• Nenhum resultado encontrado

CAMILA ALVES VERA. ABANDONO AFETIVO INVERSO: Responsabilidade civil dos filhos para com os pais

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "CAMILA ALVES VERA. ABANDONO AFETIVO INVERSO: Responsabilidade civil dos filhos para com os pais"

Copied!
32
0
0

Texto

(1)

Campo Grande 2019

CAMILA ALVES VERA

ABANDONO AFETIVO INVERSO:

Responsabilidade civil dos filhos para com os pais

(2)

CAMILA ALVES VERA

ABANDONO AFETIVO INVERSO:

Responsabilidade civil dos filhos para com os pais

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIDERP, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em DIREITO.

Orientador: Déborah Stagliano

Campo Grande

(3)

ABANDONO AFETIVO INVERSO:

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS FILHOS PARA COM OS PAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIDERP, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em DIREITO.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Campo Grande, dia de dezembro de 2019

(4)

Dedico este trabalho todos que de uma forma ou outra me apoiaram durante estes anos da minha trajetória acadêmica.

Dedico, também, a todos os idosos que lutaram constantemente pela efetivação de seus direitos.

(5)

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Deus que em sua infinita bondade guiou meus passos e iluminou o meu caminho em toda jornada da minha graduação, principalmente nos momentos difíceis que pensei que não seria capaz e não teria forças para prosseguir.

A minha mãe, um exemplo de mulher guerreira, que em todas as dificuldades desses anos não se abateu, mantendo sempre perseverante, me ajudando e incentivando, compreendendo todos os meus ataques de ansiedade, nervosismo e impaciência.

A todo o corpo docente que compõe a UNIDERP que me mostraram todas as faces do curso de Direito sempre se propondo a me tornar uma profissional de excelência. a minha orientadora Déborah Stagliano que me ajudou na realização deste trabalho.

E, por fim, a todos os meus colegas de curso que no decorrer de todos esses anos partilharam comigo alegrias e tristezas, bem como experiências que levarei para o resto da minha vida profissional e pessoal. A todos vocês, minha eterna gratidão.

(6)

A afetividade é a mais bela conduta para a humanização!

Adriana Araujo Leal

(7)

Alves, Camila. Abandono Afetivo Inverso: Responsabilidade Civil dos filhos para com os Pais. 2019. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Direito – UNIDERP, Campo Grande, 2019.

RESUMO

O presente trabalho de conclusão do curso abordara sobre o abandono afetivo inverso: Responsabilidade civil dos filhos para com os pais. Pretende-se abordar pontos importantes acerca do Direito do Idoso, o abandono afetivo que é cada vez mais comum na sociedade em que se vive e por fim a Responsabilidade Civil dos filhos que abandonam os pais. Assim, verifica-se que o assunto e de suma importância e relevância para a atualidade.

Palavras-chave: Estatuto do idoso; Abandono afetivo inverso;

Responsabilidade Civil.

(8)

Vera, Camila Alves. Título do trabalho na língua estrangeira: subtítulo na língua estrangeira (se houver).2019. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Direito – UNIDERP, Campo Grande, 2019.

ABSTRACT

the present course conclusion paper will address the reverse affective abandonment:

civil liability of children towards their parents. it is intended to address important points about the law of the elderly, the emotional abandonment that is increasingly common in the society in which they live and finally the civil liability of children who leave their parents. thus, it appears that the subject is of paramount importance and relevance to the present.

Key-words: Elderly status; Inverse affective abandonment; Civil responsability

(9)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 14

2. ESTATUTO DO IDOSO E SUAS PROTEÇÕES NO DIREITO BRASILEIRO. 16 3. ABANDONO AFETIVO E ABANDONO INVERSO ... 20

4. RESPONSABILIDADE CIVIL DOS FILHOS ... 25

75. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30

REFERÊNCIAS ... 31

(10)

14

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho versa sobre um problema social que está se tornando cada vez mais comum, o abandono afetivo inverso, que é aquele em que os filhos abandonam os pais, justamente quando estes mais precisam, na velhice. com o surgimento do estatuto do idoso a lei o ampara, fazendo assim com que os filhos tenham obrigação de cumprir os deveres para com os pais.

Entende-se que quando o idoso chega na velhice espera receber tudo aquilo que deu aos filhos, em diversas situações da vida. O abandono é cruel, afeta em todos os sentidos levando o idoso a se sentir inútil, desprezado e muitas vezes causando grandes sofrimentos psicológicos e físicos.

Idoso é um cidadão vulnerável que necessita de proteção tanto da família como do estado, uma população que vem crescendo com o passar do tempo, por isso, é de grande importância que a sociedade saiba lidar com a velhice, pois está um dia vem para todos.

Para compreender o assunto e necessário aprofundar-se mencionando os direitos dos idosos, o papel dos filhos para com os pais, suas obrigações de cuidar, dar amor, atenção por quem tanto se dedicou a eles, Portanto, a fim de que as pessoas idosas tenham seus direitos assegurados e que a sociedade perceba a importância delas no mundo.

A escolha do tema abandono afetivo inverso é de suma importância voltada aos idosos, cujos filhos fogem das responsabilidades civis para com seus pais; logo, eles que estiveram sempre presentes na vida dos filhos educando e criando.

Necessitam, portanto, de um olhar especial pois são fonte de sabedoria e experiência de vida.

