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Ministério da Administração Estatal PERFIL DO DISTRITO DE IBO PROVÍNCIA DE CABO DELGADO

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Academic year: 2021

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A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma natureza informativa, não constituindo parecer profissional sobre a estratégia de desenvolvimento local. As suas conclusões não são válidas em todas as circunstâncias. Noutros casos, deverá ser solicitada opinião específica ao Ministério da Administração Estatal ou à firma MÉTIER - Consultoria & Desenvolvimento, Lda.

Série: Perfis Distritais

Edição: 2005

Editor: Ministério da Administração Estatal

Coordenação: Direcção Nacional da Administração Local Copyright © 2005 Ministério da Administração Estatal.

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5.3.2 Educação e Saúde 15

5.3.3 Cultura, Juventude e Desporto 15

5.3.4 Mulher e Coordenação da Acção Social 15

5.3.5 Justiça, Ordem e Segurança pública 16

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TABELA 1: População por posto administrativo, idade e sexo, 1/1/2005 8 TABELA 2: Agregados, segundo a dimensão e o tipo sociológico 8 TABELA 3: População, segundo o estado civil e a crença religiosa 9 TABELA 4: População, consoante o conhecimento de Português 9 TABELA 5: População, por condição de alfabetização, 1997 9 TABELA 6: Famílias, tipo de casa e condições básicas de vida 10 TABELA 7: População, por condição de frequência escolar 23 TABELA 8: População, por nível de ensino que frequenta 24 TABELA 9: População, por nível de ensino concluído 24 TABELA 10: Escolas, alunos e professores, 2003 25 TABELA 11: Unidades de saúde, camas e pessoal, 2003 26 TABELA 12: Indicadores de cuidados de saúde, 2003 26 TABELA 13: População, por condição de orfandade, 1997 27 TABELA 14: População deficiente, por idade e residência, 1997 27 TABELA 15: População activa, por ramo de actividade, 2005 32 TABELA 16: Produção agrícola, por principais culturas: 2000-2003 36

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FIGURA 1: Famílias, por condições básicas de vida...10

FIGURA 2: Habitações, por tipo de materiais usados ...11

FIGURA 3: Habitações, segundo a fonte de abastecimento de água...11

FIGURA 4: Estrutura do orçamento distrital, 2004 ...17

FIGURA 5: Estrutura de exploração agrária da terra ...21

FIGURA 6: Explorações e área, por culturas principais...22

FIGURA 7: População, por nível de ensino que frequenta...23

FIGURA 8: Indicadores de escolaridade, por sexos...28

FIGURA 9: Quota das mulheres no trabalho agrícola e remunerado...29

FIGURA 10: População activa, por ramo de actividade, 2005...31

FIGURA 11: Consumo familiar, por grupo de produtos e serviços ...32

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República de Moçambique Ministério da Administração Estatal

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Com 800 mil km2 de superfície e uma população de 19,5

milhões de habitantes, Moçambique inicia o séc. XXI, com exigências inadiáveis de engajamento de todos os níveis da sociedade e dos vários intervenientes institucionais e parceiros de cooperação, num esforço conjugado de combate à pobreza e desigualdade e de promoção do desenvolvimento económico e social do País. Efectivamente, alcançar estes propósitos, num contexto de interdependência dos objectivos de reconstrução e desenvolvimento com os do crescimento, requer o empenho de todos os sectores, grupos e comunidades da sociedade moçambicana.

Na esfera da governação, esta exigência abrange todos os níveis territoriais e cada uma das instituições públicas, estando a respectiva política do Governo enunciada nos preceitos Constitucionais sobre a Descentralização e a Reforma do Sector Público.

A Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março, ao estabelecer os novos princípios e normas de organização, competências e de funcionamento destes órgãos nos escalões de província, distrito, posto administrativo e localidade, dotou o processo de um novo quadro jurídico que reforça e operacionaliza a importância estratégica da governação local.

