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DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO NO TWITTER: FLUXO DA INFORMAÇÃO NA AUDIÊNCIA INVÍSIVEL :: Brapci ::

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XIV Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (ENANCIB 2013) GT 8: Informação e Tecnologia

Comunicação Oral

DIFUSÃO DA INFORMAÇÃO NO TWITTER: FLUXO DA INFORMAÇÃO NA AUDIÊNCIA INVÍSIVEL

Célio Andrade Santana Júnior – UFPE João Pedro Albuquerque – UFPE

Nathale Mulatinho – UFPE Amanda Maria Nunes – UFPE Fabiola Souza Queiroz – UFPE Steffane Ramires Lima – UFPE Daniela Sodré Pires – UFPE

Resumo

Esta pesquisa apresenta como acontece a disseminação da informação através do serviço de microblogTwitter. O fluxo informacional de mensagens postadas no Twittertem uma ênfase

maior na disseminação da informação em si através dos “retweetes”, que os usuários podem fazer por meio das mensagens postadas por outros usuários. Para avaliar a disseminação da informação no Twitterfoi usada a ferramenta “Where Does My Tweet Goes” para avaliar uma postagem, realizada pela Liga dos Campeões da Europapostada originalmente.A coleta de dados foi realizada baseada na mineração de repositório, de forma automática na própria base de dados do Twitter.Foi analisada a relação entre os usuários da rede para estudar a forma como eles influenciam na disseminação de um tweet.

Palavras-chave: Redes Sociais Virtuais. Twitter. Fluxo Informacional. Disseminação da Informação.

Abstract

This research presents how the dissemination of information through the microblog service Twitter. The information flow of messages posted on Twitter has a great emphasis on dissemination of information itself through "retweetes" that users can perform in messages posted by other users. To evaluate the spread of information on Twitter was used the tool "Where Does My Tweet Goes" to evaluate a post wrote by a Champions League of Europe. Data collection was carried out based on mining repository made automatically at the very basis of data from Twitter. We analyzed the relationship between network users to study how they influence the spread of a tweet.

Keywords: Virtual Social Networks. Twitter. Informational Flow. Information Dissemination.

1 INTRODUÇÃO

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conexões e forjando novas ligações entre pessoas e organizações (HAYTHORNTHWAITE, 2005).

Os cientistas sociais há muito tempo reconheceram a importância das redes sociais na disseminação da informação (GRANOVETTER, 1973) e inovação (ROGERS, 2010). Tecnologias de Comunicação Modernas, tais como e-mail e mais recentemente as redes sociais virtuais, só têm reforçado a disseminação da informação (WU et al., 2004; Gruhl et al., 2004), a nova maneira sobre como buscar a informação (ADAMIC; ADAR, 2005).

Recentemente a Agência Americana de Projetos de Pesquisa Avançadas em Defesa (DARPA) promoveu um desafio1, que testou a capacidade das redes sociais virtuais para mobilizar grandes equipes aleatórias, para que estas resolvessem problemas do mundo real. A conclusão foi que as redes sociais virtuais são quase onipresentes no mundo, uma vez que equipes de todos os lugares participaram dos mais diversos desafios (LERMAN; GOSH, 2010).

Esse desafio promovido pela DARPA corrobora com as primeiras pesquisas sobre a comunicação mediada por computador, que sugeriam uma mudança nas interações entre pessoas que passaram de face-a-face para uma mídia baseada em texto (HAYTHORNTHWAITE, 2005).

Novos meios de comunicação se tornaram familiares ao público em geral e o seu uso foi adaptado através de convenções comuns. Estes novos canais chegam a ser vitais para manter o trabalho e conexões sociais na vida cotidiana, atravessando os diversos mundos sociais do indivíduo, tais como: trabalho, casa, e qualquer tipo de geografia (WELLMAN;

HAYTHORNTHWAITE, 2008).

