UN1vERs1DADE
FEDERAL
DE SANTA
cATAR1NA
~CENTRO
sÓc1o-EcoNÓM1co
› - ` A IDEPARTAMENTO
DE
CIENCIAS
CONTABEIS
A
INIPORTÂNCIA
DO
FLUXO DE
CAIXA
PARA
O
GERENCIAMENTO
-
DAS
MICRO
E-PEQUENAS
EMPRESAS
Í
ILIZETE
NÉZLA.
FLORINDO
A
IMPORTÂNCIA
DO
FLUXO
DE CAIXA
PARA
O
GERENCIAMENTO
DE
MICRO
E
PEQUENAS
EMPRESAS
-Monografia
apresentada aUniversidade
Federal
de
SantaCatma
como
um
dos
pré-requisitos
para obtenção
do
grau de
bacharel
em
Ciências Contábeis.FLORIANÓPOLIS
M
TERMO
DE
APROVAÇÃO
ILIZETE
NÉZIA
FLORINDO
A
INIPORTÂNCIA
DO
FLUXO DE
CAIXA
PARA
O
GERENCIAMENTO
DE
MICRO
E
PEQUENAS EMPRESAS
Esta
monografia
foi apresentadacomo
trabalhode conclusão de
cursode
Cências
Contábeis da Universidade
Federalde Santa
Catarina,obtendo
anota
de
atribuída pela
banca
constituída pelo orientador emembros
abaixo
mencionados.
Compuseram
a banca: \ ,_ Prof.Luiz
`“ - . eira,M.Sc
,_Departamento
zfz-¿_,\O
«E,.. ias Contábeis,
UFSC
V
Nota
atribuída ... .. P ,Í0 ° § Af\¡¡v.
Q,/t r ~Õ`. /ll _ z ' - Prof.E
I er itscher,M.Sc
epart ‹
,ëiências
Contábeis,UFSC
Nota
abuía
.../«zw
//*fl
W'o
'luz'
,M.Sc
Departamento
de
Ciências Contábeis,UFSC
Nom
am'buíóz....@,53;...._ql
Florianópolis,
setembro
2092
Prof.
Luil
ira,M.Sc.
AGRADECDVIENTOS
-
A
Deus, por ter concedido-me a oportunidade de freqüentaruma
universidade pública ede qualidade, além de sua proteção
em
todos osmeus
dias;H
-
Ao
meu
esposo, Daniel, pela paciência, compreensão, apoio,amor
e carinhoem
todas asetapas de realização deste trabalho;
i
.
-
Aos meus
pais, pelos ensinamentosda
vida, pelo amor, afeto e por terem torcido para vereste sonho realizado;
-i
-
A
minha amiga
Juliana, queme
ajudou e torceu pormim;
-
A
todos os professoresdo
curso de graduaçãoem
Ciências Contábeis,em
especialao
professor Luiz Felipe Ferreira,
que não mediu
esforços aome
auxiliarcom
dedicação,paciência e atenção, desde o projeto até a conclusão desta
monografia;
-
As
minhas amigasAna
Paula, Andréa, Beatriz, Débora, Cristiane e Fabíola, pelosmomentos
de alegria, apoio e incentivo duranteo
curso;-
A
todos os colegasdo
curso, pelo companheirismo durante os anosque passamos
juntos.“A vida é algo
que
acontece enquanto estamos
ocupados fazendo
outrosplanos.”
SUMÁRIO
... ... ..vii 1RITROBUÇÃO
... ... ... ... .. . 1.1CONSIDERAÇÕES
INICIAIS ... .. 1.2PROBLEMA
... .. 1.3 JUSTIFICATIVA ... .. 1.4.OBJETIVOS
... ... .. 1.4.1 Objetivo ... .... ... ... ... .. 1.4.2 Objetivos específicos ... .. .. ... . ... .. 1.5METODOLOGIA
... .. 1 .6LIMITAÇOES
DO
TRABALIIO
... .. 2.FLUXO DE
CADLA
... .. - 2. 1FLUXO
DE CAIXA
DA
EMPRESA
... .. 2.1.1Fiuxode
caixa operacionai .. ... ... ... ... .. . 2. 1 . 1.1 Ingressos Operacionaisno
fluxo
de caixa ... .. 2. 1 . 1.2Desembolsos
Operacionais pelofluxo
de caixa ... .. - 2.1.2Fluxo de
caixa exíra-operacional ... ... ... ... ... 2.1.3 Fluxosde
Financiamento.-... ... ... ... ... ....122.1.4 Finxos
de
Investimento ... ... ... .. 2.2 CRITÉRIOSPARA
ELABORAÇÃO DO
FLUXO DE
CAIXA
... .. 122.2.1
A
Importância
do
Fluxo de Caixa para
asempresas
... ... 2.3OBJETIVOS
DO
FLUXO
DE
CAIXA
... .. 153.
RELEVÂNCIA
DO
FLUXO DE
CAIXA NAS
DECISÕES
BE
INVESTIlV!ENTO... ... ...173,1PLA_NE.IAl\/[ENTOFINANCEIRO ... _ . . . _ _ _ . . _ _ . . . _ . . , _ .,l7 3.1.1 Planos
financeiros
a longoprazo
(estratégicos) ... ... ... ..193.1.2
Ylanos
financeiros a clirtoprazo
(operacionais) ... ... 3 .2PLANEIAMENIU
DE
C./XDÍAZORÇAMENTO DE
CADÇA
... ..243.3
DISTRIBUIÇÃO
DO
LUCRO
LÍQUIDO
... ..264.
CONTRIBUIÇÃO
DO
FLUXO DE
CAIXA
PARA
O
PROCESSO
DECÍSÓRIO
... ... ..264.1
DEMONSTRAÇÃO
DE ORIGENS
E APLICAÇÕES
DE RECURSOS
(DOAR)
VERSUS
FLUXO DE
CAIXA
(FC) ... ..274.1.1
A
evidenciação e O confrontoDOAR
versusDFC
... ...294.2
VANTAGENS
E
DESVANTAGENS
DO
DEMONSTRATIVO
DO
FLUXO
DE
CAIXA
... ..33CONSIDERAÇÕES
FINAIS ... ... .... ... ....35
REFERÊNCIAS.
... ... ... ... ... ... ..37 ,_ . . :E
* ›-›~ooo~1\I:×Ozu›.¡=..II>›.I=.‹,›I×››-«I-âRESUMO
A
elaboraçãodo
presente trabalho tevecomo
objetivo evidenciar a importânciado
fluxo
de caixano
processo decisório de micro e pequenas empresas,com
vistas a evitar afalta de recursos
no
caixa dasmesmas
e assegurar sua continuidadeno
mercado,que
toma
cada vez mais competitivo. Para atingir
o
objetivo proposto, desenvolve-seum
estudo sobreo assunto, utilizando,
como
metodologia, a pesquisa bibliográfica.No
primeiro capítulo, aborda-se, primeiramente, a justificativa e o problemada
empresa
referente ao estudo; a metodologia utilizada na elaboraçãodo
trabalho e suaslimitações,
bem como
a determinaçãodo
objetivo a ser alcançado.No
segundo capítulo, apresenta-se os conceitos inerentes aofluxo
de caixa, taiscomo
os critérios para sua elaboração, importância e objetivos.No
terceiro capítulo, é destacada a relevânciado
fluxo
de caixa nas decisões deinvestimentos, evidenciando os pontos considerados importantes para
o
planejamento e adistribuição dos lucros.
