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RELATÓRIO ANUAL. A Entidade em 2015 Conheça um pouco mais o tamanho da sua Entidade. Olá participante! Seja muito bem-vindo!

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Quantidade de participantes

Evolução do número total de participantes

A cada ano, cresce o número de pessoas que buscam uma aposentadoria segura. Veja a evolução do número total de participantes da FGV-PREVI nos últimos 3 anos.

Patrimônio da entidade

Evolução do nosso patrimônio nos últimos 3 anos: total da reserva acumulada pelos participantes e patrocinadora para pagar os benefícios futuros de cada um. em 2013 2.239 em 2014 2.262 em 2015 2.325 Assistidos Ativos 2.110 R$ 316,9 milhões em 2013 132 R$ 354,9 milhões em 2014 17 R$ 394,6 milhões em 2015 66 Autopatrocinados BPD (Benefício Proporcional Diferido)

Mais um ano se passou e, novamente,

apresentamos neste Relatório Anual de

Informações da FGV-PREVI o fechamento do

exercício 2015.

Neste Relatório Anual de Informações,

consolidamos todos os documentos que permitem

a análise completa da Entidade com relação ao

patrimônio, despesas, investimentos, situação

atuarial e outras informações pertinentes ao

plano.

Em um ano como 2015, marcado por dificuldades

na economia do país, a gestão de qualquer

produto financeiro é desafiadora. No âmbito da

previdência complementar esta responsabilidade

é ainda potencializada pelo senso de proteção de

um patrimônio que deverá integrar a renda de

toda uma família no momento da aposentadoria.

Por isso, é preciso se reinventar, otimizar

recursos, trabalhar de forma inteligente e contar

com o melhor de cada profissional para cuidar do

patrimônio dos nossos participantes.

O corriqueiro adágio de que crise é oportunidade

nos fortalece, assim que trabalhamos em 2015 e

assim trabalharemos em 2016.

Analise com atenção este Relatório que traduz, de

forma numérica e precisa, o resultado do laborioso

e gratificante trabalho de toda nossa equipe.

A você participante, uma boa leitura!

A Entidade em 2015

Conheça um pouco mais o tamanho da sua Entidade

Um grande abraço,

FGV-PREVI

(21) 3799-5513 / 3799-6939 / 3799-5608

fgvprevi@fgv.br

www.fgv.br/fgvprevi

Olá participante!

Seja muito bem-vindo!

(2)

DEsEmPENhO EcONômIcO 2015 E PERsPEcTIvAs 2016

O ano de 2015 foi marcado por muita volatilidade no mercado financeiro, sendo bastante difícil também para as Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Porém, houve algumas oportunidades em determinados investimentos, especialmente com relação aos ativos de Renda Fixa e Investimento no Exterior.

Leia, a seguir, um breve resumo dos principais acontecimentos do mercado financeiro global e doméstico, ou seja, nacional.

Economia no cenário global

A economia chinesa causou impacto nos mercados globais, dada sua desaceleração e, com isso, desencadeou queda nos preços de várias commodities, entre elas o minério de ferro, que é um produto bastante exportado pelo Brasil. Ao longo dos últimos anos, a China vem mudando seu eixo dinâmico, pois antes tinha uma economia pautada em exportação e hoje já se vê como um país voltado para o consumo interno, com políticas fiscais e monetárias expansionistas. Outro ponto a ser considerado é o mercado acionário chinês que vem oscilando muito nos últimos meses e preocupando os agentes de mercado.

Já a região da Zona do Euro se apresenta em uma situação diferente das demais. A suposição é de que o estágio em que se encontra atualmente sua economia se assemelha muito ao da economia norte americana há alguns anos, no início do programa de incentivo monetário (quantitative easing) quando foi implementado uma série de mecanismos voltados para estimular o crescimento. Isso porque o Banco Central Europeu adotou medidas de estímulo à economia da região, e assim, retomar um ciclo de crescimento. Porém, os resultados ainda não foram animadores, pois muitos dados ficaram abaixo das expectativas por problemas internos e outros imprevistos externos, tais como problemas na região do Oriente Médio, com repercussão negativa suscitando novos desafios pela frente.

Com relação à economia americana, foi apresentado resultado positivo e um crescimento consistente, com destaque para a expressiva melhora do mercado de trabalho e outros indicadores de atividade econômica, como redução da taxa de desemprego, atividade industrial entre diversos outros dados positivos. Essa perspectiva de retomada do ciclo de crescimento, com dados mais significativos, foi acolhida de forma positiva pelos formuladores de políticas econômicas, resultando na elevação das taxas de juros americanas em 0,25%, que agora deverá se situar entre 0,25% e 0,50%.

Economia no cenário doméstico

A respeito da economia brasileira, os impasses políticos dominaram os noticiários tanto locais como globais. Tivemos ainda o rebaixamento do rating do Brasil perante as agências classificadoras de risco, por conta do afastamento do compromisso fiscal. Esse ano conturbado trouxe muitas incertezas para os investidores, além disto, as bases da economia se fragilizaram consideravelmente:

 retração de 3,8% no PIB (Produto Interno Bruto);

 a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no ano foi de 10,67%, acima do limite superior de 6,50%;

 a taxa básica de juros fechou o ano em 14,25%, com um aumento de 2,50% ao longo do ano;

 houve uma desvalorização considerável do real frente ao dólar.

Com o cenário econômico bastante deteriorado, os ativos de Renda Fixa apresentaram alta volatilidade. No entanto, isso deve ser creditado principalmente ao cenário político, que assim como em 2014 ao longo de 2015 esteve mais presente na precificação dos ativos do que os fundamentos econômicos.

Na renda variável, o cenário não foi diferente. Além dos efeitos dos problemas políticos, o risco de um rebaixamento do rating brasileiro, aliado à expectativa do FED (Federal Reserve – Banco Central Americano) aumentar a taxa de juros americana, e suas efetivações, trouxeram aos principais índices da bolsa brasileira um resultado bastante desfavorável. Os principais índices encerraram o ano de 2015 com uma queda de -13,31% (Ibovespa) e -12,41% (IBrX).

O ano de 2016 tende a ser bastante desafiador, pois até o momento as medidas indicadas para que seja feito o ajuste fiscal não foram implantadas. Pela frente, teremos uma perspectiva de inflação acima do limite superior, resultado negativo do PIB, taxa de juros alta ao longo do ano, déficit orçamentário da economia americana em crescimento, dólar se valorizando perante as principais moedas no mundo e a região da Zona do Euro e China com poucas mudanças significativas. No entanto, o mercado financeiro indica em ajustes nos preços dos ativos quando ocorrem sinalizações concretas de mudanças, portanto, uma boa condução no cenário político e indicações de crescimento da economia refletiriam em uma melhora para o cenário de 2016.

Comparativo de rentabilidade com os principais índices econômicos (CDI, poupança e INPC) nos últimos 3 anos. Diante do cenário descrito acima, a rentabilidade adquirida pelos investimentos realizados pela FGV-PREVI neste exercício é considerada satisfatória, com políticas de investimentos adequadas à situação e com foco na preservação do patrimônio da entidade e dos seus participantes.

(3)

Para a FERNANDO MOTTA & ASSOCIADOS Auditores Independentes as demonstrações contábeis da FGV-PREVI apresentaram adequadamente, em 31 de dezembro de 2015, a posição patrimonial e financeira da entidade, estando de acordo com as disposições legais dos órgãos normativos e reguladores das atividades das entidades fechadas de previdência complementar.

A Lei nº 13.183 aprovada no ano passado trouxe, dentre outras novidades, uma alternativa ao Fator Previdenciário com a regra denominada como “85/95 progressiva” para a concessão da aposentadoria.

Essa nova regra estipula um sistema de pontos, resultado A Avaliação Atuarial foi realizada pela Mercer Human Resource Consulting Ltda. A consultoria atesta que, com base nas hipóteses e métodos atuariais adotados em 31 de dezembro de 2015, o plano de aposentadoria da FGV-PREVI está equilibrado, ou seja, financeiramente estável para pagamento dos benefícios concedidos e a conceder. A continuidade do plano depende exclusivamente do pagamento das contribuições previstas no Plano de Custeio para manter este equilíbrio.

