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Alterações clínicas observadas nos relatos de casos clínicos publicados sobre a síndrome de Goldenhar, uma revisão sistemática

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

Fundada em 18 de fevereiro de 1808

Monografia

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Hugo Pedreira Ribeiro Junior

Salvador (Bahia)

Fevereiro, 2014

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FICHA CATALOGRÁFICA

(elaborada pela Bibl. SONIA ABREU, da Bibliotheca Gonçalo Moniz : Memória da Saúde Brasileira/SIBI-UFBA/FMB-UFBA)

R484

Ribeiro Junior, Hugo Pedreira

Alterações clínicas observadas nos relatos de casos clínicos publicados sobre a síndrome de Goldenhar/ Hugo Pedreira Ribeiro Junior. (Salvador, Bahia): HP, Ribeiro Junior, 2014

VIII, 30fls. il. [fluxogr., tab., quadros].

Monografia, como exigência parcial e obrigatória para conclusão do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB), da Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Professor orientador: Liliane Elze Falcão Lins Kusterer

Palavras chaves: 1. Síndrome de Goldenhar. 2. Displasia oculoauriculovertebral. 3. Espectro oculoauriculovertebral. 4. Microssomia hemifacial I. Kusterer, Liliane Elze Falcão Lins. II. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. III. Título.

(3)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

Fundada em 18 de fevereiro de 1808

Monografia

Alterações clínicas observadas nos relatos de casos clínicos

publicados sobre a síndrome de Goldenhar, uma revisão

sistemática

Hugo Pedreira Ribeiro Junior

Professor orientador: Liliane Elze Falcão Lins Kusterer

Monografia de Conclusão do Componente

Curricular MED-B60/2013.2, como

pré-requisito obrigatório e parcial para conclusão

do curso médico da Faculdade de Medicina da

Bahia da Universidade Federal da Bahia,

apresentada ao Colegiado do Curso de

Graduação em Medicina.

Salvador (Bahia)

Fevereiro, 2014

(4)

Monografia: Alterações clínicas observadas nos relatos de casos clínicos publicados

sobre a síndrome de Goldenhar, de

Hugo Pedreira Ribeiro Junior.

Professor orientador: Liliane Elze Falcão Lins Kusterer

COMISSÃO REVISORA:

Liliane Elze Falcão Lins Kusterer (Presidente),Professora Adjunta 1 do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

Renée Amorim dos Santos Félix, Professora Assistente 1 do Departamento de Patologia e medicina Legal da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

Regina Terse Trindade Ramos, Professora Adjunta 2 do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

Katrine Bezerra Cavalcanti, Doutorando do Curso de Doutorado do Programa de Pós graduação em Patologia (PPgPat) da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.

TERMO DE REGISTRO ACADÊMICO

: Monografia avaliada pela Comissão Revisora, e julgada apta à apresentação pública no VI Seminário Estudantil de Pesquisa da Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA, com posterior homologação do conceito final pela coordenação do Núcleo de Formação Científica e de MED-B60 (Monografia IV). Salvador (Bahia), em ___ de _____________ de 2014.

(5)

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”. (Chico

(6)

Aos Meus Pais, Waldecy Ribeiro e

(7)

EQUIPE

 Hugo Pedreira Ribeiro Junior, Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA. Endereço para contato: Rua Augusto Viana, s/n, Bairro Canela – 40110-060 Salvador, Bahia, Brasil. Correio-e: hugoprjr@hotmail.com;

 Liliane Elze Falcão Lins Kusterer, Professora adjunta, Departamento de Medicina Preventiva e Social, Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA;

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

 Faculdade de Medicina da Bahia (FMB)

FONTES DE FINANCIAMENTO

(8)

AGRADECIMENTOS

À minha orientadora, Professora Liliane Elze Falcão Lins Kusterer, por ter me apresentado ao tema Síndrome de Goldenhar, e pelo auxílio constante, estando sempre presente me orientando na realização deste trabalho.

(9)

SUMÁRIO

ÍNDICE DE TABELAS, FLUXOGRAMAS E QUADROS

2

I. RESUMO

3

II. OBJETIVOS

4

II.1. Principal

4

II.2. Secundários

4

III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5

IV. METODOLOGIA

9

IV.1. Desenho de estudo 9

IV.2. Bases de dados 9

IV.3. Estratégias de busca 9

IV.4. Critérios de inclusão 10

IV.5. Crtérios de exclusão 10

V. RESULTADOS

11

V.1. Resultado da busca, seleção e obtenção de artigos 11 V.2. Resultados extraídos dos artigos pesquisados 14

VI. DISCUSSÃO

20

VII. CONCLUSÕES

25

VIII. SUMMARY

27

(10)

ÍNDICE DE TABELAS, FLUXOGRAMAS E QUADROS

TABELAS

Tabela 1. Resultados da aplicação dos descritores nas bases de dados

11

FLUXOGRAMAS

Fluxograma 1. Sequência de seleção de artigos

11

QUADROS

Quadro 1. Artigos obtidos

12

(11)

I. RESUMO

ALTERAÇÕES CLÍNICAS OBSERVADAS NOS RELATOS DE CASOS CLÍNICOS PUBLICADOS SOBRE A SÍNDROME DE GOLDENHAR, UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. A Síndrome de Goldenhar é uma anomalia congênita rara, de etiologia