No
quarto capítulo, descrevem-se as relações entre ofluxo
de caixa eo
demonstrativo de origens e aplicações de recursos, apresentando as vantagens e
desvantagens
do fluxo
de caixa.Nas
considerações finaisdo
trabalho, verifica-se a importância desta ferramentapara
Micro
e Pequenas Empresas, auxiliando e controlando a administração dos recursosfinanceiros
em
atividade operacional da empresa,com
vistasem
seu equilíbrioeconômico/financeiro,
como
também
sua continuidadeno mercado
competitivo.1
INTRODUÇÃO
1.1
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
A
necessidade de atingirum
nível desejado de caixa, de valores a receber e de estoquesna adrninistração
do
ativo circulante, leva a ter conhecimento das informações contábeisque
proporcionem orientação na
tomada
de decisões. Paraque
secumpra
com
os objetivos dasobrigações a curto prazo, deve-se manter
um
saldo de caixa adequado, cobrar as duplicatas areceber e dimensionar os estoques avaliando o ativo a
fim
de ter o autofinanciamentodo
ciclooperacional
da
empresa.Porém,
para isso,uma
reserva excessiva de caixa é desnecessária,tendo
em
vista que estes recursos seriam aplicadoscom
maior proveitoem
outros itensdo
ativo.
Dessa
forma,um
alto giro de recursos captados e de estoques garantemuma
posiçãopositiva da
empresa
em
relação à liquidez que, juntamentecom
as vendas, poderá projetarum
maior lucro.
É
nesse sentidoque
se destaca a importânciado
administrador financeiro, sendo este oprincipal responsável pelo estabelecimento de políticas
que
influenciam oaumento do volume
ingresso
no
caixa e na acumulação de valores a receber.Além
disso, o administradorfinanceiro deve conferir e avaliar os resultados de suas políticas adotadas, efetuando, se
necessário, as devidas correções.
Na
prática, observam-se que a empresa e várias entidades, sejacom
fim
lucrativoou
não, estão adotando
o
método
defluxo
de caixacomo
instrumento de planejamento e controledos recursos financeiros.
O
fluxo
de caixa éum
instrumento deprogramação
financeiraque
permite planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos captados pela
empresa
para
um
determinado período.Geralmente, os analistas de balanço
com
visãomoderna dão
maior importância aofluxo
de caixa,uma
vez que não consideram relevante saber se a empresa,em
determinadoexercício, obteve lucro
ou
prejuízo, pois este resultadopode
ter sido alterado através de fatos eatos contábeis permitidos por lei e, conseqüentemente,
sem
o conhecimentodo
fluxo
de caixa,\ \ .
A
capacidade de geração de caixa e a situação financeira deuma
empresatêm
grandeimportância para os usuários, pois identificam os recursos
que foram
aplicados naempresa
ese, de
alguma
forma, serão devolvidosno
futuro.O
fluxo
de caixa éum
instrumentoimportante parao
gestor,com
o qualpode
planejaras necessidades financeiras
da empresa
e capitar empréstimosna
falta de recursosou
fazeraplicações, se houver excedentes.
1.2
PROBLEMA
De
acordocom
pesquisas realizadas pelo Serviço deApoio
àsPequenas
eMédias
Empresas
(SEBRAE),
as micro e pequenas empresastêm
um
ciclo de vida muito curtono
mercado, sendo
que
muitas encerram suas atividadesno
primeiro ano de existência.De
acordocom
esta fonte, isto ocorre devido à ausência demétodos
administrativos eficazesno
gerenciamento dos negócios.
A
seguir, a tabelada
situação das empresas abertasna
JuntaComercial entre os anos de 1995 e 1997.
Tabela 1
-
Situação das empresas abertas na Junta Comercial entre 1995 e 1997*
ãitüaçãõ efieonfiraciâ
Ano'
tie âbertrira riašünta Comercšai
pa U9 U5 (JI E'-are. 1 `1927
Eâaeâ
1Casos
Empresas
em
atividade218
1 Fere. _Casos
61.23%
18850.94%
1 ?erc. Crises , 16443.27%
Ê 0 Sócio localizado200
` ` 172 144 l , __ _ , , _0 Socio
nao
localizado I 18 1 1 -- IÕ20
| .¬ . 3 e izmpresas fechadas \...à La.) OD 1» (M5 «I -l gi . " 131 149.eõ%
215 56.73”/0 9 Sócio localizado Encerrou atividades 4362
780 Sócio não localizado
encerrou atividades .
42
5239
1 «_ _., . * 0Nao
se obteve informações - 53 I ¬ z ¬ '15%
l 6/ I ¬ .¬ 1 P-P °É›\ °\981
26%
ITOTAL
1356
Í100%
369
1 K100%
379
100%
Empresas que não
chegaram
a funcionar 4110.5%
24
6%
22
5.5%
1TOTAL
(*) oe \C> l\) I I ¡100%
‹, 393 1100%
-P- CI) ¡...¿ I I 1 (19%FONTE:
PesquisaSEBRAE:
pesquisa sobre mortalidade de empresas e seus fatorescondicionantes.” _
A
pesquisa mostra ainda que, dentre as dificuldades das empresas, está saberquando
equanto de recursos
vão
precisar- para atender as suas necessidades e aque
custo.Caso
hajaexcedente de caixa, quanto aplicar , por quanto
tempo
e aque
taxas.Esta análise
pode
ser implementada de maneira eficaz através deum
planejamentofinanceiro aliado a
uma
boa
política de administração dos recursos financeiros, permitindo aogerente
ou
administradoruma
visão consistente da situação financeira da empresa.Desta forma, a pergunta
que
se apresenta para a presente pesquisa é a seguinte: a demonstraçãodo fluxo
de caixa apresenta potencial contributivo,ou
seja,tem
possibilidademediante as informações necessárias para estruturar
o
controle financeiro e apoiar atomada
dedecisão nas empresas?
l.3
IUSTIFICATIVA
Independente de cenários,
uma
boa
administração é imprescindível para a continuidadee sucesso empresariais. Muitas empresas não
possuem
um
controle de suas entradas e saídasde caixa,
ficando
dificil para elas administrarcom
segurança o quanto possuiem
montantes areceber e a pagar a
fim
de fazer frente a possíveis gastos operacionais e investimento.Para a empresa obter perspectivas de
mercado no
transcorrer de suas operações, elanecessita avaliar a disponibilidade de dinheiro para fiituros
pagamentos
e/ou investimento,identificando a necessidade de negociação de prazos junto a fornecedores e, principalmente,
mensurar a real situação
econômica
e financeirada
empresa. Portanto, é necessário coñtrõliar oseu
fluxo
de caixa, entendê-lo e administra-lo paraque
a empresa tenha as informaçõesnecessárias para a
tomada
de decisoes.*1¬ z - z 1 r* \ 1 ,. z'__:1 1 ,. __,____.,_,,- _r:,_,_1,. _1__ _ ,__;,_____,mN_ ¬.
SSIS IOIZU BÊÍCIC-SC 3. 501112! G5
Sm
Sââi¡_=i=::¬'r.;¬' 1=:‹.1âââ=.s¡:z:¬' 1: si¿¿¿.:âf:z:¬'21r_-' =3=.âí;não chegaram
a fuirciônâr. ..\ i fz ›. li '4
No
que
se refere ao instrumentofluxo
de caixa, é preciso entenderque
dispor derecursos técnicos os quais
permitam
tornar o nível de acertodo
fluxo
é al'
go
importante eque
traz beneficios a toda organização. Contudo, o sucesso na gestão só será atin
g
ido se ofluxo
decaixa for considerado
um
instrumento gerencial da empresa,ou
seja,não
só o setor financeirodeve fazer a leitura
do
fluxo
de caixa,como
também
as demais áreas operacionais.`
Sabe-se
que o
futuro de todaempresa
depende, muitas vezes, da competênciada
administração.
