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P R O V A O B J E T I V A E P L P 1 º S E M E S T R E D E EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA 1º SEMESTRE DE 2021

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P R O V A O B J E T I V A

E P L P 1 º S E M E S T R E D E 2 0 2 1

30 DE MAIO DE 202 1

EXAME DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA

1º SEMESTRE DE 2021

P O N T I F Í C I A U N I V E R S I D A D E C A T Ó L I C A D O P A R A N Á

P R O C E S S O S E L E T I V O E D I T A L N . º 0 6 / 2 0 2 1

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1. Leia a seguir.

RESUMO

ESTE ARTIGO baseia-se no emprego de um conceito central do discurso ambientalista – o de sustentabilidade ecoló- gica – para construir um quadro analítico da diversidade socioambiental da Amazônia contemporânea. O exercício con- siste em um ordenamento geral de categorias sociais segundo seu comportamento ambiental. Este é o ponto de parti- da para uma análise dos fundamentos históricos, econômicos e culturais da sustentabilidade ecológica atribuída a cada segmento social. A análise mostra a complexidade da interação entre múltiplos fatores que explicam o comportamento ecológico particular de cada um dos seguintes segmentos sociais considerados: a) povos indígenas de comércio espo- rádico, b) povos indígenas de comércio recorrente, c) povos indígenas dependentes da produção mercantil, d) peque- nos produtores "tradicionais", e) latifúndios "tradicionais", f) latifúndios recentes, g) migrantes/ fronteira, h) grandes pro- jetos e i) exploradores itinerantes. Com este exercício, alguns estereótipos consagrados são contrariados, como aque- les que relacionam baixa sustentabilidade ecológica com pobreza, ou alta sustentabilidade ecológica com identidade indígena. Concluímos mostrando a importância de prosseguir com análises de amplo espectro para entender a diversi- dade socioambiental da Amazônia.

Palavras-chave: Amazônia; sustentabilidade ecológica; diversidade socioambiental; comportamento ecológico.

Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142005000200004. Acesso em 12/05/2021. Estudos Avançados

Print version ISSN 0103-4014On-line version ISSN 1806-9592 Estud. av. vol.19 no.54 São Paulo May/Aug. 2005

https://doi.org/10.1590/S0103-40142005000200004 DOSSIÊ AMAZÔNIA BRASILEIRA II

Amazônia socioambiental. Sustentabilidade ecológica e diversidade social.

Deborah Lima; Jorge Pozzobon.

O resumo, ou abstract, é um pequeno texto, constituído de parágrafo único, que fornece informações concisas e rele- vantes sobre o tema a ser abordado no trabalho acadêmico.

Em relação ao resumo do trabalho “Amazônia socioambiental. Sustentabilidade ecológica e diversidade social.”, é CORRETO afirmar:

I. Trata-se da síntese de um artigo que se embasa no emprego do conceito de sustentabilidade ecológica, a fim de analisar a diversidade socioambiental da Amazônia contemporânea.

II. A pesquisa analisa a complexidade da interação entre diversos fatores, os quais explicitam o comportamento eco- lógico de 8 segmentos sociais considerados.

III. A análise confirma estereótipos consagrados socialmente, como os que relacionam baixa sustentabilidade ecológi- ca com pobreza.

Somente I e II estão corretas.

Somente II e III estão corretas.

Somente I e III estão corretas.

Somente I está correta.

Somente II está correta.

2. Em relação à função e aos usos do resumo (abstract), é CORRETO afirmar:

Trata-se de uma síntese do artigo ou trabalho acadêmico, a qual o antecede, a fim de informar antecipadamente ao leitor o tema a ser abordado, o objetivo da pesquisa, a metodologia e a análise, além dos resultados alcançados até o momento atual da pesquisa.

Trata-se de um depoimento do(s) autor(es) do trabalho acadêmico, que precisam justificar à sociedade os recursos empregados em sua pesquisa, bem como apresentar uma prestação de contas aos órgãos governamentais de in- centivo à pesquisa.

Trata-se de um relato oral de experiências científicas, em que são detalhadas todas as etapas da pesquisa realiza- da nas universidades e/ou nos laboratórios experimentais.

Trata-se de um seminário de divulgação científica, tanto de pesquisas avançadas quanto de experimentos em fase inicial.