Neste contexto, o Distrito é um conceito territorial e administrativo essencial à programação da actividade económica e social e à coordenação das intervenções das instituições nacionais e internacionais. Avaliar o potencial distrital e o seu grau de sustentabilidade, bem como o nível de ajustamento do respectivo aparelho administrativo e técnico às necessidades do desenvolvimento local, é, pois, um passo primordial.

É, neste contexto, que o Ministério da Administração Estatal elaborou e procede à publicação dos Perfis dos 128 Distritos de Moçambique.

Fá-lo, numa abordagem integrada com o processo de fortalecimento da gestão e planificação locais, proporcionando – para cada distrito, no período que medeia 2000 a 2004 – uma avaliação detalhada do grau local de desenvolvimento humano, económico e social.

Estamos certos que este produto, apetrechará as várias Instituições públicas e privadas, nacionais ou internacionais, com um conhecimento de todo o país, que potencia o

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República de Moçambique Ministério da Administração Estatal

Efectivamente, entendemos os Perfis Distritais como um contributo para um processo de gestão que integra, por um lado, os aspectos organizacionais e de competências distritais e, por outro, as questões decorrentes do desenvolvimento e da descentralização nas áreas da planificação e da afectação e gestão dos recursos públicos.

A presidir à definição do seu conteúdo e estrutura, está subjacente a intenção de fortalecer um ambiente de governação:

dominado pela visão estratégica local e participação comunitária;

promotor da gradual implementação de modelos de negócio da administração distrital ajustados às prioridades da região, ao quadro de desconcentração de competências e ao sistema de afectação de recursos públicos; e

integrado em processos de apropriação local na decisão e responsabilização na execução.

Para a sua elaboração, foram preciosos os contributos recebidos de várias instituições ao nível central e local, de que destacamos, todos os Governos Provinciais e Distritais, o Instituto Nacional de Estatística, o Ministério do Plano e Finanças, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde. A todos os intervenientes e, em particular aos Administradores de Distrito, que estas publicações sejam consideradas como um gesto de agradecimento e devolução. Uma menção de apreço, ainda, ao grupo MÉTIER, Consultoria e Desenvolvimento, pela assistência técnica prestada na análise da vasta informação recolhida.

A finalizar, referir que a publicação destes Perfis insere-se num esforço continuado, por parte do Ministério da Administração Estatal e da sua Direcção Nacional de Administração Local, de monitoria do desenvolvimento institucional da administração pública local e do seu gradual ajustamento às exigências do desenvolvimento e crescimento em Moçambique. Entusiasmamos, pois, todas as contribuições e comentários que possam fazer chegar a essa Direcção Nacional, no sentido de melhorar e enriquecer o conteúdo futuro dos Perfis. Maputo, 25 de Setembro de 2005.

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AD Administração Distrital

DDADR Direcção Distrital de Agricultura e Desenvolvimento Rural DDMCAS Direcção Distrital da Mulher e Coordenação da Acção Social DNAL Direcção Nacional da Administração Local

DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento EDM Electricidade de Moçambique

EN Estrada Nacional

IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar INE Instituto Nacional de Estatística

IRDF Inquérito às receitas e despesas das famílias

MADER Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural MAE Ministério da Administração Estatal

MPF Ministério do Plano e Finanças PA Posto Administrativo

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PRM Polícia da República de Moçambique

TDM Telecomunicações de Moçambique

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distrito do Ibo está localizado na parte central da Província de Cabo Delgado, confinando a Norte com o Oceano Índico, a Sul com o distrito de Quissanga, a Este com o Oceano Índico e a Oeste com o distrito de Macomia.

Com uma superfície1 de 54 km2 e uma população recenseada em 1997 de 7.061 habitantes e

estimada, à data de 1/1/2005, em 8.773 habitantes, este distrito tem uma densidade populacional de 162 hab/km2.

A relação de dependência económica potencial é de aproximadamente 1:1.1, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa.

A população é jovem (42%, abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa de masculinidade de 48%) e de matriz semi-urbana (taxa de urbanização de 43%).

