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Livro Eletrônico Aula 00 Contabilidade Pública p/ ALE-RR (Contador) Com videoaulas

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Academic year: 2021

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Aula 00

Contabilidade Pública p/ ALE-RR (Contador) Com videoaulas

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Sumário 1. Apresentação 2 2. Cronograma 7 3. Reflexão 8 4. Balanço Orçamentário 9 5. Questões Comentadas 31 6. Resumo 64

7. Lista das questões apresentadas 70

8. Gabarito 87

(3)

Salve, salve galera do Estratégia... é com enorme satisfação que apresento um curso novo totalmente formatado com o que há de

mais recente em termos de Contabilidade Pública.

Antes de passarmos à apresentação do curso, responda à seguinte pergunta:

Se a resposta é não, desejo muita sorte... você irá precisar!

Se a resposta é

SIM

, então você veio ao lugar certo! Vamos combinar o seguinte:

Se você realmente quer detonar as questões de Contabilidade Pública...

Se você não possui um desempenho bom nas provas de Contabilidade Pública...

Se você se perde em meio a todos os detalhes que são exigidos em provas...

Se você fica confuso com toda essa quantidade de informações sobre Contabilidade Pública...

Se você está apavorado com tanta mudança recente na Contabilidade Pública...

Então eu vou te ajudar a superar todas essas dificuldades e conquistar a sua sonhada aprovação!

(4)

Se você já sabe o básico de Contabilidade Pública – e deseja aumentar o seu desempenho e se atualizar – mais uma vez, você está no lugar certo!

Como posso ajudar a “detonar” as questões de Contabilidade Pública

Acredito que todos que pretendem serem aprovados devem ter

foco e objetividade... dominar a arte de fazer o simples de forma

efetiva.

Porém, com a quantidade enorme de informação disponível, como encontrar técnicas práticas que você pode utilizar para resolver as questões de Contabilidade Pública com maior facilidade?

É aí que eu entro em cena!

Ao longo do tempo que estou aqui no Estratégia, já preparei centenas de alunos e tenho alcançado uma excelente avaliação.

Minha metodologia de ensino é simples, totalmente prática, sempre buscando foco e objetividade, para que você realmente consiga resolver as questões de Contabilidade Pública com facilidade e conquiste seu objetivo maior: a aprovação!

Sobre o professor...

Sou Auditor Público Externo do TCE-RS, aprovado no concurso de 2014. Sou formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e especializado em Finanças Públicas pela Escola de Administração Fazendária (ESAF) e em Auditoria Financeira pela Universidade de Brasília (UnB) em convênio com o TCU. Minha carreira no setor público começou cedo aos 17 anos, momento em que fui aprovado no meu primeiro concurso público para a Escola de Sargentos das Armas (EsSA). Após ter me formado, logrei êxito no concurso para o Quadro Complementar de Oficiais – Ciências Contábeis, da então Escola de Administração do Exército (EsAEx), concurso que passei em 2º lugar no âmbito nacional. Passados quase 10 anos no Exército, “larguei a farda” por ter sido aprovado para Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (AFFC/CGU) em 2012. Nesse mesmo ano, passei em 1º lugar para Auditor de Controle Externo do Tribunal de

(5)

Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) para a área organizacional – Ciências Contábeis, mas acabei optando pela CGU. Em 2014 fui aprovado no concurso para Auditor Público Externo (Contabilidade) do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), meu atual cargo. Tenho experiência como instrutor e tutor da ESAF.

Sobre o Curso...

Este é um curso de teoria e questões comentadas. Meu objetivo aqui é prepará-lo (a) de forma ampla para resolver as questões de

Contabilidade Pública, tendo como parâmetro os certames mais

recentes organizados pelas principais bancas examinadoras, especialmente a FUNRIO.

A metodologia das aulas contempla a exposição da teoria seguida da resolução e comentário de questões anteriores sobre o assunto. Nos comentários, pode haver explicações novas. Assim, teoria e questões se complementam. Ao final de cada aula será apresentado um resumo do conteúdo, na forma de esquemas, para facilitar a revisão da matéria.

Caso reste alguma dúvida que não tenha sido esclarecida na aula, não hesite em postá-la no fórum de dúvidas. Trata-se de uma excelente ferramenta disponível ao aluno. A possibilidade de interação com o professor é um dos diferenciais desse tipo de curso, portanto, não deixe de utilizar essa importante ferramenta! Críticas ou sugestões podem ser encaminhadas para o e-mail prof.possati@gmail.com.

Dito isso, as características principais deste curso são:  Conteúdo atualizadíssimo;

 Teoria aliada à prática por meio de questões comentadas

de diversas bancas;

 Linguagem didática e descontraída proporcionando uma

leitura leve e absorção efetiva do conhecimento necessário à sua aprovação;

 Foco total naquilo que é mais exigido;  Resumo para as revisões finais;

 Fórum de dúvidas;  Vídeoaulas

Contato direto com o professor por e-mail:

(6)

Assim, o curso está formatado para que possamos realizar uma

excelente prova de Contabilidade Pública.

Adquirindo nosso curso você tem garantia de satisfação! Se você não gostar da nossa abordagem, em até 30 dias, você pode solicitar o reembolso do seu investimento! Sem “mimimi”... basta enviar um e-mail solicitando e pronto!

Enfim, espero que você aproveite o curso, tire suas dúvidas, estude bastante e, na hora da prova, resolva as questões com confiança. Desse modo, todo o esforço empregado nessa fase preparatória será recompensado com a alegria que acompanha a aprovação, a qual espero compartilhar com você.

Bons estudos! Gilmar Possati prof.possati@gmail.com

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com muitas dicas, análises, questões comentadas, promoções e muito mais.

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P.S. Para quem se interessar, está disponível nas principais livrarias

on-line um livro de minha autoria de Questões Discursivas de AFO.

P.P.S. Aliste-se no nosso “Exército Contábil”. Estamos montando uma lista de alunos

interessados em receber atualizações, dicas, conteúdos relevantes entre outras informações que de fato agreguem valor na sua preparação. Tudo de forma gratuita e exclusiva. Já temos centenas de alunos cadastrados.

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(8)

Para atingirmos o nosso objetivo, seguiremos o seguinte cronograma:

Aula Conteúdo Data

Aula 0 Balanço Orçamentário 22/3 Aula 1 Balanço Financeiro 23/3 Aula 2 Balanço Patrimonial 28/3 Aula 3

Demonstração das Variações Patrimoniais 31/3

Aula 4

NBC T 16.6(R1) a NBC T 16.11. 6/4

Aula 5 Sistema Integrado de Administração Financeira do

Governo Federal (SIAFI) 13/4

Aula 6

(Extra) Questões Selecionadas Comentadas

20/4

(9)

Post extraído das nossas redes sociais: @profgilmarpossati

Preparado(a) para dar o primeiro passo no mundo da Contabilidade Pública?

Então, vamos que vamos que a hora é agora! Reflexão...