Trata-se de um gênero de texto com as mesmas funções da sinopse de filmes e livros, pois ambos circulam no ambiente acadêmico.

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3. Leia o trecho a seguir, que aborda desenvolvimento sustentável e tipos de recursos naturais, e responda à questão.

O desenvolvimento sustentável é um conceito elaborado para fazer referência ao meio ambiente e à conservação dos recursos naturais. Entende-se por desenvolvimento sustentável a capacidade de utilizar os recursos e os bens da natu- reza sem comprometer a disponibilidade desses elementos para as gerações futuras. Isso significa adotar um padrão de consumo e de aproveitamento das matérias-primas extraídas da natureza de modo a não afetar o futuro da humani- dade, aliando desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental.

Sabemos que existem os recursos naturais não renováveis, ou seja, aqueles que não podem renovar-se naturalmente ou pela intervenção humana, tais como o petróleo e os minérios; e que também existem os recursos naturais renová- veis. No entanto, é errôneo pensar que esses últimos sejam inesgotáveis, pois o seu uso indevido poderá extinguir a sua disponibilidade na natureza, com exceção dos ventos e da luz solar, que não são diretamente afetados pelas práti- cas de exploração econômica.

Site Brasil Escola. Seção Geografia. Espaço e Meio Ambiente.

Disponível em https://brasilescola.uol.com.br/geografia/desenvolvimento-sustentavel.htm Acesso em 15/5/2021. Texto adaptado.

Em relação aos termos e conceitos apresentados no texto, assinale a alternativa CORRETA:

O desenvolvimento sustentável refere-se ao meio ambiente e à conservação dos recursos naturais, isto é, à utiliza- ção desses recursos e bens naturais, preservando a sua disponibilidade para futuras gerações.

No texto, os recursos naturais são subdivididos em dois grupos: renováveis e não renováveis. O petróleo e os mi- nérios são exemplos do primeiro grupo.

Os recursos naturais renováveis, por serem inesgotáveis, são utilizados pela humanidade sem a consciência ne- cessária sobre a sustentabilidade ambiental.

Conforme o texto, ventos e luz solar não são diretamente afetados pelas práticas de exploração econômica, por esse motivo são esgotáveis.

Segundo o texto, o desenvolvimento sustentável relaciona-se à adoção de um padrão de consumo que privilegie o desenvolvimento econômico em detrimento da responsabilidade ambiental.

4. Muitas pessoas, antes de adquirirem obras, procuram informações sobre elas. Os periódicos científicos, por sua vez, publicam textos que fornecem essas informações, como no caso do fragmento abaixo.

Gestão ambiental empresarial, de autoria do professor e pesquisador José Carlos Barbieri, da FGV-EAESP, busca res- ponder aos novos desafios da gestão do relacionamento entre empresas e meio ambiente. [...]

Recomendamos a leitura desta obra por ao menos duas razões. Em primeiro lugar, porque a obra amplia a visão cor- rente sobre o tema. De acordo com o professor Barbieri, a questão ambiental não deve ser vista, exclusivamente, a partir de uma “perspectiva legalista”, centrada na determinação de como bens e serviços devem ser produzidos. Tam- pouco sugere que o meio ambiente possa ser protegido apenas com um apreço romântico pelo espaço natural, típico nas abordagens naturalistas de caráter sentimentalista. Ao contrário, a obra sugere que dificilmente seremos capazes de superar os problemas ambientais que ameaçam o planeta sem uma conscientização efetiva dos líderes empresari- ais. Tais líderes devem ser sensibilizados para as questões ambientais diretamente relacionadas aos negócios e para a necessidade de formação de parcerias com agentes sociais interessados.

HELOANI, Roberto. Sustentabilidade e bons negócios. GV Executivo. Vol.4, nº1, fev. /abr., 2005, pp.92-93.

Sobre esse trecho, é possível deduzir que seu propósito é:

I. recomendar a obra sem restrições.

II. recomendar a obra com restrições.

III. avaliar a obra como um todo.

A alternativa CORRETA em relação às afirmações anteriores é Somente I e III estão corretas.

Somente I está correta.

Somente II está correta.

Somente II e III estão corretas.

Somente III está correta.

