• Nenhum resultado encontrado

Integração de sistemas de informação na segurança pública do Distrito Federal: um modelo de consenso e suas possibilidades

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Integração de sistemas de informação na segurança pública do Distrito Federal: um modelo de consenso e suas possibilidades"

Copied!
208
0
0

Texto

(1)

INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA

SEGURANÇA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL: UM

MODELO DE CONSENSO E SUAS POSSIBILIDADES

Dissertação apresentada como requisito à obtenção do grau de Mestre. Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gestão do

Conhecimento e da Tecnologia da Informação, Universidade Católica de Brasília.

BRASÍLIA

(2)

i

INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA

SEGURANÇA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL: UM

MODELO DE CONSENSO E SUAS POSSIBILIDADES

Dissertação apresentada como requisito à obtenção do grau de Mestre. Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gestão do

Conhecimento e da Tecnologia da Informação, Universidade Católica de Brasília.

BRASÍLIA

(3)

i

S731i Souza, Nelson Gonçalves de

Integração de sistemas de informação na segurança pública do Distrito Federal: um modelo de consenso e suas possibilidades / Nelson Gonçalves de Souza. – Brasília, 2003.

208 f. : il

Orientador: Mauricio M Martinez.

Dissertação (mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2003.

1. Computação. 2. Sistemas de informação. 3.Segurança Pública. 4. Tecnologia da informação I. Martinez, Mauricio M Martinez, orient. II. Título.

CDU 004:658(817.4)

(4)

ii

NELSON GONÇALVES DE SOUZA

SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA: IDENTIFICAÇÃO DE UM MODELO DE CONSENSO E SUAS POSSIBILIDADES.

Dissertação apresentada como parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de

Mestre em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação da Universidade

Católica de Brasília, pela seguinte banca examinadora:

_____________________________________ Prof. Dr. Maurício Miguel Martínez Martinez

Orientador

_____________________________________ Prof. Dr. George Felipe de Lima Dantas

______________________________________ Prof. Dr. Edílson Ferneda

(5)

iii

Primeiramente, agradeço a Deus, por ter permitido que tudo esteja bem até aqui.

Em seguida, agradeço minha mulher, Dilma, e nossos filhos Thiago e Iago, pelo amor, carinho e compreensão.

Também agradeço a todos aqueles que, a exemplo do meu caro orientador, Doutor Mauricio Martinez, foram pacientes, leais e amigos, contribuindo direta ou indiretamente para que esta dissertação fosse produzida.

Agradeço à Professora Elizabeth de Lima Dantas, mestre em línguas e docente da St. Anselm’s Abbey School, na cidade de Washington, Distrito de Colúmbia, Estados Unidos da América, pela contribuição na área de tradução.

Agradeço ainda, ao colega e amigo, do qual muito me orgulho, Doutor George Felipe de Lima Dantas (Major Felipe) que, iniciando comigo a vida policial, galgou o mais alto grau da escala acadêmica. A ele, pela ajuda incondicional nos momentos em que me faltou a necessária experiência acadêmica para seguir com este trabalho.

(6)

iv

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ...1

1.1.TEMA... 1

1.2.PROBLEMA... 1

1.3.APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA... 1

1.4.RELEVÂNCIA DO TEMA... 5

1.5.PROBLEMAS DE PESQUISA... 10

1.6.HIPÓTESES DE PESQUISA... 10

1.7.OBJETIVOS... 11

1.7.1. Geral ... 11

1.7.2. Específicos ... 11

1.8.LIMITAÇÕES DO ESTUDO... 12

CAPÍTULO 2 - REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA ...15

2.1.INTEGRAÇÃO... 15

2.1.1. Conceito ... 15

2.1.2. A Necessidade de Informação Integrada em Segurança Pública ... 15

2.1.3. A Tecnologia como Parte da Solução ... 16

2.1.4. Componentes Funcionais dos Sistemas Integrados de Informação ... 16

2.1.5. Princípios Básicos da Integração de Sistemas de Informação em Segurança Pública ... 17

2.2.ESTRUTURA ATUAL DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA SSPDS-DF... 18

2.2.1. Funcionamento do Sistema ... 19

2.2.1.1. Sistema Millenium ...19

2.2.1.2. Sistema SSPDS-DF...19

2.2.1.3. Características de Operação dos Órgãos representados no CIADE...20

2.2.1.3.1. Polícia Civil ...20

2.2.1.3.2. Polícia Militar ...21

2.2.1.3.3. Corpo de Bombeiros ...22

2.2.1.3.4. DETRAN ...22

2.2.2. Problemas Reportados Relativos ao Gerenciamento de Dados... 22

2.3.INTEROPERABILIDADE... 23

2.3.1. Definições ... 23

2.3.2. Necessidade da Interoperabilidade... 24

2.3.3. Comunicação Sem Fio na Segurança Pública ... 24

2.3.4. Padrões em Sistemas de Comunicação Sem Fio Especializados ... 24

2.3.4.1. Sistema de Rádio Troncalizado APCO/”Project 25”...25

2.3.4.1.1. Descrição ...25

2.3.4.1.2. Configuração...26

2.3.4.1.3. Principais Atributos...27

2.3.4.1.4. Principais funcionalidades do padrão...27

2.3.4.1.5. Principais benefícios ...27

2.3.4.2. Terrestrial Trunked Radio (“TETRA”) – Radio Terrestre Troncalizado ...28

2.3.4.2.1. Descrição ...28

2.3.4.2.2. Configuração...29

2.3.4.2.3. Principais Atributos...31

2.3.4.2.4. Principais Funcionalidades...32

2.3.4.2.5. Benefícios ...32

2.3.4.3. Comparação entre P25 e “TETRA”...33

2.3.4.3.1. Disponibilidade de freqüência...33

2.3.4.3.2. Capacidade do Sistema ...33

2.3.4.3.3. Potência de Saída ...34

2.3.4.3.4. Operação Convencional ...34

2.3.4.3.5. Definição de “Sites”...34

2.3.4.3.6. Compatibilidade com Migração Inversa ...35

2.4.ARQUITETURASPARAAINTEGRAÇÃODESISTEMASDEINFORMAÇÃO... 36

2.4.1. Definições Básicas ... 36

2.4.1.1. Arquitetura ...36

(7)

v

2.4.2. Arquiteturas de Integração ... 36

2.4.3. Sistemas Coordenados ... 37

2.4.4. Sistemas Baseados em “Data Warehouse”... 38

2.4.4.1. Definição...38

2.4.4.2. Histórico da evolução para o “Data Warehouse” ...39

2.4.4.3. Uma nova abordagem...40

2.4.4.4. Integração de dados – a essência da arquitetura baseada em “Data Warehouse”...41

2.4.4.5. Visão geral do ambiente de “Data Warehouse” ...43

2.4.4.6. A arquitetura Básica de “Data Warehouse” ...45

2.4.5. Arquitetura de “Data Warehouse” Central... 46

2.4.5.1.1. Considerações sobre software cliente...47

2.4.5.1.2. Atualização de dados...48

2.4.5.1.3. Principais vantagens da arquitetura de “Data Warehouse” centralizado ...48

2.4.5.1.4. Principais desvantagens da arquitetura centralizada...48

2.4.6. Expansão da Arquitetura de “Data Warehouse Centralizado” – O Uso de “Data Mart” ... 49

2.4.6.1. Data Mart...49

2.4.6.2. O “Enterprise Data Warehouse Model” (Modelo Empresarial de Depósito de Dados) ...50

2.4.7. Em Direção à Organização Inteligente ... 51

2.4.7.1. As Características da Organização Inteligente ...51

CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA ...54

3.1.CLASSIFICAÇÕES METODOLÓGICAS DO CASO EM ESTUDO... 54

3.2.SELEÇÃO DA AMOSTRA... 55

3.2.1. Critérios de Seleção ... 55

3.2.1.1. Cargos de Gerência Superior...55

3.2.1.2. Cargos de Gerência Técnica...56

3.3.INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS... 56

3.4.TRATAMENTO DOS DADOS... 57

CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS...59

4.1.ESTRUTURA DO CAPÍTULO... 59

4.2.RELATÓRIO SOMATIVO DAS ENTREVISTAS COM OS DIRIGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA NO DISTRITO FEDERAL... 60

