• Nenhum resultado encontrado

FR ANCISCO MARCELO SILVA DE MENEZES

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "FR ANCISCO MARCELO SILVA DE MENEZES"

Copied!
89
0
0

Texto

(1)

M U D A N Ç A S N A B A S E T R IB U T Á R IA E S E U S E F E IT O S M A C R O E C O N Ô M IC O S E M E Q U L íB R IO G E R A L : U A A P L IC A Ç Ã O P A R A A E C O N O M IA B R A S IL E IR A

F R A N C IS C O M A R C E L O S IL V A D E M E N E Z E SzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(lU...-:.-jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA1 \~ 1 2 l.(4wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.'

(2)

M u d a n ç a s n a B a s e T r ib u t á r ia e s e u s E f e it o s

M a c r o e c o n ô m ic o s

e m E q u ilíb r io G e r a l: U m a A p lic a ç ã o

p a r a a E c o n o m ia B r a s ile ir a

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Dissertação

submetida

à

coordenação

do

Curso de PósGraduação em Economia

-CAEN da Universidade Federal do Ceará,

como requisito parcial para a obtenção" do

Grau de Mestre em Economia

Orientador: Prof. Dr. Flávio Ataliba Barreto

wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.

-Universidade Federal do Ceará

Fortaleza - Ceará

(3)

1999-di . .ertaçâo

foi submetida

como parte

dos requisito'

nec

ário

à

rau de Mestre em Economia, outorgado pela Universidade

ederal do

ncontra-se à disposição dos interessados na biblioteca central da referida

.

citação de qualquer trecho desta tese é permitida, desde que seja feita de

coaformi dade com as normas da ética científica.

Dissertação aprovada em 29 de outubro de 1999.

(4)

AOS MEUS IRMÃOS

(5)

Os impostos são realmente pesados. Se só houvesse os do Governo, poderíamos

pagá-los facilmente. Mas nós pagamos impostos

dobrados à nossa preguiça, triplicados ao

nosso orgulho, e quadruplicados à nossa

loucura. Desses impostos o Governo não nos

pode livrar nem aliviar.cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

B E N J A M IN F R A N K L lN

O Estado é a grande ficção através da qual todos procuram viver às custas de outrem.

H E N R Y H A Z L lT

o

Estado não tem pra gastar com ninguém

um só vintém que não seja tirado de alguém.

F R É D É R IC B A S T IA T

A ciência econômica proclama ser impossível

atender, simultaneamente, a todos os

objetivos ou anseios da sociedade. Como na

fábula do moleiro de La Fontaine, a

Economia admite que todos têm razão, mas todos não podem ter razão ao mesmo tempo. Pela simples e boa razão de que nenhum país pode consumir, poupar, investir, e distribuir

nada além do que consegue produzir.

(6)

o agradecer a todos que, direta ou indiretamente, tomaram possível a trabalho, colaborando seja através do estímulo intelectual ou ainda por rosa manifestação de afeto e incentivo ao sucesso dessa caminhada.

Em primeiro lugar, renovo meus agradecimentos ao Professor Flávio Ataliba, orientação firme e ccntrada nos referenciais científicos proporcionaram um trabalho robusto e rigoroso de análise econômica. Aos participantes da banca examinadora professores Juscelino Filgueiras, Guerino Edécio, e Abreu Dantas pelas

orosas opiniões e eventuais correções de percurso.

Aos professores do Curso de Mestrado em Economia - CAEN, pela oportunidade de ampliação de meu cabedal teórico, bem como, pelo salutar convívio acadêmico.

Ao parceiros de caminhada acadêmica, Giubran, João Mário, Paulo Marcelo,

Helder, Alípio, Wander e Danielle, pelo compartilhamento tantos dos bons, como doszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ,l'

momentos dificeis do percurso.

Aos funcionários do CAEN, Carmen, Catarina, Joélia e Jô pela ajuda nas questões burocráticas subjacentes ao processo de formação acadêmica. Ao amigo Kleber, que sempre nos ajudou a relaxar nos momentos mais tensos, com sua inestimável presença de espírito.

Aos colegas da Secretaria da Fazenda que indiretamente cederam a paz

necessária, através do bom convívio no trabalho.wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(7)

caminhada. , ~rndeço aos meus pais. Sr. Marcelo e Sra. Mirtes pelo amor ewvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~===~o doados,s m cobrança de retorno.

(8)

~l"OIlfllc~-io: Uma Breve Discussão do Atual Sistema Tributário Brasileiro

C.a.pírulo1.

wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO

Modelo Simplificado de Gerações Superpostas

mportamento do Indivíduo

_ Dinâmica da Economia

_ O Governo no Modelo de Gerações Superpostas

3.1 Financiamento com Imposto ou Dívida

Capítulo 2. O Modelo de Equilíbrio Geral de Gerações Superpostas

.1 O Comportamento dos Indivíduos, Firmas e Governo

2.2 Agregação e Crescimento

2.3 Restrição Orçamentária com Previdência

2.4 Comportamento do Sistema Previdenciário

2.5 Equilíbrio nos mercados e Comparação de Bem-Estar

2.6 Equações Utilizadas nas Simulações

2.7 Aspectos Teóricos e Parametrização do Modelo

Capítulo 3. Resultado das Simulações e Análise de Sensibilidade

3.1 Simulação do Cenário Base e Análise de Sensibilidade

3.2 Simulações da Reforma da Previdência

(9)

Í N D I C E D A S T A B E L A SzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Resumo dos Parâmetros

quilíbrio com Previdência 0% Capitalizada nas Diversas Bases

!I.:."'- •••• ~~_ Comparação com Previdência Capitalizada na Base Renda ll<:.... •••."""" - Comparação com Previdência Capitalizada na Base Consumo

1.l_.O;;;~ -. Comparação com Previdência Capitalizada na Base Salário

35

37

55 57

58jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(10)

· Efeitos da Taxa de Preferência na Taxa de Juros

40

(C§.5:o _.

Efeitos da Taxa de Preferência na Taxa de Investimento

41

· Efeitos da Taxa de Preferência na Razão CapitaJ/PIB

42

tJ::;~o -.

Efeitos da Elasticidade Substituição nas Taxas de Juros

43

· Efeitos da Elasticidade Substituição na Taxa de Investimento

44

tr."'=.il(:o

6. Efeitos da Elasticidade Substituição na Razão CapitaJ/PIB

45

fico 7. Efeitos da Taxa de Crescimento da População na Taxa de Investimento

46

, co 8. Efeitos da Taxa de Crescimento da População na Razão CapitaJ/PIB

47

'fico 9. Efeitos da Taxa de Crescimento da População nas Taxas de Juros

47

;;ãfico 10. Efeitos da Taxa de Crescimento da Produtividade na Taxa de Investimento 48

, co 11. Efeitos da Taxa de Crescimento da Produtividade na Taxa de Juros

49

Gráfico 12. Efeitos da Taxa de Crescimento da Produtividade na Razão CapitaJ/PIB

49

Gráfico 13. Efeitos da Razão Consumo do Governo / PIB na Taxa de Juros

50

Gráfico 14. Efeitos da Razão Consumo do Governo / PIB na Taxa de investimento

51

Gráfico 15. Efeitos da Razão Consumo do Governo / PIB na Razão CapitaVPIB

51

Gráfico 16. Efeitos da Razão DívidaIPIB na Taxa de Juros

53

Gráfico 17. Efeitos da Razão DívidalPIB na Taxa de Investimentos

53

Gráfico 18. Efeitos da Razão DívidaIPIB na Razão CapitaJ/PIB

.;'

54

Gráfico 19. Evolução do Bem-Estar na Base Renda

56

Gráfico 20. Evolução do Bem-Estar na Base Salário

57

(11)

Í N D I C E D A S F I G U R A SzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

a;-,...,:'T'T"!1I 1. Rotatividade das Gerações

. A Dinâmica de k

3. Efeito da Queda da Taxa de Preferência

4. Efeito do Crescimento do Consumo do GovernowvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

=KJIHGFEDCBA

08

(12)

A presente dissertação se propõe a investigar através de simulações, os

pactos macroeconômicos e sobre o bem-estar das possíveis trajetórias

de

forma tributária no Brasil, conjugando o sistema tradicional com o sistema de

previdência, através de um modelo de equilíbrio geral computávcl de gerações

superpostas. Para tanto, leva-se em consideração quanto ao sistema tradicional, o

aspecto da incidência observando os efeitos nas variáveis reais da economia da

adoção. das diferentes

bases tributárias.