Algumas redes sociais virtuais dispõem de ferramentas que fornecem aos pesquisadores o acesso a grandes quantidades de dados, para análise empírica. Estes conjuntos de dados oferecem uma rica fonte de evidências para o estudo das estruturas sociais e a dinâmica da troca de informação entre indivíduos (VÁZQUEZ et al., 2006), comportamento dos indivíduos (HOGG; LERMAN, 2009), a eficácia da recomendação de produtos em marketing viral (LESKOVEC; ADAMIC; HUBERMAN, 2007), propriedades globais da propagação de mensagens de e-mail (WU et al., 2004; LIBEN-NOWELL; KLEINBERG, 2008), postagens de blogs (LESKOVEC et al., 2007a), e identificação de blogs influentes (GRUHL et al., 2004; LESKOVEC et al., 2007b).

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Na maior parte destes estudos, a estrutura da rede formada não era visível aos pesquisadores, e esta teve que ser inferida a partir do fluxo de informações que fluia de um

indivíduo para outro. Então identificar como se dá esse fluxo representa um sério desafio para os pesquisadores em compreender como a estrutura da rede afeta a dinâmica de propagação de informações sobre ela (HAYTHORNTHWAITE, 2005).

Serviços de notícias, tais como o Twitter2, se mostram como uma alternativa para estudar a dinâmica de disseminação de informações em redes sociais virtuais. Considerando este contexto, este trabalho apresenta um estudo empírico sobre como se dá a disseminação da informação na rede social Twitter. Foram coletados dados sobre dezessete tweets utilizando a ferramenta Where Does My Tweet Goes3 que permite identificar o comportamento de

“retweets” de uma determinada postagem.

As informações providas por esta ferramenta permitem caracterizar empiricamente a dinâmica de disseminação da informação, estrutura de disseminação e a propagação de interesse da postagem através da rede. Assim, o objetivo geral desta pesquisa é: identificar as características da disseminação da informação de postagens no Twitter.

Este trabalho visa contribuir com o entendimento sobre como a audiência invísivel do Twitter auxilia na viralização/propagação da informação na rede social. Qual o potencial alcance da informação no Twitter? Como ela se propaga? A quem esta informação interessa? Como é o ciclo de vida dessa informação?

2 LITERATURA PERTINENTE

Para uma maior compreensão dos conceitos envolvidos neste trabalho, foram

relacionados alguns conceitos publicados na literatura pertinente em Ciência da Informação. Esses serão apresentados nas subseções a seguir.

2.1 FLUXO DA INFORMAÇÃO

Atualmente a informação vem se tornando uma necessidade tanto para as organizações como para os indivíduos. Através do seu uso é possível alterar o “status quo” de uma determinada realidade à medida que novos conhecimentos são gerados, pois a informação é

definida como “um tipo de dado que leva ao receptor um conteúdo novo na medida em que

ela é compreendida e aceita graças a uma linguagem (MARTELETO, 2010, p.33 apud VECCHI, 2005, P.90-91).

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http://twitter.com 3

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Assim, a informação permite que o indivíduo absorva conteúdo e o utilize para um determinado fim, como por exemplo: tomada de decisões, resolução de problemas e definição

de estratégias. Neste fluxo é também possível que o próprio indivíduo gere novas

informações, já que, “os dados informacionais considerados por um receptor, uma vez

reconhecidos e compreendidos, provocam, em retorno a emissão de novos dados nas mesmas condições e mediações mobilizadas no processo de compreensão” (MARTELETO, 2010, p.39 apud VECCHI, 2005).

Essa percepção de uma nova informação por parte do receptor é possível graças à interação com emissor, este processo de repasse de informações entre um e outro se dá através

do fluxo informacional, que pode ser entendido como “o processo de transferência da informação de um emissor para um receptor” (SAVI; SILVA, 2009, p. 180).

Neste sentido dentro desta relação entre emissor e receptor, é interessante destacar que existe a possibilidade que o primeiro tem de disseminar aquilo que lhe é interessante, pelo

fato de que “A informação que percorre este fluxo tem um valor associado às necessidades do

receptor (usuário), associado, por sua vez, ao interesse do emissor em compartilhar a

informação” (FERREIRA; PERUCCHI, 2011, p. 446), o indivíduo que vai receber a informação pode não estar com uma necessidade definida, mas aquele que a está disseminando pode promover o interesse pela informação através de sua transmissão.