Destarte, abordar de idosos é debater o futuro que se prevê para todos, torna relevante estudar o abandono afetivo e suas políticas públicas de proteção ao idoso, que poderão permear a construção de novas estratégias para o enfrentamento deste problema.

Portanto colocando em pratica o direito dos idosos e de seus filhos realmente cuidarem e dar assistência a eles na velhice. Posteriormente, produzira uma transformação na vida desses idosos e consequentemente na sociedade, assim restaurando o convívio e decrescendo o número de idosos nos asilos.

(11)

Tem por objetivo geral discutir quais podem ser as causas do abandono afetivo inverso, assim compreender a responsabilidade civil dos filhos. Apresentando os diversos pontos dentro do nosso ordenamento jurídico. Gerando assim a pergunta problema :Existe a responsabilização civil para os filhos que abandonam seus pais?

A metodologia utilizada para a realização dessa monografia foram pesquisas bibliográficas, na qual traz um texto dissertativo expositivo, ou seja, é pautado na exposição e explicações de ideias, artigos científicos, periódicos, legislações, sites, além de outras fontes de pesquisa que pretende consultar.

Dessa forma, esse trabalho apresenta três capítulos de desenvolvimento em um primeiro capítulo acerca do estatuto do idoso e suas proteções no ordenamento jurídico, juntamente com a constituição, e o que alguns doutrinadores falam a respeito dos idosos, velhice.

No segundo capítulo de desenvolvimento, o presente trabalho falara sobre o abandono afetivo e abandono inverso, abordando a Família e a afetividade, posicionamentos doutrinários.

Por fim, conclui-se ao final da presente monografia a responsabilidade civil dos filhos aos pais idosos, suas obrigações e deveres de garantir uma vida digna, na velhice e os posicionamentos doutrinários, indenizações dano moral.

(12)

16

2.ESTATUTO DO IDOSO E SUAS PROTEÇÕES NO DIREITO BRASILEIRO

O Estatuto do idoso (Lei 10.741 de 01 de outubro de 2003), foi criado com o objetivo de garantir a dignidade do idoso. Uma expectativa de que os anseios e necessidade estarão de fato garantidos. Composto por 118 artigos que definem garantias legais dos idosos.

O Estatuto se constitui em um microssistema e tem o mérito de reconhecer as necessidades especiais dos mais velhos, estipulando obrigações ao Estado. Deve ser considerado como um verdadeiro divisor de águas na proteção do idoso. Segundo Maria Berenice Dias (2013, p.482, grifo do autor)

Conforme citado acima, o estatuto se constitui e tem o mérito de reconhecer as necessidades especiais, dos mais velhos, e a obrigação do estado. Considerado como um divisor de águas na proteção do idoso.

O Estatuto do idoso regula os direitos assegurados as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, sendo destinatários, com prioridade e imediata aplicação, de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, assegurando-se lhes todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade (art. 2º).

(MADALENO,2015, p.126)

O autor deixa claro que o estatuto do idoso assegura direitos as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com prioridade imediata dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, assegurando todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

O estatuto do idoso estabelece urgência em consequência de sanar problemas sociais da terceira idade, certificando sua integridade e direitos: “O Estatuto do idoso, quando da sua construção já estabelece como consequência da urgência de sanar um problema social envolvendo a terceira idade: certificar aos até então negados em sua integralidade, direitos constitucionais designados” (Erika Emanuelle de Barros, p.20)

Velho” e “idoso” são dois termos quase sinônimos, por analogia, uma vez que o processo de envelhecimento afeta a todos, avança com a faixa etária de todos os viventes, mas de modos distintos em tempo e espaço. Velho, porém, é um termo mais depreciativo, se visto na sua pura conotação unívoca, na consequente perda de sentidos e vigor. Há idoso no seu quase pleno vigor e

(13)

não há velho que não tenha experimentado a fraqueza orgânica visível.

(VILAS BOAS,2015)

A citação acima se refere ao processo de envelhecimento que atinge com a faixa etária de todos, de modos distintos em tempo e espaço. Velho, porém em sua pura conotação unívoca, na consequente perda de sentido e vigor. Ha idosos pleno e outros na fraqueza da vida.

[...] idoso não é sinônimo de decrepito nem morto-vivo, tem idade que pode ser considerada como velha, teoricamente. Porém, a velhice tem seus graus brandos e graus acentuados. Nem toda velhice se alia à enfermidade ou apresenta o reduzimento de aptidões em menos escala, se comparada aos outros homens não abrangidos por seu foco (VILAS BOAS,2015)

Em conformidade com a citação acima os idosos acreditam estar no fim da vida devido a idade, envelhecem mais e tem idosos que se sentem mais jovens com a velhice e vivem até melhor e ativos.

Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.(BRASIL,2013)

Segundo a citação acima os idosos possuem todos os seus direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, para preservar sua saúde física e mental, seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Visando assim, o estado, a família e a sociedade o dever de assegurar os idosos.

O estatuto do idoso estabelece deveres dos filhos em relação aos seus pais idoso, como o cuidado, a convivência, a dignidade, respeito entre outros, conforme explicitado no art.3º do estatuto:

Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.(BRASIL,2013)

(14)

18

A Constituição Federal e as legislações infraconstitucionais são imprescindíveis para a proteção do idoso são maneiras de garantir o envelhecimento saudável da população. O estatuto do idoso protege e assegura que os idosos obtenham proteção e que vivam de forma digna, garantindo-os um bom envelhecimento, com seus direitos assegurados, como explicita o art.4° do estatuto: “Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei”.