O
fluxo
de caixa éum
instrumento de projeção que auxilia o administrador nasnecessidades de curto e longo prazo,
como
também
informa, deforma
clara,quando
irãoocorrer os ingressos e desembolsos de caixa.
Sendo
assim, faz-se necessário dar ênfase àimplantação de
fluxo
de caixa e sua importância parao
permanecer da empresano mercado
competitivo. V
1.4.
OB]ETIVOS
1.4.1 Objetivo geral
Demonstrar o
potencial contributivoda Demonstração do
Fluxo deC
'
aixa
no
processodecisório de micro e pequenas empresas
com
vistas` a4 o seu
equilíbrio econômico/fina '
b . .
nceiro,
em
como
a sua continuidade. '`
\ ó Q r
1.4.2 Objetivos especificos
0 Conceituar
fluxo
de caixa,0 Definir suas características e finalidades;
Apresentar as politicas da administração financeira'
Estabelecer critérios para elaboração e implantação
do fluxo
1.5
METODOLOGIA
A
metodologia da pesquisatem
como
finalidade indicar os procedimentos necessáriospara se alcançar os objetivos
do
trabalho a que se propõe. 'Em
todo e qualquer trabalho acadêmico, é indispensávelo
uso deuma
metodologiacientifica, demonstrando e explicando os fenômenos, suas causas e leis e possibilitando a
concretização de resultados satisfatórios. .
São
várias as formas de pesquisa, entretanto,uma
delas destaca-seno meio
acadêmico,a
monografia. Segundo
SALOMON
apud LAIQ-\TOS
eMARCON1
(1972, p. 207),monografia
é o “tratamento escrito deum
tema
especificoque
resulte de interpretaçãocientifica
como
escopo de apresentaruma
contribuição relevanteou
original e pessoal àciência”.
Para
CARVALHO
(1994, p. 148),“A
monografia
seconfigura
como uma
atividadede
pesquisa cientifica,
em
função dos recursos metodológicosque
exigena
sua elaboração...”sendo
que
“(...) é o resultadodo
estudo científico deum
tema,ou
deuma
questão maisespecífica sobre determinado assunto, vai sistematizar o resultado das leituras, observações,
criticas e reflexões feitas pelo educando”,
Neste sentido, inicialmente foi feita.
uma
pesquisa a dados secundários atravésde
livros, periódicos, visando a atingir os objetivos propostos neste trabalho.
A
partir dessesdados, realiza-se
uma
pesquisa bibliográfica que, segundoFACHIN
(1993,p.102), esta“tem
como
base fundamental conduzir o leitor a determinado assunto 'e a produção, coleção,armazenamento, reprodução, utilização e
comunicação
das informações coletadas parao
desempenho
da pesquisa”. .1.6
LIMITAÇOES
DO
TRABALHO
_Por
se tratar deum
assunto complexo, não se pretende esgotaro
assunto. Neste sentidoeste trabalho delimita-sea
abordagem do tema
proposto,ou
seja, fica restrito à importânciado
fluxo
de caixana tomada
de decisões das empresascom
vistas ao seu equilíbrio2.
FLUXO DE
CAIXA
Consiste
em
registar a entrada e saída de dinheiroda
empresa, informando sua situaçãofinanceira
em
determinado período, auxiliando o administrador financeirona
tomada
dedecisões.
Segundo
MARION
(1998, p.38):A
demonstração dofluxo
de caixa propicia ao gerente financeiro a elaboração de melhorplanejamento, pois
numa
economia tipicamente inflacionaria não é aconselhável excesso decaixa,
mas
o estritamente necessário para fazer face aos seus compromissos. Através deplanejamento financeiro o gerente saberá o
momento
certoem
que contraira empréstimos paracobrir a falta (insuficiência) de fiindos,
bem
como
quando aplicar no mercado financeiro oexcesso de dinheiro, evitando, assim, a corrosão inflacionaria e proporcionando maior
rendimento à empresa.
Fluxo de caixa,
conforme
ZDANOWICZ
(2000, p.24), é “(...) o instrumento utilizadopelo administrador (...)
com
o objetivo de apurar o somatório de ingressos e de desembolsosfinanceiros da empresa,
em
determinadomomento,
prognosticando assim se haveráexcedentes
ou
escassez de caixa,em
funçãodo
nível desejado de caixa pela empresa”.Ainda
ZDANOVVICZ
(2000, p.23) afirma que: “ofluxo
de caixapode
ser elaboradoem
funçãodo tempo
de sua projeção.A
curto prazo para atender as finalidadesda
empresa,principalmente, de capital de giro e a longo prazo para fins de financiamento
em
itensdo
ativopermanente”.
i
Segundo
SÁ
(1995),fluxo
de caixa é: “Fluxo de liquidez,ou
seja, o cursoque no
tempo
traça o confronto entre recursos de recebimentos e os desembolsos por pagamentos.Forma
dinâmica de conhecer ocomportamento
de liquidezou
capacidade de dispor dedinheiro para fazer frente às necessidades financeiras”.
Em
concordânciacom
os autores,convém
ressaltarque
o usodo
fluxo
de caixa auxiliano
planejamento e controle das entradas e saídas de recursosem
determinado período detempo
pré-determinado pelo administrador,programando
suas necessidades financeiras,auxiliando na captação de empréstimos, se for necessário, e aproveitando possíveis
oportunidades de negócios.
Em
tese, antecede às infonnações necessárias para preverli
forma
possível, os recursos financeiros disponíveis na empresa, evitandoque
fiquem
ociosos eestudando, antecipadamente, a melhor aplicação, o
tempo
e a segurança dosmesmos.
2.1
FLUXO DE
CAIXA
DA
El\/IPRESA
Para toda empresa,
o
tluxo de caixa, sobre a Ótica empresarial, eum
instrumento detomada
de decisão, pois proporciona à empresa planejar e controlar suas atividades. ParaMATARAZZO
(1989),o
fluxo
de caixa deuma
empresanão depende
exclusivamentedo
administrador financeiro, decorre de múltiplas decisões (de diferentes áreas) ,
como
os níveisde estocagem, prazos concedidos aos clientes, prazos obtidos dos fornecedores, expansão,
estabilização
ou
reduçãodo volume
de atividades (produção e vendas, investimentosno
ativopermanente),
bem como
as possibilidades de aportes de capital.2.l.1Fluxo
de
caixa operacionalPara
GITMAN
(1997), ofluxo
de caixa operacional é constituído por itens estritamentedecorrentes da atividade fim da empresa.
As
vendas à vista, recebimentos, descontos,cauções
e cobranças das duplicadas de vendas a prazo realizadas pela empresa são as principais
modalidades de ingressos operacionais. Já os desembolsos operacionais estão relacionados
com
ascompras
de matéria-prima à vista e a prazo, salários e ordenadoscom
encargos sociaispertinentes, custos indiretos de fabricação, despesas administrativas, despesas
com
vendas,despesas financeiras e despesas tributárias. A
Assim, o
fluxo
de caixa deve ser superior ao lucro liquidoda
empresa, após imposto derenda, por dois fatores:
0 montante de despesas
não
desembolsadas atribuídas ao período, principalmente adepreciação que é
um
custo, porém, não representauma
saída de caixa,0 desembolsos
com
investimentos não capitalizados,porém
consideradoscomo
despesado
É
importante ressaltar que, a depreciação consisteno
processo de custo deum
ativoimobilizado ao longo de sua vida útil.