4.2.1. Caracterização dos Indivíduos Componentes da Amostra... 60

4.2.1.1. Indivíduos incluídos na amostra ...60

4.3.APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS EM TELECOMUNICAÇÕES... 64

4.3.1. Caracterização dos Indivíduos Componentes da Amostra... 64

4.3.1.1. Indivíduos incluídos na amostra ...64

4.3.2. Apresentação e Análise dos Resultados ... 66

4.4.APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES E COMUNICAÇÃO DE DADOS... 84

4.4.1. Caracterização dos Indivíduos Componentes da Amostra... 84

4.4.1.1. Indivíduos incluídos na amostra ...84

4.4.2. Apresentação e Análise dos Resultados ... 86

CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...115

5.1.RECOMENDAÇÕES... 123

5.2.AVANÇANDO PARA O FUTURO... 125

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...128

BIBLIOGRAFIA ...131

(8)

vi

FIGURA 1 – ESTRUTURA DOS DADOS NA SEGURANÇA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL... 18

FIGURA 2 – “FREQUENCY DIVISION MULTIPLE ACCESS” [“ACESSO MÚLTIPLO POR DIVISÃO DE FREQUÊNCIA” (FDMA)] ... 26

FIGURA 3 - COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DE SISTEMAS ANALÓGICOS E FDMA ... 26

FIGURA 4 - MODELO ALTERNATIVO DO SISTEMA “APCO 25” ... 27

FIGURA 5 – TIME DIVISION MULTIPLE ACCESS (TDMA) – ACESSO POR DIVISÃO MÚLTIPLA DE TEMPO... 29

FIGURA 6 - COMUNICAÇÃO EM SISTEMAS TDMA ... 29

FIGURA 7 - MODOS DE OPERAÇÃO NO SISTEMA TETRA ... 30

FIGURA 8 – MODELO GENÉRICO DO PADRÃO “TETRA”... 30

FIGURA 9 - REDES E SUBREDES TETRA... 31

FIGURA 10 - EXEMPLO DE OPERAÇÃO NO SISTEMA TETRA ... 32

FIGURA 11 - APROVEITAMENTO DO CANAL DE 25 KHZ - COMPARAÇÃO FDMA VERSUS TDMA. 33 FIGURA 12 - SISTEMAS COORDENADOS... 37

FIGURA 13 - A FALTA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS ... 41

FIGURA 14 - NÍVEIS DA ARQUITETURA DE AMBIENTES PROJETADOS ... 42

FIGURA 15 - MODELO "HUB-AND-SPOKE" BASEADO EM DATA WAREHOUSE... 43

FIGURA 16 - INTEGRAÇÃO DE DADOS PROPICIADA PELO “DATA WAREHOUSE”... 45

FIGURA 17 - ARQUITETURA GENÉRICA DE “DATA WAREHOUSE”... 46

FIGURA 18 – “DATA WAREHOUSE” CENTRALIZADO... 47

FIGURA 19 - A ABORDAGEM "TOP-DOWN" (“DE CIMA PARA BAIXO”) ... 49

FIGURA 20 - ENTERPRISE DATA WAREHOUSE MODEL... 50

FIGURA 21 - SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA – VISÃO INTERNA... 125

(9)

vii

QUADRO 1 -Quadro Sintético Comparativo – padrões “APCO 25” e “TETRA”...35 QUADRO 2 - Classificação das pesquisas...137

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

ILUSTRAÇÃO 1 - Entrada Principal da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Distrito Federal...2 ILUSTRAÇÃO 2 - Agentes da Segurança Pública do Distrito Federal fazendo Atendimento e

despacho "lado a lado" no Novo Centro de Atendimento e Despacho da SSPDS/DF...4 ILUSTRAÇÃO 3 – Visão Geral do Centro Integrado de Atendimento e Despacho – CIADE -

(10)

viii

TABELA 1 – Tempo de exercício no cargo... 65

TABELA 2 – Formação específica para o cargo... 65

TABELA 3 – Favorabilidade em relação à interoperabilidade ... 66

TABELA 4 – Importância da interoperabilidade entre os órgãos de segurança pública do DF. . 66

TABELA 5 – Razões de importância da interoperabilidade. ... 67

TABELA 6 – Importância da interoperabilidade interestadual... 67

TABELA 7 – Razões para a importância da interoperabilidade interestadual ... 67

TABELA 8 – Importância da interoperabilidade com órgãos federais ... 68

TABELA 9 – Razões para a importância da interoperabilidade com órgãos federais ... 68

TABELA 10 – Órgãos federais importantes para a interoperação ... 69

TABELA 11 – Disponibilidade de canal de rádio dedicado à interoperação... 70

TABELA 12 – Interoperação direta com órgãos estaduais e/ou federais... 70

TABELA 13 – Órgãos de operação direta... 71

TABELA 14 – Existência de interoperabilidade entre os órgãos de segurança pública do DF. .... 71

TABELA 15 – Existência de interoperabilidade com órgãos do Governo Federal ... 71

TABELA 16 – Facilidade no estabelecimento de radiocomunicação com organizações do DF e estaduais/federais... 72

TABELA 17 – Dificuldade para o estabelecimento de radiocomunicação com órgãos do DF, estaduais e federais... 72

TABELA 18 – Importância da existência de bandas/freqüências exclusivas para a segurança pública ... 73

TABELA 19 – Razões para a importância da exclusividade de bandas/frequências... 73

TABELA 20 – Utilização de bandas de freqüências diferentes ... 74

TABELA 21 – Razão para o uso de bandas de freqüências diferentes ... 74

TABELA 22 – Utilização de freqüências de rádio internamente pelos órgãos ... 75

(11)

ix

TABELA 24 – Existência de acordo para estabelecimento de regras de interoperação ... 76

TABELA 25 – Existência de plano formal para interoperabilidade com outras organizações... 76

TABELA 26 – Sistema de telecomunicações adequado ... 77

TABELA 27 – Arquiteturas/tecnologias atuais recomendadas ... 77

TABELA 28 – Fatores concorrentes para a interoperabilidade... 78

TABELA 29 – Requisitos necessários à integração e interoperabilidade no DF... 78

TABELA 30 – Funções/facilidades necessárias ao sistema de telecomunicações... 79

TABELA 31 – Barreiras para a interoperabilidade ... 80

TABELA 32 – Favorabilidade à padronização ... 81

TABELA 33 – Encargo da definição de padrões ... 81

TABELA 34 – Problemas nas telecomunicações dos órgãos de segurança pública... 82

TABELA 35 – Problemas internos das organizações de segurança pública relativos a telecomunicações... 83

TABELA 36 – Fatores impeditivos à existência e/ou melhoria da interoperabilidade... 83

TABELA 37 – Satisfação com o sistema de telecomunicações ... 84

TABELA 38 – Tempo de exercício no cargo... 85

TABELA 39 – Formação ou treinamento específico na área de atuação... 85

TABELA 40 – Existência de infra-estrutura de comunicação de dados ... 86

TABELA 41 – Infra-estrutura de comunicação de dados nas unidades organizacionais... 86

TABELA 42 - Interconexão entre as unidades organizacionais... 86

TABELA 43 - Meio de transmissão de dados utilizado ... 87

TABELA 44 - Compartilhamento de dados através dos sistemas informatizados... 87

TABELA 45- Integração dos sistemas de informação com outros órgãos... 88

TABELA 46 - Integração de sistemas com órgãos federais... 88

TABELA 47 - Tipos de redes de comunicação de dados ... 89

TABELA 48 - Transmissão de dados sem fio (wireless) ... 89

(12)

x

TABELA 50 - Tipo de microcomputadores disponíveis ... 90

TABELA 51 - Tempo de uso dos computadores... 91

TABELA 52 – Nível de atualidade tecnológica dos computadores ... 91

TABELA 53 - Diferenças entre fabricantes e tecnologias ... 92

TABELA 54 - Aquisição/desenvolvimento de sistemas ... 92

TABELA 55 - Sistema operacional utilizado na organização... 93

TABELA 56 – Linguagem de desenvolvimento predominante ... 93

TABELA 57 - Tendências de desenvolvimento... 94

TABELA 58 - Sistema de base de dados utilizado... 94

TABELA 59 - Arquitetura de sistema da organização ... 94

TABELA 60 - Protocolos de comunicação de dados em uso... 95

TABELA 61 - Necessidade de obtenção de dados de outros órgãos... 95

TABELA 62 – Qualidade e oportunidade dos dados obtidos... 95

TABELA 63 - Razões para a não existência de qualidade e oportunidade ... 96

TABELA 64 - Existência de compartilhamento e integração em segurança pública no DF... 96