desconhecida, caracterizada pela tríade clássica de alterações oculares, auriculares e vertebrais, freqüentemente associadas a outras malformações congênitas como anomalias faciais, cardíacas, renais e do sistema nervoso central. Essa síndrome tem como sinonímias: displasia oculoauriculovertebral, espectro oculoauriculovertebral ou microssomia hemifacial. A displasia oculoariculovertebral ocorre a partir de uma disrupção vascular no embrião, entre o 35º e 40º dia de gestação, impedindo a morfogênese correta das estruturas derivadas do primeiro e segundo arcos branquiais. Objetivo: identificar, através de uma revisão sistemática da literatura, as alterações clínicas (mais frequentemente encontradas) observadas nos relatos de casos clínicos publicados sobre a Síndrome de Goldenhar. Metodologia: trata-se de um revisão sistemática de literatura, fundamentada em pesquisa de artigos nas bases de dados eletrônicos: Lilacs, Pubmed e Scielo. As buscas foram realizadas até março de 2013, e como critérios de inclusão: artigos relacionados à Síndrome de Goldenhar, publicados a partir do ano 2000, que consistissem de relato de caso clínico de um único paciente, nos idiomas inglês, português e espanhol. Resultados: Nos 27 artigos pesquisados, encontrou-se 15 pacientes do sexo masculino e 12 do sexo feminino. As idades variaram de 1 dia a 28 anos. As alterações clínicas mais frequentes foram as alterações auriculares, seguidas pelas alterações oculares, vertebrais, faciais, mandibulares, esqueléticas, cardíacas, orais, gênito-urinárias, dentárias, neurológicas, nasais, vasculares, cranianas, mentais, pulmonares, dermatológicas, do desenvolvimento neuropsicomotor, hérnias e outras alterações. Discussão: Os resultados desse trabalho são concordantes com a maioria da literatura especializada sobre o tema, a qual cita as alterações auriculares, oculares, vertebrais e faciais como as principais alterações clínicas presentes nos portadores da Síndrome de Goldenhar. Conclusões: O paciente portador da Síndrome de Goldenhar apresenta uma grande diversidade de alterações clínicas. A reabilitação destes pacientes deve ser realizada de forma individual, por meio de uma abordagem multidisciplinar.

Palavras-chaves: 1. Síndrome de Goldenhar; 2. Displasia oculoauriculovertebral; 3. Espectro

(12)

II. OBJETIVOS

II.1. PRINCIPAL

 Identificar, através de uma revisão sistemática da literatura, as alterações clínicas (mais frequentemente encontradas) observadas nos relatos de casos clínicos publicados sobre a Síndrome de Goldenhar.

II.2. SECUNDÁRIOS

1. Identificar quais os grupos de alterações clínicas são mais frequentes nos relatos de casos clínicos publicados sobre a Síndrome de Goldenhar.

2. Identificar em cada grupo quais as alterações clínicas mais frequentes de forma isolada.

3. Identificar a frequência de cada uma das alterações clínicas presentes nos relatos de casos clínicos publicados sobre a Síndrome de Goldenhar.

(13)

III. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Síndrome de Goldenhar é uma anomalia congênita rara, de etiologia desconhecida, caracterizada pela tríade clássica de alterações oculares, auriculares e vertebrais, freqüentemente associadas a outras malformações congênitas como anomalias faciais, cardíacas, renais e de sistema nervoso central (Nakajima, 1998; Brosco, 2004; Palheta Neto, 2007; Coutinho, 2012). Seus achados principais consistem de anomalias, geralmente assimétricas, envolvendo olhos (como dermóide epibulbar), orelhas (em especial, microtia e apêndices préauriculares), coluna (alterações vertebrais, como vértebras fusionadas ou hemivértebras) e face (microssomia hemifacial) (Rosa, 2010A).

Essa síndrome também pode ser chamada de displasia óculoaurículovertebral (Cohen, 1989; Nakajima, 1998; Palheta Neto, 2007). Além de também ser identificada pelas sinonímias de espectro oculoauriculovertebral ou microssomia hemifacial (Palheta Neto, 2007; Rosa, 2010A; Rosa, 2010B; Rosa, 2011).

Foi descrita pela primeira vez por Von Arlt em 1845, sendo reconhecida como entidade clinica por Maurice Goldenhar em 1952. Atualmente é mais conhecida como displasia óculoaurículovertebral, nomenclatura dada por Gorlin em 1963 e por Sugar em 1966. No Brasil o primeiro caso foi descrito, em 1971 (Brosco, 2004; Coutinho, 2012).

A displasia oculoariculovertebral ocorre a partir de uma disrupção vascular no embrião, entre o 35º e 40º dia de gestação, impedindo a morfogênese correta das estruturas derivadas do primeiro e segundo arcos branquiais, resultando no quadro clínico presente ao nascimento. (Palheta Neto, 2007) Dos mecanismos patofisiológicos, há as hipóteses de um suprimento reduzido de sangue ou de uma hemorragia focal na região de desenvolvimento dos primeiro e segundo arcos branquiais, ocorrido por volta dos 30-45 dias de gestação, no período da blastogênese (Rosa, 2011).

A Síndrome de Goldenhar é uma herança multifatorial, podendo associar-se a transtornos genéticos, cromossômicos e teratogênicos ambientais, que resultam em distúrbios de blastogênese. A influência desses fatores, durante a gravidez pode ser responsável pelo surgimento da doença. A

(14)

ingestão de algumas drogas como a cocaína, talidomida, ácido retinóico e tamoxifen pela mãe são relatados como fatores para o desenvolvimento da doença. As anomalias do 1º e 2º arcos branquiais também têm sido observadas em crianças nascidas de mães diabéticas (Palheta Neto, 2007; Rosa, 2011; Coutinho, 2012). Verificou-se importante associação entre o desenvolvimento dessa síndrome e a presença de malnutrição, contato com tabaco e herbicida, os quais levam à produção de radicais livres que provocam a quebra do DNA resultando em malformação congênita (Palheta Neto, 2007). Algumas evidências sugerem a existência também de determinantes genéticos em alguns casos. Algumas famílias, apresentando um padrão de herança autossômico recessivo e autossômico dominante, têm sido relatadas (Rosa, 2010A; Rosa, 2011). Apesar de terem sido descritos casos novos com herança autossômica, acredita-se que a grande maioria é esporádica (Palheta Neto, 2007; Coutinho, 2012).

Esta síndrome é uma condição rara, complexa e fenotipicamente bastante variável. Sua prevalência tem sido estimada em torno de um caso para cada 5.600 a 26.550 nascimentos, havendo maior acometimento de indivíduos do sexo masculino que do feminino (em uma proporção de cerca de 3:2). O envolvimento varia de leve a grave, sendo também de 3:2 a relação lado direito/lado esquerdo quando a malformação é unilateral, o que se verifica em 70% dos casos (Cohen, 1989; Rosa, 2010A; Rosa, 2010B; Rosa, 2011; Coutinho, 2012).

