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A qualidade da disponibilidade hídrica do reservatório de Cruzeta na região semiárida tropical em evento de seca prolongada

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL

A qualidade da disponibilidade hídrica do reservatório de Cruzeta na região semiárida tropical em evento de seca prolongada

Ingridh Savanna Medeiros Diniz

Natal Novembro de 2017

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Ingridh Savanna Medeiros Diniz

A qualidade da disponibilidade hídrica do reservatório de Cruzeta na região semiárida tropical em evento de seca prolongada

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos exigidos para concluir o curso de Engenharia Ambiental.

Orientadora: Profª. Dra. Vanessa Becker

Natal Novembro de 2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN Sistema de Bibliotecas – SISBI

Catalogação da Publicação na Fonte - Biblioteca Central Zila Mamede

Diniz, Ingridh Savanna Medeiros.

A qualidade da disponibilidade hídrica do reservatório de Cruzeta na região semiárida tropical em evento de seca prolongada / Ingridh Savanna Medeiros Diniz. - Natal, RN, 2017. 23f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia Ambiental.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Vanessa Becker.

1. Recursos hídricos – Monografia. 2. Reservatórios – Monografia. 3. Esgotamento hídrico – Monografia. 4. Seca prolongada – Monografia. 5. Flutuação do nível d'água – Monografia. I. Becker, Vanessa. II. Título.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a minha mãe científica e orientadora Vanessa Becker, pelas oportunidades e aprendizados durante o período em que estivemos juntas. Agradeço imensamente pelo carinho, pela compreensão, pela confiança, pelos conselhos e “puxões de orelha”, e por muito mais coisas que acrescentaram positivamente tanto na minha vida acadêmica, como na minha vida pessoal. Agradeço também pela oportunidade de poder ter participado do projeto MEVEMUC (Monitoramento da Evaporação e Mudanças Climáticas do Rio Grande do Norte), que tem como idealizador o professor Arthur Mattos, que apesar de eu não ter conhecido, tenho grande admiração por tudo que falam ao seu respeito e que inspirou e incentivou a muitos que conheço do projeto. Além disso, agradeço também pela oportunidade de ter continuado a participar do projeto ELISA (Estudos Limnológicos no Semiárido).

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão da bolsa de Iniciação Científica.

Ao LARHISA/UFRN (Laboratório de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte) pelo espaço concedido para a realização da pesquisa para elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso.

A todas as gerações que fizeram parte do MEVEMUC e ELISA, em especial àqueles com os quais convivi: Débora, Neuciano, Maricota, Fabiana, Radmilla, Silvana, Camila, Carlos, Gabi, Herika, Isaac, Jéssica Leite, Jéssica Papera, Raul, André, Daniel e á Lucas Santos por ter me apresentado a toda essa família. Mais do que amigos, vocês são minha família científica. Obrigada por toda amizade, os momentos de descontração, pelos dias e noites no laboratório fazendo análises, pelas pizzas em dobro nas terças-feiras, além de todo aprendizado e trabalho em equipe, feito com muito amor e dedicação.

Aos meus pais, Silma e Itânio, por toda a compreensão que sempre tiveram comigo, pelos conselhos dados, por não medirem esforços para fazer com que eu chegasse até aqui e tivesse uma boa educação.

À meu namorado, Daniel Mousinho, por todo apoio, paciência e compreensão durante a escrita do trabalho.

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Aos meus avós, Dione, Inácio, Vicente e Ozanete muito obrigado por todo amor e carinho que me deram, mas em especial à minha avó Dione que foi a maior incentivadora para que eu nunca desistisse dos meus estudos, e sem dúvidas foi minha maior inspiração, te amo incondicionalmente hoje e sempre.

À Carlos Jr. por todo amor, amizade, concelhos, compreensão, ajudas nos experimentos e estatísticas, de todos os trabalhos desenvolvidos no Projeto.

À Herika Cavalcante pela confecção do mapa de localização da área de estudo da minha pesquisa.

À Celinha (Célia) por toda atenção, amor e carinho dado a mim desde a minha chegada, como também, por todo cuidado e limpeza com as instalações do LARHISA.

