábia Saudita, somente uma modesta proporção das pessoas, tanto ativas quanto aposentadas, acredita que os

governos deveriam arcar com a maior parte dos custos financeiros de seu sustento na aposentadoria (no máximo 25%, dependendo da economia). Porém, esta proporção é maior na Escandinávia (até quase 65%), Europa (até 45%), Brasil (até 50%) e China (cerca de 40%).

Nas economias maduras, os dados revelam que uma parte maior da geração de trabalhadores que das pessoas já aposentadas acredita que os governos deveriam arcar com a maior parte dos custos financeiros de seu sustento na velhice.

Nas economias em transição, verifica-se o contrário. Mundialmente, há uma tendência para uma proporção maior dos homens do que entre as mulheres acreditar que os governos deveriam sustentá-los na aposentadoria. Este padrão está presente tanto nas economias em transição quanto nas economias maduras, com o contrário sendo encontrado apenas na Turquia, Japão e Índia. O gráfico 1.2 mostra que, na maioria das economias, a parte da população que acredita que seus governos efetivamente arcarão com a maior parte dos custos financeiros de seu sustento na aposentadoria é muito menor que aquela que acredita que os governos deveriam fazê-lo.

Coeficientes acima de 1 indicam que a atitude (deveriam arcar com os custos) é mais freqüente A pesquisa procurou responder perguntas importantes em relação ao preparo para a aposentadoria. Em todo o mundo, as pessoas esperam que empregadores, governos ou famílias as sustentem? Ou estão cada vez mais dependendo delas mesmas? E como isso varia entre as regiões e países, entre homens e mulheres e em relação à fonte e valor da renda?

1.1 Proporções de pessoas que acreditam que seus governos deveriam arcar com a maior parte do custo financeiro de sustentá-las em sua aposentadoria por geração e por país

Po rcen ta ge m G lo ba l Suécia Fr an ça A le m an ha R ei no U ni do Tu rq ui a C an ad á EU A Brasil México China Hong K

ong Índia Japão

Malásia Cingapura Rússia Ar ábia Saudit a

Global Europa América do Norte

América do Sul Ásia Eurásia/África 90

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Trabalhadores (abaixo de 60 anos) Aposentados (acima de 60 anos)

1.1 Proporções de pessoas que acreditam que seus governos deveriam arcar com a maior parte do custo financeiro de sustentá-las em sua aposentadoria por geração e por país

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que a crença (arcarão com os custos), o que é interpretado como falta de confiança que os governos venham a atender estes custos.

Interessantemente, mais pessoas aposentadas acreditam que os governos arcarão com estes custos. Por exemplo, na Suécia, 24% das pessoas entre 40 e 49 acreditam que os governos arcarão com estes custos; isto sobe para cerca de 40% das pessoas entre 60-79 anos de idade.

Em termos de distribuição por sexo, na maioria das economias há uma tendência para uma proporção maior de homens do que de mulheres de ter confiança no suporte do governo. O contrário é percebido no Japão, Índia, Cingapura e Rússia.

Nas economias maduras, com seus longos históricos de preparo e provisão dos governos para o pagamento dos benefícios, até dois terços das gerações de trabalhadores afirmam que seus governos deveriam assumir a responsabilidade, mas somente um quarto acredita que efetivamente o farão.

Em contraste com a maioria das economias em transição, onde tem havido muito menos tempo para

o governo se preparar e estabelecer provisões, e, portanto, os sistemas de provisão do estado são bem menos desenvolvidos, menos de um quarto acredita que os governos deveriam ou efetivamente proporcionarão o sustento – exceções notáveis neste caso são Rússia, Turquia e China.

1.2 Proporção de pessoas que acreditam que o governo deveria sustentá-las na aposentadoria, em relação às que acreditam que o governo o fará

Global Suécia França Alemanha Reino Unido Turquia Canadá EUA Brasil México China Hong Kong Índia Japão Malásia Cingapura Rússia Arábia Saudita 2 1 0 Confiança decrescente Confiança crescente

1.2 Proporção de pessoas que acreditam que o governo deveria sustentá-las na aposentadoria,

em relação`as que acreditam que o governo fará

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Opção

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Escolhas globais de aposentadoria e trabalho.

Como estou me preparando para a aposentadoria e quais são as minhas opções?

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adicional. Porém, apesar dessa estratégia ser muito popular entre os entrevistados em nível mundial, não é a preferida em todas as regiões.

2.1 Qual deveria ser a primeira medida dos governos para sustentar suas populações que envelhecem?

Exigir poupança particular adicional Alemanha 68% Arábia Saudita 58% França 48% Brasil 45% Índia 37% México 35% EUA 33% Malásia 32% Canadá 32%

Aumentar a idade de aposentadoria Japão 46% Cingapura 41% Hong Kong 38% Reino Unido 37% Turquia 28% Aumentar impostos Suécia 33% Não têm certeza Rússia 42% China 42%

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Dada a óbvia falta de confi ança nos governos, em especial onde tradicionalmente desempenharam um papel-chave na provisão para a velhice – o que precisa ser feito para atender às demandas das populações que estão envelhecendo?