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Pessoal, na aula de hoje daremos início ao estudo das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP). Estudaremos tanto as disposições presentes na Lei nº 4.320/64 como também o que está estabelecido nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBCASP) e no MCASP – Parte V.

DEFINIÇÃO (LEI Nº 4.320/64,NBCT 16.6 E MCASP)

Segundo o art. 102 da Lei nº 4.320/64,

O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.

Vale destacar nesse conceito que na elaboração do balanço orçamentário consideramos o regime orçamentário previsto no art. 35 da Lei nº 4.320/64:

Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas;

II - as despesas nele legalmente empenhadas.

Trata-se do regime misto em que as receitas são reconhecidas pelo regime de caixa (arrecadação) e as despesas pelo regime de competência (empenho).

Esse art. 102 da Lei nº 4.320/64 é uma exigência clássica em concursos.

1.(CESPE/Analista de Orçamento/MPU/2010) O balanço orçamentário visa comparar o realizado e o orçado no exercício.

(11)

Trata-se de exigência do disposto no art. 102 da Lei nº 4.320/64. O termo “orçado” é sinônimo de previsto/fixado.

Receita orçada = receita prevista Despesa orçada = despesa fixada

Não confunda!

A receita é prevista não é fixada! A despesa é fixada não é prevista! Gabarito: Certo

2.(VUNESP/Analista/Ciências Contábeis/PRODEST/2014) O Balanço Orçamentário demonstrará

a) a receita e a despesa orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária.

b) os Restos a Pagar do exercício, que serão computados na receita extraorçamentária.

c) as receitas e despesas previstas, apenas.

d) as despesas e receitas orçadas, com previsão para o próximo triênio. e) as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Mais um exemplo de exigência do art. 102 da Lei nº 4.320/64. Gabarito: E

Nos termos da NBC T 16.6, o Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, detalhadas em níveis relevantes de

análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a

execução, demonstrando o resultado orçamentário.

A Norma destaca que o Balanço Orçamentário é estruturado de forma a evidenciar a integração entre o planejamento e a execução

(12)

Esquematicamente, temos:

ESTRUTURA DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

Estrutura segundo a Lei nº 4.320/64

Segundo a estrutura da Lei nº 4.320/64, as receitas orçamentárias são detalhadas em dois níveis:

1º Nível  categoria econômica (corrente ou capital);

2º Nível  origem.

Há discriminação do que foi previsto, executado e a diferença.

As despesas orçamentárias são detalhadas por tipo de crédito: orçamentário (inicial) ou adicional (suplementar, especial ou extraordinário). Além disso, são detalhadas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa.

Assim, como na coluna da receita, há discriminação do que foi previsto, executado e a diferença.

(13)

3.(CESPE/Técnico de Apoio/Controle Interno/MPU/2010) Com relação à estrutura e ao papel do balanço orçamentário previsto na Lei nº 4.320/1964, julgue o seguinte item.

As receitas devem ser discriminadas por tipo de crédito e divididas em duas categorias: orçamentárias e extraorçamentária.

As receitas são discriminadas por natureza e divididas em duas categorias: correntes e de capital.

Gabarito: Errado

Tendo em vista o princípio do equilíbrio, o total da coluna das receitas previstas deve ser igual ao total da coluna das despesas fixadas.

Além disso, com o objetivo de equilibrar a demonstração, o déficit será

informado do lado da receita e o superávit será informado do lado

da despesa. Nesse sentido, na última linha do balanço o total do lado

esquerdo do balanço (receitas) será igual ao total do lado direito do balanço (despesas).

A seguir podemos visualizar a estrutura do Balanço Orçamentário conforme a Lei nº 4.320/64:

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RECEITAS DESPESAS

Título Previsão Execução Diferença Título Fixação Execução Diferença

Receitas Correntes Créditos Inicial + Suplem.

Tributárias Despesas Correntes

Contribuições Pessoal e Encargos

Patrimonial Juros e Encargos Dívida

Agropecuária Outras Desp. Correntes

Industrial Despesa de Capital

Serviços Investimento

Transferências

Correntes Inversões Financeiras

Outras Rec. Correntes Amortização Dívida

Receitas de Capital Créditos Especial

Operações Créditos Despesas Correntes

Alienação Bens Despesas de Capital

Amortização

Empréstimos Financ.

Transferência Capital Créditos Extraordinários

Outras Receitas Capital Despesas Correntes

Despesas de Capital

Déficit Superávit

Total Total

N

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Estrutura segundo o MCASP

Segundo a estrutura do MCASP, o Balanço Orçamentário é composto por: a. Quadro Principal;

b. Quadro da Execução dos Restos a Pagar Não Processados; e c. Quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados.

Nos termos do MCASP,

O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas detalhadas por categoria econômica e origem, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada e o saldo, que corresponde ao excesso ou déficit de arrecadação.

Demonstrará, também, as despesas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada para o exercício, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e o saldo da dotação.

Cabe destacar que o Balanço Orçamentário é elaborado utilizando-se as classes 5, grupo 2 (Orçamento aprovado: previsão da receita e fixação da despesa) e classe 6, grupo 2 (Execução do orçamento: realização da receita e execução da despesa) do PCASP.

No Quadro Principal, são apresentadas as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. As receitas e despesas são apresentadas conforme a classificação por natureza.

Destaca-se, ainda, que as receitas são informadas pelos valores

líquidos das respectivas deduções, tais como restituições, descontos,

retificações, deduções para o Fundeb e repartições de receita tributária entre os entes da Federação, quando registradas como dedução.

Atenção! A apresentação das receitas pelo valor líquido é realizada no 3º

nível (espécie). A previsão da receita e a fixação da despesa é evidenciada no balanço orçamentário pelo valor bruto, seguindo o princípio do orçamento bruto.

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Vamos visualizar a estrutura do balanço orçamentário (quadro principal) segundo o MCASP e destacar as diferenças existentes entre essa estrutura e aquela da Lei nº 4.320/64.

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS Previsão Inicial Previsão Atualizada Receitas Realizadas Saldo (a) (b) (c) (d) =(c-b)

Receitas Correntes (I)

Receita Tributária Receita de Contribuições Receita Patrimonial Receita Agropecuária Receita Industrial Receita de Serviços Transferências Correntes Outras Receitas Correntes

Receitas de Capital (II)

Operações de Crédito Alienação de Bens

Amortizações de Empréstimos Transferências de Capital Outras Receitas de Capital

Recursos Arrecadados em Exercícios Anteriores (III)

SUBTOTAL DAS RECEITAS (IV) = (I + II + III)

Operações de Crédito / Refinanciamento (V)

Operações de Crédito Internas Mobiliária

Contratual

Operações de Crédito Externas Mobiliária

Contratual

SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (VI) = (IV+V)

Déficit (VII)

TOTAL (VIII) = (VI + VII)

Saldos de Exercícios Anteriores (Utilizados Para Créditos Adicionais)

Superávit Financeiro

Reabertura de Créditos Adicionais

* Recursos Arrecadados em exercícios anteriores  São recursos incluídos na LOA para demonstrar

o equilíbrio do orçamento, mas não podem ser classificados como superávit financeiro para fins de elaboração da LOA, nem são passíveis de execução. Exemplo: Recursos de RPPS.