TABELA 65 - Exigência de compartilhamento de dados ... 97

TABELA 66 - Compartilhamento com organizações federais... 97

TABELA 67 - Comunicação, através dos SI, com qualidade e oportunidade... 97

TABELA 68 – Razões para a ausência de facilidade, qualidade e oportunidade na comunicação com outros órgãos ... 98

TABELA 69 – Forma de obtenção de dados e informações pelos níveis de execução da organização... 98

TABELA 70 – Acesso aos sistemas de informação da organização ... 99

TABELA 71 - Matriz de interação entre os órgãos da segurança pública... 99

TABELA 72 - Importância do compartilhamento de informações de segurança pública... 100

TABELA 73 – Razões para a importância do compartilhamento ... 100

(13)

xi

TABELA 75 - Razões para a importância da integração... 101

TABELA 76 - Importância do acesso aos dados e informações do órgão ... 101

TABELA 77 – Razões da importância do acesso aos dados da organização ... 102

TABELA 78 – Importância do acesso aos dados das demais organizações... 102

TABELA 79 – Razões para a importância do acesso aos dados das demais organizações ... 102

TABELA 80 - Benefícios da integração de sistemas de informação ... 103

TABELA 81 - Favorabilidade à integração... 104

TABELA 82 – Responsabilidade pela definição de padrões... 104

TABELA 83 - Disponibilidade de pessoal técnico... 105

TABELA 84 - Oportunidades de treinamento regular da equipe de TI... 105

TABELA 85 - Barreiras para a integração de sistemas de informação... 106

TABELA 86 - Nível de integração desejado... 107

TABELA 87 – Arquitetura de integração desejada... 107

TABELA 88 – Possibilidade de integração de sistemas na Seg. Pub. do DF ... 108

TABELA 89 - Razões para a dificuldade de integração... 108

TABELA 90 - Existência de esforço de integração da Seg. Pub. no DF... 109

TABELA 91 - Existência de plano formal para a integração... 109

TABELA 92 - Papel do governo do DF em um processo de integração de sistemas e informações na segurança pública ... 110

TABELA 93 - Papel do Governo Federal no processo de integração de sistemas na segurança pública do DF ... 110

TABELA 94 - Responsabilidade pela gerência do processo de integração de sistemas de informação no DF... 111

TABELA 95 - Recomendações para o sucesso de um processo de integração de sistemas de informação segurança pública no DF... 111

TABELA 96 - Recomendações para a superação de obstáculos em um processo de integração de sistemas de informação de segurança pública no DF... 112

(14)

xii

TABELA 98 - Fatores impeditivos à existência ou melhoria da integração de sistemas entre os órgãos da segurança pública do DF... 113

TABELA 99 - Classificação do grau de segurança da informação na organização ... 113

(15)

xiii

O estudo identificou a existência de um modelo de consenso para a integração tecnológica de sistemas de informação de segurança pública do Distrito Federal. Propôs, a partir do modelo de consenso, um modelo conceitual avançado que atende as recomendações mais atuais em termos de integração de sistemas de informação, abrangendo questões relacionadas à captação, armazenamento e difusão de dados e informações relevantes para a estrutura de segurança pública, através de meios de transmissão de voz, dados e imagens. A pesquisa, através do exame das condições atuais de integração tecnológica e de interoperabilidade da estrutura de Segurança Pública do Distrito Federal, constatou ainda a existência de um grande interesse, da parte dos dirigentes e técnicos, que seja promovida a integração dos sistemas de informação e de telecomunicações da estrutura de segurança pública do DF, embora reconheçam a existência de diferenças culturais e disputas internas. Os ambientes tecnológicos dos órgãos pesquisados, ressalvados os aspectos de dimensão e abrangência dos sistemas de cada um, apresentam coincidências que se comportam como um ponto de partida para integração. Foi também identificado que não há interesse, das organizações integrantes da estrutura, em perder o domínio sobre os dados que produzem e mantém, embora considerem importante o acesso a esses dados por parte de todos os que deles necessitem. São especialmente consideradas questões relativas à seletividade e segurança, inerentes ao tipo de dados que são armazenados. Do ponto de vista metodológico, foram utilizadas as técnicas de determinação de necessidades (needs assessment) e estudo de caso, sendo aplicadas sobre uma amostra composta por dirigentes dos órgãos componentes da estrutura de segurança pública do Distrito Federal, bem como, pelos dirigentes das áreas de informática e telecomunicações de cada um desses órgãos.

Palavras-chave

(16)

xiv

The study has identified a model for the technological integration of information systems dealing with the internal security of the Brazilian nation’s capital. This model introduces a conceptual framework in accordance with the latest ideas about integration of information systems. It encompasses the areas of gathering, storage and dissemination of both data and information relative to public security through voice, data and image transmission and recognition. The methodology used for this research has included needs assessment and case study techniques, which were applied to a sample of directors of security organizations within the Federal District as well as directors of telecommunications and systems administrators of the same organizations. The research has concentrated on the examination of present conditions of technological integration and cross-operational structure of public security in the Federal District. It has demonstrated the presence of a will for the promotion of information and telecommunications’ systems integration within the framework of public security in the Federal District. Such an undertaking has found support both amongst directors and technical personnel despite existing cultural and internal differences. The technical areas that have been visited by this research have presented sufficient points of commonality as to make this model a good point of departure for future integration. It is important to keep in mind the peculiar aspects and scope of each of the government organizations that have been part of the study. The findings have underlined that participating organizations would not want to relinquish their control over data gathered, produced or stored even though they realize the importance of making their findings available to all. The study has dealt carefully with questions of selectivity and security of stored data.

Keywords

(17)

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.1. Tema

Sistemas Automatizados de Informação.

1.2. Problema

A Integração dos Sistemas Automatizados de Informação dos Órgãos da Segurança Pública do Distrito Federal.

1.3. Apresentação do Problema

A segurança pública do Brasil está estruturada de acordo com o artigo 144 da Constituição Federal (CF) de 1988. Naquele artigo, a Carta Magna nomeia as instituições de segurança pública do país, bem como a função precisa de cada uma delas. São as seguintes as instituições de segurança pública brasileira referidas na CF de 1988:

Polícia Federal Polícia Rodoviária Federal Polícia Ferroviária Federal

polícias civis polícias militares

e

corpos de bombeiros militares.

Ao Departamento de Polícia Federal (DPF) cabe o papel de polícia judiciária federal, enquanto a Polícia Rodoviária Federal (PRF) se incumbe do patrulhamento ostensivo das rodovias federais e a Polícia Ferroviária Federal (PFF) realiza o patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

(18)

policias militares executam as atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública no âmbito de cada unidade federativa. Aos corpos de bombeiros militares, também no âmbito estadual, toca o resgate e salvamento de vítimas de sinistros, além de atribuições específicas de combate a incêndios e defesa civil.

O objetivo essencial do presente estudo, a integração dos sistemas de informação dos órgãos da segurança pública do Distrito Federal, demanda um exame dos papéis desempenhados por cada uma daquelas instituições. Ainda que não contemplado pelo Artigo 144 da CF de 1988, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN-DF) é parte da estrutura local de segurança pública da capital da república por força da legislação local -Lei Orgânica Distrital de 1994.

ILUSTRAÇÃO 1-ENTRADA PRINCIPAL DA SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL DO DISTRITO FEDERAL

Fonte: Foto produzida por LIMA DANTAS, jan-2003.

(19)

deveria para tentar competir e fazer o papel da outra instituição que lhe é complementar. SILVA et al (1998), em estudo sobre os diversos modelos policiais do mundo, aponta que no Brasil: “não existe, empiricamente, um sistema policial estabelecido, isso porque as polícias funcionam interna e externamente desarticuladas [...] As organizações policiais estaduais estão mais preocupadas em acumular poder do que em serem efetivas e eficazes para a sociedade [...] Fica assim constatado que a desarticulação entre os órgãos policiais é uma das variáveis mais importantes para o baixo desempenho dessas organizações.”