Devido à variabilidade do quadro clínico, há pacientes acometidos com manifestações clínicas mínimas predominando assimetria facial e as displasias de pavilhão auricular. Microssomia hemifacial e as displasias de pavilhão auricular estão presentes em 65% dos casos (Palheta Neto, 2007).

Apesar de não existirem critérios mínimos de diagnóstico, podemos considerar como característica essencial para diagnosticar a Síndrome de Goldenhar a presença de microtia ou outra malformação auricular ou auricular, associada a uma assimetria facial. As alterações pré-auriculares, são nomeadamente apêndices pré-pré-auriculares, podendo ser únicos ou múltiplos, e se localizam logo adiante do pavilhão. Como alterações auriculares, podemos também encontrar estenose ou agenesia do conduto auditivo externo, sendo que as alterações podem não se limitar ao

(15)

ouvido externo, estando descritas também alterações no ouvido médio e/ou ouvido interno. Estas alterações estão ligadas à surdez de transmissão que muitos destes doentes apresentam, a que por vezes se pode associar uma surdez sensorioneural. Trata-se de uma população em que o risco de ocorrência de otite média devido à anatomia alterada do crânio e da face (Coutinho, 2012).

As malformações auriculares podem ser unilaterais ou bilaterais, surgindo umbilicação do pavilhão, o qual pode implantar-se anteriormente ou inferiormente, além de sua forma variar da micrognatia, até o alargamento do lóbulo ou mesmo anognatia. Em alguns casos pode coexistir com fistulas periauriculares. O conduto auditivo externo pode apresentar-se com estenose, agenesia ou ter o conduto auditivo terminando em fundo de saco (Palheta Neto, 2007).

Na face, é frequente uma assimetria mais ou menos acentuada, relacionada com hipoplasia da mandíbula e do malar; pode também existir macrostomia, hipoplasia da musculatura facial (Palheta Neto, 2007; Coutinho, 2012).

Nas alterações oculares é característica da Síndrome de Goldenhar, a presença de formações dermoides epibulbares, podendo também existir colobomas da pálpebra superior, blefaroptose e estreitamento da fenda palpebral (Coutinho, 2012).

Até 30% dos pacientes apresentam alterações de coluna, variando desde espinha bífida e hemivertebra até fusão e hipoplasia vertebral. As anormalidades esqueléticas mais encontradas são de vértebras cervicais, como occipitalização do Atlas, sinostoses, vértebras cuneiformes, sendo de grande incidência o acometimento de vértebras mais inferiores, a semelhança do que ocorre na espinha bífida (Palheta Neto, 2007). O envolvimento da coluna vertebral é frequente, estando descritas alterações da charneira occipitovertebral, fusão de vértebras, hemivértebras, escoliose ou outras anomalias mais complexas (Coutinho, 2012).

Quando feita a exploração da cavidade oral, verificam-se as características do palato, cujas alterações nos mostram relação com possíveis transtornos da tuba auditiva e da ventilação da orelha média, e, frequentemente, maloclusão dentária (Palheta Neto, 2007; Coutinho, 2012).

A frequência das malformações cardiovasculares na síndrome de Goldenhar varia de 5% a 58% (Palheta Neto, 2007; Rosa, 2010A; Rosa, 2010B). Tetralogia de Fallot são as malformações

(16)

cadíacas mais encontradas nessa síndrome. Outros problemas cardiovasculares relatados incluem coarctação da aorta, malformação de ductos arteriais, transposição de grandes artérias, destrocardia, defeitos septais atrial e ventricular, anomalias de artérias coronárias, descência de aorta para o lado direito, anomalias das veias cavas superior e inferior e distúrbios arrítmicos (Palheta Neto, 2007).

Em 5% dos pacientes com Síndrome de Goldenhar ocorrem alterações renais e de traquéia. Estima-se que 5% a 10% tenham algum grau de deficiência mental, com ou sem alteração estrutural do sistema nervoso central (Palheta Neto, 2007).

São observadas as características de implantação do cabelo, das sobrancelhas, olhos, nariz e pescoço revelando associação com síndromes disgenéticas. Muitos pacientes foram relatados apresentando anomalias complexas multisistêmicas, associadas à síndome de Goldenhar, incluindo problemas respiratórios, dermatológicos, ósseos, genitourinários, gastrointestinais, do sistema nervoso central, muscular e do sistema endócrino (Palheta Neto, 2007).

A expectativa de vida e o nível intelectual geralmente estão dentro dos padrões normais; a audição deve ser testada em todos os casos devendo ser corrigida precocemente qualquer alteração detectada. A correção da maloclusão dentária é frequentemente necessária, assim como a cirurgia plástica para a remoção dos apêndices pré-auriculares e dos grandes dermoides epibulbares e também para correção das fendas palatinas e alguns casos de microssomia hemifacial (Coutinho, 2012). As alterações cardíacas, pulmonares e renais são evidenciadas predominantemente nos primeiros meses de vida, mas há relatos de diagnósticos em pacientes adultos com mais de trinta anos de idade (Palheta Neto, 2007).

(17)

IV. METODOLOGIA

IV.1 DESENHO DE ESTUDO

Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, propondo identificar as alterações clínicas encontradas nos relatos de casos clínicos publicados sobre a Síndrome de Goldenhar.

IV.2 BASES DE DADOS

A revisão sistemática de literatura será fundamentada em pesquisa de artigos nas bases de dados eletrônicos: Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), através do site http://lilacs.bvsalud.org; Pubmed, através do site http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed, e Scielo (Scientific Electronic Library Online), através do site http://www.scielo.org.

IV.3 ESTRATÉGIAS DE BUSCA

Serão utilizados nas três bases de dados os seguintes descritores:  Síndrome de Goldenhar;

Goldenhar’s Syndrome.

As buscas para a revisão da literatura foram realizadas até março de 2013, e todos os artigos encontrados tiveram os seus títulos e resumos lidos, a fim de incluir apenas aqueles que estivessem relacionados à temática estudada, e selecionar os artigos que seriam lidos integralmente.

(18)

IV.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Artigos relacionados à doença Síndrome de Goldenhar, publicados a partir do ano 2000, que consistissem de relato de caso clínico de um único paciente, nos idiomas inglês, português e espanhol.