Mudança 1: Linha específica para Recursos Arrecadados em

Exercícios Anteriores*.

Mudança 2: Linhas específicas para refinanciamento de dívida.

Mudança 3: Linhas específicas para os saldos de exercícios anteriores.

(17)

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS Dotação Inicial Dotação Atualizada Despesas Empenhadas Despesas Liquidadas Despesas Pagas Saldo da Dotação (e) (f) (g) (h) (i) (j) = (f-g)

Despesas Correntes (IX)

Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes

Despesas de Capital (X) Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida

Reserva de Contingência (XI)

Reserva do RPPS (XII)

SUBTOTAL DAS DESPESAS (XIII) = (IX + X + XI + XII)

Amortização da Dívida/ Refinanciamento (XIV)

Amortização da Dívida Interna Dívida mobiliária Outras Dívidas

Amortização da Dívida Externa Dívida Mobiliária Outras Dívidas

SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (XV) = (XIII + XIV)

Superávit (XVI)

TOTAL (XVII) = (XV + XVI)

R C

R R P P S RPPS 

RPPS

Mudança 4: A despesa orçamentária passa a ser demonstrada por

empenho, liquidação e pagamento.

Mudança 5: A coluna previsão é desdobrada em duas: dotação inicial e

dotação atualizada.

Mudança 6: Linhas específicas para

Reserva de Contingência e Reserva do RPPS .

Mudança 7: Linhas específicas para

Amortização da dívida / Refinanciamento.

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Definições e observações gerais

 A previsão inicial nada mais é do que a discriminação da receita prevista na LOA. Sendo assim, não muda durante o exercício! As atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas antes da data da publicação da LOA, também integrarão os valores apresentados na coluna.

 A previsão atualizada, segundo o MCASP, demonstra os valores da previsão atualizada das receitas, que refletem a reestimativa da receita decorrente de, por exemplo:

a. abertura de créditos adicionais, seja mediante excesso de arrecadação ou contratação de operações de crédito;

b. criação de novas naturezas de receita não previstas na LOA; c. remanejamento entre naturezas de receita; ou

d. atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas após a data da publicação da LOA.

Impende anotar que, se não ocorrerem eventos que ocasionem a reestimativa da receita, a coluna Previsão Atualizada apresentará os mesmos valores da coluna Previsão Inicial.

 As receitas realizadas correspondem às receitas arrecadadas diretamente pelo órgão, ou por meio de outras instituições como, por exemplo, a rede bancária.

 Saldos de Exercícios Anteriores  aqui temos que estudar o que dispõe o MCASP:

É importante destacar que em decorrência da utilização do superávit financeiro de exercícios anteriores para abertura de créditos adicionais, apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior ao de referência, o Balanço Orçamentário demonstrará uma situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e a dotação atualizada. Essa situação também pode ser causada pela reabertura de créditos adicionais, especificamente os créditos especiais e extraordinários que tiveram o ato de autorização promulgado nos últimos quatro meses do ano anterior, caso em que esses créditos serão reabertos nos limites de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício financeiro em referência.

(19)

Esse desequilíbrio ocorre porque o superávit financeiro de exercícios anteriores, quando utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais, não pode ser demonstrado como parte da receita orçamentária do Balanço Orçamentário que integra o cálculo do resultado orçamentário. O superávit financeiro não é receita do exercício de referência, pois já o foi em exercício anterior, mas constitui disponibilidade para utilização no exercício de referência. Por outro lado, as despesas executadas à conta do superávit financeiro são despesas do exercício de referência, por força legal, visto que não foram empenhadas no exercício anterior. Esse desequilíbrio também ocorre pela reabertura de créditos adicionais porque aumentam a despesa fixada sem necessidade de nova arrecadação. Tanto o superávit financeiro

utilizado quanto a reabertura de créditos adicionais estão detalhados no campo Saldo de Exercícios Anteriores, do Balanço Orçamentário.

Acho que o MCASP foi bem didático nesse ponto, não é mesmo?

Veja que a inclusão do saldo dos exercícios anteriores é uma mudança bem interessante no balanço orçamentário, pois permite uma maior qualidade na evidenciação das informações aos usuários da informação contábil.

Continuando na sua lição, o MCASP informa o seguinte:

Dessa forma, no momento inicial da execução orçamentária, tem-se, em geral, o equilíbrio entre receita prevista e despesa fixada. No entanto, iniciada a execução do orçamento, quando há superávit financeiro de exercícios anteriores, tem-se um recurso disponível para abertura de créditos para as despesas não fixadas ou não totalmente contempladas pela lei orçamentária.

Dessa forma, o equilíbrio entre receita prevista e despesa fixada no Balanço Orçamentário pode ser verificado (sem influenciar o seu resultado) somando-se os valores da linha Total e da linha Saldos de Exercícios Anteriores, constantes da coluna Previsão Atualizada, e confrontando-se esse montante com o total da coluna Dotação Atualizada. Recomenda-se a utilização de notas explicativas para esclarecimentos a respeito da utilização do superávit financeiro e de reabertura de créditos especiais e extraordinários, bem como suas influências no resultado

(20)

orçamentário, de forma a possibilitar a correta interpretação das informações.

O MCASP destaca, ainda, que os saldos de exercícios anteriores apresentam valores somente nas colunas Previsão Atualizada e Receita Realizada e deverá corresponder ao valor utilizado para a execução de despesas no exercício de referência.

Tais valores não são considerados na receita orçamentária do exercício de referência nem serão considerados no cálculo do déficit ou superávit orçamentário já que foram arrecadados em exercícios anteriores.

 A Dotação inicial, assim como a previsão inicial, nada mais é do que a discriminação da despesa fixada (créditos iniciais) na LOA. Sendo assim, não muda durante o exercício!

 A dotação atualizada demonstra a dotação inicial somada aos créditos adicionais abertos ou reabertos durante o exercício de referência, deduzidos das respectivas anulações e cancelamentos. Se não ocorrerem eventos que ocasionem a atualização da despesa, a coluna Dotação Atualizada apresentará os mesmos valores da coluna Dotação Inicial.  Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária e de outras dívidas constam, destacadamente, nas receitas de operações de crédito internas e externas e, nesse mesmo nível de agregação, nas despesas com amortização da dívida de refinanciamento.

...

Agora que já estudamos o quadro principal, vamos visualizar os demais quadros dispostos no MCASP.

Quadro da Execução dos Restos a Pagar Não Processados

No Quadro da Execução dos Restos a Pagar Não Processados, são informados os restos a pagar não processados inscritos até o exercício anterior nas respectivas fases de execução. Os restos a pagar inscritos na condição de não processados que tenham sido liquidados em exercício anterior ao de referência compõem o Quadro da Execução de Restos a Pagar Processados.