(BRASIL,2013)

A Constituição Federal, evidencia que todos são iguais perante a lei, sem nenhuma distinção, garantido aos brasileiros e estrangeiros a igualdade de todo os cidadão, segundo o art.5ºTodos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (EC no 45/2004)(BRASIL,2015)

O envelhecimento é um direito personalíssimo e sua proteção um direito social expressa no art.8º do estatuto do idoso: “O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente”. (BRASIL,2003)

Conforme o art.229 da constituição federal de 1988, é de responsabilidade dos filhos proteger os pais na velhice e garantir a proteção deles: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.(BRASIL,2015)

No art.230 da constituição federal e especificado que os idosos tem uma proteção especial, por intermédio da família, da sociedade e do próprio estado. tal observação que a população idosa vem crescendo sistematicamente: “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo- lhes o direito à vida”. (BRASIL,2015)

De acordo com perola melissa Braga (2011) pode se entender que a proteção no que diz respeito são direitos fundamentais de garantias e obrigações primarias e exclusiva do estado.

Segundo Paulo Lôbo “O idoso é cidadão vulnerável, merecedor tanto da proteção do estado como da família e da sociedade. A legislação tem de oferecer os

(15)

meios necessários para que essa proteção se efetive.” (2017, p.38) entende- se que a citação vista do autor Paulo lobo que a legislação oferece proteção do estado como também da família e sociedade, idosos são cidadãos vulneráveis.

De acordo com Braga “O direito a uma imagem digna é vital para que o idoso brasileiro seja realmente respeitado por toda s sociedade e principalmente para que sua identidade cidadã seja construída sem caricaturas. Isto, sim, é respeito”. (2011) compreende -se que, o idoso tem o direito de ter uma imagem digna, perante a brasileira e principalmente sua identidade como cidadão.

A velhice é uma das fases da existência. Convencionou-se tratá-la como a fase derradeira, de conclusão dos potenciais evolutivos. É logico que o homem nasce, cresce, amadurece e more. Entretanto, a morte não se dá necessariamente na velhice, muito embora nela se especialize em sociedades com grandes contingentes de pessoas em idade avançada.

(Paulo Roberto Barbosa Ramos,2014 p.221)

A citação acima retrata a existência da velhice, uma conclusão dos potenciais evolutivos. E natural que o homem nasce, cresce, amadurece e more. A velhice não é necessariamente a morte, embora nossa sociedade devido ao grande número com idade avançada.

Algumas pessoas consideram a velhice uma fase ruim, de modo consequente privam-se de atividades com medo do fracasso: “A velhice é considerada uma fase ruim para algumas pessoas, por acharem que não podem mais serem criativas e, em consequência, se privam de muitas atividades normais, com medo de fracassarem e serem censurados”. (maria lucia fabbres de Paiva, 2005, p.34)

Envelhecer traz consigo a perda física, acompanhada de experiencia emocional e de vida, para aqueles que se disponibilizam a vivenciar o sentido real do afeto: “O envelhecimento, embora muitas vezes seja traga consigo um processo de perda física, necessariamente, vem acompanhado de acúmulo de experiência emocional e de vida, sobretudo, para aqueles que se disponibilizam a vivenciar o real sentido da palavra afeto” (Claudia e Marilia, 2016. p.185)

(16)

20

3.ABANDONO AFETIVO E ABANDONO INVERSO

O abandono afetivo pode ser conceituado como a falta de afeto dos membros da própria entidade familiar. Sendo ele essencial para uma boa relação familiar.

Segundo Madaleno “O afeto é a mola propulsora dos laços familiares e das relações interpessoais movidas pelo sentimento e pelo amor, para ao fim e ao cabo dar sentido e dignidade à existência humana”. (2018, p. 36). Entende-se que a citação vista do autor Madaleno que o afeto são laços familiares das relações interpessoais de sentimento dando sentido a dignidade à existência humana.

O afeto e o alicerce e a base da relação familiar segundo Hironaka diz:

O afeto, reafirme-se, está na base de constituição da relação familiar, seja ela uma relação de conjugalidade, seja de parentalidade. O afeto está também, certamente, na origem e na causa dos descaminhos desses relacionamentos. Bem por isso, o afeto deve permanecer presente, no trato dos conflitos, dos desenlaces, dos desamores, justamente porque ele perpassa e transpassa a serenidade e o conflito, os laços e os desenlaces;

perpassa e transpassa, também, o amor e os desamores. Porque o afeto tem um quê de respeito ancestral, tem um quê de pacificador temporal, tem um quê de dignidade essencial. Este é o afeto de que se fala. O afeto-ternura; o afeto-dignidade. Positivo ou negativo... O imorredouro afeto. (HIRONAKA, p.10-11, grifo do autor)

O afeto é sentimento espontâneo um impulso natural, entre duas ou mais pessoas com interesses, valores, projetos, amizade e emoções. “O afeto, pode-se assim dizer, é o sentimento espontâneo, gerado por impulso natural, que envolve duas ou mais pessoas que se afeiçoam em interesses, valores, projetos de vida, amizade e emoções”. (XAVIER 2008, p.62).