As alternativas mais comuns adotadas pelos governos, como aumentar impostos, reduzir os valores dos benefícios e pensões do sistema público ou aumentar a idade de aposentadoria, são rejeitadas quase universalmente. Muitos acreditam que, em última instância, os próprios indivíduos é que deverão garantir sua aposentadoria, e sua mensagem para os governos é que estes devem exigir poupanças particulares adicionais. Quando oferecida a opção entre poupança particular adicional, aumentos de impostos, redução no valor dos benefícios e pensões ou aumento da idade de aposentadoria, 34% afi rmam que inicialmente os governos devem exigir poupanças particulares adicionais para sustentar e fi nanciar a população que está envelhecendo. Esta proporção diminui com o aumento da idade dos respondentes, de 38% para a faixa de 40-49 anos para apenas 26% entre os 70-79 anos. Globalmente, os homens estão mais inclinados a fazer essa recomendação aos governos e isso mais entre os já aposentados.

Mundialmente, a pesquisa mostrou que apenas a minoria das pessoas é a favor de reduzir o valor dos benefícios e pensões do sistema público como forma principal de sustentar uma população cada vez mais idosa e, em nenhum lugar, esta é a opção preferida. Na realidade, apenas 7% dos respondentes acreditam que os governos deveriam reduzir o valor dos benefícios e pensões do sistema público como forma de fi nanciar o número crescente de aposentados. Para cerca de 10%, os impostos devem ser aumentados e para cerca de 20%, a idade de aposentadoria deve ser aumentada. Entre 20% dos trabalhadores e 28% dos aposentados não têm certeza de qual dessas iniciativas os governos devem adotar como sua primeira prioridade. As descobertas da pesquisa ilustram que cada uma das quatro gerações de trabalhadores e aposentados apóia fortemente a estratégia de poupança particular

A pesquisa procurou responder perguntas-chave em relação a atitudes para preparar e poupar para a aposentadoria. Para aqueles que esperam cuidar de si mesmos, como eles estão fazendo isso e o quanto isso varia? As três opções principais são: trabalhar por mais tempo, poupar mais ou aceitar um aumento de impostos.

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Poupanças, impostos ou trabalho – As gerações mais jovens

40-59 anos: reforçar poupanças particulares

adicionais não foi a opção preferida em duas regiões: norte da Europa e algumas partes da Ásia. No norte da Europa, nas economias da Suécia e do Reino Unido, junto com a China, a faixa de 40-49 anos estava mais propensa a recomendar o aumento de impostos em vez da poupança particular adicional, especialmente entre os homens. Os entrevistados (principalmente as mulheres) no Japão, Cingapura e Hong Kong optaram por aumentar a idade de aposentadoria. Um quadro semelhante foi percebido na faixa de 50-59 anos, com México e EUA também a favor de aumentar a idade de aposentadoria. Poupanças, impostos ou trabalho – As gerações mais velhas

60-69 anos: para esta geração, a Suécia é a única economia em que o aumento de impostos pelos governos como forma de sustentar a população mais idosa (29%) é a opção favorita. Sete economias são a favor de exigir poupanças particulares adicionais (predominante entre as desenvolvidas) e seis são a favor de aumentar a idade de aposentadoria (predominantemente entre as economias em transição, além da Alemanha e França).

Entre as economias que favorecem a exigência de poupança particular adicional, as mulheres estavam mais inclinadas que os homens a escolher esta opção. No México, 53% de mulheres em comparação com 12% de homens; Arábia Saudita, 77% em comparação a 67%; e Alemanha, 82% em comparação a 69%. O contrário foi evidenciado no Brasil, Malásia e França. Na Suécia, onde o aumento de impostos como forma de sustentar a população cada vez mais idosa é a opção favorita, as mulheres mais uma vez demonstraram um apoio relativamente mais forte (37% em relação a 23%). Entre as economias que favorecem o aumento da idade de aposentadoria, Japão, Cingapura e Hong Kong apresentaram uma inclinação maior entre os homens (37-49% em comparação com 32-48%); enquanto no Reino Unido, EUA, Canadá e Turquia há uma maior proporção de mulheres a favor dessa opção (30-56% em comparação a 29-46%). Na Índia, onde o aumento da idade de aposentadoria e a exigência de poupança particular adicional são opções igualmente favorecidas, a poupança tem a preferência dos homens e o aumento da idade de aposentadoria é

uma opção predominantemente feminina. Na Rússia e na China, as mulheres não demonstram ter certeza de sua opção predileta para os governos.

70-79 anos: nesta geração, há mais incerteza em termos do que os governos devem fazer primeiro para abordar as implicações financeiras da população que envelhece. Este é o caso no Brasil, Rússia, Turquia, Malásia e China. Surpreendentemente, nesta geração, a opção preferida na Suécia não é o aumento de impostos. Na realidade, aumento de impostos – junto com a exigência de poupança particular adicional – é a opção preferida somente no Reino Unido. Reforçar a poupança particular adicional é preferida em cinco economias (França, Alemanha, EUA, Malásia e Arábia Saudita) e aumentar a idade de aposentadoria, em sete (Suécia, Canadá, Japão, México, Índia, Cingapura e Hong Kong). O quadro comparativo dos sexos é misto, exceto em relação ao aumento da idade de aposentadoria, que é a opção mais freqüente entre os homens em todos os países.