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EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS Inscritos Em Exercícios Anteriores Em 31 de Dezembro

do Exercício Anterior Liquidados Pagos Cancelados Saldo

(a) (b) (c) (d) (e) (f) = (a+b-d-e)

Despesas Correntes

Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida

Outras Despesas Correntes Despesas de Capital Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida TOTAL

RP Inscritos em exercícios anteriores  Compreende o valor de

restos a pagar não processados relativos aos exercícios anteriores, exceto os relativos ao exercício imediatamente anterior, que não foram cancelados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado.

RP Inscritos em 31 de Dezembro do Exercício Anterior

Compreende o valor de restos a pagar não processados relativos ao exercício imediatamente anterior que não foram cancelados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado.

RP Liquidados  compreende o valor dos restos a pagar não

processados, liquidados após sua inscrição e ainda não pagos.

RP Pagos  compreende o valor dos restos a pagar não processados,

liquidados após sua inscrição e pagos.

RP Cancelados  compreende o cancelamento de restos a pagar não

processados por insuficiência de recursos, pela inscrição indevida ou para atender dispositivo legal.

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Quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados e Restos a Pagar Não Processados Liquidados

No Quadro da Execução dos Restos a Pagar Processados e Restos

a Pagar Não Processados Liquidados, são informados os restos a pagar processados inscritos até o exercício anterior nas respectivas fases de execução. São informados, também, os restos a pagar inscritos na condição de não processados que tenham sido liquidados em exercício anterior.

Segundo a ICPC 07 – Metodologia para Elaboração do Balanço Orçamentário, os entes que não conseguem fazer o controle dos restos a pagar não processados liquidados podem, ao final do exercício, transferir seus saldos para restos a pagar processados.

EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR PROCESSADOS E NÃO PROCESSADOS LIQUIDADOS

Inscritos Em Exercícios Anteriores Em 31 de Dezembro do Exercício Anterior

Pagos Cancelados Saldo

(a) (b) (c) (d) (e) = (a+b-c-d)

Despesas Correntes

Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes

Despesas de Capital

Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida

TOTAL

4.(CESPE/Auditor/TCE-ES/2012) Com relação às demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, julgue o item que se segue, de acordo com o Manual de Contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional. Os demonstrativos da execução de restos a pagar processados e não processados devem ser anexados ao balanço orçamentário.

(23)

Segundo o MCASP (Parte V),

Adicionalmente ao Balanço Orçamentário, devem ser incluídos dois quadros demonstrativos de execução de restos a pagar, um relativo aos restos a pagar não processados, outro relativo aos restos a pagar processados, com o mesmo detalhamento das despesas

orçamentárias do balanço, de modo a propiciar uma análise da execução orçamentária do exercício em conjunto com a execução dos restos a pagar.

Gabarito: Certo

5.(FEMPERJ/TCE-RJ/2012) Em relação às orientações para elaboração do Balanço Orçamentário, constantes no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público da STN, é correto afirmar que:

a) as receitas serão detalhadas por origem e espécie, especificando a previsão inicial, a previsão atualizada, a receita realizada e a diferença (excesso ou frustração na arrecadação);

b) as despesas devem ser apresentadas por categoria funcional,

conforme classificação definida na Portaria nº 42/1999, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e a diferença, para identificar eventual economia orçamentária em cada função;

c) a identificação das receitas e despesas intraorçamentárias, quando necessária, deverá ser incluída na demonstração;

d) em decorrência da abertura de créditos adicionais, haverá uma situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e a dotação atualizada;

e) tanto o superávit financeiro utilizado quanto a reabertura de créditos adicionais deverão ser detalhados no campo saldo de exercícios anteriores.

Corrigindo as opções, temos:

a) as receitas serão detalhadas por origem e espécie, categoria econômica, origem e espécie especificando a previsão inicial, a previsão atualizada, a receita realizada e a diferença (excesso ou frustração na arrecadação);

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b) as despesas devem ser apresentadas por categoria funcional

categoria

econômica e grupo de natureza da despesa, conforme classificação definida na Portaria nº 42/1999, discriminando a dotação inicial, a dotação atualizada, as despesas empenhadas, as despesas liquidadas, as despesas pagas e a diferença, para identificar eventual economia

orçamentária em cada função;

c) a identificação das receitas e despesas intraorçamentárias, quando necessária, deverá ser incluída na demonstração deverá ser apresentada em notas explicativas;

d) em decorrência da abertura reabertura de créditos adicionais, haverá uma situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e a dotação atualizada;

e) tanto o superávit financeiro utilizado quanto a reabertura de créditos adicionais deverão ser detalhados no campo saldo de exercícios anteriores.

Gabarito: E

Balanço orçamentário e as notas explicativas

Segundo o MCASP, o Balanço Orçamentário deverá ser acompanhado de notas explicativas que divulguem, ao menos:

a. o detalhamento das receitas e despesas intraorçamentárias, quando

relevante;

b. o detalhamento das despesas executadas por tipos de créditos (inicial,

suplementar, especial e extraordinário);

c. a utilização do superávit financeiro e da reabertura de créditos

especiais e extraordinários, bem como suas influências no resultado orçamentário;

d. as atualizações monetárias autorizadas por lei, efetuadas antes e após

a data da publicação da LOA, que compõem a coluna Previsão Inicial da receita orçamentária;

e. o procedimento adotado em relação aos restos a pagar não

processados liquidados, ou seja, se o ente transfere o saldo ao final do exercício para restos a pagar processados ou se mantém o controle dos restos a pagar não processados liquidados separadamente;

(25)

f. o detalhamento dos “recursos de exercícios anteriores” utilizados para

financiar as despesas orçamentárias do exercício corrente, destacando-se os recursos vinculados ao RPPS e outros com destinação vinculada;

Além disso, o MCASP assevera que os Balanços Orçamentários não consolidados (de órgãos e entidades, por exemplo), poderão apresentar desequilíbrio e déficit orçamentário, pois muitos deles não são agentes arrecadadores e executam despesas orçamentárias para prestação de serviços públicos e realização de investimentos. Esse fato não representa irregularidade, devendo ser evidenciado complementarmente por nota explicativa que demonstre o montante da movimentação financeira (transferências financeiras recebidas e concedidas) relacionado à execução do orçamento do exercício.

ANÁLISE DO BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

A análise do balanço orçamentário pode ser classificada em três grupos:  Análise a partir do orçamento aprovado;

 Análise a partir da execução orçamentária;  Análise por meio de índices contábeis.

Vamos estudar com os devidos detalhes cada tipo de análise. Análise a partir do orçamento aprovado

A partir do orçamento aprovado podemos realizar três tipos de análises, quais sejam:

a) Cumprimento da Regra de Ouro; b) Capitalização/Descapitalização; c) Endividamento.