IV.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Foram excluídos os artigos repetidos em mais de uma das bases de dados, publicados antes do ano 2000, que não tratavam da doença em questão, que não consistiam de relato de caso clínico, ou que consistiam de relato de caso clínico de mais de um paciente, publicados em idiomas diferentes dos supracitados.

(19)

V. RESULTADOS

V.1. RESULTADO DA BUSCA, SELEÇÃO E OBTENÇÃO DE ARTIGOS

A pesquisa realizada nas bases de dados Lilacs, Pubmed e Scielo, utilizando os descritores síndrome de goldenhar e goldenhar’s syndrome, encontrou 357 trabalhos científicos, e o resultado é demonstrado na Tabela 1.

Tabela 1. Resultados da aplicação dos descritores nas bases de dados.

Descritor LILACS PUBMED SCIELO

Síndrome de Goldenhar 56 82 17

Goldenhar’s Syndrome 12 172 18

Através da análise dos títulos e resumos, foram excluídos 329 artigos de acordo com os critérios de exclusão supracitados. Foram selecionados 28 artigos, sendo 14 da base de dados Lilacs, 12 do Pubmed e 2 do Scielo. Um artigo da base de dados Pubmed teve busca indisponível. O fluxograma 1 esquematiza a sequência de seleção dos artigos.

Fluxograma 1. Sequência de seleção de artigos.

357 artigos encontrados: Lilacs68 Pubmed254 Scielo35 329 artigos excluídos por leitura de título e resumo 28 artigos selecionados 27 artigos obtidos 1 artigo excluído por busca indisponível

(20)

O quadro 1 lista os 27 artigos que foram obtidos através de acesso ao V.P.N. – Virtual Private

Network – da Universidade Federal da Bahia, e através do acervo da Professora Orientadora.

Quadro 1. Artigos obtidos.

TÍTULO AUTORES REFERÊNCIA BASE DE DADOS

Do you know this syndrome? / Você conhece esta síndrome?

Almeida, Luiz Maurício Costa; Diniz, Michelle dos Santos; Diniz, Lorena dos Santos.

An Bras Dermatol; 87(3): 495-497, May-June 2012.

Lilacs

Você conhece esta síndrome? / Do you know this syndrome?

Paixão, Maurício Pedreira; Miot, Hélio Amante.

An Bras Dermatol; 82(3): 273-276, maio-jun. 2007.

Lilacs Increased arterial distensibility

and renovascular hypertension in Goldenhar syndrome

Drager, Luciano F; Silva, Hélio

Bernardes; Bortolotto, Luiz A. Clinics; 60(2): 173-176,

Apr. 2005. Lilacs

Goldenhar's syndrome: case report

Pinheiro, Antônio Luiz Barbosa; Araújo, Luciana Cavalcanti; Oliveira, Suely Baptista; Sampaio, Maria Carmeli Correia; Freitas, André Carlos.

Braz Dent J; 14(1):

67-70, June 2003. Lilacs

Síndrome de Goldenhar: uma abordagem fonoaudiológica / Goldenhar Syndrome: speech-language approach

Busanello, Angela Ruviaro; Silva, Ana Maria Toniolo da;

Christmann, Mara Keli; Finamor, Marcele Machado; Sonego, Marília Trevisan; Barcellos, Rafaeli Alves; Weich, Tainara Milbradt; Scherer, Talita Marin.

Rev. CEFAC; 14(3): 566-573, maio-jun. 2012.

Lilacs

Monozygotic twins discordant for Goldenhar syndrome

Verona, Leonardo Lima; Damian, Nicholas Godoy Canazza; Pavarina, Lucimara P; Ferreira, Cristina H. F; Melo, Débora Gusmão.

J Pediatr (Rio J); 82(1):

75-78, Jan. - Fev. 2006. Lilacs Asociación sindromática: Poland,

Goldenhar, Moebius, Klippel-Feil: presentación de un caso clínico / Poland, Goldenhar, Moebius, Klippel-Feil syndrome: a clinical case

Cares B., Carolina; Aravena C., Teresa.

Rev Chil Pediatr; 81(1):

53-57, feb. 2010. Lilacs As alterações fonoaudiológicas

na síndrome de Goldenhar: relato de caso / Speech, language and hearing deficits in the Goldenhar syndrome: case report

Silva, Rafaela Carolina Lopez; Alves, Fabiana Faúla da Silva; Gonzaga Netto, Sírley Soares; Silva, Carla Menezes da.

Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol; 13(3): 290-295, jul.-set. 2008. Lilacs Alterações fonoaudiológicas presentes em um caso de síndrome de Goldenhar / Language and hearing

characterization in the Goldenhar syndrome: case report

Lima, Fernanda Thieme; Araújo, Camila Brenner de; Sousa, Elaine Colombo; Chiari, Brasília Maria

Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol; 12(2): 141-145, 2007.

Lilacs

(21)

QUADRO 1.[continuação] El uso de la máscara laríngea en un niño con síndrome de

Goldenhar / Secondary chokes to ventilation ranstraqueal jet in a pediátrico patient

Orcada García, Willy. Rev. colomb. anestesiol;

34(3)jul.-sept. 2006. Lilacs

Síndrome de Goldenhar: relato de caso / Goldenhar's syndrome: a case report

Farias, Jener G; Oliveira,

Christiano; Santiago, Hamurabi B; Campos, Paulo S. F; Carneiro, Gleicy G. V. S; Meirelles, Mayle M.

Rev. ciênc. méd. biol; 4(1): 77-82, jan.-abr. 2005

Lilacs

Síndrome de Goldenhar asociado a embarazo / Goldenhar

syndrome and pregnancy

Evans M., Gregorio; Poulsen R., Ronald; Bujes M., Andrés; Estay R., Angela; Escalona M., Javier; Aguilar V., Javier.

Rev Chil Obstet Ginecol; 69(6): 464-466, 2004. Lilacs Displasia oculoauriculovertebral o síndrome de Goldenhar. Estudio multidisciplinario de un caso clínico / Oculoauriculovertebral displasia or Goldehar syndrome. Multidisciplinary study of a clinical case

La Barca Lleonart, Marina de; Paz Sarduy, Adalberto; Ocaña Gil, María Antonia; Atienza Lois, Leonardo

Rev. cuba. oftalmol; 14(1): 42-46, ene.-jun. 2001.