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5. As frases abaixo foram extraídas do texto Sustentabilidade e bons negócios, de Roberto Heloani, referindo-se ao livro Gestão ambiental empresarial, de autoria de José Carlos Barbieri. Cada alternativa possui períodos com verbos de di- zer, EXCETO:

De acordo com o professor Barbieri, a questão ambiental não deve ser vista, exclusivamente, a partir de uma

“perspectiva legalista”, centrada na determinação de como bens e serviços devem ser produzidos.

O livro conceitua cuidadosamente gestão ambiental empresarial e discute como as empresas podem desenvolver programas e práticas voltados para a proteção efetiva do meio ambiente.

O autor argumenta que esses problemas só serão resolvidos com a criação de instrumentos focados no desenvol- vimento sustentável, tema que é tratado em seguida, no terceiro capítulo – Políticas públicas e ambientais.

Nesse ponto do livro, o professor Barbieri apresenta e analisa modelos de gestão ambiental criados para lidar com os principais problemas ambientais em foco.

O autor cita os modelos de “Produção Mais Limpa” (P + L), “Ecologia Industrial”, “Simbiose Industrial”, “Ecoeficiên- cia” e até mesmo o ambicioso modelo da “Gestão da Qualidade Ambiental Total”.

O texto a seguir é um trecho da reportagem “A floresta da chuva: a Amazônia leva umidade para as demais regiões do Brasil e até outros continentes”, de Marcos Pivetta. Este texto serve de base às questões 6, 7 e 8, bem como para ela- boração do resumo solicitado.

Além de ser detentora de cerca de 15% de toda a biodiversidade do planeta, uma razão em si suficiente para preservá- la, a Amazônia desempenha vários papéis fundamentais para a química atmosférica em nível regional, continental e até global. “A floresta é uma grande fonte de vapor d’água não só para a região Norte como para o Centro-Sul do país e a bacia do Prata”, comenta o físico Paulo Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP). “Atua fortemente para regular o clima em diferentes escalas, inclusive remotamente.” Se for para recorrer a uma metáfora, a Amazônia seria o ar-condicionado do planeta, espalhando frescor e umidade — em outras palavras, chuva — sobre si mesma e demais partes do globo. Não é força de expressão a língua inglesa chamar a Amazônia e outras matas úmi- das tropicais de rainforests, literalmente florestas da chuva. Nesses pontos do planeta, há coberturas vegetais densas e exuberantes porque chove de forma quase contínua e muito, entre 2 mil e 4.500 milímetros (mm) por ano.

A umidade que chega à imensa bacia amazônica é trazida por ventos que sopram do oceano Atlântico tropical em dire- ção ao continente. Esse vapor d’água gera chuva sobre a floresta. Em um primeiro momento, a vegetação e o solo ab- sorvem a água. Em um segundo, ocorre o fenômeno conhecido como evapotranspiração: parte da chuva evapora dos solos e as plantas transpiram. Essas ações devolvem uma grande fração da umidade inicial à atmosfera, que produz mais pluviosidade sobre a mata. Essa interação gera um ciclo perene muito eficiente de reaproveitamento da água. Por isso, os pesquisadores dizem que a Amazônia processa parte de sua própria chuva. Mas nem todo esse vapor d’água permanece estacionado sobre a floresta. Ao ser devolvida à atmosfera, uma parte dessa umidade gera correntes aé- reas que transportam chuva para o centro-sul do continente. São os famosos rios voadores. Diariamente, esses rios aéreos transportam cerca de 20 bilhões de toneladas de água, 3 bilhões de toneladas a mais do que o rio Amazonas, o de maior volume de água do mundo, despeja cotidianamente no Atlântico.

O desmatamento e a possível fragmentação da floresta tropical podem comprometer sua capacidade de enviar vapor d’água para o Brasil Central e o Sul do continente. “A Amazônia é uma área predominantemente plana e contínua, que, nos modelos climáticos, consideramos como um bloco, uma entidade em si”, explica o climatologista José Marengo, chefe do setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). “Mudanças significativas em sua cobertura vegetal alteram o sistema de circulação atmosférica e podem ter repercussões sobre o regime de chuvas em lugares distantes. Podem dar origem a eventos extremos, como a diminuição do total de pluviosidade ou sua concentração em pouco dias.” Fora da região Norte, o efeito umidificador da Amazônia é sentido de forma mais evidente no Sudeste, na Bacia do Prata e no Centro-Oeste, cujas atividades agropecuárias se beneficiam de uma re- dução de temperatura causada por ventos amenos vindos da floresta.