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A região apresenta de novo um clima do tipo sub-húmido seco, onde a precipitação média anual varia entre 800 e 1000 mm e a temperatura média durante o período de crescimento das culturas excede os 25ºC (24 a 26ºC). A evapotranspiração potencial é da ordem dos 1400 a 1600 mm.

As planícies costeiras na região são dissecadas por alguns rios que sobem da costa para o interior, que gradualmente passa para um relevo mais dissecado com encostas mais declivosas intermédias, da zona subplanáltica de transição para a zona litoral.

É caracteriza-se pelos seus solos arenosos, lavados a moderadamente lavados, predominantemente amarelos a castanho-acinzentados, quer seja os da cobertura arenosa do interior (Ferralic Arenosols), quer seja os das dunas arenosas costeiras (Haplic Arenosols), e ainda pelos solos da faixa do grés costeiro, de textura arenosa a franco argilo arenosa de côr predominantemente alanrajada (Ferralic Arenosols). Os solos arenosos hidromórficos de depressões e baixas ocorrem alternados com as partes de terreno mais elevadas (Gleyic Arenosols).

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Breve Caracterização do Distrito

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Sendo um distrito insular, Ibo só é acessível por via aérea ou marítima. Existe transporte marítimo de passageiros e mercadorias entre as ilhas e a cidade de Pemba, com uma frequência de duas a três vezes por semana, sendo feito em barcos motorizados e à vela. Existe nas ilha uma pista de aterragem, sendo frequente virem pequenos aviões ao distrito. Em termos de telecomunicações, existem ligações telefónica, por telégrafo e via rádio.

O abastecimento de água potável às populações não parece ser problema no distrito. Existem 96 fontes de água, sendo 46 furos com bombas manuais e 50 poços a céu aberto. O distrito possui 6 escolas (das quais, 5 do ensino primário nível 1), e está servido por 3 unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos serviços do Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente como se conclui dos seguintes índices de cobertura média:

Uma unidade sanitária por cada 3 mil pessoas; Uma cama por 700 habitantes; e

Um profissional técnico para cada 800 residentes no distrito.

Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e manutenção das infra-estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das chuvas, tem problemas de transitibilidade.

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A agricultura é a segunda actividade principal do distrito, a seguir à pesca.

De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.

É dominada pelo sistema de produção baseado na cultura da mandioca, consociada com leguminosas de grão como o feijão nhemba e o amendoim.

O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e algumas infra-estruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.

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Breve Caracterização do Distrito

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Sendo o distrito insular, a pesca é, naturalmente, uma das actividades principais e uma das mais significativas fontes de rendimento das famílias locais. O pescado constitui uma suplemento dietético importante para as famílias.

As árvores mais relevantes do distrito são as espécies de mangal e o coqueiro. Existem também algumas fruteiras, nomeadamente ateiras, goiabeiras, mangueiras, limoeiros, laranjeiras e papaieiras. O produto de árvore mais importante para comercializar é o coco, vendido a comerciantes de Pemba e Montepuez que vêm ao distrito adquiri-lo.

As árvores são importantes para as famílias como fonte de material de construção e de energia. O distrito apresenta já sinais de desflorestamento e de erosão. A fauna bravia, por seu lado, é irrelevante em termos alimentares, turísticos e comerciais. No distrito de Ibo não há animais selvagens de grande porte.

A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.

Os principais mercados com os quais o distrito de Ibo tem ligações são a capital provincial (Pemba), Montepuez, Nampula e a Tanzânia, de onde vêm comerciantes para adquirir os produtos locais, principalmente cocos e peixe.

O comércio informal é o mais activo no distrito, contando com 28 estabelecimentos. O comércio ambulante é uma actividade principalmente dos homens, enquanto que às mulheres está reservado o fabrico e venda de pão e de doces locais.

Existem actualmente apenas 3 lojas, uma moageira, um bar e uma pensão. Além destas, há mais 15 lojas, duas oficinas e três padarias que se encontram encerradas. O distrito conta com 6 complexos turísticos.

