DIREITO DO TRABALHO E DA PREVIDÊNCIA
GLEIBE PRETTI
Olá, estudante! Chegamos ao final de nossa disciplina! Na unidade 4, estudaremos os fundamentos e as competências da justiça do trabalho, bem como o direito previdenciário e a seguridade social.
Aprenderemos, ainda, os atuais princípios da solidariedade, que quer dizer cooperação da maioria em favor da minoria. Por fim, estudaremos a regra da contrapartida, que não é qualificada como princípio, mas sim como regra, embora tenha importância para a manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial do sistema previdenciário.
1. Compreender os fundamentos e as competências na justiça do trabalho. 2. Entender a importância do Direito Previdenciário e da Seguridade Social. 3. Compreender os princípios da solidariedade.
4. Aprender o que é a regra da contrapartida.
O artigo 111 da Constituição Federal estabelece que são órgãos da Justiça do Trabalho: Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho.
A Justiça do Trabalho, desde 1946, quando passou a integrar o Poder Judiciário, é estruturada da mesma forma, com três graus de jurisdição, sendo certo que desde seu início o Tribunal Superior do Trabalho é o órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, com sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional.
O artigo 111 da Constituição Federal, com a nova redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional nº 45/2004, estabelece que:
O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.
Os Tribunais Regionais do Trabalho estão previstos no artigo 115 da Constituição Federal. Compõem-se de, no mínimo, Compõem-sete juízes, nomeados pelo Presidente da República entre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, recrutados, quando possível, na respectiva região, sendo um quinto entre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho e o restante entre juízes do trabalho promovidos por antiguidade e por merecimento.
A Constituição Federal, no artigo 116, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 24/99, deixou certo que as Varas do Trabalho serão compostas de juiz singular, dispondo:
Art. 116, CF: A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
Ainda em relação aos juízes do trabalho, o Superior Tribunal de Justiça, na Súmula número 10, entende-se que, instalada a Vara do Trabalho, cessa a competência do juiz de direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas.
A jurisdição, assim entendido o poder/dever do Estado de dizer o direito no caso concreto, é una e indivisível.
A jurisdição atua quanto se tem a violação dos direitos assegurados pelas normas jurídicas (Direito Objetivo) em função de um conflito de interesses, ou seja, pressupõe a aplicação da lei ao caso concreto. O legislador cria o Direito Objetivo, enquanto a jurisdição aplica a norma abstrata ao caso concreto, atuando na pacificação dos conflitos de interesses.
No entanto, a determinação da esfera de atribuição dos órgãos encarregados do exercício da jurisdição chama-se “competência”.
A Competência em razão de matéria é fixada levando em conta o tipo de questão, ou a matéria, que pode ser suscitada aos órgãos da Justiça do Trabalho e vem definida no artigo 114 da Constituição Federal.
A competência territorial é relativa e por essa razão não pode ser reconhecida de ofício se não for arguida pela parte contrária. Pode ser modificada e prorrogada.
A Seguridade Social é um importante equalizador das desigualdades que existem em uma sociedade. No Brasil, este assunto, que está entre os ramos do Direito, possui conceitos e princípios que são base para a finalidade da proteção social.
A seguridade social é um direito de todos os cidadãos brasileiros, necessária para que todos possuam garantia de proteção em momentos que não possam por si só suprir suas necessidades básicas. A preocupação social de cuidar das pessoas carentes foi um dos fundamentos para a criação da seguridade social. De acordo com Augusto Massayki Tsutiya, o primeiro sistema de proteção conhecido foi o assistencialismo, que já existia na Antiguidade.
Os princípios são as diretrizes que norteiam a interpretação e a edição das normas em uma legislação. Com o direito à seguridade social não é diferente, pois este possui princípios que servem como verdadeiros alicerces para a construção dessa ciência. As modalidades dos princípios são divididas em gerais, específicos e outros princípios. Os gerais são aqueles que são aplicados a todos os ramos do direito, os específicos são os que possuem como finalidade adequar um dos ramos do direito em específico.