O
bem
é depreciadoem
decorrênciado
seuuso ou
porobsolescência, sendo
uma
conta retificadoraque aumenta
o ativo circulante e diminui a ativoimobilizado.
De
forma
geral, o valor da depreciaçãodo
bem, segundoMARION
(1998), estarácomputado no
custo de produção, sendoum
dos itens utilizados pelaempresa
na determinaçãodo
preço devenda do
produto que, conseqüentemente,o
consumidor final irá pagarno
momento
em
que
adquirir o produto.2.1.1.1 Ingressos operacionais
no
fluxo
de caixa/
.De
acordocom
a estimativa de vendas, aempresa
faz suas apropriações dos Valores areceber de terceiros. Entretanto, só as empresas
que
vendem
exclusivamente à vista o recebem,pois, se
uma
empresa
adota outra modalidade de cobrança, pode-se considerarno
fluxo
de
caixa os eventuais desvios
como
os valores incobráveis, atrasos nospagamentos
por partedo
cliente, pela sua falta de pontualidade.
As
principais modalidades de ingressos operacionaisno
caixa, segundoGITMAN
(1997), Sâo;
0 vendas à vista; ~
0 desconto e cauções de duplicatas; 0 cobrança simples.
As
vendas à vistadependem
do
tipo de atividade etamanho
da empresa para exercereste tipo de transação comercial. Já os descontos e cauções de duplicatas só são possíveis
quando
a empresamantém,
com
determinados bancos, a faixa de desconto de duplicatas, asquais poderão ser fixas e rotativas. _
i
Quanto
à estimativa de ingressos por descontos, esta deve ser efetuadacom
baseno
prazo
médio
de títulos eno
período de processamento das propostas por parte dos bancos.cauções de duplicatas através de empréstimos para capital de giro,
como
também
mediante aabertura e aprovação de linhas de crédito para financiar
o
ciclo operacional através de bancosde investimento
ou
desenvolvimento.u
.,
Para facilitar
o
dimensionamentodo
fluxo,em
termos de ingressos desta natureza, aempresa
pode
definir qualo
prazo a ser utilizadoem
relação ao percentual reguladode
descontos de duplicatas
em
relação ao faturamento. Entretanto, não é positivoque
aempresa
use essas práticas constantemente, pois isto poderá significar
má
administraçãoda mesma,
como
também
sacrificar a sua rentabilidade.Cumpre
destacar ainda 0 reembolso de duplicatas, oque
reduz o valordo
ingressode
caixa pelo desconto destas. Este fator ocorre
quando
estas não forem pagas nos prazosdeterminados pelos clientes aos bancos.
Quanto
à cobrança simples, é possível obtero
saldo de duplicatas negociaveispartindo-se
do
saldo inicial de duplicatasem
carteira,somando
à estimativa devenda do
período e deduzindo-se as projeções de recebimento por vendas à vista, por desconto
ou
caução de duplicatas. Partindo
do
saldo de duplicatas negociáveis, é possível aempresa
estimar
uma
parcela de duplicatascom
vencimento parao próximo
mês
em
cobrança simples.Dessa
fonna, paraque
esta parcela seja orçadacom
facilidade, é necessárioque
aempresa
observe
com
regularidade e prazomédio
de vendas,como
também
de duplicatas descontadas.Para melhor entender a sistemática dos ingressos por cobrança simples, é importante
fazer analisede tabelas auxiliares
em
quedevem
ser conjugadas as vendas passadas pendentesde cobrança e a projeção de vendas, apropriando-se dos ingressos
em
cada período.2.1.1.2
Desembolsos
operacionais pelofluxo
de caixaf
Para
MATARAZZO
(1989), os principais desembolsos de caixa decorrentes daatividade operacional são:
P
0 matérias-primas;
0 salários mais encargos sociais;
0 despesas indiretas de fabricaçao;
Em
relação ao desembolso referente à matéria-prima, este é baseadoem
compras
passadas e
quando
amesma
é projetada,sempre
apropriando os valores decompras
em
funçãodas épocas de desembolso.
Cumpre
destacarque no
processo decompras
é importante que a empresamantenha
uma
organizaçao na emissao de ordens de compra,como
também
a estruturaçaodo
fluxo
do
caixa das respectivas notas fiscais e demais
documentos
correlatos,uma
vez que o extravioou
a omissao nos registros
em
um
destesdocumentos pode
distorcer ou, atémesmo,
invalidar osresultados projetados
no
fluxo
de caixada
empresa. _A
.
Quanto
aos salários mais encargos,o
montante de desembolsocom
estegrupo
poderáestar relacionado
em
mapas ou
tabelas auxiliares e transportados para ofluxo
de caixa, assimcomo
os desembolsos referentes às despesas indiretas defabricação.Recomenda-se
que, na projeção, quanto mais discriminadosforem
os itens pertinentes às despesas indiretas de fabricação, mais fácil e eficiente seráo
controle e análise de eventuaisdefasagens entre os valores orçados e realizados pela empresa.
'
Quanto
às despesas operacionais, estas são compostas basicamente pelas despesasadministrativas, vendas tributárias e financeiras. V
Para
MARION
(l998;p.l15), despesas administrativas “são aquelas necessárias paraadministrar (dirigir) a empresa”. Estas despesas referem-se aos salarios
com
respectivosencargos sociais, materiais de expediente, comunicações, energia elétrica, etc.
As
despesas devenda
estão relacionadascom
as vendasda
empresa,que
podem
ocorrer antes, durante e após a comercialização
do
produtoou da
mercadoria pela empresa.Para
MARTINS
eASSAF
NETO,
são despesas de venda: propaganda, publicidade,promoções, salários e encargos sociais dos vendedores, fretes, seguros, embalagens etc.
Quanto
às despesas financeiras,MARION
(1998, p. 116)define como:
“são asremunerações aos capitais de terceiros tais
como:
juros pagosou
incorridos, comissõesbancárias, descontos concedidos, juros de
mora
pagos etc”.As
despesas tributáriasdevem
ser provisionadascom
basena
provisão decompras
evendas
da
empresa. Estas despesas geralmente são geradasno
mês,mas
pagasem
meses
subseqüentes.
Cumpre
então destacarque
os desembolsosdevem
ser apropriadosconforme o
2.1.2
Fluxo de
caixa extra-operacional 'O
fluxo
de caixa extra-operacional éformado
pelos ingressos e desembolsosde
itensque
não
estão relacionados à atividade principalda empresa como:
imobilizações, vendas deitens
do
ativo permanente, receitas financeiras, aluguéis recebidosou
pagos, amortizações deempréstimos
ou
de financiamento,pagamentos
de contra prestações(leasíng).Dentre esses itens, dois
merecem
destaque,confonne
MATARAZZO
(1989), asamortizações de empréstimos
ou
financiamento e as imobilizações.Os
pagamentos
destasoperações financeiras a longo prazo,
que
geralmente são contratadoscom
garantias reais de bens dos sóciosou
da empresa, e as operações contratadas pela empresa por arrendamentomercantil,
que
devem
quitar as contra prestações à arrendadora, são os quedenominamos
deamortizações.