Por fim, agradeço a todos os meus familiares e amigos que direta ou indiretamente contribuíram de alguma forma para a realização desse trabalho, pois sozinha eu não chegaria tão longe. Sempre precisamos de pilares que nos sustentem.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 9

2. MATERIAIS E MÉTODOS ... 11

2.1. ÁREA DE ESTUDO ... 11

2.2. AMOSTRAGEM ... 12

2.3. ANÁLISES DE QUALIDADE DE ÁGUA ... 13

3. RESULTADOS ... 14

3.1. CENÁRIO METEOROLÓGICO E HIDROLÓGICO ... 14

3.2. CENÁRIO LIMNOLÓGICO ... 15

4. DISCUSSÃO ... 17

5. CONCLUSÃO ... 20

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RESUMO

Na região semiárida brasileira, muitos reservatórios estão expostos à alta taxa de evaporação e aos efeitos do déficit hídrico, causando significativo decaimento no volume d’água dos reservatórios durante o período de seca prolongada, podendo chegar a volumes tão baixos que acarretam na interrupção da tomada d’água para abastecimento humano. O esgotamento hídrico na região semiárida vem se tornando recorrente em alguns reservatórios, permanecendo secos por meses ou até mesmo anos, causando problemas para o abastecimento humano, dessedentação de animais, além dos prejuízos socioeconômicos. Após um evento de esgotamento hídrico com a renovação das águas, acredita-se que haja melhorias com relação à qualidade da água, obtendo baixos níveis de biomassa algal, maior transparência da água, menor turbidez e baixa concentração de nutrientes. Portanto, o objetivo deste estudo é comparar o antes e depois de ter secado por completo o reservatório, identificando padrões das principais variáveis de qualidade da água em resposta às flutuações do volume do reservatório durante um evento de seca prolongada. O reservatório estudado foi o do município de Cruzeta, Rio Grande do Norte, Brasil. O trabalho foi realizado em dois períodos, marcados por chuvas abaixo da média histórica anual, caracterizando um período de estiagem prolongada. Foram analisadas as variáveis transparência da água, turbidez, condutividade elétrica, pH, sólidos suspensos orgânicos e inorgânicos, fósforo total, fósforo reativo dissolvido e clorofila-a. Os resultados indicaram que após a renovação das águas, houve uma tendência de melhoria da água do reservatório de Cruzeta, mas não apresentou mudanças estatisticamente significativas na maioria das variáveis limnológicas, permanecendo assim, o corpo hídrico, eutrofizado e com elevadas concentrações de nutrientes.

Palavras-chave: Reservatórios; Esgotamento hídrico; Seca prolongada e Flutuação

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ABSTRACT

In the Brazilian semi-arid region, many reservoirs are exposed to high evaporation rates and water deficit effects, causing a significant decrease in their water volume during the extended drought season, achieving to so low volumes that they become no longer sufficient to supply water, thus interrupting the water intake.The water depletion in the semi-arid region is becoming recurrent in some reservoirs, they remain dry for months or even years, causing problems for human consumption, animal feeds, besides to socioeconomic losses. After an event of water depletion, with the renewal of waters, it is believed that there are some improvements related to water quality: low levels of algal biomass, greater water transparency, lower turbidity and low concentration of nutrients.Therefore, the purpose of this study is to compare the before and after the reservoir is completely drought, identifying patterns of major water quality variables in response to reservoir volume fluctuations during a prolonged drought event. The studied reservoir was located at the municipality of Cruzeta, Rio Grande do Norte, Brazil. The work was carried out in two periods marked by rains below the annual historical average, characterizing a period of prolonged drought. The analyzed variables were transparency of the water, turbidity, conductivity, pH, organic and inorganic suspended solids, total phosphorus, dissolved reactive phosphorus and chlorophyll-a.The results indicated that after the renewal of waters, there was a tendency to improve the water quality in the Cruzeta reservoir, but did not present statistically significant changes in most of the limnological variables, thus remaining the water body, eutrophic and with high concentrations of nutrients.