Não existe nenhuma instituição bancária a operar no distrito, nem nenhum sistema formal de crédito em condições acessíveis aos operadores locais.

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Ilha do Ibo foi ocupada pelos árabes, a quem se atribui a construção da Fortaleza de São João e dos Fortins existentes na Vila.

Em 1834 chegaram à Ilha os primeiros portugueses, na sua maior parte, professores e funcionários.

A população do Ibo descende dos filhos de escravos e de outra gente livre. Quase todos adoptaram um misto de usos e costumes de origem islâmico/cristã, praticando os costumes da terra, nomeadamente, a magia dos batuques e a forma dos casamentos.

Em 1860, a Administração colonial do Ibo registou uma população de 20.339 habitantes falantes de Kimwani, língua usada pelos povos de Quissanga a Mocímboa da Praia.

O aumento da população Mwani, no Ibo e em todo o litoral de Cabo Delgado deveu-se ao apogeu da expansão comercial estrangeira que remonta a finais do século XVII e princípios do século XVIII, como resultado da proliferação, em larga escala, do tráfego de escravos, para o qual contribuíram as Ilhas do Arquipélago das Quirimbas, sobretudo a Ilha do Ibo e de Quissiva, onde foram montados entrepostos comerciais do chamado negócio negro, assim como à presença massiva dos portugueses entre os séculos XVIII e XIX., depois que a Colónia Ultramarina de Moçambique passou a ser administrada por Portugal através da Companhia Majestática do Niassa.

Em finais do século XIX, os territórios de Cabo delgado passaram a ser directamente administrados pelo Estado colonial.

Actualmente, as populações Mwani estão dispersas por todo o litoral de Cabo Delgado, encontrando-se os maiores núcleos populacionais nos distritos do Ibo, Mocímbia da Praia, Macomia e noutras Ilhas do Arquipélago das Quirimbas.

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História, Política e Sociedade Civil

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Grande parte da população da Ilha do Ibo é constituída por Mwanis, muito embora existam algumas minorias linguísticas como o Makhua e Makonde, cuja presença, porém, não alteram o cariz da língua Kimwani.

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A liderança tradicional é assegurada pelos seguintes representantes do poder ao nível da comunidade:

Régulos e Secretários de Bairros; Chefes de Grupos de Povoações; Chefe da Povoação;

Chingore;

Outras personalidades na comunidade respeitadas e legitimadas pelo seu papel social, cultural, económico e religioso.

Na liderança tradicional existe uma espécie de divisão de trabalho e de funções entre os diferentes líderes das comunidades. Assim, os Secretários têm hoje como função principal a mobilização da comunidade para as tarefas sociais e económicas. Os líderes tradicionais tratam principalmente dos aspectos tradicionais, tais como, cerimónias, ritos e conflitos sociais.

No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias de 1ª e 2ª linhas (régulos, chefes de terras e secretários de bairro), de acordo com as entidades provinciais e distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgação do mesmo em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias e Povoações, tendo sido envolvidas todas as camadas sociais.

Neste contexto, foram legitimados pelas respectivas comunidades e reconhecidos pela autoridade competente 18 Autoridades Comunitárias, sendo 7 Secretários dos Bairros, 6 Régulos e 5 Líderes Religiosos. Com as 8 já reconhecias em 2002, a nível do distrito do Ibo já foram reconhecidas 18 Autoridades Comunitárias.