Assim, não é possível definir o ciclo informacional como uma forma linear de repasse

de informação entre emissor e receptor, ele é um “processo disseminador de informações que media a comunicação” (GREEF; FREITAS, 2012, p. 40), dentro dele existem etapas para que a informação possa ser produzida, utilizada e disseminada com eficácia, para que possa ser extraída a maior vantagem possível.

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Figura 1: Modelo de representação do fluxo de informação

Fonte: Beal (2004).

A distribuição corresponde à etapa no fluxo onde a informação vai ser disseminada para atingir os indivíduos que necessitam da informação ou àqueles que o emissor quer que receba a informação. Tal processo depende das redes, pois quanto maior a rede de comunicação da organização mais eficiente é a distribuição interna da informação, o que aumenta a probabilidade de que esta venha a ser usada por aqueles que estão necessitando delas (FERREIRA; PERUCCHI, 2011).

Tais formas de comunicação aliadas a uma estrutura em rede, que é definida como

“uma estrutura que além de ser uma malha, cumpre o papel de integração do transporte de

fluxos, sejam eles materiais ou imateriais” (FROTA; QUINTÃO, 2010, p. 68), onde as pessoas estão conectadas umas com as outras, de tal forma que a informação transite dentre vários grupos, o que é de grande valia para a disseminação da informação, pois o alcance da informação será maior.

Outro fator importante nesta estrutura é que “no ambiente das redes, o

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Barreto (1999) conclui que “com a informação online, os fluxos de informação multidirecionados, levam a meandros virtuais, onde o tempo se aproxima de zero, a

velocidade é próxima do infinito e os espaços são de vivência pela não-presença”.

Lara e Conti (2003) afirmam que a disseminação da informação é a ação de tornar

visível o conhecimento do indivíduo ou da organização. Essa disseminação “assume formas variadas, dirigidas ou não, que geram inúmeros produtos e serviços”.

É percebido que as redes sociais virtuais são ferramentas de difusão da informação não dirigidas, pois quando é deixada alguma mensagem em uma dessas redes, não se sabe a priori quais são as proporções e as dimensões do alcance destas postagens. Por conseguinte, vários indivíduos estarão atuando junto a mesma informação, e essa interação através da rede promove a multiplicação da informação (FROTA;QUINTÃO, 2010).

Então, as redes sociais virtuais possuem um importante papel junto à distribuição da informação e a comunicação eletrônica imprime uma velocidade muito maior na possibilidade de acesso e no uso da informação (BARRETO, 1998), com isto, as redes sociais, principalmente as virtuais, permitem que pessoas mesmo longe do local de partida da informação a acessem de forma rápida.

2.2 PAPEL DO ATOR NAS REDES SOCIAIS E A AUDIÊNCIA INVISÍVEL

Uma característica comum a qualquer rede social é o fato dela ser composta por seres humanos, pessoas repletas de valores, crenças, sentimentos e necessidades, sendo estes responsáveis por disseminar a informação dentro da rede. Segundo Sugahara e Vergueiro (2012) as redes sociais são um conjunto de participantes autônomos, unindo idéias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados.

Os indivíduos se alinham em uma estrutura em rede a partir do momento em que desenvolvem o interesse comum e o compartilham, onde “a configuração em rede é peculiar ao ser humano, ele se agrupa com seus semelhantes e vai estabelecendo relações de trabalho, de amizade, relações de interesses que se desenvolvem e se modificam conforme a sua

trajetória.” (TOMAÉL; ALCARÁ; CHIARA, 2005, p. 93).

Porém, é interessante ressaltar que um usuário não pertence a apenas uma

determinada rede social, podendo estar inserido dentro de várias outras, “a vasta trama de

relacionamentos entre pessoas com atividades comuns propicia uma aproximação entre os integrantes periféricos e centrais da rede e que a inversão desses papéis leva ao

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O indivíduo vai ser determinante para que a informação flua de uma rede para outra, pois os espaços sociais não são homogêneos como o processamento técnico dos estoques de

informação. Em uma rede social virtual como o Twitter, que possui várias “micro-redes”, menores, formadas pelos próprios usuários, a informação vai transitar por diferentes contextos e os participantes desses contextos irão definir se a informação vai continuar circulando dentro da grande rede ou se será interrompida em algum usuário no caminho. Neste sentido o usuário pode potencializar a informação ou ser uma barreira para ela.