Para facilitar a estimativa deste desembolso, ia empresa
pode
manteruma
planilhaou
mapa
deacompanhamento
para cada contrato assinado pela empresacom
as instituiçõesfinanceiras e projetar o valor das parcelas
com
seus respectivos valores e vencimentos.Em
relação à projeção das imobilizações, estapode
ser elaborada pela administraçãoda empresa,
uma
vezque
envolve investimentosque
podem
provocarum
grande impactosobre o
fluxo
de caixa. Entretanto, a administração financeira deve ter precaução, afim
denão
deslocar e congelar
nenhum
recurso que sacrifique o capital de giro necessário à atividadeoperacional
da
empresa, pois se tratam de aplicações, cujo retorno só processa à longo prazo.Neste caso, recomenda-se
que
o administrador utilize as fontes de recursos,uma
vezque amortização deve ser feita
com
o lucrodo
empreendimento.E
importante ressaltar que,em
empresas.que
apresentam desequilíbrio financeiro, deve-se estruturarum
programa
especifico de saneamento, planejar os possíveis
pagamentos
de duplicatas vencidas e -visar arecuperação para alcançar
uma
posição normal de liquidez.Uma
empresa que apresenta seus2.1.3 Fluxos
de Financiamento
São
osfluxos
de caixa resultantes de operações de empréstimos e capital próprio,incluem a obtenção e quitação de empréstimos, entradas de caixa por vendas de ações e saídas
de caixa por
recompra
de açõesou pagamento
em
dinheiro.Conforme
o exposto, paraGITMAN
(1997), osfluxos
de caixa operacionais,de
investimento e de financiamento irão de
forma
combinada,num
dado
período de tempo, fazercom
que os saldos de caixa e títulos negociaveisda empresa aumentem, diminuam ou
permaneçam
inalterados.2.1.4 Fluxos
de
InvestimentoSão
osfluxos que
estão interligadoscom
acompra
evenda
de ativos imobilizados eparticipações societánas. Portanto, as operações de
compra
resultamem
saída de caixa, e asoperações de
venda
geram
entradas de caixa. -›- ~
2.2
CRITERIOS
PARA
ELABORAÇAO
DO
FLUXO
DE
CAIXA
Segundo
ZDANOWICZ
(2000, p. 132), os principais requisitos para implantaçãodo
fluxo
de caixa sao: z0 apoio da cúpula diretiva da empresa;
0 organização da estrutura funcional da
empresa
com
definição clara nos níveisde responsabilidade de cada área;
0 integração dos diversos setores e/ou departamentos
da
empresa ao sistemado
fluxo
de caixa;0 definição dos sistemas de informações, quanto à qualidade e aos formulários a
serem utilizados, calendário de entrada dos dados (periodicidade) e os
0 treinamento
do
pessoal envolvido para implantaro
fluxo
de caixana
empresa;0 criação de
um
manual de
operações financeiras;0
comprometimento
dos responsáveis pelas diversas áreas,no
sentido de alcançaros objetivos e as metas propostas
no
fluxo
de caixa,0 controles financeiros adequados, especialmente de
movimentação
bancária;e utilização
do
fluxo
de caixa para avaliar,com
antecedência, os efeitosda
tomada
de decisõesque tenham
impactos financeirosna
empresa; _0
fluxograma
das atividades na empresa,ou
seja, definir as atividadesmeio
e asatividades
fim;
É
importante. para elaboraçãodo
fluxo
de caixa,que
o administrador financeiroconsidere as oscilações que
possam
eventualmente ocorrer e irão implicar ajustes dos valoresprojetados,
mantendo
a flexibilidade deste instrumento de trabalho. pois o principal aspecto aser levado
em
consideração é quanto à apropriação de valoresconforme
as épocasem
que
irãoocorrer os efetivos recebimentos e
pagamentos
de caixa pela empresa.O
importante éconsiderar todos aqueles que
podem
alterar a posição de caixa da empresa, assimcomo
devededicar atenção especial aos principais requisitos para elaboração
do
fluxo
de caixa paraque
não se
choquem
com
a política imposta pela cúpula administrativa .Adotando os
requisitos acima,pode-se
implantar ofluxo
de caixaem
concordânciacom
os valores fornecidosem
suas respectivas datasquando ocorrem
os ingressos edesembolsos de caixa. Portanto,
fluxo
de caixa éum
instrumentoem
que o
usuáriotem
condições, através de sua analise, de
tomar
decisões mais segurasem
relação a situaçãofinanceira da empresa.
Para
MATARAZZO
(1989), a demonstraçãodo
fluxo
de caixa é imprescindível para aatividade empresarial,
como
também
para as pessoas fisicasque
se dedicam aalgum
negócio,pois os problemas de insolvência
ou
iliquidezocorrem
por falta deadequada
administraçãodo
fluxo
de
caixa. Portanto,um
fluxo
de caixa deve expor de forma clara e objetiva todas as2.2.1
A
Importância
do
Fluxo de Caixa para
asempresas
'
Segundo
ZDANOWICZ
(2000, p.50), “a experiênciatem comprovado que
asdificuldades financeiras, especialmente as
que
embaraçam
as micro e pequenas empresas,parecem
decorrer das ausênciasdo
planejamento edo
controle de suas atividades operacionais”.De
acordocom
ZDANOWICZ
(2000, p.41), “dentre os mais importantes adjetivosdo
fluxo
de caixa,podem-se
arrolar:0 facilitar a análise e o cálculo na seleção das linhas de créditos a serem obtidas
junto às instituições financeiras;
0 programar os ingressos e os desembolsos de caixa,. de
forma
criteriosa,permitindo determinar o periodo
em
que
devem
ocorrer carência de recursos e omontante,
havendo tempo
suficiente para as medidas necessárias;0 permitir o planejamento dos desembolsos de acordo
com
as disponibilidades decaixa, evitando-se o
acúmulo
decompromissos
vultososem
época depouco
encaixe;
0 determinar 0 quanto de recursos próprios a empresa dispõe
em
dado
período eaplica-los de
forma
mais rentável possível,bem como
analisar os recursos deterceiros
que
satisfazem as necessidades da empresa;0 proporcionar o intercâmbio dos diversos departamentos da empresa
com
a áreafinanceira;
i
0 desenvolver o uso eficiente e racional
do
disponivel;0 financiar as necessidades sazonais possíveis
ou
criticas da empresa,0 verificar a possibilidade de aplicar possiveis excedentes de caixa”,
0 providenciar os recursos para atender os projetos de implantação, expansão,
modernização
ou
relocalização industrial e/ou comercial; 0 fixar o nível de caixa,em
termos de capital de giro;0 auxiliar na análise dos valores a receber e estoques para que se possa julgar a
conveniência
em
aplicar nesses itensou
não;0 projetar
um
plano efetivo depagamento
de débitos;0 analisar a viabilidade de serem
comprometidos
os recursos pela empresa;0 participar e integrar todas as atividades
da
empresa, facilitando assim oscontroles financeiros.
Para
GITMAN
(1997), ofluxo
de caixa fornece aos gestores, duranteum
dado
período de tempo, informações necessárias paratomada
de decisões.Com
isso,quando
uma
empresa
acumula
valores significativos de contas a receber e pagarem
atraso, por deficiência de planejamento e controleou
atémesmo
por combinações adversas de mercado, ela necessita de infonnações adicionaisdo
fluxo
de caixa paratomada
de decisões corretas.2.3
OBJETIVOS
DO
FLUXO DE
CAIXA
O
Íluxo de caixa éum
instrumentoque fomece
informações necessáriasao
administrador para
uma
eficiente gestão empresarial, projetando as entradas e saidas derecursos financeiros para determinado período
em
que o
administrador financeirotem
condições de prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou, se houver excedentes de
caixa, aplicar nas operações mais rentáveis para a empresa.