Adicionalmente, a consultoria atesta que os dados dos participantes utilizados nesta avaliação atuarial, bem como as hipóteses e métodos atuariais adotados, atendem à legislação aplicável e foram considerados adequados.

condição patrimonial e contábil

Parecer atuarial

Despesas Administrativas (em R$)

FGV-PREVI DESCRIÇÃO 2015 2014 Pessoal e Encargos 298.865,64 284.457,87 Dirigentes 194.955,97 193.126,27 Pessoal Próprio 22.671,33 22.519,24 Pessoal Cedido 81.238,34 68.812,36 Treinamentos/Congressos e Seminários 680,00 - Serviços de Terceiros 670.668,85 612.754,48 Auditoria Externa 12.800,00 12.800,00 Consultoria Atuarial 90.370,46 100.929,60 Consultoria Contábil 173.284,44 166.721,11 Consultoria Jurídica 33.352,78 1.565,60 Gestão/Planejamento Estratégico 360.090,00 326.836,71 Outros 771,17 3.901,46 Serviços Gráficos 771,17 3.901,46 Despesas Gerais 65.110,98 47.896,77 Tributos 119.885,65 73.355,78 Taxa de Administração 49.629,85 45.018,85

Sistema Especial de Liquid e Custódia - SELIC 3.368,86 2.715,36 Consultoria de Investimentos 141.591,43 97.536,86

TOTAL 1.349.801,26 1.163.735,97

FIQUE POR DENTRO DA

PREvIDêNcIA sOcIAL

Aposentadoria

Para as mulheres, a soma deve atingir um total de 85 pontos. No caso dos homens, a soma deve ser de 95 pontos. O tempo mínimo de contribuição previdenciária é de 30 anos para as mulheres e de 35 para os homens. Esta regra é chamada de “regra 85/95 progressiva” porque a partir de 31 de dezembro de 2018 a soma avançará um ponto a cada 2 anos até 31 de dezembro de 2026, até atingir o total de 90 para as mulheres e 100 pontos para os homens, acompanhando, assim, o aumento da expectativa de vida do brasileiro.

Veja abaixo essa progressão:

da soma da idade com o tempo de contribuição, para que a pessoa possa se aposentar pelo valor integral, sem a aplicação do fator previdenciário que reduz potencialmente o valor do benefício.

Idade do contribuinte Tempo de contribuição

Pontuação

Ex. 55 ANOs 30 ANOs 85

Mulher Homem Até 30 de dezembro de 2018 85 95 De 31 de dez/18 a 30 de dez/20 86 96 De 31 de dez/20 a 30 de dez/22 87 97 De 31 de dez/22 a 30 de dez/24 88 98 De 31 de dez/2026 em diante 90 100 De 31 de dez/24 a 30 de dez/26 89 99

O benefício de pensão por morte é pago aos dependentes do segurado da Previdência Social no caso de morte ou de desaparecimento, quando a morte presumida for declarada judicialmente.

No ano passado foi sancionada a Lei n° 13.135 que altera, dentre outros pontos, o tempo de duração do referido benefício especificamente para os dependentes cônjuges e companheiros, passando este a ser atrelado à idade desses dependentes. O valor da pensão foi mantido como 100% do benefício recebido pelo segurado falecido. Para cônjuge ou companheiro cujo casamento ou união estável se iniciou em menos de dois anos antes do falecimento do segurado, ou se o trabalhador tiver acumulado menos de 18 contribuições mensais à Previdência, a duração da pensão é de quatro meses a partir da data do falecimento. Para cônjuge ou companheiro com pelo menos 2 anos de casamento ou união estável e com, no mínimo, 18 contribuições mensais do segurado à Previdência, a duração do benefício será conforme a tabela a seguir:

Pensão por morte

mULhEREs

hOmENs

mínimo de 85 pontos e 30 anos de

contribuição

(4)

No que se refere à pensão por morte destinada aos filhos, ficou definido que o benefício cessará aos 21 anos de idade, com exceção do filho inválido, que terá o benefício enquanto perdurar a condição de invalidez.

Consulte o site da Previdência Social para tirar todas as suas dúvidas: www.previdencia.gov.br.

Quanto mais recursos você acumular, maior será o seu montante no futuro e, consequentemente, maior será a sua renda mensal.

Quanto mais você contribuir, maior será seu saldo. Comece logo, pois se precisar colocar mais dinheiro no plano para atingir a renda desejada, você poderá contar com o tempo e com a rentabilidade.

Acompanhe de perto a rentabilidade do seu plano. Considere que haverá altas e baixas no mercado financeiro, o que pode atrapalhar suas previsões e o gerenciamento dos seus recursos. Desde 1979 aconteceram quatro grandes crises mundiais. Levando em conta que as aposentadorias duram um longo período, os aposentados devem se planejar para crises no futuro.

Preserve seu patrimônio: se por alguma eventualidade você tiver acesso aos recursos antes da aposentadoria, lembre-se que a segurança financeira de amanhã dependerá de cada real poupado hoje.

sE PREPARANDO PARA

O FUTURO? ENTãO,

PEgUE EssAs DIcAs

mais simples do que 2 + 2 = 4

SUAS

CONTRIBUIçõES CONTRIBUIçõES DA EMPRESA RENTABILIDADE SEU SALDO DE CONTA 1

2 3 4

5

Imagine um casal que, ao se aposentar com 60 anos de idade, poderá viver por mais 30 anos, dada a longevidade crescente da população. É vida e tempo suficiente para realização de muitos sonhos e conquistas.

Porém, se isto não for reconhecido e planejado, faltarão recursos para a aposentadoria. Por isso, é preciso ter

Este tipo de exercício, além de muito interessante e envolvente, é um importante passo para introduzi-lo no seu planejamento financeiro de longo prazo, afinal, será o

Se tiver dúvidas, procure a entidade por meio dos canais de comunicação oferecidos que teremos o maior prazer em ajudá-lo.

Agora, vamos começar a planejar a

sua vida:

Você pode fazer algumas simulações no Portal da Entidade para começar um planejamento mais assertivo do seu futuro. Calcule o quanto você contribui atualmente para o plano, quanto será sua renda no futuro, qual a diferença entre esperar mais alguns anos ou se aposentar antes e quanto você receberia se contribuísse mais para o plano.

Então como faço?

patrimônio para manter o padrão de vida ao se aposentar, especialmente aquelas pessoas que têm, na ativa, uma renda superior ao valor teto pago pela previdência social. É muito comum os participantes dos planos de previdência complementar não saberem como calcular o montante de recursos necessários para gerar uma renda adequada na aposentadoria e geralmente estimam um valor menor do que realmente irão precisar. Como resultado, se aposentam antes do que seria financeiramente prudente.

Idade do dependente

na data do óbito Tempo de recebimento do benefício Menos de 21 anos 3 anos

Entre 21 e 26 anos 6 anos Entre 27 e 29 anos 10 anos Entre 30 e 40 anos 15 anos A partir de 44 Vitalício Entre 41 e 43 anos 20 anos

(5)

NOTA sObRE A RENTAbILIDADE DA Fgv-PREvI

Ao longo de 2015, a FGV-Previ alcançou rentabilidade nominal de 9,11% em relação ao valor de sua cota ao final de 2014. Trata-se de um resultado inferior à taxa SELIC de 13,26% no mesmo período. O resultado abaixo da taxa SELIC deveu-se ao mau desempenho da parcela investida em fundos de ações que, ao final de 2014, representava 15,1% do patrimônio. Em 2015, a carteira de fundos de ações da FGV-Previ obteve rendimento de -9,48% (negativo), contra variações do IBOVESPA de -13,31% (negativo) e do IBRX de -12,41% (negativo). No mesmo período, os investimentos em NTN-B, títulos federais de longo prazo indexados ao IPCA, renderam 11,22%, e a parcela aplicada em fundos de renda fixa de diversas modalidades – referenciados DI, multimercados, renda fixa puro, e direitos creditórios – alcançaram rendimento de 14,05%.