Essa característica do usuário tem relação com seus aspectos culturais, pelo fato de

que “a cultura comum é ressaltada como um aspecto importante para melhor transferência do conhecimento” (TOMAÉL; ALCARÁ; DI CHIARA, 2005, p. 99) e quanto mais próximas as pessoas estão da cultura do conhecimento que está sendo transferido, mais fácil é o compartilhamento e a troca (DAVENPORT; PRUSAK, 1998), o individuo tende a compartilhar a informação que está mais próxima a seu contexto cultural, por ela lhe apresentar mais segurança, estar mais próxima à imagem que ele tem dentro da rede e a outras características que são intrínsecas a ele.

A questão cultural do ator da rede social é importante, pois ela pode criar barreiras para a transferência da informação. Davenport e Prusak (1998) ressaltam que as diferenças

culturais podem servir de barreira para a difusão da informação, pois “as redes estabelecem um espaço aberto, com livre fluxo de informações, intercâmbio cultural e “uma interação

dialógica e multidirecional entre sujeitos” (BARICHELLO; OLIVEIRA, 2010, p.33).

Através de suas características, os usuários dentro de uma rede têm uma ação atuante

junto ao trânsito das informações, “o poder de ação do indivíduo na rede é acompanhado e

potencializado, desse modo, por uma série de outros dispositivos, o usuário é um dos elementos que a fazem movimentar-se (LONGHI; SOUZA, 2012), o indivíduo dentro de uma rede social virtual como o Twitter, atua como produtor e disseminador da informação, dando movimento ao fluxo informacional dentro da rede.

A partir desta capacidade de dar movimento às informações dentro da rede, o usuário cria interações com outros usuários, isso é corroborado por Sugahara e Vergueiro (2012) que afirmam:

São as interações entre indivíduos e a realidade em que se encontram inseridos que

conformam seu contexto informacional, ou seja, que definem estruturas e orientam

suas ações. No espaço em rede, as relações são tecidas à medida que se compartilha

informação e conhecimento oriundos de práticas e vivências do grupo.

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As relações que o usuário possui desempenham um papel determinante para o

processo de disseminação da informação, “pode-se dizer que as relações de interação entre os indivíduos de uma rede social oportunizam a troca e o compartilhamento de informação e

conhecimento” (SUGAHARA; VERGUEIRO, 2012, p.7), neste sentido, o indivíduo tende a

ter maior afinidade com as pessoas que ele mantém uma relação direta dentro da rede, dando assim um maior valor às informações que são produzidas por alguém próximo a ele.

O ator da rede social pode assumir o papel de filtro informacional, ele decide que conteúdo vai ser repassado para as pessoas presentes na sua rede, a partir da sua visão de mundo.

No passado, imaginava-se que haveria programas capazes de filtrar informações por

temas, como agentes inteligentes de conteúdo. Hoje, se alguém segue as pessoas

certas no Twitter, terá em sua página um grande filtro com inteligência humana. É

uma multidão trabalhando para ele gratuitamente (ALVES, 2011, p. 101).

Os primeiros modelos sobre a dinâmica de comunicação foram inspirados por estudos de epidemias, assumindo que um pedaço de informação pode passar de uma pessoa para outra através de contatos sociais (DALEY; KENDALL, 1964). Estes modelos foram estendidos para incluir fenômenos em cascata, os fatores que influenciam a velocidade de propagação de novas informações (MORENO; NEKOVEE, 2004), a heterogeneidade de padrões conectividade (PASTOR-SATORRAS, R.; VESPIGNANI, 2001), clustering (WATTS, 2004), o conteúdo criado pelo usuário (WENG et al., 2013), e os padrões de conectividade temporais (PERRA et al., 2012).

