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Cad. Pagu número30

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Academic year: 2018

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Apresentação

Lançado em janeiro de 1993 – mesmo ano da criação do Pagu/Núcleo de Estudos de Gênero – os cadernos pagu estão completando quinze anos neste ano de 2008. Resultado de um trabalho feito a muitas mãos, os dois primeiros números foram impressos na Gráfica do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, onde o Núcleo se constituiu inicialmente como um centro de estudos; a revista foi depois impressa na Gráfica da Universidade, até o seu número cinco, quando, já com o patrocínio de diversas agências financiadoras, passamos a imprimi-la numa gráfica externa à Universidade, situação que se mantém até hoje. Foi também a partir do número seis que os

cadernos passaram a contar com uma Editora Executiva, Iara Beleli, que continua firme no posto até hoje e que, desde o número 28, ganhou o reforço de Luciana Camargo Bueno na editoria. Os cadernos também continuam no firme propósito enunciado por Adriana Piscitelli no primeiro número: “colaborar com o esforço de outros periódicos, participando da difusão de reflexões que contribuam para o desenvolvimento do debate em torno do tema gênero”.

Ainda que já esteja bem crescidinha, nossa publicação não prescinde das boas e velhas colaboradoras que a criaram, mas tem incorporado mais e mais mãos a esse esforço coletivo: a todas, e todos, os que tornaram possível a sua existência o Comitê Editorial agradece o apoio ao longo desses anos.

Neste número, contamos com um dossiê sobre o islamismo, organizado por Fatima Harrak e Oumama Aouad, abordando o caso particular das mudanças pioneiras efetuadas na legislação marroquina desde várias perspectivas; os artigos de Maria Cardeira da Silva, uma antropóloga portuguesa especialista nos estudos islâmicos, e de Mariane Venchi, que escreveu uma dissertação de mestrado sobre o tema, se somam aos seus esforços de reflexão. Os demais artigos – de Flávia Motta, Vera

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Siqueira e Gloria Rocha, Josefina Brown, Maria Cecília Pilla, Silvana Mariano e Carlos Ziller Camenietzki e Rejane Meirelles – ainda que abordando temas variados, desde o aborto na Argentina até a expressão literária das mulheres em Portugal, tematizam também a relação entre a aparente perenidade das construções de masculinidades e feminilidades e sua reiterada contestação histórica.

Contamos ainda com resenhas sobre livros recentes de Antonio Paiva, Michelle Perrot, Ilana Löwy, Daniel Welzer Lang e Henrietta Moore.

O artigo de Haquira Osakabe, publicado como homenagem dos cadernos a um de seus antigos colaboradores – membro do primeiro comitê editorial da revista até seu número 15, quando passou a integrar o Conselho Editorial – foi também provavelmente o último que ele produziu, especialmente para nossa revista. Haquira não só foi professor, e inspirador do trabalho, de várias das integrantes da equipe do Pagu, como foi amigo e colaborador de muitas outras. A professora Ruth Cardoso, amiga e orientadora de tantas outras pesquisadoras do Núcleo, estava na lista de nossas colaboradoras para um próximo número, quando deveria nos enviar uma resenha do livro de Alain Touraine, O Mundo das Mulheres, e, como Haquira, deixa muitas saudades. Nossa capa desta edição, pensada inicialmente por expressar uma tradição ecumênica, que encontra guarida tanto no Oriente quanto no Ocidente, tanto entre cristãos como entre muçulmanos, ganha, assim, também o significado de nosso desejo de nos protegermos a todos contra os maus ventos que têm se abatido sobre nós.

Mariza Corrêa

Referências

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