Outros objetivos
que
podem
ser considerados ao elaborar-se ofluxo
de caixana
empresa, segundo
ZDANOWICZ
(2000,p. 24), são:0 proporcionar
o
levantamento de recursos financeiros necessários para aexecução
do
plano de operações,bem como
na realização das transaçõeseconômico-financeiras da empresa;
0 empregar, da melhor forma possível, os recursos financeiros disponíveis
na
empresa, evitando
que
fiquem
ociosos e estudando, antecipadamente, amelhor
aplicação, o
tempo
e a segurança dosmesmos;
0 planejar e controlar os recursos financeiros
da
empresa,em
termos de ingressose desembolsos de caixa, através das informações constantes nas projeções de
indices de atividades: prazos
médios
de rotação de estoques, de valores areceber e de valores a pagar; _
f
0 saldar as obrigações da
empresa
na datado
vencimento;0 buscar
0
perfeito equilíbrio entre ingressos e desembolsos de caixada
empresa;0 analisar as fontes de créditos
que
oferecem empréstimosmenos
onerosos;em
caso de necessidade de recursos pela empresa;
0 evitar desembolsos vultosos pela empresa
em
época de baixo encaixe;0 desenvolver o controle dos saldos de caixa e dos créditos a receber pela
empresa; '
0 permitir a coordenação entre os recursos
que
serão alocadosem
ativocirculante; vendas, investimentos e débitos.
Observa- se; de
forma
clara,que
o
fluxo
de caixatem
como
objetivo básico agilizar asentradas de recursos
no
caixaem
relação as saídas, através da aplicação, pela empresa, derecursos próprios
ou
de terceiros nas atividades mais rentáveis.Analisando os objetivos expostos acima, pode-se concluir que, independentemente
do
porte
da
empresa, deve-se utilizar 0fluxo
de caixa para maximizar os resultados e,com
isso;3.
RELEVÂNCIA
DO
FLUXO DE
CAIXA
NAS
DECISÕES
DE
INVESTIIVIENTO
Em
todo processo de decisao de investimento, o aspecto mais importante centra-seno
dimensionamento dos
fluxos
de caixa previstos a serem produzidos pelas propostasem
análise.
A
confiabilidade sobre os resultados de determinado investimentodepende do
acertocom
que os seusfluxos
de entradas e saídas de caixaforem
projetados.Segundo
ELISEU
MART1Ns
eALEXANDRE
AssAE
NETO
(1935, p.417)zO
conceito defluxo
de caixa não coincide normalmentecom
o resultado contábil da empresa.Enquanto o
fluxo
de caixa mcnsurado, de acordocom
as efetivas movimentações de todasentradas e saídas de fundos da empresa, o lucro contábil é medido pelo regime de competência
e não incorpora,
em
seu cômputo, determinados dispêndios não desembolsáveis(depreciação,'
por exemplo) e algumas saídas que não se constituem rigorosamente
em
despesas(amortizações de dívidas, por exemplo).
Dessa
maneira, paraZDANOVVICZ
(2000), é importante que todo projeto deinvestimento seja avaliado
em
termos defluxo
de caixa,em
vez de sercom
base nos lucros,uma
vezque
é através dos resultados de caixaque
a empresa demonstra sua capacidade depagamento
e reaplicação dos beneficios gerados nas decisões de investimento. Desta forma,no
dimensionamento
do
fluxo
de caixa encontram-se as informações mais relevantes para oprocesso de análise de investimentos.
3. l
PLANE]A1\/[ENTO
FINANCEIRO
O
planejamento financeiro éum
método que
estabelece diretrizes demudança
na empresa determinandoque
amesma
reflita sobre suas metas. Estas diretrizesdevem
conter aidentificação das metas financeiras da empresa,
uma
análise das diferenças entre essas metas ea situação financeira corrente da empresa e
um
enunciado das ações necessárias para queatinja suas metas financeiras.
Assim, para que o
fluxo
de caixa seja eficiente durante a sua execução, deve-seconsiderar as funções de planejamento e controle de todas as atividades operacionais
da
Nestes termos, o administrador financeiro deve adotar
um
nível de caixaque
permitasaldar pontualmente seus compromissos. Entretanto não -se
pode afirmar que
todos osfracassos
tendem
a ser evitados atravésdo
planejamento financeiro, porém, trata-se deuma
forma
preventivano
processo de gerenciamento.Conforme
ROSS,
Stephen A.(1995;p.531),o
planejamento financeiro obriga aempresa
arefletir sobre _o futuro e prevê-lo.
Envolve
o seguinte:0 construir
um
modelo
financeiro da empresa;0 descrever cenários distintos
do
futuro,do
mais pessimista ao mais otimista;0 usar os
modelos
para preparar demonstrações financeiras projetadas;0 aplicar os
modelos
sob cenários diferentes (fazer analise de sensibilidade);0 examinar as implicaçoes financeiras dos planos estratégicos resultantes.
Para
GITMAN
(1997, p. 586):O
planejamento é parte essencial da estratégia financeira de qualquer empresa.Os
instrumentospianejamento representados pelos demonstrativos projetados e pelos orçamentos de caixa
propiciam
um
mapa
para conduzir as empresas na direção de seus objetivos.Embora
osdemonstrativos baseados
em
valores diferidos (obtidos de acordocom
o postulado básico dacontabilidade, qual seja, o da competência de exercicios) sejam
um
bom
ponto de partida, asobrevivência da empresa depende do caixa.
O
planejamento de caixa é a aspira dorsal daempresa.
Sem
ele não se saberá quando haverá caixa suficiente para sustentar operações ouquando se necessitará de financiamentos bancários. Empresas que continuamente tenham falta
de caixa e que necessitam de empréstimos de última hora poderão perceber
como
é dificilencontrar
um
banco que as financie.A
funçao do' planejamento relaciona-secom
a primeira etapado
fluxo de caixa,uma
vez que as empresas
que fazem
o usodo
fluxo
de caixa dificilmente fracassam; omesmo
não
acontece
com
aquelasque
dele nãofazem
uso para administrar suas atividades operacionais.As
dificuldades de gerenciamentoda
empresa, aque
utiliza -o planejamento paraelaborar
o fluxo
de caixatendem
a serbem
menores, pois ela sabe,no
início de cada período,o quanto a empresa necessita de recursos
ou
atémesmo
setem
excedentes,podendo
antecipadamente
tomar
a decisãoque
mais foradequada
para solucionar seus problemas.Quando
a empresa não faz usodo
planejamento, os erros e os problemas sãolado,
o
administrador financeiro, atravésda
elaboraçãodo
fluxo
de caixa, procura conciliar amanutenção da
liquidez edo
capital de giroda empresa
paraque
amesma
possa cumprircom
suas obrigações assumidas perante terceiros na data
do
vencimento e, sobre os investimentosrealizados pelos acionistas, buscar a
maximização
dos lucros.Através
do
fluxo
de caixa, as estimativas dos ingressos e desembolsos baseiam-se nasprojeções de vendas e
compras
da empresa.Sendo
assim, os planos de vendasdevem
estarcondicionados aos recursos disponíveis de caixa e aos lucros desejados. Neste sentido, o
fluxo
de caixa e os lucros só
devem
ser projetados medianteuma
estimativa de vendas, de projeçãoe de despesas operacionais da empresa.
Não
sepode
fazerum
orçamento de vendas final antesde ter testado o efeito de vendas orçadas sobre o
fluxo
de caixa e os lucros projetados para operíodo.