Keywords: Reservoirs; Water depletion; Prolonged drought and water level

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1. INTRODUÇÃO

A eutrofização é caracterizada como um processo natura l de enriquecimento dos ecossistemas aquáticos através do aumento das concentrações de nutrientes, causando mudanças significativas na estrutura e função dos ecossistemas (Dodds et. al., 2009). Todavia, esse enriquecimento de nutrientes pode ocorrer de modo excessivo e de origem antrópica, denominando o processo de eutrofização cultural (Smith & Schindler, 2009; Schindler, 2012). O aumento da urbanização e agricultura intensa, devido ao elevado crescimento populacional, potencializa uma grande entrada de nutrientes para os ecossistemas aquáticos (Smith & Schindler 2009), desse modo, as consequências de alterações do uso da terra não se restringem ao solo, podendo ser estendidas também para os sistemas hídricos, sejam as águas superficiais ou subterrâneas (Mouri, 2015). As concentrações de nutrientes excessivas no corpo hídrico tem origem principalmente de fontes externas, podendo ser pontuais ou difusas (Carpenter et al., 1998). As fontes pontuais, como a descarga de esgoto, são facilmente detectadas e controladas, diferentes das fontes de poluição difusa, como por exemplo, os excrementos de animais e fertilizantes aplicados em uma área de agricultura (Carpenter et al., 1998; Smith et al., 1999; Schindler, 2012). O transporte dos nutrientes das fontes difusas para o corpo hídrico tem seu efeito potencializado com o escoamento superficial da precipitação (Mosley, 2015).

As consequências da eutrofização se dão pela diminuição da transparência da água, depleção de oxigênio, redução da biodiversidade e aumento da biomassa algal, principalmente das espécies potencialmente tóxicas (Smith & Schindler, 2009). Outra consequência é que com pouca profundidade do corpo d’água, o sedimento fica próximo à superfície da água, o que facilita a fertilização interna (Padisák & Reynolds, 2003; Søndergaard et al., 2003).

O fósforo (Rangel et al., 2012; Carneiro et al., 2014), o nitrogênio (Brasil et al., 2015) ou ambos (Elser et al., 1990; Müller & Mitrovic, 2015) são os principais controladores da biomassa algal, além disso, a luz também é responsável pelo controle ascendente das algas (Reynolds, 2006), logo esses fatores podem limitar o crescimento fitoplanctônico quando estão presentes em quantidades escassas. A biomassa algal, mesmo em condições favoráveis, pode ser reduzida pelo aumento

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de sólidos suspensos fixos, gerando uma turbidez inorgânica e ocasionando à baixa disponibilidade de luz (Kang et al., 2013).

A eutrofização tende a se intensificar com as mudanças climáticas devido ao consequente aumento da temperatura em conjunto com a redução da precipitação nos meses secos (Moss et al., 2011). As mudanças climáticas são relevantes no ciclo hidrológico e na disponibilidade de água, pois os eventos hidrológicos extremos sejam eles de seca ou chuvas torrenciais, decorrentes dessas mudanças, precisam ser investigados (Tundisi, 2008). Entretanto, os efeitos dessas mudanças vão variar conforme a localização geográfica, clima da região, uso e ocupação da bacia e as características específicas dos sistemas aquáticos (Jeppesen et al., 2015), enquanto algumas zonas da região tropical são previstas altas precipitações, em outras, como o Nordeste brasileiro, inserido na região semiárida tropical, estão previstas uma diminuição nas precipitações (Roland et al., 2012).

Na região semiárida brasileira, muitos reservatórios estão expostos à alta taxa de evaporação e efeitos do déficit hídrico, causando significativo decaimento no volume dos mesmos durante o período de seca (Barbosa et al., 2012). Essa mudança no volume pode alterar as condições físico-químicas, biológicas e também a qualidade da água do corpo hídrico (Coops et al., 2003; Hart, 2004; Wang et al., 2012; Straškraba & Tundisi, 2013). Estudos prévios mostram que as condições de pouca profundidade dos reservatórios do semiárido estão ligadas a altas concentrações de nutrientes (P, N), condutividade, turbidez e biomassa algal, ocasionando à degradação da qualidade hídrica (Naselli-Flores, 2003; Geraldes & Boavida, 2005; Mac Donagh et al., 2009). Sendo assim, a qualidade da água tende a diminuir enquanto a estação da seca se estende, acarretando sérios danos no suprimento regional de água (Huszar et al., 2000; Costa et al.,2006). Por isso o monitoramento e a gestão ambiental são extremamente relevantes e devem ser constantemente aplicados nessa região.