Portanto, em resumo, entre todas as economias e gerações pesquisadas, exigir poupança particular adicional é a opção predileta na maioria dos casos, seguida do aumento da idade de aposentadoria. Aumentar a idade de aposentadoria é a opção favorita no Japão, em Cingapura e Hong Kong, enquanto que o aumento de impostos encontra apoio somente em algumas gerações nas economias do norte da Europa, da Suécia e do Reino Unido. As pessoas aparentam ter maturidade em sua abordagem em relação aos desafios de uma população cada vez mais idosa e às implicações de sua própria longevidade. Há um sentimento que os governos deveriam prover a maior parte do sustento financeiro das pessoas de mais idade, mas as pessoas com freqüência duvidam que eles efetivamente o farão.

Nossa análise tem demonstrado que as pessoas querem estar no controle de sua segurança financeira futura e que estão dispostas a trabalhar por mais tempo, se for necessário. Isso destaca a necessidade de estruturas que lhes proporcionem condições para continuar trabalhando. Também está claro que o ônus está nas poupanças particulares ao invés de poupanças financiadas por impostos. Isso coloca a carga da responsabilidade tanto nas pessoas, de pouparem e garantirem sua

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velhice, quanto nas poupanças geradas por meios particulares ao invés de impostos.

A pesquisa O Futuro da Aposentadoria mostra que as pessoas estão dizendo para os governos que reconhecem a necessidade de financiar suas próprias velhices, que não confiam neles enquanto provedores do sustento durante a aposentadoria e que não vêem os aumentos de impostos ou valores reduzidos de benefícios e pensões como formas preferenciais de garantir a segurança financeira na terceira idade.

Preparo financeiro – Os quatro pilares

Existe um grau surpreendente de otimismo, em especial nas economias maduras, em relação à segurança financeira e padrão de vida na velhice. Essa parte da pesquisa aponta como as pessoas estão planejando, preparando e investindo em suas aposentadorias, e se o otimismo verificado é justificado. Assim, analisamos as expectativas das pessoas em relação às possíveis contribuições financeiras provenientes dos quatro pilares de sustentação: governo, família, empregador e a própria pessoa.

O gráfico 2.2 mostra a importância relativa dos quatro pilares na contribuição para o financiamento da aposentadoria mundialmente e em cada uma das cinco regiões da pesquisa: Europa (Dinamarca, Reino Unido, França e Alemanha), Ásia (Japão, Índia, Filipinas, Malásia, China, Taiwan, Cingapura, Coréia do Sul e Hong Kong), América do Norte (Canadá e Estados Unidos), América do Sul (Brasil e México) e Eurásia/África (Turquia, Rússia, Arábia Saudita e África do Sul4).

Em todas as cinco regiões, cada um dos quatro pilares é considerado como contribuinte para a renda de aposentadoria. Em nenhum lugar os pilares são tidos como redundantes, mas há uma diferença significativa em relação à sua importância relativa nas diferentes regiões.

Na Europa, há algumas diferenças interessantes tanto dentro dos países quanto entre os países, devido aos seus sistemas de previdência5.

Na Dinamarca, por exemplo, há uma classificação

razoavelmente estável entre as gerações. O governo é percebido como sendo o contribuinte mais importante para a renda de aposentadoria em todas as quatro gerações (ponderação de 0,35) enquanto herdeiros/família são considerados como os menos importantes (ponderação de 0,16). As pessoas se classificam como o segundo contribuinte mais importante para a renda de aposentadoria.

Em outros países da Europa – Reino Unido, França e Alemanha –, há uma tendência da importância do governo aumentar com a idade do respondente. Na Dinamarca e na França, a família tem a ponderação mais baixa (0,15 a 0,19), enquanto no Reino Unido e na Alemanha, a ponderação entre os pilares é mais ou menos igual, mas com a família ligeiramente menos importante do que os outros pilares. Há uma clara diferença na importância relativa entre os quatro pilares nas Américas do Norte e do Sul. No Canadá e nos EUA, as pessoas se vêem como a fonte mais importante (ou em paridade com o governo) para sua renda de aposentadoria (ponderação de 0,30), enquanto no Brasil e no México há uma colocação clara do governo como o mais relevante (uma ponderação de 0,31). Em toda a Europa e nas Américas, as contribuições do empregador e da família para a renda de aposentadoria são vistas como as menos importantes.

“Otimistas ou realistas, as pessoas

estão se preparando para seu futuro

financeiro.”

A importância relativa dos quatro pilares muda de forma bastante dramática na Ásia, em comparação com a Europa e as Américas. Em toda a Ásia – China e Japão são as únicas exceções –, as pessoas classificam elas mesmas ou suas famílias como os contribuintes mais importantes, sempre na frente de empregadores e do governo.

Na África do Sul e na Arábia Saudita, o governo é visto como o principal dos quatro pilares, seguido de família e si mesmo. Na Turquia, a família é considerada a mais importante (ponderação de 0,33), com si mesmo e governo empatando em segundo

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lugar (ponderação de 0,25) e empregadores, com a menor relevância. Na Rússia, governo e família são mais importantes e empregadores tem mais uma vez a menor importância.