Lilacs

Deformidades maxilo-faciais em associação com Síndrome de Goldenhar / Maxillofacial deformities in association with Goldenhar Syndrome

Silva, João Bosco Oliveira Ribeiro da; Pomarico, Luciana; primo, Laura Guimarães.

Rev.Bras. Odontol; 65(2): 181-185, jul.-dez. 2008.

Lilacs

Solitary median maxillary central incisor in association with Goldenhar’s syndrome: a case report

Garcia de Paula e Silva, FW; de Carvalho, FK; Diaz-Serrano, KV; de Freitas, AC; Borsatto, MC; de queiroz, AM.

Spec. Care Dentist; 27(3): 105-107, may-jun. 2007.

Pubmed

Morning glory anomaly with bilateral choroidal colobomas in a patient with Goldenhar’s

syndrome.

Chaudhuri,Z; Grover, AK; Bageja, S; Jha, SN; Mohan, S.

J. Pediatr. Ophthalmol. Strabismus;

44(3):187-189, may-jun. 2007. Pubmed

Goldenhar’s sequence with associated juvenile glaucomain Turner’s syndrome

Rao, VA; Kaliaperumal, S; Subramanyan, T; Rao, KR; Bhargavan, R.

Indian J. Ophthalmol; 53

(4): 267-268, dec. 2005. Pubmed

Goldenhar’s syndrome associated with multiple congenital abnormalities

Bayraktar, S; Bayraktar, ST; Ataoglu, E; Ayaz, A; Elevli, M.

J. Trop. Pediatr; 51(6):

377-779, dec. 2005 Pubmed

Goldenhar’s syndrome (oculo-auriculo-vertebral dysplasia) with congenital facial nerve palsy

Berker, N; Acaroglu, G; Soykan, E

Yonsei Med. J; 45(1):157-160, feb. 2004.

Pubmed CONTINUA

(22)

QUADRO 1. [continuação]

Multiple accessory tragi as a clue to the diagnosis of the oculo-auriculo-vertebral (goldenhar syndrome)

Miller, TD; Metry, D J. Am. Acad. Dermatol;

50(2): 11-13, feb. 2004. Pubmed

Goldenhar’s syndrome: case

report Adeoye, AO

East. Afr. Med. J; 79(9):

502-504, sep. 2002. Pubmed

Pseudotumor cerebri in a patient with Goldenhar’s and Duane’s syndromes

Tillman, O; Kaiser, HJ; Killer, HE.

Ophthalmologica; 216(4): 296-299, jul-aug. 2002.

Pubmed

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Unilateral semicircular canal aplasia in Goldenhar’s Syndrome

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Med. oral patol. oral cir. bucal; 12(7): 528-531, Nov. 2007

Scielo

Síndrome de Goldenhar asociado a válvulas de la uretra posterior/ Goldenhar syndrome associated to posterior urethral valves

Palacios, Alberto; Carvalho, António Pedro; Castro, Ribeiro de; Reis, Armando

Arch. Esp. Urol.; 60(1):

69-71, feb. 2007. Scielo

V.2. RESULTADOS EXTRAÍDOS DOS ARTIGOS PESQUISADOS

Nos 27 artigos pesquisados, encontrou-se 15 pacientes do sexo masculino e 12 do sexo feminino. As idades variaram de 1 dia a 28 anos, sendo que 23 indivíduos (85%) possuíam idade inferior a 13 anos.

Nove pacientes mostraram predomínio das alterações clínicas no lado direito do corpo, nove pacientes mostraram alterações predominando no lado esquerdo, e nove pacientes apresentaram alterações em ambos os lados do corpo, sem predomínio de um lado sobre o outro.

As alterações clínicas mais frequentes foram as alterações auriculares, seguidas pelas alterações oculares, vertebrais, faciais, mandibulares, esqueléticas, cardíacas, orais, gênito-urinárias, dentárias, neurológicas, nasais, vasculares, cranianas, mentais, pulmonares, dermatológicas, do desenvolvimento neuropsicomotor, hérnias e outras alterações.

(23)

Considerando que um mesmo indivíduo pode apresentar mais de um tipo de alteração do mesmo grupo, vemos que as alterações auriculares foram citadas 55 vezes nos 27 relatos de caso. A microtia foi a alteração mais frequente desse grupo, pois estava presente em 13 dos 27 relatos de caso, ou seja, 48,1% de frequência; e apêndices auriculares tiveram 40,7% de frequência, estando presentes em 11 relatos.

As alterações oculares foram citadas 36 vezes, com dermóides epibulbares presentes em 7 dos 27 relatos (frequência de 29,5%), seguidos pelo estrabismo, que foi citados 5 vezes (frequência de 18,5%).

O terceiro grupo de alterações mais frequentes foi o grupo de alterações vertebrais, com escoliose e hemivértebra, ambas presentes em 5 dos 27 relatos de caso, sendo a frequência de cada uma delas de 18,5%; e fusão de vértebras e displasia vertebral, ambas citadas 3 vezes (frequência de 11,1%).

As alterações faciais foram citadas 22 vezes, com a microssomia hemifacial presente em 20 dos 27 relatos, sendo a alteração clínica mais frequente isoladamente, apresentando frequência de 74%.

A micrognatia foi a única alteração mandibular citada nos artigos, sendo a segunda alteração clínica mais frequente isoladamente, presente em 17 dos 27 relatos, com frequência de 62,9%.

As alterações esqueléticas foram citadas 16 vezes, com pectus excavatum, fusão de costelas e pescoço curto presentes, cada um deles, em 2 relatos de caso, com frequência de 7,4% de cada uma destas alterações.

Alterações cardíacas foram citadas 14 vezes, e a comunicação interventricular foi a mais citada desse grupo, estando presente em 4 dos 27 relatos, e apresentando uma frequência de 14,8%; seguida pela comunicação interatrial, presente em 2 relatos (frequência de 7,4%).