Apesar de não taxar a afetividade expressamente como princípio de Direito de Família, o Código Civil de 2002 reconhece e confere guarida a diversas relações afetivas em muitas de suas disposições. A partir das breves citações diretas e indiretas ao afeto e à afetividade, é possível entrever na trama do legislador de 2002 a afetividade como princípio implícito nas diversas disposições de Direito de Família, o que ressalta ainda mais se lido o Código a partir da principiologia constitucional. (CALDERÓN,2017. p.58)

Compreende-se na citação acima que a afetividade não está expressa como princípio no direito de família, o código civil de 2002 reconhece e confere as relações afetivas em suas disposições, através de citações diretas e indiretas ao afeto e afetividade. O legislador de 2002 ressalta a afetividade como princípio implícito, nas disposições do direito de família.

O afeto é um valor, isto é, uma consideração ética de como a família deve ser. Não há imperatividade jurídica nesse elemento, mas diretriz moral de grande relevância. Logo, o afeto não pode ser utilizado isoladamente pelo

(17)

Direito ou ser considerado vinculante para o genitor. Ninguém tem obrigação de amar e o Direito não tem como impô-lo. (Naves e Souza, 2012.p. 413)

Em conformidade com a citação acima, o afeto e um apreço ético de como uma família deve ser. Não há imperatividade, no entanto são regras de grande relevância moral. O afeto não é isolado e nem classificado vinculante para o genitor. O direito não pode impor obrigação de amar.

O afeto envolve os integrantes de uma família tem um viés externo, pondo a humanidade em cada família. “O afeto não é somente um laço que envolve os integrantes de uma família. Também tem um viés externo, entre as famílias, pondo humanidade em cada família”. (BERENICE,2016).

[...] percebe-se que o afeto jurídico passou a ser considerado nos casos em que há relação familiar e o mesmo pode ser considerado como valor econômico, quando das decisões de indenização. (ALMEIDA, 2016.P.46) entende-se que o afeto jurídico há relação familiar considerado valor econômico das decisões de indenização.

“A família é vista de forma igualitária, existindo a autoridade paterna e materna, a família é formada procurando a felicidade e a realização de seus membros, tendo como fundamento, a afetividade” (KARAM ,2011. p.18) compreende que a família e a igualdade paterna e materna, formada na procura de felicidade e realizações, fundamentada na afetividade.

“O abandono afetivo, outrora apenas discutido no campo emocional, chega ao âmbito jurídico com um fato gerador previsto legalmente e que decorre da paternidade/maternidade, qual seja, o dever de criar, educar e guardar os filhos”

(SCALQUETTE,2014.p.100) conclui-se que o abandono afetivo está no campo emocional, previsto no campo emocional, previsto no âmbito jurídico em que pais e mães tem o dever de criar, educar e guardar os filhos.

“A convivência sadia é uma das formas de praticar a afetividade, pois é o contato, o convívio, o ato de se relacionar, que possibilita o desenvolvimento do sentimento de afeto” (CANDIA, 2017.P.47) entende -se que o contato e o convívio são formas de praticar a afetividade, se relacionam com a possibilidade de desenvolvimento do sentimento de afeto.

“O abandono talvez seja um dos piores atos que os pais podem praticar contra seus filhos, pois o cuidado e a presença dos pais, além de obrigação legal, transmitem a segurança necessária para o desenvolvimento da criança e do adolescente”

(18)

22

(SCALQUETTE,2014. p.102) compreende-se que o abandono e o pior ato praticado pelos pais contra seus filhos, com obrigação legal de dar segurança necessária para o desenvolvimento da criança e do adolescente.

“O abandono afetivo, por sua vez, pode gerar danos patrimoniais e extrapatrimoniais, que decorrem da supracitada lesão à esfera pessoal da vítima.

Cabe, então, averiguar, no caso concreto, a presença destes respectivos danos”

(CALDERÓN,2017. p.282) entende-se que o abandono afetivo pode acarretar danos patrimoniais e extrapatrimoniais, decorrem da lesão pessoal da vítima. O caso concreto cabe ser averiguado e seus respectivos danos.

O abandono afetivo inverso e o abandono dos filhos para com os pais idosos e a ausência de cuidados por parte dos filhos que não dão assistência aos pais na velhice, e a forma mais grave de violência contra os idosos.

Entende-se que o instituto Abandono Afetivo Inverso não veio para impor o afeto, mas sim para lembrar aos filhos que, aceitando ou não está qualidade, jamais estarão “livre” do dever de cuidado para com seus genitores, dever este que, tragicamente e vergonhosamente, necessitou de ser expresso em dispositivo constitucional, para que os filhos pudessem dar valor a quem lhes deu a própria vida. (Claudia e Marilia, 2016. p. 189)

O autor deixa claro que o abandono afetivo inverso não impõe o afeto, e sim lembrar que jamais deixarão de dar cuidados aos seus genitores, dever este que tragicamente e vergonhosamente, necessitou ser expresso em lei, para que os filhos pudessem dar valor a quem lhe dedicou a vida.

O abandono afetivo dos pais idosos é uma forma de negligência, que se configura pela ausência dos filhos relacionada a questão imateriais. Ou seja, ainda que haja o custeio de gastos e despesas materiais, a total ausência da prole quando configurada a vulnerabilidade dos pais idosos caracteriza o denominado abandono afetivo inverso. (CANDIA,2017. P.126)

Segundo citação acima o abandono afetivo dos idosos é uma negligência, pela ausência dos filhos no tocante a questão imaterial. ainda que tenha despesas materiais, a ausência da prole configura a fragilidade dos idosos caracterizado como abandono afetivo inverso.