Tabela 1: Rentabilidades (em % ao ano)

IPCA IPC-BR

FGV-PREVI

(IBGE)

(FGV)

SELIC

1996

(1)

6,78 1,25

0,05 9,69

1997

17,38 5,22

7,36 24,73

1998

16,16 1,65

1,40 28,83

1999

36,82 8,94

8,83 25,63

2000

10,14 5,97

6,17 17,51

2001

12,48 7,67

7,75 17,24

2002

18,80 12,53

11,87 19,15

2003

30,57 9,30

9,32 23,38

2004

19,23 7,60

6,20 16,24

2005

19,67 5,69

4,98 19,13

2006

21,89 3,14

1,90 15,08

2007

17,74 4,46

4,64 11,83

2008

-1,22 5,90

6,07 12,47

2009 22,36 4,31

3,97 9,95

2010 13,48 5,91

6,09 9,77

2011

9,81 6,50

6,16 11,67

2012 19,86 5,84

5,79 8,46

2013

-3,18 5,91

5,51 8,21

2014

10,12 6,41

6,76 10,90

2015

9,11 10,67

10,24 13,26

232 meses

(2)

15,59

6,43

6,23 16,08

FGV-PREVI x

IPCA

IPC/BR-M

SELIC

referencial:

+ 8,61%

+ 8,81%

- 0,42%

(1)

rentabilidade acumulada em quatro meses de 31/08/96 a 31/12/96 (em % ao

ano)

(2)

rentabilidade acumulada nos 232 meses compreendidos entre 31/08/1996 e

31/12/2015 (em % ao ano)

Na Tabela 1, apresenta-se uma comparação entre a rentabilidade da cota da FGV-Previ e as taxas de variação de três indicadores: o IPCA do IBGE, o IPC-BR da FGV, e a variação acumulada da taxa SELIC. Os dados da Tabela 1 mostram que, desde sua criação em agosto de 1996, a rentabilidade média da FGV-Previ superou a inflação por cerca de 8,71% ao ano, considerando-se a média dos dois índices de preço. Comparada à taxa de juros de curto prazo, ao longo dos 232 meses decorridos entre agosto de 1996 e dezembro de 2015, a rentabilidade anual média da FGV-PREVI foi superada pela evolução da taxa SELIC em 0,42% ao ano.

A leitura dos dados da Tabela 1 deve considerar um fator que influenciou fortemente o desempenho da FGV-PREVI ao longo desses dezenove anos e quatro meses: entre agosto de 1996 e dezembro de 2001 – um período de cinco anos e quatro meses –, a FGV-Previ era obrigada a recolher Imposto de Renda (IRPJ) sobre os rendimentos de seus ativos financeiros. A partir de janeiro de 2002, a nova legislação isentou os fundos de pensão desse tributo. Na Tabela 2, dividiu-se o período compreendido desde a criação da FGV-Previ e o mês de dezembro de 2015 em dois subperíodos, no intuito de se poder identificar a diferença de rentabilidade alcançada entre os anos de cobrança de IRPJ e os de sua isenção. Embora os subperíodos tenham durações diferentes, as rentabilidades apresentadas na Tabela 2 são comparáveis, pois foram calculadas em base anual.

Note-se, a partir da Tabela 2:

(1º) Ao longo do subperíodo que vai da criação da FGV-Previ até dezembro de 2001 – que corresponde a cinco anos e quatro meses –, o recolhimento de IRPJ sobre o rendimento das aplicações manteve a rentabilidade da FGV-Previ abaixo da alcançada pela SELIC. Nesse período, a rentabilidade anual média da FGV-Previ ficou 3,90% ao ano abaixo da variação da SELIC; (2º) Durante o subperíodo compreendido entre janeiro

de 2002 e dezembro de 2015 – que correspondem a exatos quatorze anos – a isenção do IRPJ elevou significativamente a rentabilidade da FGV-Previ. Nesses quatorze anos, a rentabilidade anual média da FGV-Previ ficou 0,94% ao ano acima da SELIC. Ao longo de 2015, a contribuição da FGV para as contas individuais de participantes ativos da FGV-Previ foi de R$9.565 mil. A contribuição dos participantes ativos e autopatrocinados alcançou R$14.172 mil. Tendo em vista que as regras do plano de benefícios limitam a contribuição da Patrocinadora às contas individuais ao valor da contribuição obrigatória dos participantes, conclui-se que as contribuições sem contrapartida da Patrocinadora – isto é, as voluntárias, esporádicas e as transferências por meio do instituto da Portabilidade – representaram 48% das contribuições da FGV, o que constitui um indicador da confiança dos participantes em relação à FGV-Previ. No mesmo período, as saídas devido a pagamentos de benefícios, resgates e recursos portados alcançou R$14.944 mil.

Renato Fragelli Cardoso

(6)

Embora muitos participantes, no intuito de atingirem o limite de dedução do Imposto de Renda sobre a Pessoa Física (IRPF) – 12% do salário –, tenham efetuado contribuições voluntárias e esporádicas, ainda há muitos que contribuem abaixo desse percentual. Esses participantes deveriam considerar a possibilidade de elevar suas contribuições até o limite de isenção de IRPF. Ao final de 2015, os recursos da FGV-Previ estavam distribuídos entre fundos de ações (12,6%), NTN-B (38,2%) e fundos de renda fixa (49,2%) de várias modalidades. A crise econômica por que vem passando o país nos últimos três anos tem afetado a rentabilidade da FGV-Previ. Visto com a facilidade da visão retrospectiva, verifica-se que teria sido uma melhor alocação de recursos se, a partir de janeiro de 2013, todo o patrimônio da entidade tivesse sido aplicado exclusivamente em fundos de renda fixa. Esse assunto suscitou um intenso debate no âmbito do Conselho Deliberativo da FGV-Previ, conforme registrado nas atas das Reuniões Ordinárias do Conselho Deliberativo.

Em princípio, aplicações em ações e NTN-B apresentam uma perspectiva de rentabilidade superior àquela dos fundos de renda fixa, mas também apresentam maior incerteza quanto ao rendimento a ser efetivamente

Tabela 2: rentabilidade por períodos (em % ao ano)

Nos 232 meses desde a criação da FGV-PREVI (31/ago/1996 e 31/dez/2015)

FGV-PREVI

IPCA

IPC-BR-M-FGV SELIC

15,59%

6,43% 6,23% 16,08%

FGV-PREVI x índice:

IPCA + 8,61%

IPCBR-M + 8,81%

SELIC -0,42%

Nos 64 meses com incidência de IRPJ sobre rendimentos (31/ago/1996 a 31/dez/2001 )

FGV-PREVI

IPCA

IPC-BR-M-FGV SELIC

18,46%

5,73% 5,88% 23,26%

FGV-PREVI x índice:

IPCA + 12,03%

IPCBR-M + 11,88%

SELIC -3,90%

Nos 168 meses com isenção de IRPJ sobre rendimentos (31/dez/2001 a 31/dez/2015)

FGV-PREVI

IPCA

IPC-BR-M-FGV SELIC

14,52%

6,70% 6,36% 13,45%

FGV-PREVI x índice:

IPCA + 7,33%

IPCBR-M + 7,67%

SELIC + 0,94%

alcançado. Para participantes ainda jovens, a fração atual de recursos aplicados em fundos de renda fixa (49,2%) é excessiva, pois esses participantes estão distantes da data de aposentadoria, tendo tempo à frente para recuperar eventuais rendimentos baixos gerados nas aplicações em ações e NTN-B. Mas para participantes em idade avançada, a fração aplicada em fundos de renda fixa é considerada baixa. A diferença de idade se reflete na disposição a correr riscos, sendo os jovens mais tolerantes ao risco e os mais idosos mais avessos ao risco.

O portfólio atual da FGV-Previ, por ser único para todos os participantes, reflete o grau de aversão ao risco da média de seus participantes. Na prática, trata-se de um portfólio excessivamente conservador para os jovens, mas arriscado de mais para os mais idosos. A solução definitiva para o problema virá da adoção, pela FGV-Previ, de alguns portfólios com graus diferenciados de risco, cabendo a cada participante escolher qual deles se adequa melhor ao seu perfil de risco. Trata-se de uma tendência já observada em outros fundos de pensão.

(7)

Chegou a hora de analisar os documentos referentes ao ano de 2015 que comprovam a solidez da FGV-PREVI.