Segundo
ZDANOWICZ
(2000), a administração financeiratem
o objetivo denão
somente manter a empresa
em
permanente situação de liquidez,como
também
propiciarcondições para a obtenção de lucros
que
compensem
os riscos dos investimentos e a capacidade industrial.O
planejamento financeiro éum
aspecto importante para o funcionamento esustentação
da
empresa, pois fornece, ao administrador, informações necessárias para -dirigir,coordenar e controlar suas açoes na consecuçao de seus objetivos. Dentro
do
aspectofinanceiro, estão embutidos outros dois
que
são planejamento de caixa e de lucro, cujoprimeiro envolve a preparação
do
orçamento de caixa, e segundo é realizado através dedemonstrativos financeiros projetados.
O
processo de planejamentoifinanceiro é feito, inicialmente,com
planos financeiros a longo prazo (estratégicos) e que direcionam a formulação de planos e orçamentos a curtoprazo (operacionais).
É
através desses planos e orçamentos a curto prazo que seimplementam
os objetivos estratégicos a longo prazo
da
empresa.3.1.1 Planos financeiros a longo
prazo
(estratégicos)As
ações são planejadas para o fiiturocom
a previsão de seus respectivos reflexostendem
a cobrir periodos de dois à dez anos, sendotambém
usados planos qüinqüenaisque
sãorevisados periodicamente à luz de novas informações significativas.
As
empresasque
geralmente estão sujeitas a elevados graus de incerteza operacional, ciclos de
produção
relativamente curtos,
ou
ambos, fazem uso de planejamento pormenores
períodos. Já osplanos financeiros a longo prazo
fazem
parte deuma
plano estratégico integrado que,juntamente
com
os planos de produção, marketing e outros, orientam aempresa
a alcançarseus objetivos estratégicos. Esses planos localizam os dispêndios de capital, atividades de
pesquisa e desenvolvimento, ações de marketing e de desenvolvimento de produtos
bem
como,
estrutura de capital e importantes fontes de financiamento. Pode-se acrescentartambém
a conclusão de projetos existentes, de linhas de produtosou ramos
de negócios, reembolsoou
amortização de dívidas e quaisquer aquisições planejadas.
As
necessidades de financiamento deuma
empresa, a longo prazo,dependem
do
ritmoque
ela espera crescer, da taxa de irrflação eda
sua postura para competircom
sucessono
mercado. Neste tipo de ambiente, segundo
GROPPELLI
(1998, p. 338):“Uma
empresa deve
ser capaz
de
desenvolvernovos
produtos adequados, produzi-los eficientemente,mantendo
uma
base de custos baixos através da modernização, e crescercom
acombinação
da capacidade correta.Reconhecer
a obsolescência das linhas de produtos e dos equipamentos einvestir para manter-se lado a lado
com
osnovos
desenvolvimentos exigeum
planejamentofinanceiro de longo prazo.”
_
A
implementação de planos de longo prazo auxilia a maximizar a riquezada
empresa.Em
parte, isso significará a utilização de várias fontes de financiamento para minimizar 0custo de
tomar
emprestado aomenor
risco.As
duas fontes de financiamento a longo prazo sãofluxo
de caixa interno e fonte de fundo externa.Uma
importante forma de financiamento a longo prazo é o empréstimo a longo prazotendo
um
vencimento inicial superior aum
ano. Elepode
ser obtidocom
um
financiamento aprazo é negociado
como uma
instituição financeiraou
ainda, atravésda venda
de títulosnegociaveis, sendo estes vencidos a
um
número
de credores institucionais e individuais. ~Os
contratos de empréstimos a longo prazo, resultantes, quer' de empréstimosnegociados a prazo, quer
da
emissão de títulos negociaveis,normalmente
incluem certascláusulas restritas
que
impõem
certas restrições operacionais e financeiras ao tomador.As
exige-se,
do
tomador, amanutenção
deum
nivelminimo
de capital circulante líquido.Capital circulante líquido abaixo
do mínimo
é considerado indicativo de liquidezinadequada,
um
precursor da falta depagamento
e,em
última instância,da
falência,os tomadores são proibidos de vender contas a receber para gerar caixa, pois tal
operação poderia causar
um
problema de caixa a longo prazo caso essas entradasfossem usadas para quitar obrigações a curto prazo;
credores a longo prazo normalmente
impõem
restrições quanto ao ativo permanenteda
empresa;
Essas restrições para aempresa
são relativas à liquidação, aquisição ehipoteca dos ativos permanentes frente ao fato de
que
estas açõespodem
deteriorar acapacidade
da empresa
para pagaro
seu débito;muitos contratos de financiamento inibem empréstimos subseqüentes, pela proibição
de ,empréstimos a longo prazo
ou
pela exigência deque
a dívida adicional seja“subordinada” ao empréstimo original.
Subordinação
significa que todos os credoressubseqüentes
ou
menos
importantes concordemiem
esperar atéque
todas asreivindicações
do
atual credor sejam satisfeitas antes de serem atendidas as suas;os tomadores
podem
ser proibidos de entrarem
certos tipos de leasing para limitarobrigações adicionais
com
pagamentos
fixos; __ocasionalmente, o credor proíbe combinações, exigindo
que
otomador
concordeem
não consolidar, fundir
ou
combinar-secom
qualquer outra empresa. Tais açõespoderiam produzir
mudanças
significativasno
negócio eno
risco financeirodo
tomador; .
a
fim
de evitar a liquidação de ativos, devido aopagamento
de altos salários, o credorpode
proibirou
limitar oaumento
salarial de determinados funcionários;o credor
pode
incluir restrições administrativas, exigindoque
otomador mantenha
certos funcionários- chave,
sem
os quais o futuroda
empresa seria incerto;às vezes, o credor inclui
uma
cláusula, limitando as alternativasdo tomador
quanto aosinvestimentos
em
títulos. Essa restrição protege o credor pelo controle de risco enegociabilidade dos títulos
do
tomador;ocasionalmente,
uma
cláusula específica exige queo tomador
aplique os fundosUma
cláusula relativamentecomum
limitada à distribuição de dividendosem
dinheiroa
um
máximo
de 50 a70%
de seu lucro líquidoou
auma
determinada importância.Quando
no
processode
negociação, dos termosdo
contrato de empréstimos a longoprazo,
tomador
e credordevem
concordarem
definitivo sobre as cláusulas restritas aceitáveis.O
administrador deve analisar antecipadamente o impacto relativo às restrições propostas,ficando atendo àquelas
que
podem
ter efeito negativo3.1.2 Planos financeiros a curto
prazo
(operacionais)As
ações são planejadas paraum
período curto (deum
a dois anos), sendoacompanhadas
pela revisão de seus reflexos financeiros.Os
principais insumos incluem aprevisao de vendas e várias formas de dados operacionais.
Os
resultados mais importantesincluem inúmeros orçamentos operacionais, o orçamento de caixa e demonstrações financeiras projetadas.
Para
GITMAN
(1997), após ter feito as previsões de vendas, são desenvolvidos os planosde
produção que consideram, tanto
o tempo
necessário para converter a matéria-primaem
produto acabado,
como
os tipos e quantidades de matéria-prima exigidos.Com
essasestimativas, já é possível preparar a demonstração
do
resultado e o orçamento de caixaprojetado.
Assim,
com
insumos básicosda
demonstraçãodo
resultado projetado, oorçamento
decaixa, o plano de financiamento a longo prazo,
o
plano de investimento de capital eo
balançopatrimonial
do
período corrente, pode-se, finalmente, elaboraro
balanço projetadoda
empresa.
