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CAPÍTULO 2 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

2.4. ARQUITETURAS PARA A INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

2.4.7. Em Direção à Organização Inteligente

A Organização Inteligente efetivamente desenvolve uma ampla rede de recursos de informação permitindo acesso online, seguro e universal a todos os usuários, em qualquer lugar que eles estejam. O termo “Organização Inteligente”, introduzido por HACKNEY et al (1998), é uma abordagem que tenta mudar a ênfase das discussões sobre tecnologia para as necessidades dos usuários através da organização. As tecnologias de “Data Warehouse”, “Data Mart” e processamento analítico online (OLAP – On Line Analytical Process), tratadas até agora, certamente são parte da infra-estrutura da Organização Inteligente mas, agora, a elas também se agregam as tecnologias da Internet, e que passaram a permitir uma ampla possibilidade de acesso à informação. Tanto isso é verdade que, atualmente, para a maioria dos usuários, estar “On Line” significa estar na Internet e navegando na World Wide Web. A Internet, de muitas formas, serve como um modelo o qual, muitas organizações vêm tentando alcançar: acesso fácil e simples e uma enormidade de bases de informações.

O uso do “Data Warehouse” tem se expandido cada vez mais, formando verdadeiras redes de bases de dados. Essas bases, combinadas com imagem e texto, representam os recursos de informação da organização. Atualmente, toda essa gama de informações pode estar acessível a partir de um cliente universal, que se traduz na combinação de tecnologias que propiciam o acesso dos usuários a conteúdos disponíveis na Internet, Intranets e Extranets. O alto custo de prover acesso amplo aos usuários realmente está caindo rapidamente, como resultado das tecnologias Internet. Isso remove muitas das barreiras para a criação de organizações inteligentes. Uma das maiores barreiras é a aceitação dos usuários. Em relação à aceitação da Internet, basta que se verifique seu rápido desenvolvimento em todo mundo.

2.4.7.1. As Características da Organização Inteligente

A Organização Inteligente propicia aos usuários acesso a uma rede de conteúdo estruturado e não estruturado, de forma a facilitar sua colaboração e participação ativa

no processo de tomada de decisão.

A Organização Inteligente é capaz de prover todos os seus colaboradores de completa e atualizada informação, disponível para um processo decisório institucional efetivo. Isso inclui a publicação de texto, imagem e áudio (conteúdos não estruturados); dados numéricos armazenados em bases de dados de sistemas operacionais, “Data Warehouse” e/ou “Data Mart” (conteúdos estruturados); e, muito importante, o conhecimento, experiências e idéias de todos os integrantes da organização (conteúdo colaborativo).

A Organização Inteligente atende as necessidades de informação de todos os seus usuários, internos e externos, fazendo com que eles possam acelerar de forma efetiva a tomada de decisão e conseqüente implementação executiva.

A organização é capaz de ultrapassar suas próprias fronteiras, envolvendo outras organizações, de seu relacionamento ou interesse, utilizando a velocidade na captação e difusão da informação como mecanismo de reação instantânea às necessidades e oportunidades do ambiente.

A Organização Inteligente assegura que os recursos informacionais sejam universalmente acessíveis, independente do tipo de aplicativos instalados nos computadores dos usuários.

A Internet propiciou a mudança de foco das interfaces com o usuário. A Internet é uma tecnologia de “entrega”de conteúdo ao usuário. O conteúdo se torna a própria interface, ocultando do usuário a lógica das aplicações. A mudança de foco das aplicações com “lógica embutida” para o conteúdo propriamente dito, significa que as interfaces gráficas do usuário [Graphical User Interface (GUI)], necessárias para propiciar organização para centenas de características de aplicações, passaram a ser irrelevantes. A interface “cliente universal” passou a ser o navegador (browser). Um usuário pode acessar conteúdos disponíveis na Internet de qualquer PC, bastando apenas ter um navegador instalado.

Na prática, a interface cliente universal é composta de diversos produtos de software. Adicionam-se ao browser, tecnologias de motor de busca, tecnologia push (recebimento passivo), tecnologias de trabalho em grupo (groupware) e de correio eletrônico. São esses os componentes essenciais para o contexto da “Organização Inteligente”. Os usuários possuem uma ampla variedade de opções para acessar e receber informação. Tecnologias recentes como ASP, JAVA e XML, já permitem o acesso universal a bases de dados distribuídas de

forma interativa.

A “Organização Inteligente" proporciona informação a cada usuário com base na “necessidade de saber” (“need to know basis”) e, conseqüentemente, não coloca o ônus da busca por informação somente no usuário.

Enquanto a Internet oferece uma tremenda quantidade de informação, ela geralmente confia no usuário para realizar buscas, segundo seu interesse, antes que a informação seja transferida. Em um ambiente de negócios, esta confiança ou iniciativa do usuário é inaceitável. Ao usuário deve ser fornecida informação com base em critérios de “necessidade de saber”, em oposição a critérios de “o que quer saber”. A tecnologia Internet denominada “push” (recebimento passivo) emprega agentes que processam informação de interesse dos usuários e, em seguida, alertam os usuários para sua disponibilidade.

A “Organização Inteligente” protege seus recursos de informação através do desenvolvimento e implantação de um abrangente plano de segurança, sem confinar o acesso a um pequeno número de usuários.

O “Data Warehouse” contém um dos bens de maior valor da organização: seus dados e, ainda, o valor informacional decorrente do seu uso. Questões de segurança se tornam tão mais importantes quanto mais se amplie o acesso ao “Data Warehouse”. Essas questões se tornam mais importantes ainda, quando o acesso a Intranets privadas são permitidos através da Internet. Esse acesso através da Internet ocorre quando se possibilita aos usuários acessar uma Intranet a partir de suas residências ou quando em viagem. A extensão do mesmo acesso a outras organizações externas, colaboradores, fornecedores, etc., cria o que se denomina uma Extranet, gerando, em conseqüência, riscos adicionais para a segurança da rede da organização.

A organização deve reforçar tanto a segurança de redes quanto a segurança das bases de dados quando essas são distribuídas, ou quando permitem acessos do exterior da organização. A segurança de rede impede usuários não autorizados de acessar os recursos disponíveis na rede. A segurança das bases de dados limita o acesso de usuários autorizados aos conteúdos do “Data Warehouse”. Com um acesso “cliente universal”, o desafio que permanece é a integração de tecnologias de processamento analítico online (OLAP) e suficientes camadas e níveis de segurança que protejam a organização.

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