Porém, antes dessa análise, você deve estar familiarizado com os termos contidos neste documento. Desta forma, preparamos este Glossário para lhe explicar o que significa cada um deles:

 o Balanço Patrimonial apresenta a posição financeira e patrimonial da entidade em 31 de dezembro, representando, portanto, uma posição estática. O ativo é o conjunto de bens, direitos e aplicações de recursos e o passivo compreende as obrigações para com os participantes e terceiros.

 a Demonstração da Mutação do Patrimônio Social (DMPS) apresenta a movimentação do patrimônio social da entidade através das adições (entradas) e deduções (saídas) de recursos.

 a Demonstração da Mutação do Ativo Líquido por Plano de Benefícios apresenta a movimentação do ativo líquido do plano de benefícios através das adições (entradas) e deduções (saídas) de recursos.

 a Demonstração do Ativo Líquido por Plano de Benefícios (DAL) evidencia a composição do ativo líquido do plano de benefícios no exercício a que se referir, apresentando saldos de contas do ativo e passivo.

 a Demonstração do Plano de Gestão Administrativa Consolidada (DPGA) revela a atividade administrativa da entidade, apresentando a movimentação do fundo administrativo através das receitas, despesas e rendimento obtido no exercício a que se referir.

 a Demonstração do Plano de Gestão Administrativa por Plano de Benefícios apresenta a atividade administrativa da entidade, relativa a cada plano de benefícios, evidenciando a movimentação do fundo administrativo existente em cada plano.

 a Demonstração das Provisões Técnicas do Plano de Benefícios – DPT: evidencia a totalidade dos compromissos do plano de benefícios no exercício a que se referir.

 o Demonstrativo de Investimentos revela a alocação de recursos da entidade, os limites de alocação atual versus o que foi definido pela política de investimentos e a legislação vigente, os recursos com gestão terceirizada, a rentabilidade dos investimentos por segmento (renda fixa, renda variável etc.), a diferença entre a rentabilidade do segmento e a meta atuarial da entidade, os custos de gestão dos recursos e as modalidades de aplicação.

 o fundo significa o ativo administrado pela entidade, que será investido de acordo com os critérios fixados anualmente pelo Conselho Deliberativo, por meio da política de investimentos.

 a meta atuarial é uma meta de rentabilidade utilizada como parâmetro para o retorno dos investimentos do fundo, de forma que os eventuais compromissos futuros da entidade possam ser cumpridos.

 o parecer atuarial é um relatório preparado por um estatístico especializado em seguros e previdência (atuário), que apresenta estudos técnicos sobre o plano de previdência que estiver analisando. Seu objetivo é avaliar a saúde financeira da entidade para poder honrar o pagamento dos benefícios presentes e futuros.

 o participante é a pessoa que está inscrita como tal no plano. Para conhecer a definição exata de participante e também a de beneficiário, leia o regulamento do seu plano.

 a patrocinadora é a empresa que custeia o plano junto com os participantes (isso quando as contribuições dos participantes estão previstas no regulamento). Um plano de previdência complementar pode ter uma ou mais patrocinadoras.

 a política de investimentos é um documento de periodicidade anual que apresenta diversas informações, como: 1) critérios de alocação de recursos entre os segmentos de renda fixa, renda variável etc.; 2) objetivos específicos de rentabilidade para cada segmento de aplicação; 3) limites utilizados para investimentos em títulos e valores mobiliários de emissão e/ou coobrigação de uma mesma pessoa jurídica; 4) limites utilizados para a realização de operações com derivativos e 5) avaliação do cenário macroeconômico de curto, médio e longo prazos, entre outras coisas. Estas informações auxiliam na avaliação dos recursos investidos, na escolha das instituições financeiras que vão administrar os investimentos e na avaliação dos limites de risco de mercado e de crédito, por exemplo. Neste relatório anual, você terá a oportunidade de ver o resumo da política de investimentos.

Todos os documentos que você analisará a seguir já foram encaminhados para o controle e a verificação da Previc, que tem como uma de suas principais missões proteger os interesses dos participantes.

(8)

balanço Patrimonial

(em R$ mil)

ATIVO 2015 2014 DISPONÍVEL 1.118 1.165 REALIZÁVEL 394.353 354.407 Gestão Previdencial 1.150 1.236 Gestão Administrativa 6 6 Investimentos 393.197 353.165 Títulos Públicos 150.398 85.878 Fundos de Investimento 242.799 267.287 PERMANENTE -GESTÃO ASSISTENCIAL - -TOTAL DO ATIVO 395.471 355.572 PASSIVO 2015 2014 EXIGÍVEL OPERACIONAL 790 675 Gestão Previdencial 734 639 Gestão Administrativa 56 36 EXIGÍVEL CONTINGENCIAL - -PATRIMÔNIO SOCIAL 394.681 354.897

Patrimônio de Cobertura do Plano 391.890 353.500

Provisões Matemáticas 391.830 353.500

Benefícios Concedidos 56.435 42.608

Benefícios a Conceder 335.395 310.892

Equilíbrio Técnico 60

Resultados Realizados 60

Superávit Técnico Acumulado 60

Fundos 2.791 1.397

Fundos Previdenciais 1.783 833

Fundos Administrativos 1.008 564

GESTÃO ASSISTENCIAL -

-TOTAL DO PASSIVO 395.471 355.572

Demonstração da mutação do Patrimônio

social (em R$ mil)

Variação

DESCRIÇÃO 2015 2014 (%)

A) Patrimônio Social - início do exercício 354.897 316.959 11,97%

1. Adições 56.343 53.176 5,96%

(+) Contribuições Previdenciais 22.215 20.383 8,99% (+) Resultado Positivo Líquido dos

Investimentos - Gestão Previdencial 32.334 32.102 0,72% (+) Receitas Administrativas 1.731 622 178,30% (+) Resultado Positivo Líquido dos

Investimentos - Gestão Administrativa 63 69 (8,70%)

2. Destinações (16.559) (15.238) 8,67% (-) Benefícios (15.209) (14.074) 8,06% (-) Despesas Administrativas (1.350) (1.164) 15,98% 3. Acréscimo/Decréscimo no Patrimônio Social (1+2) 39.784 37.938 4,87% (+/-) Provisões Matemáticas 38.330 39.056 (1,86%) (+/-) Superávit (Déficit) Técnico do Exercício 60 - 100,00% (+/-) Fundos Previdenciais 950 (645) (247,29%) (+/-) Fundos Administrativos 444 (473) (193,87%)

4. Operações transitórias - - 0,00%

B) Patrimônio Social - final

do exercício (A + 3 + 4) 394.681 354.897 11,21%

5. Gestão Assistencial - -

-Demonstração da mutação do Ativo Líquido

por Plano de benefícios (em R$ mil)

Variação

DESCRIÇÃO 2015 2014 (%)

A) Ativo Líquido - início do exercício 354.333 315.922 12,16%

1. Adições 56.072 52.949 5,90%

(+) Contribuições 23.738 20.847 13,87%

(+) Resultado Positivo Líquido dos

Investimentos - Gestão Previdencial 32.334 32.102 0,72%

2. Destinações (16.732) (14.538) 15,09% (-) Benefícios (15.209) (14.074) 8,06% (-) Custeio Administrativo (1.523) (464) 228,23% (-) Resultados a Realizar - - 0,00% 3. Acréscimo/Decréscimo no Ativo Líquido (1+2) 39.340 38.411 2,42% (+/-) Provisões Matemáticas 38.331 39.056 (1,86%) (+/-) Fundos Previdenciais 950 (645) (247,29%) (+/-) Superávit (Déficit) Técnico do Exercício 60 - 100,00%

4. Operações Transitórias - - 0,00%

B) Ativo Líquido - final do

(9)

Demonstração do Ativo Líquido por

Plano de benefícios (em R$ mil)

Variação DESCRIÇÃO 2015 2014 (%) 1. Ativos 395.415 355.536 11,22% Disponível 1.115 1.163 (4,13%) Recebível 2.158 1.800 19,89% Investimento 392.142 352.573 11,22% Títulos Públicos 149.994 85.734 74,95% Fundos de Investimento 242.148 266.839 (9,25%) 2. Obrigações 734 639 14,87% Operacional 734 639 14,87%