Após um evento de esgotamento hídrico com a renovação das águas, acredita-se que haja melhorias com relação à qualidade da água, obtendo baixos níveis de biomassa algal, maior transparência da água, menor turbidez e baixa concentração de nutrientes, baseado em estudos anteriores como o de Teferi et al., (2014), que analisou o efeito do período de seca na qualidade da água de 13 reservatórios entre os anos de 2009 e 2011 no norte da Etiópia, na região semiárida, obteve dentre os

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resultados, que os reservatórios que reabasteceram-se, após terem secado completamente, apresentaram uma água com maior transparência, maior cobertura de macrófitas e menores concentrações de nutrientes, se comparado com os reservatórios que não secaram.

Diante do exposto, o objetivo deste estudo é comparar o antes e depois de ter secado por completo o reservatório de Cruzeta, identificando padrões das principais variáveis de qualidade da água em resposta às flutuações do volume do reservatório durante um evento de seca prolongada.

2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. ÁREA DE ESTUDO

O reservatório público do município de Cruzeta (06º24’42’’S; 36º47’23’’W) está localizado dentro da bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu, no semiárido do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro (Figura 1).

O clima é classificado como BSh ou clima semi-árido quente (Alvares et al., 2014) com uma precipitação média de 550 mm.ano-1, caracterizado por um período chuvoso concentrado nos meses de fevereiro a junho, e os demais meses marcados por uma relevante escassez hídrica.

A construção do reservatório de Cruzeta foi no ano de 1929, a partir do barramento do Riacho São José. Segundo dados da SEMARH, o reservatório tem uma capacidade máxima de aproximadamente 23.545.745 m3, profundidade máxima de 15 m, 6,16 km2 de área superficial (Bezerra et al., 2014) . Este reservatório possui múltiplos usos, sendo usufruído para: abastecimento de água (demanda de água voltada a população), dessedentação de animais, irrigação do perímetro irrigado (localizado a jusante do reservatório), pesca e recreação.

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Figure 1: Localização do reservatório de Cruzeta no estado do Rio Grande do Norte, Brasil.

2.2. AMOSTRAGEM

As amostras de água foram coletadas mensalmente de maio de 2016 a agosto de 2017. O estudo foi realizado em dois períodos, determinados pelo antes e depois da secagem completa do reservatório: Período I – Maio a Outubro de 2016 (antes do esgotamento hídrico); Período II – Março a Agosto de 2017 (após o esgotamento hídrico com renovação de águas).

As amostras foram coletadas em uma estação de amostragem próxima à barragem, na parte mais profunda do reservatório e exutório da bacia hidrográfica. Temperatura e oxigênio dissolvido foram medidos in situ, por meio de oxímetro (Lutron DO-5519) a cada meio metro de profundidade. A transparência da água foi medida através do disco de Secchi. As amostras foram integradas de toda a coluna d’água com o auxílio da garrafa de Van Dorn, sendo posteriormente acondicionadas em garrafas de polietileno previamente limpas com HCl 10% e água deionizada, e armazenadas em caixa térmica fria até a chegada ao laboratório, nas quais essas amostras serviram para quantificar turbidez, condutividade, sólidos suspensos, nutrientes e clorofila-a.

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2.3. ANÁLISES DE QUALIDADE DE ÁGUA

Em laboratório, a turbidez foi medida com o auxílio de um turbidímetro (PoliControl AP2000) e a condutividade por um condutivímetro. A partir das amostras de água bruta, o fósforo total (PT) foi analisado pelo método de Colorimetria do ácido ascórbico após oxidação com persulfato de potássio (Valderrama, 1981).