“A negação do amparo afetivo, moral e psíquico, em última análise, engendra danos à personalidade do idoso, efetivo tolhimento dos valores mais sublimes e virtuosos do indivíduo (dignidade, honra, moral, reputação social)” (silva et al.(on-line).

Compreendendo-se que a negação de amparo afetivo afeta a personalidade do idoso efetivo tolhimento dos valores sublimes e virtuosos do indivíduo.

(19)

A supervalorização da dignidade, o poder judiciário manifesta ações com causas de abandono moral dos idosos aos parentes que não dão assistência moral e afetiva. “Em conseqüência da supervalorização da dignidade, o poder Judiciário vem se manifestando sobre as ações que tem como causa de pedir o abandono moral dos idosos que condenam os parentes por faltarem com assistência moral e afetiva”.

(Toaldo e Machado, 2012).

A família é a primeira convocada a zelar e cuidar os direitos dos idosos cumpridos na integra. Obrigação a comunidade, a sociedade e o poder público. A família tem destaque na obrigação fundamental de cuidar de seus idosos. De acordo com Karam que diz:

É importante chamar atenção, para o fato de que, a família, é a primeira a ser convocada a zelar e cuidar para que os direitos dos idosos sejam cumpridos na sua integra. Posteriormente, assume essa obrigação, também, a comunidade, a sociedade e o Poder Público. Portanto, a família assume um lugar de destaque, tendo a obrigação fundamental de cuidar de seus idosos.

(KARAM, 2011. p. 31)

A indenização ao abandono afetivo e de suma importância na atualidade, a sentença e uma conscientização dos filhos aos pais, idosos ou não segundo almeida diz:

[...] Verifica-se que as demandas e indenizações referentes ao abandono afetivo são de suma importância na atualidade, pois o intuito da sentença é fazer com que haja uma conscientização do real dever de cuidado dos filhos em relação aos pais, sendo estes idosos ou não. (ALMEIDA, 2016.P.50)

Conforme citação abaixo de ALMEIDA, o abandono fere os princípios constitucionais a dignidade da pessoa humana, a afetividade e a solidariedade que refere ao cuidado ao próximo.

O abandono fere diretamente três princípios constitucionais, sendo eles a dignidade da pessoa humana, o princípio da afetividade que está implícito na legislação e também o princípio da solidariedade que se referem ao cuidado que cada pessoa deveria ter com o próximo. (ALMEIDA,2016. P. 61)

[...] o ato ilícito do abandono, ato esse que se torna cada vez mais frequente pelos próprios filhos, contudo esse problema tem solução, porém essa será uma caminhada longa, mas não impossível.(MENDONÇA, 2018) entende-se que o ato ilícito do abandono dos próprios filhos tem solução a caminhada e longa, e não impossível.

(20)

24

No próximo capítulo, o qual discorrerá sobre o assunto principal deste trabalho:

a responsabilidade civil dos filhos para com os pais, também será demonstrado os pontos relevantes sobre o assunto.

(21)

4.RESPONSABILIDADE CIVIL DOS FILHOS

A responsabilidade civil e consequência de uma ação ou omissão, de pessoas que esteja em seu poder ou coisa que lhe caiba guardar. Sancionado depende de imposição jurídica de responsabilidade. E uma conduta danosa segundo Naves e Souza diz:

Responsabilidade é o dever de assumir as consequências de uma ação ou omissão, realizada pessoalmente ou por pessoa que esteja sob seu poder, ou, ainda, em razão de um fato da coisa de que lhe caiba a guarda. Trata-se de instituto sancionador, sendo sua incidência dependente da imposição jurídica da responsabilidade. É consequência de uma conduta danosa.

(Naves e Souza, 2012.p. 400)

Compreender as exigências econômicas e sociais de um ambiente, expressa a responsabilidade civil. Responsabilizar transformou em reparação de danos segundo Rosenvald que diz:

[...] A responsabilidade civil significa compreender as exigências econômicas e sociais de um determinado ambiente. “responsabilizar” já significou punir, reprimir, culpar: com o advento da teoria do risco, “responsabilizar” se converteu em reparação de danos. (ROSENVALD,2017. p.34)

Desempenha papel demarcatório de estabelecer delimitação entre as fronteiras dos âmbitos de liberdade, se outorga uma dose de proteção de bens e interesses pela mesma razão, podem determinar o grau de responsabilidade. Conforme Rosenvald diz:

A responsabilidade civil exerce função demarcatória no sentido de estabelecer uma delimitação entre as fronteiras dos âmbitos de liberdade de atuação e aqueles outros, em que se outorga uma certa dose de proteção a determinados bens e interesses, que, pela mesma razão, estipulam limites a liberdade ou autolimitações à mesma medida em que determinadas atuações livres podem determinar um grau de responsabilidade.(ROSENVALD, 2017.P. 101)

A responsabilidade civil decorre da convivência conflituosa do homem em sociedade e sua essência. “A responsabilidade civil, enquanto fenômeno jurídico decorrente da convivência conflituosa do homem em sociedade, é, na sua essência, um conceito uno, incindível.” (Gagliano, 2018.P.63)

[...] A ideia de responsabilidade, parte da constituição de um ser garantidor de algo, onde assegura as atividades de valor jurídico, por vezes protegendo, por vezes balanceando e ainda, firmando a obrigação de se reparar quaisquer danos.

(BARROS,2016. P.22). compreende-se que a responsabilidade e um garantidor que

(22)

26

assegura valor jurídico, protegendo e balanceando a obrigação de reparar qualquer dano.