3. Fundos não Previdenciais 1.008 564 78,72%

Fundos Administrativos 1.008 564 78,72% 4. Resultados a Realizar - - 0,00% 5. Ativo Líquido (1-2-3-4) 393.673 354.333 11,10% Provisões Matemáticas 391.830 353.500 10,84% Superávit/Déficit Técnico 60 - 100,00% Fundos Previdenciais 1.783 833 114,05% INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Apuração do Equiliíbrio Técnico Ajustado - - 0,00%

a) Equilíbrio Técnico - - 0,00%

b) Ajuste de Precificação - - 0,00%

c) (+/-) Equilíbrio Técnico Ajustado = (a + b) - - 0,00%

Demonstração do Plano de gestão

Administrativa (consolidada) (em R$ mil)

Variação

DESCRIÇÃO 2015 2014 (%)

A) Fundo Administrativo do

Exercício Anterior 564 1.037 (45,61%)

1. Custeio da Gestão Administrativa 1.794 691 159,62%

1.1. Receitas 1.794 691 159,62%

Custeio Administrativo da Gestão Previdencial 1.523 464 228,23% Custeio Administrativo dos Investimentos 208 157 32,48% Resultado Positivo Líquido dos Investimentos 63 69 (8,70%)

Outras Receitas - 1 (100,00%) 2. Despesas Administrativas 1.350 1.164 15,98% 2.1. Administração Previdencial 1.142 1.007 13,41% Pessoal e encargos 299 284 5,28% Serviços de terceiros 671 613 9,46% Despesas gerais 65 84 (22,62%) Tributos 107 - 100,00% Outras Despesas - 26 (100,00%)

2.2. Administração dos Investimentos 208 157 32,48%

Serviços de terceiros 195 145 34,48% Tributos 13 - 100,00% Outras Despesas - 12 (100,00%) 2.3. Administração Assistencial - - 0,00% 2.4. Outras Despesas - - 0,00% 3. Constituição/Reversão de Contingências Administrativas - - 0,00% 4. Reversão de Recursos para o

Plano de Benefícios - - 0,00%

5. Resultado Negativo dos Investimentos - - 0,00% 6. Sobra/Insuficiência da Gestão Administrativa (1-2-3-4-5) 444 (473) (193,87%) 7. Constituição/Reversão do Fundo Administrativo (6) 444 (473) (193,87%) 8. Operações Transitórias - - 0,00% B) Fundo Administrativo do

(10)

Demonstração do Plano de gestão

Administrativa por Plano de benefícios

(em R$ mil)

Variação

DESCRIÇÃO 2015 2014 (%)

A) Fundo Administrativo do

Exercício Anterior 564 1.037 (45,61%)

1. Custeio da Gestão Administrativa 1.794 691 159,62%

1.1. Receitas 1.794 691 159,62%

Custeio Administrativo da Gestão Previdencial 1.523 464 228,23% Custeio Administrativo dos Investimentos 208 157 32,48% Resultado Positivo Líquido dos Investimentos 63 69 (8,70%)

Outras Receitas - 1 (100,00%) 2. Despesas Administrativas 1.350 1.164 15,98% 2.1. Administração Previdencial 1.142 1.007 13,41% 2.1.1 Despesas Comuns - - 0,00% 2.1.2 Despesas Específicas 1.142 1.007 13,41% Pessoal e encargos 299 284 5,28% Serviços de terceiros 671 613 9,46% Despesas gerais 101 84 20,24% Tributos 71 26 173,08%

2.2. Administração dos Investimentos 208 157 32,48%

2.2.1 Despesas Comuns - - 0,00% 2.2.2 Despesas Específicas 208 157 32,48% Serviços de terceiros 195 145 34,48% Tributos 13 12 8,33% 2.3. Outras Despesas - - 0,00% 3. Constituição/Reversão de Contingências Administrativas - - 0,00%

4. Reversão de Recursos para

o Plano de Benefícios - - 0,00%

5. Resultado Negativo dos Investimentos - - 0,00% 6. Sobra/Insuficiência da Gestão Administrativa (1-2-3-4-5) 444 (473) (193,87%) 7. Constituição/Reversão do Fundo Administrativo (6) 444 (473) (193,87%) 8. Operações Transitórias - - 0,00% B) Fundo Administrativo do

Exercício Atual (A+7+8) 1.008 564 78,72%

Demonstração das Provisões Técnicas do

Plano de benefícios (em R$ mil)

Variação DESCRIÇÃO 2015 2014 (%) Provisões Técnicas (1+2+3+4+5) 394.407 354.972 11,11% 1. Provisões Matemáticas 391.830 353.500 10,84% 1.1. Beneficios Concedidos 56.435 42.608 32,45% Contribuição Definida 56.435 42.608 32,45% 1.2. Benefício a Conceder 335.395 310.892 7,88% Contribuição Definida 333.959 309.521 7,90% Saldo de contas - parcela

patrocinador(es)/instituidor(es) 136.723 129.495 5,58% Saldo de contas - parcela participantes 197.236 180.026 9,56%

Benefício Definido 1.436 1.371 4,74%

1.3. (-) Provisões Matemáticas a Constituir - - 0,00%

2. Equilíbrio Técnico 60 - 100,00%

2.1. Resultados Realizados 60 - 100,00%

Superávit Técnico Acumulado 60 - 100,00%

Reserva de Contingência 60 - 100,00% 2.2. Resultados a Realizar - - 0,00% 3. Fundos 1.783 833 114,05% 3.1. Fundos Previdenciais 1.783 833 114,05% 4. Exigível Operacional 734 639 14,87% 4.1. Gestão Previdencial 734 639 14,87% 5. Exigível Contingencial - - 0,00%

Notas explicativas da administração às

demonstrações contábeis em 31 de dezembro

de 2015 e 2014 (Em milhares de reais)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Sociedade Civil FGV de Previdência Privada é uma entidade fechada de previdência complementar, sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, nos termos do artigo 5º, Item II, da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, revogada pela Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001. O funcionamento da Entidade foi autorizado pela Portaria nº 3.335 do Ministério da Previdência Social – MPS por prazo indeterminado em 07 de junho de 1.996. A FGV-Previ possui autonomia administrativa, financeira e patrimonial, tendo por objetivo complementar os benefícios assegurados pela previdência social oficial, sendo patrocinada pela Fundação Getúlio Vargas.

A Entidade administra um plano de benefício de contribuição definida, inscrito no CNPB sob nº. 19.960.020-74.

A população da Entidade apresentava as seguintes faixas de idades segregadas por Sexo/Idade em 31 de dezembro de 2015:

Quantidade

Assistidos Assistidos Participantes Aposentados Beneficiários de Pensão Descrição Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino

(11)

2. APRESENTAÇÃO DAS

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas em atendimento às disposições legais dos órgãos normativos e reguladores das atividades das entidades fechadas de previdência complementar, especificamente a Resolução CNPC nº 8, de 31 de outubro de 2011 (alterada pela Resolução CNPC nº 16, de 19 de novembro de 2014 em seu item IV do Anexo “B”), Oficio Circular nº 001/2015/CGMC/DIACE/PREVIC, Instrução SPC nº 34, de 24 de setembro de 2009, Instrução PREVIC nº 1, de 22 de março de 2011, Instrução PREVIC nº 5, de 8 de setembro de 2011 e de acordo com as práticas contábeis aplicáveis no Brasil e em observância à Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 1.272, de 22 de janeiro de 2010, que aprova a ITG 2001, e as práticas contábeis brasileiras.

Essas diretrizes não requerem a divulgação em separado de ativos e passivos de curto prazo e de longo prazo, nem a apresentação da Demonstração do Fluxo de Caixa. A estrutura da planificação contábil padrão das EFPC reflete o ciclo operacional de longo prazo da sua atividade, de forma que a apresentação de ativos e passivos, observadas as gestões previdencial, assistencial e administrativa e o fluxo dos investimentos, proporcione informações mais adequadas, confiáveis e relevantes do que a apresentação em circulante e não circulante, em conformidade com o item 63 da NBC TG 26.

A sistemática introduzida pelos órgãos normativos apresenta, além das características já descritas, a segregação dos registros contábeis em três gestões distintas (Previdencial, Assistencial e Administrativa) e o Fluxo dos Investimentos, que é comum às Gestões Previdencial e Administrativa, segundo a natureza e a finalidade das transações.