As amostras de água foram filtradas em fibra de vidro com porosidade de 1,2 μm e os filtros foram utilizados para análise de sólidos em suspensão, ortofosfato e clorofila-a. Os sólidos suspensos totais (SST) e inorgânicos (SSI) foram determinados por gravimetria, a partir da secagem dos filtros a 100 ºC durante a noite e a ignição dos filtros a 500 ºC por 3 horas (APHA, 2005). Os sólidos suspensos orgânicos (SSO) foram obtidos por meio da diferença entre os sólidos suspensos totais e os sólidos suspensos inorgânicos (APHA, 2005). O filtrado seguiu a metodologia de Murphy e Riley (1962) para a determinação do fósforo solúvel reativo (FSR), através da reação com reagente composto de molibdato, ácido sulfúrico, ácido ascórbico e antimônio trivalente, por meio do método colorimétrico e medido por espectrofotometria. A clorofila-a (Chla-a) foi extraída com etanol 95% (Jespersen e Christoffersen, 1988) e através do método da Colorimetria foi medida com o auxílio do espectrofotômetro.

2.4. ANÁLISE DE DADOS

Os dados mensais de precipitação foram obtidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). Os valores de precipitação média histórica desde 1963 (49 anos) foram estimados para comparar os valores atuais. Os valores referentes aos volumes do reservatório foram mensalmente obtidos da agência local de gestão das águas (SEMARH) e em seguida convertidos em valores percentuais.

Foi realizada estatística descritiva das variáveis limnológicas e teste-t a fim de verificar diferenças entre os períodos.

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3. RESULTADOS

3.1. CENÁRIO METEOROLÓGICO E HIDROLÓGICO

As precipitações sucedidas durante o período de estudo foram, em geral, abaixo da série histórica obtida (de 50 anos), e em apenas dois meses a chuva ultrapassou os valores esperados de precipitações (Figura 2).

*Período em que o reservatório secou por completo.

Figura 2: Valores das precipitações mensais acumuladas para o período de maio/2016 a agosto/2017 do local de estudo, série histórica de precipitações médias mensais no período compreendido entre 1963 e 2013 (Fonte: EMPARN).

O volume acompanhou a escassez hídrica, de modo a reduzir drasticamente até secar por completo o reservatório, no período de novembro de 2016 a fevereiro de 2017 (Figura 3). Contudo, com as chuvas intensas dos meses de fevereiro e março de 2017 fizeram com que o reservatório voltasse a ter um saldo positivo do volume acumulado (Figura 3). No período de estudo o reservatório teve um volume acumulado máximo de 2,25% (529824 m³) da sua capacidade total (23,5 milhões de m³).

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*Meses que o reservatório estava seco

Figura 3: Volume acumulado (%) do reservatório de Cruzeta, situado no Rio Grande do Norte, entre o período de maio de 2016 e agosto de 2017.

3.2. CENÁRIO LIMNOLÓGICO

No reservatório de Cruzeta, as variáveis de profundidade máxima e transparência da água obtiveram valores semelhantes entre os dois períodos, além da temperatura que também se manteve constante. Contudo as variáveis de condutividade elétrica, turbidez, pH, sólidos inorgânicos, sólidos orgânicos, fósforo total e clorofila-a apresentaram uma tendência a menores valores médios no Período II.

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Tabela 1. Estatística descritiva das variáveis limnológicas no reservatório de Cruzeta no ponto amostral próximo da barragem, durante os períodos I e II. * Diferença Estatisticamente significativa (p<0,05).

Parâmetros RESERVATÓRIO CRUZETA

Período I Período II Teste-t

Zmáx (m) 0,3 - 1,7 (1,2 ± 0,6) 0,5 - 1,5 (1,0 ± 0,4) 0,651 Secchi (m) 0,10 - 0,48 (0,31 ± 0,15) 0,15 - 0,63 (0,32 ± 0,16) 0,928 T (°C) 27,1 - 31,7 (29,8 ± 2,1) 24,5 - 31,0 (28,5 ± 2,6) 0,391 OD (mg L-1) 5,90 - 13,50 (8,22 ± 3,04) 3,30 - 6,50 (5,33 ± 1,39) 0,066 CE (μS cm-1 ) 513,0 - 1582,0 (914,7 ± 409,8) 186,8 - 733,0 (339,0 ± 208,1) 0,012* Turb (NTU) 21,5 - 992,0 (218,2 ± 381,9) 16,1 - 62,0 (39,4 ± 17,5) 0,199 pH 7,8 - 8,9 (8,2 ± 0,4) 7,2 - 8,4 (7,7 ± 0,5) 0,074 SSI (mg L-1) 1,0 - 377,8 (85,2 ± 146,7) 3,5 - 26,0 (14,8 ± 8,3) 0,699 SSO (mg L-1) 7,0 - 572,2 (115,8 ± 224,3) 3,5 - 22,5 (13,8 ± 7,0) 0,919 PT (μg L-1 ) 176,67 - 780,80 (479,29 ± 228,12) 184,50 - 542,83 (356,08 ± 164,76) 0,375 FSR (μg L-1 ) 57,71 - 264,67 (151,81 ± 69,87) 61,43 - 452,67 (209,16 ± 151,70) 0,652 Chla (μg L-1 ) 33,57 - 1206,04 (264,10 ± 464,65) 17,39 -122,30 (41,26 ± 41,15) 0,065