Atos ilícitos contrariam o ordenamento jurídico lesando direitos subjetivos. Faz nascer a obrigação de reparar danos impostos no ordenamento jurídico. “Atos ilícitos são aqueles que contrariam o ordenamento jurídico lesando o direito subjetivo de alguém. É ele que faz nascer a obrigação de reparar o dano e que é imposto pelo ordenamento jurídico.” (BARROS,2016. P.24)

[...] o filho ou mesmo qualquer integrante da família ou mesmo da sociedade do idoso cometerão dano moral com ações, atitudes, palavras, omissões, agressões verbais ou qualquer outro meio que fira os seus direitos não-materiais.

(BARROS,2016. P.45) entende-se que tanto o filho como a família e a sociedade cometem dano moral com ações, atitudes, palavras, omissões, agressões verbais que fira seus direitos não-materiais.

Os filhos têm a responsabilidade civil com os pais idosos, quando não puderem manter seu próprio sustento. Garantindo assim uma vida digna com direitos básicos para sobrevivência.

A responsabilidade entre pais e filhos vai além da obrigação legal de natureza material (pecuniária). Há inúmeros casos de filhos que deixam seus pais em asilos com a promessa de que irão retornar, mas nunca mais o fazem. Esses idosos acabam sendo privados da convivência familiar, tudo a consubstanciar uma afronta ao dever de assistência afetiva (art. 3º do Estatuto do Idoso).

(SILVA et al. (on-line).

Conforme citado acima A obrigação legal entre pais e filhos vai além da pecúnia. Há casos em que filhos deixam seus pais em asilos prometem retornar e não fazem. Idosos sendo privados do convívio familiar, substanciar um dever de assistência afetiva.

“O Ordenamento Jurídico brasileiro estabelece a indenização por danos morais aos idosos abandonados afetivamente, como se faz que seja aplicada para que assim assegure os direitos conferidos aos idosos.” Silva e leite (2016). Entende -se o ordenamento jurídico a indenização por danos morais a idosos abandonados assegurando seus direitos conferidos.

“O dano moral incide contra pessoa, atingindo o que ela é em sua profundidade, pois é um dano pessoal, insuscetível de reposição por ser financeiramente imensurável, pois a pecúnia não retira a dor, podendo tão somente amenizá-la (Toldo

(23)

e Machado,2012). Entende-se que o dano moral atinge o dano pessoal, e imensurável financeiramente pois a pecúnia não tira a dor e nem ameniza.

E delicado exigir da vítima provas de sua dor, tristeza e humilhação, por documentos periciais, está na própria ofensa e da gravidade do ato ilícito de acordo com Tolda e Machado diz:

É uma situação um tanto delicada exigir da vítima a comprovação de sua dor, tristeza ou humilhação, através de documentos periciais, e é neste momento que a razão se coloca ao lado daqueles que entendem que o dano moral está ínsito na própria ofensa, derivando da gravidade do ato ilícito. (Toldo e Machado, 2012)

A indenização e a compensação de ato lícito do estado e lesivo do particular “E a indenização é reservada para a compensação do dano decorrente de ato lícito do Estado, lesivo do particular, como ocorre nas desapropriações” (Gonçalves, 2016.

P.495).

A indenização pelo abandono afetivo dos filhos tem caráter punitivo, compensatório e pedagógico. O filho e punido pelo não cumprimento legal do dever surgindo o dano moral. compensatório do convívio familiar e do dano moral.

Pedagógico pois desestimula o descumprimento da obrigação dos filhos segundo (SILVA, et.al. (on-line)

O abandono afetivo dos filhos gera o dever de indenizar e essa indenização tem um caráter punitivo, compensatório e pedagógico. É uma punição ao filho que deixar de cumprir dever legal e contribui para o surgimento de dano moral. É compensatória da privação do convívio familiar e do próprio dano moral levado a efeito. É pedagógico porque tem por escopo desestimular a reiteração no descumprimento da obrigação pelos filhos. (SILVA et.al. (on- line).

O idoso abandonado pelos familiares é dano moral, sujeito a indenização, através do ministério público, em causas que a pessoa é representada ou por advogado particular. Os filhos responderam a demanda em juízo conforme Almeida diz:

[...] o dano sofrido pelo idoso abandonado por seus familiares é considerado um dano moral, o qual é passível de indenização, de modo que poderá ingressar em juízo através do Ministério Público, que intervêm nas causas em que a pessoa não tem como ser representada e/ou por advogado particular, de modo que os filhos serão chamados em juízo para responder a demanda.(ALMEIDA,2016. P.50)

Idoso obviamente necessita dos cuidados de seus familiares, com cuidados básicos e que com o passar da idade são indispensáveis. “O idoso necessita obviamente de atenção e esforço por parte dos componentes de sua família para que

(24)

28

se assegurem a eles cuidados básicos necessários que com o passar da idade são indispensáveis.” (BARROS,2016. P.30)

Direitos e garantias que enseja a responsabilização dos filhos aos pais idosos está prevista no código civil em seus artigos 186 e 927 que diz:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

“dano é o de que constitui ele uma “diminuição do patrimônio”, alguns autores o definem como a diminuição ou subtração de um “bem jurídico”, para abranger não só o patrimônio, mas a honra, a saúde, a vida, suscetíveis de proteção”. (Gonçalves, 2016. P.493) compreende que o dano e a perda do patrimônio, uns autores apontam a subtração de bem jurídico, não só o patrimônio a honra, saúde, vida, suscetíveis de proteção.