Cumprimento da Regra de Ouro

A Regra de Ouro está prevista no art. 167 da Constituição Federal: Art. 167. São vedados:

(26)

III - a realização de operações de créditos que excedam o

montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas

mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

Resumindo: operações de crédito devem ser menor ou igual ao

somatório de todas as despesas de capital (investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida).

Capitalização/Descapitalização

Trata-se de uma análise realizada por meio da comparação do relacionamento entre receitas e despesas correntes e receitas e despesas de capital.

A capitalização se origina da combinação conjunta de Superávit Corrente e de Déficit de Capital.

A descapitalização se origina da combinação conjunta de Superávit de capital e de Déficit Corrente.

Objetivamente, devemos saber o seguinte:

Situação Resultado

Receitas de Capital > Despesas de Capital

Descapitalização. Receitas de Capital

estão financiando despesas correntes. Situação desfavorável.

Receitas de Capital < Despesas de Capital

Capitalização. Receitas Correntes

estão financiando despesas de capital. Situação favorável.

(27)

6.(CESPE/SEGER-ES/2009) No balanço orçamentário, através da comparação do relacionamento entre receitas e despesas correntes e receitas e despesas de capital, pode-se identificar a tendência para capitalização ou descapitalização.

Questãozinha para fixação! Conforme estudamos, a análise da capitalização/descapitalização é realizada por meio da comparação do relacionamento entre receitas e despesas correntes e receitas e despesas de capital.

Gabarito: Certo Endividamento

Trata-se da análise da relação entre as operações de créditos e a amortização da dívida.

Objetivamente, devemos saber o seguinte:

Situação Resultado

Operações de Crédito > Amortização da Dívida

Aumento do Endividamento. Receitas

de Capital estão financiando despesas correntes. Situação desfavorável.

Operações de Crédito < Amortização da Dívida

Diminuição do Endividamento.

Receitas Correntes estão financiando despesas de capital.

Situação favorável.

Análise a partir da execução do orçamento

Essa é a análise mais comum de ser exigida em prova.

A partir da execução orçamentária podemos realizar três tipos de análises, quais sejam:

(28)

a) Resultado Orçamentário;

b) Resultado da Execução da Receita; c) Resultado da Execução da Despesa. Vamos estudar cada uma dessas análises. Resultado Orçamentário

O resultado orçamentário é obtido por meio do confronto entre as

receitas executadas e as despesas executadas.

Compara, portanto, as receitas arrecadadas com as despesas empenhadas, seguindo as disposições da Lei nº 4.320/64.

Objetivamente, devemos saber o seguinte:

Situação Resultado

Receita Arrecadada > Despesa

Executada Superávit Orçamentário

Receita Arrecadada < Despesa

Executada Déficit Orçamentário

Receita Arrecadada = Despesa

Executada Resultado Nulo (equilíbrio)

Resultado da Execução da Receita

Trata-se da comparação das receitas previstas com as arrecadadas. Objetivamente, devemos saber o seguinte:

(29)

Situação Resultado

Receita Prevista > Receita Arrecadada Insuficiência na arrecadação

Receita Prevista < Receita Arrecadada Excesso na arrecadação

Receita Prevista = Receita Arrecadada Equilíbrio na arrecadação

Resultado da Execução da Despesa

Trata-se da comparação das despesas fixadas com as executadas

(empenhadas).

Objetivamente, devemos saber o seguinte:

Situação Resultado

Despesa Fixada > Despesa Executada Economia de despesa

Despesa Fixada < Despesa Executada Excesso de despesa

Despesa Fixada = Despesa Executada Equilíbrio na realização da despesa ou resultado nulo

Análise por meio de índices contábeis

Pessoal, esses índices constavam em edição passada do MCASP. Com a atualização do Manual, a STN retirou do MCASP esses índices. No entanto,

EXCESSO DE DESPESAS

(30)

ainda os encontramos em livros doutrinários. A tendência é que eles não sejam mais exigidos. No entanto, em uma preparação de alto nível não podemos nos furtar de estudar esses índices.

Para facilitar sua vida, a seguir elaboramos um quadro com todos os índices, destacando aqueles que possuem uma maior probabilidade de exigência.

Descrição Fórmula

RP Processados inscritos no exercício Despesas Liquidadas – Despesas Pagas

RP Não Processados inscritos no exercício Despesas Empenhadas – Despesas Liquidadas

Quociente do Equilíbrio Orçamentário

Previsão Inicial da Receita ÷ Dotação Inicial da Despesa Quociente de Execução da

Receita

Receita Realizada ÷ Previsão Atualizada da Receita Quociente de Desempenho da

Arrecadação

Receita Realizada ÷ Previsão Inicial da Receita Quociente de Utilização do Excesso de

Arrecadação

Créditos Adicionais abertos por meio de excesso de arrecadação ÷

Total do excesso de arrecadação Quociente de Utilização do

Superávit Financeiro

Créditos Adicionais Abertos por meio de superávit financeiro ÷ Total do superávit

financeiro apurado no exercício anterior

Quociente de Execução da

Despesa Despesa Executada ÷ Dotação Atualizada

Quociente do Resultado

Orçamentário Receita Realizada ÷ Despesa Empenhada

Quociente da Execução Orçamentária Corrente

Receita Realizada Corrente ÷ Despesa Empenhada Corrente

Quociente Financeiro Real da

(31)

Bem... em termos teóricos é isso... vamos agora praticar um pouco com algumas questões selecionadas especialmente para a fixação dos assuntos hoje estudados.

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Observação: As questões FUNRIO serão disponibilizadas na última aula (extra)

7.(CESPE/Analista Judiciário/Administrativa/TRF1/2017) A tabela a seguir mostra eventos hipotéticos ocorridos no exercício de 2016, em determinado município brasileiro. Os valores são expressos em R$ mil.

Evento Valor

Empenho de crédito extraordinário para a construção de casas 130 Pagamento de material de consumo – compra realizada em 2015 270

Empenho e liquidação de despesas correntes 230

Pagamento de despesas correntes 190

Despesa orçamentária fixada na LOA 610

Despesas de capital liquidadas e pagas 100

Devolução de cauções recebidas 180

Depreciação registrada no exercício 20

A partir dessa tabela, julgue o item que se segue, considerando as normas vigentes relativas a receitas e despesas no setor público.

O montante das despesas de capital realizadas, constantes do balanço orçamentário, foi inferior a R$ 120 mil.

Lembre-se que no caso do balanço orçamentário consideramos como realizadas as despesas que foram empenhadas. Assim, apenas o empenho referente à construção de casas no valor de R$ 130 mil refere-se a uma despesa de capital realizada.

Gabarito: Errado

8.(CESPE/Analista de Controle Externo/TCE-PE/2017) As Demonstrações Contábeis aplicadas ao Setor Público (DCASP) fornecem aos usuários informações a respeito dos aspectos de natureza orçamentária, econômica, patrimonial e financeira das entidades. A partir das demonstrações, o auditor de contas públicas poderá identificar, no

(33)

balanço orçamentário, a possível situação de desequilíbrio entre a previsão da receita e as dotações atualizadas.