No que se refere

ao sistema da

previdência, considera-se a substituição gradual do sistema de repartição em

wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(13)

ABSTRACTzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

The present

dissertation

aims to investigate

through

simulations,

the

macroeconomic and welfare impacts of the possible paths of the tax reform in

Brazil, conjugating

the traditional

system with the pension system, through

a

computable general equilibrium

model with overlapping generations. Regarding

the traditional system, it is taken into consideration the effects of incidence aspects

over real economic variables with the adoption of different tax bases. Regarding

the pension system, it is considered the gradual substitution of the "pay as you go"

system towards a capitalization system. Simulations provide evidence that taxatign

(14)

A estabilização da economia brasileira pós-real, evidenciou a necessidade de

ementação

de reformas que assegurassem sua continuidade, bem como, um ambiente

ômico que propiciasse a retomada do crescimento em bases sustentáveis. Um amplo ate vem ocorrendo sobre o desenho do Estado nesse novo cenário, e qual o sacrifício,

termos de impostos, taxas e contribuições, que a sociedade esta disposta a arcar para a

utenção deste Estado. Um dos principais pontos de discussão refere-se a reforma

• ibutária,

vista aqui como uma reforma ampla que conjugue a reforma do sistema tributário dicional, com seus impostos clássicos, e o sistema da previdência, onde tributos incidem obre a folha de salários, faturamento e lucro.

Já é consenso nos diversos estudos realizadoswvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAI,que o Sistema Tributário origináriojihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

r

da Constituição de 1988 teve, ao longo de sua década de existência, impacto extremamente negativos sobre o ambiente econômico, notadamente no que se refere à eficiência e competitividade do setor produtivo nacional, inclusive com conseqüentes rebates nas variáveis reais da economia, influenciando as trajetórias de consumo e o padrão de poupança, influindo nas trajetórias dos juros, dos salários e na acumulação de capital da economia. Dessa forma, o debate sobre a reforma tributária tem freqüentado as agendas dos diversos setores econômicos.

1Barbosa(1997), Ferreira e Araújo(1997), Rezende(1996a, 1996b), Varsano(1996, 1998),Afonso, Resende e

(15)

2

. ema Tributário atual por ter sido gestado no período da "transiçãowvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

%::JJiG'i:U· ca ,deu margem a ação populista e negligenciou as características básicas de um

ema tributário, quais sejam:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(i) eficiência econômica: um sistema tributário não rferir na alocação eficiente de recursos. Ou seja, a tributação não deve ser utilizada a a incentivar o indivíduo a reduzir suas horas de trabalho ou a determinar a

••.••.

zalízaçâo

de uma empresa em um lugar que não seria escolhido caso não houvesse

ficio fiscal. (ii) simplicidade administrativa: o desenho de um sistema tributário

pre justo requer certa dose de complexidade. Porém, essa complexidade gera altos os para a sociedade. Do mesmo modo, quanto mais complexo um sistema maior a

ibilidade de evasão fiscal e mais difícil a fiscalização.jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(iii) flexibilidade: o sistema ibutário deve ser flexível o suficiente para responder às mudanças circunstanciais da

_ nomia.· Pequenos ajustes contínuos evitam uma reforma mais radical. (iv) responsabilidade política (transparência): o sistema tributário deve ser desenhado de modo

,,'" ue os contribuintes saibam exatamente quanto estão pagando, possibilitando que o sistema político possa refletir as preferências dos indivíduos. (v) equidade (justiça): o sistema deve ser justo no tratamento relativo dos diferentes indivíduos (Stiglitz, 1998). O tratamento constitucional da questão tributária trouxe consigo uma exagerada descentralização de recursos sem a .devida contrapartida dos encargos e responsabilidades dos entes federados",

endo como efeito direto o desequilíbrio financeiro da União e a opção por uma tributação de má qualidade com impostos em cascata(IOF, COPINS, PIS, CSLL). Resulta daí, uma

(16)

:S::::::':.ra tributária distorsiva que gera efeitos negativos sobre o crescimento e o bem-estar . ico.

Em relação ao sistema tributário tradicional, a busca da eficiência e simplicidade ser conjugada com o objetivo da

harmonização ',

devido ao elevado grau das relações rciais aprofundado pelo processo de globalização. Nas duas últimas décadas processos formas vêm acontecendo em diversos países. No caso da América Latina, pode-se citar

Argentina que implementou suas reformas nos anos de 1980-1983, 1985-1987 e

1990-3. No Chile as reformas básicas ocorreram em ] 984 e 1990. No México ocorreram nos

ríodos

de 1983 e 1987-1992.

De uma forma geral, o processo de reforma tributária nesses países podem ser assim

marizado:zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAPrincípios básicos:

(i)

poucos tributos, base ampla e regras simples com quotas baixas e pouco diferenciadas. (ii) redução dos tributos específicos e concentração o sistema tributário na arrecadação, e (iii) ampliação da base de incidência e combate

à

r

evasão e elisão. Principais resultados: (i) aumento da participação de tributos indiretos, em especial o IV A de base ampla. (ii) redução das alíquotas dos impostos sobre o comércio exterior. (iii) preferência por regras gerais e eficientes, e (iv) eliminação de tributos de baixo rendimento (Carvalho,1997).

Outra série de reformas que estão sendo empreendidas, com o objetivo de promover a estabilidade fiscal nos diversos países da América Latina, é a reforma do sistema da

previdência. Por ter uma forte influência no padrão de poupança da economia, seu papel na

(17)

4zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~;;sf~rência de renda intertemporal e intergeracional influenciam diretamente odcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.= sc i;0 mente e o bem-estar econômicos.

o

Chile foi o pioneiro nesse tipo de reforma com a mudança de seu sistema de

ência em 1981. Ao longo da última década outros países seguiram o mesmo caminho, o Peru efetuado sua reforma entre 1993-1995. Na seqüência tivemos a Colômbia e s ntina que implementaram suas reformas no ano de 1994. O Uruguai iniciou sua _ rma em 1995 e, por fim, pode-se citar o México que vem implementando a reforma no

o ema previdenciário ao longo da década de 90 (Barreto, 1997).

Cada país citado tem características próprias no seu processo de reforma, porém, a aestão comum a todos eles relaciona-se com a substituição do sistema previdenciário de repartição, em que as contribuições não guardam relação com os benefícios (sistema não ndado), para o sistema previdenciário de capitalização, cujo benefício depende da contribuição (sistema fundado)".jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

,l'"

No Brasil, devido as pressões políticas e os conflitos de interesse, as reformas vêm sendo adiadas. Porém, a pressão dos grupos mais realistas quanto a um modelo fiscal mais saudável que traga impactos positivos ao ambiente econômico, refletindo-se no bem-estar

da população, conduziu os projetos de reforma para a agenda do dia.

O objetivo deste trabalho é o de simular os impactos macroeconômicos e sobre o

(18)

ibutária, que é: observar os diferentes impactos macroeconômicos verificando os efeitos

variáveis reais da economia da adoção das diferentes bases tributáriaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(renda, consumo

_ salário). No que se refere ao sistema de previdência, observa-se os impactos levando-se

em consideração a substituição do sistema de repartição para o sistema capitalizado.