PIVETTA, Marcos. A floresta da chuva: a Amazônia leva umidade para as demais regiões do Brasil e até outros continentes.

Pesquisa Fapesp, ano 20, n. 285. p. 18-23, nov. 2019.

6. Leia os itens e verifique qual(is) justifica(m) o título da reportagem: “A floresta da chuva: a Amazônia leva umidade para as demais regiões do Brasil e até outros continentes”.

I. “A floresta é uma grande fonte de vapor d’água não só para a região Norte como para o Centro-Sul do país e a ba- cia do Prata”

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II. “...Amazônia processa parte de sua própria chuva. Mas nem todo esse vapor d’água permanece estacionado sobre a floresta. Ao ser devolvida à atmosfera, uma parte dessa umidade gera correntes aéreas que transportam chuva para o centro-sul do continente.

III. Fora da região Norte, o efeito umidificador da Amazônia é sentido de forma mais evidente no Sudeste, na Bacia do Prata e no Centro-Oeste, cujas atividades agropecuárias se beneficiam de uma redução de temperatura causada por ventos amenos vindos da floresta.

Assinale a alternativa CORRETA:

I, II e III estão corretas.

Somente a III está correta.

Somente a II está correta.

Somente I e II estão corretas.

Somente II e III estão corretas.

7. Leia o excerto do segundo parágrafo do texto e assinale a alternativa que apresenta a interpretação CORRETA dele:

Essa interação gera um ciclo perene muito eficiente de reaproveitamento da água. Por isso, os pesquisadores dizem que a Amazônia processa parte de sua própria chuva. Mas nem todo esse vapor d’água permanece estacionado sobre a floresta. Ao ser devolvida à atmosfera, uma parte dessa umidade gera correntes aéreas que transportam chuva para o centro-sul do continente. São os famosos rios voadores. Diariamente, esses rios aéreos transportam cerca de 20 bi- lhões de toneladas de água, 3 bilhões de toneladas a mais do que o rio Amazonas, o de maior volume de água do mundo, despeja cotidianamente no Atlântico.

As correntes aéreas transportam chuva, formando rios voadores que conduzem bilhões de toneladas de água, uma quantidade maior do que o volume do rio Amazonas.

Os rios aéreos transportam chuvas cujo volume de água equivale ao do rio Amazonas.

As correntes aéreas que transportam chuva para o centro-sul do continente são formadas por todo o vapor d’água produzido pela Amazônia.

Os rios aéreos transportam chuvas cuja quantidade de água é menor do que o volume de água do rio Amazonas.

Os rios voadores são formados por toneladas de água que evaporam do rio Amazonas.

Leia a seguir.

Texto 1

A umidade que chega à imensa bacia amazônica é trazida por ventos que sopram do oceano Atlântico tropical em dire- ção ao continente. Esse vapor d’água gera chuva sobre a floresta. Em um primeiro momento, a vegetação e o solo ab- sorvem a água. Em um segundo, ocorre o fenômeno conhecido como evapotranspiração: parte da chuva evapora dos solos e as plantas transpiram. Essas ações devolvem uma grande fração da umidade inicial à atmosfera, que produz mais pluviosidade sobre a mata. Essa interação gera um ciclo perene muito eficiente de reaproveitamento da água. Por isso, os pesquisadores dizem que a Amazônia processa parte de sua própria chuva. Mas nem todo esse vapor d’água permanece estacionado sobre a floresta. Ao ser devolvida à atmosfera, uma parte dessa umidade gera correntes aé- reas que transportam chuva para o centro-sul do continente. São os famosos rios voadores. Diariamente, esses rios aéreos transportam cerca de 20 bilhões de toneladas de água, 3 bilhões de toneladas a mais do que o rio Amazonas, o de maior volume de água do mundo, despeja cotidianamente no Atlântico.

PIVETTA, Marcos. A floresta da chuva: a Amazônia leva umidade para as demais regiões do Brasil e até outros continentes.