Sendo assim, ficam evidenciadas fortes e claras diferenças regionais em relação à contribuição dos quatro pilares para a renda de aposentadoria. Em resumo, o governo é percebido como o principal contribuinte na América do Sul e na Dinamarca, com governo e si mesmo dominando no restante da Europa. A própria pessoa é percebida como o contribuinte dominante na América do Norte, enquanto na Ásia, família e a própria pessoa são consideradas em conjunto como os mais importantes (China e Japão são as exceções, nas quais o governo é percebido como o mais relevante). Em nenhuma economia os empregadores são vistos como os principais contribuintes, porém, ao mesmo tempo, em nenhum lugar a sua contribuição é percebida como completamente insignificante. Também há valores específicos, fortes e claros de acordo com o sexo. Na Ásia, a família e a própria pessoa são percebidas como os contribuintes dominantes para a renda de aposentadoria. As mulheres colocam família no posto mais alto e os homens, eles mesmos. Nessas economias, nas quais os governos são percebidos como os contribuintes mais relevantes, os homens tendem a classificar governos como sendo mais importantes do que fazem as mulheres.

Na América do Norte, onde as pessoas se classificam como o principal contribuinte, isso é declarado especialmente pelas mulheres. Também podemos considerar o efeito da renda familiar6 na

importância relativa dos quatro pilares. Nas economias mais maduras da Europa e da América do Norte (gráfico 2.3), há uma tendência clara para as famílias de alta renda colocarem empregadores e si mesmas como as fontes dominantes de sua renda de aposentadoria, enquanto as famílias de mais baixa renda tendem a classificar governo e família como as mais relevantes.

Na Dinamarca, por exemplo, 60% das famílias de baixa renda colocam o governo como sua fonte mais importante de renda de aposentadoria em comparação com 37% das famílias de alta renda, enquanto 24% das famílias de baixa renda, em comparação com 44% das famílias de alta renda, se classificam como a fonte mais relevante.

O gráfico 2.4 ilustra o efeito da renda na importância dos pilares de aposentadoria nas economias asiáticas. Na Ásia, encontramos um quadro muito diferente do que foi visto nas economias mais maduras da Europa e América do Norte. Com exceção de Japão e China (e, até certo ponto, Taiwan), tanto as famílias de alta quanto de baixa renda colocam a si mesmas e suas famílias como as mais importantes fontes de sua renda de 2.2 Importância relativa dos quatro pilares da renda de aposentadoria

2.2 Importância relativa dos quatro pilares da renda de aposentadoria

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30 20 10 0

Global Europa A. do Norte A. do Sul Ásia Eurásia/África

Governo Empregador Família Própria pessoa Po rcen ta ge m

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aposentadoria, enquanto o papel do governo e de empregadores é dramaticamente reduzido em ambos os grupos de renda. Além disso, na maioria das economias asiáticas (incluindo Japão, China e Taiwan), o efeito de renda na classifi cação dos pilares é bastante modesto, com exceção de Hong Kong e Malásia.

Na Índia, por exemplo, 22% das famílias de baixa renda e 25% das de alta renda classifi cam o governo e o empregador como as fontes dominantes de sua renda de aposentadoria, com 78 e 75%, respectivamente, escolhendo suas famílias ou a si mesmas. Ao contrário, em Hong Kong, 19% das famílias de baixa renda indicam o governo como a mais importante fonte quando comparadas com apenas 3% das famílias de alta renda que o fazem, e 41% das famílias de alta renda se classifi cam como sendo as contribuintes principais em comparação com os 27% das famílias de baixa renda. O gráfi co 2.5 ilustra estes efeitos da renda no restante das economias na pesquisa. A Turquia também aponta a família como a mais importante fonte de renda de aposentadoria. Na Europa, o governo é visto como o contribuinte dominante, exceto na Rússia, onde as famílias de alta renda têm maior probabilidade de considerar família e a elas mesmas como os mais relevantes. Famílias de baixa renda têm maior probabilidade de escolher o governo.

4 Os respondentes classifi cam cada um dos quatro pilares individualmente em nível de importância: 1°, 2°, etc. 4 pontos são atribuídos ao mais importante,

3 para o segundo, e assim por diante. A soma dos pontos de cada é então expressa como percentual da soma total dos pontos e isso é considerado como a ponderação da importância do pilar.

5 Esping-Anderson, 1990.

6 Defi nições de alta e baixa renda variam de país para país e podem ser encontradas no Apêndice.

2.3 Importância relativa dos quatro pilares da renda de aposentadoria (Europa e América do Norte)

2.3 Importância relativa dos quatro pilares da renda

de aposentadoria (Europa e América do Norte)

100 80 60 40 20 0 B A Própria pessoa Família Empregador Governo Baixa renda Própria pessoa Família Empregador Governo Alta renda Porcent agem D in am ar ca F ra nç a A le m an ha R ei no U ni do C an ad á EU A Europa A. do Norte B A B A B A B A B A

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2.4 Importância relativa dos quatro pilares da renda de aposentadoria (Ásia)

2.5 Importância relativa dos quatro pilares da renda de aposentadoria (outros países)

100 80 60 40 20 0 Própria pessoa Família Empregador Governo Baixa renda Própria pessoa Família Empregador Governo Alta renda Po rcent agem C hi na H on g Ko ng Ín di a Ja pã o M al ás ia F ilip in as C in ga pu ra C or éi a do S ul T ai w an

2.4 Importância relativa dos quatro pilares da renda

de aposentadoria (Ásia)

B A B A B A B A B A B A B A B A B A

2.5 Importância relativa dos quatro pilares da renda

de aposentadoria (outros países)

100 80 60 40 20 0 Própria pessoa Família Empregador Governo Baixa renda Própria pessoa Família Empregador Governo Alta renda Po rcent agem B ra si l México R ús si a A rá bi a Sa ud ita Á fr ic a do S ul Tu rq ui a B A B A B A B A B A B A

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Preparo

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Renda na aposentadoria.