Perfeito! Por meio do balanço orçamentário podemos verificar por meio do confronto entre as receitas previstas (atualizadas) e as despesas fixadas (atualizadas) um equilíbrio ou desiquilíbrio.

O equilíbrio é a situação esperada, porém pode ocorrer o desiquilíbrio conforme muito bem esclarecido pelo MCASP:

É importante destacar que em decorrência da utilização do superávit financeiro de exercícios anteriores para abertura de créditos adicionais, apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior ao de referência, o

Balanço Orçamentário demonstrará uma situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e a dotação atualizada. Essa

situação também pode ser causada pela reabertura de créditos adicionais, especificamente os créditos especiais e extraordinários que tiveram o ato de autorização promulgado nos últimos quatro meses do ano anterior, caso em que esses créditos serão reabertos nos limites de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício financeiro em referência.

Esse desequilíbrio ocorre porque o superávit financeiro de exercícios anteriores, quando utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais, não pode ser demonstrado como parte da receita orçamentária do Balanço Orçamentário que integra o cálculo do resultado orçamentário. O superávit financeiro não é receita do exercício de referência, pois já o foi em exercício anterior, mas constitui disponibilidade para utilização no exercício de referência. Por outro lado, as despesas executadas à conta do superávit financeiro são despesas do exercício de referência, por força legal, visto que não foram empenhadas no exercício anterior. Esse desequilíbrio também ocorre pela reabertura de créditos adicionais porque aumentam a despesa fixada sem necessidade de nova arrecadação. Tanto o superávit financeiro utilizado quanto a reabertura de créditos adicionais estão detalhados no campo Saldo de Exercícios Anteriores, do Balanço Orçamentário.

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9.(CESPE/Analista de Gestão Educacional/Contabilidade/SEDF/2017) Acerca das demonstrações financeiras e dos instrumentos necessários para a sua elaboração, julgue o próximo item.

O balanço orçamentário pode demonstrar situação de desequilíbrio entre a previsão da receita e a dotação da despesa.

Apenas para fixar! Conforme estudamos na questão anterior, o balanço orçamentário pode sim demonstrar situação de desequilíbrio entre a previsão da receita e a dotação da despesa.

Gabarito: Certo

10.(CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-PE/2017) A execução orçamentária de uma entidade pública hipotética apresentou as seguintes informações em determinado exercício financeiro já encerrado.

Receita orçamentária Valor (em R$)

Prevista 100

Lançada 80

Executada/arrecadada 70

Despesa orçamentária Valor (em R$)

Fixada 100

Executada/empenhada 90

Paga 60

Nessa situação hipotética, o resultado do balanço orçamentário apurado ao final do referido exercício apresentou-se

a) deficitário em R$ 10. b) nulo.

c) superavitário em R$ 10. d) superavitário em R$ 20. e) deficitário em R$ 20.

Basta confrontarmos as execuções.

Resultado Orçamentário = receita executada – despesa executada Resultado Orçamentário = 70 – 90  -20

(35)

Gabarito: E

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A tabela I contém informações apresentadas por determinado estado da federação referentes ao exercício de 2014, e a tabela II, os saldos de balanço patrimonial de 31/12/2013 do referido estado.

Com base nessa situação hipotética, julgue o seguinte item, de acordo com a legislação vigente.

O resultado orçamentário do exercício de 2014 foi um superávit de R$ 130,00.

Pessoal, concentre-se apenas no que o examinador está solicitando: resultado orçamentário. Quais informações precisamos para encontrar o resultado orçamentário? Receita executada (arrecadada) e despesa executada (empenhada), não é mesmo?

Não temos quanto foi arrecadado, mas temos quanto foi previsto e o excesso de arrecadação. Assim, podemos encontrar o valor arrecadado: Excesso de arrecadação = receita arrecadada – receita prevista

230,00 = receita arrecadada – 1.000,00 Receita arrecadada = 1.230,00

(37)

A despesa executada o examinador já forneceu (1.100,00). Assim, temos:

Resultado orçamentário = 1.230,00 – 1.100,00 = 130,00 (superávit). Gabarito: Certo

12.(CESPE/Analista Judiciário/Contadoria/STJ/2015) Considere que, em determinada entidade governamental, os seguintes eventos contábeis tenham sido registrados em seu primeiro exercício financeiro.

Previsão da receita orçamentária e fixação da despesa orçamentária no valor de R$ 280.000,00.

Lançamento de impostos no valor de R$ 170.000,00, sendo arrecadados 50% desse valor.

Empenho, liquidação e pagamento de despesas com folha de pessoal no valor de R$ 60.000,00.

Empenho, liquidação e pagamento de serviços de terceiros no valor de R$ 20.000,00.

Aquisição de veículo no valor de R$ 42.000,00, com recebimento imediato do bem, totalmente inscrito em restos a pagar.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item subsequente acerca das definições e da estrutura das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público.

Considerando que houve apenas arrecadação parcial dos impostos previstos, o resultado orçamentário do exercício, evidenciado no balanço orçamentário, apresentará superávit de R$ 48.000,00.

Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada A questão informa que foi arrecadado 50% de 170.000,00 (total lançado). Logo, a receita arrecadada = 85.000,00.

Além disso, a soma dos empenhos foi de: 60.000,00 + 20.000,00 + 42.000,00 (empenho da aquisição do veículo) = 122.000,00

(38)

RO = 85.000,00 – 122.000,00  déficit de 37.000,00 Gabarito: Errado

13.(CESPE/Auditor Governamental/CGE-PI/2015) Acerca das

demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, julgue o próximo item.

Na estrutura do balanço orçamentário, devem ser identificadas as receitas intraorçamentárias realizadas e as despesas intraorçamentárias empenhadas, liquidadas e pagas.

As receitas e despesas intraorçamentárias, quando relevantes, são detalhadas por meio das notas explicativas ao balanço orçamentário. Gabarito: Errado

14.(CESPE/Analista/Atuarial/MPU/2015) Julgue o item, relativo à contabilização de eventos contábeis registrados no âmbito do MPU.

Os recursos arrecadados em exercícios anteriores podem ser classificados como superávits financeiros para fins de elaboração do projeto de lei orçamentária.

Segundo o MCASP, os Recursos Arrecadados de Exercícios Anteriores são utilizados para custear despesas do exercício corrente, permitindo o equilíbrio na aprovação da Lei Orçamentária. Nesse sentido, os recursos arrecadados em exercícios anteriores poderão ser incluídos na previsão da receita para fins de equilíbrio orçamentário. Todavia, tais recursos não são passíveis de execução, por já terem sido arrecadados em exercícios anteriores.

O MCASP destaca que, quando da elaboração do projeto de lei orçamentária, estes recursos arrecadados em exercícios anteriores

ainda não podem ser classificados como superávit financeiro, já

que este só pode ser obtido ao final do exercício. Vale frisar que, na execução do orçamento, estes recursos serão lançados como superávit financeiro no Balanço Orçamentário na coluna de receita realizada.