Conforme Resolução CNPC nº 8, de 31 de outubro de 2011(alterada pela Resolução CNPC nº 12, de 19 de agosto de 2013 e nº 16, de 19 de novembro de 2014 em seu item IV do Anexo “B”, incluindo o quadro “Informações Complementares” na Demonstração do Ativo Líquido por Plano de Benefícios (DAL) e Oficio Circular nº 001/2015/CGMC/DIACE/PREVIC, as entidades fechadas de previdência complementar apresentam os seguintes demonstrativos contábeis:

 Balanço Patrimonial Consolidado;

 Demonstração da Mutação do Patrimônio Social – DMPS (consolidada);

 Demonstração da Mutação do Ativo Líquido por Plano de Benefícios - DMAL;

 Demonstração do Ativo Líquido por Plano de Benefícios – DAL;

 Demonstração do Plano de Gestão Administrativa – DPGA (consolidada);

 Demonstração do Plano de Gestão Administrativa por Plano de Benefícios;

 Demonstração das Provisões Técnicas do Plano de Benefício (DPT).

3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As principais práticas contábeis adotadas pela entidade estão resumidas a seguir: a) Apuração do Resultado

As Adições e Deduções da Gestão Previdencial, Receitas e Despesas da Gestão Administrativa, as Rendas/Variações Positivas e Deduções/ Variações Negativas do Fluxo de Investimento, são escrituradas pelo regime contábil de competência de exercícios.

As contribuições de autopatrocinados são registradas pelo regime de caixa, por ocasião do recebimento conforme prazo previsto no regulamento do plano de benefícios.

b) Provisões Matemáticas e Fundos da Gestão Previdencial

São apurados com base em cálculos atuariais, procedidos por atuários contratados pela entidade e representam os compromissos acumulados no encerramento do exercício, quanto aos benefícios concedidos e a conceder aos participantes ou seus beneficiários.

c) Estimativas Atuariais e Contábeis

As estimativas atuariais e contábeis foram baseadas em fatores objetivos que refletem a posição em 31 de dezembro de 2015 e 2014, com base no julgamento da administração para determinação dos valores adequados a serem registrados nas demonstrações contábeis. Os itens significativos sujeitos às referidas estimativas incluem as provisões matemáticas, calculadas atuarialmente por profissional externo.

d) Operações Administrativas

Em conformidade com a Resolução CGPC nº 8, de 31 de outubro de 2011 e Instrução SPC nº 34, de 24 de setembro de 2009, os registros das operações administrativas são efetuados através do Plano de Gestão Administrativa – PGA, que possui patrimônio compartilhado com o plano de benefícios previdenciais.

O patrimônio do PGA é constituído pelas receitas (Previdencial, Investimentos e Diretas), deduzidas das despesas específicas da administração previdencial e dos investimentos, sendo as sobras ou insuficiências administrativas alocadas ou revertidas ao Fundo Administrativo.

As receitas administrativas da FGV Previ são debitadas aos Planos Previdenciais em conformidade com o plano de custeio vigente. A entidade também constitui fundo administrativo próprio com recursos provenientes de receitas diretas da Gestão Administrativa, conforme previsto do Regulamento do Plano de Gestão Administrativa. As fontes de custeio da Gestão Administrativa obedecem às determinações contidas no Regulamento do PGA, aprovado pelo Conselho Deliberativo da Sociedade Civil FGV de Previdência Privada, e estão em conformidade com a Resolução CGPC nº. 29, datada de 31 de agosto de 2009.

e) Realizável

Gestão Previdencial

O realizável previdencial é apurado em conformidade com o regime de competência, estando representados pelos valores e pelos direitos da Entidade, relativos às contribuições das patrocinadoras e participantes.

Gestão Administrativa

O realizável da gestão administrativa é apurado em conformidade com o regime de competência, estando representado pelos valores a receber decorrentes de operações de natureza administrativa.

Fluxo dos Investimentos

Os principais critérios de avaliação e de reconhecimento de receitas dos investimentos são os seguintes:

Renda Fixa

Os investimentos em Renda Fixa estão registrados pelo custo, acrescido dos rendimentos auferidos de forma pro rata até a data de encerramento do Balanço e deduzidos, quando aplicável, das provisões para perdas. As Rendas/Variações Positivas e Deduções/Variações Negativas da carteira são apropriadas em contas específicas diretamente vinculadas à modalidade de aplicação.

Em atendimento à Resolução Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) nº 4, de 30 de janeiro de 2002 e suas alterações posteriores, em especial a Resolução Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) nº 22, de 25 de setembro de 2006, os títulos e valores mobiliários devem ser classificados em duas categorias, a saber:

(i) Títulos para negociação - Aqueles com propósito de serem negociados, independentemente do prazo a decorrer, os quais devem ser avaliados ao valor provável de realização.

(ii) Títulos mantidos até o vencimento - Aqueles com vencimentos superiores a 12 meses da data de aquisição e que a entidade mantenha interesse e capacidade financeira de mantê-los até o vencimento, bem como classificados como de baixo risco por agência de risco no País, os quais devem ser avaliados pela taxa intrínseca dos títulos, ajustados pelo valor de perdas permanentes, quando aplicável.

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Renda Variável

As aplicações em fundos de Renda Variável estão demonstradas pelos valores de realização, considerando o valor das cotas na data-base das demonstrações financeiras.

f) Exigível Operacional

São registrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas, estando representados pelas obrigações decorrentes de direito a benefícios pelos participantes, salários dos empregados da Entidade, prestação de serviços por terceiros, investimentos, operações com participantes e obrigações fiscais.

4. DISPONÍVEL

Registra as disponibilidades existentes em bancos, reconhecidas por seus valores em moedas nacionais.

2015 2014

Banco do Brasil 1.118 1.120

Numerário em Transito - 45

1.118 1.165

5. REALIZÁVEL – GESTÃO PREVIDENCIAL

Registra os valores a receber da patrocinadora, dos participantes e autopatrocinados relativos às contribuições mensais.

a) Contribuições do mês

Refere-se a valores de contribuições previdenciais normais e extraordinárias mensais devidas pelo patrocinador, participantes, autopatrocinados e participantes em BPD, que apresenta a seguinte composição:

2015 2014

Participantes 1.071 1.171

Autopatrocinados 79 65

1.150 1.236

6. REALIZÁVEL – GESTÃO ADMINISTRATIVA

Registra os valores a receber decorrentes de operações da Gestão Administrativa. a) Contribuições para custeio

Refere-se a valores a receber relativos às contribuições para o custeio administrativo devidas pelo patrocinador, autopatrocinados e participantes em BPD, previstas na avaliação atuarial.

2015 2014

Autopatrocinados 6 6

6 6

7. REALIZÁVEL – INVESTIMENTOS

Composição da Carteira

Plano de Contribuição Definida

2015 2014

Investimentos 393.197 353.165

Títulos Públicos 150.398 85.878

Títulos Públicos Federais 150.398 85.878 Notas do Tesouro Nacional 150.398 85.878

Fundos de Investimento 242.799 267.287 Referenciado 55.803 46.116 Renda Fixa 47.983 40.681 Ações 49.353 53.557 Multimercado 77.434 114.751 Direitos Creditórios 12.226 12.182

Considerando as disposições da Resolução CGPC nº 4/2002, a Entidade classificou toda a sua carteira de títulos e valores mobiliários na categoria “Títulos para Negociação”, com o propósito de serem negociados, independentemente do prazo com relação da data de aquisição, os quais são avaliados mensalmente ao valor de mercado e seus efeitos reconhecidos no resultado do exercício. Composição por Prazo de Vencimento

Plano de Contribuição Definida

2015 2014

Valor de Valor de Valor Valor Descrição Vencimento Custo Mercado Contábil Contábil

Investimentos 360.172 393.197 323.671 353.165 Títulos Públicos Federais 117.373 150.398 56.384 85.878

NTN 15/05/2015 - - 1.000 2.058 NTN 15/05/2017 3.134 5.561 3.134 5.078 NTN 15/05/2019 61.989 63.510 - -NTN 15/08/2022 31.938 35.844 31.938 34.439 NTN 15/08/2024 20.312 45.483 20.312 44.303 Fundos de Investimento 242.799 242.799 267.287 267.287 Referenciado 55.803 55.803 46.116 46.116 Bradesco F.I. Referenciado

Di Premium Sem vencto 48.111 48.111 40.849 40.849 CSHG Soberano Private I REF DI Sem vencto 7.692 7.692 5.267 5.267