Estarei preparado para a vida na velhice e será sufi ciente?

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Em todo o mundo, uma pequena parte das pessoas estará bem preparada financeiramente para a aposentadoria e estará completamente protegida.

Essas pessoas:

• Vivem principalmente na Europa e na América do Norte;

• Têm maior probabilidade de ser homens saudáveis com boa fonte de renda profissional.

Em todo o mundo, uma parte maior estará totalmente desprotegida na aposentadoria. Essas pessoas:

• Vivem principalmente no Leste Europeu, Ásia, África e América Latina;

• Têm boa chance de ser tanto homens quanto mulheres, em condições de saúde precárias, com renda relativamente baixa e dependentes de suas famílias para seu sustento.

Entre esses, está o maior grupo, os vulneráveis a cair na pobreza mais tarde na vida, a não ser que se preparem.

• Os países apresentam níveis de risco diferentes para homens e mulheres, dependendo da provisão que o estado oferece, do papel das famílias e comunidades e das possibilidades de trabalho na terceira idade.

• As pessoas apresentam vulnerabilidades diferentes dependendo de serem homens ou mulheres, sua saúde, qualificação e capacidade de trabalho.

Fontes de renda na aposentadoria As pessoas podem ter uma série de fontes das quais tiram sua renda de aposentadoria: poupança, ativos, renda (incluindo continuar a trabalhar) e imóveis. O interessante é observar a variação entre essas opções nas diferentes regiões e países, entre homens e mulheres, além de sua relação com a saúde.

Lares de baixa renda, mulheres e pessoas cuja saúde as impeçam de trabalhar na velhice são, especialmente, vulneráveis neste estágio da vida. Apesar de muitas pessoas acreditarem que os governos deveriam garantir sua velhice,

elas reconhecem que uma boa parte dessa responsabilidade recai sobre si mesmas e suas famílias.

Identificamos quatro grupos, ou pilares, de renda de aposentadoria. A maior parte das pessoas terá alguma forma de renda mais tarde em suas vidas, quer seja planejada e substancial, ou não-planejada e modesta. Esta renda pode ser originada de poupanças, vendas de ativos, aluguel de propriedades imobiliárias, benefícios e pensões do sistema público ou de títulos e ações. A pesquisa revela que, dependendo da faixa etária e da região econômica, as pessoas utilizam uma série de fontes de renda para prover sua aposentadoria.

Neste capítulo, examinamos as principais fontes de renda de aposentadoria e sua relação com a “armadilha da vulnerabilidade”. Na maioria das economias em transição, de 50% a 80% das diferentes gerações temem a falta de dinheiro na velhice, e as mulheres sentem isso mais freqüentemente. Nesses países, e mesmo em algumas seções de economias mais maduras, grandes grupos estarão desprotegidos e dependentes de seus próprios esforços e do suporte de suas famílias.

Como podemos ver no gráfico 3.1, de 40-60% das pessoas, tanto ativas quanto já aposentadas, que vivem nas economias maduras da Europa e da América do Norte têm na poupança uma das principais fontes de renda de aposentadoria. Porém, este percentual varia imensamente entre os países, desde um máximo de 80% a um mínimo de apenas 25%.

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3.1 Principais fontes próprias de renda de aposentadoria por região e faixa etária (trabalhadores e aposentados)

Na Dinamarca, no Reino Unido e na França, as poupanças são a principal fonte de receita de aposentadoria para a maioria de cada geração, seguidas de ações, títulos e vendas de ativos, na Dinamarca, e por ações, títulos e benefícios e pensões, no Reino Unido e na França.

Na Alemanha, benefícios e pensões são a principal fonte de renda própria de aposentadoria, seguidos de poupança, enquanto nos Estados Unidos são as ações e títulos, seguidos de poupança. No Canadá, é poupança para a faixa dos 40-59 anos, ações e títulos para a faixa de 60-69 anos e poupança, ações, títulos e benefícios e pensões para a faixa de 70-79 anos. O gráfico acima ilustra que, na Ásia, a poupança é claramente a principal fonte. Somente em três instâncias ela não é uma das principais fontes de renda de aposentadoria, principalmente entre as pessoas com 50-69 anos na Coréia do Sul, que indicam aluguel de propriedades (47%) e benefícios e pensões (59%) como uma das principais fontes, respectivamente, e entre a faixa de 70-79 anos no Japão, que aponta benefícios e pensões (65%). Em

outros lugares na Ásia, a poupança é indicada como uma das principais rendas próprias de aposentadoria, indo de 50% para 70-79 anos na Coréia do Sul a 100% em algumas das gerações na Índia, nas Filipinas e na Malásia.