A relação entre a Administração do Distrito e as Autoridades Comunitárias é positiva e tem contribuído para a solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido

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História, Política e Sociedade Civil

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aos conflitos de terras existentes no distrito e outros que caem no âmbito das suas competências, nomeadamente:

Colaboração na manutenção da Paz e harmonia social;

Articulação com os tribunais comunitários na resolução de conflitos de natureza civil, tomando em conta os usos e costumes locais;

Mobilização e organização das populações para construção e manutenção de fontes de abastecimento de água e aumento da área de produção;

Mobilização das comunidades locais na manutenção das vias de acesso, locais sagrados e construção de latrinas melhoradas;

Educação cívica das comunidades sobre o uso sustentável e gestão de recursos naturais, incluindo a prevenção das queimadas descontroladas e caça ilegal;

Mobilização e organização das populações para o pagamento do Imposto de Reconstrução Nacional;

Mobilização dos pais e encarregados de educação para mandarem os seus filhos à escola, principalmente as raparigas; e

Divulgação das Leis, deliberação dos Órgãos Locais do estado e outras informações úteis à comunidade.

Através dos líderes comunitários, as populações têm-se envolvido na busca de soluções para os problemas existentes, nomeadamente, no combate à criminalidade, em colaboração com a Polícia Comunitária, através da apreensão e denúncia de delinquentes; no combate ao cultivo, consumo e comercialização de estupefacientes (suruma); na abertura de vias de acesso; na confecção de tijolos no âmbito do programa de “comida por trabalho” e na abertura de poços comunitários usando material convencional ou local.

A religião dominante é a Muçulmana, praticada pela maioria da população do distrito. Existem outras crenças no distrito, sendo prática corrente que os representantes das hierarquias religiosa se envolvam, em coordenação com as autoridades distritais, em várias actividades de índole social.

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Demografia ________________________________________________________________________________________________

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O distrito tem uma superfície de 54 km2 e uma população, à data de

1/1/2005, de 9 mil habitantes. Com uma densidade populacional de 162 hab/km2, estima-se que o distrito atinja, em 2010, os 10 mil habitantes.

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Com uma população jovem (42%, abaixo dos 15 anos) e um índice de masculinidade de 48%, a taxa de urbanização do distrito é de 12%, concentrada na Vila do Ibo.

A estrutura etária da população do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1.1, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa.

TABELA 1: População por posto administrativo, idade e sexo, 1/1/2005

Grupos etários TOTAL 0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais DISTRITO DE IBO 8.773 1.249 2.425 3.664 959 476 Homens 4.231 613 1.198 1.754 465 201 Mulheres 4.542 636 1.228 1.910 494 275 P.A. de IBO 5.533 803 1.569 2.166 654 342 Homens 2.595 394 762 993 313 134 Mulheres 2.937 409 808 1.173 340 207 P.A. de QUIRIMBA 3.240 446 856 1.498 306 134 Homens 1.635 219 436 762 152 67 Mulheres 1.605 227 420 737 154 67 Fonte: Estimativa da MÉTIER, na base do INE, Dados do Censo de 1997.

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Das 2.280 famílias do distrito, a maioria é do tipo sociológico alargado (49%), isto é, com um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 3 a 5 membros.

TABELA 2: Agregados, segundo a dimensão e o tipo sociológico

% de agregados, por dimensão Média de pessoas, por agregado 1 - 2 3 - 5 6 e mais TOTAL < 15 anos ≥ 15 anos

33,8% 44,9% 21,3% 3,9 1,6 2,2

Tipo Sociológico de Agregado Familiar Monoparental (1) Nuclear

Unipessoal

Masculino Feminino Com filhos Sem filhos Alargado (2)

15,0% 1,0% 6,9% 18,7% 9,8% 48,6%

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997. 1) Família com um dos pais.

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Demografia

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Na sua maioria casados, após os 12 anos de idade, têm forte crença religiosa, dominada pela religião Muçulmana.

TABELA 3: População, segundo o estado civil e a crença religiosa

Com 12 anos ou mais, por Estado civil Com < 12

anos Total Solteiro Casado ou união Separado/ Divorciado Viuvo

34,9% 65,1% 24,2% 36,3% 2,3% 2,3%

Com Crença Religiosa

Total Muçulmana Católica T. Jeová Zione Outra

100,0% 97,0% 1,2% 0,3% 0,0% 1,5%

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

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Tendo por língua materna dominante o Emakuwa, 76% da população do distrito com 5 ou mais anos de idade não sabem português, sendo o seu conhecimento preferencial nos homens, dada a maior inserção na vida social e escolar e no mercado de trabalho.

