• Nenhum resultado encontrado

J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.39 número1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "J. Bras. Patol. Med. Lab. vol.39 número1"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

49

Jo

rn

a

l B

ra

sil

e

iro

d

e

P

a

to

lo

g

ia

e

M

e

d

ic

in

a

L

a

b

o

ra

to

ria

l

Bacillus ant hracis

, pós e bioterrorismo

Bacillus anthracis, powders and biot errorism

Bartholomew & Mittwer (esporos fixam o verde malaquita enquanto a safranina ajuda a revelar for-mas vegetativas e esporângios). Ao mesmo tempo, semeadura por esgotamento em diferentes meios de cultura sólidos foram executadas, mas o ágar sangue de carneiro a 5% (AS) foi fundamental para a observação de hemólise e de morfologia colonial

suspeita de B. anthracis. No meio AS, o fago gama

(nem sempre à mão) produz lise em B. anthracis.

O cultivo em caldo nutriente com 0,5% de glicose foi utilizado para demonstrar mobilidade

entre lâmina e lamínula. O B. anthracis, quando

pre-sente nesses meios de cultura, em particular o AS,

em até 30 horas não apresenta hemólise (tipo β),

mas é imóvel. Em meio inibidor ou revelador de B.

megaterium (p. ex., MYP, VRM) mostra-se lecitinase-negativo. Não se observaram células vegetativas

com predominância de largura = 1µm, e

compri-mento entre 4 e 8µm; nem esporos típicos nos pós

suspeitos, juntamente com a ausência de mobilida-de nas células cultivadas sob exame. O resultado presuntivo foi negativo para a espécie procurada.

O B. anthracis pertence ao grupo dos grandes

Bacillus juntamente com B. cereus, B. megaterium, B.

mycoides e B. thuringiensis. A determinação da largu-ra e comprimento celulares é fator importante palargu-ra discriminá-lo de muitas outras espécies do gênero, mesmo dos novos gêneros correlacionados (Paenibacillus, Brevibacillus, Aliciclobacillus, etc.). A es-tratégia adotada baseada em metodologia simples, concordante com a preconizada pelo Centers for Disease Control and Prevention, EUA, foi suficiente para responder às questões das autoridades de saú-de sobre 600 materiais suspeitos analisados (saú-dezem-

(dezem-bro de 2001), todos sem B. anthracis.

Tem sido relatado nos meios esclarecidos que o

Bacillus anthracis e o vírus da varíola são agentes que, na atualidade, reúnem condições para melhor atua-rem como armas biológicas em ações de bioterrorismo, cujo escopo é infundir histeria e pâni-co pela doença produzida em muitos indivíduos ao mesmo tempo, e com isto afetar as estruturas de um país, enfraquecendo-o.

Recente episódio nesse terreno ocorreu no

Bra-sil, quando pós suspeitos de conterem B. anthracis

foram encontrados em diferentes circunstâncias e ambientes, iniciando-se assim uma mobilização em cadeia de parte da sociedade, com vistas a se de-tectar tal bactéria nestes e noutros materiais não-clínicos. O Ministério da Saúde, em combinação com órgãos municipais, estaduais e federais, con-centrou as análises bacteriológicas na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e, a partir de outubro de 2001, um pequeno grupo de técnicos especialistas, em associação, estabeleceu, em regime de urgên-cia, uma rotina bacteriológica analítica para respon-der em poucas horas, com bastante precisão, sobre a presença ou não da bactéria suspeita.

A ação inicial foi estabelecer a presunção da pre-sença no material de formas bacterianas compatí-veis com aquelas relacionadas à citologia do

B. anthracis, examinada pelo menos sob mil aumen-tos, isto é, formas esporuladas típicas em que

gran-de quantidagran-de – ao menos 103 esporos –,

junta-mente ou não com formas vegetativas, por campo microscópico, pudesse ser observada a partir de sus-pensões de pó concentradas em solução de NaCl a 0,85%.

Os esfregaços fixados em lâmina com aderente foram corados pelos métodos de Gram e de

R

io

d

e

J

a

n

e

iro

, v

. 3

9

, n

. 1

, p

. 4

9

, 2

0

0

3

Recebido em 01/ 03/ 02 Aceito para publicação em 25/ 06/ 02

1. Pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz; responsável pelo Laboratório de Fisiologia Bacteriana do Departamento de Bacteriologia; curador da Coleção de Culturas do Gênero Bacillus e Gêneros Correlatos (CCGB). 2. Pesquisadora do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia do Centro de Pesquisas Hospital Evandro Chagas; chefe do Laboratório de Microbiologia.

Leon Rabinovitch1

M aria Cristina Lourenço2

Referências

Documentos relacionados

Em 1942, assumiu o cargo de assistente do Departa- mento de Parasitologia do Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), lotada no Instituto Evandro Chagas, em Belém, onde colaborou

ção impõe limites maiores e mais claros à ação predatória daqueles que visam simplesmente a reservar a si próprios fatias. do mercado de trabalho, sem preocupação

In the present study we compare the performance of two automated assays, the AxSYM Toxo IgG assay (Abbott Laboratories) and the Vidas Toxo IgG II assay (bioMérieux S.A.), employing

As most laboratories still use the indirect methods for confirming low automated platelet counts, this work compared two indirect methods used in practice (Fonio and Nosanchunk et

Rita Lobato began to sign Rita Lobato Freitas when she married Antonio Maria Amaro de Freitas, in 1889, two years after graduation.. He had been her boyfriend since school time,

A exemplo do que se desenha para a América do Norte, as ações futuras das sociedades científicas médicas no Brasil poderiam ser pensadas em termos de impacto para a

Laboratório Médico Santa Luzia instructs that when anomalous fractions are present, a hemoglobin electrophoresis must be enhanced for a hemoglobinopathy study composed of the

Mestre em Microbiologia; biologista da Seção de Bacteriologia do Laboratório de Patologia Clínica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, São Paulo, Brasil.. Technical