Pesquisa Fapesp, ano 20, n. 285. p. 18-23, nov. 2019.

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Texto 2

Disponível em: https://www.google.com/search?q=armandinho+e+floresta+amaz%C3%B4nica Acesso em 16 de maio de 2021.

8. Com base nos textos lidos, considere as seguintes afirmações:

I. Pode-se afirmar haver uma relação intertextual entre os dois textos, já que ambos tratam da chuva produzida pela floresta amazônica.

II. No texto 1, o trecho “correntes aéreas que transportam chuva” e, no texto 2, o trecho “As massas de ar com vapor d’água são transportadas pelos ventos” explicam o que são os “rios voadores”.

III. O termo “evapotranspiração” tem seu significado explicado no texto 1, mas não no texto 2.

Está(ão) CORRETA(S):

I, II e III;

Somente I e III;

Somente I e II;

Somente II, III;

Somente III.

O parágrafo que segue é um excerto do texto “As duas Amazônias”, de Marcos Pivetta, publicado na revista FAPESP, e serve de base para as questões 9 e 10.

9. O clima está mudando na maior floresta tropical do planeta — a Amazônia. No Brasil, a floresta abriga área equivalente à metade do território nacional, onde chove pelo menos 2 mil milímetros (mm) por ano e a temperatura média atinge 27 ºC. Com cerca de 20% de sua área original de floresta desmatada, boa parte dessa região dá sinais de que está se tornando mais quente e mais seca. Esses efeitos são mais sentidos nas porções que sofreram desmatamento e em suas vizinhanças, concentradas, mas não restritas, às bordas sudoeste, sul e leste. Naturalmente mais úmido e mais preservado, talvez por ser de acesso difícil, o noroeste da Amazônia resiste ainda relativamente bem às pressões natu- rais e às ações do homem.

PIVETTA, Marcos. As duas Amazônias. Pesquisa Fapesp, ano 20, n. 285. p. 24-27, nov. 2019.

Com base no parágrafo lido, assinale a afirmação CORRETA:

I. Equivalente à metade do território brasileiro, a floresta amazônica tem sofrido alterações no clima .

II. Os efeitos de aquecimento e seca em boa parte da Amazônia, concentrados nas bordas sudoeste, sul e leste, não atingem outras partes da floresta.

III. Não só as ações humanas mas também as pressões naturais podem ser as causadoras do aumento do efeito estu- fa ligado ao desmatamento.

Está(ão) CORRETA(S):

Somente I;

Somente I e III;

Somente I e II;

Somente II, III;

Somente III.

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10. O uso de determinadas palavras ou expressões, chamadas de conectivos ou elementos coesivos, constitui uma estra- tégia linguística que nos orienta a estabelecer relações de sentido em um texto.

Com base no texto da questão 9, observe as relações de sentido estabelecidas pelos conectivos indicados no texto e assinale a opção CORRETA:

O clima está mudando na maior floresta tropical do planeta — a Amazônia. No Brasil, a floresta abriga área equivalente à metade do território nacional, onde chove pelo menos 2 mil milímetros (mm) por ano e a temperatura média atinge 27 ºC. Esses efeitos são mais sentidos nas porções que sofreram desmatamento e em suas vizinhanças, concentradas, mas não restritas, às bordas sudoeste, sul e leste. Naturalmente mais úmido e mais preservado, talvez por ser de acesso difícil, o noroeste da Amazônia resiste ainda relativamente bem às pressões naturais e às ações do homem.

PIVETTA, Marcos. As duas Amazônias. Pesquisa Fapesp, ano 20, n. 285. p. 24-27, nov. 2019.

“Onde” poderia ser substituído por “na qual” sem prejuízo de sentido.

“Mas” tem valor semântico de “consequência”.

“Onde” refere-se a “no Brasil”.

“Ainda” poderia ser substituído por “além disso”, mantendo as relações de sentido.

“Mas” poderia ser substituído por “portanto”, mantendo as relações de sentido.

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PRODUÇÃO DE TEXTO

PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE RESUMO

Leia o excerto da reportagem que segue e apresente um resumo dele entre 10 e 15 linhas.