TABELA 4: População, consoante o conhecimento de Português

Sabe falar Português Não sabe falar Português

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

DISTRITO DE IBO 24,6% 16,6% 7,9% 75,4% 33,4% 42,0% 5 - 9 anos 0,8% 0,5% 0,3% 17,2% 8,1% 9,1% 10 - 14 anos 3,2% 1,7% 1,5% 11,1% 4,6% 6,5% 15 - 19 anos 3,2% 2,0% 1,2% 7,7% 3,2% 4,5% 20 - 44 anos 14,2% 9,7% 4,5% 23,6% 10,4% 13,2% 45 anos e mais 3,3% 2,8% 0,5% 15,8% 7,0% 8,8%

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

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Com 74% da população analfabeta, predominantemente mulheres, a taxa de escolarização no distrito é baixa. Somente 33% dos habitantes2 frequentam ou já frequentaram a escola.

TABELA 5: População, por condição de alfabetização, 1997

Taxa de analfabetismo

TOTAL Homens Mulheres

DISTRITO DE IBO 74,2% 62,8% 84,8%

5 - 9 97,5% 96,9% 98,1% 10 - 14 77,3% 70,6% 82,7% 15 - 44 63,2% 47,7% 77,4% 45 e mais 78,3% 63,8% 93,6% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

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Habitação e Condições de Vida

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O tipo de habitação modal do distrito é “a palhota, com pavimento de terra batida, tecto de capim ou colmo e paredes de caniço ou paus”.

Em relação a outras utilidades, o padrão dominante é o de famílias “sem rádio e electricidade, dispondo de 3 bicicletas em cada dez famílias, e

vivendo em palhotas sem latrina e água colhida directamente em poços e furos ou nos rios e lagos”.

FIGURA 1: Famílias, por condições básicas de vida

Com Água Ca na liza da Com re tre te ou la trina Com e le ctricida de Com Ra dio

0% 7% 1%

38%

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

TABELA 6: Famílias, tipo de casa e condições básicas de vida

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Moradia ou Casa de Palhota ou TOTAL Apartamento madeira e zinco casa precária CONDIÇÕES BÁSICAS

EXISTENTES

Casas Pessoas Casas Pessoas Casas Pessoas Casas Pessoas Com Água Canalizada 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% Com retrete ou latrina 7% 8% 48% 49% 33% 82% 6% 7% Com electricidade 1% 1% 11% 13% 33% 82% 1% 1% Com Radio 38% 44% 63% 79% 33% 82% 37% 43%

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

No que diz respeito às paredes, pavimento e tecto, o material de construção dominante é, respectivamente o caniço ou paus, a terra batida e o capim ou colmo.

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Habitação e Condições de Vida

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FIGURA 2: Habitações, por tipo de materiais usados

1% 0% 98% 13% 87% 3% 8% 89% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Pare de s de bloco Pare de s de zinco Pare de s de caniço, paus ou outros Chão de m ate rial duráve l Chão de adobe ou te rra batida Te cto de laje Te cto de chapa de zinco Te cto de capim ou colm o

Fonte: Inst tuto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.i

Em particular, no que concerne às fontes de abastecimento de água, verifica-se que na sua maioria a população do distrito é abastecida por poços e furos (80%) ou recorre directamente aos rios ou lagos (5%). Os pequenos sistemas de fontanários e de canalização, na maioria fora de casa, cobrem 14% das habitações, predominantemente na Vila do Ibo.

FIGURA 3: Habitações, segundo a fonte de abastecimento de água

1% 4% 9% 80% 5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Canalizada, dentro de cas a Canalizada, fora de cas a

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Organização Administrativa e Governação

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distrito tem dois Postos Administrativos: Ibo-Sede e Quirimba que, por sua vez, estão subdivididos em 2 Localidades.