No Japão, Índia, China, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul, a parte que aponta a poupança como uma de suas principais fontes próprias de renda de aposentadoria diminui com a idade, enquanto nas Filipinas, Malásia e Hong Kong acontece o contrário. Toda outra fonte de renda própria de aposentadoria é indicada em proporção significativamente menor. Na Eurásia/África, há uma composição variada de fontes. Metade das pessoas na faixa de 70-79 anos na Turquia identifica benefícios e pensões como sua principal fonte de renda e a outra metade, aluguel de propriedades. Cerca de três quartos das pessoas entre as idades de 50 e 79 anos, na Arábia Saudita, também apontam benefícios e pensões. A maioria de todas as gerações na Rússia indica poupança como uma de suas principais fontes, aumentando com a idade desde 50%, na faixa de 40-49 anos, até 68% na com 60-69 anos. O mesmo padrão pode ser percebido na África do Sul, com 50-66% das gerações identificando a poupança como uma de suas principais fontes de renda de aposentadoria.

Na América do Sul, temos padrões muito diferentes nos dois países pesquisados. No México, a maioria da faixa de 40-59 anos indica venda de ativos como uma de suas principais fontes (50-65%), enquanto a maioria dos 60-79 anos aponta poupança (46-69%). No Brasil, benefícios e pensões são indicados por entre 79 e 91% como suas principais fontes de renda de aposentadoria com menos de 20% indicando outras fontes.

Enquanto proporções maiores de grupos de mais alta renda (e homens) tendem a ter mais de uma fonte de renda própria de aposentadoria, os grupos de mais baixa renda (e mulheres) tendem a ser dependentes de uma única fonte própria de renda (e isso varia em todas as economias, conforme mostrado acima). Claramente, as pessoas que dependem de uma única fonte de renda têm maior probabilidade de cair na “armadilha da vulnerabilidade”.

Portanto, as pessoas se dividem em três categorias principais:

3.1 Principais fontes próprias de renda de aposentadoria

por região e faixa etária (pré e pós-aposentadoria)

Poupança Ações Benefícios e pensões Ativos Aluguel Global Europa América do Norte América do Sul Eurásia/África Ásia 80 40 0 Porcentagem 0 40 80 Trabalhadores

(abaixo de 60 anos) (Acima de 60 anos)Aposentados

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dependência na velhice.

3.2 Proporção que teme saúde precária e vulnerabilidade/pobreza e vulnerabilidade

Pobreza e vulnerabilidade

Na maioria das economias, o número de pessoas que teme não dispor de recursos financeiros suficientes na velhice cai globalmente com a idade, de 58 a 44%. Esta tendência é revertida em Cingapura e na Índia. Esta mudança de ponto de vista à medida que as pessoas envelhecem é marcante na maioria das economias maduras e na China.

Na maioria das economias em transição, entre 50% e 80% das diferentes gerações temem a falta de dinheiro na velhice. As exceções são a China, Taiwan e Índia. Nas economias maduras da Europa

Global Dinamarca França Alemanha Canadá Reino Unido EUA Brasil México China Hong Kong Índia Japão Malásia Filipinas Cingapura Coréia do Sul Taiwan Rússia Arábia Saudita África do Sul Turquia 100 50 0 Porcentagem 0 50 100 Trabalhadores

(abaixo de 60 anos) (acima de 60 anos)Aposentados

3.2 Proporção que teme saúde precária e vulnerabilidade

/pobreza e vulnerabilidade

Falta de dinheiro Doenças e incapacidade Dependência de outros

• as que estão bem preparadas e protegidas para a aposentadoria, mas que são a minoria;

• um número maior de pessoas que está quase totalmente desprotegido;

• o grande número de pessoas que sente estar protegido e seguro, mas que, na realidade, enfrenta a perspectiva de cair na “armadilha da vulnerabilidade” com o apoio limitado de seus governos, renda própria limitada e famílias que freqüentemente têm dificuldade em prover o auxílio e suporte necessários.

É aqui que governos, indivíduos, comunidades e a iniciativa privada devem agir juntos.

Saúde precária e vulnerabilidade

De modo geral, as gerações pesquisadas se sentem bem, mesmo à medida que envelhecem. Porém, em todas as idades pesquisadas, parte

relativamente grande está apreensiva quanto à terceira idade, à saúde precária e à dependência de terceiros, enquanto uma parte menor está apreensiva com a possibilidade de não ter dinheiro suficiente. O gráfico 3.2 revela como as gerações se sentem em relação a envelhecer.

Mundialmente, cerca de 70% dos pesquisados teme doenças e incapacidade na velhice – uma proporção que atinge níveis de 90% na França. Interessantemente, Índia, China e Taiwan não se encaixaram neste perfil, com níveis de medo de cerca de 50%. Em todos os países (excluindo o Japão), a tendência esmagadora é as mulheres temerem mais do que os homens doenças e incapacidade na velhice. Isso se verifica também no Reino Unido, onde 64% dos homens com idade entre 40-49 anos temem doenças e incapacidade na velhice, comparados com os 75% das mulheres. Mundialmente, cerca de 60% dos entrevistados teme depender de terceiros na velhice, mas há uma grande variação entre os países. Novamente, vemos uma série de economias asiáticas (principalmente Índia, Filipinas, China, Taiwan, Coréia do Sul e Hong Kong) com baixas proporções (de cerca de 30 a 50%) comparadas com proporções relativamente altas (entre 60 e 80%) na Dinamarca, França, Alemanha e mesmo nas economias em transição do Brasil, México, Rússia, Turquia, Malásia, África do Sul e Arábia Saudita. Com exceção do Japão, há uma tendência geral mais alta das mulheres temerem a