As alterações orais foram citadas 13 vezes nos artigos, com lábio leporino e palato profundo sendo as mais frequentes desse grupo, ambas aparecendo em 2 dos 27 relatos, com frequência de 7,4% de cada uma delas.

(24)

Alterações gênito-urinárias foram citadas 11 vezes nos artigos pesquisados, sendo que as alterações renais foram as mais frequentes, com agenesia renal bilateral, ectopia renal e hipoplasia renal unilateral, com frequência de 7,4% cada uma delas.

As alterações dentárias foram citadas 9 vezes, com sobremordida e apinhamento dentário, ambas presentes em 2 dos 27 relatos de caso, apresentando cada uma delas a frequência de 7,4%.

As alterações neurológicas foram citadas 6 vezes, e a paralisia do nervo facial foi citada em 3 trabalhos, sendo a principal desse grupo de alterações, com frequência de 11,1%.

Ponte nasal achatada foi a alteração nasal mais frequente (7,4%), estando presente em 2 relatos de caso, seguida pelo desvio de septo nasal e assimetria das fossas nasais, ambas presentes, cada uma, em 1 relato de caso.

As alterações vasculares foram citadas 3 vezes, e estenose da artéria renal, hipertensão arterial sistêmica e transposição de grandes artérias foram as únicas alterações desse grupo, sendo cada uma citada 1 vez, com frequência de 3,7% de cada uma dessas alterações.

Alterações do desenvolvimento neuropsicomotor, cranianas, mentais, pulmonares, dermatológicas e hérnias tiveram a mesma frequência (7,4%), sendo citadas 2 vezes cada uma delas.

Outras alterações clínicas presentes nos artigos pesquisados, e não englobadas nos grupos acima citados, foram: desvio do pescoço para a esquerda, atresia anal, ânus deslocado anteriormente, hiperplasia medial dos supercílios, baixa estatura, hemangioma no dedo indicador esquerdo e agenesia do músculo peitoral maior esquerdo. Cada uma dessas alterações estava presente em um único relato de caso, sendo 3,7% a frequência de cada uma delas.

O quadro 2 mostra todas as alterações clínicas encontradas nos 27 artigos pesquisados, indicando a frequência de cada uma dessas alterações clínicas nos relatos de caso.

(25)
(26)
(27)
(28)

VI. DISCUSSÃO

Nesse presente trabalho, de 27 artigos pesquisados, 18 (66,6%) relatavam acometimento em um dos lados do corpo, sendo nove predominando no lado direito do corpo e nove predominando no lado esquerdo do corpo. Portanto, os relatos de unilateralidade são condizentes com outros relatos, porém não houve predomínio do lado direito sobre o esquerdo, como é relatado em trabalhos anteriores. A Síndrome de Goldenhar tem grande variabilidade de expressão, sendo que, em 70% dos pacientes, há acometimento unilateral e, quando existe acometimento bilateral, um dos lados é mais afetado (Verona, 2006). O envolvimento varia de leve a grave, sendo de 3:2 a relação lado direito/lado esquerdo quando a malformação é unilateral, o que se verifica em 70% dos casos (Coutinho, 2012).

Nos 27 artigos pesquisados, encontrou-se 15 pacientes do sexo masculino e 12 do sexo feminino, o que aproxima-se dos achados de outros artigos. No espectro oculoauriculovertebral, também conhecido como Síndrome de Goldenhar, há um maior acometimento de indivíduos do sexo masculino que do feminino, em uma proporção de cerca de 3:2 (Rosa, 2011; Coutinho, 2012).

As alterações clínicas mais citadas nesse presente trabalho foram as alterações auriculares, seguidas pelas alterações oculares, vertebrais, faciais, mandibulares, esqueléticas, cardíacas, orais, gênito-urinárias, dentárias, neurológicas, nasais, vasculares, cranianas, mentais, pulmonares, dermatológicas, do desenvolvimento neuropsicomotor, hérnias e outras alterações. Isso demonstra a grande variabilidade de sintomatologia apresentada pelos pacientes. Os resultados desse trabalho são concordantes com a maioria da literatura especializada sobre o tema, a qual cita as alterações auriculares, oculares, vertebrais e faciais como as principais alterações clínicas presentes nos portadores da Síndrome de Goldenhar. A Síndrome de Goldenhar é caracterizada pela tríade clássica de alterações oculares, auriculares e vertebrais, freqüentemente associadas a outras malformações congênitas como anomalias faciais, cardíacas, renais e de sistema nervoso central (Nakajima, 1998; Brosco, 2004; Palheta Neto, 2007; Coutinho, 2012). Muitos pacientes foram relatados apresentando anomalias complexas multisistêmicas, associadas à síndome de Goldenhar, incluindo problemas

(29)

respiratórios, dermatológicos, ósseos, genitourinários, gastrointestinais, do sistema nervoso central, muscular e do sistema endócrino (Palheta Neto, 2007).

Como resultado desse trabalho, as alterações auriculares foram as mais frequentes, citadas 55 vezes nos 27 relatos de caso, já que um mesmo indivíduo pode apresentar mais de um tipo de alteração do mesmo grupo. A microtia foi a alteração mais frequente desse grupo, com 48,1% de frequência, e apêndices auriculares tiveram 40,7% de frequência. As alterações faciais foram citadas 22 vezes nos 27 relatos, com a microssomia hemifacial sendo a alteração clínica mais frequente isoladamente, apresentando frequência de 74%, e a macrostomia bilateral com frequência de 3,7%. A micrognatia foi a segunda alteração clínica mais frequente isoladamente, com frequência de 62,9%. Devido à variabilidade do quadro clínico, há pacientes acometidos com manifestações clínicas mínimas, predominando assimetria facial e as displasias de pavilhão auricular. Microssomia hemifacial e as displasias de pavilhão auricular estão presentes em 65% dos casos (Palheta Neto, 2007). Apesar de não existirem critérios mínimos de diagnóstico, podemos considerar como característica essencial a presença de microtia ou outra malformação auricular ou pré-auricular, associada a uma assimetria facial (Coutinho, 2012).