Para visualizarmos o efeito conjunto da reforma se faz necessário admitir, a opção de financiamento para dívida de transição da passagem do sistema de repartição para o sistema capitalizado (passivo previdenciário). No regime de repartição nós temos a contribuição dos ativos de um período financiando a aposentadoria dos inativos desse mesmo período. No período posterior os primeiros serão financiados pelos ativos

contemporâneos. No momento da mudança para o regime de capitalização, esse ciclo de financiamento é interrompido. Porém, existem pessoas no sistema com direitos parciais, os

ativos, ou totais, os inativos, sobre o recebimento da aposentadoria. Esses direitos constituem o .. passivo previdenciário que deverá ser financiado através da emissão de

dívida, imposição de impostos ou uma combinação de ambos.'jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

r

Dado o objetivo do trabalho, assume-se que o financiamento da dívida de transição (passivo previdenciário) se dará somente pela imposição de imposto. Obviamente essa opção tem desdobramentos qualitativos e quantitativos no comportamento dos indivíduos através do efeito renda, que afeta os recursos absolutos que eles têm disponíveis a cada período, eo efeito substituição, que afeta o preço relativo do consumo em diferentes anos.

O trabalho, além desta introdução, está dividido da seguinte forma: o capítulo 1 apresenta o modelo simplificado de gerações superpostas de dois períodos, evidenciando o

4 Para uma análise mais detalhada dos diferentes sistemas ver Barreto, 1997.

(19)

6

=:!:=;:lo.:tamentodos agentes econômicos, indivíduos, firmas e governo, com o objetivo de

. claro o entendimento da dinâmica do modelo, o que não seria tão simples nojihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

= = m iD

multiperíodos. O capítulo 2 apresenta o modelo geral utilizado na simulação, onde

..,.",.•...•.•.••...vive durante 55 períodos. O enfoque metodológico será a realização de simulação ilíbrio geral, levando-se em consideração diferentes situações em estado onário. Desse modo, não serão analisados os efeitos da transição da mudança entre os

estacíonãrios.

No capítulo 3, serão apresentados os resultados das simulações assim

(20)

C A P Í T U L O 1 .cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

M O D E L O S I M P L I F I C A D O D E G E R A Ç Õ E S S U P E R P O S T A S

Devido a complexidade das interelações dos diversos mercados em um modelo de ilíbrio geral de gerações superpostas multiperíodo, torna-se menos simples assimilar o portameto dos agentes econômicos, assim como, a trajetória dinâmica da economia. sse modo, apresenta-se neste capítulo o modelo simplificado de gerações superpostas de is períodos. Através desta simplificação o comportamento dos agentes - indivíduos, firmas e governo - bem como, a trajetória dinâmica da economia, serão melhor

mpreendidos.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

,l'

Inicialmente indica-se as suposições básicas do modelo, enfatizando o comportamento maximizador do indivíduo, dadas sua função utilidade e sua restrição orçamentária. No que concerne as firmas, estas maximizam lucros de forma usual. Dessas :elações deriva-se a trajetória dinâmica da economia a dois setores (indivíduos e firmas).

Por fim, introduz-se o governo na economia, analizando os possíveis impactos na

rrajetória

econômica, como conseqüência de mudanças nos parâmetros do modelo, como,

(21)

8

o

modelo de gerações superpostas, desenvolvido a partir dos trabalhos de Allais

9 7), Samuelson (1958) e Diamond (1965), tem sido utilizado em vários trabalhos que

cam verificar os impactos macroeconômicos das políticas fiscais.

A suposição básica do modelo, que o diferencia dos demais, é a rotatividade de

gerações.

Conforme a figura 1, em cada período convivem duas gerações: os jovens, que

ofertam trabalho inelasticamente, e os velhos, que estão aposentados.wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

1 2 3 4 5dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

F ig u r a 1

Geração

Período de Tempo

-1KJIHGFEDCBA

OLD

O

YOUNG

OLD

1

YOUNG

OLD

2

YOUNG

OLD

3

YOUNG

OLD

4

YOUNG

OLD

I

Fonte: McCandless Jr. and Wallace (1991)

A

versão

simplificada do modelo assume, que o indivíduo vive apenas dois períodoszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(t, t + 1). No primeiro período o indivíduo oferta uma unidade de trabalho e divide sua renda

entre consumo no primeiro período e poupança. No segundo período ele consome a

(22)

A população cresce à taxazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAn. ChamandojihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAL I os indivíduos nascidos no ano t, o

amero de indivíduos cresce na forma L IwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA= (1+n) L I_,.Desse modo, no segundo período, ao

ernpo t,tem-se L I indivíduos. No primeiro período tem-se L t_ 1

= (

L t )'

l+n

No lado da produção supõe-se que existem muitas firmas em um ambiente competitivo, combinando capital e trabalho, que ganham seus produtos marginais, na forma

(1)

onde,

y = Produto

K =Capital

L =Trabalho

A = Conhecimento

Supõe-se, adicionalmente que a função de produção têm retornos constantes de escala' e satisfaz as condições de Inada".

Finalmente, supõe-se um estoque inicial de capital que pertence igualmente a todos os indivíduos velhos. Daí, no período t = O esse estoque de capital combinado com o trabalho dos jovens, efetua a produção.

6Não se considera depreciação, e o conhecimento "A" cresce àtaxa "g" constante, que é: A I =

(1

+g )A t_ 1 _ 7 A suposição de retornos constantes de escala permite-nos transformar a função na sua forma intensiva:

y=!(k) ondek= K e y=~_

, A L A L

8lnada, K.: lim

((k )

=

00 e lim

((k )

=

O

(23)

10dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 .1 . C o m p o r t a m e n t o d ozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Indivíduo."

o

comportamento do indivíduo é dado pela forma usual de maximização da

utilidade. Chamando, respectivamente,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBACjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAII e C21 o consumo dos jovens e velhos no período t,a função utilidade do indivíduo nascido no tempo té:

(2)

Assume-se que a função de utilidade é da forma constant-relative-risk-aversion'"

C

I-O

1

C

I-O

V IwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA=_11_+ __ ~

1 -0 1 + 5 1 -0

(3)

Na equação (3) os parâmetros O e 5, definem o comportamento do indivíduo que se

refere à escolha entre o consumo presente e o consumo futuro (poupança). O , a elasticidade-substituição intertemporal do consumo, determina a mudança percentual do

r

consumo entre os dois períodos, decorrentes da mudança no preço relativo do consumo

nesses períodos. O tamanho de O governa a sensibilidade rias famílias para mudanças de

incentivo a poupança.

o ,

ti taxa de preferência no tempo, indica o grau em que os

indivíduos preferem mais consumo corrente do que no período posterior. Ou seja, quanto

maior a taxa de preferência 5, maior será o consumo corrente CIt"

9 Vários trabalhos desenvolvem o modelo simplificado: McCandless Jr. and Wallace (1991); Miller and

Upton (1986); Auerbach and Kotlokof[ (1987); B1anchard and Fischcr (1989). Porém, segue-se basicamente Romer (1996).

-C

V '(C )

(24)

Corno os jovens dividem a renda do trabalho,jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAw A " entre consumo e poupança, o toque de capital no períodozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAtwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA+ 1, K I+ /' é dado pelo total de indivíduos jovens, L I' vezes

suas poupanças individuais, w A I- C /I.

Desse modo, o consumo no segundo período do indivíduo nascido no período t é dado por:

(4)

onde,

'1+1 =taxa de juros no período t + 1.

Reorganizando (4), produz-se a restrição orçamentária:

(5)

A maximização da utilidade em (3), sujeita a restrição orçamentária (5), produz:

.,.