(39)

15.(CESPE/Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira/Câmara dos Deputados/2014) Os eventos e dados relacionados abaixo foram registrados no primeiro exercício financeiro de uma unidade gestora da Câmara dos Deputados.

Aprovação da LOA, com previsão da receita e fixação da despesa no valor de R$ 180.000.

Lançamento de impostos no valor de R$ 90.000, sendo arrecadados 80% desse valor;

Depósitos de terceiros no valor de R$ 18.000, recebidos em garantia de contratos;

Compra de veículo no valor de R$ 48.000, com vida útil estimada de 5 anos, sendo 50% pagos à vista e 50% inscritos em restos a pagar.

Com base nessas informações hipotéticas e tendo em vista o plano de contas aplicado ao setor público composto por oito classes de contas e os critérios para elaboração das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público no referido exercício, julgue o item seguinte.

O resultado orçamentário do exercício apresentou superávit no valor de R$ 24.000.

Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada A questão informa que foi arrecadado 80% de 90.000,00 (total lançado). Logo, a receita arrecadada = 72.000,00.

Além disso, foi empenhado 48.000,00 referente à aquisição do veículo Logo,

RO = 72.000,00 – 48.000,00  superávit de 24.000,00

Observação: os depósitos de terceiros recebidos em garantia de contratos não entram no balanço orçamentário, pois são ingressos extraorçamentários. Esses ingressos são evidenciados no balanço financeiro.

(40)

16.(CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) Com relação às demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, segundo o MCASP 5.ª edição, julgue o item.

As autorizações legislativas para a execução de dispêndios, bem como a previsão das receitas necessárias ao financiamento desses gastos são expressas, no balanço orçamentário, por seus valores brutos.

Conforme estudamos, a previsão da receita e a fixação da despesa é evidenciada no balanço orçamentário pelo valor bruto, seguindo o princípio do orçamento bruto.

Gabarito: Certo

17.(CESPE/Analista/Perícia/Contabilidade/MPU/2013) No que se refere a demonstrações contábeis e receitas e despesas públicas, julgue o item seguinte.

No balanço orçamentário, com o objetivo de equilibrar o demonstrativo, o déficit será informado do lado da receita e o superávit será informado do lado da despesa.

É isso mesmo! Conforme estudamos, com o objetivo de equilibrar a demonstração, o déficit será informado do lado da receita e o

superávit será informado do lado da despesa. Nesse sentido, na

última linha do balanço o total do lado esquerdo do balanço (receitas) será igual ao total do lado direito do balanço (despesas).

Gabarito: Certo

18.(CESPE/Analista Administrativo/ANS/2013) Determinada entidade do setor público apresentou os eventos registrados abaixo em seu primeiro exercício financeiro, ocorrido em 2012.

aprovação da Lei Orçamentária Anual, com previsão da receita e fixação da despesa no valor de R$ 150.000,00;

arrecadação de impostos no valor de R$ 60.000,00;

empenho, consumo e pagamento de despesas com serviços de água, luz e telefone durante o ano, no valor de R$ 20.000,00;

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compra de veículo para uso no valor de R$ 30.000,00, com recebimento imediato do bem, inscrito integralmente em restos a pagar ao final do exercício financeiro de 2012.

Com base nos eventos acima registrados, julgue o item que se segue, acerca do fechamento das demonstrações contábeis do ano de 2012 da referida entidade conforme a Lei n.º 4.320/1964.

O resultado orçamentário do exercício foi superavitário em R$ 10.000,00. Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada A questão informa que foi arrecadado 60.000,00 com impostos. Logo, a receita arrecadada = 60.000,00.

Além disso, foi empenhado 20.000,00 (despesas com serviços de água, luz e telefone) + 30.000,00 referente à aquisição do veículo.

Logo,

RO = 60.000,00 – 50.000,00  superávit de 10.000,00 Gabarito: Certo

19.(CESPE/Especialista/ANTT/2013) De acordo com a Lei n.º 4.320/1964, julgue o próximo item, acerca das demonstrações contábeis.

No balanço orçamentário, os restos a pagar do exercício corrente serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

Pessoal, se o balanço é ORÇAMENTÁRIO não há que se falar em receita extraorçamentária, não é mesmo? É no balanço financeiro que os ingressos e dispêndios extraorçamentários são evidenciados, conforme estudaremos na sequência do nosso curso.

Gabarito: Errado

20.(CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTT/2013) A respeito dos demonstrativos contábeis e registros previstos nas Normas

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Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, na Lei n.º 4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o item que se segue.

O balanço orçamentário demonstra o que foi planejado para as despesas e receitas do órgão público, em comparação com o que foi efetivamente realizado, incluindo as inscrições e pagamentos de restos a pagar ocorridos no exercício.

O erro do item está em sua parte final. Não são incluídas as inscrições e pagamentos de restos a pagar. Esses fatos são evidenciados no balanço financeiro. Gabarito: Errado 21.(CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT17/2013) Receita prevista R$ 180.000,00 Despesa fixada R$ 180.000,00 Impostos arrecadados R$ 165.000,00 Despesas empenhadas R$ 168.000,00 Despesas liquidadas R$ 152.000,00

Despesas inscritas em restos a pagar R$ 54.000,00 Recebimento de depósitos de terceiros R$ 18.000,00

Com base na Lei n.º 4.320/1964 e nas informações apresentadas na tabela acima, referentes ao primeiro exercício financeiro encerrado de determinada entidade governamental, julgue o item que se segue.

A partir do confronto entre as receitas e as despesas, foi apurado o resultado orçamentário do exercício com superávit no valor de R$ 13.000,00.

Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada Logo,

RO = 165.000,00 – 168.000,00  déficit de 3.000,00 Gabarito: Errado

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22.(CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2009) Com referência aos registros e demonstrações da contabilidade pública, julgue o item que se segue.

Suponha que, em determinado ente, se tenha verificado, ao final do exercício, insuficiência de arrecadação de R$ 1.350.000,00 e economia de despesas de R$ 800.000,00. Nesse caso, é correto afirmar que houve déficit na execução orçamentária de R$ 550.000,00.

Excelente questão! De posse das informações podemos chegar ao resultado orçamentário. Acompanhe o raciocínio...