Ainda segundo os mesmos autores, “Necessita-se, urgentemente, de um sistema policial articulado, com eficácia e efetividade. Tal sistema deverá ter articulação em nível federal, estadual e local. A articulação do sistema policial deverá se estender e alcançar o sistema de justiça criminal da União e dos Estados, com seus bancos de dados interligados de forma sistêmica. Os bancos deverão gerar estatísticas nacionais, estaduais e locais, a partir de dados coletados sobre a violência e a criminalidade, conhecimento que norteará as políticas e ações dos órgãos de segurança, inclusive expondo os custos relacionados ao funcionamento do sistema de justiça criminal.” (grifo nosso).

O Plano Nacional de Segurança Pública (PLANASP), lançado em junho de 2000, parece corroborar as afirmações de Silva et al, mormente ao sugerir que: “a solução para a complexa e desafiadora questão da segurança exige o efetivo envolvimento de diferentes órgãos governamentais de todos os níveis, entidades privadas e sociedade civil. Busca-se, com o estabelecimento de medidas integradas, aperfeiçoar a atuação dos órgãos e instituições voltadas para a segurança pública do país, permitindo-lhes atuar segundo um enfoque de mútua colaboração. Somente com a participação conjunta este programa terá efetividade e criará condições para o desenvolvimento de ações mais eficazes.” (PLANASP, 2000.)

(20)

também da disseminação das chamadas “melhores práticas” entre os diversos órgãos do sistema.

Fica então evidenciado que um dos maiores problemas da gestão da segurança pública brasileira, mais além da desarticulação e descoordenação entre órgãos policiais idealmente tidos como sistêmicos (da segurança pública nacional, estadual ou local), é afalta de ações integradas, colaborativas e de efetivo compartilhamento de informações e que, sem ferir qualquer autonomia ou “brio institucional”, poderiam promover um aumento geral da efetividade de cada um dos órgãos e, por conseguinte, do próprio sistema de segurança pública como um todo.

ILUSTRAÇÃO 2-AGENTES DA SEGURANÇA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL FAZENDO

ATENDIMENTO E DESPACHO "LADO A LADO" NO NOVO CENTRO DE

ATENDIMENTO E DESPACHO DA SSPDS/DF.

Fonte: Foto produzida por Lima Dantas, jan-2003.

(21)

Uma base automatizada de dados é um grande arquivo eletrônico, capaz de armazenar e extrair informações rapidamente e em diferentes formatos. Um exemplo clássico de base de dados do interesse da segurança pública é o “National Crime Information Center” [Centro Nacional de Informações Criminais (NCIC)], criado em 1967 pelo “Federal Bureau of Investigation” [Bureau Federal de Investigação (FBI)] dos Estados Unidos da América (EUA).

De acordo com STEVENS (1995), o NCIC contém informações sobre bens roubados e furtados, indivíduos procurados e perdidos, registros criminais e situação atual de delinqüentes federais e estaduais, informações criminológicas de natureza técnico-científica e informações sobre delinqüentes procurados pelas autoridades do Canadá. O sistema NCIC possui 6 milhões de registros ativos, com seus computadores processando mais de 270 mil solicitações diárias. Ele permanece em operação contínua durante as 24 horas do dia e, ainda que o sistema seja operado pelo FBI, aproximadamente 70% de suas atividades estão voltadas para solicitações de polícias locais, estaduais e federais. Estima-se que existam hoje mais de 17 mil organizações policiais norte-americanas usando e compartilhando conhecimento, dados e informações através do NCIC.

1.4. Relevância do tema

A criminalidade é um fenômeno mundial e que aflige a todos, indiscriminadamente, em maior ou menor grau. Alguns países tomaram o problema de forma bastante séria e responsável, investindo de maneira intensiva em estratégias e tecnologias que pudessem minimizar o sofrimento de suas comunidades, tanto em relação ao crime, propriamente dito, quanto ao medo que ele produz. Diferentes ações vem demostrando que é possível controlar a expressão do fenômeno da criminalidade e da violência, o que certamente é um fator de melhoria da qualidade de vida das comunidades. Uma constante nos casos bem sucedidos é a utilização de estratégias eficazes, técnicas gerenciais modernas e, principalmente, tecnologias que permitam a produção e o uso racional e efetivo de conhecimento advindo de informações e dados integrados.

(22)

conceitualmente, um sistema de segurança pública. Quando a Constituição Federal de 1988 atribui papéis assumidamente complementares para os diferentes órgãos da segurança pública, há que ter em conta que tais organizações muitas vezes são politicamente antagônicas entre si, associando o poder com a hegemonia institucional, da qual o monopólio da informação pode ser uma decorrência. Isso é o que se pode depreender, a exemplo, do texto de SOARES (2000), atual Secretário Nacional de Segurança Pública1:

“A Polícia Militar, sobretudo seus quadros superiores, não vê com bons olhos mudanças que a aproximem da Polícia Civil, porque acha que o futuro imporá a desmilitarização e que, por consequência, o convívio acabaria se revertendo, a médio prazo, em absorção da PM pela Polícia Civil. Os oficiais que temem a dissolução da

PM não levam em conta, nesse raciocínio, as vantagens de sua instituição, cuja estrutura organizacional é incomparavelmente superior. Os policiais civis, por sua vez, resistem e resistiam ao controle porque temem e temiam o fim da autonomia de seus baronatos feudais: cada delegacia, salvo exceções de praxe, tem suas regras,

seu regime de trabalho, seus arranjos, seus jeitinhos, suas informações, seus presos,

seus informantes (os famigerados X-9), suas práticas informais, seus negócios.”

(grifo nosso).

Mesmo ao nível do senso comum, não há como conceber um sistema que não compartilhe dados, informações e conhecimentos cooperativamente produzidos, mormente quando sua finalidade é a prevenção e repressão de atos anti-sociais, sejam eles criminosos e violentos ou não. Isso será ainda mais necessário se for levado em conta que o Brasil é um país de dimensões continentais, onde está assegurado a todos o direito constitucional de ir e vir, com as polícias tendo que “investigar para prender” e não “prender para investigar”.

A ameaça constante do crime, as grandes extensões do país, bem como o direito de “ir e vir” de todos, fazem com que a segurança pública precise se valer de grandes volumes de conhecimento, válidos e confiáveis, obtidos a partir de dados e informações compartilhadas. Tudo isso pressupõe a finalidade última de exercer um efetivo controle sobre o fenômeno do crime e da violência, sem contudo violar os direitos e garantias individuais de cada um, os dos delinqüentes inclusive.

A efetividade da segurança pública tem na integração do conhecimento um fator essencial. Isso é tão importante que países como os Estados Unidos da América (EUA) e Canadá, e mais recentemente os integrantes da União Européia (UE), passaram a demonstrar uma permanente e genuína preocupação em definir e implantar protocolos e tecnologias para

1

(23)

integração de seus sistemas de telecomunicações. Só assim poderão, no menor espaço de tempo possível, tomar decisões acertadas sobre a atuação policial em relação a indivíduos e atos criminosos que ultrapassem suas fronteiras. É o fenômeno do chamado “crime transnacional”, impondo ainda mais a antiga necessidade de integração da segurança.

O Brasil vive um momento de discussão da segurança pública, em que um dos principais temas é a reestruturação do sistema correspondente, em todos os seus níveis. Propostas diversas já foram submetidas ao Congresso Nacional, particularmente no âmbito da Comissão Parlamentar Mista de Segurança Pública (fevereiro-maio de 2002), ela que foi emergencialmente constituída para dar celeridade ao processo legislativo em prol da segurança pública (mais de duzentas proposituras, antes “paradas”, foram por ela analisadas e encaminhadas para aprovação pelas duas “Casas Legislativas”...). Em vários momentos, ficou claro que um passo dado, da maior importância, foi o reconhecimento coletivo da necessidade de integração, seja lá qual for a feição estrutural que os órgãos de segurança pública passem a ter.