(6)

A equação (6) mostra que a trajetória de consumo é crescente na taxa de juros r e na

elasticidade substituição

e,

sendo decrescente em relação à taxa preferência

o.

(25)

12wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

7)

Da equação (7), tem-se a taxa de poupança"

(1

)

(t-())jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAIzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAo

s( )

.

+r

r = (1+0)1/0 +(l+r)(t-O}IO

(8)

Observe que o crescimento da taxa de juros r tem ambos os efeitos, renda e substituição. A prevalência de um deles dependerá da elasticidade de substituição intertemporal do consumo.dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 .2 . A D in â m ic a d a E c o n o m ia

Das suposições do modelo tem-se que o estoque de capital na período t + 1 é dado

pela poupança dos jovens no período t:

(9)

Dividindo (9) porLt+l At+l' produz a trajetória do capital na forma intensiva:

(10)

(26)

SubstituindojihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAT I+ I ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAw" a equação (10) toma a seguinte forma:

(11)

Essa formulação geral possibilita uma série de comportamento da economia, dado que kl+l

é

implicitamente definida como função de k , 12. Por simplicidade, supõe-se uma

função utilidade logarítimica e a função de produção Cobb-Douglas".

Com essas suposições a equação (11) é reescrita como:

(12)dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

F ig u r a 2

A D in â m ic a d e k

~+lwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

k1 - - - -

---~---=-=---~

12Para o comportamento do caso geral ver ANEXO B

(27)

1zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A equação (12) nos mostra uma relação explí ijihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAH I e k ; Com ef ito. trajetória

economia pode ser visualizada a partir da figura q tra k'+ 1 como função dzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAk;

Na trajetória dinâmica de k , existe um equilíb '0 que é denotado por

s:

Por a vez, independentemente do nível inicial de k , ameno

=

O ele convergirá para k·.

Supondo o valor inicial de k = ko, maior do que " n ní el kl+l é menor do que k;

Observando a figura 2, nota-se claramente que k , é menor do que ko . Como kl+j é crescente

em k , k , é maior que

i:

Com efeito, k , está situado entre k * e k .. Es e processo dinâmico leva k a convergir gradualmente para k· . Nesse ponto, tem-se o steady state, onde k, e k'+ 1 crescem àmesma taxa".

A partir da análise anterior é possível visualizar que choques eventuais na economia a partir da trajetória de crescimento equilibrado k· , conduzem a mudanças temporárias nas taxas de crescimento, porém, reconduzindo a economia, gradualmente, à trajetória

.,

de

equilíbrio. Através da análise de sensibilidade da taxa de preferência 8, é possível perceber esse movimento.

Supondo uma queda na taxa de preferência, observa-se a partir da equação (6) que essa queda implica em um aumento da trajetória do consumo, tendo como conseqüência o aumento da taxa de poupança da geração jovem. Com efeito, através da figura 3, a trajetória de crescimento da economia muda para cima e, devido ao processo já descrito anteriormente, a economia convergirá monotonamente a partir de kl• para k2••

(28)

Evidentemente, caso ocorresse um aumento da taxa de preferênciazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAt5 , a geração jovem anteciparia o consumo futuro, tendo como decorrência a queda da taxa de poupança

influenciando negativamente a acumulação de capital, mudando a trajetória de crescimento da economia para baixo a um níveljihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAk ' menor que k , '.dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

F ig u r a 3

E f e it o d a Q u e d a d a T a x a d e P r e f e r ê n c ia

~lwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

k •1 k •J

1 .3 . O G o v e r n o n o M o d e lo d e G e r a ç õ e s - S u p e r p o s t a s .

(29)

16

eutrai idade . em relação aos impostos, seria melhor tributar a renda, o consumo ou os salários, para obter uma menor distorção sobre a acumulação de capital da economia?

Tratar-se-á dessa questão no capítulo 2 pois, por meio do modelo de equilíbrio geral de gerações superpostas as relações referentes aos efeitos macroeconômicos da tributação

ão melhor captados. Por ora, com o intuito de observar o efeito na trajetória de crescimento da economia com a inclusão do governo, assume-se que o governo financia

suas compras de bens por unidade de trabalho efetivo no períodozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAt, através de impostos

lump-sum sobre a geração jovem. A renda dos trabalhadores na equação (12) seriajihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(1 - a ) kta - Gt, e a evolução dekl+1 dada por:

(13)

onde,

G,wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA=Consumo do Governo por unidade de trabalho efetivo

Através da equação (13), observa-se que, para um dado nível de k.; o aumento no consumo do governo implica na redução de k '+ l' Pela suposição de que os impostos recaem na geração jovem estes reduzem seu consumo no primeiro período, porém, sua poupança cai, influenciando negativamente k1+1•

15

Esse movimento pode ser observado na figura 4.

(30)

F ig u r a 4

E f e it o d o C r e s c im e n t o d a s C o m p r a s d o G o v e r n oKJIHGFEDCBA

k"2zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

k"

1

Supondo que a economia está nozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAsteady state em k,·, o aumento do consumo dowvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.,.

'" governo conduz a uma mudança para baixo na trajetória de crescimento da economia. Com efeito, a economia inicia uma trajetória gradual em direção a trajetória de crescimento equilibrado em direção ak2·, com menor estoque de capital.

1 .3 .1 . F in a n c ia m e n t o c o m im p o s t o o u d ív id a .

(31)

IX

Supondo que uma parte da poupança dos jovens no primeiro período seja convertida m títulos, a equação (13) pode ser reescrita na forma:

(14)

onde,jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

b l+ 'wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA=estoque de títulos por unidade de trabalho efetivo

Como os impostos (T ,) e o consumo do Governo (G ,) devem se igualar", a equação

(14)

pode serrearranjada da seguinte forma:

(14')

Observa-se da equação

(14')

que impostos e dívida têm diferentes efeitos sobre a acumulação 'de capital. Quando o governo financia seus gastos através da emissão de dívida, os' impostos para seu pagamento serão suportados pelas gerações futuras . Nas palavras de Romer (op. Cit.):zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

"... the individuais currently alive are better of, and they therefore

increase their consuption. Thus a switch from tax to bond finance reduces

the capital stock" .

16Observe que os gastos do Governo por trabalho efetivo no período tsão dados pelo consumo do governo,

GI,mais o pagamento da dívida existente,

[1

+

F ' (k )]b

t• Suas receitas advêm dos impostos, TI.e da emissão

da nova dívida, (1 + n)(l + g) b'+I' Daí, no equilíbrio orçamentário do governo

(32)

Essa questão é importante, pois, ao optar pelo financiamento através de impostos, .êm-se, claramente, um efeito-renda positivo para a geração futura, o que implica em um

elhor ambiente econômico em termos de aumento do crescimento e bem-estar conômicos, no estado estacionário.

Apesar do modelo de gerações superpostas de dois períodos nos fornecer alguns indicativos sobre o comportamento de algumas variáveis relevantes para nossa

(33)

CAPÍTULO 2

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

M O D E L O D E E Q U I L Í B R I O G E R A L D E G E R A Ç Õ E S S U P E R P O S T A S

o

modelo que será utilizado para observar os impactos macroeconômicos e sobre o

bem-estar da. reforma tributária no Brasil foi desenvolvido a partir de Arrau (1991) e Cifuentes e Valdes-Prieto (1994), que se baseiam no trabalho de Auerbach e Kotlikoff (1987).wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAÉ um modelo de gerações superpostas, que obedece aos princípios neoclássicos onde os agentes, indivíduos, firmas e Governo, interagem em um ambiente competitivo, objetivando, da forma usual, a maximização da utilidade, dos lucros e o equilíbrio orçamentário. São supostos custo de informação zero, a ausência de incerteza e expectativas racionais, o que corresponde à condição de escolha sob perfeita previsão.