Enxergar através da “translucidez” das redes sociais se torna um desafio para os

analistas de mídia social. Já se sabe que para o Facebook e Blogs, o público alvo não são os colegas e amigos próximos e sim os laços mais fracos. A noção da audiência invisível está ligada ao público imaginado nas mídias sociais. Esse conjunto de pessoas geralmente está ligado ao círculo social, tais como amigos do trabalho, faculdade ou quaisquer outros (BERNSTEIN et al., 2013).

Litt (2012) aponta que, os usuários só reconhecem um quarto (1/4) da sua audiência e que mesmo fontes normais como curtir, compartilhar e comentários não trazem uma

estimativa sequer aproximada da audiência real. Então os próprios analistas de mídia social ainda não sabem exatamente como estimar a audiência de um determinado canal.

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Este trabalho é caracterizado como uma pesquisa empírica quanto aos meios, e aplicada quanto aos fins. Primeiramente, foi necessário identificar uma ferramenta que fosse

capaz de “rastrear” o fluxo dos tweeters, a partir dos retweets dados naquelas postagens. Foi encontrada a ferramenta Where Does My Tweet Goes4 que pode apresentar a disseminação de

um tweet específico de forma longitudinal a partir do seus retweets.

A ferramenta tem a finalidade de verificar o alcance de um tweet e o caminho que ele

percorre através dos usuários que o “retweetam”. A ferramenta foi desenvolvida pelo arquiteto da informação francês Benoît Vidal. Esta ferramenta utiliza um algoritmo para

verificar como os “tweets” se propagam entre os seguidores de um determinado perfil, a partir dos seguidores dos seguidores, medindo assim o alcance de usuários de uma mensagem. Ela apresenta ligação direta com o Twitter.

Em seguida foi necessário escolher tweets de diferentes usuários específicos para serem analisados. Assim, foram escolhidos dezessete tweeters listados na Tabela 1 abaixo.

Tabela 1 - Twitters Utilizados na Pesquisa

ID Autor Endereço

1 @wbpictures http://wdmtg.com/graph/354721805275115521

2 @cnnbrk http://wdmtg.com/graph/357256998514995200

3 @nfl http://wdmtg.com/graph/357229406529392641

4 @James_BG http://wdmtg.com/graph/357416334809772033

5 @algore http://wdmtg.com/graph/357289311248465921

6 @LeoDiCaprio http://wdmtg.com/graph/357529716024025088

7 @instagram http://wdmtg.com/graph/355096156117807104

8 @VEVO http://wdmtg.com/graph/358632627751751681

9 @ChampionsLeague http://wdmtg.com/graph/353542315597512707

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10 @washingtonpost http://wdmtg.com/graph/355309019474296832

11 @Roghetti http://wdmtg.com/samples/hobbyte

12 @Rugbyworldmag http://wdmtg.com/graph/358195033323102208

13 @Independent http://wdmtg.com/graph/359418694696321024

14 @oxfamgb http://wdmtg.com/graph/359397337489096706

15 @nokeydokey http://wdmtg.com/graph/360446914740776960

16 @FOXSoccer http://wdmtg.com/graph/359069015479549952

17 @THR http://wdmtg.com/graph/358462857215610880

Fonte: Os Autores (2013)

Esses tweets foram escolhidos por apresentar um considerável e provável representatividade dos usuários e da possibilidade de alcance em um espaço de tempo relativamente pequeno. Os que possuem um grande número de seguidores podendo aumentar a chance do tweet circular por mais tempo na rede.

A própria ferramenta mostra: (i) o caminho que o tweet percorreu, (ii) os usuários que o retweetaram, (iii) os graus de separação das pessoas do usuário que foi ponto de partida do tweet, (iv) o alcance de cada usuário e (v) quantos retweets foram dados a partir de um

determinado usuário. Além disto, a ferramenta permite que sejam visualizados os perfis das pessoas que estão no caminho do tweet.

4 RESULTADOS

O tweet que ficou mais tempo em uso foi criado pelo usuário @washingtonpost (ID 10) o tempo entre a data do lançamento original e do último retweet foi de 27 dias, 12 horas e 54 minutos. O que ficou menos tempo em uso foi do @wbpictures (ID 1) que ficou 2 dias, 18 horas e 13 minutos.