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e América do Norte, a proporção que teme a falta de recursos na aposentadoria está abaixo de 55%. De modo geral, há uma tendência para uma maior proporção de mulheres em cada geração temer a falta de recursos suficientes na velhice. Porém, temos exceções notáveis: China, Hong Kong e Cingapura, onde, em especial entre as gerações mais velhas, há uma proporção menor de mulheres do que a de homens preocupados com a falta de recursos na velhice. Esta análise revela que as gerações que ainda estão trabalhando não esperam que seu padrão de vida piore com a aposentadoria – exceto na Rússia. Tampouco a maioria das pessoas já aposentadas sente que seu padrão de vida está pior do que antes – de novo, a exceção é a Rússia.

Nas economias maduras (excluindo o Japão), a maioria das pessoas que trabalha ou que está aposentada não está preocupada em ter de arcar financeiramente com seu futuro. Para elas, a aposentadoria parece oferecer a perspectiva de uma saúde relativamente boa, controle e independência, com poucas barreiras para seguir a vida que escolherem.

Porém, estamos aguardando ansiosamente nossas aposentadorias?

O gráfico 3.3 faz essa pergunta para as gerações que trabalham em todas as economias pesquisadas. Vale a pena observar que em uma série de

economias, as proporções (especialmente entre os mais jovens que trabalham) que ainda não pensaram a esse respeito são bastante significativas. É o que ocorre no Brasil (45%), México (41%), Rússia (32%), Cingapura (30%) e Taiwan (30%), e isso pode ser um reflexo do atraso na aceitação cultural da aposentadoria como sendo uma fase da vida que deve ser planejada. Somente em dois países as gerações que trabalham não estão aguardando ansiosas suas aposentadorias, na Rússia (43%) e na Arábia Saudita (59%).

Em geral, nas economias maduras da América do Norte e Europa, uma grande parte das pessoas ativas (acima de 70%) aguarda positivamente sua aposentadoria. Isso também é verificado na Turquia, China e Hong Kong. Em geral, não há diferença significativa de sentimento em relação à aposentadoria entre homens e mulheres.

3.3 Você está aguardando com ansiedade sua aposentadoria? Faixa etária de trabalhadores

100 75 50 25 0 Po rcent agem A le m an ha Dinamarca R ei no U ni do EU A C hi na C an ad á Tu rq ui a França Hong Ko ng Coréia do Sul Global Taiw an Malásia Ja pão África do Sul Ín di a Filipinas Cingapura Brasil México Arábia Saudit a Rússia

3.3 Você está aguardando com ansiedade sua aposentadoria? Faixa etária pré-aposentadoria

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Herança

As preferências globais em termos do que deixar.

O que desejo deixar para minha família?

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A maioria das pessoas quer deixar algo para seus herdeiros. Talvez, contrariando as expectativas, isso freqüentemente não seja dinheiro. Em cada geração, somente cerca de 10% gostaria que seus filhos herdassem dinheiro e 20%, sua casa e patrimônio.

De modo geral, aproximadamente 60% dos

respondentes desejariam que seus filhos herdassem deles valores não-materiais, como sua perspectiva de vida (espírito/senso de humor, maneira de contribuir para a comunidade) e seu conhecimento. As mulheres são mais propensas a querer deixar esses valores para seus herdeiros, enquanto os homens têm maior propensão a querer deixar dinheiro ou casa própria/patrimônio.

As ilustrações a seguir mostram esta preferência de herança nas regiões da pesquisa.

Nas economias maduras da Europa e América do Norte (gráficos 4.1, 4.2), 17% dos entrevistados gostariam de deixar seu dinheiro para seus herdeiros (em especial, na geração mais velha da Alemanha). Há uma maior tendência para as pessoas escolherem os valores não-materiais, como perspectiva de vida (em especial, na Dinamarca, mas também no Reino Unido, nos Estados Unidos e Canadá), seguidos de conhecimento, e, em proporções menores, de suas casas/patrimônio. Geralmente, nestas economias, as mulheres têm maior inclinação a querer que seus filhos herdem estes valores não-materiais. Pode ser que essas preferências de herança reflitam os níveis relativamente altos de padrões de vida e os sistemas previdenciários bem desenvolvidos da região, tornando a herança de capital menos vital.

4.1 O que as pessoas querem deixar para seus filhos? (Europa)

4.2 O que as pessoas querem deixar para seus filhos? (América do Norte)

4.3 O que as pessoas querem deixar para seus filhos? (América do Sul)

4.4 O que as pessoas querem deixar para seus filhos? (Ásia) 3% Religião 23% Conhecimento 1% Negócios/Carreira 41% Perspectiva de vida 10% Dinheiro 22% Casas/Propriedades 4.1 O que as pessoas querem deixar para seus filhos? (Europa) 8% Dinheiro 19% Conhecimento 13% Religião 40% Perspectiva de vida 1% Negócios/Carreira 19% Casas/Propriedades 4.2 O que as pessoas querem deixar para seus filhos? (América do Norte)

4.3 O que as pessoas querem deixar para seus filhos? (América do Sul) 11% Religião 49% Conhecimento 5% Negócios/Carreira 22% Perspectiva de vida 3% Dinheiro 11% Casas/Propriedades

4.4 O quê as pessoas querem deixar para seus filhos? (Ásia) 13% Religião 24% Conhecimento 4% Negócios/Carreira 28% Perspectiva de vida 11% Dinheiro 20% Casas/Propriedades

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“Muitos querem que seu legado seja sua perspectiva de vida e não seu

patrimônio.”