Variáveis: Zmáx = profundidade máxima; Secchi = transparência da água; CE = condutividade elétrica; Turb = Turbidez; SSI = sólidos suspensos inorgânicos; SSO = sólidos suspensos orgânicos; PT = fósforo total; FSR = fósforo solúvel reativo; Chla = Clorofila a.

As concentrações de sólidos suspensos orgânicos (SSO) e inorgânicos (SSI) reduziram consideravelmente, apresentando então valores superiores no período I, chegando á média 115,8 mg.L-1 de SSO e 85,2 mg.L-1 de SSI, enquanto que no período II, reduziram para 13,8 mg.L-1 de SSO e 14,8 mg.L-1 de SSI (Figura 4 B).

As concentrações de fósforo total (PT) foram maiores no Período I, com uma média de 479,29 μg L-1, contudo os valores médios da variável de fósforo solúvel reativo (FSR) foram maiores no Período II, chegando á média de 209,16 μg L-1 (Figura 4 C). A clorofila-a e turbidez seguiram o mesmo padrão do fósforo total e dos sólidos orgânicos e inorgânicos, portanto obtiveram menores valores médios no

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período II ( Figura 4 D e A ), tendo uma máxima chegando a 1206,04 μg L-1 no período I e reduzindo para 122,30 μg L-1

no período II de clorofila a (Figura 4 D).

Figura 4: Boxplots para os Períodos I e II das variáveis limnológicas no reservatório de Cruzeta, sendo estas variáveis: (A) turbidez ; (B) sólidos suspensos inorgânicos (SSI) e sólidos suspensos orgânicos (SSO); (C) fósforo total (PT) e fósforo solúvel reativo (FSR) e (D) clorofila-a .

4. DISCUSSÃO

A vulnerabilidade de lagos naturais e artificiais está cada vez mais alta com relação às ações dos eventos extremos, dentre eles a seca severa que influencia nas variações dos níveis d’água e ocasionam alterações nas características físicas, químicas e biológicas dos sistemas (Moss et al., 2011; Jeppesen et al., 2015).

O período de escassez hídrica causa a redução do nível d’água, que associado com as características intrínsecas da região semiárida, como altas temperaturas, elevada taxa de evaporação e o alto tempo de residência da água, intensifica a acumulação das concentrações de nutrientes, e o aumento dos valores de condutividade e salinidade, intensificam a eutrofização do sistema (Barbosa et al., 2012; Jeppesen et al., 2015).

O evento de seca prolongada afetou diretamente o volume do reservatório de Cruzeta, que chegou a secar completamente o reservatório por um período de quatro meses (Novembro de 2016 a Fevereiro de 2017). O longo tempo de

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residência da água (sem renovação) torna esses sistemas altamente vulneráveis à eutrofização e sedimentação, devido à alta entrada e retenção de nutrientes e sedimentos da bacia (Jeppesen et al., 2015), o que explica a situação em que se encontrava o reservatório antes do esgotamento hídrico, com elevadas concentrações de nutrientes, elevada condutividade elétrica, turbidez e biomassa algal.