Nesse modelo não serão incluidas variáveis nominais como nível de preço e câmbio, dado que o objetivo é verificar apenas o efeito das reformas fiscais sobre o comportamento das variáveis reais da economia. É importante atentarmos mais uma vez que, a metodologia

(34)

Assume-se que os agentes" têm um pe a Iinito, part

trabalho, parte à aposentadoria. A cada período n eração e uma outra

significando que a população cresce a uma modo, ao descrever o comportamento dos indivíduos, firmas e go emo. dições de equilíbrio, toma-se possível simular o comportamento da . erentes estados estacionários.

2.1. O Comportamento dos lndi íduos, Firmas e Governo.

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(i) indivíduos:

Os indivíduos VIvem 55 períodos, onde tomam suas decisões de consumo e poupança. Ingressam no mercado de trabalho aos 21 anos de idade, e morrem aos 75 anos, após um período de aposentadoria.

Então, os indivíduos maximizarão uma função utilidade isoelástica separãvel intertemporalmente:

(15)

onde,

UwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA= nível de utilidade no ciclo de vida do agente. C,

=

consumo no tempo t.

A função utilidade agregada é dada da seguinte forma:

v

e

55 1 - ~

---2:

(1+c5)I-/[C,l o

o -

1 ,= 1

(16)

(35)

22zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

onde,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

B

wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA=elasticidade intertemporal entre o consumo em anos distintos. 8

=

taxa de preferência.

A maximização da função utilidade das famílias em (16) está sujeita a seguinte restrição orçamentária:

(17)

onde,jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA A ,=estoque de ativos financeiros voluntários no tempo t.

'1+1 = taxa real de juros no período t+1

C,

=

consumo no tempo t

ty =taxa de imposto sobre a renda

te

=

taxa de imposto sobre o consumo

z(t)

=

(1-

v -

ty - tw

)W ,z,

(e,)

+

(1-

ty ~ +Pu,

(e,)

renda do trabalho mais benefícios líquidos.

w,=salário real por unidade de trabalho efetivo.

L ,(e J =unidade de trabalho efetivo oferecida por uma pessoa de idade e no período t.

P , = pagamento de benefícios individuais, proporcionais as contribuições feitas pelos indivíduos.

PII, =pensão universal recebida no período u,de inatividade.

tw= taxa de imposto sobre o salário.

v = taxa de cotização da scguridadc social

Com a suposição adicional de que os indivíduos não recebem e não deixam herança, tem-se

(18)

(36)

A maximização da cquaçáo (16), sujeita as restrições (17) e (1~) é dada por:

quando AwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA>O (19)

A equação (19) mostra que o consumo, ao longo do tempo, responde positivamente

à

taxa de jurosjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAr e

à

elasticidade substituição intertemporal B , sendo o mesmo decrescente

na taxa de preferência

o.

(U )firmas

As firmas combinam capital e trabalho numa função de produção que é, por hipótese CES (elasticidade de substituição constante), com depreciação exponencial na forma:

[

0"-1 0"-1] 0"/0"-1zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Y

=

f3L O" + (1-f3)K O" - M<. (20)

onde,

Y=produto da economia K =estoque de capital

L =mão-de-obra

(J"=elasticidade de substituição entre K e L L1=taxa de depreciação.

o

comportamento de maximização através da equação (20), gera a demanda dos

fatores dados por:

o

Ld

=

w-o~oy

0 - 1

(37)

24zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

(22)jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(iii)zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAgoverno:

A introdução do governo no modelo conduz a imposição de impostos e emissão de títulos que irão financiar seus gastos em bens e serviços, bem como, suas transferencias 18.

Seu comportamento deve obedecer a seguinte restrição orçamentária:

(23)

onde,

D ,wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA=estoque de dívida pública líquida de ativos financeiros e líquidos que possui o governo no ano t.

G,=consumo do governo no ano t

r,D,=serviço de juros da dívida pública no ano t.

T ,

=

receita tributária no ano t.

2.2. Agregação e Crescimento

No modelo contempla-se duas fontes de crescimento. A primeira é o crescimento da população, que define a oferta total de trabalho através do parâmetro n.

(24)

onde,

1,(e )

=

unidade de trabalho efetivo que dispõem as pessoas de idade e no período t.

18Não se considera, neste momento, a parte referente a previdência social na restrição orçamentária do

(38)

A segunda fonte de crescimento é dada pela taxa de crescimento da produtividade do trabalho, supondo dado progresso tecnológico:

(25)

A equação (25) mostra que a oferta de trabalho de diferentes gerações, cresce a uma taxa constantezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAx. Das equações (24) e (25) deriva-se a taxa de crescimento da oferta de trabalho ou produto da economia.

55

2.

1/+1jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(s )(1wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA+n)(1+1)-s-1

= ,:,:""s="':""\=-=-5 ---

=

(1+n)(1+x)

2.

11(s )(1 +n)1-5+1 s=1

(26)

É importante observar que essa taxa também determina a rentabilidade do sistema previdenciário do tipo repartição, pois, a transferência para as gerações aposentadas.êstão condicionadas ao crescimento do produto da economia.dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

2 .3 . R e s t r iç ã o O r ç a m e n t á r ia c o m P r e v id ê n c ia .

Conforme a equação (23) a restrição orçamentária do governo com o sistema previdenciário transforma-se em:

(27)

onde,

T 'U n ,

=

transferências pagas no tempo t,por motivo de pensão universal.

(39)

26zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Tomando os valores de (27) por unidade de produto e considerando o estado estacionário, tem-se:

(28)

onde,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

bwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA= total da dívida pública por produto no ano t.

g =total do consumo do governo por produto em t.dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

2 .4 . C o m p o r t a m e n t o d o S is t e m a d e P r e v id ê n c ia

As equações abaixo descrevem as condições de financiamento da previdência onde, parte funciona à base de repartição e outra à base de capitalização:

F,(e,

= 21) = O

(29)

.,.

ou,

F'+IjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(el+l) =FI{e)f(1 +r)(1- f)(1 +n)(1 +x )

J-

cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAp ;

(30')

para t

=

22, ...,75

onde,

FI

=

saldo da conta individual no sistema de pensões de um indivíduo de idade "t"

f

=grau de capitalização do sistema de

pensões"

1<)Observa-se da equação (30) que, uma proporção de F é destinada ao sistema capitalizado rendendo uma

(40)

VempwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA+V,rab

=

soma da taxa de contribuição média do trabalhador e do empregador, expressa sobre a base do salário bruto.

Tem-se que, o valor do benefício do indivíduo i será dado por:

(31)

onde,jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA P

=

idade no período de aposentadoria (p

=

57, ...,75)

2.5. Equilíbrio nos Mercados e Comparação de Bem-Estar

(i) Mercado de Trabalho

A condição necessária para se ter equilíbrio no modelo é que os mercados de trabalho e capital estejam em equilíbrio. Em termos individuais o equilíbrio no mercado de trabalho é dado pelo perfil de li (s), e pela taxa de crescimento populacional n.

(32)

(ii) Mercado de Capital

(41)

28zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

55 55jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

« ,

wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA+b Y = ~ A , (s )(1 +n r ( I - I ) + ~ I~ (s )(1 +n r ( I - I ) (33)zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(iii) Método Usado para a Comparação de Bem-estar

Normalmente se compara o nível de bem estar individual, como medida ordinal com o índice de satisfação U definido em (16). Diz-se que o agente do tipo i estará melhor se a

utilidade atingida na nova situação for maior que a utilidade que se alcançou na situação anterior à modificação.