Como um detalhe específico da moderna “era da informação”, fica desde logo patente que a integração da segurança pública brasileira deverá estar respaldada em tecnologias capazes de permitir um acesso rápido e preciso aos conhecimentos, dados e informações utilizados no setor. As análises de informação do interesse da segurança pública, como de resto em outras áreas da gestão, devem disponibilizar produtos informacionais para aplicação tática, administrativa e estratégica.

É interessante observar, no entanto, que a questão da geração, obtenção e difusão de dados, informações e conhecimentos, a partir da integração dos sistemas da segurança pública, não é uma demanda nova. Embora a questão tenha adquirido especial relevância nacional nos últimos anos, de uma forma bastante clara e precisa a necessidade de integração de sistemas de informação já se encontrava evidenciada no artigo 809 do “velho” Código de Processo Penal (CPP), cuja lavra, ainda de 1941, estabelece o seguinte:

“A estatística judiciária criminal, a cargo do Instituto de Identificação e Estatística ou repartições congêneres, terá por base o boletim individual, que é parte integrante dos processos e versará sobre:

I - os crimes e as contravenções praticados durante o trimestre, com especificação da natureza de cada um, meios utilizados e circunstâncias de tempo e lugar;

(24)

III - o número de delinqüentes, mencionadas as infrações que praticaram, sua nacionalidade, sexo, idade, filiação, estado civil, prole, residência, meios de vida e condições econômicas, grau de instrução, religião, e condições de saúde física e psíquica;

IV - o número dos casos de co-delinqüência; V - a reincidência e os antecedentes judiciários;

VI - as sentenças condenatórias ou absolutórias, bem como as de pronúncia ou de impronúncia;

VII - a natureza das penas impostas;

VIII - a natureza das medidas de segurança aplicadas;

IX - a suspensão condicional da execução da pena, quando concedida; X - as concessões ou denegações de habeas corpus.

§ 1o Os dados acima enumerados constituem o mínimo exigível, podendo ser

acrescidos de outros elementos úteis ao serviço da estatística criminal.

§ 2o Esses dados serão lançados semestralmente em mapa e remetidos ao Serviço de

Estatística Demográfica Moral e Política do Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 9.061, de 14.6.1995).”

Uma análise, ainda que perfunctória, do artigo apresentado, aponta de plano a exigência da coleta sistemática de dados oriundos das diversas fontes do sistema de justiça criminal (polícia preventiva, polícia judiciária, Ministério Público, Poder Judiciário e sistema prisional) para constituir uma estatística criminal válida e confiável. Tal conhecimento tornar-se-ia, em última instância, elemento da maior relevância para a tomada de decisão e implementação de ações do poder público, tudo isso em prol do controle do fenômeno do crime e da violência. Todavia, nenhum dos poderes públicos, em particular o poder executivo, logrou até o presente momento implantar, em qualquer nível, a padronização historicamente preconizada no artigo 809 do CPP. Apenas nos últimos três anos (2000-2002) as discussões sobre possíveis padrões de coleta de dados criminais nacionais se tornaram parte das agendas dos organismos de segurança pública e justiça criminal do Brasil.

Os fatores de motivação e justificação do presente estudo derivam das observações resultantes da experiência profissional e inquietação do autor com a possibilidade de melhores resultados, bem como dos múltiplos e complexos problemas gerais observados no campo da segurança pública do Distrito Federal. Dentre tais problemas, vale citar:

a. A falta de integração de informações e ações concertadas decorrentes, entre os órgãos que compõem a estrutura de Segurança Pública do Distrito Federal.

(25)

que tange o controle da criminalidade e violência, tanto na prevenção quanto na repressão.

c. A infra-estrutura tecnológica inadequada para o alcance do nível desejável de interoperabilidadee integraçãoentre os órgãos, mercê dos seus atuais sistemas de informação.

d. A dificuldade de captação de dados e conseqüente produção de conhecimento válido e confiável.

Os diversos modelos e soluções tecnológicas civis, disponíveis na atualidade, permitem que as organizações evoluam para ambientes onde as lacunas de integração entre os sistemas individuais de informação possam ser drasticamente reduzidas, contribuindo para resultados satisfatórios em suas performances organizacionais. No âmbito dos sistemas de informação da segurança pública isso não pode ser diferente.

Em estudo sobre aplicações tecnológicas e a área de segurança pública, o “The Rome Laboratory” (ROME LABORATORY, 1996) aponta que os conceitos chave da defesa da comunidade são: comando, controle, comunicação e inteligência, conhecidos como C3I. Sob esse conceito estão incluídas variadas técnicas e tecnologias, aumentando a efetividade da força policial no controle do crime e da violência. Elas instrumentam as organizações policiais no sentido do desenvolvimento de suas operações, assim realizadas de forma mais rápida e segura, além de possibilitar que tais ações possam ser executadas de forma contida e controlada em áreas pré-determinadas, ou sobre determinados grupos de pessoas ou organizações.

(26)

1.5. Problemas de Pesquisa

Diante da relevância do tema, cada vez maior no país, e das percepções do autor calcadas em mais de 20 anos de atividades policiais exercidas na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), interessou ao presente estudo examinar alguns dos problemas relacionados com a integração dos sistemas de informação da segurança pública. Tais problemas podem ser materializados a partir das seguintes questões:

a. Existe um nível de integração de sistemas de informação automatizada e conseqüente interoperabilidade entre os órgãos que compõem a estrutura da segurança pública do Distrito Federal, que seja considerado satisfatório, pelos executivos de alto nível e dirigentes técnicos dessa estrutura?

b. A integração de sistemas de informação e a interoperabilidade entre os órgãos da estrutura da segurança pública do Distrito Federal são aspectos percebidos pelos executivos e dirigentes técnicos da estrutura, como importantes de serem tratados?

c. É possível identificar alguma posição de consenso, entre os técnicos das áreas de Informática e Telecomunicações, acerca de um modelo tecnológico de integração e interoperabilidade entre os órgãos da estrutura da segurança pública do Distrito Federal? E, em existindo, esse modelo de consenso vai ao encontro das melhores práticas recomendadas na literatura técnica especializada atual?

1.6. Hipóteses de pesquisa

A partir das questões de pesquisa acima referidas, é possível formular as seguintes hipóteses orientadoras do presente trabalho:

Hipótese 1 - Há um nível desejável de integração dos sistemas de informação e conseqüente interoperabilidade dos órgãos de segurança pública do DF, na opinião de executivos e dirigentes técnicos dos órgãos que integram tal estrutura.

(27)

Hipótese 3 - Existe um modelo tecnológico que, se implementado, fará com que ocorra a integração dos sistemas de informação e conseqüente interoperabilidade entre os órgãos da segurança pública do Distrito Federal.

1.7. Objetivos

1.7.1. Geral

Propor um modelo de integração tecnológica para os sistemas de informação da Segurança Pública do Distrito Federal.

Para o escopo desta pesquisa, a expressão “sistema” pressupõe a existência da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Distrito Federal (SSPDS-DF) e de seus órgãos vinculados, quais sejam: Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Policia Civil do Distrito Federal (PCDF), Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN-DF).

1.7.2. Específicos

a. Examinar as condições atuais de integração tecnológica e interoperabilidade dos órgãos que compõem o Sistema de Segurança Pública do DF.

b. Identificar a existência de algum tipo de integração tecnológica e interoperabilidade entre os órgãos da estrutura de segurança pública do Distrito Federal e outros órgãos estaduais e federais de interesse do sistema, considerando todas as unidades policiais, civis e militares dos estados da federação e respectivos municípios, particularmente, os que se encontram localizados no espaço geográfico denominado “Entorno do DF”.

c. Conhecer o nível de importância da integração de sistemas de informação e da interoperabilidade entre os órgãos da segurança pública do Distrito Federal, tanto para os elementos diretivos quanto técnicos desses órgãos.

d. Reconhecer a existência de algum nível de consenso entre os órgãos da segurança pública do Distrito Federal, em torno de modelos específicos de integração de sistemas de informação e interoperabilidade.