Renda Fixa 47.983 47.983 40.681 40.681

BNP Credit Fi Renda Fixa Long Sem vencto 33.851 33.851 29.872 29.872 BNP Paribas Diamante FI RFLP Sem vencto 14.132 14.132 10.809 10.809

Ações 49.353 49.353 53.557 53.557

Small Cap Valuation IB - FIA Sem vencto 20.042 20.042 21.977 21.977 Dividendos FIQ FIA Sem vencto 1.291 1.291 866 866 CSHG Dividendos FIC de FIA Sem vencto 23.309 23.309 25.934 25.934 BBM SMID CAPS FIC FIA Sem vencto 4.711 4.711 4.780 4.780 Multimercado 77.434 77.434 114.751 114.751 FI Votorantim Eagle

(13)

8. EXIGIVEL OPERACIONAL

Os compromissos do Exigível Operacional são assim demonstrados: Gestão Previdencial 2015 2014 Benefícios a Pagar 725 614 Aposentadorias 571 495 Pensões 67 64 Resgates 87 55 Outras Exigibilidades 9 25

Contribuições Recebidas à Maior 9 25

Total 734 639 Gestão Administrativa 2015 2014 Contas a Pagar Prestadores de Serviços 36 25 Folha de pagamento 21 13 Gestores de Investimentos 5 4 Consultorias -Auditorias 10 8 Retenções a Recolher 6

-INSS sobre folha salarial 6

-Tributos a Recolher 14 11

Pis/Cofins 14 11

Total 56 36

9. CRITÉRIO DE RATEIO DAS

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

As despesas administrativas são alocadas exclusiva e diretamente no plano de benefícios da FGV Previ, não havendo necessidade que se estabeleça um critério de rateio, uma vez que se trata de um único plano.

10. PROVISÕES MATEMÁTICAS

A movimentação das provisões matemáticas durante o exercício de 2015 pode ser resumida como segue:

Plano de Contribuição Definida

1º janeiro Constituição/ 31 dezembro de 2015 Reversão de 2015

Patrimônio Social 354.897 39.784 394.681 Patrimônio de Cobertura do Plano 353.500 38.390 391.890 Provisões Matemáticas 353.500 38.330 391.830 Benefícios Concedidos 42.608 13.827 56.435 Contribuição Definida 42.608 13.827 56.435 Saldo de Contas dos Assistidos 42.608 13.827 56.435 Benefícios a Conceder 310.892 24.503 335.395 Contribuição Definida 309.520 24.439 333.959 Saldo de Contas - Parcela

Patroc./Instituidores 129.494 7.229 136.723 Saldo de Contas - Parcela Participantes 180.026 17.210 197.236 Benef. Def. Estrutur. em Reg. de Capital. não Progr. 1.371 65 1.436 Valor Atual dos Benef. Futuros não Programados 1.371 65 1.436

Equilíbrio Técnico - - 60

Resultados Realizados - - 60

Superávit Técnico Acumulado - - 60

Reserva de Contingência - - 60

Fundos 1.397 1.394 2.791

Fundos Previdenciais 833 950 1.783

Reversão de Saldo por Exigência Regulamentar 833 950 1.783

Fundos Administrativos 564 444 1.008

Plano de Gestão Administrativa 564 444 1.008 a) Critério para constituição e reversão dos fundos previdenciais

Esclarecemos que, de acordo com o Regulamento do Plano FGV-Previ, o Fundo Previdencial - Reversão de Saldo por Exigência Regulamentar foi constituído com as contribuições da Patrocinadora, às quais os Participantes não tiveram direito por terem se desligado da Patrocinadora antes de se tornarem elegíveis aos benefícios do Plano. Este fundo poderá ser utilizado pelas patrocinadoras, para financiar contribuições devidas no exercício de 2015, de acordo com as regras estabelecidas pelo Conselho Deliberativo, conforme determinado no Artigo 52 do Regulamento do Plano, inclusive as relacionadas ao custeio administrativo.

11. HIPÓTESES E MÉTODOS ATUARIAIS

As principais hipóteses atuariais e econômicas utilizadas na apuração do Patrimônio Social foram:

Taxa real anual de juros (1) 4,5% a.a

Projeção de crescimento real de salário (1) (2) 2% a.a.

Projeção de crescimento real do maior salário de benefício do INSS (1) Não aplicável

Projeção de crescimento real dos benefícios do plano (1) Não aplicável

Fator de capacidade para os salários 1,0 Fator de capacidade para os benefícios 1,0

Hipótese sobre rotatividade 0,00%

Tábua de mortalidade geral (3) AT-2000 Basic

Tábua de mortalidade de inválidos Não aplicável Tábua de entrada em invalidez (3) AT-2000 Basic

Outras hipóteses biométricas utilizadas 90% dos ativos casados (1) O indexador utilizado é o IPCA do IBGE.

(2) A hipótese adotada de crescimento salarial foi definida pela Patrocinadora levando em consideração a expectativa média de reajustes salariais futuros.

(3) Foi utilizada a tábua AT-2000 Basic, segregada por sexo.

O método atuarial adotado foi o de capitalização individual para a avaliação de todos os benefícios do Plano FGV-Previ, exceto os benefícios de Aposentadoria por Invalidez e Pensão por Morte, que, por sua característica parcial de “benefício definido”, tiveram esta parcela do benefício avaliada pelo método agregado. A FGV-Previ manteve a taxa de juros de 4,5% a.a. na presente avaliação atuarial. Com base na política de investimentos para 2016 da FGV-Previ, a taxa de juros de 4,5% está adequada à meta de retorno de investimentos de médio/longo prazo e atende a legislação vigente que estabelece que os planos com características de contribuição definida que utilizem taxa de juros real em cálculo de benefícios devem adotar taxa de juros real anual dentro do intervalo estabelecido considerando a duração de 10 anos, ou seja, uma Taxa de Juros Parâmetro de 5,25%, podendo adotar uma taxa situada no intervalo de 3,68% a 5,65%, no fechamento de 2015.

12. APRESENTAÇÃO DOS EFEITOS

DA CONSOLIDAÇÃO

(14)

Código Conta Valor

1.2.2.3.00.00.00 Participação no Plano de Gestão Administrativa 1.008 Plano de Contribuição Definida 1.008 2.3.2.2.02.00.00 Participação no Fundo Administrativo do PGA 1.008 Plano de Contribuição Definida 1.008

13. RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS

Imposto de Renda

A Lei nº. 11.053, de 29 de dezembro de 2004, criou um novo regime de tributação, facultando aos participantes de planos de EFPC estruturados na modalidade de contribuição definida ou contribuição variável, optarem para que os valores que lhes sejam pagos a título de resgate ou benefícios de renda, sejam tributados no imposto de renda na fonte:

i. por uma nova tabela regressiva, que varia entre 35% a 10%, dependendo do prazo de acumulação dos recursos do participante no plano de benefícios, ou

ii. por permanecerem no regime tributário atual, que utiliza a tabela progressiva do imposto de renda na fonte para as pessoas físicas. Além disso, a Lei nº. 11.053/04 revogou a MP nº. 2.222 de 4 de setembro de 2001, dispensando a partir de 1o. de janeiro de 2005 a retenção na fonte e o pagamento em separado do imposto de renda sobre os rendimentos e ganhos auferidos nas aplicações de recursos das entidades fechadas de previdência complementar. PIS e COFINS

Calculados pelas alíquotas de 0,65% e 4%, respectivamente sobre as receitas administrativas conforme Anexo III da Instrução Normativa nº 247, de 21 de novembro de 2002 (receita bruta excluída, entre outros, pelos rendimentos auferidos nas aplicações financeiras destinadas a pagamento de benefícios de aposentadoria, pensão, pecúlio e de resgate, limitados aos rendimentos das aplicações proporcionalizados pelos ativos garantidores das reservas técnicas e pela parcela das contribuições destinadas à constituição de reservas técnicas).

14. FATOS RELEVANTES

Resolução CNPC nº 22, de 25 de novembro de 2015

Altera as Resoluções nº 26, de 29 de setembro de 2008, e nº 18, de 28 de março de 2006, do Conselho de Gestão da Previdência Complementar, fixando novas regras para destinação de superávit e equacionamento de déficit.

Instrução nº 23, de 26 de junho de 2015

Estabelece orientações e procedimentos a serem adotados pelas entidades fechadas de previdência complementar na realização dos estudos técnicos que visem a atestar a adequação das hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras às características da massa de participantes e assistidos e do plano de benefícios de caráter previdenciário.