No modelo, o método utilizado para medir bem-estar é o de "variação

compensatória" onde se mantêm o nível de satisfação, que é:

o

1+vanaçao compensatona. - , .. t

= -.

(U

li)O-1

Um

(34)r

2.6 Equações Utilizadas nas Simulações

Através das condições de equilíbrios descritas anteriormente, busca-se encontrar o equilíbrio macroeconômico, como resultado dos sistemas de equações não-lineares descritos abaixo:

(1) A trajetória ótima de consumo:

i

C

={(

l+tc,1 )

[1+

(l-ty,,)rl

l}O

C

() 1+1

1

t

1 8

1

+ c,l+l +

(42)

(i i)jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A IwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA=A S 6 =OzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(2) A acumulação de ativos forçados via sistema previdenciário:

(i)

Ft+l

=

F}

[f(l

+r)+

(1-

f)

(1

+n)

(1

+x)]+(Vemp +Vtrab)Wtet - P,

(ii)

P, =Fp.rl(1-(1+rf(7S-P)}

ondep=57 ...75

(3) A concentração ótima de fatores pelas empresas:

o-(i i)

Kd =(r +

~to-(l- PYyo--l

(4)A função de produção:

(5) O equilíbrio no mercado de capitais:

(43)

30zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(7)Restrição orçamentária do governo:

(i)

(i, )~

(r-n -x-nx)b+jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAgwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA+(Tpn, /Y,) +(T,Ind,/Y,)

2.7. Aspectos teóricos e Parametrizaçâo

do Modelo:

(i) aspectos teóricos:

Nesta seção discute-se alguns elementos teóricos que podem ser identificados a

priori, e de .forma isolada. Os principais elementos considerados são: a não-restrição de

créditos, os salários e os sistemas alternativos de tributação. Apesar desses componentes terem seus efeitos particulares verificados na condição ceteris paribus, o efeito conjunto em um ambiente de equilíbrio geral não é conhecido ex ante, em razão da complexibilidade-das inter-relações dos diversos mercados, tais efeitos serão conhecidos, apenas através das simulações numéricas.

No modelo assume-se não haver restrição de crédito. Tal suposição permite que os indivíduos. se endividem em qualquer fase do seu ciclo de vida, o que favorece a antecipação do consumo para fases iniciais desse ciclo". Outra conseqüência importante é que, em equilíbrio, uma economia com regime previdenciário de capitalização plena terá

20Embora Lannes Jr. (1999) argumente que essa suposição traga " ...reflexos negativos para o realismo das

(44)

variáveis reais equivalentes a uma economia sem previdência, pois, em conjunto com a hipótese de perfeita previsão, o padrão de poupança dos indivíduos seria otimizado."

Os salários e a tributação têm influências tanto sobre o bem-estar dos indivíduos como no nível das variáveis reais nozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAsteady state. Como evidência Lannes Jr (op. Cit.) a utilidade a1cançada pelos indivíduos no equilíbrio depende tanto do nível de consumo, como também, de sua distribuição ao longo do ciclo de vida. Salários influenciam o nível de consumo, enquanto os impostos influenciam a distribuição do consumo ao longo do ciclo de vida.

Em relação ao salário observa-se que sua relação com o nível de consumo é direta. Sob a suposição de oferta de mão-de-obra inelástica, em condições de equilíbrio, o aumento de salário conduz ao aumento da poupança agregada, do investimento, que repercute em uma maior relação capital/produto.

A partir da equação (20), pode-se mostrar que:

aw

jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA> 0

a( ~)

(35)

Assim sendo, ceteris paribus, o aumento da taxa de poupança, que eleva a relação capital produto, pode provocar um efeito-renda positivo para os indivíduos, influenciando positivamente o bem-estar.

No

que se refere à incidência tributária, as suposições básicas do modelo de

inelasticidade da oferta de mão-de-obra e não opção de escolha entre renda/lazer, fazemwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(45)

32zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

com que os impostos sobre o salário e o consumo não sejam distorsivos. Por outro lado, como evidencia a equação (19), o imposto de renda gera distorções pois, a taxa de juros de referência. para as decisões de consumo e poupança dos indivíduos, é a taxa líquida

pós-imposto

l(l -

jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAtzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAy

fI

J .

. A questão que emerge é qual o efeito das mudanças de regime tributário sobre a trajetória temporal do consumo, e consequentemente sobre a formação de poupança. Ou seja, mudanças de regimes tributários que alterem a distribuição da tributação ao longo do ciclo de vida, têm efeito sobre a renda dos indivíduos. Com efeito, mudanças que alterem a imposição de imposto ao longo da vida, correspondem a um efeito-renda positivo para os indivíduos no equilíbrio de longo-prazo.

Mudanças a partir do imposto de renda, que é distorsivo, em direção aos impostos sobre salário e consumo, podem ser visualizadas nas equações de poupança. Em se tratando da tributação sobre o consumo teríamos:

C

wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAI

S

=W +rA

---I I t 1-t

c

(36)

onde,

S,=poupança no tempo t.

w,=salário no tempo t.

A ,= ativos no tempo t. r =taxa de juros. C,= consumo em t.

(46)

No

tocante a tributação sobre salário, teríamos:

(37)

onde,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

tw

=

imposto sobre salário.

Das equações acima observa-se que o timing da imposição dos diferentes impostos produz diferentes trajetórias de poupança. Da equação (36), percebe-se que, em relação ao imposto sobre salário, o imposto sobre consumo distribui recursos das gerações que estão aposentadas para gerações jovens, na fase laboral. Como as decisões de poupança são

governadas pelos jovens, o imposto sobre consumo tende a aumentar a acumulação de capital, tendo reflexos nos períodos subsequentes sobre os salários, conduzindo ao aumento

do bem-estar no estado estacionário.

Da equação (37), visualiza-se que, em relação ao imposto sobre consumo, o imposto sobre salário deixa mais recursos para os aposentados correntes. Como os aposentados têm maior 'propensão marginal a consumir, isto tende a reduzir a acumulação de "~apital, deprimindo salários no período subsequente, reduzindo o bem-estar no estado estacionário.

Em síntese, o imposto sobre consumo extrai receita dos indivíduos nos períodos mais adiantados do ciclo de vida, em relação ao imposto sobre salário. Decorre daí, uma maior poupança dos indivíduos na fase inicial do ciclo de vida, com efeitos positivos sobre

a taxa de juros e a formação de capital no equilíbrio finaf2wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

22Como demonstra Summers, L. (1981, p.539) " ...Consider lhe sudden imposition of a consumption taxo

Consumers of ali ages are equallyjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAa ffe c te d . On the other hand, imposition of a wage tax has no e ffe c t on the

(47)

34zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(ii) Parametrização do ModelozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Para efetuar as simulações é necessário especificar os valores dos seguintes

parâmetros: taxa de preferência intertemporaljihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA(b ); elasticidade substituição intertemporal do

consumo. (8); elasticidade substituição entre os fatores na produção (CT); participação do

trabalho no produto (JJ); taxa de depreciação do capital (Li); taxa de crescimento da

população (n ); taxa de crescimento da produtividade (x ); razão dívida pública/produto; razão consumo do governo/produto; idade de aposentadoria e grau de capitalização do sistema previdenciário.

Os trabalhos de Auerbach e Kotlikoff (1987), Cifuentes (1993), Cifuentes e

Valdes-Prieto (1993 e 1994), apresentam os seguintes valores para 8,

e,

CT,/3 respectivamente.