(28)

segundo a percepção dos técnicos dos órgãos que compõem a estrutura.

f. Identificar os requisitos de integração de sistemas adequados ao ambiente em estudo, segundo a literatura especializada.

g. Distinguir arquiteturas e modelos tecnológicos capazes de atender os requisitos de integração de um Sistema de Informações de Segurança Pública para o Distrito Federal.

h. Distinguir as tecnologias de telecomunicação recomendáveis ao caso em estudo, que sejam capazes de dar suporte ao tráfego de voz, dados e imagens, em taxas de transmissão satisfatórias e que atendam a dinâmica da ação policial, particularmente no que tange a comunicação móvel.

i. Propor um modelo tecnológico capaz de dar suporte para a coleta, manutenção e difusão controlada de informações e conhecimentos de Segurança Pública no Distrito Federal.

1.8. Limitações do Estudo

Ao ser classificado como um estudo de caso, o presente trabalho traz, intrinsecamente, algumas limitações relacionadas com a replicabilidade, validade e confiabilidade, discutidas a seguir.

No que tange a replicabilidade, apesar da estrutura de segurança pública do Distrito Federal seguir essencialmente a mesma modelagem básica dos demais entes federativos, a própria condição de sede do Governo Federal e centro de decisões do país enseja diferenciações. No Distrito Federal estão sediadas unidades e autoridades do mais alto escalão dos três poderes da república, bem como autoridades diplomáticas e respectivas legações de países com representação no Brasil. Tudo isso faz com que a segurança pública local tenha forte viés dos interesses políticos centrais, no que tange os beneficiários de suas atividades e serviços específicos.

(29)

condução de toda vida pública local, exceto no que se refere diretamente ao Governo Federal. Os órgãos da segurança pública do Distrito Federal, diferentemente do que acontece nos demais entes federativos, são organizados e mantidos pela União. Ficam, porém, para efeito de emprego operacional, subordinados diretamente ao Governador do Distrito Federal, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social.

Todas as características estruturais, geográficas, urbanas e políticas do Distrito Federal são fatores diferenciadores em relação às dos demais entes federativos. Função disso, a replicabilidade do presente estudo fica prejudicada em relação aos estados, cujas características impõem, certamente, soluções diferenciadas daquelas aplicáveis ao Distrito Federal.

Em relação ao conceito da validade do estudo, há que tratar, basicamente, das fontes tomadas para amostra. Por esse ângulo, cumpre tratar separadamente de dois pontos:

a. da validade das fontes constituídas pelos executivos (diretores) que participaram da amostra; e,

b. da validade das fontes constituídas pelos técnicos que participaram da amostra. Em relação aos executivos, e considerando tratarem-se de indivíduos no topo de suas organizações, responsáveis pela tomada de decisão ao nível estratégico, não cabe relativizar sua validade. Os componentes da amostra, nesse nível, possuem autoridade para tratar dos assuntos e questionamentos que lhes foram feitos.

A validade das fontes genericamente constituídas por “gerentes técnicos” pode ser relativizada, isso levando em conta o fato de que os entrevistados não se constituíram, em sua totalidade, de técnicos com capacitação específica e certificadora de seus conhecimentos e habilidades para o exercício da função pela qual respondiam quando da pesquisa. Apenas parte dos chefes ou diretores das áreas técnicas das organizações pesquisadas possuem formação específica que os habilite, formalmente, a tratar de questões relacionadas ao presente estudo. Todavia, considerando que atuam diretamente no nível decisório da gestão da Tecnologia da Informação, sua falta de treinamento específico não inviabiliza a participação no estudo.

(30)
(31)

CAPÍTULO 2 - REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

2.1. Integração

2.1.1. Conceito

A existência de sistemas automatizados integrados de informação de segurança pública possibilita, de acordo com ROBERTS (2001), o compartilhamento de informações críticas entre interlocutores válidos posicionados ao longo da estrutura de gestão correspondente. Em tal contexto, a integração pode ser entendida como a capacidade de intercâmbio de informação, entre membros de uma comunidade virtual, no caso específico os profissionais das várias organizações de segurança pública do Distrito Federal e demais instituições pertencentes ao sistema de justiça criminal ou legitimamente interessadas nele.

O conceito de integração, acima descrito, indica que a informação deva fluir livremente entre organizações policiais, ministério público, tribunais, sistema penitenciário, e toda e qualquer outra organização com legítimo interesse nas questões do setor. Igualmente, também fica demonstrado, entre os objetivos da integração, a necessidade de incrementar a velocidade da transferência da informação, bem como estender seu alcance além dos tradicionais limites.

Sob o conceito delineado, a integração pode alcançar organizações extra segurança pública, com legítimo interesse no setor, caso dos serviços de emergência médica, hospitais, escolas, organizações de controle e preservação ambiental, organizações de proteção a criança e adolescentes, estruturas de governo, entre outros.

2.1.2. A Necessidade de Informação Integrada em Segurança Pública

(32)

e oportuna. Idealmente, o conhecimento/informação deve estar rapidamente disponível, para assegurar que decisões apropriadas sejam tomadas em tempo hábil. A integração também precisa assegurar que esse intercâmbio ocorra de maneira rápida e precisa. (HOLMES et al, 2002)

2.1.3. A Tecnologia como Parte da Solução

O advento da tecnologia da informação tem tido um substancial impacto na forma como as organizações policiais integram e trocam conhecimento/informações criminais, dando velocidade aos seus processos de gestão, bem como aumentando a capacidade das organizações de responder efetivamente ao problema do fenômeno do crime e da violência. Sistemas computacionais poderosos, Data Warehouses escaláveis, conexões de alta velocidade, com ou sem fio, sem esquecer a Internet, estão hoje disponíveis para estimular a troca de informações/conhecimentos de segurança pública entre as organizações que necessitam acesso em tempo real a informações/conhecimentos.

A integração de sistemas aumenta a qualidade, consistência, confiabilidade e acessibilidade ao conhecimento/informações. Em conseqüência disso, fica aumentada também a qualidade das decisões, tendo em conta a eliminação da redundância na entrada de dados e a propensão ao erro que isso implica. Adicionalmente, pelo compartilhamento de dados entre sistemas, a integração geralmente melhora o tempo de acesso à informação, fator crítico do processo decisório. Além disso ainda, a integração habilita o compartilhamento de informações cruciais, sem considerar o tempo e o espaço; ao permitir que múltiplos possam acessar os mesmos conhecimentos/informações/dados simultaneamente e de diferentes localizações (ROBERTS, 2001).

2.1.4. Componentes Funcionais dos Sistemas Integrados de Informação

Os sistemas integrados de informação em segurança pública devem incluir as seguintes habilidades básicas (ROBERTS, 2001):

a. Consultar automaticamente bases de dados locais, estaduais e nacionais para acessar conhecimentos/informações sobre a situação criminal de determinados indivíduos.

(33)

segurança pública e da justiça, baseado em ações realizadas pela organização originalmente interessada.

c. Receber automaticamente, conhecimentos/informações de outros sistemas de interesse para incorporação na base de dados da organização destinatária.

d. Publicar conhecimentos/informações a respeito de pessoas, casos, eventos e ações.

e. Subscrever/Notificar transações chave e eventos a respeito de suspeitos, eventos e casos.

2.1.5. Princípios Básicos da Integração de Sistemas de Informação em

Segurança Pública

Alguns princípios fundamentais norteiam o desenvolvimento de sistemas integrados de segurança pública (ROBERTS, 2001). São eles:

a. A informação deve ser obtida o mais completa possível, no ponto de origem de sua ocorrência, em lugar de ser coletada posteriormente para complementação. b. A informação deve ser obtida uma única vez e reutilizada sempre que necessário,

ou seja, devem ser criadas condições que impeçam a reentrada de dados no sistema de informação.

c. Os sistemas integrados, para cumprir essas funções, devem ser derivados dos sistemas operacionais (bases de dados) das organizações incluídas no contexto da integração.

d. As organizações incluídas devem concordar no atendimento de requisitos e padrões de dados, comunicações e segurança, para que possam participar do sistema integrado.

e. Devem ser definidos padrões, em termos de requisitos de performance e capacidade funcional dos sistemas a serem incorporados, ao invés de simplesmente nomes e/ou marcas de hardware ou software.

(34)

determinação de padrões.

g. Deve ser buscada a integração a partir da infra-estrutura atual, incorporando capacidades e funcionalidades de sistemas já existentes, sempre e onde seja possível.