As alterações auriculares presentes nesse trabalho são as mais variadas possíveis. São elas: microtia, apêndices auriculares, anotia, ausência de conduto auditivo externo, estenose de conduto auditivo externo, trago acessório, perda auditiva neurossensorial, perda auditiva mista, atresia do canal auditivo, hipoacusia, canal auditivo incompleto, baixa implantação da orelha, perda auditiva de condução, hipoplasia da cóclea, agenesia da cóclea, do vestíbulo e dos canais semicirculares, aplasia dos canais semicirculares, orelhas proeminentes, disacusia e agenesia do estribo. As más formações da orelha externa podem ser desde simples alterações no pavilhão auricular até a ausência completa deste e do meato acústico externo (Busanello, 2012). Podemos encontrar estenose ou agenesia do conduto auditivo externo, sendo que as alterações podem não se limitar ao ouvido externo, estando descritas também alterações no ouvido médio e/ou ouvido interno. Anomalias do ouvido interno são raramente observadas em pacientes com Síndrome de Goldenhar (Lemmerling, 2000).

(30)

Nesse trabalho, podemos observar que as alterações oculares foram o segundo grupo de alterações mais frequentes, sendo citadas 36 vezes nos 27 relatos de caso, pois, como comentado anteriormente, um mesmo indivíduo pode apresentar mais de um tipo de alteração do mesmo grupo. Os dermóides epibulbares foram os mais frequentes (29,5%), seguidos pelo estrabismo (frequência de 18,5%), anoftalmia e dermolipoma (frequência de 11,1%, cada um) e blefaroptose (frequência de 7,4%). Nas alterações oculares é característica da Síndrome de Goldenhar, a presença de formações dermoides epibulbares, podendo também existir colobomas da pálpebra superior, blefaroptose e estreitamento da fenda palpebral (Coutinho, 2012). As anomalias oculares mais encontradas são os dermóides e lipodermóides epibulbares (Silva, 2008).

O grupo de alterações vertebrais foi o terceiro grupo de alterações mais frequentes nos 27 relatos de caso pesquisados para a realização deste trabalho, sendo escoliose e hemivértebra as mais frequentes com uma frequência de cada uma delas de 18,5%, fusão de vértebras e displasia vertebral, ambas com frequência de 11,1%, e espinha bífida com frequência de 7,4%. As anomalias vertebrais podem compreender ausência de vértebras, hemivértebras, fusão de vértebras, cifose e escoliose (Silva, 2008). Até 30% dos pacientes apresentam alterações de coluna, variando desde espinha bífida e hemivertebra até fusão vertebral e hipoplasia vertebral (Palheta Neto, 2007).

Nos 27 relatos de caso, as alterações cardíacas foram citadas 14 vezes, e a comunicação interventricular foi a mais citada desse grupo, com uma frequência de 14,8%; seguida pela comunicação interatrial, cuja frequência foi de 7,4%. Nesse trabalho, a Tetralogia de Fallot não foi a mais frequente, e sua frequência foi de 3,7%. As alterações vasculares encontradas nos relatos de caso incluíam estenose da artéria renal, hipertensão arterial sistêmica e transposição de grandes artérias, sendo cada uma delas citada 1 vez, com frequência de 3,7% para cada uma dessas alterações. Em um estudo composto por 294 indivíduos com displasia oculoauriculovertebral, 5% apresentavam anormalidades cardiovasculares, incluindo cardiomegalia, hipertrofia ventricular, defeitos septais atriais e ventriculares, Tetralogia de Fallot, anomalias arteriais, estenose aórtica, e anomalias da artéria pulmonar (Drager, 2005). Tetralogia de Fallot são as malformações cadíacas mais encontradas nessa síndrome (Palheta Neto, 2007).

(31)

Nesse trabalho, observou-se uma frequência de 7,4% para deficiência mental leve, o que condiz com outros trabalhos. Cerca de 10% dos pacientes apresentam retardo mental (Silva, 2008). Estima-se que 5% a 10% tenham algum grau de deficiência mental, com ou sem alteração estrutural do sistema nervoso central (Palheta Neto, 2007).

As alterações orais foram citadas 13 vezes nos 27 artigos pesquisados, com lábio leporino e palato profundo sendo as mais frequentes desse grupo, ambas com frequência de 7,4%. Considerando as deformidades maxilo-faciais características da síndrome de Goldenhar, é importante o diagnóstico precoce. Pode haver acometimento na cavidade bucal, com a presença de sobremordida profunda, apinhamento dentário e limitação da abertura de boca devido à microssomia hemifacial (Silva, 2008).

As alterações dentárias foram citadas 9 vezes, com sobremordida e apinhamento dentário, ambas também apresentando a frequência de 7,4%. A ocorrência de um incisivo central superior solitário é uma anomalia rara, sendo a frequência estimada de 1:50.000 (Silva, 2007). No presente trabalho, verificou-se um caso, entre os 27 casos relatados.

Alterações gênito-urinárias foram citadas 11 vezes nos artigos pesquisados, sendo que as alterações renais foram as mais frequentes, com agenesia renal bilateral, ectopia renal e hipoplasia renal unilateral, com frequência de 7,4% cada uma delas, estando este valor próximo do que aparece em outros trabalhos. Segundo alguns autores a porcentagem de alterações no trato urinário é em torno de 5% (Palacios, 2007; Palheta Neto, 2007). A maioria das alterações são encontradas de uma maneira incidental, e a malformação mais frequente encontrada e a ectopia e fusão renal, seguida da agenesia renal e do refluxo vésico-ureteral (Palacios, 2007).

Nesses 27 relatos de caso, foram encontrados três casos de paralisia do nervo facial, com uma frequência de 11,1%. Paralisia do nervo facial é um importante achado associado com anormalidades craniofaciais, que tem sido sugerido como sendo uma parte da Síndrome de Goldenhar (Nerker, 2004).

Em um dos 27 artigos pesquisados há o relato de um par de gêmeas monozigóticas, em que uma das crianças apresenta síndrome de Goldenhar, enquanto a outra é saudável. Na maioria das

(32)

vezes, os gemelares monozigóticos dividem uma única placenta, por isso as disrupções vasculares são freqüentes, o que justifica a diversidade de quadro clínico ao nascimento, em indivíduos que são geneticamente idênticos. A etiologia da síndrome de Goldenhar está justamente relacionada à disrupção vascular, o que altera a morfogênese de estruturas derivadas do primeiro e segundo arcos braquiais. Disso advém todo o quadro clínico das crianças acometidas (Verona, 2006).