Na América do Sul (gráfico 4.3), as preferências de herança são mais uma vez representadas pelos valores, com conhecimento sendo a preferência de 49% dos respondentes. Valores materiais, como dinheiro,

empresa/carreira e casa/patrimônio, são escolhidos apenas por 19%, com casa/patrimônio sendo uma resposta relativamente mais comum no Brasil.

Nas economias asiáticas em geral (gráfico 4.4), encontramos um padrão de preferência de herança com grande semelhança ao observado na América do Norte. Mais uma vez, as pessoas gostariam de deixar valores não-materiais, como o conhecimento, no Japão (aproximadamente 30%) e nas Filipinas, com cerca da metade dos pesquisados escolhendo esta opção. Em outros locais, as opções mais comuns são a religião (especialmente na Malásia, com 25-40%) e perspectiva de vida – em especial na China e Taiwan, com aproximadamente 50%. Dinheiro e casa/patrimônio são, porém, a preferência prioritária na Índia (aproximadamente 30%). Parece não haver diferença marcante nestes pontos de vista entre os sexos nesta região.

Finalmente, na Eurásia/África (Rússia, Turquia, África do Sul e Arábia Saudita), vemos que religião desempenha um papel importante enquanto preferência por herança, em especial na Arábia Saudita (aproximadamente 50%) e Turquia (25-40% – a maior parte entre os jovens), junto com casa/patrimônio, em especial na Rússia (aproximadamente 40%) e entre as gerações mais velhas na Turquia.

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A quarta pesquisa anual O Futuro da Aposentadoria, sobre o trabalho e a aposentadoria, revela uma imagem positiva de como as pessoas vêem suas perspectivas e seus estilos de vida na aposentadoria. No Brasil, a pesquisa mostra um surpreendente grau de otimismo em relação à segurança financeira e ao padrão de vida na aposentadoria. Apesar desse otimismo, a preparação para essa fase varia entre as gerações, os sexos, as regiões geográficas e uma boa parte dos brasileiros se preocupa com uma provável situação de vulnerabilidade no futuro. O estudo tem como temas principais Expectativas, Opção, Preparo e Herança, e destaca as principais maneiras como as pessoas no Brasil estão se preparando para sua aposentadoria.

Investindo na Aposentadoria - Principais descobertas no Brasil

• A herança preferida é a perspectiva de vida. • O governo é percebido como o mais importante contribuinte para a renda de aposentadoria. • Alto nível de preferência para obrigação de poupança adicional complementar.

• Pouco apoio para medidas de redução de benefícios e pensões ou aumento de impostos. • Grande parte teme uma saúde precária e falta de recursos na aposentadoria.

1. Expectativas: provisão do estado pode não ser suficiente

Muitos governos prometeram aposentadorias públicas generosas a partir dos 60 ou 65 anos, mas estas se tornam cada vez mais insustentáveis à medida em que a expectativa de vida está cada vez maior. Mundialmente, 31% dos entrevistados apontam que os governos deveriam sustentá-los nesta fase da vida. No Brasil, 48% dos trabalhadores e 50% dos aposentados acreditam que o estado deveria arcar com este ônus. Porém, no Brasil, como em muitos outros países, a confiança nos governos para honrar com esta obrigação é mais baixa, com somente 36% dos respondentes confiantes na capacidade do estado de prover adequadamente na aposentadoria.

2. Opção: como prover para uma população que envelhece

Dada a falta de confiança no apoio do governo, o que deve ser feito para atender às demandas de populações que vivem cada vez mais? As alternativas mais comuns adotas pelos governos, como aumento de impostos, redução do valor dos benefícios e pensões do sistema público ou aumento da idade de aposentadoria são globalmente rejeitadas e, no Brasil, o apoio para essas medidas também é pequeno.

Mundialmente, 36% dos trabalhadores (e 29% dos aposentados) entendem que o governo deveria exigir poupanças particulares adicionais. No Brasil, este é o meio preferido de prover a aposentadoria da população. Cerca de 50% dos trabalhadores pesquisados e 40% dos aposentados são a favor

O que o governo deve fazer primeiro para sustentar a população mais idosa?

33% Exigir poupança particular adicional

31% Aumentar idade de aposentadoria 5% Não sei

24% Aumentar impostos

7% Reduzir benefícios e pensões

32% Exigir poupança particular adicional

25% Aumentar idade de aposentadoria 6% Não sei

12% Aumentar impostos

24% Reduzir benefícios e pensões

Brasil

Global

Principais fontes de renda de aposentadoria por região e faixa etária trabalhadores e aposentados

60 40 20 10 0

Poupança Ações Benefícios Ativos Aluguel

Global América do Sul 29% 50% 38% 50% 7% 25% 3% 24% 45% 29% 45% 37%29% 24% 17% 26% 17% 22%17%18% <60 >60 <60 >60 <60 >60 <60 >60 <60 >60

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