Se houve insuficiência de arrecadação, é porque as receitas arrecadadas foram menores que as receitas previstas. Assim, temos:

Insuficiência de Arrecadação = Receitas Previstas – Receitas Arrecadadas 1.350.000,00 = Receitas Previstas – Receitas Arrecadadas

Receitas arrecadadas = Receitas Previstas – 1.350.000,00 (I)

Se houve economia de despesa é porque as despesas executadas foram menores que as despesas fixadas. Assim, temos:

Economia de despesa = despesa fixada – despesa executada 800.000,00 = despesa fixada – despesa executada

Despesa Executada = despesa fixada – 800.000,00 (II)

Além disso, sabemos que a Receita Prevista é igual à Despesa Fixada

Receita Prevista = Despesa Fixada (III)

Logo, o Resultado Orçamentário pode ser assim calculado:

RO = (Receitas Previstas – 1.350.000,00) – (Despesa Fixada – 800.000) RO = - 1.350.000,00 + 800.000,00 + receitas previstas - despesas fixadas

Como receitas previstas = despesas fixadas, temos:

RO = - 1.350.000,00 + 800.000,00 + receitas previstas - despesas fixadas

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Gabarito: Certo

23.(CESPE/Contador/PF/2014) No que se refere ao plano de contas aplicado ao setor público e às demonstrações contábeis do setor público, julgue o próximo item.

No balanço orçamentário evidencia-se o montante referente à reabertura de créditos suplementares e especiais reabertos no exercício, sob o título de saldo de exercícios anteriores.

Vamos aproveitar essa questão para revisar o que estudamos na parte teórica sobre a rubrica “saldo de exercícios anteriores”.

 Saldos de Exercícios Anteriores  aqui temos que estudar o que dispõe o MCASP:

É importante destacar que em decorrência da utilização do superávit financeiro de exercícios anteriores para abertura de créditos adicionais, apurado no Balanço Patrimonial do exercício anterior ao de referência, o Balanço Orçamentário demonstrará uma situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e a dotação atualizada. Essa situação também pode ser causada pela reabertura de créditos adicionais,

especificamente os créditos especiais e extraordinários que tiveram

o ato de autorização promulgado nos últimos quatro meses do ano anterior, caso em que esses créditos serão reabertos nos limites de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício financeiro em referência. Esse desequilíbrio ocorre porque o superávit financeiro de exercícios anteriores, quando utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais, não pode ser demonstrado como parte da receita orçamentária do Balanço Orçamentário que integra o cálculo do resultado orçamentário. O superávit financeiro não é receita do exercício de referência, pois já o foi em exercício anterior, mas constitui disponibilidade para utilização no exercício de referência. Por outro lado, as despesas executadas à conta do superávit financeiro são despesas do exercício de referência, por força legal, visto que não foram empenhadas no exercício anterior. Esse desequilíbrio também ocorre pela reabertura de créditos adicionais porque aumentam a despesa fixada sem necessidade de nova arrecadação. Tanto o superávit financeiro

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utilizado quanto a reabertura de créditos adicionais estão detalhados no campo Saldo de Exercícios Anteriores, do Balanço Orçamentário.

Sendo assim, o erro do item está em afirmar que os créditos suplementares podem ser reabertos. Apenas os créditos extraordinários e especiais podem ser reabertos e, portanto, ser evidenciado como “saldos de exercícios anteriores” no balanço orçamentário.

Gabarito: Errado

24.(CESPE/Contador/CADE/2014) Com relação a demonstrações contábeis, consolidação das contas públicas e notas explicativas, julgue o item subsequente.

O balanço orçamentário apresenta detalhamento das receitas pelos valores líquidos, assim como as deduções, restituições e descontos do valor bruto das mesmas receitas na coluna das despesas.

Questão capciosa! Segundo o MCASP, as receitas deverão ser informadas pelos valores líquidos das respectivas deduções, tais como restituições, descontos, retificações, deduções para o Fundeb e repartições de receita entre os entes da Federação, quando registradas como dedução.

Veja que o CESPE trocou a expressão “tais como” que denota sentido exemplificativo, ou seja, as restituições, descontos, retificações, deduções para o Fundeb e repartições de receita entre os entes da Federação são exemplos de deduções.

Agora veja que ao usar o termo “assim como” muda totalmente o sentido. Esse termo dá ideia de adição. Agora o sentido é de que as deduções, restituições, descontos, retificações, deduções para o Fundeb e repartições de receita entre os entes da Federação são detalhadas no Balanço Orçamentário, o que não é verdade.

Além disso, podemos identificar outro erro. Todas essas deduções não são apresentadas na coluna da despesa. Elas entram deduzindo o valor da receita, a qual passa a ser evidenciada líquida dessas deduções.

(46)

25.(CESPE/Contador/MTE/2014) Considere que no primeiro exercício financeiro de determinada unidade gestora do MTE tenham sido registrados os seguintes eventos:

I aprovação da lei orçamentária anual, com previsão de receita e fixação de despesa, no valor de R$ 220.000,00;

II lançamento de impostos no valor de R$ 110.000,00, com arrecadação de 60% desse valor;

III compra de imóvel à vista, no valor de R$ 60.000,00, com recebimento imediato do bem;

IV empenho e liquidação de serviços de vigilância no valor de R$ 48.000,00, com 50% desse valor pago e o restante inscrito em restos a pagar;

V ingressos extraorçamentários no valor de R$ 20.000,00.

Com base nessas informações, julgue o item que se segue, relativo ao regime contábil e aos critérios utilizados para elaboração das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público.

No balanço orçamentário, foram realizadas receitas no valor de R$ 66.000,00.

Questão “água na canela”! De todos os fatos, apenas o fato II representa arrecadação de receita orçamentária. Nesse fato, temos uma arrecadação de 66.000,00 (60% de 110 mil).

Gabarito: Certo

26.(CESPE/Contador/SUFRAMA/2014) No encerramento do primeiro exercício financeiro de determinada entidade governamental, foram identificados os seguintes registros contábeis:

I previsão da receita orçamentária em R$ 110.000 e fixação da despesa orçamentária em R$ 100.000;

(47)

II lançamento de impostos no valor de R$ 60.000, sendo arrecadados 50% desse valor;

III recurso decorrente de operação de crédito contratada e recebida no exercício, no valor de R$ 50.000;

IV empenho, liquidação e pagamento de despesas de água, luz e telefone no exercício no valor de R$ 20.000;

V empenho e liquidação de despesa orçamentária referente à aquisição de imóvel para uso da entidade no valor de R$ 80.000, sendo metade paga à vista e o restante inscrito em restos a pagar, com recebimento imediato do bem.

Considerando os registros acima relacionados, o regime contábil e o processo de elaboração das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, julgue o item subsecutivo.

O resultado orçamentário do exercício apurado no balanço orçamentário será superavitário em R$ 10.000.

Veja que o CESPE gosta dessa sistemática de exigência do Balanço Orçamentário!

Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada A questão informa que foi arrecadado 50% de 60.000,00 (total lançado). Logo, temos uma arrecadação de 30.000,00.

Além disso, há uma arrecadação decorrente da operação de crédito, no valor de 50.000,00.

Do lado da despesa, foi empenhado 20.000,00(despesas com serviços de água, luz e telefone) + 80.000,00 referente à aquisição do imóvel.

Logo,

RO = 30.000,00 + 50.000,00 – 80.000,00 – 20.000,00 RO = 80.000,00 – 100.000,00  déficit de 20.000,00

Referências

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