2.2. Estrutura Atual dos Sistemas de Informação na SSPDS-DF

O relatório intitulado “Estrutura dos dados de Segurança Pública no Distrito Federal”, elaborado pela Gerência de Informática do Centro de Tecnologia da Informação da SSPDS-DF (Anexo I) , além de apresentar esquematicamente a estrutura de sistemas de informação existentes naquela secretaria, dá conta de questões relevantes e pertinentes ao presente estudo. A figura 1 apresenta o esquema do relatório.

FIGURA 1–ESTRUTURA DOS DADOS NA SEGURANÇA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL

(35)

2.2.1. Funcionamento do Sistema

O relatório da Gerência de Informática da SSPDS-DF explica o esquema da figura acima, a partir da visão em blocos. O bloco intitulado “Sistema Millenium” demonstra o fluxo de atividades de entrada e armazenamento de dados que ocorre ao nível das delegacias policiais pertencentes à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). e está localizado fisicamente nas instalações da Polícia Civil. O bloco intitulado “SESP-DF” está fisicamente localizado na Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Distrito Federal e controla todas as operações de atendimento e despacho que envolvem os órgãos da estrutura de segurança pública.

2.2.1.1.Sistema Millenium

Esse sistema controla, basicamente, o registro de ocorrências que dão entrada e são conduzidas pela delegacia policial onde o atendimento da ocorrência se deu. Cada uma das delegacias policiais do Distrito Federal possui seu próprio banco de dados e os dados neles armazenados são replicados para um banco de dados central. Atualmente a Polícia Civil utiliza o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) SQL Server da Microsoft.

O objetivo explicado no relatório para essa estrutura de sistema é a garantia de funcionamento do cadastro de ocorrências, independente de uma conexão permanente entre o banco de dados da delegacia e o banco de dados central, tornando cada uma dessas unidades organizacionais capazes de pleno funcionamento, mesmo em situações de contingência em relação ao sistema central.

O relatório aponta ainda um momento de conversão de dados para o formato do SGBD Access da Microsoft, com o fim de correção de registros relativos a endereçamentos que não são tratados na aplicação principal do Millenium, necessitando assim uma posterior crítica/correção para adequação ao formato utilizado pela SSPDS-DF.

2.2.1.2.Sistema SSPDS-DF

(36)

O CIADE é o ambiente de atendimento e despacho de ocorrências policiais, sendo constituído por posições de atendimento representativas da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e DETRAN. Cada um dos órgãos representados opera no CIADE com seu próprio sistema automatizado de captação de dados, conforme descrito a seguir.

ILUSTRAÇÃO 3–VISÃO GERAL DO CENTRO INTEGRADO DE ATENDIMENTO E DESPACHO –

CIADE-SSPDS/DF

Fonte: foto produzida por Lima Dantas, jan-2003.

2.2.1.3.Características de Operação dos Órgãos representados no CIADE

2.2.1.3.1.Polícia Civil

As posições de atendimento da PCDF utilizam-se do Sistema Millenium para o monitoramento das ocorrências atendidas pela Polícia Civil. A atividade dessas posições de atendimento se resume, via de regra, ao registro imediato de dados de veículos furtados ou roubados e da divulgação disso através da rede rádio da PCDF, além do repasse dessa informação às posições de operação da PMDF, através da voz, já que os atendentes se encontram no mesmo ambiente físico, porém sem interoperabilidade entre os respectivos sistemas.

(37)

Os dados desses veículos furtados ou roubados são inseridos em um aplicativo denominado CEPOLV, particularmente desenvolvido pela PCDF para registros dessa natureza. O CEPOLV se presta a consultas a respeito de veículos produto de furto ou de roubo, antes da homologação desse tipo de ocorrência pela delegacia de polícia.

A PCDF é ainda responsável pela manutenção do sistema denominado DISQUE-DENUNCIA, o qual se presta ao armazenamento de informes telefônicos sobre o cometimento de delitos ou com eles relacionados. Ambos os sistemas, CEPOLV e DISQUE DENUNCIA têm suas bases de dados fisicamente localizadas nas instalações da PCDF.

2.2.1.3.2.Polícia Militar

No âmbito do CIADE, à Polícia Militar cabe a responsabilidade pelo atendimento telefônico 190, número único de emergência policial adotado no Brasil, bem como o despacho e monitoramento de ocorrências conduzidas exclusivamente pela PMDF. Para tanto, a PMDF dispõe de um sistema de atendimento de chamadas e despacho de recursos para atendimento, denominado SISCOP, que se presta ao armazenamento dos dados relativos às ocorrências policiais atendidas.

ILUSTRAÇÃO 4-POSIÇÕES DE ATENDIMENTO NO CIADE-SSPDS/DF

(38)

O SISCOP, Sistema de Controle de Operações, foi desenvolvido por equipe da própria PMDF e sua base de dados, utilizando-se do SGBD SQL Server da Microsoft, encontra-se fisicamente instalada na SSPDS-DF. O SISCOP não interopera com os sistemas e aplicativos dos demais órgãos.

2.2.1.3.3.Corpo de Bombeiros

Com características semelhantes ao sistema adotado pela PMDF, o sistema utilizado pelo CBMDF, denominado SISOP, se presta ao armazenamento de dados e ao controle das ocorrências atendidas por aquela organização. O SISOP tem sua base de dados também fisicamente instalada na SSPDS-DF, utiliza-se do SGBD SQL Server da Microsoft, tal qual o SISCOP da PMDF, o SISOP do CBMDF não interopera com os demais sistemas.

2.2.1.3.4.DETRAN

Embora o DETRAN possua uma posição de atendimento no CIADE, não há, a partir dessa posição de atendimento, qualquer tipo de atividade transacional do sistema do DETRAN, nem com ele próprio nem com os demais. O sistema DETRAN se presta exclusivamente para consultas pelos demais atendentes e pelo próprio atendente do DETRAN.

2.2.2. Problemas Reportados Relativos ao Gerenciamento de Dados

O relatório da Gerência de Informática da SSPDS-DF aponta os seguintes problemas decorrentes da atual estrutura tecnológica:

a. Disponibilidade de dados de todos os órgãos, sem no entanto qualquer integração entre os sistemas utilizados.

b. Os bancos de dados da PCDF, PMDF, CBMDF e DETRAN estão fisicamente separados, com estruturas diferentes e com produtos informacionais independentes.

c. Ausência de integração de conhecimentos e informações.

(39)

e. Redundância de dados, decorrente dos diferentes sistemas de armazenamento utilizados, ainda que se referindo à mesma situação.

f. Ausência de padronização de dados.

g. Ausência de um sistema único de captação de dados de registros de ocorrências que atenda a todos os órgãos da estrutura de segurança pública envolvida com o atendimento da população.

2.3. Interoperabilidade

2.3.1. Definições

A interoperabilidade pode ser definida como “a habilidade de dois ou mais sistemas, ou componentes deles, de trocar e utilizar informações”. (IEEE, 1990).

A interoperabilidade é um “link”2 essencial de comunicação dentro dos sistemas de comunicação sem fio da segurança pública e dos serviços públicos em geral e que permite que unidades de duas ou mais diferentes agências interajam umas com as outras, trocando informações de acordo com uma metodologia pré-definida e com o objetivo de alcançar resultados previsíveis. (IRVING, 1996).

A interoperabilidade é a habilidade de transmissão de todo tipo de comunicação eletrônica, incluindo voz, dados e imagens. (SMITH et al., 2000).

A idéia básica sobre interoperabilidade é de que as pessoas que necessitam trocar informações deveriam estar aptas a fazê-lo, mesmo quando estivessem utilizando diferentes tecnologias, de diferentes fabricantes, sem a necessidade de equipamentos, dispositivos ou programas especiais para integrá-los. Isso está relacionado com a questão da incompatibilidade entre os vários sistemas operacionais, sendo porém muito mais complicado. (SMITH et al, 2000).

No presente estudo, o conceito de interoperabilidade está focado particularmente nas comunicações sem fio e que são tradicionalmente utilizadas na segurança pública para comunicação de voz.