0 = 1,5%; 2,0%; 2,0% e 2,0%

B=

0,25; 0,70; 0,70

e

0,50

cT=

1,0; 1,0; 1,0 e 0,8 . /3= 0,75; 0,65; 0,70 e 0,75

Já o trabalho de Cifuentes, de Ramon e Valdes-Prieto (1994), não estabelece valores, porém, recomendam intervalos aceitáveis para os parâmetros:

o

=

entre -ü,2% e 6,0%

() =entre 0,25 e 1,50

(48)

/3= entre 0,50 e 0,75

Na literatura nacional o trabalho de Barreto e Oliveira (1997) adota os valores:jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA0 =

2 ,1 % ; B

=

0,70; (J'

=

1,0 e

/3

=

0,50. Dada a representatividade do trabalho desses autores

para o caso brasileiro,

adotar-se-á

os valores da sua parametrização nas simulações.

Quanto aos outros parâmetros os autores utilizaram a taxa de depreciação do capital

I!J.wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA= 3,5%, que é normalmente utilizada nesse tipo de simulação; a taxa de crescimento da população n

=

2,4%; a taxa de crescimento da produtividade x

=

0,5%; a razão dívida pública/produto (B/Y)

=

34%; a razão consumo do governo/produto (C/Y)

=

12%; a idade de aposentadoria de 57 anos, alíquota de contribuição previdenciária de 20% e, dada a

pouca existência de sistemas capitalizados no período, um grau de capitalização nula. Esses

valores são sumarizados na tabela 1.dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

T a b e la 1 . R e s u m o d o s p a r â m e t r o s

Taxa de preferência

Elasticidade substituição intertemporal Elasticidade substituição entre fatores Participação do trabalho no produto Taxa de crescimento populacional Taxa de crescimento da produtividade Depreciação do capital

Razão dívida/produto

Razão consumo do governo/produto Taxa média de contribuição previdenciária Idade média de aposentadoria

Grau de capitalização do sistema previdenciário

Õ 8 2,1% 0,7 1,0 50,0% 2,4% 0,5% 3,5% 34,0% 12,0% 20,0% 57 0,0% n x I!J.

(B IY )

(C IY )

(49)

36

CAPÍTULO 3

dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

R E S U L T A D O S D A S S I M U L A Ç Õ E S E A N Á L I S E D E S E N S I B L I D A D E

Nesse capítulo investiga-se, através do modelo teórico descrito no capítulo 2, os efeitos macroeconômicos e sobre o bem-estar, das possíveis trajetórias de uma reforma tributária ampla, como definida na introdução do trabalho. Para tanto, segue-se a seguinte sequência: inicialmente efetua-se a simulação do estado estacionário para a economia brasileira .sob o regime de repartição (capitalização a 0%), pois, dada a inscipiente participação de sistemas capitalizados, assume-se que o regime de repartição é mais representativo para a economia. Avalia-se os impactos macroeconômicos, assim como,

variações no bem-estar, quando operacionaliza-se uma reforma a partir do imposto de renda,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAr que é distorsivo, em direção aos impostos sobre consumo e salário. A partir desse cenário

base, serão efetuadas análise de sensibilidade nos seguintes parâmetros do modelo: taxa de

preferência; elasticidade substituição intertemporal; taxa de crescimento da população;

taxa de. crescimento da produtividade; consumo do governo/PIB; razão dívida/PIB,

(50)

3.1 Simulação do Cenário Base e Análise de Sensibilidade

Nesta seção efetua-se a simulação para o cenário base da economia brasileira, levando-se em consideração o sistema de repartição para previdência analizando que tipo de imposto gera melhores resultados macroeconômicos e sobre o bem-estar no estado estacionário. Em seguida, observa-se esses mesmos impactos através da análise de

sensibilidade dos parâmetros elencados do modelo.jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(i)zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBASimulação do Cenário Base

A tabela 02 apresenta as variáveis macroeconômicas no estado estacionário com o sistema previdenciário de repartição, indicando os resultados de uma reforma tributária a partir do imposto de renda em direção aos impostos sobre consumo e salário, e seus efeitos sob o bem-estar da população.

Tabela 2.

Equilíbrio com Previdência 0% Capitalizada nas Diversas Bases

Variáveis

Salário Renda

Estado Estacionário de Bases Consumo

Taxa de Juros Salários

Consumo / PIB Taxa de Investimento Capital / PIB

Imposto !!.. Bem-Estar 0,1179 1,6355 0,6703 0,2097 3,2710 0,1622 0,0965 1,9013 0,6362 0,2438 3,8025 0,2246 11,3335 0,1212 1,6002 0,6748 0,2052 3,2004 0,3783 -30,4037

(51)

38

imposto de renda viu-se que este é di tor ivo, pois afeta a taxa de retorno da poupança. Com efeito, através da equação (19) percebe-se que o imposto de renda diminui a trajetória de consumo através da variável [( l-ly)r.]. Como no modelo o consumo futuro é a poupança dos jovens na fase laboral, a taxa de retorno pós-imposto tende a diminuir a poupança,

influenciando negativamente a taxa de juros da economia, com reverberações negativas sobre a taxa de investimento e a razão capital/PIB, levando a menores taxas de salário.

Ao implementarmos uma reforma em direção a base consumo, os resultados macroeconômicos no estado estacionário evidenciam uma melhora significativa. A tributação sobre o consumo tem um maior impacto na extração de receita nos indivíduos em períodos mais adiantados do ciclo de vida. Este fato, leva a uma distribuição de recursos das gerações aposentadas para as gerações jovens, tendo reflexos positivos na formação de

poupança.

Com efeito, com o financiamento do governo através da base consumo, a taxa dezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

r

juros no estado estacionário situa-se em 9,65% ao invés de 11,79% sobre o imposto de renda. A repercussão imediata é um incremento da taxa de investimento em torno de 16,26%, elevando a razão capital/PIB de 3,2710 para 3,8025. Da relação (35), resulta um efeito positivo na taxa de salário para 1,9013, indicando um efeito-renda positivo para as gerações no estado estacionário, gerando um aumento de bem-estar para a população .

(52)

positivamente relacionada com a idade, este fato tende a reduzir a acumulação de capital, deprimindo salário nos períodos subsequentes, reduzindo o bem-estar no estado estacionário. Acrescente-se o fato de que os salários suportam a quota parte dos trabalhadores no sistema de previdência, reforçando o efeito negativo sobre o bem-estar.

Como mostra a tabela (02), sobre a base salário tem-se um aumento de 2,8% na taxa de juros, levando a uma queda na taxa de investimento de 0,2097 para 0,2052, e da razão capital/PIB de 3,2710 para 3,2004. Resulta daí, uma queda na taxa de salário de 1,6355 para 1,6002, conduzindo a uma perda de bem-estar da população.

Da análise da simulação base para a economia brasileira, infere-se que: numa perspectiva de longo- prazo a adoção da tributação sobre o consumo, gera menos distorções

no ambiente econômico, resultando em menores taxa de juros, o que influencia

positivamente o investimento e a razão capital/PIB, elevando a taxa de salário e o bem-estar da população.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(li) Análise de Sensibilidade

Nesta seção será feitawvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà análise de sensibilidade em torno do estado estacionário do cenário' base", objetivando inferir os impactos quantitativos quando variamos os seguintes parâmetros: taxa de preferência; elasticidade substituição intertemporal; taxa de

crescimento populacional; taxa de crescimento da produtividade; consumo do governo/PIB

erazão dívida/PIB.

(53)

40zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Taxa de Preferência

A taxa de preferência indica o grau em que os indivíduos preferem mais consumo presente do que consumo futuro. Através da equação (19), percebe-se que a taxa de preferência é relacionada negativamente com a trajetória de consumo, significando que quanto maior a taxa de preferência menor será o consumo futuro. A menor trajetória do

consumo implica na redução da poupança dos jovens, tendo como implicação, uma maior taxa de juros.