O trabalho realizado por Teferi et al., (2014), que analisou o efeito do período de seca na qualidade da água de 13 reservatórios na região semiárida da Etiópia, obteve dentre os resultados, que os reservatórios que reabasteceram-se, após terem secado completamente, a água ficou com maior transparência, maior cobertura de macrófitas e menores concentrações de nutrientes, se comparado com os reservatórios que não secaram. Portanto, esperava-se que a água do reservatório Cruzeta melhorasse a qualidade com as novas águas após o período de esgotamento.

Os resultados do presente estudo mostraram que a água do reservatório Cruzeta obteve uma tendência de menores concentrações de nutrientes e clorofila-a, contudo não apresentou mudanças estatisticamente significativas nas variáveis limnológicas entre os Períodos I e II (antes e após a secagem completa), exceto com relação à condutividade elétrica, que obteve uma diferença estatisticamente significativa entre os períodos analisados, já que como as baixas precipitações antes de secar o reservatório, acarretou mudanças nas condições químicas do corpo hídrico, com a redução no armazenamento de água, a condutividade elétrica média estava elevada, aumentando o risco de salinização, mas com as novas águas a condutividade diminuiu substancialmente.

Portanto baseando-se nos resultados do trabalho de Teferi et al., (2014), que revelam que os reservatórios que secaram consecutivamente dois períodos apresentaram melhoras ambientais mais evidentes no período após o esgotamento hídrico, e levando em consideração que o reservatório de Cruzeta secou completamente apenas uma vez, onde os resultados apresentaram-se como uma tendência de melhora da qualidade da água, tem-se então o aumento da probabilidade de que haja uma melhora mais marcante na qualidade da água quando o reservatório secar completamente da próxima vez e houver a renovação das águas.

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Para minimizar os efeitos do processo de eutrofização, a atenção deveria ser voltada para a redução do carreamento externo de nutrientes e sedimentos para os reservatórios, através de mudanças no manejo da terra e nas práticas agrícolas, incluindo medidas para reduzir a erosão do solo, a aplicação de fertilizantes de acordo com a capacidade de retenção de solo e as necessidades do cultivo, um uso e ocupação menos intensivo em bacias hidrográficas e a recuperação da vegetação ripária, como função de amortecimento das transferências de nutrientes para as águas dos corpos. As medidas com relação ao reservatório podem incluir remoção de sedimentos (dragagem), coberturas de sedimentos (tratamento químico do sedimento) ou biomanipulação (Hansson et al., 1998; Søndergaard et al., 2007; Jeppesen et al., 2012; Jeppesen et al., 2015; Spears et al., 2013 ).

Portanto como não foi efetuado um plano para diminuição da entrada de nutrientes, bem como a retirada do sedimento do fundo do reservatório pelo método de dragagem, quando as novas águas chegaram, houve este somatório das concentrações de nutrientes de lavagem do solo da bacia hidrográfica, devido às chuvas torrenciais em curto período de tempo, mais o que ficou retido no sedimento que a depender das condições do sistema aquático pode ressuspender para coluna d’água, favorecendo então o processo de eutrofização do corpo hídrico.

Segundo o estudo de Brasil (2015) direcionado para este ponto também, mostra que a seca aumenta o risco de salinização, agravando os sintomas da eutrofização e aumentando a intensidade das florações de cianobactérias, principalmente as formas filamentosas potencialmente fixadoras de N2, onde os resultados implicavam que no futuro o clima mais quente e seco, previsto para a região semiárida do nordeste brasileiro, reduzirá a quantidade de água e a qualidade dos lagos artificiais, concluindo que é necessária uma redução mais eficaz do carregamento de nutrientes externos para gerenciar a qualidade da água desses ecossistemas aquáticos.

Então, apesar de ter uma tendência de menores concentrações de nutrientes, sólidos suspensos, clorofila-a e turbidez, o sistema do reservatório de Cruzeta permaneceu com a mesma qualidade no período após a renovação das águas.

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5. CONCLUSÃO

A qualidade da água do reservatório de Cruzeta apresentou uma tendência de menores concentrações de nutrientes e clorofila-a no período após a renovação das águas, contudo, o fato de os resultados entre os períodos não diferirem estatisticamente indica que fatores como, por exemplo, a falta de manejo da bacia de drenagem e do sedimento, influenciaram negativamente na qualidade das águas do período após o esgotamento hídrico.

REFERÊNCIAS

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