2

(40)

2.3.2. Necessidade da Interoperabilidade

A habilidade das organizações de segurança pública de estabelecer comunicação entre elas é vital para a segurança e o bem estar dos cidadãos que servem. Seja em um acidente de trânsito, crime, desastre de avião, evento especial, ou qualquer outra atividade da segurança pública, um dos maiores componentes da sua resposta e atuação é a comunicação sem fio. Os sistemas de comunicações sem fio são críticos para que as organizações de segurança pública possam estar aptas a proteger vidas e propriedades, sem olvidar o bem estar dos seus próprios profissionais (EPPER et al, 1998).

2.3.3. Comunicação Sem Fio na Segurança Pública

Tradicionalmente, os espectros de comunicação rádio das organizações de segurança pública foram habitualmente utilizados exclusivamente para transmissão de voz. Atualmente porém, essas organizações estão começando a utilizar seus espectros de comunicação para transmitir muito mais que apenas voz humana. Com o surgimento da moderna telecomunicação digital, os espectros de comunicação rádio passaram a também incluir, em suas transmissões, dados e imagens. As aplicações disso incluem, a exemplo, a transmissão de informações precisas e oportunas de uma “cena crime”, incluindo imagens de vídeo e fotografias de diversos objetos lá encontrados, entre eles, até mesmo impressões papiloscópicas (SMITH et al, 2000).

Todavia, ainda persistem as dificuldades inerentes ao uso de diferentes canais de comunicação num mesmo órgão de segurança pública, o que tem propiciado o surgimento de discussões sobre tecnologias abertas e padronizadas (open standards). Tais tecnologias permitem uma ampla integração de sistemas de radiotelecomunicação, sem contudo interferir na autonomia de cada uma das organizações incluídas no contexto de integração (EPPER et al, 1998).

2.3.4. Padrões em Sistemas de Comunicação Sem Fio Especializados

(41)

Padrões Técnicos”)].

Existem dois “padrões abertos” emergentes no campo da radiocomunicação especializada para segurança pública: “APCO 25” [“Association of Public Safety Communications Officials” (“Associação de Autoridades Oficiais em Comunicações para Segurança Pública”)] e “TETRA” [“Terrestrial Trunked Radio” (“Rádio Terrestre Troncalizado”)]. O número 25 do padrão “APCO 25” corresponde ao número dado a esse projeto específico de radiocomunicação pela “Associação de Autoridades Oficiais em Comunicações para Segurança Pública” (APCO).

Embora os dois padrões tenham se desenvolvido de forma independente, ambos coexistem bem atualmente, já que atendem as necessidades de seus respectivos mercados inicialmente definidos. O “APCO 25” foi projetado para atender o mercado norte-americano. Já que o país tem uma grande base instalada de sistemas de rádio bidirecionais, o novo projeto buscou atender pré-requisitos de compatibilidade com essa base. O “TETRA” foi projetado para permitir aos novos sistemas de rádio bidirecionais incluir as vantagens das últimas tecnologias disponíveis de maximização do número de usuários do sistema (LUM, 2000). 2.3.4.1.Sistema de Rádio Troncalizado APCO/”Project 25”

Esta seção está respaldada nas informações técnicas provenientes de PSWN (1999; 2000 e 2001), OLSON (2001), LUM (2000), MARCONI (1998), MOTOROLA, (2002) e PROJECT 25 (1999).

Em 1989 a “Association of Public-Safety Communications Official-International” (APCO/Internacional) dos Estados Unidos formou um grupo de trabalho denominado APCO Project 25 (conhecido atualmente como P25), para o desenvolvimento da especificação de um sistema de rádio troncalizado digital, dirigido a atender as necessidades da segurança pública. O padrão “APCO 25” foi finalmente apresentado oficialmente em agosto de 1995.

2.3.4.1.1.Descrição

(42)

KHz (“Fase II”).

FIGURA 2–“FREQUENCY DIVISION MULTIPLE ACCESS”[“ACESSO MÚLTIPLO POR DIVISÃO DE

FREQUÊNCIA”(FDMA)]

Fonte: Elaborado pelo autor com base em LUM, 2000.

FIGURA 3-COMUNICAÇÃO ATRAVÉS DE SISTEMAS ANALÓGICOS E FDMA

Fonte: Elaborado pelo autor com base em MARCONI, 1998.

2.3.4.1.2.Configuração

(43)

alternativo também foi descrito no P25 para comunicações ponto-a-ponto sem grande infra-estrutura.

2.3.4.1.3.Principais Atributos

A característica fundamental do P25 é o formato comum de canal para uma larga faixa de aplicações e configurações. O formato para operação convencional é o mesmo do para operações troncalizadas. Os formatos para dados são comuns ao controle troncalizado ou convencional. Os mecanismos de criptografia são aplicáveis a qualquer tipo de serviço, sejam eles de dados, voz ou de controle. Essas compatibilidades estabelecem a integração desejada na definição do sistema.

FIGURA 4-MODELO ALTERNATIVO DO SISTEMA “APCO25”

Fonte: Elaborado pelo autor com base em LUM, 2000.

2.3.4.1.4.Principais funcionalidades do padrão

A principal prioridade de cada um desses sistemas é satisfazer os usuários de aplicações convencionais, troncalizada e de dados, na segurança pública. O sistema permite a definição de comunicações de voz em chamada a grupo, chamada privativa e chamada de interconexão. O sistema permite ainda a definição de serviços de circuito de dados ou de pacote de dados. Qualquer serviço de voz, dados ou controle pode ser opcionalmente criptografado para proteger ou aumentar a proteção (segurança) do sistema.

2.3.4.1.5.Principais benefícios

(44)

desenvolvimento do padrão P25 podem ser resumidos nos seguintes aspectos: a. Interoperabilidade entre diferentes equipamentos.

b. Eficiência na utilização do espectro. c. Fácil implementação e utilização.

2.3.4.2.Terrestrial Trunked Radio (“TETRA”) – Radio Terrestre Troncalizado

Esta seção está respaldada nas informações técnicas apresentadas em MARCONI (1998), MARCONI (2000), MÄKINEN (1999), LUM (2000) e NOURI (1999).

O padrão “TETRA” desenvolvido pelo “Instituto Europeu de Padronização de Telecomunicações” [“The European Telecommunications Standards Institute” (ESTI)] em 1994 foi definido como padrão de rádio digital troncalizado para a Europa. O “TETRA” foi escolhido como padrão face a possibilidade da sua adequação ao condicionante de alta densidade populacional européia. Em discussões técnicas ao redor do mundo, tem sido considerada a viabilidade de introduzir o padrão “TETRA” em outras regiões, particularmente nos Estados Unidos da América, país com características bem diferentes das nações da Europa.

2.3.4.2.1.Descrição

(45)

FIGURA 5–TIME DIVISION MULTIPLE ACCESS (TDMA)–ACESSO POR DIVISÃO MÚLTIPLA DE

TEMPO

Fonte: Elaborado pelo autor com base em LUM, 2000.

FIGURA 6-COMUNICAÇÃO EM SISTEMAS TDMA

Fonte: Elaborado pelo autor com base em MARCONI, 1998.

Cada canal pode suportar tráfego de dados de até 7,2 kbit/seg. Múltiplos canais podem ser combinados para propiciar largura de bando sob demanda, oferecendo um máximo de velocidade de transferência de 28,8 kbit/seg para um usuário ou grupo deles.

2.3.4.2.2.Configuração

Referências

Documentos relacionados

O caso de gestão a ser estudado irá discutir sobre as possibilidades de atuação da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e Educação Inclusiva (PROAE) da

Depois de exibido o modelo de distribuição orçamentária utilizado pelo MEC para financiamento das IFES, são discutidas algumas considerações acerca do REUNI para que se

Em 2008 foram iniciadas na Faculdade de Educação Física e Desportos (FAEFID) as obras para a reestruturação de seu espaço físico. Foram investidos 16 milhões

Não obstante a reconhecida necessidade desses serviços, tem-se observado graves falhas na gestão dos contratos de fornecimento de mão de obra terceirizada, bem

intitulado “O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas” (BRASIL, 2007d), o PDE tem a intenção de “ser mais do que a tradução..

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento

Dessa forma, diante das questões apontadas no segundo capítulo, com os entraves enfrentados pela Gerência de Pós-compra da UFJF, como a falta de aplicação de

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o