Resolução CNPC nº 16, de 19 de novembro de 2014

Altera a Resolução nº 26, de 29 de setembro de 2008, do Conselho de Gestão da Previdência Complementar, que dispõe sobre as condições e os procedimentos a serem observados pelas entidades fechadas de previdência complementar na apuração do resultado, na destinação e utilização de superávit e no equacionamento de déficit dos planos de benefícios de caráter previdenciário que administram, e altera a Resolução nº 8, de 31 de outubro de 2011, do Conselho Nacional de Previdência Complementar, que dispõe sobre os procedimentos contábeis das entidades fechadas de previdência complementar.

Instrução Previc nº 15, de 12 de novembro de 2014

Altera a Instrução MPS/SPC n.º 34, de 24 de setembro de 2009 (esta que, por sua vez, estabelece as normas específicas para os procedimentos contábeis das entidades fechadas de previdência complementar, define a forma, o meio e a periodicidade de envio das demonstrações contábeis, além de outras providências).

Instrução Previc nº 14, de 12 de novembro de 2014

Trata dos procedimentos a serem adotados pelas entidades fechadas de previdência complementar para fins do pedido de autorização de retirada de patrocínio regulada pela Resolução CNPC n° 11, de 13 de maio de 2013, no âmbito da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc.

Instrução Previc nº 13, de 12 de novembro de 2014

Dispõe sobre os procedimentos a serem observados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar na divulgação de informações aos participantes e assistidos, e dá outras providências.

Diretoria

Renato Fragelli Cardoso Diretor Executivo CPF: 768.268.487-91 Contador Responsável Renata Aparecida Moreira Silva Contadora

CPF: 142.925.068-25 CRC: SP 198.910/O-1 “S“ RJ

Relatório dos auditores independentes sobre

as demonstrações contábeis

Aos Participantes, Conselheiros e Diretores da Sociedade Civil FGV de Previdência Privada Rio de Janeiro - RJ

1. Escopo dos exames

Auditamos as demonstrações contábeis da Sociedade Civil FGV de Previdência Privada que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2015, e as respectivas demonstrações consolidadas da mutação do patrimônio social e do plano de gestão administrativa, e as demonstrações individuais por plano de benefícios do ativo líquido, da mutação do ativo líquido, do plano de gestão administrativa e das provisões técnicas, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

2. Responsabilidade da Administração

A Administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às Entidades reguladas pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), e pela determinação dos controles internos considerados como necessários para evitar que as mesmas contenham distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro.

3. Responsabilidade dos Auditores Independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossos exames, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, que requerem o cumprimento de exigências éticas de nossa parte e que os nossos trabalhos sejam planejados e executados com o objetivo de obter segurança razoável de que as citadas demonstrações estejam livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidências a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis, segundo julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nelas, independentemente se causada por fraude ou erro.

Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e da razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração da Entidade, bem como da apresentação dessas demonstrações tomadas em conjunto.

Acreditamos que as evidências de auditoria obtidas são suficientes e apropriadas para fundamentar a nossa opinião.

4. Opinião

Em nossa opinião, as demonstrações contábeis consolidadas e individuais, referidas no parágrafo 1, apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Sociedade Civil FGV de Previdência Privada, em 31 de dezembro de 2015, e o desempenho consolidado e por plano de benefícios e de suas operações para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades autorizadas a funcionar pela CNPC. Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2016.

FERNANDO MOTTA & ASSOCIADOS Auditores Independentes

(15)

Parecer Atuarial

1. Introdução

Na qualidade de atuários responsáveis pela avaliação atuarial do Plano FGV-Previ, administrado pela Sociedade Civil FGV de Previdência Privada, apresentamos nosso parecer sobre a situação atuarial do citado Plano referente à Patrocinadora Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 31/12/2015.

2 Perfil dos Participantes

A data base dos dados individuais relativos aos Participantes Ativos, Assistidos e Beneficiários utilizados no presente estudo foi 31/12/2015.

Os dados individuais foram fornecidos pela FGV-Previ à Mercer que, após a realização de testes apropriados e devidos acertos efetuados em conjunto com a entidade, considerou-os adequados para fins desta avaliação atuarial.

A análise efetuada pela Mercer na base cadastral utilizada para a avaliação atuarial objetiva, única e exclusivamente, a identificação e correção de eventuais distorções na base de dados, não se inferindo dessa análise a garantia de que a totalidade das distorções foram detectadas e sanadas, permanecendo, em qualquer hipótese, com a FGV-Previ a responsabilidade plena por eventuais imprecisões existentes na base cadastral.

As principais características do grupo avaliado, na data base dos dados, estão resumidas nas tabelas a seguir:

Participantes Ativos

Descrição

Número 1.880

Idade Média (anos) 41,8

Tempo de Serviço na Patrocinadora Médio (anos) 8,9

Tempo Médio de Contribuição (anos) 6,7

Tempo Médio para a Aposentadoria (anos) 15,0 Salário de Participação Mensal Médio (R$) 7.743 Folha Anual de Salários - 13X (R$) 189.250.542

Participantes Autopatrocinados

Descrição

Número 63

Idade Média (anos) 50,6

Tempo de Serviço na Patrocinadora Médio (anos) 15,8

Tempo Médio de Contribuição (anos) 11,6

Tempo Médio para a Aposentadoria (anos) 7,1 Salário de Participação Mensal Médio (R$) 7.086 Folha Anual de Salários - 13X (R$) 5.803.291

Participantes em Benefício Proporcional Diferido

Descrição

Número 17

Idade Média (anos) 53,0

Participantes Assistidos e Beneficiários

Descrição Aposentados

Número 126

Idade Média (anos) 68,9

Benefício Mensal Médio em R$ 4.524

Aposentados Inválidos

Número 3

Idade Média (anos) 57,7

Benefício Mensal Médio em R$ 507

Beneficiários

Número 7

Idade Média (anos) 69,2

Benefício Mensal Médio em R$ 9.624

Total

Número 136

Idade Média (anos) 68,6

Benefício Mensal Médio em R$ 4.698

Salientamos que para a definição do número de Beneficiários foi considerado o grupo familiar de cada ex-Participante, de tal forma que viúva e filhos de um mesmo ex-Participante correspondessem a um pensionista.

Os valores monetários apresentados correspondem a valores nominais posicionados em 31/12/2015.

3 Hipóteses e Métodos Atuariais Utilizados

Uma avaliação atuarial é um estudo que tem por objetivo principal estimar, na data do cálculo, o custo a longo prazo de um determinado plano de benefícios, devendo incluir os valores esperados relativos tanto aos participantes já recebendo benefícios quanto àqueles que ainda completarão as condições exigidas para tal. Para esse fim, são feitas projeções de longo prazo, admitindo-se um conjunto de hipóteses atuariais que represente de forma realista as expectativas com relação à experiência futura do plano. Essas hipóteses incluem aquelas de caráter econômico (retorno de investimento, taxa de crescimento salarial, taxa de reajuste dos benefícios e níveis de benefícios do INSS) e também as de caráter biométrico (taxas de mortalidade, invalidez e rotatividade, idade de aposentadoria, estado civil e dependentes).

A seguir descreveremos o conjunto das principais hipóteses atuariais e econômicas utilizadas na apuração das Provisões Matemáticas desta avaliação atuarial.

Taxa real anual de juros (1) 4,5% a.a.

Projeção de crescimento real de salário (1) (2) 2% a.a.

Projeção de crescimento real do maior salário de benefício do INSS (1) Não Aplicável

Projeção de crescimento real dos benefícios do plano (1) Não Aplicável

Fator de capacidade para os salários 1,0 Fator de capacidade para os benefícios 1,0

Hipótese sobre rotatividade 0%

Tábua de mortalidade geral (3) AT-2000 Basic

Tábua de mortalidade de inválidos Não Aplicável Tábua de entrada em invalidez (3) AT-2000 Basic

Outras hipóteses biométricas utilizadas 90% dos ativos casados (1) O indexador utilizado é o IPCA do IBGE.

(2) A hipótese adotada de crescimento salarial foi definida pela Patrocinadora levando em consideração a expectativa média de reajustes salariais futuros.

Referências

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