O dano moral não é a dor, a angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima do evento danoso, pois esses estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do dano. (Gonçalves, 2016. P.509) entende-se que a dor, angústia e humilhação, são eventos danosos, pelo estado de espírito, são consequências do dano moral.

No caso do dano moral, entretanto, o grau de culpa também é levado em consideração, juntamente com a gravidade, extensão e repercussão da ofensa, bem como a intensidade do sofrimento acarretado à vítima. (Gonçalves, 2016. P.526) conclui-se que o grau de culpa é levado com a gravidade, extensão e repercussão da e a ofensa, e a intensidade do sofrimento da vítima.

Importante frisar, que na ação de indenização por dano moral decorrente do abandono afetivo inverso, o ônus da prova pertence ao requerente, ou seja, ao idoso, exigindo como requisitos a prova da culpa do requerido, provar a conduta do agente que neste caso será por omissão voluntária, além disso, tem que provar o nexo de causalidade com o dano causado.(MENDONÇA, 2018)

Compreende na citação acima que a ação de indenização por da moral por abandono afetivo inverso a prova do cabe idoso, a prova da culpa do requerido neste caso por omissão voluntaria, nexo da causalidade do dano causado.

(25)

Desta forma, filhos tem o dever e a obrigação de cuidados aos pais idosos quando de sua aprovação, tornar-se-á efetivamente possível e legalizada a indenização decorrente do abandono afetivo inverso, haja vista que a responsabilidade dos filhos para com os pais já está devidamente prevista na Constituição Federal, Código Civil e Estatuto do Idoso.

(26)

30

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho de conclusão do curso tem como tema central o abandono afetivo inverso e a responsabilidade civil dos filhos para com os pais, em seu primeiro momento foi abordado acerca do estatuto do idoso e suas proteções no ordenamento jurídico juntamente com a constituição. Demonstrando na lei e em alguns doutrinadores sobre os idosos, a velhice e uma vida digna e saudável.

Em um segundo momento sobre o abandono afetivo e abandono afetivo inverso, o sentimento espontâneo de afeto e afetividade. Observando que os filhos que abandonam seus pais idosos na velhice e a família que é responsável por zelar e cuidar dos idosos na velhice. O afeto é o que une as pessoas e torna as suas atitudes recíprocas. a afetividade é dever imposto a todos os membros da família, ainda que haja desamor entre eles.

Em um terceiro momento demostrou a responsabilidade civil dos filhos para com os pais, suas obrigações e deveres na velhice. A responsabilidade de estabelecer a indenização por danos morais a filhos que não dão assistência a seus pais.

Conclui-se que o abandono afetivo inverso é possível que haja indenização para tal conduta, uma vez que os elementos da responsabilidade civil estão presentes.

(27)

REFERÊNCIAS

BERENICE, Maria. Manual de direito das famílias. 9ª edição revista, atualizada e ampliada. São Paulo: editora revista dos tribunais, 2013.

BERENICE, Maria. Manual de direito das famílias.11ª edição impressa, revista dos tribunais. São Paulo, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto do Idoso / Ministério da Saúde - 3. ed., 2.

reimpr. - Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 70 disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_3edicao.pdf (acesso dia 29 de abril de 2019, as 14h03min)

LÔBO, Paulo. familias.7º edição. São Paulo: saraiva jur,2017.

MADALENO, Rolf. Curso de direito de família, 6º edição revista atualizada e ampliada. Rio de janeiro: revista atualizada e ampliada, 2015.

MADALENO, Rolf. Manual de direito de família, 2º edição revista atualizada. Rio de janeiro: editora forense LTDA, 2018

Melissa, Perola. Curso de direito do idoso, 1º edição editora atlas,2011.

SILVA, Camila valeria de; LEITE, Glauber Salomão. Abandono afetivo inverso:

responsabilidade civil dos filhos. Inter faces cientificas, grupo Tiradentes, portal de periódicos, v. 6, n. 2,2018. Disponível em:

https://periodicos.set.edu.br/index.php/direito/article/view/4948(acesso em 26 de abril de 2019, as 23h51min)

Silva, Lilian poncho; Medeiros, Alexandre alliprandino; penna, João Bosco; penna, Carolina Paulino e Ozaki, Veridiana tonzar Ristori. Responsabilidade civil dos filhos com relação aos pais idosos – abandono material e afetivo, disponível em:http://www.lex.com.br/doutrina_24230664_responsabilidade_civil_dos_filhos_co m_relacao_aos_pais_idosos_abandono_material_e_afetivo.aspx(acesso dia 29 de abril de 2019, as 13h56min)

VIEGAS, Cláudia Mara de Almeida Rabelo de; BARROS, Marília Ferreira. Abandono afetivo inverso: o abandono do idoso e a violação do dever de cuidado por parte da prole. Revista Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Direito PPGDir./UFRGS - Qualis B1 em Direito, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, v. 11, n. 3, 2016.disponivel em: https://www.seer.ufrgs.br/ppgdir/article/view/66610(acessado em 25 de abril de 2019, as 20h00)

VILAS BOAS, Marco Antonio. Estatuto do idoso comentado, 5º edição. Rio de janeiro:forense,2015.

BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. DF: Senado Federal, 1988. (acesso dia 29 de abril de 2019, as 09h45min)

(28)

32

BRASIL. Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. (acessado dia 29 de abril de 2019, as 11h25min)

RAMOS, Paulo Roberto Barbosa. Curso de direito do idoso,1º edição. São Paulo:

saraiva ,2014.

PAIVA, Maria Lucia Fabbres. Os Direitos da Personalidade do Idoso.2005.224f.

dissertação (mestrado em direito civil comparado) - pontifica universidade católica, São Paulo,2005.

BARROS, Erika Emanuelle. abandono afetivo inverso: a responsabilidade civil dos filhos para com os pais idosos. Disponível no endereço eletrônico:

http://repositorio.asces.edu.br/bitstream/123456789/594/1/Dep%C3%B3sito%20final-

%20monografia%20ERIKA-

ABANDONO%20AFETIVO%20INVERSO%20A%20RESPONSABILIDADE%20CIVIL

%20DOS%20FILHOS%20PA2.pdf (acessado 7 de setembro de 2019, as 20:00).

HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Sobre peixes e afetos – um devaneio acerca da ética no direito. Disponível no endereço eletrônico:

http://www.ibdfam.org.br/assets/upload/anais/18.pdf (acessado 24 de setembro de 2019, as 16:40).

XAVIER, Débora Cristina Mota Buere. A Extensão do Direito de visita com base no afeto: dignidade da pessoa humana e garantia de convivência familiar.

2008.104f.dissertação(mestrado departamento de direito Programa de Pós- Graduação em Direito da PUCRio. Rio de Janeiro, maio de 2008.

CALDERÓN, Ricardo. Princípio da afetividade no direito de família 2º. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2017.

Scalquette, Ana Claudia silva, Família e sucessões, 7º edição. são Paulo: atlas,2014.

NAVES, Bruno Torquato de oliveira de; SOUZA, Iara Antunes. Da afetividade à responsabilidade: o pretenso “princípio jurídico da afetividade” no direito de família frente ao princípio da reparação integral. Pensar: revista de ciência jurídica, v.17. n.2, 2012.Disponivel em: https://periodicos.unifor.br/rpen/article/view/2324/pdf (acessado 5 de outubro de 2019, as 22:30).

CANDIA, Ana Carolina Nilce barreira. Responsabilidade civil por abandono imaterial (ou afetivo) direto e inverso. 2017.200f. dissertação (mestrado em direito civil) - pontifica universidade católica, São Paulo,2017.

TOLDO, Adriane medianeiro; MACHADO, Hilza reis. Abandono afetivo do idoso pelos familiares: indenização por danos morais, disponível em:

https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-99/abandono-afetivo-do-idoso-pelos- familiares-indenizacao-por-danos-morais/ (acessado em 24 de setembro de 2019, as 14h25min)

(29)

KARAM, Adriane leitão. Responsabilidade civil: o abandono afetivo e material dos filhos em relação aos pais idosos. Disponível em:

http://www.mpce.mp.br/wpcontent/uploads/ESMP/monografias/dir.familia/responsabil idade.civil.pdf (acessado em 25 de setembro de 2019, as 20h50min)

ROSENVALD, Nelson. As funções da responsabilidade civil. A reparação e a pena civil. 3º edição. São Paulo:Saraiva,2017.

GONÇALVES, Carlos Roberto Responsabilidade civil. 17ºedição, São Paulo:

Saraiva, 2016.

GAGLIANO, Pablo Stolze Novo curso de direito civil, v. 3: responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 16. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.

ALMEIDA, Tais Silva. Abandono afetivo inverso: responsabilidade civil dos filhos em relação aos pais idosos. Disponível no endereço eletrônico:

https://repositorio.unisc.br/jspui/bitstream/11624/1489/1/Ta%C3%ADs%20Silva%20d e%20Almeida.pdf (acessado setembro de 2019, as 17h20min).

MENDONÇA, Debora Batista. Responsabilidade civil decorrente do abandono afetivo inverso. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/66596/responsabilidade-civil- decorrente-do-abandono-afetivo-inverso (acessado em 29 de abril de 2019, as 17h45min)

(30)

34

(31)
(32)

36

Referências

Documentos relacionados

Neste contexto, propõe-se com este trabalho avaliar a viabilidade do uso de solos com diferentes percentagens de sódio trocável e doses de esterco bovino na produção do

para a recepção comercial de hóspedes. A hospitalidade de uma sociedade é reflexo da hospitalidade nos lares dessa sociedade. Por isso, também é fundamental o estudo da

Este artigo procurou reunir e analisar de modo preliminar os dados produzidos pelo município de São Paulo sobre mortalidade de jovens e mortes por ação policial. Consiste

Nesse contexto foram considerados os requisitos do cliente em cada etapa do fluxo de valor, criou-se uma sistemática de caixas de controle (FIFO), criação de planilhas padronizadas

Mesmo os chamados erros previsíveis podem ser afetados por cruzamentos imprevisíveis que aparecem nos enunciados infantis, em função das relações singulares entre

Essa condenação se sustenta e se inscreve numa formação discursiva (PÊCHEUX, 1997, 161) jurídica (FD), seja numa FD médico-psiquiátrico (quando tomado como ponto de

Foi estudada a composição química, os valores de energia metabolizável aparente (EMA) e energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMAn), o coeficiente de

Portanto, quanto ao conteúdo, esta tese abrangeu vários aspectos do tema de Frituras: estudo de dois tipos de óleo utilizados como meio de frituras de produtos cárneos; as