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Mest rado Profissional com o Polít ica de Est ado: um olhar sobre
a relação ent re a t eoria e a prát ica
Professional Mast ers as st at e policy: a view of t he
relat ionship bet ween t heory and pract ice
Mast er Profesional com o polít ica de Est ado: una m irada a la
relación ent re la t eoría y la práct ica
Mast er professionnel en t ant que polit ique de l’Et at : un
regard sur la relat ion ent re la t héorie et la prat ique
Ana Mar ia Fer r eir a Menezes* INFORMESSOBREPOLÍTICASPÚBLICAS
A r ealidade social dom inant e t em apr e-sent ado nov os v alor es com o a pr odut iv ida-de e a inov ação, que são aplicações do co-nhecim ent o no m undo do t rabalho. Todav ia, os t r abalhador es car ecem da educação ne-cessár ia par a o desenv olv im ent o dos m eios de pr odução desse conhecim ent o. Conside-r ando que essa Conside-r ealidade social est á paut a-da por um a nov a dicot om ia ent r e “ int elect u-ais” e “ ger ent es”, aqueles pr eocupados com as palav r as e ideias, est es com pessoas e t rabalho, t ranscender essa dicot om ia em um a nov a sínt ese ser á o gr ande desafio educaci-onal da sociedade pós- capit alist a ( Dr uck er, 1993, p. XVI I ) .
As m u dan ças t ecn ológicas e as at u ais t r ansfor m ações econôm ico- sociais t êm de-m andado pr ofissionais code-m per fis de especi-alização dist int os dos t r adicionais, induzindo as Universidades a est abelecerem program as de pós- gr aduação com car act er íst icas dife-r ent es dos ex ist ent es no sist em a de pós-gr aduação do país ( MESTRADO, 1995, p. 1) . Assim , o m est r ado pr ofissional se confi-gur ou nest a m odalidade de pós- gr aduação e foi im plant ado pelo Conselho Super ior da Coor denação de Aper feiçoam ent o de
Pes-soal de Nív el Super ior – CAPES, at r av és da Por t ar ia n° 47, de 17 de out ubr o de 1995, com b ase em u m d ocu m en t o i n t i t u l ad o
Mest r ado no Br asil – A sit uação e um a Nov a Per spect iv a. Em sua for m ulação inicial, o
m est rado profissional foi caract erizado com o gr au t er m inal dest inado àqueles que, dese-j ando apr ofundar a for m ação r ecebida nos cur sos de gr aduação, não pr et endem dedi-car - se à dedi-car r eir a acadêm ica.
Desde então os m estrados profissionais vêm e v o l u i n d o , p a ssa n d o p o r m o d i f i ca çõ e s explicit adas na Port aria 80, de 16 de dezem -bro de 1998, da CAPES e culm inando com a Port aria nº 17, de 28 de dezem bro de 2009, do Minist ério de Educação, que o t ransform a em política de estado, à m edida que, para além de at ender um a dem anda provenient e de em -presas, agências e governo, obj et iva form ar pessoal para a prát ica profissional avançada e t ransform adora de procedim ent os.
Assim , o m est r ado pr ofissional at ende a um a dem anda do m undo do t r abalho e do sist em a pr odut ivo que necessit am de pr ofis-sionais alt am ent e qualificados e que se v ol-t em para as pool-t encialidades inol-t ernas de au-m ent o da geração, difusão e ut ilização de
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JAN/DEZ 2009 INFORMESSOBREPOLÍTICASPÚBLICASnhecim ent os cient íficos no processo produt i-vo de bens e serviços.
No m estrado profissional se espera que ocor-ra um a im ersão na pesquisa, at ocor-ravés de incor-poração de valores e prát icas e que agregue esse processo na área profissional. Não preci-sa fazer confront o ent re a t eoria ut ilizada e o t em a de pesquisa escolhido ou que cont est e as t eorias ut ilizadas, o que se quer é que se aplique a pesquisa t ant o no que est udou com o no fut uro no seu t rabalho profissional ( Ribeiro, 2006, p. 315) .
Desta form a, o m estrado profissional se volta para a solução de problem as e geração e
apli-cação de processos de inovação apropriados, at ravés da apropriação e aplicação do conhe-cim ento em basado no rigor m etodológico e nos fundam ent os cient íficos, cont ribuindo, assim , para o aum ent o da com pet it ividade e produt i-vidade das organizações públicas e privadas e otim izando as possibilidades de desenvolvim en-t o nacional, regional ou local.
Cabe enfatizar que todos os m estrados ava-liados pela CAPES, sej am acadêm icos ou pro-fissionais, passam por acom panham ento e ava-liação rigorosa que at est am a sua qualidade e visam o desenvolvim ent o de com pet ências na form ação do aluno.
Refer ências bibliogr aficas
DRUCKER, Pet er F. Sociedade pós- capit alist as. São Paulo: Pioneir a, 1993. 186p.
MESTRADO n o Br asil – A sit u ação e u m a Nov a Per sp ect iv a. Disp on ív el em < h t t p : / / www.im e.usp.br/ ~ song/ diret or/ m est prof- docum ent o.ht m l> em 14/ 03/ 2008.