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O Governo Distrital, dirigido pelo Administrador de Distrito, está estruturado nos seguintes níveis de direcção e coordenação:

Gabinete do Administrador, Administração e Secretaria; Direcção Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural; Direcção Distrital da Educação;

Direcção Distrital da Saúde;

Direcção Distrital da Cultura, Juventude e Desporto;

Direcção Distrital das Mulher e Coordenação da Acção Social; Delegação do Registo Civil e Notariado;

Comando Distrital da PRM.

Com um total de 22 funcionários (dos quais, 2 são mulheres), apresenta a seguinte distribuição por categorias profissionais:

Técnicos Médios 1

Assistentes Técnicos 4

Operários, Auxiliares Administrativos e Agentes de Serviço 5

Pessoal auxiliar 12

O sistema de governação vigente é baseado no Conselho Executivo. Em resultado da aprovação das Leis 6/78 e 7/78, este substituiu a Câmara Municipal local que era dirigida pelo Administrador do Distrito, por acumulação de funções, por força do artigo 491 da Reforma Administrativa Ultramarina (RAU).

O Conselho Executivo local é um órgão distinto do Aparelho do Estado no escalão correspondente, com as seguintes funções:

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Organização Administrativa e Governação

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Dirigir as tarefas políticas do Estado, bem como as de carácter económico, social e cultural.

Dirigir, coordenar e controlar o funcionamento dos órgãos do Aparelho do Estado. O Conselho Executivo é dirigido por um Presidente, que geralmente por acumulação de funções é o Administrador do Distrito, o qual é nomeado pelo Ministro da Administração Estatal.

Ao nível do distrito o Aparelho do Estado é constituído pela Administração do Distrito e restantes direcções e sectores distritais. O Administrador por sua vez responde perante o Governo Provincial e Central, pelos vários sectores de actividades do Distrito organizados em Direcções e Sectores Distritais.

A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de Quarteirões e Chefes de Blocos.

As instituições do distrito operam com base nas normas de funcionamento dos serviços da Administração Pública, aprovadas pelo Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, do Conselho de Ministros, publicado no Boletim da república n° 41, I Série, Suplemento.

A actividade do governo distrital segue uma abordagem essencialmente empírica e de contacto com a comunidade. Importa que esta prática venha a ser sistematizada em sistemas de planificação e controlo regulares e fiáveis, bem como seja baseada numa visão estratégica que oriente o planeamento anual e faça convergir de forma eficaz os esforços sectoriais.

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O Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, sobre a Reforma do Sector Público, está a ser implementado no distrito. Com efeito, este instrumento foi objecto de estudo pelos funcionários do Estado, de modo a garantir a sua correcta implementação pelos sectores. Neste sentido, foram já emitidos crachás de identificação para os funcionários da Administração do Distrito e das Direcções do Governo Distrital.

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Nesta secção, sem pretender ser exaustivo e transcrever o rol de funções oficiais dos Governos Distritais aprovadas e publicadas oficialmente, focam-se as principais actividades de intervenção pública directa, realizadas no período 2000-2004, que contribuem para o desenvolvimento do distrito.

No essencial a actividade do Governo Distrital centrou-se nos seguintes objectivos e acções: Envolver as populações na busca de soluções para os problemas locais através de diálogo.

Estudar a viabilidade de alocação de equipamento as Administrações Distritais para a manutenção das vias.

Alargar a rede escolar e sanitária e melhorar a qualidade dos serviços prestados. Promover o uso de material local de construção para a edificação de residências do Chefe de Posto Administrativo e outros funcionários do Estado.

Intensificar acções de fornecimento/capacitação técnico-profissional dos Funcionários em particular ao nível Distrital e de Posto Administrativo.

Melhorar os serviços prestados pelas Administrações Distritais tendo em conta que o cidadão constitui a razão da sua existência.

Melhorar o atendimento nas escolas Hospitais, Repartições do Estado, na tramitação do processo de pedidos de terra ,de Bilhetes de Identidade, etc.