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O tweet com o maior número de graus de separação é o do usuário @Roghetti com 17 graus de separação, ou seja, sua postagem foi retweetada 17 vezes. O que apresenta um

menor número de grau de separação é o da @wbpictures com apenas 2 graus de separação.

Figura 2 - Análise Geral do Tweet do usuário @instagram (ID 7)

Fonte: Os Autores, (2013)

A Figura 2 apresenta a análise do tweet do usuário @instagram (ID 7), apresentando a interface da ferramenta. Pode ser visto na Figura 2 as diversas linhas azuis que representam um retweet dado por alguém que teve acesso ao tweet original.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta avaliação do fluxo informacional da disseminação de postagens feito no microblog Twitter trouxe a tona algumas descobertas sobre como se comporta um tweet na rede em que os usuários estão envolvidos.

Também é possível verificar que o contexto dos usuários em relação ao conteúdo da mensagem pode influenciar na difusão do tweet, no caso do tweet a respeito de futebol colocado pelo usuário @ChampionsLeague (ID 9) este se propagou na rede de usuários que apresentam afinidade com o tema. Isso foi verificado por que o usuário @alexmorgan13, por ser jogadora de futebol, possui seguidores influentes como @NicoleLizurej, que se interessou

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Esse tweet, junto com aquele postado pelo usuário @nfl (ID 3), representa um fenômeno que foi observado na maioria das postagens investigadas, que é o papel daqueles

usuários que fazem parte de mais de uma rede social, chamados de hubs, que disseminam informação entre micro-redes, que não seguem originalmente o autor da postagem. Ao alcançar estes hubs, a postagem reinicia um novo ciclo informacional, fazendo com que a mensagem se propague por mais usuários. O exemplo do tweet criado pelo @ChampionsLeague mostra que cerca de 120 pessoas retweetaram a mensagem do usuário original, enquantos outros 200 retweetaram a postagem da usuária @alexmorgan13.

É possível também verificar a situação a respeito do conteúdo em relação ao contexto do usuário no tweet do @instagram (ID 1), que foi a respeito de uma festividade mulçumana, o Ramadan. Os principais “retweeters” foram usuários que têm interesse na cultura mulçumana. O mesmo ocorre como o tweet do @VEVO (ID 2), cujo o conteúdo é a respeito da cantora Selena Gomez, e os principais potencializadores do alcance desse tweet foram perfis de fãs dela.

Outro fator interessante é observar que a maioria dos tweets não passam do 1º grau de separação. Ou seja, esse conteúdo só é retweetado uma vez, na maioria das vezes, o que minimiza o efeito em cascata na ferramenta. Alguns fatores que podem influenciar neste comportamento é a natureza dinâmica do Twitter, onde as pessoas postam muitas coisas e nem sempre é interessante retweetar tudo que alguém posta e também quem normalmente gosta do conteúdo a ponto de compartilhá-lo, já está seguindo o perfil de interesse.

A média dos graus de separação máximo nos tweets investigados são seis pessoas. Ou

seja, a teoria do mundo pequeno (WATTS, 1999) onde há a teoria que uma pessoa está em média a 6 pessoas de outra no mundo se mostra razoável. Seria esperado que o número de graus de separação nestes perfis fosse menor, devido a popularidade. Alguns casos anormais, como o tweet do @Roghetti (ID 11) com 17 graus de separação, não significa que este tenha poucos seguidores, ou que este está longe da maioria das pessoas, mas que conteúdo interessante atingiu o alcance de pessoas muito “distantes” dele, e um grau de separação 17 implica que aquele conteúdo atingiu pessoas bem isoladas.

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Neste sentido, concluímos que assim como os trabalhos de Bernestein (2013) e Litt (2012), a disseminação da informação no Twitter segue o mesmo padrão do Facebook e que

as ferramentas de análise de mídias sociais de maneira geral, supõe muito em cima de indicadores, tais como retweets e seguidores, que não tem uma correlação com a disseminação em si.

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Imagem

Figura 1: Modelo de representação do fluxo de informação
Tabela 1 - Twitters Utilizados na Pesquisa
Figura 2 - Análise Geral do Tweet do usuário @instagram (ID 7)

Referências

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