Através do gráfico (01), torna-se possível visualizar a relação entre a taxa de

preferência e a taxa de juros, numa perspectiva de longo-prazo.wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

I o 100

~ .,.. ~

.,.. C\Í C\I

Taxa de Preferência (o/~

E

-I~t~ ~:~~~:-- -:Tri1PõStóSobreConsu~~_ -_ _-1~5t~ SOb~~~~~Õ

I

L-.... _ o <O ci o O)

ci 8M

o C') M o <O M Gráfico 1.

Efeitos da Taxa de Preferência na Taxa de Juros

0.1500 0.1.400 0.1300 CI)

e

0.1200 .; 0.1100 ~0.1000 ~ 0.0900 0.0800 0.0700 0.0600

---::::;::-

cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA; ; . .

(54)

-Tomando-se a taxa de preferência do cenário base de 2,1 %, e variando essa taxa para

3,6%, observa-se um aumento da taxa de juros de 11,79% para 14,06%; 9,65% para 11,50%

e 12,12% para 14,18%, nas bases renda, consumo e salário, respectivamente.

De forma inversa, se a taxa de preferência cai ao nível de 0,6%, as taxas de juros

seriam: 9,82%; 8,03% e 10,29%, nas respectivas bases tributárias. Dessa análise percebe-se

que a taxa de preferência, tem uma relação inversa com a taxa de investimento, como

evidenciawvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

gráfico (02).

0.2900 o 0.2700

-

c: 11> 0.2500 E ;: 11I 0.2300 11> > .5 0.2100 -8 0.1900 11I ~ 0.1700 I-.0.1500dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

--

-- ---

~=

cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

- - -

-G rá fic o 2.

E fe ito s d a T a x a d e P re fe rê n c ia n a T a x a d e In v e s tim e n to

---

-~

---

-.

--

--- --- ---

----

----

-

---•

-~-,--o--,- -O T o -, o

00 ~ ~ ~ o

~ N N N ci

Taxa de Preferência (0/0)

o -,- o

~.~

F-=-'m~sto

de

Ren~ _--

_=

.Im~to sobre~~umo - _-:Tm~sto sobre sãiário

I

- - -- --- -- - --

--Ou seja, quanto maior a taxa de preferência, menor será a taxa de investimento. Aos

níveis de taxas de preferências anteriores ( 3,6% e 0,6% ), teríamos taxas de investimentos

de 18,26% e 24,07%; 21,38% e 27,81% e 18,13% e 23,24%, nas bases renda, consumo e

salário, respectivamente. Evidentemente, essa relação inversa se mantêm para a razão

(55)

42zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA o (OjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ó o OlzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Ó

o o o oKJIHGFEDCBA

CC! ,.... v ,....

,.... C\J N NcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

T a x a d e P re fe rê n c ia (%)

o C') C':i o (O C':i

G rá fic o 3 .

E fe ito s d a T a x a d e P re fe rê n c ia n a R a z ã o C a p ita l / P IB

4.5000

....

-

....

-....

-

..dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA- . - ..

-..

- ..- .

-.. -

---

-

--

-... - -

-

..

-

--.... - -.

--

-m ir 4.0000 iV

-ã. 3.5000 \li o o .ca

!

3.0000

--

-- -

-- -

-_.---

- - - -

~ ~==

2.5000

Aos níveis anteriores de taxa de preferência, as razões capital/PIB seriam: 3,0831 e 3,2710; 3,5853 e 3,8025 e, 3,0309 e 3,2004, respectivamente.

Das análises antecedentes, pode-se deduzir que economias com baixas taxas de preferência, têm melhores resultados macroeconômicos no estado estacionário, devido à influência que este parâmetro exerce na formação de poupança, com seus reflexos na taxa de juros e, na acumulação de capital. Por outro lado, deve-se enfatizar ser este um parâmetro

comportamental dos agentes, o que dificulta sua alteração através de políticas de governo. Obviamerite, os melhores efeitos são encontrados no imposto sobre consumo, como no cenário base.

Ela s t ic id a d e - s u b s t it u iç ã o in t e r t e m p o r a l

(56)

com a elasticidade-substituição. Dessa forma, o aumento da elasticidade-substituição, leva o

indivíduo a "espalhar" seu consumo ao longo do ciclo de vida, aumentando, assim, a taxa de

poupança. Decorre daí, a relação inversa entre a elasticidade-substituição e a taxa de juros,

como evidencia o gráfico (04).

Variações a partir do cenário base (0,70 que produz taxas de juros no estado

estacionário de 11,79%; 9,65% e 12,12%, nas respecti as bases, geram os seguintes

resultados quando a elasticidade-substituição assume o alores de 0,45 e 0,95: 20,45% e

9,27%; 16,30% e 7,63%; e 23,62% e 9,27% nas base renda consumo e salário,

respectivamente. Obviamente a elasticidade-sub tituição tem uma relação direta com a taxa

de investimento, como mostra o gráfico (05) a seguir.

0.45 0.50 0.55 0.60 0.70 0.75 0.80 0.85 0.90 0.95wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Gráfico 4.

Efeitos da Elasticidade Substituição nas Taxas de Juros

0.2500

li) 0.2000 o

•..

0.1500

::::I

..,

GI

'ti 0.1000 lU

~ 0.0500 0.0000

"---~~.~=-~--

-

---.-

-

.•

-

.•

~~~~

-

- -

- -

..

~~~~~~~~~~---

--

KJIHGFEDCBA

-

.",

-

...

- - -

---.,.

- -- ..

-8asticidade Substituição

(57)

44zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

_____ •__ -- - ---_._ ••- o

0.45 0.50 0.55 0.60 0.65 0.70 0.75 0.80 0.85 0.90cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

G rá fic o 5.

E fe ito s d a E la s tic id a d e S u b s titu iç ã o n a T a x a d e In v e s tim e n to

0.3000 o

0:2500wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

-

c CI)

E 0.2000

~

CI) 0.1500

>

.5 0.1000 CI)

"C

lU 0.0500

~ 0.0000

--. -dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

--- ..

-

.

-

..

-

..

....

-

--

-

- ..

---8asticidade Substituição

\

--':"llTCJosto de ·Renda _ _ ::-. lrT-Postosobre Consumo _ ~ IlTCJostosobre Salário

I

-- o - __ - - - - _. -

-Com o aumento da elasticidade-substituição eleva-se a poupança, o que reduz os

juros e aumenta o investimento. Com o aumento para 0,95 em relação ao cenário base, as

taxas de investimento aumentam aproximadamente 1970%;

18,17%; e 22,37%, nas bases

renda, consumo e salário, respectivamente. Essa relação se reproduz com a razão

Imagem

Gráfico 6.
Gráfico 11.
Gráfico 13. Efeitos da Razão Consumo do Governo/PIB na Taxa
Gráfico 14. Efeios da Razão Consumo do Governo jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA I PIB na Taxa de Investimento 0.3 ----------------------.----------------- cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA - - -
+3

Referências

Documentos relacionados

Epistemologicamente falando, hoje atravessamos uma crise paradigmática que tem sido problematizada por pesquisadores de diferentes matrizes teóricas, mais recentemente, com

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa- mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

O algoritmo do filtro de Kalman pode ser usado para estimar os estados e a saída de um sistema dinâmico em situações, nas quais as variáveis não estão disponíveis a todo o momento

autor, as manifestações populares carnavalescas como os cordões, ranchos e blocos eram estratégias e artimanhas utilizadas pelos populares como meio de resistência,

[6]A reflexão sobre a nova estratégia teve início em setembro de 2014 com um seminário intitulado «A nova estratégia para a igualdade de género pós-2015», que esteve na base

Aqui frisamos apenas que existe uma reprodução de padrões de representação que acabam por influenciar ou até mesmo guiar as atividades cotidianas dos indivíduos:

Desse modo, a escola e a mídia são significadas como um lugar de consolidação de imagens sobre a língua, através do ensino de língua portuguesa, estabilizando-as a