Para o planejamento do resumo, procure identificar as seguintes informações no texto-fonte:

- tema abordado;

- as principais informações;

Lembre-se de que em resumos:

- é preciso fazer menção à autoria e/ou à fonte;

- não se usa título;

- não se emitem opiniões;

- não se faz cópia de segmentos.

O fragmento apresentado para a escrita do resumo é trecho da reportagem “A floresta da chuva: a Amazônia leva umidade para as demais regiões do Brasil e até outros continentes”, de Marcos Pivetta.

Além de ser detentora de cerca de 15% de toda a biodiversidade do planeta, uma razão em si suficiente para pre- servá-la, a Amazônia desempenha vários papéis fundamentais para a química atmosférica em nível regional, continental e até global. “A floresta é uma grande fonte de vapor d’água não só para a região Norte como para o Centro-Sul do país e a bacia do Prata”, comenta o físico Paulo Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP). “Atua forte- mente para regular o clima em diferentes escalas, inclusive remotamente.” Se for para recorrer a uma metáfora, a Amazô- nia seria o ar-condicionado do planeta, espalhando frescor e umidade — em outras palavras, chuva — sobre si mesma e demais partes do globo. Não é força de expressão a língua inglesa chamar a Amazônia e outras matas úmidas tropicais de rainforests, literalmente florestas da chuva. Nesses pontos do planeta, há coberturas vegetais densas e exuberantes por- que chove de forma quase contínua e muito, entre 2 mil e 4.500 milímetros (mm) por ano.

A umidade que chega à imensa bacia amazônica é trazida por ventos que sopram do oceano Atlântico tropical em direção ao continente. Esse vapor d’água gera chuva sobre a floresta. Em um primeiro momento, a vegetação e o solo absorvem a água. Em um segundo, ocorre o fenômeno conhecido como evapotranspiração: parte da chuva evapora dos solos e as plantas transpiram. Essas ações devolvem uma grande fração da umidade inicial à atmosfera, que produz mais pluviosidade sobre a mata. Essa interação gera um ciclo perene muito eficiente de reaproveitamento da água. Por isso, os pesquisadores dizem que a Amazônia processa parte de sua própria chuva. Mas nem todo esse vapor d’água permanece estacionado sobre a floresta. Ao ser devolvida à atmosfera, uma parte dessa umidade gera correntes aéreas que transpor- tam chuva para o centro-sul do continente. São os famosos rios voadores. Diariamente, esses rios aéreos transportam cerca de 20 bilhões de toneladas de água, 3 bilhões de toneladas a mais do que o rio Amazonas, o de maior volume de água do mundo, despeja cotidianamente no Atlântico.

O desmatamento e a possível fragmentação da floresta tropical podem comprometer sua capacidade de enviar va- por d’água para o Brasil Central e o Sul do continente. “A Amazônia é uma área predominantemente plana e contínua, que, nos modelos climáticos, consideramos como um bloco, uma entidade em si”, explica o climatologista José Marengo, chefe do setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cema- den), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). “Mudanças significativas em sua cobertura vegetal alteram o sistema de circulação atmosférica e podem ter repercussões sobre o regime de chuvas em lugares distantes. Podem dar origem a eventos extremos, como a diminuição do total de pluviosidade ou sua concentração em pouco dias.” Fora da região Norte, o efeito umidificador da Amazônia é sentido de forma mais evidente no Sudeste, na Bacia do Prata e no Centro-Oeste, cujas atividades agropecuárias se beneficiam de uma redução de temperatura causada por ventos amenos vindos da floresta.

PIVETTA, Marcos. A floresta da chuva: a Amazônia leva umidade para as demais regiões do Brasil e até outros continentes.

Pesquisa Fapesp, ano 20, n. 285. p. 18-23, nov. 2019.

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PROPOSTA DE PRODUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

Considere os textos 1, 2 e 3 apresentados a seguir como motivadores para a sua produção de texto dissertativo- argumentativo.

Texto 1

Pela ótica da justiça ambiental, nos damos conta de que bebemos, comemos, respiramos, enxergamos, habitamos e esta- mos mergulhados na natureza da qual dependemos. À educação pautada pela ciência e tecnologia parece tão nebuloso, quando não arcaico, articular o contrato social da modernidade com o contrato natural contemporâneo, para inserir a natu- reza entre os cidadãos com direitos. À cultura de consumo parece extemporânea a proposição pedagógica de repensar, reduzir, reeducar, reutilizar, reciclar. Entre estas, a última tem tido ampla difusão e adesão, todavia, no mais das vezes, sem um nexo com as causas que tornam urgentes as outras ações estratégicas.