Uma
forma
simples de demonstrar o processo de planejamento financeiro a curto prazoFigura 1
-
Planejamento financeiro a curto prazof-í-__¬
«_-25.5 Informacão necessária z I › .. z 7.í_..._z5}J)‹ 'L '?" 5§›'>'§.¿.'3.'5í55$5í¡$5$:f É z.- Previsã O =z=z:úz=z=z=z=z=_...z:z:ø¿ 1 Ú* `“'f=“da'5 1 lResuitado para análise
i . . PI ams , 9 _ 1-» financramento de Produçao ›j:z:;: pzzzz a=ê=z=ê 8 l°fl90 W220 =ê=;==é êiêëaë 93-I Zi» 2 .- 'Í' '
)'tíi5?'5>'>'$I¡251Í1¡2Í2¡2;}'5552 ¡?'$:5:2;5555ZF55$$2ʧ25Z5Z¡555I¡:¡5:F!FI ¡2Ê551¡I¡ZÍ2¡2¡2¡2Â59'§}'5í552¡ ZÍ:Í:3555:¡2¡£¡1i55t¡2¡2F2352ͧF525;¡2¡2Ê25£¡235
l Demonstração I I G ___ do resultado
Êíífl
oããac:“¡;::" 1 projetado U | p Balanço A patrimonial do período I corrente ~. . . . . . .-5'-97. . .~.'~.›' .'¡'.-Í . .-.›' fv' 37.4557» -.-.-zzz.-z.›.-.-.-.v.› .-.-.-.›.-.-.-.-z.-.-.-z.-.-.-.‹.-z.-zz :‹:-:à-:z:-:›:-:-:-:-:fz-:¶-:-:-:-:-:‹:~:~:¿-:':-:az-:‹:‹:-za-:›:-: l l z»líííä
patrimonial l‹ i, 1 4 1:555:15:23:=:¡:¡:›£:í:í:1:1:¡:=:3 :2:1$:¡:¡:3:¡:¢:¡:¡:¡:¡:i:1:1:¡:3:¡:¡:i:¡:¡:5:5:¡É¡É1Ê¡ y í:1i:3:1:-'›':2:25'}'¡'z>:›:1:1:3:3š J:1:i:i:25:2:2:ëirištiiii:3§5:2:¿:i:1:1:1:3:¡:I:¡ l projetado Ll__fl¿l
FoNTEz
G1T1vLAN(1997;
p. 589)Para
GROPPELLI
(1998, p. 330): “o objetivodo
financiamento de curto prazo é evitaro de longo prazo, o qual resultaria
em
excesso de fundos ociosos.O
empréstimo de curtoprazo, entretanto, preenche temporariamente o vazio das necessidades de financiamento de
uma
empresa.Dessa
maneira, as despesas, para suportar fundos ociosos, são evitadas”.O
financiamento de curto prazo é feitocom
a ajuda de intermediários financeiros, taiscomo
bancos, companhias financeiras e pelosmercados
monetários,que
estão equipados paraEm
empresa
com
problemas sazonais,podem
ser apresentados níveis altosde
duplicatas a receber e de estoques,
porque
seus produtosdevem
ser produzidos ao longodo
ano, e as receitas só ocorrerao
em
épocas específicas.O
administrador financeiroque
defrontacom
as oscilações das vendas por causada
sazonalidade deve providenciar recursosnecessários à sustentaçao das operações
da
empresa, assimcomo
antecipar os financiamentosa curto prazo para suprir as necessidades de capital de giro.
Para
GITMAN
(1997), aempresa que
enfrenta este problema deve adotaruma
estratégia agressiva de financiamento, financiando suas necessidades sazonais e,
possivelmente,
uma
das necessidades permanentescom
fiindos de curto prazo, sendoo
valorrestante financiado
com
fundos de longo prazo. r3.2
PLANE]Al\/IENTO
DE
CAIXA:
ORÇANIENTO
DE
CAIXA
As
funções de planejamento analisadasno
tópico anteriorpodem
ser exercidasde
forma diferenciada das
que
foram até aqui apresentadas, pois, ao se utilizar o instrumentodenominado
planejamento, teremosuma
visão demédio
e longo prazo que a direçãoda
empresa estará buscando para suas atividades operacionais.
Segundo
ZDANOWICZ
(2000, p.243), “o orçamento de caixa servecomo
pontode
referência para os valores financeiros projetados e fealizados pelo comitê de finanças.
Se
houver defasagens, isto significa que os programas
da
empresa
não estão correndo segundoo
planejado, mostrando que deverão ser
tomadas
medidas corretivas e/ou saneadoras.Altemativamente, essas defasagens
podem
informarque
os programas da empresa tornaram-seirreais,
em
vistada
ocorrência de acontecimentos imprevistos e incontroláveis”.Desta forma, o orçamento de caixa é
um
plano geral escrito de operações e/oude
capitais, orientado pelos objetivos e pelas metas traçadas pela cúpula diretiva, as quais
permitem ao
administrador financeiro saber, antecipadamente, se haverá problemasde
liquidez
ou
não,em
termos operacionais e não-operacionais, não esquecendo dos aspectos deDe
acordocom
GITMAN
(1997, p.590):O
orçamento de caixa é elaborado paraum
ano, embora possa ser desenvolvido para qualquerperiodo.
Ú
periodo coberto é normalmente divididoem
intervalos de tempos menores, enúmero e o tipo de tais intervalos dependem da natureza do negócio. Quanto mais sazonais e
inceitos forem os fluxos de caixas da empresa, maior o niunero dos intervalos.
Uma
vez quemuitas empresas se defrontam
com
um
padrão sazonal defluxo
de caixa, o orçamente de caixaé freqüentemente apresentado
em
intervalos mensais.As
empresascom
padrões estáveis defluxo
de caixapodem
usar intervalos trimestrais ou anuais. Seum
orçamento de caixa foidesenvolvido para urn periodo superior a urn ano justificam-se intervalos menos freqüentes,
devido à dificuldade e à incerteza de se prever vendas e outros itens que envolvam caixa.
Convém
destacar que nas grandes e médias empresas existe a necessidade de teruma
atenção especial
com
todo o sistema orçamentário, enquanto nas micro e pequenas empresas apreocupação
no
orçamento de caixa de acordocom
suas necessidades prementes dedisponibilidade. V
Conforme
ZDANONICZ
(2000), o orçamento de caixapode
ser estudadoem
váriosestágios. Entre os principais, temos:
a) Estágio Estratégico: é
o
estágioque
envolve as decisõesque
afetam o capital degiro
da
empresa, taiscomo:
investimentosem
itensdo
ativo imobilizado,dividendos a distribuir, captação de recursos
em
fontes de longo prazo etc. Esteestágio corresponde a parte do. orçamento que deve ser incorporada ao
planejamento da curto prazo, e o seu principal objetivo é manter
um
niveldesejado,
como
margem
de segurança, paraque
a empresa possa fazer frenteaos riscos
do
empreendimento;b) Estágio Tático: refere-se à parte
do
orçamentoem
que
a preocupação écom
onível desejado de caixa para que o
mesmo
mantenha-se positivo.As empresasencontram dificuldades
em
manteruma
certa harmonia entre osfluxos
deingressos e desembolsos de caixa, provocando, assim,
uma
necessidade decaixa.
Em
vista disso, o departamento financeiro, para manterum
níveldesejado de caixa, deve fixar a tática de empréstimos e aplicações a curto
prazo; z
c) Estágio Operacional: o estágio operacional envolve a elaboração dos