Melhorar o sistema de colecta e registo de receitas nas Administrações Distritais. Prestigiar a função de Administrador Distrital.

5.3.1 Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento Rural

Devido à escassez de terra no distrito, determinada pela sua elevada densidade populacional, a pressão sobre os recursos disponíveis é bastante forte. Ainda assim, os únicos conflitos reportados sobre recursos são sobre terras para pastagem.

Os alimentos são adquiridos no próprio distrito e, ainda, nos distritos próximos, nas cidades de Pemba, Montepuez e Nampula, e do outro lado da fronteira, na Tanzânia.

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Organização Administrativa e Governação

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De um modo geral, a agricultura no distrito é praticada em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.

5.3.2 Educação e Saúde

O investimento no sector tem estado a crescer, elevando para 7 o número de escolas em 2003 (5 do ensino primário nível 1, 1 do nível 2), que são frequentadas por cerca de 2 mil estudantes ensinados por 32 professores.

O distrito está dotado de 1 Centro de saúde de nível I, 2 do nível II/III, com um total de 14 camas e 12 técnicos e assistentes de saúde.

O crescimento da rede escolar e de saúde desde 2000 e a melhoria do atendimento do pessoal têm permitido aumentar o acesso da população aos serviços do Sistema Nacional de Educação e da Saúde que, porém, está ainda a um nível bastante insuficiente.

5.3.3 Cultura, Juventude e Desporto

Na área da cultura existem vários grupos que praticam diverso tipo de danças e cânticos típicos de toda a região.

No concernente à juventude, destaca-se a existência de grupos activistas e associações juvenis que de dedicam a motivar boas práticas entre os seus concidadãos.

Têm sido promovidas várias actividades, nomeadamente a participação no II Festival Nacional de Dança Popular, o fomento do associativismo juvenil e de grupos culturais, bem como o apoio ao desenvolvimento das artes plásticas, em particular a escultura.

5.3.4 Mulher e Coordenação da Acção Social

Nesta área o Governo Distrital tem promovido a integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza absoluta, dando prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e portadores do HIV-SIDA, reclusos, tóxico-dependentes, regressados e refugiados.

A acção nesta área tem sido coordenada com as organizações não governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades e de

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direitos entre homem e mulher em todos aspectos de vida social e económica, bem como a integração no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar. Apesar dos esforços desenvolvidos, são ainda bem patentes no distrito os efeitos da pobreza, calamidades naturais e da guerra que assolou Moçambique nas últimas décadas.

5.3.5 Justiça, Ordem e Segurança pública

Registo Civil

Durante o ano de 2003, foram registados 164 assentos de nascimento, emitidas 157 certidões diversas, 70 cédulas pessoais e 4 assentos de óbitos, de que resultou uma receita de 9.010.100,00Mt, contra 9.880.800,00Mt em 2002.

Notariado

Foram feitos 222 reconhecimentos de assinatura presenciais e outros instrumentos notariais que correspondem a 88,8% do planificado, com uma receita de 2.836.500,00Mt, contra 1.760.300,00Mt em 2002.

Em 2003 foi arrecadada uma receita global de 11.846.500,00Mt, contra 11.641.100,00Mt em 2002.

Tribunais Comunitários

Durante o ano de 2003 arrancou o processo de implantação dos Tribunais Comunitários, ao nível do distrito, nos locais onde não existiam e a revitalização dos existentes, onde se fez necessário.

A falta de seminários de capacitação, de manuais orientadores e, especialmente, da Constituição da República foram os maiores obstáculos sentidos durante o processo.

Comando da PRM

Em 2003, a PRM registou 11 delitos, contra 21 em 2002. Os crimes mais frequentes no distrito são contra a propriedade e os furtos qualificados.

Brigada de Investigação Criminal

Durante 2003, a Brigada de Investigação Criminal trabalhou em 11 casos, dos quais apenas um chegou a julgamento no Tribunal Judicial Provincial de Pemba; 3 casos foram

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