Um dos artigos pesquisados se refere a um relato de caso clínico de um paciente com uma associação sindromática, afectado pelas síndromes de Poland, Moebius, Klippel-Feil e Goldenhar. Esse paciente apresenta as seguintes alterações clínicas: microsomía hemifacial, microtia, encurtamento do ramo mandibular e paralisia facial; pescoço curto e limitação de movimentos por fusão de C4-C5; agenesia do músculo peitoral maior esquerdo, hipoplasia de rádio e de mão esquerda. Algumas dessas alterações podem ser atribuídas às outras síndromes. Tem sido relatada a associação de Síndrome de Poland (hipoplasia ou aplasia de mamas e costelas, depressão da parede torácica, anomalías esternais) com outras anomalías como a Síndrome de Moebius (paralisia facial congênita), Síndrome de Goldenhar (microsomía hemifacial) e Síndrome de Klippel-Feil (fusão congênita de vértebras cervicais) (Cares, 2010).

Muitas alterações clínicas podem não ter sido detectadas em períodos pretéritos, quando ainda não havia exames de imagem avançados como os atuais. Com o avanço da imagenología se relatam cada vez maior número de alterações, fundamentalmente cardíacas, traqueopulmonares e genitourinárias (La Barca, 2001).

Os resultados deste trabalho foram embasados em 27 artigos científicos publicados em periódicos das mais diversas áreas, entre elas: oftalmologia, dermatologia, odontologia, fonoaudiologia, pediatria, ginecologia e obstetrícia, neurologia, urologia e cardiologia. Isso é explicado pela grande variabilidade de alterações clínicas apresentadas pelos portadores da Síndrome de Goldenhar.

(33)

VII. CONCLUSÕES

1.

As alterações clínicas observadas nos 27 relatos de caso publicados sobre a Síndrome de Goldenhar foram as alterações auriculares, seguidas pelas alterações oculares, vertebrais, faciais, mandibulares, esqueléticas, cardíacas, orais, gênito-urinárias, dentárias, neurológicas, nasais, vasculares, cranianas, mentais, pulmonares, dermatológicas, do desenvolvimento neuropsicomotor, hérnias e outras alterações.

2. No grupo das alterações auriculares, a microtia foi a alteração mais frequente, pois estava presente em 13 dos 27 relatos de caso, ou seja, 48,1% de frequência; e apêndices auriculares tiveram 40,7% de frequência, estando presentes em 11 dos 27 relatos.

3. As alterações oculares foram citadas 36 vezes nos 27 relatos de caco, com dermóides epibulbares sendo a alteração clínica mais frequente desse grupo, presentes em 7 dos 27 relatos (frequência de 29,5%), seguidos pelo estrabismo, que foi citados 5 vezes (frequência de 18,5%).

4. O terceiro grupo de alterações mais frequentes foi o grupo de alterações vertebrais, com escoliose e hemivértebra, ambas presentes em 5 dos 27 relatos de caso, sendo a frequência de cada uma delas de 18,5%; e fusão de vértebras e displasia vertebral, ambas citadas 3 vezes (frequência de 11,1%).

5. As alterações faciais foram o quarto grupo de alterações mais frequentes, sendo citadas 22 vezes nos 27 relatos, com a microssomia hemifacial sendo a alteração clínica mais frequente isoladamente, presente em 20 dos 27 relatos, apresentando frequência de 74%.

6. A micrognatia foi a única alteração mandibular citada nos 27 artigos, sendo a segunda alteração clínica mais frequente isoladamente, presente em 17 dos 27 relatos, com frequência de 62,9%.

7. Em virtude da diversidade de alterações clínicas que o paciente portador da Síndrome de Goldenhar pode apresentar, a reabilitação destes pacientes deve ser realizada de forma

(34)

indivi-dual, direcionada às limitações específicas de cada indivíduo por meio de uma abordagem multidisciplinar.

(35)

VIII. SUMMARY

CLINICAL CHANGES FOUND IN CLINICAL CASES REPORTING PUBLISHED ON GOLDENHAR’S SYNDROME, A SYSTEMATIC REVIEW. The Goldenhar’s Syndrome is a

rare congenital anomaly from unknown etiology characterized by the classic triad that includes ocular, auricular and vertebral abnormalities often associated with other congenital malformations such as facial, cardiac, renal and changes in central nervous system. This syndrome may also be called oculoauriculovertebral dysplasia. Besides it also has been identified by the synonyms of hemifacial microsomia or oculoauriculovertebral spectrum. The oculoariculovertebral dysplasia occurs from a vascular disruption in the embryo, between 35th and 40th day of gestation, preventing of correct structures morphogenesis from the first and second branchial arches. Objective: Identify, through a systematic review of literature, the clinical abnormalities most frequently found in Goldenhar Syndrome clinical case reports published. Methodology: This work is a systematic review literature, which will be based on research articles in electronic databases: Lilacs, PubMed and SciELO. Researches were made until March 2013, and the inclusions criteria were: disease-related Goldenhar Syndrome, published from the year 2000, consisting of clinical case report of a single patient, in English, Portuguese and Spanish articles. Results: On all of 27 articles used, it was found 15 males and 12 females patients. Ages ranged from 1 day to 28 years old. The most frequent clinical findings were atrial changes, followed by ocular, vertebral, facial, mandible, skeletal, cardiac, oral, genitourinary, dental, neurological, nasal, vascular, skull, mental, lung, skin changes, neurodevelopmental, hernias and other changes. Discussion: The results of this study are consistent with most of the literature on the theme, which indicate the ear, eye, facial and vertebral changes as the main clinical alterations present in patients with Goldenhar Syndrome. Conclusions: Due to the numerous changes in a clinical patient with Goldenhar’s syndrome may present, the rehabilitation of these patients should be performed in individual order, through a multidisciplinary approach.

Keywords: 1. Goldenhar’s syndrome; 2. Oculoauriculovertebral dysplasia 3. Oculoauriculovertebral

(36)

IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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