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Fisioter. mov. vol.25 número1

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Academic year: 2018

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Fisioter Mov. 2012 jan/mar;25(1):9

ISSN -5 5 Fisioter. Mov., Curitiba, v. 5, n. , p. 9, jan./mar.

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Editorial

Ao empreendermos a tarefa de elaborar um artigo científico, contamos com nossa experiência sobre o tema – grande ou pequena –, nossa percepção de mundo, nossos conceitos e preconceitos e refletimos sobre qual a implicação disso em nossa opção de trabalho. Temos olhos e ouvidos, conhecemos bem o alfabeto e os números, mas não sabemos verdadeiramente ouvir, ver, observar, ler, entender, escrever, perguntar, responder e avaliar, até que concluímos a tarefa a que nos propusemos. Ao longo do processo de pesquisa, adquirimos conhecimentos que se tornam matéria-prima para obter o desfecho esperado. Aprendemos a pensar e a libertar a mente, a argumentar e formular ideias, alargando horizontes e perspectivas. Com tudo isso, rompemos com o conformismo e nos atrevemos a provocar desassossegos e questionamentos, impon-do-nos metas, desafios, normas e valores cada vez mais exigentes. Nem sempre somos compreendidos, mas ao menos podemos nos pautar em um bom método, qualitativo ou quantitativo, e temos critérios e formatos que devemos seguir para dar cabo do nosso objetivo. Essa experiência, quando vivida de maneira sincera e com a atitude metodológica correta, amadurece e transforma pelas descobertas que possibilita. Se esse pro-cesso, por qualquer razão, não puder acontecer em condições mínimas de qualidade, não deveria nem ser iniciado, pois, além de inútil, costuma resultar em frustração e mágoa pela recusa do manuscrito ou críticas sempre difíceis de aceitar, pois se dirigem a algo que fizemos nascer. Todos sabemos da premência que se instalou no sentido de publicar, publicar, publicar, herança de modelos não necessariamente nascidos nos ambientes acadêmicos. Essa expressão acabou sendo criada para descrever a pressão nos ambientes aca-dêmicos para rápida e continuamente publicar trabalhos acaaca-dêmicos para sustentar ou alavancar a carreira mais e mais. Acredito já ter abordado em outros editoriais essa questão, mas acredito que o talento de um cientista necessita de outras estratégias de quantificação além da quantidade de publicações em um período de tempo. Todos temos um limite de competência, e parece óbvio que a qualidade das produções em um período de tempo está fortemente relacionada à quantidade disponibilizada ao mercado editorial.

A pressão para publicar tem sido citada como responsável pela pobreza dos artigos submetidos a periódi-cos científiperiódi-cos. Essa última consequência tem gerado muito trabalho aos pareceristas ad hoc das revistas em

todas as áreas; sofrimento compartilhado pelos editores. Na contramão dessa tendência vem tomando corpo o movimento slow science. Ele é baseado na crença de que a ciência deve ser um processo lento, rigoroso,

con-tínuo e metódico, e que os cientistas não devem ser premidos para produzir soluções rápidas . Ciência lenta suporta curiosidade na pesquisa científica e se opõe a metas de desempenho. O slow science também é

inclu-sivo, pois pressupõe que os contextos sócio-históricos de cada país são determinantes no modo de produzir ciência. Isso abre espaço para abordagens qualitativas, às quais nem sempre se outorga o status de ciência.

Contudo, enquanto sonhamos com o slow science, procuramos atender às demandas do fast science com a

habitual qualidade que nos fez auferir o status de Qualis B na última avaliação do comitê da nossa área.

Parabéns aos pareceristas ad hoc, corpo editorial, colegas da Editora Champagnat, autores e todos

aque-les que continuam acreditando e desejando o nosso aprimoramento.

Referências

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