O estabelecimento do diálogo é necessário e urgente entre as ciências sociais e a educação ambiental, entre o campo da ciência e da tecnologia e os efeitos das práticas socioambientais, entre as crises recursivamente aludidas e as catástrofes ambientais com frequência ascendente.

RUSCHEINSKY, Aloísio. As faces da sustentabilidade socioambiental e as controvérsias, potencialidades e arranjos da educação ambiental.

Resenha. Revista ContraPontos. Eletrônica, Vol. 11 - n. 1 - p. 104-107 / jan-abr 2011.

Disponível em file:///D:/Dados/Documents/EPLP%202021-1/As%20faces%20da%20sustentabilidade%20socioambiental.pdf Acesso em 12/05/2021.

Texto adaptado.

Texto 2

Ainda em 2000, a Cúpula do Milênio das Nações Unidas definiu oito objetivos, conhecidos como Objetivos do Milênio, vol- tados para as questões de pobreza, ensino primário, igualdade de gênero, saúde, sustentabilidade ambiental e parceria global para o desenvolvimento, os quais deveriam ter sido alcançados até 2015.

Em 2015, os governantes se comprometeram a enfrentar os problemas globais mais urgentes com um novo acordo, a Agenda 2030, reorganizando e transformando as questões anteriores em 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, vistos como elementos de transição para um mundo sustentável. Esses objetivos, às vezes contraditórios entre si e sem apontar os caminhos a serem percorridos, reforçam a necessidade de realizar as transições ambiental e sanitária, a agríco- la e alimentar para que sejam atingidos. Mas todos estes temas são objetos de debates controversos e de posicionamentos normalmente antagônicos.

THÉRY, Neli de Mello; CARON, Patrick. Controvérsias e transições para o desenvolvimento sustentável. Revista Mercator, Fortaleza, v.19 , e19027, 2020. ISSN:1984-2201 Disponível em : file:///D:/Dados/Documents/EPLP%202021-1/Texto%20sustentabilidade%20e%20controv%C3%A9rsias.pdf Acesso em 12/05/2021.

Texto adaptado.

Texto 3

O sinal vermelho de alerta acendeu, de fato, quando a questão da problemática da demografia mundial apontou para a insegurança e incapacidade de alimentar a população mundial, com riscos em todas as regiões do planeta. Estabeleceu-se no nível global o fórum HLPF (High-level political forum on sustainable development) visando acompanhar a implementação da Agenda 2030, e desde 2017 suas temáticas buscam formas de atuar integrando alimentação, saúde e meio ambiente, tendo escolhido subtemas como “Erradicar a pobreza e promover a prosperidade em um mundo em mudança” (HLPF, 2017), “Transformação para uma sociedade sustentável e resiliente” (HLPF, 2018) e “Capacitar as pessoas e garantir a inclusão e igualdade” (HLPF, 2019).

HLPE. 2019. Agroecological and other innovative approaches for sustainable agriculture and food systems that enhance food security and nutrition. A report by the High Level Panel of Experts on Food Security and Nutrition of the Committee on World Food Security. HLPE report 14. Rome. 163 pp.

Disponível em http://www.fao.org/3/ca5602en/ca5602en.pdf Acesso em 12/05/2021. Texto adaptado.

Tome como referência os textos motivadores lidos, bem como os conhecimentos construídos ao longo da sua formação como estudante e cidadão, e escreva um texto dissertativo-argumentativo, de 15 a 20 linhas, de modo a refletir sobre o seguinte tema:

Desenvolvimento sustentável no planeta: emergências e desafios

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Ao elaborar o seu texto, você deve:

- respeitar a proposta de produção de texto dissertativo-argumentativo;

- posicionar-se quanto à temática, apresentando, no mínimo, dois argumentos para sustentar seu ponto de vista;

- em caso de uso dos textos motivadores, fazer paráfrase e indicar a autoria ou fonte;

- elaborar uma conclusão;

- colocar um título.

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